Apostila de Ciências Morfofuncionais

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Sumário SEÇÃO 1: A CÉLULA ........................................................................................ 5 1.1 TEORIA CELULAR ................................................................................... 5 1.2 CONSTITUIÇÃO DA CÉLULA .................................................................. 6 Membrana celular ........................................................................................ 6 Transporte ................................................................................................... 6 Citoplasma ................................................................................................... 7 Organelas .................................................................................................... 7 Núcleo.......................................................................................................... 8 1.3 REPRODUÇÃO CELULAR ....................................................................... 9 Mitose .......................................................................................................... 9 Meiose ....................................................................................................... 10 SEÇÃO 2 - ANATOMIA HUMANA BÁSICA ..................................................... 11 2.1 POSIÇÃO ANATÔMICA ......................................................................... 11 2.2 PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO.......... 12 2.3 EIXOS DO CORPO HUMANO ................................................................ 13 2.4 TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO ..................................................... 14 SEÇÃO 3 SISTEMA ESQUELÉTICO ............................................................... 16 3.1 CONCEITO DE SISTEMA ESQUELÉTICO ............................................ 16 3.2 FUNÇÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO: ............................................ 18 3.3 DIVISÃO DO ESQUELETO .................................................................... 18 3.4 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS ............................................................. 20 Ossos Longos ............................................................................................ 20 Ossos curtos .............................................................................................. 20 Ossos planos (laminares): ......................................................................... 20 Ossos Alongados ....................................................................................... 20 Ossos pneumáticos ................................................................................... 20 Ossos Irregulares ...................................................................................... 21 Ossos Sesamóides .................................................................................... 21 Ossos Suturais .......................................................................................... 21 Acidentes Ósseos ...................................................................................... 21 3.7 ESTRUTURAS ÓSSEAS DO ESQUELETO AXIAL ................................ 22 Cabeça ...................................................................................................... 22 COLUNA VERTEBRAL.............................................................................. 24

TÓRAX ...................................................................................................... 27 3.8 ESQUELETO APENDICULAR ................................................................ 29 MEMBROS SUPERIORES ........................................................................ 29 CINTURA PÉLVICA: ..................................................................................... 31 3.10 MEMBRO INFERIOR: ........................................................................... 31 3.11 SISTEMA ARTICULAR ......................................................................... 33 CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES ................................................. 33 SEÇÃO 4: SISTEMA MUSCULAR ................................................................... 40 4.1 DEFINIÇÃO............................................................................................. 40 4.2 FUNÇÕES DOS MÚSCULOS................................................................. 40 4.3 TIPOS DE MÚSCULOS .......................................................................... 40 4.4 CLASSIFICAÇÃO DOS MUSCÚLOS ..................................................... 41 Quanto a situação: ..................................................................................... 41 Quanto à forma: ......................................................................................... 41 Quanto à disposição das fibras: ................................................................. 42 Quanto a Origem e Inserção:..................................................................... 42 Quanto a função: ....................................................................................... 42 Quanto a Nomenclatura: ............................................................................ 42 4.4 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESTRIADOS ....... 42 4.5 TIPOS DE CONTRAÇÃO: ...................................................................... 43 4.6 COMPONENTES ANATÔMICOS DO TECIDO CONJUNTIVO .............. 44 4.7 MÚSCULOS DO ESQUELETO AXIAL ................................................... 45 MÚSCULOS DA CABEÇA, FACE E PESCOÇO. ...................................... 45 MÚSCULO DO TÓRAX ............................................................................. 49 MÚSCULOS DO ABDOME (REGIÃO ANTERIOR) ................................... 50 MÚSCULOS DO DORSO (REGIÃO POSTERIOR) ................................... 52 4.8 MÚSCULOS DO SISTEM APENDICULAR ............................................. 53 MÚSCULOS DO OMBRO.......................................................................... 53 MÚSCULOS DO BRAÇO .......................................................................... 55 MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO ................................................................. 56 MÚSCULOS DA PERNA ........................................................................... 58 SEÇÃO 5 – SISTEMA CARDIOVASCULAR .................................................... 66 5.1 DEFINIÇÃO............................................................................................. 66 5.2 CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA ............................................ 66

5.3 SANGUE ................................................................................................. 67 5.4 CORAÇÃO .............................................................................................. 68 Camadas da Parede Cardíaca .................................................................. 70 CONFIGURAÇÃO INTERNA DO CORAÇÃO ........................................... 71 CICLO CARDÍACO .................................................................................... 72 VASCULARIZAÇÃO .................................................................................. 72 5.5 VASOS SANGUÍNEOS ........................................................................... 74 ESTRUTURA DOS VASOS ....................................................................... 75 5.6 SISTEMA ARTERIAL .............................................................................. 75 ARTÉRIAS DO CORAÇÃO ....................................................................... 76 ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA............................................... 77 ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES ............................................ 77 ARTÉRIAS DA REGIÃO DO TRONCO ..................................................... 78 ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES .............................................. 78 5.7 SISTEMA VENOSO ................................................................................ 81 VEIAS DO CORAÇÃO ............................................................................... 81 VEIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA ...................................................... 82 VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES.................................................... 82 VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES ..................................................... 82

SEÇÃO 1: A CÉLULA 1.1 TEORIA CELULAR Com o avanço tecnológico foi permitido descobrir e conhecer profundamente a célula, através do microscópio. Fato que permitiu a elaboração da Teoria Celular, princípio unificador da biologia que determina os seguintes pontos:  A célula é a unidade básica da estrutura e função de todos os seres vivos.  Todos os seres vivos, independentemente da sua complexidade são constituídos por células  Nas células ocorrem reações químicas necessárias à manutenção da vida.  Todas as células são geradas a partir de células preexistentes, através de divisão celular (mitose ou meiose).  A célula é a unidade hereditária de todos os seres vivos, transmitindo as informações entre as gerações, pelo processo de divisão celular, permitindo a continuidade das espécies. Figura 1 – A Célula

Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Celula_Eucariota_Animal_3(1).gif. Acesso em 13 abr. 2016. 1.2 CONSTITUIÇÃO DA CÉLULA As células possuem 3 regiões: Membrana, Citoplasma e Núcleo. Membrana celular Bicamada lipídica e de proteínas que se combinam, delimitando a célula separando os componentes intracelulares e extracelulares. Tendo sua camada externa a característica hidrofílica e a parte interna a característica hidrofóbica. As proteínas servem de poros para passagem da água e de outras substâncias, de acordo com a necessidade da célula, determinando, portanto, o que é denominado permeabilidade seletiva. Função que permite o controle das substância que entram e saem dela. Figura 2 - Membrana plasmática

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_plasm%C3%A1tica. Acesso em 14 abr. 2016. Transporte As diversas substâncias que devem ser transportadas através da membrana o fazem basicamente por:

 Osmose: difusão da água, através da membrana plasmática, do meio de menor concentração para o de maior concentração em soluto. Exemplos: entrada e saída de água em células.  Difusão simples: deslocamento de moléculas de uma zona de maior concentração para outra de menor concentração, ou seja, a favor do gradiente de concentração. Exemplo: passagem de gases e substâncias lipossolúveis para as células.  Transporte ativo: deslocamento de moléculas de uma zona de menor concentração para outra de maior concentração (contra o gradiente de concentração), utilizando energia neste processo (exemplo: bomba de sódio e potássio). Citoplasma Componente gelatinoso da célula, tendo como substância fundamental o citosol ou hialoplasma constituído por 90% de água, vários íons e moléculas orgânicas (aminoácidos, ácidos graxos, nucleotídeos e proteínas). No citoplasma estão mergulhadas as diversas organelas da célula e nele encontra-se uma rede tridimensional denominada citoesqueleto, que tem como função realizar a interligação e suporte das organelas celulares. Organelas São os órgãos das células que realizam funções vitais para a célula, abordaremos a seguir as principais  Retículo endoplasmático: rede de vesículas tubulares, que é dividida em: o Retículo

endoplasmático

rugoso:

contém

ribossomos

aderidos às suas paredes, tornando-se responsável pela produção de proteínas na célula. o Retículo endoplasmático liso: que não possui ribossomos, sendo responsável pela produção de hormônios e lipídeos, além de inativar substâncias tóxicas.  Ribossomo: estrutura que acopla RNAm e aminoácidos na síntese de proteínas, a partir da informação genética do DNA.

 Mitocôndrias: transforma energia contida nos alimentos e no oxigênio para as funções celulares, tendo como matéria-prima a glicose e o oxigênio, gerando o ATP (adenosina trifosfato), produzindo, concomitantemente calor e água.  Complexo de Golgi: vesículas achatadas e empilhadas que produz e acumula substâncias proteicas.  Lisossomo: produz enzimas que são utilizadas para digestão de materiais indesejáveis dentro da célula. Figura 3 – Citoplasma e Organelas

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_endomembranoso. Acesso em 14 abr. 216. Núcleo Local onde se encontram o material genético responsável por toda atividade celular, e ele possui algumas estruturas importantes:  Nucléolo: local de fabrição do RNA (ácido riboxinucleico).

