2) Dor abdominal - Monique

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DOR ABDOMINAL

Dor de percepção abdominal, não necessariamente de origem deste local. ✓ Aguda

✓ Subaguda e crônica

DOR ABDOMINAL

Tipos ✓ Visceral- mal definida e de difícil localização ✓ Parietal/ somática- é intensa e facilmente localizada ✓ Referida- qualquer dor distante da víscera enferma

ETIOLOGIA ✓ Anatomia

✓ Causas abdominais e extra-abdominais ✓ Processo desencadeante

Anatomia

Anatomia

Anatomia Colecistite Colangite Pancreatite Pneumonia/ Empiema

QSD Pleurisia/ Pleurodínia Abscesso subdiafragmático Hepatite

Anatomia

Anatomia

Anatomia Infarto esplênico Ruptura esplênica Abscesso esplênico

QSE

Gastrite Úlcera Gástrica Pancreatite Abscesso subdiafragmático

Anatomia

Anatomia

Anatomia Apendicite Salpingite Hérnia Inguinal

QID

Gravidez Ectópica Nefrolítiase Doença Inflamatória Intestinal Linfadenite Mesentérica

Anatomia

Anatomia Diverticulite Salpingite Hérnia Inguinal

QIE Gravidez ectópica Nefrolitíase Síndrome do Intestino Irritável Doença Inflamatória Intestinal

Anatomia

Anatomia Úlcera Péptica Gastrite Refluxo Gastroesofágico

Epigástrica

Pancreatite Infarto Agudo do Miocárdio Pericardite Aneurisma de Aorta Abdominal roto

Anatomia

Anatomia

Apendicite precoce

Periumbilical

Gastroenterite Obstrução intestinal Aneurisma de Aorta Abdominal roto

Anatomia

Anatomia

Gastroenterite Isquemia Mesentérica Obstrução intestinal Síndrome do Intestino Irritável

Difusas

Peritonite Diabetes

Pl

Malária Febre Familiar do Mediterrâneo Distúrbios Metabólicos Distúrbios Psiquiátricos

DOR ABDOMINAL

✓ Causas abdominais ✓ Causas extra- abdominais

Causas abdominais Gastrointestinais

Apendicite, obstrução intestinal, perfuração intestinal, isquemia mesentérica, diverticulite, doença inflamatória intestinal

Pâncreas, vias biliares, fígado e baço

Pancreatite, colecistite aguda, colangite, hepatite, abscesso hepático, ruptura esplênica, tumores hepáticos hemorrágicos

Peritoneal

PBE (peritonite bacteriana espontânea), peritonites secundárias

Urológica

Cálculo ureteral, cistite e pielonefrite

Retroperitoneal

Aneurisma de aorta e hemorragias

Ginecológica

Cisto ovariano roto, gravidez ectópica, endometriose, torção ovariana, salpingite, rotura uterina

Parede abdominal

Hematoma do músculo reto abdominal

Causas extra-abdominais Torácicas

IAM, pneumonia, infarto pulmonar, embolia, pneumotórax, pericardite, derrame pleural

Hematológica

Crise falciforme, leucemia aguda

Neurológica

Herpes Zoster, compressão de raiz nervosa

Metabólica

Cetoacidose diabética, porfiria, hiperlipoproteinemia, crise addisoniana

Relacionada a intoxicações

Abstinência de narcóticos, intoxicação chumbo, picada de cobra e insetos

Etiologia desconhecida

Fibromialgia

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

Inflamatório

Perfurativo

Obstrutivo

Vascular Hemorrágico

Inflamatório

✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

Apendicite, Colecistite aguda, Pancreatite aguda, Diverticulite, Doença inflamatória intestinal, Peritonites, Outros

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

Perfurativo

✓ Úlcera péptica ✓ Neoplasia gastrointestinal perfurada, ✓ Amebíase, ✓ Febre tifoide, ✓ Divertículos de cólon, ✓ Outros

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

Obstrutivo

✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

Aderências intestinais, Hérnia estrangulada, Fecaloma, Obstrução pilórica, Volvo, Intussuscepção, Cálculo biliar, Corpo estranho, Bolo de áscaris, Outros

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

Torção completa de uma alça intestinal ao redor da fixação mesentérica

Uma parte do intestino se invagina sobre outra seção do intestino

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

Vascular

✓ ✓ ✓ ✓

Isquemia intestinal, Trombose mesentérica, Torção do omento, Torção do pedículo de cisto ovariano, ✓ Infarto esplênico, outros

