Aula 7 - Teoria dos custos-transparencias

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Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

Teoria dos custos Profa. Fabrícia Rocha Chaves Miotto

1 - Introdução  Maximização dos lucros: pensamento empresarial;  Maximizar os lucros é resultado da maximização da diferença entre a receita total e os custos totais;  Agropecuária: tomadores de preço;  Redução dos custos como forma de maximização dos lucros;  Daí a importância de entender como medir, como controlar e como reduzir tais custos;

2 – Custos explícitos e custos implícitos  Custos explícitos: consistem nos pagamentos explícitos realizados pela firma para adquirir ou contratar recursos; Ex: salários, energia etc.  Custos implícitos: correspondem ao custo de oportunidade pela utilização dos recursos de propriedade da própria firma; Ex: aluguel, recursos investidos etc.  Custo de oportunidade: é o resultado da soma dos custos explícitos mais os custos implícitos; Profa. Fabrícia Rocha Chaves Miotto

Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

3 – Lucro econômico e lucro contábil  Lucro contábil 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠

 Lucro econômico 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑒𝑐𝑜𝑛ô𝑚𝑖𝑐𝑜 = 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑜𝑟𝑡𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

OBS: Custo de oportunidade total = custos explícitos + custos implícitos

 O lucro econômico pode ser positivo, igual a zero ou negativo (Prejuízo econômico).

 Lucro normal: nesse caso o lucro econômico é igual a zero, podendo ser também chamado lucro econômico zero;  Lucro econômico extraordinário: é o caso quando a receita total é maior que o custo econômico total. Também chamado de lucro puro ou lucro econômico positivo;  Prejuízo econômico: ocorre quando a receita é inferior ao custo econômico total;

Profa. Fabrícia Rocha Chaves Miotto

Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

4 – O curto e o longo prazos: fatores de produção  Curto prazo: pode ser compreendido como um período de tempo em que determinados tipos de fatores não podem aumentar ou reduzir, qualquer que seja o nível de produção;

 Longo prazo: pode ser compreendido como sendo um período de tempo em que todos os fatores de produção são variáveis;

OBS: se existir pelo menos um fator de produção fixo, estamos falando de curto prazo.

5 – O custo de produção no curto prazo  Custos fixos, custos variáveis e custo total  Custo fixo (CF): estão associados ao emprego de fatores de produção fixos. Os custos fixos dizem respeito às despesas nas quais a firma terá de incorrer, quer ela produza ou não.  Custos variáveis (CV): estão associados ao emprego de fatores de produção variáveis. Os custos fixos dizem respeito às despesas nas quais a firma terá de incorrer, a depender da quantidade produzida.

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Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

 Custos totais (CT): é o custo de produção total associado a cada possível nível de produto. É dado pela soma do CF e CV. Ex: CT = CF + CV

Quantidade produzida 0 1 2 3 4 5 6

Custo fixo – CF 180,00 180,00 180,00 180,00 180,00 180,00 180,00

Custo fixo – CF

600

Custo variável – Custo total CV CT 0,00 180,00 90,00 270,00 120,00 300,00 135,00 315,00 165,00 345,00 225,00 405,00 360,00 540,00

500

500

400

400

300

300

200

200

100

100

0

0 0

1

600

2

3

4

Custo variável – CV

600

5

6

Custo fixo – CF

0

1

2

Custo variável – CV

3

4

5

Custo total - CT

500 400 300 200 100 0 0

1

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2

3

4

5

6

6

Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

 Custo fixo médio, custo variável médio, custo médio e custo marginal

 Custo fixo médio (CFme): é o custo fixo dividido pela quantidade produzida:

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑥𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 =

𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑥𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜

=

𝐶𝐹 𝑄

= 𝐶𝐹𝑚𝑒

 Custo variável médio (CVme): é o custo variável dividido pela quantidade produzida:

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑚é𝑑𝑖𝑜 =

𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝐶𝑉 = = 𝐶𝑉𝑚𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑄

 Custo médio (Cme): é o custo obtido pela divisão do custo total pelo volume de produção:

𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐶𝑇 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = = 𝐶𝑚𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑄 Ou Cme = CFme + CVme

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Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

 Custo marginal (Cmg): é o acréscimo no custo total resultante do acréscimo de uma unidade na produção. Ou seja, corresponde ao custo adicional em que se incorre ao se produzir mais uma unidade de produto:

𝐶𝑚𝑔 =

∆𝐶𝑇 ∆𝑄

Cmg = custo marginal; ΔCT = variação no custo total; ΔQ = variação de uma unidade na quantidade produzida;

Ex. Quantidade produzida

Custo fixo

Custo Custo variável total

0 1 2 3 4 5 6

180 180 180 180 180 180 180

0 90 120 135 165 225 360

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Custo fixo médio

Custo variável médio

Custo médio

Custo marginal

Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

Custo fixo médio

Custo variável médio

200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1

2

3

4

5

6

1

2

Custo médio

3

4

5

6

Custo marginal

300

160 140

250

120 200

100

150

80 60

100

40 50

20

0

0 1

2

3

4

5

Profa. Fabrícia Rocha Chaves Miotto

6

1

2

3

4

5

6

Teoria dos custos

300

Disciplina de Economia Rural

Custo marginal

Custo fixo médio

Custo variável médio

Custo médio

250

200

150

Cmg

100

Cme CVme

50

CFme 0 1

2

3

4

5

6

 A relação entre as curvas de custo médio e marginal:

 Podemos visualizar que as curvas do Cmg, CVme e Cme, inicialmente declinam, atingem um mínimo e depois se elevam;  A curva de Cmg corta as curvas de CVme e Cme em seus pontos de mínimo. Nesses pontos o Cmg se iguala aos CVme e Cme;  Quando o Cmg é inferior aos CVme e Cme, esses declinam. Quando o Cmg é superior, os mesmos se elevam. Profa. Fabrícia Rocha Chaves Miotto

Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

6 – Os custos no longo prazo

 Definição: é visto como um horizonte de planejamento, ou seja, é visto como o período de tempo para o qual a firma planeja suas instalações do tamanho mais adequado em relação a um planejado nível de produção

 O curto e longo prazos

Curvas de custo médio a curto prazo para fábricas de diferentes tamanhos CmeCP1

Ca

a

Cb

b

CmeCP2

CmeCP3

C1 C2

0

Q1

Q2 Q3

Cada curva de curto prazo representa um horizonte, possibilidade, de produção da firma, segundo a intenção de produção.

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Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

 A curva de custo médio no longo prazo Curva de custo médio no longo prazo

0

Ao unir os pontos de cada curva de custo médio no curto prazo, que indicam o custo médio mínimo para cada nível de produção obteremos a “curva envelope”, que é a curva de custo médio no longo prazo – CmeLP.

𝐶𝑚𝑒𝐿𝑃 =

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𝐶𝑇𝐿𝑃 𝑄

Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

 A curva de custo marginal no longo prazo CmgCP1 CmgCP3

CmgLp

CmeCP3

CmgCP2 CmeCP2

CmeCP1

CmeLP

CmgLP Deseconomias de escala

Economias de escala

0

Q0

Q1

Q2

 Economias, deseconomias e retornos constantes de escala  Economias de escala É o fenômeno em que há decréscimo da curva de CmeLP com o aumento da quantidade produzida e das dimensões da empresa.  Divisão e especialização do trabalho;  Preços dos fatores de produção;  Indivisibilidade de operações financeiras: ↑ facilidade de obtenção de financiamentos;  Indivisibilidade de equipamentos: só são viáveis a partir de um determinado nível de produção;  Eficiência do capital;

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Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

 Deseconomias de escala A partir de um determinado tamanho da unidade de produção, surgirão alguns fatores que provocarão um crescimento nos custos: deseconomia de escala.

 Limitação da eficiência administrativa: problemas de administração e supervisão;  Preços crescentes dos fatores de produção: aumento da procura por recursos;

 Retornos constantes de escala Existe quando a curva de CmeLP não se altera com um aumento da produção.

CmeLP

0

150.000

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350.000

Produção

Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

7 – Análise do ponto de equilíbrio  Definição: é o nível de produção e vendas em que todos os custos fixos e variáveis são cobertos pela receita, isto é, o ponto em que o lucro é igual a zero.

 Determinação ALGÉBRICA  Entende-se que sejam conhecidos os CF, CV e o CT: CT = CF + CV  Entende-se se conheça a receita: RT = P x Q  Então tem-se o lucro por: LT = RT – CT  No ponto de equilíbrio, a RT é igual ao CT  Para achar a quantidade de equilíbrio tem-se: 𝑪𝑭 𝑸= 𝑷 − 𝑪𝑽𝒎𝒆 Ex: CF = 100.000; P = 100; CVme = 50;  Quantidade de equilíbrio: 𝑸= Profa. Fabrícia Rocha Chaves Miotto

𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎 − 𝟓𝟎

Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

Q = 2.000  Receita total RT = P x Q; RT = 100 x 2.000; RT = 200.000

 Custo total 𝐶𝑇 = 𝐶𝐹 + 𝐶𝑉; 𝐶𝑇 = 𝐶𝐹 + 𝐶𝑉𝑚𝑒 𝑥 𝑄; 𝐶𝑇 = 100.000 + 50 𝑥 2.000; 𝑪𝑻 = 𝟐𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎

 Determinação GRÁFICA

Preço 100 100 100 100 100 100

Quant. 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000

CF 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000

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CV CT 25.000 50.000 75.000 100.000 125.000 150.000

RT

Lucro

Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

CF

CV 250.000

250.000 200.000

200.000

150.000

150.000

100.000

100.000

50.000

50.000

0

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000

500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000

CT

RT

250.000

250000

200.000

200000

150.000

150000

100.000

100000

50.000

50000

0

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000

Preço

RT

500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000

CT

250000

Lucro 200000

Ponto de equilíbrio 150000

100000

Prejuízo

50000

0 500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

Quantidade Profa. Fabrícia Rocha Chaves Miotto

Teoria dos custos

Disciplina de Economia Rural

 Alterações no ponto de equilíbrio

 Alterações no custo fixo

 Um ↑ no CF, ↑ o ponto de equilíbrio e uma ↓ no CF causa ↓ no ponto de equilíbrio;

 Alterações no custo variável médio

 Um ↓ no CVme, ↓ o volume de vendas necessário para atingir o ponto de equilíbrio da firma, ao passo que um ↑ no CVme fará com que o volume de vendas necessário para atingir o ponto de equilíbrio seja ↑;

 Alterações no preço de venda

 Um ↑ no preço do produto diminuirá o volume de vendas necessário para se atingir o ponto de equilíbrio da firma e uma ↓ no preço do produto elevará o volume necessário para se atingir o ponto de equilíbrio.

Profa. Fabrícia Rocha Chaves Miotto
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