Técnicas Radiológicas part 2 - Felípe Everton

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Técnicas Radiológicas Felipe Everton

Terminologia de posicionamento

Membros Inferiores (MMII) • Para estudos de membros inferiores, é importante que saibamos sua anatomia e conhecimento geral: • 14 falanges (pododáctilos, artelhos, dedos)

• 5 metatarsos • 7 ossos do tarso • Totalizando 26 ossos e 33 articulações

Ossos do tarso • Fileira distal: - 3 cuneiformes, navicular e cuboide

• Fileira proximal: - Tálus e calcâneo

Divisões do pé • Para fazermos uma avaliação do paciente, devemos saber a localização de cada estrutura que desejamos estudar, portanto, saber se há suspeita de luxações ou fraturas na região do antepé, mediopé e retropé.

• Temos articulações que dividem o pé, são elas: - Articulações interfalangianas - Articulações metatarsofalangianas - Articulação de Lisfranc (divide o mediopé com o antepé) - Articulação de Chopart (divide o mediopé com o retropé)

Recomendações • Em casos mais comuns, os pedidos médicos para exames na região do pé são: •

Fraturas

Esporão

Luxações

Rotina dedos do pé • AP + OBL

• Dedos do pé em AP: filme 18x24 transversal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal ou em semidecúbito (sentado), com o pé de interesse em cima do receptor de imagem, colimar o dedo de interesse no receptor de imagem, RC angulado de 10° a 15° sentido cranial no meio da art.interfalangiana proximal.

Rotina dedos do pé • Dedos do pé em OBL: filme 18x24 transversal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal ou semidecúbito, paciente com os dedos afetados em rotação de 45° medial (para o meio do corpo), colimação centralizada nos dedos afetados, RC perpendicular a art.interfalangiana proximal dos dedos afetados.

Rotina de dedos • Dedos perfil de hálux: filme 18x24 transversal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal ou semidecúbito, a perna do paciente (a que o dedo será examinado) estará em rotação medial, de modo que a parte medial do pé esteja em contato com o RI, paciente utilizará uma faixa para flexionar os demais dedos para que não haja sobreposição de imagem, RC perpendicular a art.metatarso falangiana do hálux.

Rotina de pé • Pé em ap: filme 24x30 longitudinal dividido, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal ou semidecúbito, com o pé afetado (região plantar) apoiado sobre o RI, RC angulado de 10° a 15° direção cefálica atingindo a 3°art.metatarsofalangiana.

Rotina de pé • Pé em oblíquo: filme 24x30 longitudinal dividido, DFoFI 1 metro, paciente em semidecúbito, com a perna em rotação interna de 45°, apoiando o pé afetado sobre o outro quadrante do RI, RC perpendicular incidindo na 3° articulação metatarsofalangiana.

Rotina de pé • Pé em perfil lateromedial: filme 24x30 transversal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito lateral, com a perna afetada em rotação interna completa, de modo que a região medial do pé entre em contato com o RI, joelho oposto em flexão de modo que não sobreponha a região de interesse, RC perpendicular ao filme direcionado para o cuneiforme medial (base do terceiro metatarso).

Rotina de pé • Pés com carga ap: filme 24x30 longitudinal, DFoFI 1 metro, RI apoiado na mesa ou no chão, paciente estará em ortostática (em pé) e irá utilizar o peso do próprio corpo para realizar o exame, pedir para o paciente apoiar os dois pés em cima do RI, RC angulado de 15° a 20°em direção do 3° metatarso, ou no meio do filme, de modo que ambos os pés sejam atingidos na imagem final.

Rotina de pé • Pé com carga em perfil: filme 24x30 longitudinal, DFoFI 1 metro, paciente irá utilizar um apoio para que a altura do pé fique no centro do RI, paciente irá utilizar o próprio peso para o exame, RC perpendicular no meio do filme incidindo a base do 5° metatarso.

Extra • Tangencial para sesamóide (método de Lewis) na qual avalia os ossos abaixo do primeiro metatarso: filme 18x24 longitudinal, DFoFI 1 metro, paciente pode estar em decúbito ventral ou em semidecúbito, em decúbito ventral o paciente irá apoiar os dedos (região plantar) sobre o RI, com angulação entre 15° a 20°, RC perpendicular ao primeiro metatarso, ou em semidecúbito com a ajuda de um lençol ou faixa, pedir para o paciente tracionar os dedos para traz, RC perpendicular a base do primeiro metatarso.

Rotina de calcâneo • Axial + Perfil: • Axial de calcâneo: filme 24x30 dividido na transversal, DFoFI 1 metro, paciente em semidecúbito, pé em dorsiflexão, com o auxílio de uma fita pedir para o paciente tracionar a parte superior do pé de modo que os sesamóides não sobreponham o calcâneo (pode ser doloroso para o paciente, portanto ser o mais rápido), RC angulado a 40° cefálicos ao eixo longo da superfície plantar.

