Assistência de Enfermagem relacionada ao Defict Ventilatório

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Oxigenoterapia

Profº: Otávio Cavalcante

O Sistema Respiratório • O sistema respiratório é responsável pelo mecanismo de hematose com o ar atmosférico, por meio da inspiração e expiração de gases; • Além das trocas gasosas, o sistema respiratório também auxilia na na manutenção do pH do sangue; • O sistema respiratório é dividido em vias aéreas superiores e vias aéreas inferiores

O Sistema Respiratório • Cavidade Nasal • Faringe • Laringe • Traquéia • Brónquios • Bronquíolos • Alvéolos • Pulmão

O Sistema Respiratório

HEMATOSE • A hematose é a troca gasosa que ocorre nos alvéolos pulmonares durante a respiração, onde o oxigênio é conduzido dos alvéolos pulmonares para a corrente sanguínea; • Os alvéolos pulmonares são estruturas localizados no final dos bronquíolos.

saculares

microscópicas,

• A eficiência das trocas gasosas ocorre por meio difusão simples, do meio mais pressórico para o meio menos pressórico

HEMATOSE • A hematose é a troca gasosa que ocorre nos alvéolos pulmonares durante a respiração, onde o oxigênio é conduzido dos alvéolos pulmonares para a corrente sanguínea; • Os alvéolos pulmonares são estruturas localizados no final dos bronquíolos.

saculares

microscópicas,

• A eficiência das trocas gasosas ocorre por meio difusão simples, do meio mais pressórico para o meio menos pressórico

OXIGENOTERAPIA

“Consiste na administração de oxigênio em uma concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental (21%) para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia, aplicada tanto em situações clínicas agudas quanto crônicas”

OBJETIVO • Aumentar a quantidade de oxigênio carreado pelo sangue até os tecidos;

BENEFÍCIOS • Melhora da troca gasosa pulmonar; • Melhora do débito cardíaco; • Diminui a pressão arterial pulmonar;

• Diminui a resistência arterial pulmonar; • Diminui o trabalho da musculatura cardíaca;

MENSURAÇÃO DA SATURAÇÃO DE O2

MODALIDADE DE USO DA OXIGENOTERAPIA

• Oxigenoterapia em situações agudas;

• Oxigenoterapia prolongada;

INDICAÇÕES As indicações básicas de oxigenoterapia segundo a American Association for Respiratory Care (AARC,2007):

• PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 % (em ar ambiente). • Sat O2 < 88% durante a deambulação, exercício ou sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias. •IAM. • Intoxicação por gases (monóxido de carbono). • Envenenamento por cianeto.

INDICAÇÕES • Hipoxemia: é a baixa concentração de oxigênio no sangue arterial;  PaO2 < 60mmHg e SatO2 < 90% em ar ambiente e repouso.  SatO2 < 88% durante exercícios ou sono em Cardiopatas.

• Hipoxia: Diminuição dos níveis de oxigênio existente nos tecidos, não há oxigênio suficiente para realizar as funções metabólicas normais;

INDICAÇÕES • Hipoxemia: é a baixa concentração de oxigênio no sangue arterial;  PaO2 < 60mmHg e SatO2 < 90% em ar ambiente e repouso.

HIPOXEMIA

 SatO2 < 88% durante exercícios ou sono em Cardiopatas. HIPOXIA

MORTE CELULAR

• Hipoxia: Diminuição dos níveis de oxigênio existente nos tecidos, não há oxigênio suficiente para realizar as funções metabólicas normais;

CRITÉRIOS DE ESCOLHA Indicações

Dosagem

Prescrição Médica

Administração

Efeitos

CRITÉRIOS PARA ADMINISTRAÇÃO • Cavidade oral e nasal pérvea; • Fluxo adequado ao dispositivo (FiO2); • Minimizar desconforto respiratório; • Observar melhora da hipoxemia; • Avaliar tolerância do paciente;

POSICIONAMENTO PARA ADMINISTRAÇÃO

SISTEMA DE OXIGENOTERAPIA - Fluxometro; - Umidificador; - Latéx; - Laringe (Somente Venturi) - Dispositivos (Cateter e/ou Máscaras)

UMIDIFICAÇÃO Nem sempre é necessário utilizar água no umidificador! OPCIONAL - Fluxo Abaixo de 4 L/Min - Durante Transporte - Dispositivos Baixo Fluxo

