2ª aula - Ancilostomídeos

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Nematódeos de importância médica ANCILOSTOMÍDEOS Profª. Dra. Aline Correa de Carvalho Biomédica CRBM 668/PA Mestre/Doutora em Doenças Tropicais (NMT – UFPA)

NEMATÓDEOS (NEMATELMINTOS)

Ancylostomidae Ancilostomose e/ou Ancilostomíase

Profa. Aline Carvalho - Doutora em Doenças Tropicais

CLASSIFICAÇÃO (Ancilostomídeos) 

Filo: Aschelminthes



Classe: Nematoda



Ordem: Strongylida



Superfamília: Ancylostomatoidea



Família: Ancylostomatidae



(Ankylos= curvo; tomma= boca)



Gênero: Ancylostoma e Necator

ANCILOSTOMOSE E/OU ANCILOSTOMÍASE 

Popularmente conhecido: “Amarelão, Doença Jeca Tatu, Mal-da-terra”

N. americanus (Stiles, 1902) A. duodenale (Dubini, 1843)

A. ceylanicum (Loss, 1911)

Espécies responsáveis pela doença humana

WHO – Doenças negligenciadas

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

A. duodenale  Velho Mundo (Temperadas)



N. americanus  Novo Mundo (Tropicais)

A. duodenale era restrito ao continente Europeu, Africano e Asiático, N. americanus era restrito ao continente Americano e parte da África. A. ceylanicum era restrito a Taiwan. A ancilostomíase, no Brasil, tem como maior causador o Necator americanus.

CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA 

Família Ancylostomidae  várias subfamílias

Dentes

Lâminas

Ancylostoma duodenale Adultos machos e fêmeas cilíndricos (9 a 13mm)

Cápsula bucal profunda

2 pares dentes dorsais – margem interna 1 par dentes triangulares subventrais – fundo cápsula Profa. Aline Carvalho - Doutora em Doenças Tropicais

Ancylostoma duodenale MACHOS: menores , extremidade

FÊMEAS – extremidade posterior

posterior com bolsa copuladora

afilada com processo espinhoso terminal

Profa. Aline Carvalho - Doutora em Doenças Tropicais

Necator americanus Cápsula bucal profunda

2 lâminas cortantes – subventral 2 lâminas cortantes – subdorsal Fundo cápsula – dente longo Profa. Aline Carvalho - Doutora em Doenças Tropicais

Necator americanus MACHOS: menores , extremidade

FÊMEAS – extremidade posterior

posterior com bolsa copuladora

afilada SEM processo espinhoso terminal

Profa. Aline Carvalho - Doutora em Doenças Tropicais

OVOS Ancilostoma – 20 a 30 mil ovos/dia

Necator – 6 a 11 mil ovos/dia

Larva Rabditóide (L1 e L2)

Ovo L1 L2

Profa. Aline Carvalho - Doutora em Doenças Tropicais

L1 L2 L3

12 a 24 h 3 a 4 dias 5 dias

Larvas Filarióides (L3)

LARVA RABDITÓIDE X FILARIÓIDE

Larva Rabditóide

Larva Filarióide

CICLO DE VIDA MONOXÊNICO

Os ovos são eliminados nas fezes e sob condições favoráveis (humidade, calor, sombra), larvas eclodem em 1 a 2 dias. 2. As larvas rabditóide lançado crescem nas fezes e / ou o solo, e depois de 5 a 10 dias (e duas mudas) tornam-se filariformes (terceira fase) e infectantes. 3. Estas larvas infectantes podem sobreviver 3 a 4 semanas em condições ambientais favoráveis. 4. Em contato com o hospedeiro humano, as larvas penetram na pele e são transportadas através dos vasos sanguíneos ou linfáticos para o coração e depois para os pulmões. Eles penetram nos alvéolos pulmonares, ascendem a árvore bronquial para a faringe, e são engolidos. As larvas atingem o intestino delgado, onde residem e amadurecer em adultos. vermes adultos vivem no lúmen do intestino delgado, onde se fixam à parede intestinal com a perda de sangue resultante. A maioria dos vermes adultos são eliminados em 1 a 2 anos, mas a longevidade pode atingir vários anos. 1.

FIXAÇÃO NO DUODENO

Algumas larvas de A. duodenale, após a penetração da pele hospedeiro, pode tornar-se dormente (no intestino ou do músculo). Além disso, a infecção por A. duodenale pode provavelmente ocorrer também por via oral e transmamária. N. americanus, no entanto, requer uma fase de migração transpulmonar.

TRANSMISSÃO – VIA ORAL Água ou alimento contaminado larvas L3

Estômago L3 perde cutícula Migram intestino delgado  duodeno penetram mucosa L4 Voltam luz intestino  fixam-se mucosa e iniciam repasto sangüíneo L5 Adultos  cópula  produção ovos eliminados através fezes Ciclo varia de 5 a 7 semanas

TRANSMISSÃO – L3 – PELE L3 penetração pele (30 min)

Circulação sangüínea e/ou linfática Coração  artérias pulmonares Passando pelos pulmões(L4) retornando faringe  deglutição (Ciclo de Loss) (L5) Final do duodeno - Adulto Ciclo varia de 5 a 7 semanas

PATOLOGIA 

Local penetração



Geralmente assintomática;



Pele - lesões traumáticas , sensação de “ picada” , prurido e edema resultante processo inflamatório e infecções secundárias.



Período incubação – até surgirem sintomas intestinais 1 a 2 meses e pode durar anos

PATOLOGIA

Alterações pulmonares • Passagem larvas – tosse de longa ou curta duração

Parasitismo intestinal • Dor epigástrica;

↑ Nº parasitas ocorre: • Diarréia

Constipação • Mais freqüentes

• Diminuição apeti-

sanguinolenta;

quando ocorre

te, indigestão, có-

• Perda de peso;

deposição dos

lica;

• Má absorção dos

ovos

• Indisposição, náuseas, vômitos;

nutrientes.

PATOLOGIA •







Crianças com parasitismo intenso, pode ocorrer : – diminuição proteínas e atraso no desenvolvimento físico e mental. No intestino parasitas alimentam-se de sangue, provocando : – Danos na mucosa e capilares do intestino. Casos crônicos (grande número de parasitas) a perda de sangue devido às hemorragias leva: – à anemia por deficit de ferro, com perda de atividade e capacidade intelectual. Os Ancylostoma são mais perigosos cada um consome 0,20ml por dia, enquanto o Necator, consome apenas 0,05ml.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Diagnóstico:  



Medidas preventivas/Profilaxia:  



Clínico – sintomas Laboratorial – EPF e hemograma

saneamento básico, educação sanitária e suplementação alimentar de Fe e proteínas;

Tratamento:   

Uso anti-helminto – mais de uso curativo; Albendazil, Mebendazol, Pamoato de pirantel Alimentação suplementar, -Sulfato ferroso

OBRIGADA! [email protected]
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