Rotina de calcâneo • Perfil ou lateral de calcâneo: filme 24x30 transversal, DFoFI 1 metro, paciente inclinado sobre o lado afetado, membro não afetado por trás, colocar um apoio sobre o joelho e perna para um perfil verdadeiro, dorsoflexionar o pé de forma que fique o mais próximo de 90° em relação a perna, RC perpendicular no terço médio, 3 cm distal ao maléolo medial.

Rotina de tornozelo • AP + Perfil: • Ap de tornozelo: filme 24x30 transversal dividido, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal, com apoio sobre o joelho, alinhar a perna e o tornozelo à margem do RI, garantindo a ausência de rotação, pedir para o paciente fazer uma rotação interna do pé de 15° garantindo uma ap verdadeira, RC perpendicular no meio da distância entre os maléolos.

Rotina de tornozelo • Perfil de tornozelo: filme 24x30 transversal, DFoFI 1 metro, basicamente o mesmo posicionamento de calcâneo, com diferença entre posicionamento do maléolo lateral, colimação e RC, na qual o maléolo lateral estará centralizado no meio do filme, a colimação estará com os 4 quadrantes paralelos em relação ao tornozelo, e o RC perpendicular no maléolo medial.

Rotina de perna • AP + Perfil: • AP de perna: filme 30x40 ou 35x43 na diagonal caso necessário para obter as articulações do joelho e tornozelo, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal com a perna afetada sobre o RI, pedir para o paciente fazer uma leve flexão plantar para que estenda todo o membro de modo que a art do tornozelo fique nitidamente visível, RC perpendicular a diáfise medial da tíbia e da fíbula.

Rotina de perna • Perfil de perna: filme 30x40 ou 35x43 na diagonal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito lateral com o lado de interesse, a perna oposta do paciente irá passar por cima e deixar estendida de modo que não sobreponha a perna afetada ou somente estendida para trás, pedir para o paciente fazer uma leve flexão plantar com o pé, RC perpendicular a diáfise medial da tíbia e da fíbula.

Rotina de joelho • AP + Perfil • AP de joelho: filme 18x24 ou 24x30 transversal dentro do bucky, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal, com a perna estendida e centralizada no RC e no RI, girar levemente a perna medialmente para deixar o joelho em AP verdadeiro, centralizar o RI no RC, RC perpendicular ao ápice da patela.

Rotina de joelho • Perfil de joelho: filme 18x24 ou 24x30 transversal dentro do bucky, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito lateral com a região de interesse em contato com a mesa, pedir para o paciente estender a perna oposta ou passar por cima da perna afetada de modo que não sobreponha a região a ser visualizada, joelho flexionado a 20° centralizado no RC e na linha média da mesa com o RI, RC angulado de 5° a 7° cefálicos ao epicôndilo medial.

Fratura?



Fabela

Rotina de joelho • Joelhos bilateral ap e pa com carga: filme 24x30 transversal dentro do bucky, DFoFI 1 metro, paciente em ortostática com o próprio peso sobre os joelhos, em supino ou prono o paciente irá estar com as pernas encostadas na estativa, pés juntos, RC perpendicular horizontal ao RI, em PA o RC estará angulado a 10° caudal, com os joelhos do paciente flexionados a aprox. 20°.

Rotina de joelho • Joelho para fossa intercondilar (Camp Coventry e Holmblad ou Tunnel View): filme 18x24 longitudinal no bucky, DFoFI 1 metro, Camp Coventry paciente em prono com o joelho flexionado a 40°-45° com apoio sobre o tornozelo, RI centralizado no RC, RC 40° a 50° caudal com o raio atingindo a margem distal da patela. Holmblad, paciente ajoelhado inclinado para frente de 20° a 30° sem apoio no tornozelo, RC perpendicular ao RI.



Camp Coventry

Holmblad

Rotina de patela • PA + Perfil: • PA de patela: filme 18x24 longitudinal no bucky, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito ventral, com o joelho em contato com a mesa, girar anteriormente o joelho a 5° internamente para colocar os epicôndilos em paralelo ao plano do RI, RC perpendicular ao centro da patela.

Rotina de patela • Perfil de patela: filme 18x24 longitudinal no bucky, DFoFI, semelhante ao perfil de joelho, porém com foco na patela, flexionar o joelho de 5° a 10° para evitar a separação de fragmentos da fratura, art.patelofemoral centralizada no RC e na linha média do RI, RC perpendicular no meio do espaço articular patelofemoral.

Rotina de patela • Patela incidência tangencial (métodos de Settegast e Hughston) feito bilateralmente para comparação: filme 24x30 transversal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito ventral, com joelhos flexionados (Settegast 90° e Hughston 45°), pedir para o paciente utilizar uma fita ou lençol para tracionar o joelho, RC de 15° a 20° cefálicos em direção a perna (Settegast), RC 15° a 20° cefálicos em direção a perna, paciente pode apoiar o pé no colimador para Hughston (ampola quente portanto utilizar uma almofada).

