Aula 5 - Osteoarticular II - Afecções articulares

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Introdução - Articulações q Articulação sinovial (diartrodial) q Extremidades ósseas opostas, cada uma

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UNB FACULDADE DE AGRONOMIA E VETERINÁRIA – FAV

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

OSTEOARTICULAR II Afecções articulares Prof. Jair Costa

Introdução – Articulações sinoviais

recoberta por cartilagem e circundada por cápsula articular q Membrana sinovial § Secreção de líquido articular § Lubrificante § Ligamentos intra-articulares § Coxins de gordura

Introdução – Articulações sinoviais

Impossibilidade de vizualização de estruturas moles (normalmente)

Introdução - Articulações

DOENÇAS ARTICULARES

Enfermidades que afetam direta ou indiretamente as articulações

Doença Articular Degenerativa - DAD q Perda e/ou fragmentação da cartilagem

articular Alterações inflamatórias e infecciosas Alterações congênitas

Alterações de desenvolvimento

Doença Articular Degenerativa

§ Remodelamento ósseo subcondral

q Osteoartrose § Processo degenerativo primário Ø Ausência de uma condição predisponente § Processo degenerativo secundário Ø Agravamento de alguma condição prévia

q Osteófito

1

Doença articular degenerativa - DAD

Doença articular degenerativa - DAD

Sinais radiográficos

Sinais radiográficos

q Estreitamento do espaço articular § Relativo (condições que se assemelham ao alargamento articular)

Estreitamento ou perda total do espaço articular

q Neoformações ósseas § Osteófitos § Requer mais tempo

Proliferação óssea periosteal

q Remodelação óssea q Distensão da cápsula articular q Subluxações podem ocorrer

Doença articular degenerativa - DAD

Formação de osteófitos marginais

Doença articular degenerativa - DAD

Sinais radiográficos Irregularidades no osso subcondral

Lise ou Esclerose do osso subcondral

Doença articular degenerativa - DAD

Doença articular degenerativa - DAD

2

Doença articular degenerativa - DAD

Doença articular degenerativa - DAD

Turbay, 2012

Doença articular degenerativa - DAD

Tomografia computadorizada do joelho

ALTERAÇÕES INFECCIOSAS E INFLAMATÓRIAS Artrites sépticas e assépticas

Turbay, 2012

Artrite

Séptica

Artrites infecciosas

•  Hematógena: Infecção do cordão umbilical •  Local: ferimentos, infiltrações (injeção intra-articular)

q Infecção articular § Feridas ou dispersão de estruturas vizinhas § Hematógena q Distensão da cápsula articular § Dor

q Aspectos radiográficos § Poucas evidências em casos agudos § Perda do detalhamento das estruturas internas § Reação periosteal e osteomielite (osteoartrite) Vieira, 2009

3

Artrite

Artrite

Pedersen et al., 2004

Artrite

Asséptica • Traumática (Ma conformação óssea, aprumos irregulares) •  Imunomediada (prognóstico ruim)

Artrite

O exame radiográfico NÃO pode ser utilizado como única ferramenta para confirmar o diagnóstico

auxílio diagnóstico e prognóstico

Luxações

ALTERAÇÕES CONGÊNITAS Luxação congênita patelar

q Perda do contato entre duas extremidades

que se articulam §  Necessidade

de duas ou mais projeções

radiográficas q Muitas vezes existe histórico de traumatismos q Processos congênitos/degenerativos q P ode estar associada a fraturas bem

evidentes ou não q Subluxação (deslocamento parcial)

4

Luxação

Luxação

Luxação congênita patelar

Luxação congênita patelar

Causas etiológicas q Má formação troclear femoral

q Principalmente em cães §  Pequeno porte: medial

q Alinhamento deficiente femorotibial

§  Grande porte: lateral

q Rotação medial da tíbia q Combinação destes fatores

q Projeções: §  Cranio-caudal, medio-lateral e skyline (tangencial) §  Diagnóstico radiográfico após 3 meses

q P ode evoluir para deformidades ósseas

graves, fraturas e lesões de ligamentos

q Doença Articular Degenerativa – DAD q Diagnóstico clínico §  Tentativa de deslocamento patelar medialmente

