Aula 6, 7 e 8 - Sensação, percepção e atenção

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Disciplina: Processos Psicológicos Básicos (PPB) Professor: Vinicius Pereira de Sousa

 Codificação dos estímulos  O que seria a Sensação?

Respostas dos órgãos dos sentidos (olhos, ouvidos, pele, língua, nariz) aos estímulos externos e como os mesmos transmitem essas interações para o cérebro (codificação e transdução)  Codificação sensorial: maneira pela qual os órgãos sensoriais traduzem

estímulos físicos em impulsos neurais  Transdução: processo em que os receptores sensoriais produzem impulsos

neurais, ao receberem estimulação física ou química  Destino da maior parte dos impulsos: Tálamo

 Alguns estímulos emitem luz (estrelas,

lâmpadas, fogo), mas a maioria dos objetos refletem luz (cadeiras, mesas, caderno, etc.)  A luz passa em primeiro lugar pela córnea  Direcionada para o cristalino  Focalização e formação de imagem na

retina  Pupila: pequeno orifício que se contrai ou

se dilata para controlar a entrada de luz

 Bastonetes e Cones  Células receptoras presentes nos olhos  Bastonetes: sensíveis a baixa iluminação (visão

noturna), mas não adaptados a visão de cores ou detalhes finos  Cones: sensíveis a alta iluminação, a cores e detalhes finos  Cada retina: 120 milhões de bastonetes e 6 milhões de cones  Nervo óptico conduz as informações da

retina até o cérebro  Ausência de bastonetes e cones no local do nervo óptico gera o “ponto cego”

Feche seu olho esquerdo e olhe para o ponto da esquerda (ou vice-versa)

 Som: deslocamento de moléculas de ar causado por alguma mudança na pressão

do ar  Padrão de mudanças na pressão do ar através do tempo: onda sonora, onda de

pressão ou onda de som

 Ondas sonoras chegam ao ouvido externo  Viajam pelo canal auditivo até o tímpano, uma

membrana que vibra de acordo com as ondas sonoras recebidas  Vibrações

transferidas para os “ossículos”: martelo (incus), bigorna (malleus) e estribo (stapes)

 Ossículos conduzem a vibração até a Cóclea,

estrutura que contém fluído  Vibrações no fluído estimulam as células ciliadas

– receptores auditivos  Células ciliadas provocam potenciais de ação,

conduzidos pelo nervo auditivo até o cérebro

 Transmite basicamente três tipos de

sinais: dor, temperatura e pressão  Receptores da pele: especializados

para cada tipo de sinal  Neurônios sensoriais que terminam na

epiderme (camada mais externa da pele)  Alguns receptores estão localizados nos folículos: sensibilidade ao movimento do cabelo

 Partículas de odor entram em

contato com o epitélio olfatório, onde estão os receptores olfatórios  Informações conduzidas até o

bulbo olfatório e depois diretamente para o córtex, sem passar pelo tálamo  Não está claro como reconhecemos

os diferentes tipos de odores  Receptores diferentes para cada

tipo de odor?  Cada tipo de odor aciona conjuntos diferentes de receptores?

 Substâncias se dissolvem na saliva, sobre

os botões do paladar  Botões do paladar – receptores do

paladar; presentes na língua (aproximadamente 10 mil)  Ponta de cada receptor possui

microvilosidades – estruturas semelhante a pelos – que ao serem estimuladas provocam potenciais de ação  Sinais conduzidos até o tronco cerebral,

seguindo para o tálamo e córtex

 Psicofísica  Estudo sobre os princípios sensoriais e como

os órgãos do sentido se relacionam com estimulações físicas  Principais autores:  Gustav Fechner (1801 – 1887):  Limiar

absoluto – intensidade mínima de estimulação para que possa ocorrer uma experiência sensorial  Limiar da diferença (DAP) – mudança ambiental mínima para detectarmos uma diferença física

 Psicofísica  Estudo sobre os princípios sensoriais e como

os órgãos do sentido se relacionam com estimulações físicas  Principais autores:  Ernst Weber (1795 – 1878)  Lei

de Weber – facilidade em detectar diferenças entre estimulações fracas, mas dificuldade em fazer o mesmo com estimulações fortes  Ex.: 100 e 120 gramas x 1000 e 1020 gramas  Lei de Fechner: detecção é proporcional a estimulação

 Psicofísica  Estudo sobre os princípios sensoriais e como

os órgãos do sentido se relacionam com estimulações físicas  Principais autores:  Stanley Smith Stevens (1906 – 1973)  Função de potencia descreve a relação entre

intensidade do estímulo e sensação  Valor da potencia modifica de acordo com a modalidade sensorial

 Adaptação sensorial  Diminuição da sensibilidade à estimulação ambiental com o passar do tempo  Exposição contínua a um estímulo faz com que as respostas dos receptores

tendem a diminuir de frequência  Mas, se houver uma mudança, ela será detectada  Ex.: barulhos

 Recebemos diversas informações do mundo externo e interno através do

processo “Sensação”  Mas e o que acontece após recebermos essas informações? Ou seja, como

reconhecemos o mundo?  Percepção: processamento, reconhecimento e integração das informações

advindas através da sensação

 Capacidade de perceber a distância entre objetos, características

tridimensionais.  Organizamos as imagens que entram em nossas retinas em

percepções tridimensionais.  Importância na adaptação do homem ao meio.