 DNA: programa genético da célula, contido nos cromossomos da célula. O DNA é composto por 2 filamentos entrelaçados que formam uma espiral, através de combinações de quatro compostos (timina, adenina, guanina e citosina), fornecendo todas as informações do ser vivo. O RNA contém as informações genéticas que podem deixar o núcleo em direção ao citoplasma, para que sejam processadas pelas organelas, pois o DNA não pode deixar o núcleo. Figura 5 – Núcleo

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_celular. Acesso em 14 abr. 2016. 1.3 REPRODUÇÃO CELULAR Mitose Processo de reprodução celular que assegura a transferência da informação genética dos cromossomos à célula que se originará. Este processo ocorre em 4 fases:

 1ª Fase – Prófase: formação dos cromossomos dentro do núcleo por enrolamento da substância nuclear, com os centríolos migrando para cada polo celular.  2ª Fase – Metáfase: desaparecimento da membrana nuclear, assim os cromossomos ficam no centro da célula, unidos ao fuso e cada um deles replicando-se em dois iguais.  3ª Fase – Anáfase: cromossomos da replicação separam-se e deslocamse para cada um dos polos do fuso, iniciando a divisão do citoplasma.  4ª Fase – Telófase: reaparece a membrana nuclear, formando-se dois núcleos com constituição idêntica, dando origem a duas células independentes. Meiose Duas divisões sucessivas mitóticas em que há redução para metade do número

de

cromossomos.

Exemplo:

a

fecundação

do

óvulo

pelo

espermatozoide, formando uma nova célula com características tanto do gameta masculino quanto do gameta feminino. Figura 5 - Mitose e Meiose.

Fonte: https://gl.wikipedia.org/wiki/Ciclo_celular. Acesso em 14 abr. 2016.

SEÇÃO 2 - ANATOMIA HUMANA BÁSICA 2.1 POSIÇÃO ANATÔMICA Por questões de padronização para descrição das peças anatômicas, para relatos de pesquisas, dentre outros objetivos, foi convencionada a posição anatômica, na qual o indivíduo está em pé com a face voltada para frente, olhar para o horizonte, membros superiores estendidos, com as palmas das mãos voltadas para frente, membros inferiores unidos, com a ponta dos pés orientadas para frente. Figura 1 – Posição Anatômica

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_muscular. Acesso em 13 abr. 2016. 2.2 PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO O corpo humano pode ser dividido em planos a partir da posição anatômica: 1) Plano frontal: estende-se longitudinalmente, divide o corpo em um plano ventral ou anterior e um plano dorsal ou posterior. 2) Plano sagital: estende-se verticalmente ao longo do corpo, divide o corpo em um plano lateral direito e um plano lateral esquerdo. 3) Plano transversal: estende-se horizontalmente, divide o corpo em um plano cranial ou superior e um plano podálico ou inferior. Figura 2 – Planos Corporais

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_termos_t%C3%A9cnicos_de_anatomia. Acesso em 13 abr. 2016. 2.3 EIXOS DO CORPO HUMANO O corpo humano é cruzado por eixo imaginários que orientam os movimentos corporais, eles cruzam perpendicularmente os planos. 1) Eixo sagital: anteroposterior, cruzando o plano frontal. 2) Eixo longitudinal: craniocaudal, cruzando o plano transversal. 3) Eixo transversal: laterolateral, cruzando o plano sagital. Figura 3 – Eixos Corporais

Fonte: http://seryoga.com.br/um-pouco-sobre-anatomia-e-fisiologia-aplicada-aoyoga/. Acesso em 13 abr. 2016.

2.4 TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO Ainda na busca por padronização para relatos envolvendo a anatomia, alguns termos foram criados para facilitar o estudo e a descrição corporal.  Plano mediano: plano de secção imaginário que divide o corpo em metades direita e esquerda;  Linha mediana: linha imaginária que passa no meio do corpo (exemplo: umbigo e nariz estão na linha mediana);  Medial: estrutura próxima ao plano ou linha mediana (exemplo: dedo mínimo é medial em relação ao polegar);  Lateral: estruturas mais próximas do plano lateral direito ou esquerdo (exemplo: polegar é lateral em relação ao dedo mínimo);  Intermédio: estruturas localizadas entre o lateral e o medial (exemplo: artéria femoral em posição intermediária em relação à veia e o nervo femoral);  Palmar: estrutura relacionada à palma da mão;  Plantar: estrutura relacionada à planta do pé;  Superficial: mais próximo da superfície corporal;  Profundo: mais afastado da superfície corporal;  Interno: dentro de uma cavidade ou órgão;  Externo: fora de uma cavidade ou órgão;  Proximal: mais próximo da raiz do membro ou do centro do corpo;  Distal: mais distante do centro de corpo;  Superior: mais alto;  Inferior: mais baixo;  Ventral: refere-se à frente ou ao ventre;  Dorsal: refere-se ao dorso ou posterior;  Cranial: indica cabeça ou superior;  Caudal: indica cauda ou inferior.

Figura 4 – Posição e Direção

Fonte: COLICIGNO, 2008.

SEÇÃO 3 SISTEMA ESQUELÉTICO 3.1 CONCEITO DE SISTEMA ESQUELÉTICO O

sistema

esquelético

é

formado

por

ossos

e

cartilagens.

Aproximadamente 206 ossos consistem o sistema esquelético. Ossos: órgãos esbranquiçados, rígidos, que formam o esqueleto através da união entre eles; formado por tecido conjuntivo proveniente da mineralização (cálcio) da sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas). Este tecido sofre um processo de remodelamento dinâmico que produz osso novo e degrada osso velho. Ele é composto por vários tecidos: o Tecido ósseo o Tecido cartilaginoso o Tecido conjuntivo denso o Tecido epitelial o Tecido adiposo o Tecido nervoso o Tecidos formadores de sangue Os ossos são irrigados pelos canais de Volkman (vasos sanguíneos maiores) e canais de Havers (vasos sanguíneos menores), e o tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática. Dentro da matriz óssea existem lacunas que contêm células ósseas denominadas osteófitos, os quais possuem prolongamentos denominados canalículos, que formam conjuntamente com as lacunas uma rede em toda a massa de tecido mineralizado. Segue resumo das células ósseas: 

Células osteogênicas: encontradas nos tecidos ósseos em contato com o endósteo e periósteo e respondem a um trauma como uma fratura, fornecendo células formadoras de osso (osteoblastos) e células destruidoras de ossos (osteoclastos).



Osteoblastos: células formadoras de osso que sintetizam e secretam

substância

fundamental

desmineralizada

e

são

abundantes em área de metabolismo elevado dentro do osso, tais como debaixo do periósteo e margeando a cavidade medular.



Osteócitos: células ósseas maduras derivadas dos osteoblastos que tinham secretado tecidos ósseos em torno de si próprios. Mantêm o tecido ósseo saudável secretando enzimas e influindo no conteúdo mineral ósseo (Imagem 04).



Osteoclastos:

células

multinucleares

grandes

que

enzimaticamente decompõem o tecido ósseo, liberando cálcio, magnésio e outros minerais para o sangue. Estas células são importantes no crescimento, na moldagem e no repouso do osso. 

Células de revestimento ósseo: derivados de osteoblastos ao longo da superfície da maioria dos ossos no esqueleto adulto. Pensa-se que essas células regulam o movimento de cálcio e do fosfato para dentro e para fora da matriz óssea.

A maioria dos ossos contém tecidos compacto e esponjoso. O tecido ósseo compacto e sua constituição são externamente muito duros e densos, com arranjos precisos de estruturas cilíndricas microscópicas paralelamente ao eixo do osso. Já o tecido ósseo esponjoso se localiza profundamente no tecido compacto e tem aspecto poroso. Figura 1 – Tecido Ósseo

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_%C3%B3sseo. Acesso em 13 abr. 2016.

Já a cartilagem é uma forma elástica de tecido conectivo semirrígido e não possui vascularização, sendo que a obtenção de oxigênio e nutrientes é realizada por difusão. 3.2 FUNÇÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO:  Sustentação do organismo (apoio para o corpo)  Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro)  Base mecânica para o movimento  Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo)  Hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas novas) (COLICIGNO, 2008). 3.3 DIVISÃO DO ESQUELETO O esqueleto humano é divido em axial e apendicular:  Esqueleto axial: ossos da cabeça, pescoço e tronco (eixo do corpo) o Crânio: os ossos do crânio que formam a caixa encefálica, e os ossos da face que dão suporte aos olhos, ao nariz e formam o arcabouço ósseo da cavidade oral. o Ossículos da audição: três ossículos da audição (“ossos da orelha”) estão presentes na cavidade da orelha média em cada orelha e servem para transmitir impulsos sonoros. o Osso hioide: está localizado acima da laringe (“caixa da voz”) e debaixo da mandíbula. Sustenta a língua e auxilia na deglutição. o Coluna vertebral: consiste em vértebras isoladas separadas por discos intervertebrais cartilaginosos. o Caixa torácica: forma o arcabouço ósseo e cartilaginoso do tórax. Articula-se posteriormente com as vértebras torácicas e inclui os 12 pares de costelas, o osso plano esterno e as cartilagens costais que ligam as costelas ao esterno.  Esqueleto apendicular: ossos dos membros superiores e inferiores. o Cíngulo do membro superior: pares de escápulas e de clavículas são os componentes apendiculares do cíngulo do membro superior, e o esterno é o componente axial. A principal função do

cíngulo do membro superior é propiciar a fixação para os músculos que movimentam o braço e o antebraço. o Membros superiores: cada membro superior contém o úmero (proximal) no braço, ulna e rádio no antebraço, e os ossos carpais, ossos metacarpais e as falanges (ossos dos dedos) na mão. o Cíngulo do membro inferior: os dois ossos do quadril são os componentes apendiculares do cíngulo do membro inferior, e o sacro é o componente pela sínfise púbica e posteriormente pelo sacro. O cíngulo do membro inferior suporta o peso do corpo através da coluna vertebral e protege as vísceras do interior da cavidade pélvica. o Membro inferior: cada membro inferior contém o fêmur (proximal) da coxa, a tíbia e a fíbula na perna, os ossos tarsais, os ossos metatarsais e as falanges no pé. Além desses, a patela está localizada na face anterior da articulação do joelho, entre a coxa e a perna. A união entre os esqueletos axial e apendicular dá-se através das cinturas escapular e pélvica. Figura 2 - Divisão do esqueleto.