(pequenos) ou lateralmente (grandes) §  Posição normal no momento do exame radiográfico

Luxação congênita patelar

Luxação congênita patelar

Turbay, 2012

5

Luxação congênita patelar

Luxação congênita patelar

Luxação congênita patelar

Luxação congênita patelar

Projeção Tangencial “Skyline”

Projeção “Skyline” Projeção Cranio-caudal Kealy e McAllister, 2005

Kealy e McAllister, 2005

Luxação congênita patelar

Turbay, 2012

Luxação congênita patelar

Turbay, 2012

6

Necrose Asséptica da Cabeça Femoral - NACF

ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO

q Comum em animais de pequeno porte § Poodle e Yorkshire: genético q Pode ser uni ou bilaterais q Perda do suprimento vascular epifisário

Necrose asséptica da cabeça femoral Displasia do cotovelo Displasia coxofemoral

§ Etiologia incerta § Redução do suprimento sanguíneo § Isquemia/Necrose

NACF

Aspectos radiográficos

NACF

1

q Radiopacidade óssea diminuída § Osteólise na cabeça femoral

Osteólise do osso subcondral da epífise proximal do fêmur

q A chatamento da cabeça femoral e

arrasamento acetabular q Pode haver fragmentação da cabeça

femoral q Aumento de espaço articular q Sinais de DAD

NACF

2

Alteração morfológica da cabeça, colo femoral e acetábulo

NACF

Atrofia muscular da região femoral

3

4

Doença degenerativa articular/ subluxação

Kealy e McAllister, 2005

7

NACF

Displasia do Cotovelo q Qualquer desordem do desenvolvimento

ou relativo ao crescimento do cotovelo § Não-união do processo ancôneo § Processo coronóide fragmentado § Osteocondrose do úmero distal

Kealy e McAllister, 2005

Displasia do Cotovelo

Displasia do Cotovelo

Não-união do processo ancôneo

Não-união do processo ancôneo

q Centro de crescimento § Fusão com a diáfise ulnar em 4 a 6 meses

q Achados radiográficos § Linha de separação radiotransparente entre

q Instabilidade e fragmentação

ulna e ancôneo

§ Pedaço solto na articulação Ø Acelera a degeneração

§ Linha de separação com margens escleróticas

Ø DAD

§ Sinais de DAD quando crônico

q Comumente bilateral q Projeção medio-lateral § Hiperflexionado

Displasia do Cotovelo

Displasia do Cotovelo

Processo coronóide fragmentado q Fragmentação do processo coronóide § Comumente bilateral § Difícil visualização § Projeção obliqua Ø Craniolateral-caudomedial

§ Pode estar ausente Normal Kealy e McAllister, 2005

8

Displasia do Cotovelo

Displasia do Cotovelo

Osteocondrose do úmero distal q Não-união do epicôndilo umeral medial q Defeito ósseo entre os epicôndilos § Linha radiotransparente § Craniocaudal

Kealy e McAllister, 2005

Displasia do Cotovelo

Displasia Coxofemoral q Condição osteoarticular que afeta cães e

gatos § Má formação articular que leva a instabilidade

coxofemoral Ø Incongruência entre cabeça femoral e acetábulo

§ Rápido crescimento esquelético § Instalação da DAD secundária

Kealy e McAllister, 2005

Displasia Coxofemoral

Displasia Coxofemoral

Exame radiográfico

q Comumente animais de grande porte § > 12Kg § Raros em gatos

q Avaliação coxofemoral

q Fatores genéticos e ambientais § Hereditária recessiva agravada por fatores

ambientais e inerentes ao animal Ø Piso, obesidade, exercícios, etc.