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

Hemorrágico

✓ Gravidez ectópica rota, ✓ Ruptura do baço, ✓ Ruptura de aneurisma da aorta abdominal, ✓ Cisto ovariano hemorrágico, Necrose tumoral, ✓ endometriose, ✓ Outros

CLASSIFICAÇÃO DO ABDÔMEN AGUDO

ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO

Dor de Origem Abdominal Síndrome do Abdome Agudo Abdome Agudo Obstrutivo

APENDICITE Principal causa de cirurgias abdominais na urgência. Obstrução da luz do apêndice, seguida de inflamação, infecção secundária e necrose, evoluindo para perfuração do órgão.

APENDICITE Exame Físico ✓ Dor abdominal peri-umbilical, irradiada para fossa ilíaca direita.

✓ Geralmente associada a náuseas e vômitos, inapetência e febre baixa

APENDICITE Inspeção: Em geral normal Ausculta: Ruídos hidroaéreos reduzidos ou ausentes- íleo paralítico Percussão: Pode ser dolorosa Palpação: Dor à palpação profunda Dor à descompressão da fossa ilíaca direita

APENDICITE

Sinal de Rovsing (dor referida na FID após compressão do hemi-abdômen esquerdo, levando a distensão do ceco).

Sinal de Blumberg (dor à descompressão brusca no ponto de Mc Burney)

Sinal do Psoas

Paciente em decúbito lateral esquerdo Quando é positivo? Dor no QID do abdome ao ter a coxa estendida pelo examinador.

Sinal do Obturador

Sinal indicador de irritação do m. obturador interno. Paciente em decúbito dorsal Flexão passiva da pelve sobre a coxa e da coxa sobre a pelve. Rotação interna da coxa Quando é positivo? Dor no hipogastro. Maior sensibilidade nas apendicites com posição retrocecal, aderida ao m. obturador.

COLECISTITE AGUDA ✓ Dor secundária à distensão, inflamação e infecção biliar por obstrução do ducto cístico. ✓ Principal causa: litíase (90%). ✓ 75% dos pacientes apresentam antecedentes de cólica biliar e diagnóstico de colecistite crônica calculosa. ✓ A colecisitite acalculosa é responsável por 5% dos casos. Está associada a jejum prolongado (traumatismo, cirurgia ou hiperalimentação parentereal e a consistência viscosa da vesícula).

COLECISTITE AGUDA ✓ Dor no epigástrio ou hipocôndrio direito , que aumenta gradativamente de intensidade e se localiza na área da vesícula biliar. ✓ Ao contrário da cólica biliar, a dor da colecistite aguda não desaparece espontaneamente. ✓ São comuns anorexia, náuseas, vômitos, febre e hiperestesia subcostal direita, além de sinal de Murphy +. Icterícia pode estar presente (20%).

COLECISTITE AGUDA

Inspeção, ausculta e percussão: Em geral normais Palpação: Vesícula palpada (e dolorida) em 1/3 dos pacientes (inflamada e dolorida).

COLECISTITE AGUDA Sinal de Murphy (aumento da hiperestesia sub-hepática e parada respiratória durante inspiração profunda).

COLANGITE ✓ Fisiopatologia: Obstrução do ducto biliar principal, seguido de infecção secundária, o qual irá acometer o fígado disseminarse para todo o organismo, evoluindo para quadros graves e fatais. ✓ Principal causa de obstrução do ducto biliar principal: coledocolitíase. ✓ Outras causas: estenoses, neoplasias, parasitas, manipulação da via biliar.

COLANGITE

✓ Dor em hipocôndrio direito aguda, em cólica e contínua ✓ Dor no hipocôndrio direito, febre e icterícia (Tríade de Charcot) ✓ Quando não tratada pode evoluir para confusão mental e sepse (Pêntade de Raynauds).

DIVERTICULITE ✓ Inflamação ou infecção do divertículo decorrente da oclusão do seu óstio por fezes ou resíduos alimentares, podendo levar à perfuração. ✓ Mais frequente em homens e à esquerda ✓ Qualidade da dor: em cólica ou constante ✓ Sintomas associados: Febre, náuseas, vômitos, constipação Outros: obstrução, perfuração, fístulas ✓ Sintomatologia variável (conforme localização). Pode evoluir com pneumoperitônio (se perfurado) ou abscessos em flanco e bloqueios abdominais.