Fonte: https://ca.wikipedia.org/wiki/Esquelet_hum%C3%A0. Acesso em 13 abr. 2016.

3.4 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS Ossos Longos Possuem comprimento maior que a largura e possuem um corpo e duas extremidades, são levemente encurvados característica que garante maior resistência através da absorção do estresse mecânico, melhorando a distribuição deste estresse. Suas diáfises são formadas por tecido ósseo compacto, caracterizada como a haste longa do osso e suas epífises possuem grande quantidade de tecido esponjoso, caracterizadas por possuírem extremidades alargadas, com uma fina camada de osso esponjoso que recobre a cartilagem. Como exemplo no corpo humano há o fêmur. E além delas observa-se também a metáfise que é a parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise. Ossos curtos Possuem comprimento igual à largura, tendo na sua superfície uma fina camada de tecido ósseo compacto e o restante composto por osso esponjoso. Estes ossos estão presentes no carpo (mão) e no tarso (pé). Ossos planos (laminares): Ossos finos compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Eles possuem como função a proteção de órgãos essenciais e fornecem grandes áreas para inserções musculares. No corpo humano eles estão presentes no crânio. Ossos Alongados São ossos longos mas achatados e se caracterizam por não possuírem um canal central. As costelas fazem parte desta classificação. Ossos pneumáticos São ossos que possuem suas cavidades repletas de ar, apresentando pequeno peso em relação ao seu volume, como por exemplo, o osso esfenoide.

Ossos Irregulares Suas formas não permitem uma classificação nos grupos anteriores devido à sua complexidade geométrica, além disto, a quantidade de osso esponjoso e de osso compacto é variável, como por exemplo as vértebras da coluna vertebral. Ossos Sesamóides Ossos que estão inseridos no interior de um tendão, apresentam grande variação de tamanho e de número de pessoa para pessoa, nem sempre estão completamente ossificados e medem alguns milímetros de diâmetro, exceto a patela. Ossos Suturais Ossos pequenos localizados no interior das articulações, denominadas suturas, sendo que seu número varia de pessoa para pessoa. Figura 3 – Tipos de Ossos

Fonte: Van de Graaff (2003, p. 136). Acidentes Ósseos As principais proeminências são: 

Cabeça: é uma projeção óssea articular esférica.



Côndilo: é uma massa óssea articular cilíndrica.



Cristas: é o termo usado para uma margem pronunciada.



Tuberosidade: é uma projeção óssea relativamente grande.



Tubérculo: é uma projeção óssea menor.



Linha: é uma pequena crista ou marca de um osso, causada pela força de tração de um músculo.



Espinha: é uma saliência em forma de espinho.



Trocânter: está localizada na epífise proximal do fêmur. As principais cavidades, depressões e reentrâncias são:



Sulco: é uma depressão linear.



Fossa: é uma depressão côncava.



Fóvea: fosso, escavação, pequena depressão. Os principais buracos, forames e canais são:



Forame: é um orifício circunscrito em um osso.



Meato: abertura, orifício de um conduto.



Óstio: orifício.



Canais: passagem tubular e relativamente estreita. sinônimo: conduto, duto.



Seio: depressão, cavidade ou espaço oco.



Hiato: fenda, abertura.

3.7 ESTRUTURAS ÓSSEAS DO ESQUELETO AXIAL Cabeça Os ossos da cabeça podem ser divididos em ossos do crânio e ossos da face. O crânio tem 8 ossos, sendo 2 pares e 4 ímpares. Os ossos pares ou bilaterais são: parietais e temporais. Os ossos ímpares ou medianos são: frontal, etmóide, esfenóide e occipital. Estes ossos formam a caixa craniana e contêm o encéfalo em seu interior. A face tem 14 ossos, sendo 6 pares ou bilaterais e 2 ímpares. Os ossos pares ou bilaterais são: nasais, lacrimais, zigomáticos, maxilas, palatinos e conchas inferiores. Os ossos ímpares ou medianos são: mandíbula e vômer. Estes ossos formam o maciço facial que contém os órgãos dos sentidos.

FACE EXTERNA Na face superior estão os ossos da calota craniana, compostos pelos ossos frontal, parietais e occipital. São encontrados os seguintes acidentes ósseos:  Sutura sagital situada entre os ossos parietais.  Sutura coronal situada entre o osso frontal e os parietais.  Sutura lambdóide situada entre os ossos parietais e o occipital.  Fontanela bregmática na junção das suturas coronária e sagital.  Fontanela lambdóide na junção da sutura sagital e lambdóide. Curiosidade: na criança, as fontanelas são maiores, porque os ossos ainda não se calcificaram totalmente. Figura 4 - Calota Craniana.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral forma o eixo axial do corpo humano, sustentando os movimentos dos membros e o peso corporal, sendo composta por 33 vértebras, sendo 24 móveis e 9 fixas e soldadas, distribuídas em 5 regiões (coluna cervical, coluna torácica, coluna lombar, sacro e cóccix): 

7 vértebras cervicais



12 vértebras torácicas



5 vértebras lombares



5 vértebras sacrais (fundidas)



4 vértebras coccígeas (fundidas) Esta coluna possui curvaturas fisiológicas, que são divididas em

curvaturas primárias (que são caracterizadas por serem côncavas para frente) e curvaturas secundárias (que são convexas para frente), sendo portanto: 

Lordose Cervical (curvatura secundária)



Cifose Torácica (curvatura primária)



Lordose Lombar (curvatura secundária)

Figura 5 - Coluna vertebral

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Coluna_vertebral. Acesso em 15 abr. 2016. As vértebras como elemento constituinte para a coluna vertebral possuem características fundamentais independentemente da região a qual está inserida: 

Corpo da vértebra



Pedículo vertebral



Processos espinhosos



Processos transversos



Processos articulares: superior e inferior



Canal vertebral



Forame intervertebral A articulação entre as vértebras dá-se pelas facetas articulares das

vértebras suprajacentes e subjacentes, pelos corpos vertebrais unidos pelo disco intervertebral e pelos ligamentos comum vertebral anterior, comum vertebral posterior, intertransversários, interespinhoso e amarelo. Conforme a região vertebral segue em sentido caudal, as vértebras ficam maiores e mais robustas. Figura 6 - Vértebras cervicais.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9rtebra_cervical. Acesso em 15 abr. 2016. O atlas não tem corpo vertebral e sim um arco anterior e um posterior (C1). O áxis tem na parte superior do corpo vertebral um dente denominado de processo odontóide (C2). O restante, possuem como características o processo transverso ter um orifício denominado forame transverso (C3 a C7).

Figura 7 - Vértebras torácicas.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Vertebra. Acesso em 15 abr. 2016. As vértebras torácicas têm os processos espinhosos bem oblíquos e pontiagudos (T1 a T12). Figura 8 - Vértebras lombares.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9rtebra_lombar. Acesso em 15 abr. 2016 As vértebras lombares têm os processos espinhosos acentuadamente horizontais e quadrados (L1 a L5).

Figura 9 - Sacro.

Fonte: https://it.wikipedia.org/wiki/Osso_sacro. Acesso em 15 abr. 2016. É o resultado da junção de 5 vértebras que se soldam entre si. Ele articula-se; superiormente com a 5a vértebra lombar (L5) onde forma o promontório, lateralmente com os ossos do quadril e inferiormente com o cóccix. O sacro e os dois ossos do quadril formam a pelve óssea. No sacro identificamos: 

Face anterior ou pélvica: é lisa e côncava.



Face posterior ou dorsal: é irregular e apresenta as cristas sacrais.



Canal sacral: abertura superior do osso sacro.



Hiato sacral: abertura inferior do osso sacro.



Crista sacral (face posterior do sacro) Em ambas as faces, notamos as presenças dos forames sacrais:

anteriores e posteriores, por onde saem os nervos. O cóccix é um pequeno osso formado pela soldadura de 2 a 4 vértebras. TÓRAX A caixa torácica é formada: anteriormente pelo osso esterno. 

Lateralmente pelas costelas.



Posteriormente com a coluna vertebral.

Existem 12 pares de costelas que podem ser classificadas em: 

7 pares verdadeiros



3 pares falsos



2 pares flutuantes

Figura - 10 Tórax.

