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Capital de giro é a parcela de recursos mantida em caixa para que a companhia possa atender suas contas operacionais, de curto prazo. Também denominado Capital Circulante Liquido, sua apuração vem das diferenças entre os ativos circulantes e os passivos circulantes, onde tem-se: Quando os ativos circulantes (Bens e Direitos) superam os passivos circulantes (Obrigações), diz-se que a companhia tem Capital Circulante Liquido positivo.
Tem-se por positivo, pois a capacidade de arcar com as contas de curto prazo supera a necessidade, em outras palavras tem-se mais bens e direitos que obrigações para dentro desse período. Então quando se possui uma situação onde se tenha um ativo circulante de $ 100.000 e um passivo circulante de $ 80.000, a apuração seria: Ativo Circulante – Passivo Circulante = Capital Circulante Liquido (Capital de Giro) Logo: $ 100.000 - $ 80.000 = $ 20.000 Ou Capital Circulante Liquido positivo em $ 20.000
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Se a situação for inversa tem-se:
Dessa maneira se for o inverso, ou seja, se os ativos circulantes fossem de $ 80.000 e os passivos circulantes de $ 100.000, ter-se-ia: Ativo Circulante – Passivo Circulante = Capital Circulante Liquido Logo: $ 80.000 - $ 100.000 = - $20.000 Assim, necessita-se atenção para as contas que compõe o curto e o longo prazo para as companhias:
MATERIAL GENTILMENTE CEDIDO PELA EDITORA ATLAS, PERFAZENDO O MATERIAL DO PROFESSOR DO LIVRO: FINANÇAS COORPORATIVAS E VALOR – ALEXANDRE ASSAF NETO
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Capital de Giro (CG) ou Capital Circulante (CC) Representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo operacional O fluxo do ativo circulante ocorre de maneira ininterrupta na atividade operacional de uma empresa Uma importante característica do capital de giro é seu grau de volatilidade, explicado pela curta duração de seus elementos e constante mutação dos itens circulantes
O fluxo do ativo circulante Recursos aplicados no ativo circulante
Estoques de materiais
Disponível
Realizável
Venda a vista
Venda a prazo
Estoque de Produtos Acabados Produção
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Ciclos Operacionais São as atividades de produção de bens e serviços e a realização de vendas e respectivos recebimentos realizadas de forma sequencial e repetitiva Nessas operações, a empresa busca obter lucro, de forma a remunerar seus credores e proprietários
PMC
Cobrança
PMF
PMEP T ou PMV
Venda
PMEM P
Armazenagem (início de)
Espera
Fabricação (início de)
Armazenagem (Recebimento)
Compra (Pedido)
Inicia-se com a aquisição das matérias-primas, passa pela armazenagem, produção e venda e desemboca no efetivo recebimento das vendas realizadas
Ciclo Operacional Total
Ciclo Econômico PMPF
Ciclo de C aixa (Financeiro)
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Ciclo Operacional Total = PMEmp + PMF + PMV + PMC É composto de todas as fases operacionais da empresa
Ciclo Econômico = PMEmp + PMF + PMV Engloba toda a base de produção da empresa
Ciclo Financeiro = (PMEmp + PMF + PMV + PMC) – PMPF Identifica a necessidade de recursos da empresa
PMEMP =
Saldo Médio de Materiais × 360 Consumo Anual
Prazo médio (em dias) em que os materiais permanecem estocados à espera de ingressarem na produção
PMF =
Valor Médio dos Produtos em Elaboração Custo de Produção Anual
× 360
Prazo médio (em dias) que a empresa despende em fabricar o produto final
PMEMA =
Valor Médio dos Produtos Acabados × 360 Custo dos Produtos Vendidos
Prazo médio (em dias) que o produto acabado permanece estocado à espera de ser vendido
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𝐏𝐌𝐄𝐌𝐏 + PMF + PMV Prazo médio (em dias) em que os estoques totais permanecem armazenados à espera de serem consumidos, produzidos e vendidos
PMV =
Valor Médio dos Estoques de Mercadorias ×360 Custo Total da Mercadoria Vendida no Ano
Prazo médio (em dias) em que as mercadorias ficam armazenadas à espera de serem vendidas
PMC =
Valor Médio das Duplicatas a Receber × 360 Vendas Anuais a Prazo
Prazo médio (em dias) em que a empresa recebe as vendas realizadas a prazo
Classificação do Capital de Giro Permanente (fixo)
Investimento cíclico de recursos em giro que se repete periodicamente, assumindo caráter de permanente
É determinado pela atividade normal da empresa
Seu montante é definido pelo nível mínimo de necessidades de recursos demandados pelo ciclo operacional
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Classificação do Capital de Giro Sazonal (variável)
É determinado pelas variações temporárias que ocorrem normalmente nos negócios de uma empresa
Exemplo: maiores vendas em determinados períodos do ano, ou grandes aquisições de estoques na entressafra
Capitais de giro permanente e sazonal Investimentos necessários ($)
Capital de giro sazonal (variável) Capital de giro permanente (fixo)
Tempo
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Abordagem pelo equilíbrio financeiro tradicional Investimentos necessários ($)
Capital de giro sazonal
Financiamento
ir o Cap it al de g e p erman ent
Financiamento
Ativo
a curto prazo
a longo prazo
permanente Tempo O ativo permanente e o capital de giro permanente são financiados por recursos de longo prazo (próprios ou de terceiros)
Abordagem de risco mínimo Investimentos necessários ($)
Capital de giro sazonal
ir o Cap it al de g e p erman ent
Financiamento a longo prazo
Ativo permanente Tempo A empresa encontra-se totalmente financiada por recursos permanentes (longo prazo), inclusive em suas necessidades sazonais de fundos.
