Guia de Bolso Antibioticoterapia

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GUIA DE BOLSO

antibioticoterapia

ÍNDICE

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS ANTIBIÓTICOS

Penicilinas Cefalosporinas

- MAF*: inibem a síntese da PC; - FD**: tempo-depen_d_e_n_te_s'; _ __ ClASSIFICAÇÃO GERAL DOS ANTIBIÓTICOS ••...•....••....••.•.••••••.......•••...•.•.••••••••..... 13 CLASSIFI CAÇÃO GERAL DOS ANTIFÚNGICOS ••.•••••••.••...••.........•••.•.•••.•••....••........• 25

- - - - --1 Carbapenêmicos

Monobactâmicos - Resistência: alteração das PSP, produção de beta-lactaInibidores betamases e redução de porinas. lactamases

PRINCIPAIS BACTÉRIAS GRAM POSITIVAS DE IM PORTÂNCIA MÉDICA .•.••...•••....... 28

Glicopeptidlos

PRINCIPAIS BACTÉR IAS GRAM NEGATIVAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA ..........•••.•• 29

- MAF: inibem a síntese da PC, são bacteriostáticos contra Enterococcus, sem atividade contra Gram negativos; Vancomicina

PRINCIPAIS FUNGOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA ................................................. 29

- Resistência: redução da afinidade do glicopeptidio ao sítio de ação.

INF ECÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL•.••.••.•.......••.•.•••.•..••.•.••.......•........•.• 3D SINUSITE, OTITE E FARINGITE •..........•.•••.•••.....••••.....•.••••••.•.•.......••....••••.•.•.•.••...... 32 PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE .••••..........•.....•..•••••.•••.........•......••.•• 34 EXACERBAÇÃO INFECCIOSA DA DPOC .•.•.•..•.••.•.•.....••....••.•.•.•.•.•••.........••.•.••.....•.. 37 PN EUMONIA ADQUIRIDA EM AMBIENTE HOSPITALAR •.•..•..•••••••••........••...•.•••.••• 38 ENDOCARDITE INFECCIOSA ................................................................................. 40

~--------------~~~A~m~i~n~o~g~lic=o=s~~=e=o=s~------~--~------~ - MAF: inibem a SP* .. ligando-se ao RNAr, produzindo roteínas defeituosas, inclusive as da MC, determinan-

H

0 lrse celular; _ __ ~ Estreptomicina O: concentração-dependentes; Gentamicina - Resistência: alteração estrutural do sítio de ação e sínte- Amicacina se de enzimas inativadoras;

- - --

---

Propriedades: efeito pós-antibiótico. INFECÇÕES DO TRATO GASTRINTESTINAL.••..•..•.......•..•.••.•.••.•.•.••.•........•.•....••..••.• 45 INFECÇÕES DO TRATO URINÁRI0 ..•.•.••••••••..•.•........•.•.•••.••••..••••........•••••.•.•.••......• 48 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISS[VEIS ........................................................ 50 INFECÇÕES DE PELE E PARTES MOLES ...••.•..•••......•.•••...••.•.•.•..•......•••...••.•.•••...•••... 54 INFECÇÕES ÓSSEAS E ARTICULARES EM ADULTOS ••.•......• ••.....•••••••.••••.•.....•......... 55

Quinolonas MAF: bloqueia~de das topoisomera~ - FD: concentração-dependentes;

~tência: menor afinidade da topoisomerase; redu l_jã~e porinas;

_ _ _

_ _ _ _

Propriedades: efeito pós-antibiótico.

TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NO BRASIL..••.•... ..•.••.•.•••....••.•.••....••.•.••..•.••.....• S6

Macrolfdeos

INFECÇÕES OPORTUNISTAS ASSOC IADAS À INFECÇÃO PELO HIV .••..•....•.•••.......•.• 60

REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......•.•.•.••••••.•••••.......•.•••.•.••..•.••••.•.....•.•.••••••.••..... 64

- MAF: inibem a síntese proteica, por meio de ligação à subunidade SOS do RNAr;

r-

- - - -- --

. - FD: tempo-dependentes;

Claritromicina

istência: intrínseca de ~ctérias;

plasmídeo~ Eritromi cin.a

dificam enzima capaz de modificar o RNAr, diminuin- Ro~ttro~ t ~ma

do afinidade pelo antibiótico;

- ---

~priedades:

i Medcel

-- --

efeito pós-antibiótico.

