Reunião de acolhimento familiar - Pct Felipe Paes HD

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INSTITUTO FLUMINENSE DE SAÚDE MENTALo SERVIÇO DE HOSPITAL DIA PACIENTE: FELIPE PAES

REUNIÃO DE ACOLHIMENTO COM O PAI DO FELIPE PAES O pai do paciente relata que seu filho reclamou de um outro paciente, o Felipe Mattos, alegando que este está o incomodando e invadindo o seu espaço. É informado ao pai, que a equipe foi notificada pelo próprio Felipe Paes de como estava se sentindo e com isso toda a equipe foi comunicada que ao ver os dois juntos, será necessário fazer intervenções, mediando esse contato. Entretanto, é informado ao pai que a paciente Lucineide fez a mesma queixa com relação ao Felipe Paes, apontando que o mesmo estaria sendo incômodo no excesso de aproximação. O pai do paciente conta que estão passando por uma fase complicada em relação a vida financeira e reclama que o paciente está fazendo pré-vestibular, sem ter terminado o ensino médio. Relata que faltam seis matérias para que o filho termine e em sua opinião o mesmo está sendo precipitado em está fazendo pré-vestibular sem ter concluído o ensino médio, além disso em um momento inoportuno, completou com a seguinte frase: “ou ele ajuda ou ele não gasta. Até sair o dinheiro da indenização, não dá para gastar o dinheiro da passagem todos os dias”. Logo após, o pai do paciente fala sobre ser muito bem organizado com sua vida financeira, faz planilhas para controle, sabe exatamente a quantidade de dinheiro que possui e o quanto pode gastar. Conta que ficou irritado ao contar para o filho sobre a situação financeira que estavam passando, mostrando que tinham apenas um bife e três fatias de pão em casa para comer, sem saber sequer quando receberia, sendo necessário pedir dinheiro emprestado -coisa que detesta fazer, segundo o mesmo- e ao saber disso Felipe foi jogar. Devido a essa atitude do paciente, a posteriori o pai teve uma discussão com ele, ficando combinado após esta que o paciente irá fazer primeiro as seis provas e por decisão do próprio paciente irá sair do pré-vestibular para não ocupar uma vaga. O pai do pai paciente relata, que foi necessário até mesmo deixar de comprar os seus remédios e o remédio do Felipe Paes, a resperidona. O pai quer que o paciente tenha mais responsabilidade em sua vida, seja independente e arrume um trabalho, pois ainda não percebeu que cresceu. Para o pai, o paciente ficou feliz ao sair do trabalho para ter tempo de não fazer nada, relata que na época que o filho namorava chegou a dispensar um emprego, dizendo está ocupado, sendo essa ocupação ficar com a namorada. O pai do paciente pede para que seja tratada a questão do arrumar um trabalho com seu filho e para que ele faça as provas para concluir o ensino médio, pois tem medo que daqui alguns anos não esteja mais vivo e o filho não tenha responsabilidade com nada. É informado ao pai, que o paciente Felipe Paes ser convidado para

participar voluntariamente do teatro no Hospital Dia para Idosos, foi uma medida terapêutica para lhe dar um pouco de responsabilidade e o IFSM está fechando parcerias com empresas que disponibilizam vagas para PCDs, funcionando da seguinte forma, a empresa solicita candidatos, o Instituto indica e a empresa realiza o processo seletivo. É relatado ao pai do paciente, que o mesmo tem transtorno depressivo, ademais é psicótico esquizofrênico e em razão desta a contrariedade de viver em uma realidade própria e conseguir lidar com os limites sociais. O pai do paciente questiona se o filho terá condições de fazer musicoterapia e é informado que é uma possibilidade, o mesmo relata que nunca viu o filho motivado assim, é a primeira vez. Conta também que tem um filho adotivo esquizofrênico e que ter ciência do diagnóstico do Felipe não será um problema para ele, entretanto diz que a mãe não aceitaria sequer ouvir, pois a mesma diz para as pessoas que o filho trabalha no IFSM, está fazendo pré-vestibular para psicologia que é muito difícil e não aceita o fato de o filho tomar remédio controlado. A conversa se encerra com o pai do paciente agradecendo e reconhecendo os avanços do filho, desde que iniciou o tratamento no IFSM, como a convivência na sociedade, o pai relata que o paciente pouco falava na frente das pessoas e hoje em dia é notória a evolução do seu filho que já tocou em até Bloco Carnavalesco. Reafirma o pedido para que seja tratado com o paciente a questão do trabalho e a motivação para que ele faça as provas para conclusão do ensino médio.