Fonte: https://pixabay.com/pt/costela-gaiola-costelas-esqueleto-42420/. Acesso em 15 abr. 2016. Elas articulam-se anteriormente com o osso esterno e posteriormente com as vértebras. As costelas podem ser contadas de cima para baixo (a mais superior é a 1a costela e a ultima é a 12a costelas). As 7 primeiras, isto é, da 1a até a 7a são consideradas costelas verdadeiras por se articularem diretamente com o esterno. O espaço entre as costelas denomina-se espaço intercostal. As 3 costelas falsas (8ª a 10ª) se continuam anteriormente por cartilagens que vão até o osso esterno, estas cartilagens formam uma borda costal. As bordas costais, direita e esquerda formam o ângulo subcostal. As 2 costelas flutuantes (11ª e 12ª) articulam-se posteriormente com a coluna vertebral e anteriormente as suas extremidades são livres.

ESTERNO Está localizado na parte anterior do tórax e articula-se com as costelas através das cartilagens costais e com as clavículas. Está dividido em 3 partes: 

Manúbrio



Corpo do esterno



Processo xifóide.

3.8 ESQUELETO APENDICULAR O esqueleto apendicular é composto pelos membros superiores e membros inferiores. MEMBROS SUPERIORES Os membros superiores podem ser divididos em 4 partes: 

Cintura escapular



Braço



Antebraço



Mão

CINTURA ESCAPULAR A cintura escapular é formada pelo osso da escápula e clavícula, unindo o membro superior ao tronco. Figura 11 – Cintura Escapular

Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gray204b.png. Acesso em 15 abr. 2016.

BRAÇO O braço é composto pelo osso do úmero, que é o maior e mais longo osso do membro superior. Articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo.

ANTEBRAÇO O antebraço possui dois ossos principais, o rádio e a ulna. O rádio é o osso lateral do antebraço. É o mais curto dos dois ossos do antebraço. Articulase proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos do carpo e a ulna. Apresenta duas epífises e uma diáfise. E a ulna é o osso medial do antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e o rádio e distalmente apenas com o rádio. É um osso longo que apresenta duas epífises e uma diáfise. Figura 12 – Ossos dos Membros Superiores

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ulna. Acesso em 15 abr. 2016.

MÃO. A mão se divide em: carpo, metacarpo e falanges. Os ossos do Carpo são divididos em oito partes distribuídos em duas fileiras: proximal e distal. Na fileira proximal temos os ossos: Escáfoide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme. E na fileira distal temos os ossos: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato.

CINTURA PÉLVICA: A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, pela fusão do ílio, ísquio e púbis. Figura 13 – Cintura Pélvica

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelve. Acesso em 15 abr. 2016. 3.10 MEMBRO INFERIOR: Composto pelo fêmur que possui os seguintes acidentes ósseos: 

Epífise proximal: o Cabeça do fêmur o Colo do fêmur



Epífise distal: o Côndilo medial e côndilo lateral o Epicôndilo medial e epicôndilo lateral Além disto, têm-se a patela, osso sesamóide que fica no tendão patelar, a

tíbia e a fíbula que formam os ossos da perna. Na tíbia observam-se os seguintes acidentes ósseos:



Epífise proximal: o Côndilo medial o Côndilo lateral o Tuberosidade tibial anterior



Epífise distal: o Maléolo medial o Incisura fibular Na fíbula têm-se os seguintes acidentes ósseos:



Epífise proximal o Cabeça da fíbula o Face articular da cabeça da fíbula



Epífise distal o Maléolo lateral Já no pé observa-se a seguinte distribuição:



Tarso: o Calcâneo o Tálus o Navicular o Cubóide o Cuneiforme medial o Cuneiforme intermédio o Cuneiforme lateral.



Metatarso: 5 ossos que unem os ossos do tarso às falanges, numeradas de 1 a 5 do hálux ao dedo mínimo.



Falanges: 14 ossos, sendo quatro dedos com 3 falanges (proximal, média e distal, com exceção do hálux que possui 2 falanges (proximal e distal).

Figura 14– Ossos dos Membros Inferiores

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Leg_bone. Acesso em 15 abr. 2016. 3.11 SISTEMA ARTICULAR Os ossos “unem-se“ entre si para constituir o esqueleto, tendo como objetivo maior das articulações conferir aos ossos movimentos levados pela ação muscular. Acessoriamente podemos considerar que determinadas articulações são importantes no crescimento ósseo (cartilagem de crescimento). Por último, as articulações fornecem elasticidade e flexibilidade ao esqueleto. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES São vários os critérios adotados para se classificar as articulações do esqueleto. Uma maneira seria considerar o tipo de tecido interposto entre os ossos articulares. 

Articulação fibrosa



Articulação cartilaginosa



Articulação sinovial.

FIBROSAS As articulações fibrosas são exclusivas do esqueleto cefálico. Isto quer dizer que os ossos do “crânio” estão articulados através de um tecido conjuntivo fibroso, que além de colaborar no crescimento da cabeça, oferece também elasticidade. Num crânio de feto as suturas são mais amplas (mais separadas) porque são áreas provisórias de interconexões que sofrerão sinostoses (ossificação) com a idade. Fibrosas do tipo Suturas: Englobam quase todas as articulações entre os ossos do crânio, e se subdividem em: 

Denteadas (serráteis). Exemplo: sutura interparietal.



Escamosas (biseladas). Exemplo: sutura parietotemporal.



Planas. Exemplo: sutura internasal. Classificação:



Quanto ao tecido interposto. Fibrosa



Quanto ao movimento. Imóvel ou sinartrose.

Figura 15 – Articulação Fibrosa do Tipo Sutura

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Osso_parietal. Acesso em 15 abr. 2016. Fibrosas do tipo Gonfoses: Do Grego gonfos (prego). São articulações entre os dentes e suas cavidades naturais os alvéolos dentários. São articulações com pouco movimento e que normalmente não se calcificam com a idade.

Fibrosa do tipo Sindesmoses São junturas fibrosas com uma quantidade maior de tecidos conjuntivos. Com maior grau de liberdade de movimentos. Exemplo; tíbio-fibular entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula. Classificação: 

Quanto ao tecido interposto. Fibrosa do tipo Sindesmose



Quanto ao movimento. Semimóvel ou Anfiartrose

CARTILAGÍNEAS Nestas articulações, os ossos são interligados através de cartilagem hialina ou fibrosa. Em consequência disto classificamos as junturas cartilagíneas em: Cartilagíneas do tipo Sincondroses: Quer dizer “união” dos ossos através de cartilagem hialina. Estas junturas são também denominadas de “união provisória” (temporária). Isto é vale dizer que elas existem em determinadas fases da vida, e que depois se calcificam. Ex: sincondrose esfeno-occipital no jovem e sinostose esfeno-occipital no adulto. Estas junturas são importantes no crescimento das peças esqueléticas. Certos autores consideram nas sincondroses dois tipos: 1. intra-óssea. Exemplo: união entre a epífise com a diáfise de um osso longo. 2. inter-óssea. Exemplo: A união entre os ossos: ílio, ísquio e púbis. Figura 16 – Sincondrose

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Costal_cartilage. Acesso em 15 abr. 2016.

Cartilagíneas do tipo Sínfise Quer dizer união por meio de cartilagem fibrosa. Normalmente este tipo não sofre sinostose com o decorrer dos anos. As articulações sínfises dão ao esqueleto estabilidade e pequena liberdade de movimentos. Exemplos: sínfise púbica (da púbis) e sínfise intervertebral (coluna vertebral ). Classificação: 

Quanto ao tecido interposto. Cartilagínea ou cartilaginosa.



Quanto ao movimento. Semi-móvel ou Anfiartrose

Figura 17 – Sínfise Púbica

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADnfise. Acesso em 15 abr. 2016.

SINOVIAIS As junturas sinoviais se caracterizam pela maior liberdade de movimentos entre os ossos. São realmente as articulações que mais se movimentam. Isto em decorrência de uma série de elementos existentes: 

Cavidade articular: é o espaço ou fenda existente entre os ossos da articulação. É limitado pelas cartilagens e pela cápsula.



Cartilagem articular: é o tecido cartilagíneo (hialino), que reveste as superfícies articulares dos ossos. É uma cartilagem remanescente do esqueleto cartilagíneo do embrião que normalmente não se calcifica. Tem um aspecto liso para facilitar os movimentos articulares.



Superfície articular: é a área do osso revestida pela cartilagem articular. É representada pelas bordas e pelas extremidades de contato dos ossos.



Cápsula articular: é o principal meio de conexão entre os ossos. Impede o afastamento anormal dos ossos durante os movimentos. Apresenta-se como uma joelheira (luva) em torno das extremidades ósseas fornecendo estabilidade e proteção aos componentes internos da articulação. É de natureza conjuntiva (tecido conjuntivo fibroso) constituída por duas partes: uma externa, mais fibrosa, mais resistente que atua como um verdadeiro

ligamento,

e

outra

interna,

delgada,

amplamente

vascularizada (rica em vasos), denominada membrana sinovial. 