-- -

Telrtrom1c1na _ _ _

CLASSIFICAÇÃO G(RAL DOS ANTIBIÓTICOS

13

Características gerais dos antimicrobianos beta-lactãmicos Tetraciclinas - MAF: inibem a SP, impedindo a ligação do RNAt ao ribossomo; ~ Tetraciclina

Farmacodinâ- Tempo-dependentes.

mi~ - - - t - -- - -

Efeito antimi- Ação bactericida. _ __ _ _ _ crobiano

~~~~~~~~~~a

- Resistência: alteração do·sítio de ação dos ribossômicos ou bombas de refluxo.

~ Alteração das PBP, determinando diminuição da afinidade pe-

Sulfonamidas Resistência

Sulfadiazina Sulfametoxazol

I

Oxazolidlnonas - MAF: inibem a SP ligando-se à subunidade SOS; -----i

los beta-lactâmicos; - Produção de beta-lactamases, que inativam o antimicrobiano, - Redução de porinas, com consequente diminuição de pe~ abilidade.

A- Penicilinas

- Principais espectros: Gram positivos resistentes a beta- , L' l'd lactâm ico~licopeptídios; ~ mezo 1 a ~ - Resistência: rara, ocorre por mutação do RNAr.

_____.A ~n~f~e~ n~ ic~ó~is~~------------------~

- Penicilina G cristalina; - Penicilina G procaína; _ _ _ _ __ - Penicilina G benzatina;

lincosaminas

- Penicilina V.

_j • MAF: M « onisrno de Açõo Farm()(.OI6glco;

.. FD: formocodinômica; • • • SP; Sindrotr'N' Prot~o.

' " ' " - - - - - - - - - -A ,__ m.-i...;:. nopenicilinas - Ampicilina; - Amoxicilina. Penicilinas resistentes às enlcilinases

-Oxaci~li~ n~a;~----------- Meticilina.

1. Beta-lactâm icos Características gerais dos antimicrobianos beta-lactãmicos Bloqueio da fase de transpeptidaçâo do peptídoglicano, isto é, impedindo as ligações entre os aminoácidos que conferem o arranjo molecular final à estrutura da parede celular. Para isso, ligam-se ao sítio ativo das enzimas transpeptidases (PBP), cata 1 isadoras desse e':"'~ __ __ _ _ _ Sua ação bactericida requer: -Associação à bactéria; - Em Gram negativos, penetração por intermédio da membrana externa e espaço periplásmico; - lnteração com as PBP na membrana citoplasmática; - Ativação de uma autolisina que degrada o peptidoglicanoj a 1_ parede celular.

----'--'----

14

--

Antibioticoterapia

-

- --

i Medcel

'"'"-------....;.P.;; e.n-. lcilinas de amj>IO es ectro - Ureidopenicilinas (mezlocilina, pi~pe ~r~a:.:; c;:: ili::,: n::: a!.!. );_ _ __ _ __ _ 1

-

Carboxipenicilinas (carbenicilina, ticarcilina).

Reduzido para Gram positivos e amplo para Gram negativos

IAmplo

para Gram positivos e negativos, inclusive resistentes a

beta-lactâmic_~ o.:. s _ _ _ __

P edcel

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOSANTIBIÓTICOS

15

Principais carbapenêmicos disponlveis no Brasil -lmipeném;

-

por esta via;

- Meropeném;

- Pode ser feito o uso intravenoso em infusão lenta e continua, e uso intramuscular; ~ - Boa penetração tecidual, mas não atingem altas concentrações no meio intracelular;

2. Glicopeptídeos

-Apenas 3! e 4! gerações atingem concentrações terapêuticas no SNC;

f. A m•Om" ""'é ~;

Características gerais dos glicopeptídeos

~"'""'"" o "'" '""fÕO ""'' om moOo ' ' ~"'"j

Mecanismo de ação

~ftriaxona sofre preferencialme~nação hepática.

