Universidade Federal do ABC Engenharia de Materiais
Viscoelasticidade
Prof. Dr. Danilo Justino Carastan
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UFABC – Prof. Dr. Danilo Justino Carastan - 2017
Reologia – Viscoelasticidade
De: Número de Débora τ : Tempo de relaxação característico do material t : Tempo de solicitação mecânica De alto – Comportamento sólido De baixo – Comportamento líquido
Material pode parecer sólido porque 1) tem um tempo de relaxação muito longo 2) a observação foi muito rápida
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Reologia – Viscoelasticidade
Dois tipos tradicionais de deformação: Reversível (elástica) Irreversível (inelástica) Terceiro tipo: Viscoelástica
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Reologia – Viscoelasticidade
t é curto [< 1s]
t é longo [24 horas]
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Reologia – Viscoelasticidade
Materiais Viscoelásticos Sólido de Hooke
•Deformação instantânea •Deformação é somente função da tensão •Armazenamento da energia de deformação
Líquido Newtoniano •Não deforma instantaneamente •Deformação é função da tensão e do tempo (taxa de deformação) •Dissipação da energia de deformação
Materiais que apresentam simultaneamente propriedades elásticas e viscosas Apresentam deformação instantânea e deformação no tempo; parte da energia de deformação é dissipada e parte é armazenada; ...
Reologia – Viscoelasticidade
MATERIAIS IDEAIS: UFABC – Prof. Dr. Danilo Justino Carastan - 2017
Sólidos Hookeanos:
G
Viscosidade: resistência ao fluxo Módulo elástico: resistência à deformação
G = módulo de rigidez Unidade SI: Pa (Pascal)
Fluidos Newtonianos
viscosidade Unidade SI: Pa.s
taxa de cisalhamento
Unidade SI: 1/s
Taxa de cisalhamento:
d dt Velocidade!!!
Reologia – Viscoelasticidade
Comportamento de Polímeros UFABC – Prof. Dr. Danilo Justino Carastan - 2017
Parte elástica: causada por movimentos de curta distância (mudança no
ângulo das ligações) ou longa (tendência a “enovelar”). Energia acumulada como deformação recuperável.
Parte viscosa: movimento relativo entre as cadeias. Energia dissipada
durante a deformação como calor (aquecimento viscoso) => atrito entre as cadeias. Deformação não recuperável. Tanto a parte elástica quanto a viscosa são função de fatores como estrutura química do polímero, grau de cristalinidade, distribuição de massa molar, temperatura, ramificações de cadeia, ligações cruzadas entre as cadeias.
Para refletir:
Emulsões também têm comportamento viscoelástico. Quais as origens do comportamento viscoso e do comportamento elástico?
Reologia – Viscoelasticidade
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Efeito de Weissenberg
Inchamento do Extrudado Fluxo
Newtoniano
Espumas viscoelásticas
Viscoelástico
Capilar
Fluido Viscoelástico
Reologia – Viscoelasticidade
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A viscoelasticidade pode ser linear ou não linear Depende principalmente da magnitude da tensão/deformação (ou taxa de deformação) Paralelo com o comportamento elástico de materiais que se comportam como sólidos: Região não linear (mudanças na estrutura)
tensão
Região linear (estrutura de equilíbrio intacta) deformação
Reologia – Viscoelasticidade
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Região de Viscoelasticidade Linear A tensão e/ou deformação não é grande suficiente para destruir a estrutura de equilíbrio do material
Relação entre Tensão e Deformação = constante
Exemplo: polímeros fundidos Baixas deformações ou taxas de deformação
não alteram significativamente a densidade de emaranhamentos
propriedades reológicas constantes naquela faixa de deformação ou taxa de deformação
Reologia – Viscoelasticidade
Como modelar matematicamente viscoelasticidade??!! UFABC – Prof. Dr. Danilo Justino Carastan - 2017
1) Partir de materiais mais simples: materiais ideais
Mola
Êmbolo ou pistão
Resposta Puramente Viscosa
Resposta Puramente Elástica
Líquido Newtoniano d =
Sólido Hookeano = E
2) arranjar espacialmente os elementos Ex.: Modelo de Maxwell:
Modelo de Voigt:
dt
Reologia – Viscoelasticidade
Regime Transiente: UFABC – Prof. Dr. Danilo Justino Carastan - 2017
Fluência (creep):
Tensão t1
elástico
t1
tempo
t2
tempo
t2
viscoso
t1
tempo t2
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Regime Transiente: Relaxação de tensões
Deformação
(stress relaxation)
0
tempo
viscoso
tensão para t>0 é constante
tensão para t>0 é 0
tensão
tensão
elástico
0 0
tempo
tempo
Reologia – Viscoelasticidade
Relaxação de tensões Deformação
Fluência
Tensão t1
tempo
Deformação
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Como seria o formato do resultado para o modelo de Maxwell?