Membrana sinovial: reveste a cápsula articular internamente, porém inexistente nas áreas de “atrito” (superfícies articulares). Esta apresenta uma série de pregas, as vilosidades sinoviais que participam na elaboração do líquido sinovial.



Liquido sinovial: é o líquido elaborado pela membrana sinovial que preenche a cavidade articular, lubrificando as cartilagens articulares. É de consistência viscosa que se espessa com o frio. Em temperatura normal atua como lubrificante facilitando os movimentos e impedindo o atrito dos ossos. Segundo alguns autores, a sinóvia teria uma participação na nutrição da cartilagem articular.



Discos e Meniscos: intra-articulares: são estruturas fibrocartilagíneas que se interpõem aos ossos articulares. Atuam como elementos de congruência

(harmonia),

entre

superfícies

ósseas

discordantes.

Participam também na facilitação dos movimentos e como coxins (amortecedores) na neutralização dos impactos. É denominado de disco quando total (circular), como na articulação (A.T.M.) temporomandibular e de menisco quando parcial (meia lua) como no joelho. Muitas vezes apresentam perfurações comunicando a cavidade supra com a inframeniscal.



Lábios ou Orlas: são estruturas fibrocartilaginosas que dispõem no contorno das superfícies articulares ampliando assim a superfície de recepção do osso.



Ligamentos: são elementos de conexão dos ossos articulares. De natureza fibrosa, resistente que reforçam a cápsula articular externa e internamente,

daí

denominados

de

extra

e

intra-articulares

respectivamente. Estes ligamentos mantêm os ossos em contiguidade, impedindo a separação anormal dos ossos (luxação). Diversos são os critérios para a classificação das articulações sinoviais: 

Classificação de acordo com o número de superfícies articulares o Simples: quando dois ossos se articulam. Exemplo interfalângica. o Composta: quando mais de dois ossos se articulam. Exemplo articulação do cotovelo; o Complexa: quando possui disco ou menisco intra-articulares separando a cavidade articular. 

Exemplo: articulação do joelho e (ATM) articulação temporomandibular;



Classificação de acordo com número de eixos de movimento o Mono ou Uniaxial: quando possui apenas um eixo de movimento. Exemplo: articulação interfalângica; o Biaxial: quando possui dois eixos de movimento. Exemplo: articulação radiocárpica; o Triaxial: quando possui três eixos de movimento. Exemplo: coxofemoral.



Classificação de acordo com a forma das superfícies articulares: o Articulação plana: as superfícies articulares são planas ou ligeiramente abauladas, permitindo somente movimentos de deslizamento ou resvalo. Exemplo: articulação intercuneiformes; o Articulação gínglimo (dobradiça): as superfícies articulares unemse como as partes de uma dobradiça. Os movimentos são executados ao redor de um único eixo. Exemplo: articulação interfalângica;

o Articulação condilar: as superfícies articulares de ambos os ossos são denominadas de côndilo, e são incongruentes, necessitando para a combinação de discos ou meniscos. Exemplos: articulação temporomandibular (ATM), e articulação do joelho; o Articulação elipsoide: as superfícies articulares são segmentos de elipse, uma convexa e outra côncava, e seus movimentos se fazem ao redor de dois eixos. Exemplo: articulação radiocárpica; o Articulação trocoide (em pivô): as superfícies articulares se encaixam mutuamente, sendo uma superfície de forma circular, ou em roda, e a outra, côncava, permitindo a rotação. É uniaxial. Exemplo: articulação radioulnar proximal; o Articulação selar: a superfície de um osso tem a forma de uma sela e a do outro de um cavaleiro. É biaxial. Exemplo: articulação trapézio-metacárpica do polegar; o Articulação esferoide: a superfície articular de um osso é uma esfera e a do outro um receptáculo. Exemplo: articulação coxofemoral. Das articulações somente as sinoviais permitem movimentos amplos sendo que as sínfises apresentam ligeiros ou diminutos movimentos de pressão e torção. São movimentos ativos aqueles que o próprio indivíduo pode realizar em suas articulações, e passivos, aqueles dependentes da ação da gravidade ou da intervenção de um examinador. Figura 18 – Articulação Sinovial

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Articula%C3%A7%C3%A3o. Acesso em 15 abr. 2016.

SEÇÃO 4: SISTEMA MUSCULAR 4.1 DEFINIÇÃO Os músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento, através de células especializadas chamadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. São capazes de transformar energia química em energia mecânica. 4.2 FUNÇÕES DOS MÚSCULOS Dentre as principais funções dos músculos temos: 

Produção dos movimentos corporais.



Estabilização das posições corporais.



Regulação do volume dos órgãos.



Movimento de substâncias dentro do corpo.



Produção de calor.

4.3 TIPOS DE MÚSCULOS Existem três tipos de músculos no nosso sistema muscular. 

Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários (ex. bíceps braquial).



Músculo Estriado-cardíaco: Contração forte, rápida, rítmica e involuntária (ex. contração do coração).



Músculo Liso: Possuem contração fraca, lenta e involuntária (ex. intestinos, ureteres, bexiga).

Figura 1 – Tipos de Músculos

Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Illu_muscle_tissues.jpg. Acesso em 15 abr. 2016.

4.4 CLASSIFICAÇÃO DOS MUSCÚLOS Quanto a situação: 

Superficiais ou Cutâneos: estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar).



Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial.

Quanto à forma: 

Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações (ex. bíceps braquial).



Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que não exclui força nem especialização (ex. músculos da mão).



Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes

das

grandes

cavidades

(ex.

diafragma).

Quanto à disposição das fibras: 

Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal.



Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal.



Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo.

Quanto a Origem e Inserção: 

Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps.

Quanto a função: 

Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado.



Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave.



Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal.



Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal.

Quanto a Nomenclatura: 

Ação: Extensor dos dedos.



Ação Associada à Forma: Pronador redondo e pronador quadrado



Ação Associada à Localização: Flexor superficial dos dedos.



Forma: Músculo Deltóide (letra grega delta)



Localização: Tibial anterior.



Número de Origem: Bíceps femoral e tríceps braquial.

4.4 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESTRIADOS 

Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa).



Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros.



Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques.



Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-lhe um deslizamento fácil.



Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um osso. São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o deslizamento muscular.

Figura 2 – Músculo

Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Constituci%C3%B3n_de_un_m%C3% BAsculo_esquel%C3%A9tico.jpg. Acesso em 15 abr. 2016. 4.5 TIPOS DE CONTRAÇÃO: 

Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação.



Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a contração.



Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto outras são movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa.

4.6 COMPONENTES ANATÔMICOS DO TECIDO CONJUNTIVO 

Fáscia Superficial separa os músculos da pele.



Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, que, abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo.



Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o músculo.



Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais,

separando-as

em

feixes

chamados

fascículos.

Os fascículos podem ser vistos a olho nu. 

Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus vizinhos.

Figura 3 – Tecido Conjuntivo

Fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Illu_muscle_structure.jpg.

Acesso em 15 abr. 2016.

4.7 MÚSCULOS DO ESQUELETO AXIAL MÚSCULOS DA CABEÇA, FACE E PESCOÇO. NOME DO MÚSCULO Epicrânio

AÇÃO DO MÚSCULO Traciona para trás o couro cabeludo. Eleva as sobrancelhas e enruga. Eleva as sobrancelhas de um ou de ambos os lados.

Temporoparietal

Estica o couro cabeludo. Traciona para trás a pele das têmporas. Combina-se com o occipitofrontal para enrugar a fronte e ampliar os olhos (expressão de medo e horror).

Orbicular do Olho

Fechamento ativo das pálpebras.

Prócero

Traciona para baixo o ângulo medial da sobrancelha e origina as rugas transversais sobre a raiz do nariz.

Nasal

Dilatação do nariz.

Levantador do Lábio

Levanta o lábio superior e leva-o um pouco

Superior

para frente.

Levantador do Lábio

Dilata a narina e levanta o lábio superior.

Superior e Asa do Nariz Levantador do ângulo da

Eleva o ângulo da boca e acentua o sulco

Boca

nasolabial.

Zigomático Maior

Traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada).

Zigomático Menor

Auxilia na elevação do lábio superior e acentua o sulco nasolabial.

Risório

Retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado).

Depressor do Lábio Inferior

Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente (expressão de ironia).

Depressor do Ângulo da

Deprime o ângulo da boca (expressão de

Boca

tristeza).

Mentoniano

Eleva e projeta para fora o lábio superior e enruga a pele do queixo.

Orbicular da Boca

Fechamento direto dos lábios.

Bucinador

Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. Importante para assobiar e soprar.

Masseter

Elevação (oclusão) da mandíbula.

Platisma

Traciona o lábio inferior e o ângulo bucal, abrindo parcialmente a boca (expressão de horror). Puxa a pele sobre a clavícula em direção à mandíbula.

Esternocleidomastóideo

Fixo Superiormente: Ação inspiratória Fixo Inferiormente: Contração Unilateral: Flexão, inclinação homolateral e rotação com a face virada para o lado oposto Contração Bilateral: Flexão da cabeça

Escaleno anterior, médio e

Anterior: Elevação da primeira costela e

posterior.

inclinação homolateral do pescoço - Ação inspiratória. Médio: Elevação da primeira costela e inclinação homolateral do pescoço - Ação inspiratória. Posterior: Elevação da segunda costela e inclinação homolateral do pescoço - Ação inspiratória.