Rotina de patela • Patela em sol nascente (ínfero-superior): filme 24x30 transversal, DFoFI 1 metro, paciente estará em decúbito dorsal com o membro afetado apoiado sobre um apoio, deixando o joelho flexionado a 45°, o paciente irá segurar o filme com as mãos apoiados no fêmur, RC angulado de 10° a 15° cefálicos incidindo na arti.patelofemoral.

Rotina de patela • Patela método de Merchant (necessário dispositivo ajustável de perna e portaRI): filme 24x30 ou 30x40 transversal, DFoFI 120 a 180 cm, paciente deitado em decúbito dorsal com joelhos flexionados a 45° em apoios para pernas, RI no suporte contra as pernas cerca de 30cm distal a patela, rodar internamente ambas as pernas para centralizar as patelas nos fêmures médios, RC 30° caudal em direção ao ponto médio entre as patelas e as articulações patelofemorais.

Rotina de fêmur • AP + Perfil (fêmur é um osso grande em relação ao corpo humano, portanto o chassi 35x43 mesmo sendo grande, não é sempre capaz de atingir todas as estruturas, portanto na incidência em AP utilizamos o filme um pouco acima para incluir a art. do quadril e perfil incluindo a art do joelho). • AP de fêmur: filme 35x43 longitudinal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal, com o membro em supino, fêmur na linha média da mesa ou RI, com uma rotação interna de 15° para AP verdadeiro, centralizar o RC no RI de modo que possa incluir a art.coxofemoral e parte da diáfise distal, RC perpendicular na diáfise do fêmur.

Rotina de fêmur • Perfil de fêmur: filme 35x43 longitudinal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito lateral de interesse, com a perna não afetada atrás (podendo utilizar um suporte ou apoio na perna), para evitar excesso de rotação e sobreposição, joelho flexionado a 90°, centralizar o fêmur na LCM (linha central da mesa), RC perpendicular atingindo a diáfise distal do fêmur.

Rotina de quadril • AP + Oblíqua: (Em exames de quadril pedir para o paciente suspender a respiração). • AP dos quadris bilateral: filme 30x40 ou 35x43 transversal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal, com ambas as pernas estendidas igualmente, pedir para o paciente fazer uma rotação interna de 15°-20° (não fazer em caso de suspeita de fratura), garantir a ausência de rotação da bacia (EIASs bilaterais com as mesmas distâncias do tampo da mesa), centralizar RI no RC, RC perpendicular no ponto médio entre as cabeças femorais. (Suspender a respiração durante o exame). •

(OBS: EIASs: Espinha ilíaca anterossuperior)

Rotina de quadril • AP de quadril unilateral: filme 24x30 longitudinal, DFoFI 1 metro, semelhante ao posicionamento de bilateral, porém com foco no lado afetado, RC perpendicular no colo femoral da região afetada.

Rotina de quadril • AP modificado (Cleaves) “perna de rã” bilateral: filme 30x40 ou 35x43 transversal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal, flexionar os quadris e joelhos e abduzir ambas as coxas igualmente a 45°, se possível com os pés unidos, garantir ausência de rotação da bacia, centralizar RI no RC, RC perpendicular ao nível das cabeças femorais. (Suspender a respiração durante o exame e protetor de gônadas).

Rotina de quadril • Quadril em oblíqua: filme 24x30 longitudinal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal, com rotação de 15°-20°, centralizar o quadril afetado na linha média da mesa em paralela com o RI, colocar a perna afetada em flexão de 45° abaixo da perna não afetada, RC perpendicular ao RI, incidindo no acetábulo do membro afetado.

Rotina de quadril • Falso perfil de Lequesne: filme 24x30 longitudinal, DFoFI 1 metro, paciente em ortostática, rodado a 45° com a parte afetada em contato com a estativa, borda do chassi aprox. 2 dedos abaixo da crista ilíaca, centralizar o membro afetado na linha média da estativa e RC, RC perpendicular ao acetábulo e paralelo ao RI.

Rotina de quadril • Quadril ínfero superior – axiolateral: filme 24x30 transversal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal com a perna afetada estendida, e a não afetada fletida e elevada e apoiada em um acessório (muitas vezes o próprio cabeçote do tubo), RC ínfero superiormente perpendicular ao colo femoral.

Rotina de quadril • Quadril método de Dunn e Ducroquet- filme 24x30 longitudinal, DFoFI 1 metro, paciente em decúbito dorsal, (Dunn) flexionar a coxa em 45° com a mesa, e abduzir o quadril cerca de 20°, (Ducroquet) flexionar a coxa a 90° e joelho a 45°, semelhante ao posicionamento de Dunn com alteração da angulação da coxa e joelho (utilizar um apoio), RC perpendicular ao acetábulo (intuito de ver a cabeça do fêmur com o acetábulo).



Dunn

Ducroquet
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