§ Recomenda-se castração

q Indicado em animais a partir de: § 4 meses (Téc. Distração) § 12 a 18 meses (Téc. Norberg) § Não emitir laudo final com menos de 2 anos Ø Demora da instalação dos sinais radiográficos em alguns animais Ø 95% dos animais displásicos são diagnosticados até esta idade

9

Displasia Coxofemoral

LAUDO:

Displasia Coxofemoral

Métodos de avaliação

Radiografia examinada por um dos radiologistas credenciados pelo COLÉGIO BRASILEIRO DE RADIOLOGIA VETERINÁRIA (CBRV). Recorrer a um segundo e último diagnóstico, submetido ao júri da Displasia Coxofemoral do Comitê Científico da Federação Cinológica Internacional.

q Interpretação radiográfica da articulação § Características radiográficas da articulação q Mensurações quantitativas § Ângulo de Norberg § Método de distração (Penn-Hip)

www.abrv.com.br

Displasia Coxofemoral

Displasia Coxofemoral

Achados radiográficos normais

Ângulo de Norberg

q Acetábulo profundo

q Método adotado a mais tempo § Utilizado até os dias atuais

q Cabeça femoral redonda e profunda § Pelo menos metade desta no acetábulo

q Contorno acetabular simétrico ao contorno

da cabeça femoral q Colo femoral liso e fino q Sem evidências de DAD

q Avaliação do ângulo entre a linha que une

o centro das cabeças femorais e a borda acetabular cranial q Deve ser maior que 105º

Displasia Coxofemoral / Ângulo de Norberg

Displasia Coxofemoral / Ângulo de Norberg

Exame radiográfico q Posicionamento em animal anestesiado § Ventrodorsal § Adequado posicionamento com ausência da dor § Rotação do membro § Centralização patelar

Enquadramento

Pontos de referência

Rotação medial dos membros

§ Alinhamento femoral

q Identificação impressa no filme

Tôrres et al., 2005

10

Displasia Coxofemoral / Ângulo de Norberg

Medidas Ângulo de Norberg

Normal: ≥

Displasia Coxofemoral / Ângulo de Norberg

Achados radiográficos

105o

Incongruência entre cabeças femorais e acetábulo Arrasamento acetabular Menos de 50% da cabeça do fêmur dentro do acetábulo Alterações morfológicas da cabeça e colo femorais (osteófitos) Subluxação e luxação Doença articular degenerativa Linha de opacidade na inserção capsular (Linha Morgan)

Displasia Coxofemoral / Ângulo de Norberg

Displasia Coxofemoral / Ângulo de Norberg

Displasia Coxofemoral / Ângulo de Norberg

Displasia Coxofemoral

Turbay, 2012

Linha Morgan

Método de Distração (Penn-Hip) q Avalia o grau de distração da articulação § Mede a frouxidão da articulação q Utilização de equipamento “distrator” q Avaliação precoce § Animais com meses já podem ser avaliados § Sem instalação de sinais de DAD § ID = 0,35

q Combinação de técnicas

11

Displasia Coxofemoral

Displasia Coxofemoral / Penn-Hip

Método de Distração (Penn-Hip)

Virklund Animal Clinic, 2012

Displasia Coxofemoral / Penn-Hip

Displasia Coxofemoral / Penn-Hip

Método de distração

. d.

r

ID = d/r

Classificação da Displasia Coxofemoral

CLASSIFICAÇÃO DA DISPLASIA COXOFEMORAL

Grau A (HD-) • Articulações coxofemorais normais • Acetábulo profundo • Cabeça do fêmur esférica • A cabeça femoral e o acetábulo são congruentes. • O ângulo Norberg ≥105º

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Classificação da Displasia Coxofemoral

Grau B (HD+/-)

Classificação da Displasia Coxofemoral

Grau C (HD+)

• Articulações coxofemorais próximas da normalidade • Cabeça femoral e o acetábulo são ligeiramente incongruentes • Ângulo de Norberg é de aproximadamente 105º ou ligeiramente menor

• Displasia coxofemoral leve • Cabeça femoral e acetábulo incongruentes (discreta subluxação) • Ângulo de Norberg é de >100 e
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