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08/04/2019
Objetivos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO CURSO DE FISIOTERAPIA
Tipos de estudos epidemiológicos
• Identificar as diferenças entre diagnóstico clínico e diagnóstico epidemiológico • Discutir os principais métodos ou desenhos de estudos epidemiológicos clássicos
Prof. Rogério Figueiredo
• Favorecer o entendimento para escolha de desenhos de pesquisa em relação aos tipos de estudos epidemiológicos
Diferenças no diagnóstico clínico e epidemiológico Diferenças
Diagnóstico clínico
Diagnóstico epidemiológico
Tipo
Individual
Comunitário
Objetivo
Curar a doença da pessoa
Melhorar o nível de saúde da comunidade
Informação necessária
História clínica Exame físico e complementar
Dados sobre a população Doenças existentes Causas de morte Serviços de saúde
Plano de ação
Tratamento e reabilitação
Programas de saúde prioritários
Avaliação
Acompanhamento clínico (melhora/cura)
Mudança no estado de saúde da população
Introdução aos fundamentos da pesquisa epidemiológica X
Introdução aos fundamentos da pesquisa epidemiológica • Aborda o modo científico e investiga a saúde da população • Favorece identificar fatores que determinam ter ou não ter saúde • Reconhece a evolução do processo da doença (disfunção) e o impacto das ações propostas para alterar o seu curso
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Introdução aos fundamentos da pesquisa epidemiológica Introdução aos fundamentos da pesquisa epidemiológica • Aprender sobre as doenças e fatores de risco • Saber como selecionar material bibliográfico, ou seja sua validade e relevância (protocolos, CEP) • Procurar obter boas perguntas, com redação clara e objetiva, referências, publicação e aplicação dos resultados • Usar banco de dados, ferramentas estatísticas, algorítmos e roteiros estabelecidos
• Enfoques para pesquisar um tema • Pesquisa Populacional/Observacional • Estudo de Casos • Investigação Experimental
Nível de evidência
Tipos de estudo
Metanálise
Revisões sistemáticas
• A escolha de um delineamento apropriado para o estudo é um passo crucial em uma investigação epidemiológica • Cada delineamento epidemiológico tem vantagens e desvantagens • Os pesquisadores devem preocupar-se com fontes de viés e de confusão, procurando reduzi-las • Aspectos éticos são tão importantes em epidemiologia quanto em outras ciências
Classificação dos estudos epidemiológicos • Propósito geral
• Unidade de observação
• Descritivo • Analítico
• Indivíduo • Grupo populacional
Tipos de estudo • Os estudos epidemiológicos podem ser classificados em observacionais e experimentais.
• Modo de exposição • Observação • Intervenção
• Direção temporal
• Longitudinal x transversal • Controlado x não controlado • Randomizado x não randomizado
• Prospectivo • Retrospectivo
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Estudos observacionais
Tipos de estudo Os estudos epidemiológicos podem ser: • Observacional
•Descritivo •Analítico
• Estudos descritivos • Estudos populacionais • Estudos de prevalência – transversais
• Experimental: necessitam de intervenção
• Estudos de casos e controles • Estudos de coortes
Estudos Observacionais • Os estudos observacionais permitem que a natureza determine o seu curso: pesquisador mede, mas não intervém.
Estudos Observacionais • Os estudos epidemiológicos são, na sua totalidade, analíticos; • Estudos descritivos puros são raros ou em série de casos em que as características de vários pacientes com uma doença específica são apresentadas: Exemplo: pneumonia em 4 indíviduos (SIDA-1981 em LAEUA)
Estudos Descritivos
Epidemiologia observacional
Ocorrência de doença segundo variáveis:
Estudos descritivos • O 1º momento de uma investigação epidemiológica é descrição do estado de saúde de uma comunidade por meio de dados rotineiramente coletados (dados secundários) ou coletados diretamente por questionários específicos (dados primários).
