Aula 9 - Dor miofascial e TLP

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Disciplina: Recursos Terapêuticos Mecânicos e Manuais Profa. Me. Cyntia Monteiro Aula 09 Terapia de Liberação Posicional

Ponto gatilho 

Foco irritável no músculo ou na fáscia



Palpação “tensa”



Acompanha o espasmo muscular



Trigger-point



Palpação de nódulo de 3 a 5 mm, irritável



Alta sensibilidade



Os pontos-gatilho são detectadas exclusivamente pela palpação, pelo sinal do “pulo de dor” (giving a jumpsing”" em inglês) pois em nenhum outro exame (radiografia, ressonância magnética, tomografia, eletromiografia, etc .) permite o diagnóstico



Resulta em: o Diminuição do comprimento muscular o Dor referida o Resposta de sobressalto o Fenômenos autônomos (sudorese, náuseas)  Tipos de Ponto gatilho:  ATIVOS  Foco de hipersensibilidade sintomática com padrão de dor referida  LATENTES  Quando presentes em áreas assintomáticas, podendo se tornar ativos após traumas ou estresse

Síndrome da Dor Miofascial 

A síndrome da dor miofascial (SDM) é uma desordem caracterizada pela presença de locais sensíveis nas bandas musculares tensas/contraídas,



 



ocorrência de dor em queimação, peso ou dolorimento, às vezes em pontadas, dor e diminuição da força muscular, limitação da amplitude de movimento e, em alguns casos, fadiga muscular, produzindo dor referida em áreas distantes ou adjacentes. Os fenômenos autonômicos, que podem ser concomitantes com a zona de referência do ponto-gatilho (PG), incluem: vasoconstrição, sudorese e pilo ereção. Os distúrbios proprioceptivos que podem estar associados são: desequilíbrio, tontura, zumbido e distorção do peso dos objetos A SDM é uma das causas mais comuns de dor musculoesqueléticas, acomete músculo, tecido conectivo e fáscias, podendo ser decorrentes de acometimento por processos degenerativos, metabólicos, inflamatórios, infecciosos, neoplásicos, macro ou microtraumatismos de inúmeras estruturas, principalmente nas regiões cervical, cintura escapular e lombar. Apesar de ser umas das causas mais comuns de dor e incapacidade em pacientes que apresentam algias dessa natureza, muitos profissionais da área de saúde não a reconhecem. Sabe-se que a dor miofascial costuma acometer pacientes na faixa etária entre 31 e 50 anos de idade, e isto sugere que os indivíduos nas faixas etárias mais ativas são mais acometidos Fisiopatologia: o O SNP, por mecanismos reflexos de sensibilização, libera substâncias vasodilatadoras e mediadoras de inflamação Inflamação neurogênica o Acúmulo de substâncias algiogênicas no músculo e na fáscia e anormalidades da circulação local- Isquemia o O espasmo muscular acarreta redução do suprimento sanguíneo - Lesão tecidual o Desequilíbrio entre demanda e necessidade metabólica predispõe à fadiga mucular - Comprometimento do desempenho funcional o Espasmo?Deslizamento concêntrico das fibras musculares das extremidades tendinosas em direção ao ventre muscular - Tensão contínua

SDM x Fibromialgia 

A fibromialgia (FM) é considerada uma doença crônica de difícil tratamento, que afeta, principalmente, mulheres entre 40 e 60 anos, uma faixa etária de atividade profissional produtiva. A doença é caracterizada por dores musculares difusas, presença de pontos dolorosos chamados

“tender points”, distúrbios do sono, rigidez e fadiga. A dor não possui origem inflamatória, não causa degeneração nem é progressiva; é crônica e sistêmica4,5. Por vezes, o nível da dor é tão intenso, que interfere no trabalho, nas atividades de vida diária e na qualidade de vida 

A Fibromialgia caracteriza-se por: o Dor difusa e global o Distúrbios do sono o Várias áreas de tensão (11 a 18 PG) o Exames laboratoriais e físicos

Técnicas de inibição da dor Miofascial 

Jones o Articulação em posição de conforto o Pressão digital (até 90s) o Efeitos: 

Teoria das comportas



Compressão isquêmica promove logo em seguida efeito rebote com maior circulação local (melhor suprimento de oxigênio)

o Contra-indicado: o Ferimentos abertos o Fraturas não consolidadas o Tumores o Hipersenbilidade intolerável pelo paciente o Suturas não-cicatrizadas



Terapia de liberação posicional o Objetivo: Aproximar origem e inserção muscular de forma a anular a tensão dos receptores intrafusais o Indicação: fase aguda e crônica o Efeitos: 

Normalização da tensão muscular e fascial



Redução da dor



Redução da Hipomobilidade



Melhora da circulação e do edema

o Procedimento: 

1º tempo: paciente colocado em posição de maneira lento e suave, sem força e indolor



2º tempo: solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s



3º tempo: retorno lento e suave a posição inicial, sem solicitar contração

o Contra-indicado:





Ferimentos abertos



Fraturas não consolidadas



Tumores



Suturas não-cicatrizadas

Liberação miofascial o A liberação miofascial é uma técnica a qual mescla apoios, pressão manual e deslizamentos no tecido miofascial. o Necessita da resposta do corpo do paciente para determinar a duração, profundidade e direção da pressão exercida sobre o tecido. o O toque realizado com as mãos é a sobrecarga inicial colocada sobre o tecido, a partir da qual se esperam as respostas bioquímicas e mecânicas. o A liberação miofascial é realizada através da combinação de três movimentos: movimento tracional de deslizamento, fricção e amassamento. o Eles são realizados de forma a alongar o músculo e as fáscias obtendo assim como objetivo final o relaxamento de tecidos tensos. o O fisioterapeuta encontra a área de tensão, um alongamento é aplicado à área contraturada, espera-se o tecido relaxar e, em seguida, o alongamento é aumentado. O processo é repetido até que a área esteja totalmente relaxada e então a próxima área é tratada.