DIVERTICULITE Inspeção: Em geral normal Ausculta: Ruídos hidroaéreos reduzidos ou ausentes- íleo paralítico Percussão: Em geral normal Palpação: Dor à palpação profunda Presença de massa abdominal Dor à descompressão se houver peritonite

PANCREATITE AGUDA Distúrbio inflamatório do pâncreas associado a edema, autodigestão, necrose e, hemorragia

Causas mais comuns (80%): alcoolismo e coledocolitíase Passagem do cálculo pelo ducto biliar comum

PANCREATITE AGUDA Outras causas: ✓ Hiperlipidemias ✓ Viroses (caxumba, HIV, coxsackie B) ✓ Traumas abdominais ✓ Cirurgias abdominais ✓ Vasculites ✓ Tumores pancreáticos ✓ Parasitoses intraductais (áscaris) ✓ Drogas ✓Venenos de algumas aranhas e escorpião, ...

PANCREATITE AGUDA Quadro clínico: ✓ Dor no andar superior do abdômen que pode irradiar-se para o dorso ✓ Dor contínua, associada ou não a icterícia ✓ Vômitos são frequentes e precoces (compressão do pâncreas sobre o duodeno e estômago) ✓ Distensão abdominal é comum ✓ Quadros graves: hipotensão arterial, taquicardia, sudorese, febre, torpor e coma.

PANCREATITE AGUDA Incidência dos sinais e sintomas da pancreatite aguda Sinais/ Sintomas

Incidência (%)

Dor abdominal

85-100

Irradiação para o dorso

50 (metade)

Náuseas/ Vômitos

54-92

Febre

12-80

Hipotensão arterial

1-60

Massa palpável

6-20

Icterícia

8-20

Adaptado de RANSON JHC. Acute pancreatitis. Current practice of gastrointestinal and abdominal surgery, 1994

PANCREATITE AGUDA Inspeção: Distensão abdominal Sinais de Grey Turner e Cullen (raros) Ausculta: Redução ou ausência de ruídos hidroaéreos Percussão: Macicez móvel e piparote positivo (na ascite- raro) Palpação: Dor à palpação profunda em abdome superior Massa epigástrica (pseudocisto)

•Sinal de Piparote: Coloca- se a mão do paciente no centro do abdômen e o médico dá um peteleco e sente a onda vibratória. É usado para ascite de grande monta.

•Macicez móvel de decúbito: O paciente em decúbito dorsal apresenta uma área central timpânica e lateral maciça. Ao colocar o paciente em decúbito lateral e percutir observa-se macicez. É usado para ascite moderada.

PANCREATITE AGUDA

Sinal de Grey Turner (pigmentação dos flancos)

Sinal de Cullen (equimoses na região periumbulical)

Decorrentes da dissecção do tecido retroperitoneal por hemorragia

DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA ✓ Dor por infecção polimicrobiana de trato genital superior (foco uretral, vaginal ou cervical). ✓ É comum corrimento, sangramento vaginal, dispaurenia e disúria, febre e náuseas/ vômitos. ✓ Exame físico: Febre Dor à palpação de descompressão brusca no baixo ventre Dor à palpação de colo uterino e anexos Corrimento cervical (branco, amarelado).

Podem MIMETIZAR abdome agudo inflamatório... Síndromes diarreicas

✓ Dor abdominal (difusa) ✓ Diarréia ✓ Exame físico: febre, RHA aumentados, dor difusa à palpação, sem dor à descompressão.

ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO

Dor de Origem Abdominal Síndrome do Abdome Agudo Abdome Agudo Obstrutivo

OBSTRUÇÃO INTESTINAL Obstáculo que dificulta ou impede o trânsito intestinal Principal causa (75%)- aderência entre alças, provenientes de cirurgias abdominais prévias Outras causas: hérnias, fecalomas, neoplasias, doença de Crohn, volvos, intussuscepção, íleo biliar

OBSTRUÇÃO INTESTINAL Quadro clínico

✓ ✓ ✓ ✓

Dores abdominais difusas tipo cólica Náuseas/ vômitos Parada da da eliminação de flato e fezes Distensão abdominal progressiva

Os vômitos são inicialmente com conteúdo gástrico, seguido de bile, chegando até a característica fecalóide.