•
Pessoa – sexo, idade, ocupação
•
Lugar – país, rural x urbano
•
Tempo – variações sazonais
Fornecem dados para política de saúde pública Primeiras pistas de fatores determinantes de doenças Formular hipóteses
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Estudos observacionais • Estudos populacionais • Estudos de prevalência – transversais
Estudos populacionais • Geram hipóteses; • Trabalham com grupos de pessoas ao invés de indivíduos; • Comparam populações em diferentes lugares ao mesmo tempo ou em uma série temporal, comparando-se a mesma população em diferentes momentos.
• Estudos de casos e controles • Estudos de coortes
Estudos populacionais • Vantagens • Gerador de hipóteses e obter informações de diferentes populações • Fácil, barato e rápido
Epidemiologia observacionais • Estudos populacionais • Estudos de prevalência – transversais
• Desvantagens • Não testa hipóteses • Depende da qualidade das informações existentes (Ex. interpretação difícil) • Efeito de confusão (Ex. nível socioeconômico)
Epidemiologia observacionais • Estudos populacionais • Estudos de prevalência – transversais • Estudos de casos e controles
• Estudos de casos e controles • Estudos de coortes
Estudos transversais (seccionais ou de prevalência)
• Medem a prevalência • Exposição-efeito (doença) são realizadas ao mesmo tempo • Por isso não é fácil avaliar as associação encontradas nesses estudos • Baratos, fáceis de conduzir
• Estudos de coortes
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Estudos Transversais - Prevalência • Estudo onde a exposição-doença é medida em uma população em um dado momento. • Frequência de doenças • Fatores de risco • População de risco
• Prevalência =
núm. pessoas doentes núm. pessoas na população
Estudo transversal analítico
Estudo transversal analítico • Levantar uma hipótese de associação entre causa-efeito, riscodesfecho; • Determinar uma população de estudo; • Medir a frequência de doença e do fator de risco simultaneamente.
Prevalência - Incidência
• Vantagens • Barato, fácil e rápido • Definem características da população • Importante para política de saúde • Desvantagens • Impraticável para determinar doenças raras • Amostras populacionais podem ser difíceis de serem obtidas
Prevalência - Incidência
Estudos de Prevalência • Fundamentais para novas pesquisas • Essenciais para formulação de políticas de saúde • Conhecer características demográficas da população; • Conhecimento do perfil de morbidade; • Identificar populações de risco.
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Epidemiologia observacionais • Estudos populacionais • Estudos de prevalência – transversais • Estudos de casos e controles • Estudos de coortes
Estudos de casos e controles • Seleção de casos: na doença e não na exposição; • Controles: pessoas sem doença ( custo) sendo importante que esses representem a prevalência de exposição onde os casos foram selecionados; • Não é necessário que casos e controles incluam toda a população, podendo ser restritos a qualquer subgrupo, como pessoas idosas, homens e mulheres.
Estudos de casos e controles
Estudos de casos e controles • Relativamente simples para investigar a causa de doenças raras • Utilizam grupos com doença e grupo controle (comparação ou referência) de pessoas não afetadas pela doença • Diferente dos estudos transversais são longitudinais • Retrospectivos ou prospectivos: depende do momento da coleta
Estudos de casos e controles • Exposição: importante o início e a duração tanto da exposição de ambos; • Ou seja, após o desenvolvimento da doença (dados retrospectivos) e, em geral, pelo questionamento direto à pessoa afetada ou a um parente ou amigo. • Ex: Ingestão de talidomida (1961)
Estudos de casos e controles • Razão de odds ou produtos cruzados: refere-se à associação entre uma exposição e uma doença (risco relativo); • Que é a razão do risco de exposição entre os casos dividido risco de exposição dos controles:
Isto mostra que os casos tiveram uma probabilidade 11,6 x maior de terem ingerido carne recentemente do que os controles.
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Exemplo
Delineamento de um estudo de casos e controles Preeclâmpsia
Insônia
Sim
Não
Total
Sim
238
35
273
Não
65
28
93
Total
303
63
366
Calcule o risco relativo!!!!