Gibson & Walk, 1960 – Penhasco Visual

A percepção de profundidade é parcialmente inata

 Problema: como imagens bidimensionais são interpretadas em tridimensionais?

 Percepção de Profundidade Binocular  Causada pela disparidade binocular (distância entre os dois olhos)  Sobreposição da imagem retinal de cada olho  Ex.: colocar o dedo na frente do rosto e observá-lo com cada olho, um por vez  Utilidade principal: profundidade de objetos próximos a nós  Percepção de Profundidade Monocular  Permite identificar profundidade de objetos distantes  Identificar profundidade mesmo com um olho fechado

 Deixas monoculares de profundidade  Oclusão:

distantes

objetos

próximos

bloqueiam

objetos

 Deixas monoculares de profundidade  Tamanho relativo: objetos distantes projetam imagem

retinal menor do que objetos próximos

 Deixas monoculares de profundidade  Perspectiva linear: linhas paralelas parecem convergir

a distância

 Deixas de movimento para a

percepção de profundidade:  Paralaxe

de movimentos: movimento relativo dos objetos de acordo com a distância do observador

 Aquela percepção de que, ao

nos movimentarmos, o que está mais distante se move vagarosamente, e o que está mais perto se move mais rapidamente

 Gestalt, palavra alemã, sem tradução exata em português, refere-

se ao que é "exposto ao olhar", "o que é colocado diante dos olhos”.  Linha de pesquisa que descreve os princípios pelos quais

organizamos nossas sensações e percepções.  Principais autores: Max Wertheimer (1883-1943), Kurt Koffka

(1886-1941), Wolfgang Kohler (1887-1967)  Hipótese: o cérebro constrói regras para a construção de

percepções.

• 1 – Princípio da proximidade e similaridade • Similaridade:

• 1 – Princípio da proximidade e similaridade  Similaridade:  O cérebro tende a agrupar objetos similares – os percebe como uma

unidade.  Pista: tamanho, forma, cor.

• 1 – Princípio da proximidade e similaridade • Proximidade:

• 1 – Princípio da proximidade e similaridade • Proximidade: • Elementos são agrupados de acordo com a distância a que se

encontram uns dos outros. • Elementos que estão mais perto numa região tendem a ser percebidos como um grupo.

• 2 – Princípio do fechamento ou “boa forma”

• 2 – Princípio do fechamento ou “boa forma” • Tendência perceptiva a preencher os vazios ou imagem incompleta • Contornos ilusórios: “ver” o contorno, mesmo que ele não exista

• 3 – Princípio da “figura-fundo”

• 3 – Princípio da “figura-fundo”  Figura e fundo: devemos perceber objetos (figuras) como distintos

de seus arredores (fundo).  Ex: em uma festa a voz que te chama a atenção se torna a figura e

todas as outras são partes do fundo; palavras que vc lê são a figura e o papel o fundo.  A relação figura-fundo reverte continuamente

 O cérebro recebe inputs sensoriais o tempo todo, de diversas

fontes  Como ele combina todas as informações de forma coerente?  Atenção: como o cérebro seleciona quais estímulos sensoriais

descartar e quais processamento

transmitir

para

níveis

superiores

de

 Teoria

do reconhecimento automático: identificar automaticamente características primitivas (forma, cor, tamanho, etc.)  Encontre o quadrado

 Encontre o objeto vermelho  Encontre o maior objeto

 Mas e quando a tarefa exige o reconhecimento de mais de uma

característica?  Procure o y azul e minúsculo  Procure o X verde e maiúsculo

n V X M O j Q t g S l D m W k x X b Y T c t E u i f ws q A t o a X FZ h K R X G e J B p r C t N v H d L y U P I z

 Teoria de dois estágios do processamento visual  Processamento começa com extração rápida de características elementares – mapeamento das informações visuais, com um mapa para forma, outro para cor, etc.  Depois, os diferentes mapas são combinados - exigência da atenção  Tempo de busca se torna maior – busca de conjunção (busca de mais de uma característica)  Quanto mais características forem exigidas na busca, maior o tempo

Voluntária

Natureza/ origem

ATENÇÃO

Involuntária

Operacionalização

Seleção ativa e deliberada do indivíduo alguma atividade Características de estímulos, que impedem que o indivíduo controle sua a ação

Seletiva

Sustentada

Alternada

Dividida

Privilegiar determinados estímulos em detrimento de outros

Manter o foco atencional em determinado estímulo ou sequência de estímulos

Desengajar o foco em um estímulo e engajar-se em outro

Engajar-se em dois estímulos simultaneamente (realizar duas tarefas ao mesmo tempo)

 Formação Reticular: regulação do estado de

alerta e responsável pela base do processo atencional  Recebe informações sensoriais via Medula

Espinal e Mesencéfalo  Possui ramificações neuronais ligadas ao

Córtex  Ativação cerebral mediada pelos

neurotransmissores Serotonina e Dopamina  Dois componentes principais:  Componente Mesencefálico: estimulação produz fluxo de impulsos para várias regiões do Córtex, gerando atenção geral  Componente Talâmico: estimulação produz ativação de regiões específicas, gerando atenções específicas
Aula 6, 7 e 8 - Sensação, percepção e atenção

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