t2
tempo
Tensão
tempo
tempo
Reologia – Viscoelasticidade
Relaxação de tensões Deformação
Fluência
Tensão t1
tempo
Deformação
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Como seria o formato do resultado para o modelo de Kelvin-Voigt?
tempo
t2
tempo
É impossível aplicar deformação instantânea em um elemento de Kelvin-Voigt
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Reologia – Viscoelasticidade
1 2 1 2 Variação da deformação com o tempo : d d 1 d 2 dt dt dt d d 1 E dt dt d 2 dt d 1 d dt E dt
ε1, σ1
ε2, σ2
Tarefa: resolver para um ensaio de fluência
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Reologia – Viscoelasticidade
Modelo de Kelvin-Voigt
ε2, σ2 η
Tratamento matemático do modelo de Kelvin-Voigt:
1 2 1 2
d 1 E ; 2 dt d E dt Tarefa: resolver para um ensaio de fluência
ε1, σ1 E
Reologia – Viscoelasticidade
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Relaxação de Tensões para um elemento de Maxwell Definição:
(t ) .E exp( t / r ) O que significa fisicamente o tempo de relaxação neste caso? Se t = ∞ Se t = 0 Se t = τr
(0) .E
( ) 0,37 .E
( ) 0
σ(t) .E
0,37 .E
τr
t
r
E
Tempo de relaxação para o modelo de Maxwell
Reologia – Viscoelasticidade
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Fluência para um elemento de Kelvin-Voigt (t )
E
[1 exp(t / rt )]
Definição:
rt
O que significa fisicamente o tempo de retardação neste caso? Se t = ∞ Se t = 0 Se t = τ
( 0) 0
( rt ) 0,63 ε(t)
()
E
E
E
Tempo de retardação para o modelo de Kelvin-Voigt
E
τrt
t
Reologia – Viscoelasticidade
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Valores aproximados de tempo de relaxação de Maxwell para alguns materiais Fluido
Viscosidade Tempo de (Pa.s) Relaxação (s)
Módulo de Elasticidade (Pa)
Água
10-3
10-12
10-9
Óleo
0,1
10-9
10-8
Solução Polimérica
1
0,1
10
Polímero Fundido
105
10
104
Vidro
>1015
105
>1010
Os valores foram medidos ajustando dados experimentais ao modelo de Maxwell. No entanto, o comportamento normalmente é mais complexo, já que vários mecanismos estão atuando ao mesmo tempo.
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Modelo Geral para Viscoelasticidade Linear 2 n 2 m 1 1 2 2 ... n 0 1 2 2 ... m m dt t t t t t Caso Particular: Elemento de Maxwell:
d 1 d dt E dt
d d dt E dt
Elemento de Kelvin-Voigt:
d E dt
1
E 0 0
1
r
Reologia – Viscoelasticidade
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Elemento de Jeffreys:
2 1 1 0 1 2 2 t t t
1 r 0 0 1 2 rt Elemento de Burgers:
2 2 r1 r 2 r1 r 2 2 1 2 r 21 r1 2 2 t t t t
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Fluência em um elemento de Burgers
Reologia – Viscoelasticidade
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(t ) compliance
J(t)
Je
t Compliance de equilíbrio = Je
tempos muito longos (tendendo ao infinito)
Reologia – Viscoelasticidade
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Materiais ou Fluidos Reais:
Cada fenômeno reológico (tensão/deformação) ocorrendo dentro de um sistema reológico pode estar associado com dissipação (viscosa) ou armazenamento (elástico) de energia, tendo influência uns sobre os outros. Representação por análogos mecânicos com um grande número de elementos!!