Figura 4 – Músculos da Face na Vista Anterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Figura 5 – Músculos da Face na Vista Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Figura 6 – Músculos do Pescoço na Vista Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULO DO TÓRAX NOME DO

AÇÃO DO MÚSCULO

MÚSCULO Peitoral Maior

Adução, rotação medial, flexão e flexão horizontal do ombro

Peitoral Menor

Fixo no Tórax: Depressão do ombro e rotação inferior da escápula Fixo na Escápula: Eleva as costelas (ação inspiratória)

Serrátil Anterior

Fixo na Escápula: Ação inspiratória Fixo nas Costelas: Rotação superior, abdução e depressão da escápula e propulsão do ombro

Subclávio

Depressão da clavícula e do ombro.

Intercostais

Elevação das costelas (ação inspiratória).

Externos Intercostais

Depressão das costelas (ação expiratória).

Internos Figura 7 – Músculos do Tórax na Vista Anterior

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Figura 8 – Músculo Serrátil Anterior

FONTE: http://www.auladeanatomia.com/sistemamuscular/torax.htm MÚSCULOS DO ABDOME (REGIÃO ANTERIOR) NOME DO

AÇÃO DO MÚSCULO

MÚSCULO Reto Anterior

Aumento da pressão intra-abdominal (Expiração, Vômito,

do Abdome

Defecação, Micção e no Parto). Fixo no Tórax: Retroversão da pelve. Fixo na Pelve: Flexão do tronco (+ ou - 30°).

Oblíquo

Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o

Externo do

lado oposto.

Abdome

Contração Bilateral: Flexão do tronco e aumento da pressão intra-abdominal.

Oblíquo Interno

Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o

do Abdome

lado oposto.

Contração Bilateral: Flexão do tronco e aumento da pressão intra-abdominal. Rotação do tórax para o mesmo lado. Transverso do

Aumento da pressão intra-abdominal e estabilização da

Abdome

coluna lombar.

Diafragma

Inspiratório, pois diminui a pressão interna da caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, estabilização da coluna vertebral e expulsões (defecação, vômito, micção e parto).

Figura 9 – Músculos do Tórax na Vista Anterior

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Figura 10 – Músculos Abdominais Profundos

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. MÚSCULOS DO DORSO (REGIÃO POSTERIOR) NOME DO

AÇÃO DO MÚSCULO

MÚSCULO Trapézio

Fixo na Coluna: Elevação do ombro, adução das escápulas, rotação superior das escápulas e depressão de ombro. Fixo na Escápula: Contração Unilateral: Inclinação homolateral e rotação contralateral da cabeça. Contração Bilateral: Extensão da cabeça.

Latíssimo do Dorso Adução, extensão e rotação medial do braço. ou Grande dorsal

Depressão do ombro.

Rombóide

Adução e rotação inferior das escápulas e elevação do ombro

da Elevação e adução da escápula. Inclinação e

Levantador

rotação homolateral da coluna cervical e extensão

Escápula

da cabeça. Serrátil

Póstero- Elevação das primeiras costelas (ação inspiratória).

Superior Serrátil

Póstero- Depressão das últimas costelas (ação expiratória).

Inferior Eretores da Espinha

Extensão da coluna vertebral.

Figura 11 – Músculos do Dorso na Vista Posterior

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 4.8 MÚSCULOS DO SISTEM APENDICULAR MÚSCULOS DO OMBRO MÚSCULO Deltóide

AÇÃO DO MÚSCULO Abdução do braço. Auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e medial, flexão e extensão horizontal do braço.

Estabilização da articulação do ombro. Supra-

Abdução do braço.

espinhal Infra-espinhal

Rotação lateral do braço.

Redondo

Rotação lateral e adução do braço.

Menor Redondo

Rotação medial, adução e extensão da articulação do

Maior

ombro.

Subescapular

Rotação medial e adução do braço.

Figura 12 – Músculos do Ombro na Vista Posterior

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Figura 13 – Músculos do Ombro na Vista Anterior

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. MÚSCULOS DO BRAÇO MÚSCULO Bíceps Braquial

AÇÃO DO MÚSCULO Flexão de cotovelo / ombro e supinação do antebraço

Braquial Anterior Flexão de cotovelo Coracobraquial

Flexão e adução do braço

Tríceps Braquial

Extensão do cotovelo

Figura 14 – Músculos do Braço

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO NOME DO MÚSCULO Braquiorradial

AÇÃO DO MÚSCULO Flexão do cotovelo, pronação de antebraço e supinação até o ponto neutro.

Supinador

Supinação do antebraço.

Extensor Radial Longo Extensão do punho e abdução da mão (desvio do Carpo

radial).

Extensor Radial Curto Extensão do punho. do Carpo Pronador Redondo

Pronação do antebraço e auxiliar na flexão do cotovelo

Flexores de punho e Flexão do antebraço, punho e dedos. mão

Extensores de punho e Extensão do antebraço, punho e dedos. mão Figura 15 – Músculos do antebraço – Vista Anterior

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Figura 16 – Músculos do Antebraço – Vista Posterior

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. MÚSCULOS DA PERNA MÚSCULOS DO QUADRIL MÚSCULO Glúteo máximo

AÇÃO DO MÚSCULO Extensão e rotação lateral do quadril

Glúteo médio Glúteo mínimo Piriforme

Abdução e rotação medial da coxa

Figura 17 – Músculos do Quadril

FONTE: NETTER, 2000.

MÚSCULOS DA COXA ANTERIOR E LATERAL NOME DO MÚSCULO Tensor da fáscia lata Reto femoral Vasto lateral Vasto intermédio Vasto medial Sartório

AÇÃO DO MÚSCULO Flexão, abdução e rotação medial do quadril e rotação lateral do joelho. Extensão do joelho e o reto femural realiza flexão do quadril. O vasto medial realiza rotação medial e o vasto lateral, rotação lateral. Flexão, abdução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação medial do joelho.

Figura 18 – Músculos Anteriores da Coxa

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Figura 19 – Músculos Laterais da Coxa

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA COXA MEDIAL NOME DO MÚSCULO Grácil

AÇÃO DO MÚSCULO Adução da coxa, flexão e rotação medial do joelho

Adutor magno Adutor longo Adutor curto

Adução da coxa

Figura 20 – Músculos Mediais da Coxa

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA COXA POSTERIOR NOME DO MÚSCULO Bíceps femoral

AÇÃO DO MÚSCULO Extensão do quadril, flexão do joelho e rotação lateral do joelho

Semitendínoso

Extensão do quadril, flexão e rotação

Semimembranoso

medial do joelho

Figura 21 – Músculos Posteriores da Coxa

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA PERNA ANTERIOR NOME DO MÚSCULO Tibial anterior

AÇÃO DO MÚSCULO Flexão dorsal e inversão do pé

Tibial posterior Fibular longo Fibular curto

Flexão plantar e eversão do pé

Figura 22 – Músculos Anteriores da Perna

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA PERNA POSTERIOR NOME DO MÚSCULO Gastrocnêmio lateral Gastrocnêmio medial Sóleo

AÇÃO DO MÚSCULO Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo Flexão plantar do tornozelo

Figura 23 – Músculos da Perna Posterior

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO PÉ NOME DO MÚSCULO

AÇÃO DO MÚSCULO

Tensores dos dedos do pé

Extensão dos dedos do pé

Flexores dos dedos do pé

Flexão dos dedos do pé

SEÇÃO 5 – SISTEMA CARDIOVASCULAR 5.1 DEFINIÇÃO A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular. O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos sanguíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser constantemente, propelido ao longo dos vasos sanguíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sanguíneos. 5.2 CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA Na pequena circulação a artéria pulmonar parte do ventrículo direito e se bifurca logo em artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda, que vão aos respectivos pulmões. Uma vez dentro dos pulmões, ambas se dividem em tantos ramos quantos são os lobos pulmonares; depois uma posterior subdivisão ao nível dos lóbulos pulmonares, estes se resolvem na rede pulmonar. A circulação pulmonar, também chamada de pequena circulação, tem seu inicio no ventrículo direito do coração através do tronco da artéria pulmonar, na sequencia passa pelos ramos das artérias pulmonares, arteríolas e capilares pulmonares até os alvéolos, local onde ocorre a hematose, ou seja, a troca do oxigênio em gás carbônico. Assim, podemos dizer que o sangue até aqui é chamado de venoso (possui maior concentração de gás carbônico) e a partir daqui o sangue é chamado de arterial, que possui maior concentração de oxigênio. Na sequencia temos as vênulas e veias pulmonares que desembocam no átrio esquerdo do coração. As paredes dos capilares são muito finas e os gases respiratórios podem atravessá-las facilmente: o oxigênio do ar pode assim passar dos ácinos pulmonares para o sangue; ao contrário, o anidrido carbônico abandona o sangue e entra nos ácinos pulmonares, para ser depois lançado para fora. Aos capilares fazem seguimento as vênulas que se reúnem entre si até formarem as veias pulmonares. Estas seguem o percurso das artérias e se lançam na aurícula

esquerda. A artéria pulmonar contém sangue escuro, sobrecarregado de anidrido

carbônico

(sangue

venoso).