AULA PRÁTICA

TLP

POSICIONAMENTO DO PACIENTE

POSICIONAMENTO DO TERAPEUTA/CONTATOS

EXECUÇÃO DA TÉCNICA

Em pé, do lado contrário do músculo a ser inibido. A mão craniana segura à região anterior do ombro. Mão podálica contorna o punho do paciente Em pé, do mesmo lado a ser inibido. Mão cefálica na região anterior do ombro. Mão podálica no cotovelo.

Realiza uma depressão escapular (aproximar a escápula à região dorsal inferior) de maneira passiva. “punho em direção ao quadril oposto” Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave Realiza aproximação da escápula em direção a região occipital (aproximar o ombro e orelha). Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave

GRANDE DORSAL O: Processo espinhoso de T7 a L5, crista sacral, crista ilíaca, 4 últimas costelas I: Linha bicipital do úmero

Decúbito ventral

TRAPÉZIO FIBRAS SUPERIORES O: Osso occipital e ligamento nucal (processos espinhosos) I: terço lateral clavícula, acrômio

Decúbito dorsal Abdução de 60º de ombro Flexão de cotovelo

TRAPÉZIO FIBRAS INFERIORES O: processos espinhosos vértebras torácicas medias e inferiores (T4 a T12) I: Base da espinha da escápula

Decúbito ventral

Em pé, do lado contrário do músculo a ser inibido. Mão craniana segura à região anterior do ombro. Mão podálica apoia torácica inferior.

Realiza uma depressão escapular (aproximar a escápula à região dorsal inferior) de maneira passiva. “ombro em direção ao quadril oposto”. Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave

PEITORAL MAIOR O: esterno anterior e cartilagem das seis primeiras costelas I: superfície lateral úmero (abaixo da cabeça umeral)

Decúbito dorsal Adução Horizontal (mão do lado a ser inibida no ombro oposto)

Em pé, do mesmo lado a ser inibido. Mão no cotovelo.

Realiza aproximação do ombro ao esterno de maneira passiva. Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave

PEITORAL MENOR O: Da 2° a 5° costelas I: Processo coracóide

Decúbito dorsal Braço ao longo do corpo

Em pé, do lado contrário a ser inibido. Mão craniana segura na região posterior do ombro. Mão caudal segura na região na região distal do antebraço.

Realiza a aproximação do ombro em direção ao quadril oposto de maneira passiva. Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave

Decúbito ventral Abdução de ombro 90º

Em pé, do lado contrário a ser inibido.

Realiza aproximação da escapula da região dorsal de maneira passiva.

ROMBÓIDE

O:Processos espinhosos de C7 à T4 I: Borda medial da escápula PIRIFORME O: superfície anterior do sacro I: Trocânter maior lateralmente

Cotovelo fletido Mão apoiada acima cabeça Decúbito ventral Na borda da maca

GLÚTEO MÁXIMO O: Ílio, Sacro e Cóccix I: Linha áspera e trato Iliotibial

GLÚTEO MÉDIO O: Ílio I: Trocanter Maior PSOAS O:Corpos vertebrais de T12 a L5 e processos transversos de L1 a L5. I: Trocânter Menor

SÓLEO O: margem medial da tíbia e parte posterior da cabeça da fíbula I: Tendão do calcâneo



Mão cefálica fixa escápula oposta. Mão podálica no ombro Do mesmo lado a ser inibido

Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave Realiza uma flexão de quadril a 100° associado a uma abdução e uma rotação externa. Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave

Decúbito ventral

Do lado a ser inibido

Decúbito ventral

Em pé, do lado a ser inibido Mão cefálica na região anterior da coxa Mão podálica no tornozelo Em pé, do mesmo lado a ser inibido Mão cefálica na face anterior do joelho Mão podálica no pé

Realiza uma extensão associado a uma abduçãoe rotação externa Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave Realiza uma abdução. Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave Realiza uma flexão de quadril e joelho. Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave, pedindo para o paciente empurrar sua mão com o calcanhar.

da

Decúbito dorsal Dois MMII fletidos e pé apoiado na maca

Decúbito ventral Joelho flexão de 60º

Em pé do mesmo lado a ser inibido Mão cefálica na face plantar (indicador acompanha a face) Mão podálica sustenta região distal da tíbia.

Realiza a flexão plantar passiva Solicitar 3 ciclos respiratórios, e a cada final da expiração realizar apneia respiratória de 3 a 5s Retorno lento e suave, pedindo para o paciente empurrar sua mão com o calcanhar.
Aula 9 - Dor miofascial e TLP

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