Reologia – Viscoelasticidade
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Módulo de Relaxação
(t ) E (t ) 0
(t ) ou G (t ) 0
Região vítrea Região da transição (coriácea)
Região do platô borrachoso Região terminal (viscosa)
log tempo
Reologia – Viscoelasticidade
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Módulo de Relaxação
Vítreo
Cada região é associada a um mecanismo de relaxação
Coriáceo (semelhante ao couro)
Borrachoso Escoamento Borrachoso
Escoamento Viscoso (líquido)
T ou t (princípio de superposição tempo-temperatura)
Reologia – Viscoelasticidade
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Módulo de Relaxação
100% cristalino
Alta reticulação Reticulação aumentando
100% amorfo
50% amorfo, 50% cristalino
Leve reticulação
Sem reticulações
Efeito das reticulações (ligações cruzadas) no comportamento viscoelástico de um polímero
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Reologia – Viscoelasticidade
A:Polímero Monodisperso com MMe C:Polímero Polidisperso ρ: densidade R: Constante dos gases T: Temperatura Me: Massa molar de entrelaçamento
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Reologia – Viscoelasticidade
Amostras de PS – MnC > MnA
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Compliance
(t ) J (t ) 0
Região da transição (coriácea)
Região do platô borrachoso
Região vítrea
log tempo
Região terminal (viscosa)
Reologia – Viscoelasticidade
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O que acontece nos regimes linear e não linear em sistemas reais?
Reologia – Viscoelasticidade
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Curva de Fluência para um sistema real
Reologia – Viscoelasticidade
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Tensão t1
tempo
t2
Recuperação = 0 (depois do estado estacionário)
Fluência > 0
/
Menos Elástico
Mais Elástico t1
t2
Tempo
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Reologia – Viscoelasticidade
Uma solicitação (tensão ou deformação) oscilatória (senoidal) é aplicada a uma amostra.
solicitação
Resposta A resposta do material (deformação ou tensão) é medida.
O ângulo da fase d, ou defasagem, entre a solicitação e a resposta é medido.
Ângulo de Fase
d
Reologia – Viscoelasticidade
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Respostas esperadas em materiais ideais
Resposta Puramente Elástica (Sólido Hookeano)
Resposta Puramente Viscosa (Líquido Newtoniano)
d = 90°
d = 0° tensão
deformação
tensão
deformação
Reologia – Viscoelasticidade
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MATERIAIS VISCOELÁSTICOS Ângulo da fase
0° < d < 90°
Deformação
Tensão
Medidas de amplitude de deformação e tensão, ângulo de fase e freqüência
Valores de E*, E’, E”, tand
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Reologia – Viscoelasticidade
-Reometria de placas paralelas
-Reometria de cone/placa
Aplico tensão, leio deformação Aplico deformação, leio tensão
Polímero fundido
Reologia – Viscoelasticidade
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- Análise Dinâmico-Mecânica (DMA)
Técnica própria para testar o comportamento viscoelástico de sólidos
Garra estacionária
Amostra (filme, fibra)
Garra móvel
Amostra (barras rígidas)
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Reologia – Viscoelasticidade
Durante um ensaio de cisalhamento oscilatório de pequenas amplitudes uma amostra sofre a seguinte deformação:
onde γ0 é a amplitude do cisalhamento, ω é a freqüência do cisalhamento e t é o tempo
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Reologia – Viscoelasticidade
A taxa de cisalhamento é dada por:
se a amplitude dos cisalhamentos for pequena (regime de viscoelasticidade linear) a tensão gerada no material devido ao cisalhamento é dada por:
onde σ(t) é a tensão de cisalhamento em função do tempo, σo é a amplitude da tensão de cisalhamento, δ é o ângulo de perda.
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Reologia – Viscoelasticidade
- A tensão em um ensaio dinâmico pode ser representada por um valor complexo *. - A tensão complexa pode ser separada em dois componentes: 1) Uma tensão elástica em fase com a deformação. ' = *cosd ' é a porção da tensão que se refere ao comportamento sólido elástico do material. 2) Uma tensão viscosa em fase com a taxa de deformação. " = *send " é a porção da tensão que se refere ao comportamento de um líquido ideal. Ângulo de fase d
Tensão complexa, *
deformação,
* = ' + i"
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Reologia – Viscoelasticidade
Módulo: Medida da resistência geral do material à deformação Módulo de Armazenamento (elástico) (storage modulus): Medida da elasticidade do material. Capacidade de armazenamento de energia elástica do material. Módulo de Perda (viscoso) (loss modulus): Capacidade de dissipação de energia do material. A energia é perdida como calor.