OBSTRUÇÃO INTESTINAL Exame Físico Inspeção: Grande distensão abdominal Possível herniação inguinal Ausculta: Ruídos incialmente aumentados (com timbre metálico), podendo estar ausentes (quadro avançado) Percussão: timpanismo Palpação: Dor difusa à palpação Possível herniação inguinal

ABDOME AGUDO VASCULAR

Dor de Origem Abdominal Síndrome do Abdome Agudo Abdome Agudo Obstrutivo

ISQUEMIA MESENTÉRICA ✓ A isquemia mesentérica aguda é a perda súbita do suprimento arterial, geralmente decorrente de um tromboembolismo. ✓ Pode acometer o tronco celíaco, artéria mesentérica superior ou a inferior ou seus ramos menores ✓ O evento pode ser catastrófico, levando a infarto, necrose e morte de grandes porções ou até de todo o trato digestório.

ISQUEMIA MESENTÉRICA

ISQUEMIA MESENTÉRICA Anamnese Dor abdominal súbita e intensa na região periumbilical, que evolui para abdome agudo franco. Pode estar associado a vômitos fecalóides e diarreia com muco.

ISQUEMIA MESENTÉRICA FATORES DE RISCO Idade Cardiopatias Doenças vasculares Fibrilação Atrial Doenças valvares Hipercoagulação

ISQUEMIA MESENTÉRICA Exame Físico

Geral: Febre, taquicardia, hipotensão, taquipnéia Tórax: Ausculta- ritmo cardíaco irregular- FA? Abdome: Inspeção e percussão: em geral normais Ausculta Palpação: dor à palpação profunda difusa

ABDOME AGUDO PERFURATIVO

Dor de Origem Abdominal Síndrome do Abdome Agudo Abdome Agudo Obstrutivo

Peritonite química por perfuração de víscera oca Causa mais frequente: Úlcera péptica Outras causas ✓ Neoplasia gastro-intestinal perfurada ✓ Amebíase ✓ Febre tifoide ✓ Divertículos de cólon,...

ANAMNESE ✓ Epigastralgia de longa data com piora recente e dor de início súbito, em andar superior, generalizando a todo o abdome. ✓ Pode existir história de uso de AINH. ✓ Sintomas associados Náuseas e vômitos- frequentes Distensão abdominal

Exame físico Geral Hipotensão/ choque hipovolêmico Taquicardia Sudorese Atitude: Imobilidade Abdome Inspeção Ausculta: Ruídos hidroaéreos reduzidos ou abolidos Percussão Sinal de Jobert Palpação Abdome em tábua Dor à descompressão difusa

Sinal de Jobert Perda da macicez à percussão na projeção hepática.

ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO

Dor de Origem Abdominal Síndrome do Abdome Agudo Abdome Agudo Obstrutivo

ANEURISMA DE AORTA ABDMINAL ROTO ✓ Ruptura de aneurisma (dilatação com diâmetro em geral superior a 3cm) na aorta abdominal, com exanguinação para o peritônio; ✓ É a complicação mais frequente e grave dos AAA ✓ Pode chegar a 80% de mortalidade

ANEURISMA DE AORTA ABDMINAL ROTO ✓ Dor abdominal SÚBITA, de FORTE INTENSIDADE (ou dor lombar), podendo irradiar-se para fossa ilíaca.

✓ Exame Físico Geral: Hipotensão/choque Mucosas descoradas Pulsos femorais e distais ausentes Abdome: Palpação: Massa pulsátil em mesogastro

GRAVIDEZ ECTÓPICA

Presença de ruptura de gestação em tuba uterina Dor pélvica e abdominal, presente em 95% dos casos. Pode ocorrer em qualquer região do abdome, sendo mais frequente na região pélvica Sintomas associados: amenorreia, sangramento vaginal anormal, dor cervical ou escapular (irritação diafragmática).

GRAVIDEZ ECTÓPICA

EXAME FÍSICO Geral: Hipotensão/ Choque Mucosas descoradas Abdome: Dor à palpação profunda em abdome inferior Exame ginecológico: Abaulamento do fundo de saco Massa pélvica palpável

OUTRAS CAUSAS (Abdome agudo hemorrágico) Trauma abdominal

Ruptura de baçoDor aguda na região abdominal esquerda Geralmente associado a queda de pressão arterial e choque hipovolêmico

OUTRAS CAUSAS (Abdome agudo hemorrágico) Trauma abdominal

Ruptura de baçoCausas ✓ Traumatismo direto na região abdominal esquerda ✓ Acidentes automobilísticos ✓ Acidentes desportivos ✓ Em decorrência de uma cirurgia bariátrica em pacientes obesos