Conversa com Felipe Paes: O paciente relata que irá gravar uma música no estúdio e que tem a possibilidade de acontecer um projeto no Centro de Convivência e Cultura de Niterói, no qual ele irá participar, se apresentando no Teatro Municipal e em sarau em diversos lugares. Conta que está passando por um momento de repensar a vida e por isso tem precisado conversar bastante com as psicólogas do IFSM, segundo ele isso porque é bastante auditivo, sendo assim, conversando se sente e pensa melhor, as psicólogas tem o ajudado. Relata que não se respeitava com o violão, tocava até mesmo sem está com vontade. Diz que foi um peso muito grande a saída da musicoterapeuta Cristiane do IFSM, sentiu muito e não quis impor a presença dele com a nova equipe, entretanto sabia que a abordagem da equipe com ele iria de acordo com a abertura dele com a equipe. Marthiene fala sobre a necessidade do paciente se responsabilizar com a própria vida. O paciente reponde dizendo que está gostando de ter responsabilidades, diz ter uma diferença muito grande entre o Felipe que não fazia nada e o Felipe que toma conta da própria vida. Ciita apresentação no bloco e o no baile de carnaval do IFSM, como algumas das responsabilidades,

segundo o paciente, esses seriam momentos nos quais ele travaria, caso acontecesse antes, mas ele ultrapassou barreiras, quando não travou. O paciente segue a conversa dizendo a seguinte frase: “ para arrumar a mente, tem que bagunçar primeiro”, logo após conta que teve uma conversa importante com a mãe, contou tudo que o incomodava, desde a infância, até os dias de hoje e acha que agora a mãe começou a entender um pouco. No carnaval o paciente disse que viajou e durante a viagem oscilou bastante, de muito bem, para muito quieto em pouco tempo, relatou que nos momentos que estava muito quieto pensava bastante sobre sua vida. Marthiene falou sobre o trabalho ser uma ferramenta terapêutica que o paciente pode atribuir para sua vida, o paciente concorda e diz que com o projeto do Centro de Convivência e Cultura, o mesmo poderá ganhar um auxílio bolsa da prefeitura, acrescenta dizendo “será um trabalho bem legal, vou ganhar para fazer o que gosto” É perguntado sobre como está lidando com a aproximação entre ele outros pacientes do Instituto, responde dizendo que está lidando bem com a aproximação com a Lucineide, já foram para Boa Viagem tomar água de coco, mas só saíram sozinhos somente essa vez, as outras vezes que se encontraram fora do IFSM, estavam sempre acompanhados da Cristiane ou do professor Oswaldo, que são responsáveis por eles. Já com o paciente Felipe Mattos, estava sendo um pouco incômoda, por ele querer está sempre junto ou contar e pedir opinião dos seus problemas. Segundo o mesmo, isso tem diminuído depois que comunicou a equipe do que estava acontecendo e agora sempre que estão juntos, chega alguém. Conta também que o paciente Felipe Mattos, já o convidou para se encontrarem fora do IFSM, mas o paciente Felipe Paes, disse que não podia, por está ocupado com os estudos e coisas pessoais.
Reunião de acolhimento familiar - Pct Felipe Paes HD

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