G = tensão/deformação
G' = (tensão/deformação)cosd
G" = (tensão/deformação)send
Tan Delta: Tg d = G"/G' Medida do amortecimento do material – como vibração ou amortecimento de som.
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Reologia – Viscoelasticidade
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Reologia – Viscoelasticidade
Os módulos de armazenamento e perda podem ser pensados como as partes real e imaginária, respectivamente, de um módulo complexo G*(ω) definido como:
Portanto, os resultados de um material sujeito a testes de cisalhamento oscilatório de pequenas amplitudes podem ser representados por:
Reologia – Viscoelasticidade
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Também pode ser definida uma viscosidade complexa:
0 (t ) 0 * sen(d ) i cos(d ) (t ) 0 0
'
G"
"
G'
parte viscosa
parte elástica
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Reologia – Viscoelasticidade
(t ) 0 eit d 0ieit 0ieit dt
0 0
γ = deformação γ
0
= amplitude de deformação
= freqüência
t = tempo
= amplitude da taxa de deformação
(t ) 0 e i (t d ) G*
(t ) 0 cos(d ) i 0 sen(d ) (t ) 0 0
0 G´ cos(d ) 0 G" 0 sen(d ) 0
= módulo complexo
= módulo de armazenamento
= módulo de perda
G" tan d G'
= fator de amortecimento
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Reologia – Viscoelasticidade
(t ) 0 eit d 0ieit 0ieit dt
0 0
= deformação 0 = amplitude de deformação = freqüência
t = tempo = amplitude da taxa de deformação
(t ) 0 ei (t d ) E*
(t ) 0 cos(d ) i 0 sen(d ) (t ) 0 0
= módulo complexo
0 E´ cos(d ) = módulo de armazenamento 0 E" 0 sen(d ) = módulo de perda 0
E" tan d E'
= fator de amortecimento
Reologia – Viscoelasticidade
Ex.: Copolímero em bloco SBS: 1.E+05
1.E+04
1.E+03
G' [Pa]
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Utilizada para localizar os limites do regime de viscoelasticidade linear
1.E+02
1.E+01
100 rad/s 0,1 rad/s
1.E+00 1.E+00
1.E+01
1.E+02 1.E+03 Tensão [Pa]
1.E+04
1.E+05
Fonte: D. J. Carastan, Tese de Doutorado, EPUSP, 2007
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Reologia – Viscoelasticidade
Permite estudar características da estrutura do material e propriedades dentro do regime da viscoelasticidade linear.
Reologia – Viscoelasticidade
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Fluência Relaxação de tensões
Possibilidade de se observar o comportamento do material com o tempo.
E ensaios oscilatórios:
Varredura de freqüências
1 t
medir G’ e G” em diversas freqüências equivale a medir as propriedades viscoelásticas em diversos tempos. tempos longos
baixas freqüências
tempos curtos
altas freqüências
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Reologia – Viscoelasticidade
Para uma mola perfeitamente elástica: G’ = G G” = 0 Para um amortecedor perfeitamente viscoso: G’ = 0 G” = ηω
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Reologia – Viscoelasticidade
Os fatores que determinarão qual tipo de comportamento é mais importante serão a freqüência (ω) e sua relação com o tempo de relaxação (λ)
Tempo de Débora
Reologia – Viscoelasticidade
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Resposta – materiais reais
Região terminal
Região da transição (coriácea)
Região do platô borrachoso
Região vítrea
1
2
Crossover Módulo de armazenamento (E' or G') Módulo de perda(E" or G")
log frequência (rad/s ou Hz)
Reologia – Viscoelasticidade
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G’ e G” de soluções poliméricas
G" G'
Reologia – Viscoelasticidade
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Comportamento de G’ e G” em função da massa molar e da distribuição de massa molar
G" G'
Reologia – Viscoelasticidade
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Comportamento de G’ e G” em função da massa molar e da distribuição de massa molar MWD estreita
G’ G” [Pa]
MM maior
MM menor
MWD larga
Freqüência (rad/s)
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Reologia – Viscoelasticidade
Tempo curto
Temperatura baixa
Tempo longo
Temperatura alta
Por exemplo, um polímero que apresenta característica borrachosa à temperatura ambiente e a uma certa velocidade de teste, pode vir a ter comportamento vítreo reduzindo a temperatura ou aumentando a velocidade de teste.