Dores de origem extraabdominais

1- Torácicas ✓ Infarto, angina ✓ Pneumonia ✓ Pericardite ✓ TEP ✓ Dissecção de aorta 2- Neurogênicas ✓ Herpes Zóster 3- Endócrinas/ metabólicas ✓ Cetoacidose ✓ Porfiria intermitente aguda 4- Genito-urinárias ✓ Pielonefrite ✓ Cólica reno-ureteral ✓ Torção testicular

OUTRAS CAUSAS ABDOMINAIS

DOR ABDOMINAL CRÔNICA

RETOCOLITE ULCERATIVA Na retocolite ulcerativa a inflamação é difusa e inespecífica, confinada à mucosa e submucosa da parede do trato gastrointestinal (TGI), restrita ao cólon e reto a transição entre tecido acometido e tecido normal nítida e bem demarcada.

RETOCOLITE ULCERATIVA A RCUI pode-se apresentar como uma doença confinada ao reto ou estender-se proximalmente, envolvendo todo o cólon (Pancolite). Aproximadamente 45% dos pacientes têm inflamação limitada à região retossigmóide, 35% têm inflamação envolvendo todo o cólon esquerdo, e outros 20% apresentam acometimento além da flexura esplênica.

RETOCOLITE ULCERATIVA

RETOCOLITE ULCERATIVA Anamnese Dor abdominal, em cólica

Início insidioso ou abrupto, com evolução crônica e períodos de acalmia Sintomas associados: diarreia, hematoquesia, pus, perda de peso e febre

RETOCOLITE ULCERATIVA Exame Físico: Forma leve ou remissão: pode ser normal Doença ativa: abdômen doloroso e distensão de cólon Dilatação tóxica: timpânico, distendido e doloroso Exame retal: pode ser bastante doloroso.

DOENÇA DE CROHN É uma inflamação crônica que compromete todo o tubo digestivo, da boca até o reto e o ânus, embora a porção terminal do intestino delgado – o íleo – seja a parte mais afetada, assim como o segmento inicial do intestino grosso – o ceco. A inflamação costuma ser DESCONTÍNUA E TRANSMURAL.

DOENÇA DE CROHN

DOENÇA DE CROHN

DOENÇA DE CROHN ✓ Dor em FID contínua, noturna ✓ Fatores de agravo: alimentação ✓ Fatores de alívio: defecação ✓ Outros sintomas: Vômitos, fístulas, diarréia, obstrução parcial (constipação ou cólicas e dor periumbilical aliviada com defecação).

Diarréia

Alta: 4-6 evacuações, noturna, líquida, esteatorréia, sem sangue Baixa: mais frequente, com sangue, tenesmo e urgência

DOENÇA DE CROHN

O exame físico pode ser normal Inspeção: distensão abdominal Palpação: Pode ser dolorosa Massas, em geral em FID- plastrão Região perianal: fissuras, fístulas, abscessos, estenoses

Síndromes dolorosas crônicas

ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA

Geralmente á causada por arteriosclerose e leva a angina abdominal. Caracterizada por dores abdominais após as refeições, podendo levar a quadros de desnutrição devido a recusa alimentar.

ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA

Anamnse: ✓ Dor difusa, mesogástrica ou epigástrica, desencadeada pela alimentação, com duração de 1-3h ✓ Qualidade da dor: cólica, peso ou empachamento ✓ Sintomas associados: emagrecimento e diarréia às vezes presente

ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA

Exame Físico Presença de sinais periféricos de obstrução arterial crônica

Abdome Ausculta: Sopro ou frêmito abdominal pode ser um indicativo

CÓLICA BILIAR Dor resultante da contração da vesícula biliar durante a obstrução transitória do ducto cístico por cálculos.

CÓLICA BILIAR ✓ Dor tipicamente do tipo cólica no epigastro e hipocôndrio direito, associada a náuseas e vômitos e duração menor que 6 horas. ✓ Fatores de agravo: alimentos gordurosos ✓ Exame físico habitualmente normal

PANCREATITE CRÔNICA Destruição lentamente progressiva dos ácinos pancreáticos, com graus variados de inflamação, fibrose, dilatação e deformação dos ductos pancreáticos

Principal causa: *(EUA)- alcoolismo (adultos) e fibrose cística (crianças) * nos países em desenvolvimento-desnutrição proteico-calórica

PANCREATITE CRÔNICA

Sinais e sintomas Dor abdominal Perda ponderal Diabetes Melitus Esteatorréia Icterícia Pseudocisto palpável Ascite pancreática Hemorragia digestiva