- Liga-se aos peptldoghcanos que compoem a parede celular (N-metilglicosamina e ácido N-acetilmurãmico) e aos peptideos que fazem as ligações cruzadas entre essas moléculas, inibindo a sintese da parede celular em bactérias Gram pos_itl_·v_a_ s._ __

Efeito - Ação bactericida; antimicrobiano - Ação bacteriost ática com

Enterococcus.

-Resistência intrínseca: relação com genes do tipo vanC: espécies Enterococcus gallinarum e Enterococcus casRe sistência

selif/avus/f/avescens; - Resistência adquirida: relação com os genes vanA e vanB: cepas de E. faecium e E. faecalis.

- Disponibilidade apenas como formulação intravenosa; uso via oral para ação tópica sobre bactérias da luz intestinal;

cefalotina, cefalexina e cefadroxila

- - - -- -

-Ampla distribuição por tecidos e liquides orgânicos;

Cefotaxima, ceftriaxona, ceftazidima

- Atinge concentrações terapêuticas no fígado, nos pulmões, nos rins, no miocárdio, nas partes moles e nos líquidos pleural, pericárdico, sinovia/ e ascítico.

Cefepima

C- Carbapenêmicos

- Excreção basicamente renal, sob a forma de droga ativa inalterada;

Características gerais Ação ligando-se às PBP, levando à lise da célula. -Sem disponibilidade oral adequada; - Apena_s_d_i-sp - o- níveis para u-so - pa_r_e-nteral;- - -- - --

- Penetração limitada no SNC. Há aumento de penetração quando ocorre quebra de barreira em ineninges inflamadas.

~

_____, - Boa concentração tecidual prolongada; -

Teicoplanina

~- Uso em dose única diária por via intravenosa ou intr] -

- Excreção por via renal;

j muscular;

- Boa concentração sérica e penetração t eci dual.

~enetração liquórica.

Antibioticoterapia

i Medcel

i Medcel

_ _ __

ClASSIFICAÇÃO GERAL DOS ANTIBIÔfiCOS

17

3. Aminoglicosídeos -Disponibilidade via intramuscular; - Até 30% da dose administrada sofrem inativação he(RNAr), inibindo o início da síntese proteica e provocam a produção de proteínas defeituosas e não funcionais (incluindo as proteínas da membrana celular), o que leva à lise celular e à consequente morte bacteriana.

- - - -------<

- Concentração-de:7 dias tógenos específicos. pacientes com infecção/ doença pelo HIV, considera r Microsporídia e complexo M. avium .

I

rium, Eikenella e Infecções intra-abdominais

Kingel/a) .

Antibioticoterapia

i Medcel

Contexto

_

_.

Tratamento

Apendicite perfurada ou abscesso ou, ainda, peritonite

Cefazolina, cefuroxima, ceftriaxona, cefotaxima, ciprofloxacino ou levofloxacino; associar metronidazol ao antimicrobiano indicado.

Colecistite aguda leve a moderada

Cefazolina, cefuroxima ou ceftriaxona.

Colecistite aguda grave, em idosos ou pacientes imunodeprimidos

lmipeném, meropeném, piperacilina-tazobactam, ciprofloxacino, levofloxacino ou cefepima; associar metronidazot.

i Medcel

INFECÇÕES DO TRATO GASTRINTESTINAl

Infecções intra-abdominais Contexto

Tratamento Doxiciclina 300mg, dose única

lmipeném, meropeném, piperac ilina-tazobacColangite aguda

tam, ciprofi oxacino, levofioxacino ou cefepima;

ou

associar metronidazol.

tetraciclina SOOmg, 6/Gh por 3 dias