As

veias

pulmonares

contêm,

contrariamente, sangue que abandonou o anidrido carbônico e se carregou de oxigênio, tomando a cor vermelha (sangue arterial). Na grande circulação a aorta, ponto de início da grande circulação, parte do ventrículo esquerdo. Forma um grande arco, que se dirige para trás e para a esquerda, segue verticalmente para baixo, seguindo a coluna vertebral, atravessa depois o diafragma e penetra na cavidade abdominal. Ao fim do seu trajeto, a aorta se divide nas duas artérias ilíacas, que vão aos membros inferiores. Da aorta se destacam numerosos ramos que levam o sangue a várias regiões do organismo. Da aorta partem as artérias subclávias que vão aos membros superiores e as artérias carótidas que levam o sangue à cabeça. Da aorta torácica partem as artérias bronquiais, que vão aos brônquios e aos pulmões, as artérias do esôfago e as artérias intercostais. Já, o transporte do sangue com maior concentração de oxigênio do coração para o resto do corpo e retorno do sangue com maior concentração de gás carbônico e menor concentração de oxigênio de volta para o coração é chamada de circulação sistêmica ou grande circulação. A circulação sistêmica transporta o sangue para todas as partes do corpo, percorrendo uma distância muito maior pelo corpo em relação a circulação pulmonar. 5.3 SANGUE As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu processo vital, os quais são levados até elas pelo sangue. Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de carbono e gordura, desdobrados em suas moléculas elementares (protídeos, lipídeos e glicídios) e ainda sais minerais, água e vitaminas. Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, e servir de veículo para que elementos indesejáveis como gás carbônico, que deve ser expelido pelos pulmões, e ureia, que deve ser eliminado pelos rins. O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituído de substâncias nutritivas e elementos residuais das reações celulares. O plasma também possui uma parte organizada, os elementos figurados, que são os glóbulos sanguíneos e as plaquetas.

Os glóbulos dividem-se em vermelhos e bancos. Os glóbulos vermelhos são as hemácias, células sem núcleo contendo hemoglobina, um pigmento vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio e de gás carbônico. Os glóbulos brancos são os leucócitos, verdadeiras células nucleadas, incumbidas da defesa do organismo. São eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. O trajeto do sangue pelo corpo, resumidamente, tem seu inicio nas artérias do coração, que se ramificam em arteríolas e finalizam nos capilares sanguíneos. Esses capilares se transformam em vênulas e ao aumentarem de calibre, passam a ser chamadas de veias, que levam o sangue de volta ao coração. 5.4 CORAÇÃO O coração tem o formato de um cone, é oco, formado pelo músculos estriado cardíaco, ele fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita. Figura 1 – Coração

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o_humano. Acesso em 15 abr. 2016. Os limites do coração são: a superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traqueia, o esôfago e a artéria aorta descendente.

Camadas da Parede Cardíaca A camada ou membrana que reveste e tem a função de proteger o coração é chamada de pericárdio. O pericárdio é dividido em duas partes: pericárdio fibroso, localizado mais superficial, mais resistente e denso e pericárdio seroso, localizado mais profundo, com um membrana mais fina e delicada que reveste o coração. Figura 2 - Camadas da Parede Cardíaca.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Pericardium. Acesso em 15 abr. 2016. O epicárdio corresponde a parte mais externa do coração. É um formado por um tecido seroso e fino, também pode ser chamada de camada visceral do pericárdio seroso.

O Miocárdio corresponde a parte média da parede do coração. Apresenta na sua composição o músculo estriado cardíaco, responsável pelos batimentos cardíacos, que leva o sangue para os vasos sanguíneos. E o endocárdio corresponde a parte mais interna do coração. Apresenta um tecido pavimentoso simples e fino sobre o tecido conjuntivo. Essa parte também é responsável por revestir as válvulas do coração. CONFIGURAÇÃO INTERNA DO CORAÇÃO O coração é composto por 4 câmaras. Essas câmaras correspondem aos dois átrios e aos dois ventrículos. Nos átrios, localizados na parte de cima do coração, chegam o sangue e nos ventrículos, situados abaixo, é o local onde o sangue é impulsionado para fora do coração. Existe ainda um fina camada chamada de septo interatrial, que divide o átrio direito do átrio esquerdo, assim como uma outra fina camada chamada septo interventricular separa o ventrículo direito do esquerdo. ÁTRIO DIREITO E ESQUERDO Nós possuímos dois átrios, um direito e um esquerdo. Estão situados acima e atrás do coração. O átrio direito recebe o sangue venoso da circulação sistêmica através da veia cava superior e inferior. Já o átrio esquerdo recebe o sangue arterial da circulação pulmonar através das 4 veias pulmonares. VENTRÍCULO DIREITO E ESQUERDO Os ventrículos também se apresentam em direito e esquerdo. Estão localizados na parte de baixo e da frente do coração. O ventrículo direito impulsiona o sangue venoso para a circulação pulmonar através da artéria pulmonar. E o ventrículo esquerdo leva o sangue arterial para a circulação sistêmica através da artéria aorta. VALVAS CARDIACAS Cada átrio se comunica com o ventrículo do mesmo lado por meio de um orifício que possui uma estrutura chamada de valva. Um detalhe importante é que devemos estar atentos e não as confundir com o nome de válvulas. Essas estruturas são formadas por duas ou três partes, ou também chamadas de cúspides. São essas estruturas que possuem a função de impedir o refluxo do sangue, permitindo que a passagem do sangue seja apenas do átrio para o ventrículo e não o contrário.

No lado direito do coração, temos a valva tricúspide e no lado esquerdo temos a valva bicúspide. A valva bicúspide também é conhecida pelo nome de valva mitral. CICLO CARDÍACO O movimento ou a circulação do sangue ocorre pela contração do músculo cardíaco, evento chamado de sístole, que só existe por causa de uma composição de fibras especiais cuja principal função é de promover contrações regulares do miocárdio através da geração e condução de estímulos elétricos responsáveis pelo desencadeamento do processo em nível celular. Na maioria das pessoas, esse processo ocorre de modo ritmado numa media de 60 a 90 vezes por minuto, devido a um estimulo elétrico inicial gerado por um elemento desses sistema de fibras, como se fosse um marca-passo natural, também chamado de nó sinoatrial ou nó sinusal. Esse estímulo é gerado no átrio direito próximo a entrada da veia cava superior. Esse primeiro estímulo se propaga pelos átrios, provocando a contração atrial, ou seja, sístole atrial até chegar à outra estrutura chamada de nó atrioventricular, único local de passagem elétrica entre o átrio e o ventrículo. Do nó atrioventricular, o estimulo percorre o feixe atrioventricular, ou também chamado de feixe de His, que se divide em ramos direito e esquerdo. Os ramos direito e esquerdo ativam de forma organizada, todas as fibras musculares dos ventrículos, gerando a sístole ventricular, ou seja, temos a expulsam do sangue do coração para os vasos. Assim entendemos que enquanto ocorre a sístole ventricular os átrios estão em diástoles, em relaxamento, e vice-versa. Portanto na sístole é temos a contração do músculo cardíaco e na diástole temos o relaxamento do músculo cardíaco. VASCULARIZAÇÃO O coração é irrigado pela artéria coronária e pelo seio coronário. Da artéria coronária direita se originam duas artérias, a marginal direita e artéria interventricular posterior, que irão levar o sangue até a parte direita e posterior do coração. A artéria coronária esquerda atinge o sulco coronário passando por um ramo posterior ao tronco pulmonar do coração.

Diversas veias que chegam até o coração coletam o sangue venoso, que tem seu início no ápice, passa pelo sulco interventricular anterior, continua no sulco coronário da esquerda no sentido para direita até a região diafragmática para chegar no átrio direito.

Figura 3 – Vascularização

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o_humano. Acesso em 15 abr. 2016. 5.5 VASOS SANGUÍNEOS Os vasos sanguíneos constituem uma rede de tubos ou vasos que são responsáveis por levar o sangue do coração até todos os tecidos do corpo e trazer de volta esse sangue para o coração. Para que isso ocorra existem o sistema arterial e o venoso. No sistema arterial temos vasos sanguíneos que partem do coração e chegam até os tecidos do corpo e se caracterizam por diminuir seu calibre à medida que se afastam do coração, sendo chamados de capilares. Já no sistema venoso ocorre o contrário e os vasos sanguíneos partem dos tecidos, através de capilares e vão aumentando seu calibre conforme se aproximam do coração. São justamente esses vasos sanguíneos que irão permitir que cheguem nutrientes até os diversos e diferentes tecidos do corpo humano, que através dos capilares permitem a absorção das substancias do sangue. Assim como esses capilares permitem a reabsorção do sangue em vênulas e veias que irão chegar de novo até o coração. Este sistema todo constitui na chamada circulação sanguínea.

ESTRUTURA DOS VASOS É importante estudarmos as estruturas que compõe os vasos sanguíneos. Camadas

Composição

Camada ou

Composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica

túnica

encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que

externa

são destinados à inervação e a irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente.

Camada ou

Composta por fibras musculares lisas e pequena quantidade

túnica média

de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo.