PANCREATITE CRÔNICA

Dor abdominal de moderada a intensa, embora a dor seja leve ou mesmo ausente em alguns pacientes A dor pode localizar-se no dorso ou irradiar-se para o dorso, como na pancreatite aguda. A perda ponderal pode resultar de anorexia ou de má absorção associada (esteatorréia)

PANCREATITE CRÔNICA

Considerando a localização do pâncreas e estruturas adjacentes, pode resultar em: ✓ Aprisionamento do colédoco devido a fibrose, produzindo ICTERÍCIA OBSTRUTIVA

✓ Trombose de veia esplênica, ocorrendo HEMORRAGIA GASTROINTESTINAL

PANCREATITE CRÔNICA

A dor e a massa abdominal podem estar associadas a pseudocisto. Quando a destruição da glândula é > 90%, ocorrem má absorção e insuficiência endócrina, com diabetes melito.

PANCREATITE CRÔNICA Exame Físico Geral: Desnutrição Olhos e pele: Icterícia pode estar presente Abdome: Inspeção/ Ausculta: sem alterações Percussão: macicez móvel e piparote positivo (possível presença de ascite) Palpação: Massa palpável (pseudocisto pancreático).

SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL

✓ Alteração funcional do trato gastrointestinal sem quaisquer alterações bioquímicas ✓ Afeta 14-24% das mulheres e 5-19% dos homens ✓ Início na adolescência e adultos jovens

SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL Anamnese: Dor intermitente, sem irradiação, em cólica, no abdome inferior Fatores de agravo Geralmente 1-2h após as refeições Piora com estresse Fatores de alívio Defecação Sintomas associados Diarréia e/ou constipação Fezes pastosas ou líquidas Exame físico Pode haver distensão abdominal

FCMG-1991 Não é sinal de colangite aguda: a) Dor abdominal 08:30-12 b) Icterícia c) Hipertensão arterial d) Febre e calafrios e) Confusão mental e letargia

CASO CLÍNICO Uma mulher de 74 anos é atendida na emergência com dor abdominal intensa, difusa, severa e constante em todo o seu abdome há 1 dia. Hoje, sente-se enjoada e teve duas evacuações líquidas que eram castanhos escuros. Relata nunca ter tido dor semelhante anteriormente.

Ela nega ter febre, traumas, sintomas urinários, corrimento vaginal ou sangramento. Nega ainda qualquer tipo de dor no peito, falta de ar ou dor nas costas.

Ela tem uma história clínica de fibrilação atrial, infarto do miocárdio há dois anos atrás (sendo colocados dois stents), hipertensão e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ela admite ser fumante e fumou 1 a 2 maços de cigarro por dia, durante pelo menos 50 anos. Nega uso de drogas. Nega história de cirurgia abdominal prévia.

Faz uso de warfarina (anticoagulante), atenolol (β-Bloq), um ipratrópio / salbutamol inalatório, lisinopril (IECA 2ª geração), um polivitamínico e hidroclorotiazida (diurético tiazídico). Ela admite que muitas vezes deixou de tomar seus medicamentos e recentemente largou a warfarina. Nega alergias a medicamentos conhecidos.

Exame físico: TAX: 37,4 °C, FC: 118 bpm, PA: 100/60 mm Hg, FR: 22, Sat de O2: 93% em ar ambiente REG, LOC , eupneica, com fáscies de dor AC: ritmo cardíaco irregular, sem sopros AP: sibilância expiratória ao longo dos campos pulmonares bilaterais. AB: Discretamente doloroso à palpação difusa. Sem sinais peritoneais, massas palpáveis ou pulsações anormais no exame. Toque retal: fezes castanho-escuro que é negativa para sangue oculto. Extremidades quentes, pulsos pediosos bilaterais (+).

HISTÓRIA E EXAME FÍSICO SÃO FUNDAMENTAIS! ✓ Dor abdominal repentina desproporcional ao exame físico. ✓ Histórico de fibrilação atrial e doença vascular com baixa adesão ao tratamento.

ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA

Revisando... FATORES DE RISCO Idade Cardiopatias Doenças vasculares Fibrilação Atrial Doenças valvares Hipercoagulação

A angio-TC mostrou uma embolia em artéria mesentérica superior com gordura perientérica, ascite e espessamento de parede, bem como pneumatose intestinal e ar na veia mesentérica superior e ar no sistema venoso portal.
2) Dor abdominal - Monique

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