Mapeamento total do comportamento viscoelástico Medidas em tempos longos
Medidas em tempos curtos
Tempo excessivo para realização do teste
Sensibilidade do equipamento
Reologia – Viscoelasticidade
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Em função da temperatura (geralmente DMA) Glassy Region
Transition Region
Rubbery Plateau Region
Storage Modulus (E' or G') Loss Modulus (E" or G")
Temperatura
Terminal Region
Reologia – Viscoelasticidade
DMA – Transições térmicas – Ex.: Policarbonato
G’
Frequency = 1 Hz Strain = 0.025%
1 .0 0 0 E 9
1 .0 0
- transition Tg = 154.1°C
1 .0 0
1 .0 0 0
1 .0 0 0 E 8
G”
1 .0 0
G'(Pa)
0 .1 0 0 0
G'(Pa) tan(del)
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1 .0 10 0 .0 0 E 0 1 Temperature Ramp0 at 3°C/min.
tan d
1 .0 0 0 E 7
1 .0 0
0 .0 1 0 0 0
- transition -94.4°C
1 .0 0 0 E 6
1 .0 0
11 .0 .0 000 E E 5 -3 1 .0 0 -2 -1 00 -1 5 .0 0 -5 0 .0 0 0 .0 .0 50 1 .0 0 1 0 5 2 .0 0 0 .0 0.
te mp e r a tu r
Reologia – Viscoelasticidade
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DMA – Transições térmicas – Que dado usar para a Tg ?
de queda de E': Ocorre à temperatura mais baixa – Relacionado à falha mecânica Início
de E": Ocorre em Ts intermediárias – mais próximo das mudanças de propriedades físicas atribuídas à Tg. Reflete processos moleculares (início dos movimentos de segmentos moleculares). Pico
de tan d: Ocorre à temperatura mais alta – usado historicamente na literatura – boa medida do comportamento "coriáceo" no meio do caminho entre os estados vítreo e borrachoso. A altura e a forma mudam sistematicamente com a fração de fase amorfa. Pico
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Reologia – Viscoelasticidade
(E' or G') (E" or G")
(E' or G') (E" or G")
log Frequency
Temperature
log Time
log Time
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Reologia – Viscoelasticidade
A primeira parte da curva mostra a compliance em função da freqüência (ω α 1/t), em escala logarítimica, em uma determinada faixa de freqüências e diversas temperaturas
Tomando-se uma determinada temperatura de referência, pode-se definir um “fator de ajuste” (shift factor) aT para cada temperatura, de forma a que se possa condtruir uma “curva mestre”, conforme mostrado à esquerda.
log at log r log log r
Lembrar que 1/t
Reologia – Viscoelasticidade
A respeito do parâmetro aT: UFABC – Prof. Dr. Danilo Justino Carastan - 2017
•É função somente da temperatura
•Representa quanto uma determinada curva deve ser deslocada, no eixo do tempo, para que se faça o ajuste à temperatura de referência. Willian, Landel e Ferry propuseram que aT deve ser dado por uma equação da forma:
C1 (T Tr ) log aT C2 (T Tr )
Equação de WLF
C1 e C2 = constantes Tr = temperatura de referência. Quando Tr é tomada como a Tg do polímero, os valores de C1 e C2 “poderiam” ser considerados universais para todos os polímeros, sendo, respectivamente, 17,4 e 51,6 K.
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Reologia – Viscoelasticidade
Universalidade das Constantes: questionável!!!!
Reologia – Viscoelasticidade
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Ex.: poliisobutileno Curvas experimentais
Curva Mestra
Reologia – Viscoelasticidade
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Em ensaios oscilatórios
Permite ampliar a faixa experimental de freqüências do equipamento e contornar problemas tais como cristalização da amostra
Reologia – Viscoelasticidade
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Equivalência entre ensaios oscilatórios e não oscilatórios
( ) * ( )
* 'i " '
G"
"
G'
parte viscosa
parte elástica
Cuidado: sistemas heterôgeneos nem sempre obedecem a esta regra!!!