OBRIGATÓRIO

- Fluxo Acima de 4 L/Min - Dispositivos Alto Fluxo -Uso prolongado

-Uso breve

O sistema de umidificação e dispositivo deve ser trocado a cada 24 horas;

UMIDIFICAÇÃO

TIPOS DE DISPOSITIVOS  Sistemas de Baixo Fluxo • • • •

Catéter nasal; Cânula nasal tipo óculos; Máscara facial simples; Máscara de traqueostomia;

 Sistema de Alto Fluxo • Máscara de Venturi; • Máscara com Reservatório;

FLUXO DE O2 X FREQUÊNCIA INSPIRADA DE O2

Sistema de Baixo Fluxo

Sistema de Alto Fluxo

6

44%

8

31%

CATETER NASAL • Introduzido na cavidade nasal na altura das ( Medida= do lóbulo da orelha a ponta do nariz) • Removido e substituído a cada 8 horas; • Fluxo: 1 a 6 L/min (FiO2 24% a 44%)

• Vantagem: Diminui perda de O2; • Desvantagens: Grande desconforto, Induz reflexo de vômito, troca constante;

CÂNULA NASAL TIPO ÓCULOS

• Fluxo 1 a 6 L/min; • FiO2 de 24% a 46%

• Vantagem: Não impede a alimentação, fala e é confortável; • Desvantagens: Irritação de mucosa nasal, dificuldade de mensurar fluxo inspirado (FiO2);

MÁSCARA FACIAL SIMPLES • Empregado quando o paciente requer uma demanda média de Oxigênio; • Fluxo de 5 a 8 L/min (Acima de 8 L/min repensar dispositivo); • FiO2 de 40% a 60%;

• Vantagem: Maior aproveitamento do Oxigênio; • Desvantagens: Ingestão de gás e dificulta alimentação;

MÁSCARA PARA TRAQUEOSTOMIA • Fluxo de 1 a 8 L/min; • Adequar e trocar fixação da máscara;

• Necessita higienização diariamente; • Permite utilizar sistema de Venturi • Vantagem: Maior aproveitamento do Oxigênio; • Desvantagens: Não possibilita mensurar FiO2 aproveitada;

MÁSCARA DE VENTURI

• Entrega de fluxo maior que a demanda ventilatória; • Fluxo 3 a 15 L/min • FiO2 ajustável de 24% a 50%;

• Ideal para realizar o desmame do oxigênio, pois permite a redução do Fluxo gradativamente;

MÁSCARA DE VENTURI

Fluxo O2

FiO2

MÁSCARA COM RESERVATÓRIO • Máscara acoplada a uma bolsa inflável (1 L); • Fluxo 10 a 15 L/min

• Sistema de Reinalação Parcial ou Sem Reinalação • FiO2 de 60% a 90%; • Melhor recurso não invasivo de oxigenoterapia antes da Ventilação Mecânica;

MÁSCARA COM RESERVATÓRIO REINALAÇÃO PARCIAL

• Não apresenta a vedação com a válvula unidirecional, possibilitando a reinalação de CO2 • O fluxo estará adequado quando esvaziar somente 1/3 do conteúdo do reservatório;

MÁSCARA COM RESERVATÓRIO SEM REINALAÇÃO

• Apresenta a vedação com a válvula unidirecional, para impedir inalação de CO2 • O fluxo deve ser suficiente para não esvaziar o reservátório

COMPLICAÇÕES • Toxicidade pulmonar:

FiO2 > 60% por mais de 48;

FiO2 = 100% por 12 horas;

• Depressão do sistema respiratório (Hipercapnia); • Atelectasias por absorção; • Diminuição da relação V/Q; • Diminuição do surfactante pulmonar;

PREPARO • Higienizar as mãos antes e depois de qualquer procedimento • Explicar ao paciente o procedimento que será realizado • Checar a fonte de oxigênio - testar sua válvula • Garantir a sua privacidade - utilizar biombos • Realizar a assepsia da bandeja que será utilizada • Prepare a bandeja no posto de enfermagem com o material necessário para a execução da técnica • Posicionar o paciente adequadamente • Utilizar EPI’s necessários

MATERIAIS NECESSÁRIOS • cânula nasal, cateter nasal ou máscara de oxigênio • copo umidificador com água destilada em nível indicado • tubo conector ou extensor de borracha (látex) • Lubrificante (se cateter nasal) • gazes, lenços de papel • Esparadrapo (se cateter nasal) • luvas de procedimento e máscara descartável • espátula, lanterna