Camada ou

Compostas por células endoteliais.

túnica íntima

Figura 4 - Estrutura dos vasos sanguíneos.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Tunica_externa. Acesso em 15 abr. 2016. 5.6 SISTEMA ARTERIAL Corresponde aos vasos sanguíneos que partem do coração e se dividem e irrigam todos os tecidos do ser humano. As principais artérias do coração são a do tronco pulmonar e da artéria aorta. As artérias do tronco pulmonar constituem a circulação pulmonar. São as artérias que levam o sangue cheio de gás carbônico para os pulmões, e a artéria aorta constitui a circulação sistêmica e leva o sangue cheio de oxigênio para os tecidos do corpo.

ARTÉRIAS DO CORAÇÃO 

Sistema do tronco pulmonar;



Sistema da artéria aorta;



Artéria coronária direita e esquerda; e



Artérias da curva da aorta.

Figura 5 - Artérias do coração.

Fonte: disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA 

Artérias carótida comum direita e esquerda; e



Artérias vertebrais direita e esquerda.

ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES ARTÉRIAS

DISTRIBUIÇÃO

Subclávia

Pescoço e ombro (encéfalo e medula espinhal)

Axilar

Ombro, escápula, caixa torácica e úmero.

Braquial

Braço

Radial

Face lateral do antebraço, punho e mão.

Ulnar

Face medial do antebraço, punho e mão.

Arco superficial palmar

Palma da mão e dedos.

Arco profundo palmar

Palma da mão e dedos.

ARTÉRIAS DA REGIÃO DO TRONCO ARTÉRIAS Gástrica esquerda

Estômago e esôfago

Esplênica

Pâncreas, estômago e omento maior

Tronco celíaco

DISTRIBUIÇÃO

Hepática

Hepática própria

Fígado, vesicular biliar e estômago.

Gástrica direita

Estômago

comum

Estômago, duodeno, pâncreas e

Gastroduodenal

omento maior Pâncreas, intestino delgado, Intestino grosso (cólon ascendente e

Mesentérica Superior

transverso). Mesentérica Inferior

Intestino grosso (cólon transverso, descendente, sigmoide e reto). Rins, glândulas supra-renais e

Renais

ureteres.

ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES ARTÉRIAS

DISTRIBUIÇÃO

Ilíaca comum

Pelve, genitália externa e membros inferiores.

Ilíaca interna

Pelve, nádegas, genitália externa e coxa.

Ilíaca externa

Membros inferiores.

Femoral

Virilha e músculos da coxa.

Poplítea

Região posterior da perna, joelho, fêmur, patela e fíbula

Tibial anterior

Joelho, músculos anteriores da perna e tornozelo.

Tibial posterior

Músculos, ossos e articulações das pernas e dos pés.

Fibular

Músculos profundos da região posterior da perna, músculos fibulares, fíbula, tarso e face lateral do calcanhar.

Dorsal do pé

Músculos e articulações da face dorsal do pé.

Plantar lateral

Metatarsos e artelhos.

Plantar medial

Flexor curto dos dedos, adutor do hálux e dedos.

Figura 6 – Sistema Circulatório

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_sangu%C3%ADneo#/media/File:Circulatory_ System_pt.svg. Acesso em 15 abr. 2016.

5.7 SISTEMA VENOSO O sistema venoso é formado por vasos sanguíneos chamados de veias que tem como função levar o sangue dos capilares para o coração. As veias, assim como as artérias, pertencem a grande e a pequena circulação. Circulação pulmonar ou pequena circulação corresponde ao circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos pulmões. Já a circulação sistêmica ou grande circulação corresponde ao circuito que termina no átrio direito através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso. Além disso, temos duas grandes veias, a veia cava superior e inferior, que chegam ao átrio direito trazendo sangue venoso para o coração. Temos também o seio coronário que é um amplo conduto venoso formado pelas veias que estão trazendo sangue venoso que circulou no próprio coração. VEIAS DO CORAÇÃO 

Veia cava superior;



Veia cava inferior; e



Seio coronário e veias cardíacas.

Figura 7 – Veias do Coração

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o_humano. Acesso em 15 abr. 2016. VEIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA ARTÉRIAS

DISTRIBUIÇÃO

Jugular interna

Encéfalo, face e pescoço.

Jugular externa

Crânio e face.

Vertebral

Estrutura profundas do pescoço.

Seios da dura-máter

Crânio, face e pescoço.

VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES ARTÉRIAS

DISTRIBUIÇÃO

Cefálica

Face lateral do membro superior.

Basílica

Face medial do membro superior.

Mediana

Palma da mão e antebraço.

Radial

Face medial do antebraço.

Ulnar

Face lateral do antebraço.

Braquial

Antebraço, cotovelo, braço e úmero.

Axilar

Braço, axila e parede torácica súpero-lateral.

Subclávia

Braço, pescoço, parede tarácica.

VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES ARTÉRIAS

DISTRIBUIÇÃO

Safena magna

Face medial da perna e coxa, virilha, genitália externa e parede abdominal.

Safena parva

Pés e face posterior da perna.

Tibial posterior

Pés e músculos da região posterior.

Tibial anterior

Tornozelo, joelho e face anterior da perna.

Poplítea

Joelho e músculos e ossos da perna e coxa.

Femoral

Músculos da coxa, fêmur e genitália externa.

Ilíaca interna

Membros inferior e parede abdominal.

Ilíaca externa

Coxa, nádega, genitália externa e pelve.

Ilíaca comum

Pelve, genitália externa e membros inferiores.

Cava inferior

Membros inferiores, pelve e abdome.

SEÇÃO 6 - SISTEMA TEGUMENTAR No sistema tegumentar têm-se como objeto de estudo a pele e seus anexos (pelos, glândulas e unhas). Este sistema regula o equilíbrio entre o meio interno e o meio externo, protegendo o corpo humano contra lesões e agentes nocivos. Figura 1 – Sistema Tegumentar

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele. Acesso em 16 abr. 2016. É considerado o maior órgão do corpo humano (2 m2 no adulto) com presença de receptores sensitivos e uma extensa rede vascular. Ele possui 2 camadas principais: 

Epiderme: mais superficial, camada protetora, composta por células mortas (exceto sua camada mais profunda).



Derme: mais profunda e mais espessa, com fibras elástica e colágenas., promovendo o tônus da pele. o Glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas e folículos pilosos estão na derme. o Vasos sanguíneos (nutrem derme e epiderme).

Elas repousam sobre o tecido adiposo (tecido gorduroso) que faz a conexão com órgãos subjacentes. Assim dentre as funções do sistema tegumentar destacam-se: 

Proteção física contra microrganismos, água e raios ultravioletas;



Hidrorregulação protegendo contra desidratação;



Termorregulação através do metabolismo celular;



Absorção cutânea seletiva para alguns gases e substâncias (oxigênio, gás carbônico, vitamina D e raios ultravioletas);



Síntese de melanina e queratina, além de vitamina D;



Sensibilidade ao calor, frio, pressão, vibração e dor através da rede nervosa extensa;



Comunicação externando sentimentos como raiva e preocupação, por exemplo.

6.1 Anexos da Pele Os anexos da pele formam-se na camada epidérmica Os pelos são formados por uma haste (parte morta projetável), uma raiz e um bulbo (base da raiz, recebe nutrição). As unhas são formadas por ceratina (sobre a falange) e protegem a porção final dos dedos, facilitando movimentos finos, com precisão e capacidade de preensão de pequenos objetos, sendo que o crescimento das unhas ocorre durante toda a vida através da proliferação e diferenciação das células epiteliais da raiz da unha. As glândulas sebáceas estão presentes na derme, exceto nas regiões palmar e plantar, nas quais estão ausentes. Sua função é determinada pela lubrificação da pele e dos pelos. A melanina determina a pigmentação da pele, que pode sofrer alteração quando exposta de forma excessiva ao sol, raios solares ou raios x. As glândulas sudoríparas e sebáceas estão presentes no tecido subcutâneo ou derme e regulam a temperatura corporal. Os locais de maior concentração são axilas e órgãos genitais. São divididas em: 

Écrinas: fronte, dorso, palma da mão e planta do pé;



Apócrinas: axilas e púbis.

Glândulas mamárias secretam leite no período da amamentação e são desenvolvidas pela atividade hormonal hipofisária e ovariana, exacerbadas durante a gravidez.

Referências JUNQUEIRA, Luis Carlos; CARNEIRO, José. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. KENDALL, Florence Peterson; McCREARY, Elizabeth Kendall; PROVANCE, Patricia GeisE; ROD, Mary McIntyre. Músculos: Provas e Funções. 5ed. Barueri: Editora Manole, 2007. NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. ZORZI, Rafael e STARLING, Iriam Gomes. Corpo Humano: órgãos, sistemas e funcionamento. Rio de Janeiro: Editora SENAC, 2013. COLICIGNO, P. R. C. et al. Anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. DANGELO, J. G; FATTINI, C. A. Anatomia humana básica. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2002. FRANCELINO, E. P. P. Autor 1 Anatomia Humana e educação física. In: COLICIGNO, P. R. C. et al. (Org.). Anatomia Humana. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2008. cap. 3, p. 1-2. VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. 6ª ed. Barueri, SP: Manole, 2003. PLT 614.
Apostila de Ciências Morfofuncionais

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