Epidemiologia observacionais
Estudos de coortes • Podem ser chamados também de longitudinais ou de incidência; • Iniciam com um grupo de pessoas livres de doença que são classificados em subgrupos, de acordo com a exposição a uma causa potencial da doença ou desfecho sob investigação.
• Estudos populacionais • Estudos de prevalência – transversais • Estudos de casos e controles • Estudos de coortes
Estudos de Incidência
Delineamento de um estudo de coorte
população
Doente Não doente • Incidência =
núm. de casos novos num período população de risco no período
• Medida mais importante em epidemiologia • Necessária para iniciar pesquisa de etiologia, prevenção, terapêutica e prognóstico.
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Estudos de coorte Vantagens • Fornecem informações sobre a etiologia; • Verifica risco em desenvolver eventos; Desvantagens • Caros • Necessita de longo período de coleta • Exemplo: leucemia e exposição à radiação
Estudos de coorte Coorte histórica: • Reduz os custos, pois as pessoas são identificadas e os dados sobre exposição e efeito (doença) são coletados antes do início do atual estudo. • Exemplo: Militares expostos a resíduos radioativos em locais de testes nucleares e surgimento de câncer em 30 anos...
Tipos de estudo • Os estudos epidemiológicos podem ser:
Estudo de coorte • Estudo de coorte de Framingham (1948) • Que observou fatores de risco para doenças respiratórias, cardiovascular e alterações musculoesqueléticas.
PERGUNTA ???
Estudos de coorte Casos e controles aninhados a coorte • Reduz custos, pois os casos e controles são escolhidos a partir de dados coletados; • Este delineamento é particularmente útil quando a exposição é cara. • Exemplo: Infecção por H. pylori X câncer gástrico
Epidemiologia experimental • Esses estudos tem por objetivo mudar uma variável em um ou mais grupos de pessoas.
• Observacional • Exemplo: procurar estabelecer relação entre: • Reação alérgica fator alimentar • Experimental: necessitam de intervenção Novo Tratamento
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Epidemiologia experimental • Os efeitos são determinados por comparação do desfecho nos grupos experimental e controle • Tem necessidade de protocolos bem delineados e desenhados, estando em sintonia com a luz dos conhecimentos atuais.
Epidemiologia experimental • Ensaio clínico randomizado: é uma experimento que tem o objetivo de estudar os efeitos de uma intervenção em particular; grupo de intervenção • Seleção: aleatoriamente grupo de controle
• Exemplo: TTO (Pneumonia) X antibioticoterapia
Epidemiologia experimental Diagrama esquemático de um ensaio clínico randomizado
Epidemiologia experimental • Ensaios de campo: são estudos que em contraste com os ECs, envolvem pessoas que estão livres de doença, mas sob risco de desenvolvê-la • Tem objetivo de prevenir a ocorrência do evento e são desenvolvidos em um grande número de pessoas.
Questões clínicas e desenhos de pesquisa Questão clínica
Desenho de pesquisa
Diagnóstico
Transversal
Prevalência
Transversal
Incidência
Coorte
Risco
Coorte e caso controle
Prognóstico
Coorte
Tratamento
Estudo clínico randomizado
Prevenção
Coorte e estudo clínico randomizado
Causa
Coorte e caso controle
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Importante!!!
O determina o tipo de estudo ?
Modelo de pesquisa Analíticos
Experimental
Descritivos
Observacional
Populacional
Relato de caso
Série de casos
PERGUNTA Longitudinal
Caso controle
Prospectivo
Transversal
Coorte
Retrospectivo
Objetivos • Discutir os principais desenhos ou tipos de estudos epidemiológicos clássicos; • Favorecer o entendimento para escolha de desenhos de pesquisa em relação aos tipos de estudos epidemiológicos;
Assim prepare um título do seu trabalho de pesquisa epidemiológica citando seus objetivos e desfechos para entregar como atividade!!!!!!!! Obrigado!!!!
Referência Bonita, R.; Beaglehole, R.; Kjellström, T. Epidemiologia básica. 2ª edição, São Paulo: Santos, 2010. 230p
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