TÉCNICA • 1. Coloque a máscara descartável • 2. Adapte o umidificador, com o conector previamente montado, à fonte de oxigênio • 3. Conecte a cânula nasal, cateter nasal (após realizar medição do comprimento a ser inserido) ou máscara de oxigênio à extremidade livre do extensor de borracha (látex) • 4. Abra a válvula de O2 e permita a saída de ar por alguns segundos

TÉCNICA • 5. Feche a saída de O2 e calce as luvas de procedimento • 6. Ofereça lenço de papel ou gaze para que o paciente faça a higiene do nariz • 7. Certifique-se, com a lanterna, de que as narinas não se encontram obstruídas (para cânula e cateter nasal)

TÉCNICA • 8. Posicione o dispositivo: - Cateter nasal: após ter manipulado, com uma gaze, o cateter e ter feito a medida do comprimento a ser inserido (lobo da orelha até a ponta do nariz), lubrifique o cateter e introduza delicadamente até a marcação realizada - Com lanterna e auxilio da espátula, abaixe a língua do paciente e observe a correta posição do cateter (atrás da úvula, acima dela)

TÉCNICA • 8. Posicione o dispositivo: - Cateter Tipo Oculos: adapte a saída de ar nas narinas e passe o cateter por de trás das orelhas, e regule a sua extensão em baixo do queixo.

TÉCNICA • 9. Retire máscara e luvas de procedimento • 10. Abra a fonte e controle o fluxo de O2 conforme prescrição médica • 12. Finalize o procedimento

ASPIRAÇÃO DE VIAS AEREAS • Aspiração de secreções é um procedimento necessário em situação em que o paciente não é capaz de eliminar as secreções que se acumulam nas vias aéreas superiores ou inferirores.

MATERIAL • • • • • • • • • •

Unidade de aspiração de parede ou portátil Manômetro Vidro de aspiração Extensão / sistema de aspiração fechado Sonda de aspiração estéril Luvas estéreis Gaze estéril Seringa de 10 ml Ampola de SF 0,9% ou água destilada EPI’s

OBSERVAÇÕES Procedimento estéril Seqüência: TQT (traqueostoma) / narinas / boca. Máximo: 3x. Monitorar fixação, umidificação, cuff, SaO2, SSVV. Observar, registrar, comunicar aspecto secreções Manter elevação da cabeceira 45° Auscultar sons respiratórios para avaliar a eficácia da aspiração • Encorajar o paciente a tossir e a respirar profundamente entre as aspirações. • • • • • • •

AJUSTE DE PRESSÃO VÁCUO • Ajustar pressão apropriada:

• Adulto: 100 a 150 mm Hg ou 10 a 15 cm Hg • Criança: 95 a 110 mm Hg ou 9 a 11 cm Hg

TÉCNICA 1) Lavar as mão e reunir material; 2)Orientar o paciente sobre o procedimento 3) Aumentar FiO2 antes de iniciar a técnica; 4) Colocar papel toalha sobre o tórax

5) Colocar máscara/gorro/óculos e após luva estéril

TÉCNICA 6) Com mão estéril (dominante), pegar sonda e conectar na extremidade da extensão (segurada pela mão não dominante) 7) Calcular a distância do lóbulo da orelha até narina e colocar o dedo polegar e o indicador da mão dominante naquele ponto do cateter; 8) Inserir delicadamente o cateter (mão dominante), mantendo a válvula fechada (impedindo aspiração pelo vácuo) ou pinçar a extensão com (mão não dominante);

TÉCNICA 9) Aplicar sucção, desfazendo a pinça; OBS: NUNCA APLICAR SUCÇÃO ENQUANTO O CATETER ESTIVER SENDO INTRODUZIDO 10) Aspirar secreção fazendo movimentos rotatórios, à medida que ele está sendo retirado. Por até 10 a 15 segundo de cada vez; 11) Irrigar o cateter no SF 0,9% e repetir a aspiração quando necessário e de acordo com tolerância do paciente; 12) Dar um intervalo entre uma aspiração e outra de 20 a 30 segundo;

TÉCNICA 13) Após término da aspiração, realizar o procedimento nas demais cavidades. 14) Retirar luvas e desligar o aspirador; 15) Deixar o cliente confortável;

16)Registrar o procedimento realizado.

REFERÊNCIAS • SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP). J. Pneumologia [online]. 2000, vol.26, n.6 • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. • BAPTISTA ALPA; RAYAL AF; PATTI CC, et al. Diretrizes de Oxigenação Domiciliar Prolongada. 2010
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