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Necessidade de Investimento em Capital de Giro Reflete o volume de recursos demandado pelo ciclo operacional da empresa, determinado em função de suas políticas de compras, vendas e estocagem É uma necessidade de capital de longo prazo, que deve lastrear os investimentos cíclicos em cada capital de giro
O CCL adequado deve cobrir as necessidades mínimas de ativos circulantes de uma empresa, e as necessidades sazonais de recursos são supridas por passivos circulantes
NIG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional
Influenciado pelo ciclo financeiro, pelo volume de atividades, características do negócio e sazonalidades.
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AC Financeiro $30
PC Financeiro $20 PC Operacional $40
$90
$60
AC Operacional $60
Passivo Permanente Ativo Permanente $80 $50
CCL = $90 - $60 = $30
AC Financeiro $30
PC Financeiro $20 PC Operacional $40
$60
$40
AC Operacional $60
Passivo Permanente Ativo Permanente $80 $50
NIG = $60 - $40 = $20
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Investimento em Capital de Giro Dilema risco-retorno Baixos níveis de ativo circulante determinam aumento de rentabilidade e elevação nos riscos de solvência da empresa Conservadora: A empresa diminui seu risco mediante aplicações em capital de giro maiores para um mesmo nível de produção e vendas Média e agressiva: Preveem progressivas reduções no circulante, o que eleva o risco e também incrementa sua rentabilidade por adotar menor participação relativa de itens menos rentáveis
Exemplo ilustrativo Considerando três níveis de aplicações em capital de giro: BAIXO
MÉDIO
Ativo circulante
$
800.000
$ 1.100.000
$ 1.400.000
Ativo permanente
$ 1.200.000
$ 1.200.000
$ 1.200.000
Total
$ 2.000.000
$ 2.300.000
$ 2.600.000
Passivo circulante
$
400.000
$
460.000
$
520.000
Exigível a longo prazo
$
600.000
$
690.000
$
780.000
Patrimônio líquido
$ 1.000.000
$ 1.150.000
ALTO
$ 1.300.000
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Supondo-se um custo nominal de crédito de 15% para curto prazo e de 20% no longo prazo e um lucro operacional bruto de $ 1.000.000, temos: BAIXA Lucro Op. Bruto
MÉDIA
$ 1.000,00
ALTA
$ 1.000,000
$ 1.000.000
Desp. Financeiras: Passivo circulante ELP
15% x 400,00 = (60,00)
15% x 460,00 =
15% x 520,00 =
20% x 600,00 =
(69,00)
(78,00)
(120,00)
20% x 690,00 =
20% x 780,00 =
(138,00)
(156,00)
Lucro antes do IR
$ 820,00
$ 793,00
$ 766,00
IR (40%)
(328,00)
(317,20)
(306,40)
Lucro Líquido
$ 492,00
$ 475,80
$ 459,60
49,2%
41,4%
35,4%
ROE
Investimento em Capital de Giro Quanto maior a participação do capital de giro sobre o ativo total, menor será a rentabilidade da empresa Ao adotar uma postura de maior risco, com menores aplicações no capital de giro, a empresa consegue auferir retorno maior O dilema risco-retorno da administração do capital de giro pode ser enfocado em função da participação dos investimentos circulantes em relação ao ativo total
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Bibliografia ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2002. BENNINGA, Simon Z.; Sarig, Oded H. Corporate finance: a valuation approach. New York: McGraw-Hill, 1997. BREALEY, Richard A.; MYERS, Stewart C. Principles of corporate finance. 6. Ed. New York: McGraw-Hill, 2001. BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2001. ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jeffrey F. Administração financeira. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2002 VAN HORNE, James C. Financial management and policy. 12. Ed. New York: Prentice Hall, 2002.
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EXEMPLO A companhia “GOD SAVE ME” quer determinar a política de capital de giro para aplicar a seus ativos operacionais, para tanto conta com uma estrutura de ativos fixos de $ 1.300.000, para manter essa estrutura a companhia pretende manter um grau de endividamento de 60%, gerando juros na ordem de 10% sobre o total das dividas. As políticas de alocação de ativos
correntes são analisadas: - Uma restrita de 40%; - Uma moderada de 50%; - Uma folgada de 60%. A companhia espera lucro bruto de 20% antes dos juros e impostos, sobre as vendas de $ 9.500.000. A alíquota de imposto de renda da companhia é de 40%. Qual o retorno esperado para cada política?
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