Vibrio cho/erae 01 ou

lmipeném, meropeném ou ciprofloxacino; asso-

Pancreatite aguda grave

0139

ou

Peritonite bacteri ana

Cefotaxima 2g, IV, 8/8h, 5 a 14 dias.

espontânea

fiuoroquinolona em dose única

Clostridium di/fiei/e

toxigênico Giardia SMX-TMP 800/160mg, VO, 12/12h por 3 dias ou norfioxacino 400mg, VO, 12/12h por 3 dias ou

Shlgella spp.

Cryptasporidium sp p.

ciprofioxacino SOOmg, VO, 12/12h, por 3 dias.

/sospara spp.

Recomen dado somente em casos graves, em

Cyctospora spp.

pacientes com 50 anos ou doença

Salmonella spp. não typhi

Microsporidium spp.

Metronidazol 250mg, 6/6h ou SOOmg, 8/8h por 10 dias. Metronidazol 250 a 750mg, 8/8h, por 7 a 10 dias. Paromomicina SOOmg, 8/8h, durante 7 dias. SMX-TMP 800/160mg, 12/12h, 7 a 10 dias. I SMX-TMP 800/160mg, 12/12h, por 7 dias. Albend azol 400mg, 12/12h, por 21 dias.

cardíaca valvar, aterosclerose avançada, neoplasia ou uremia; SMX-TMP ou ciprofioxacino, de

Entamoeba hystolitica

5 a 7 dias.

Campylobacter spp.

ou SMX-TMP 800/160mg, 12/12h, por 3 dias

ciar metronidazol; 14 a 21 dias.

Metronidazol 750mg, 8/8h, 5 a 10 dias + paromomicina SOOmg, 8/8h, durante 7 dias.

Eritromici na 500mg, VO, 12/12h por 5 dias. - Enterotoxigênica: SMX-TMP ou quinolona por 3 dias; - Enteropatogênica: SMX-TMP ou quinolona por 3 dias;

Escherichia coli spp.

- Enteroinvasiva: SMX-TMP ou quinolona por 3 dias; - Enteroagregativa: desconhecido; - Entero-hemorrágica (STEC): evitar drogas antimotilidade; evitar administração de antimicrobianos (risco de SHU).

AntibiotKoterapia

iMedcal

i Medcel

INFECÇOES DO TRATO GASTRINTESTINAl

'

Contexto

I

Tratamento

I

ObservaçJo

• Tratamento am bulato· riaI: levofloxacino, SOOmg VO, dose única, por 10 a 14 dias ou gatifloxaci-

Indica-se o tratamento assintomática

De acordo com a cultura {>lOO.OOOUFC/ml na e o antibiograma por 5 a urocult ura e ausência 7 dias. de sinais e sintomas

para gestantes, transplantados e pacientes

no, 400mg VO, 24/24h,

aguardando círurgias em

por 10 a 14 dias, ou,

vias urinárias.

clínicos de infecção). Norfloxacino, 400mg VO, Cistite na m ulher jovem

12/12h, por 3 dias ou

f'"''~''"' ,.,., " or 3 dias.

Norfloxacino, 400mg

Cistite no homem

~Cistite na gestante

VO, 12/12h, por 7 dias ou ciprofloxacino 500mg VO por 7 dias ou, ainda, levofloxacino 500mg VO dose única, por 7 dias.

Esse esquema não deve

de origem comu-

500mg VO, 12/12h, por 10 hospitalar é o ceftriaxoa 14 dias. - - - - - - na 2g, IV, em dose única

ser utilizado em idosos,

• Tratamento hospitalar:

diabéticos, imunossupri-

levofloxacino, gatiflo-

midos e pacientes com

xacino ou levofloxacino

infecções complicadas.

IV; após melhora clínica, substituir pela formulação

No homem, os agentes

-r

são os mesmos das

oral; duração de 14 dias.

mulheres, porém é recomendado um período

- Drogas de escol h a: fluo roquinolonas ou

Piel onefrite aguda

em jejum, 3g pó diluído em água, dose única, ou cefalexina, SOOmg, VO,

de origem hospi talar

Contra indicada a pres-

e SMX-TMP no 1•

Pielonefrite crônica

trimestre.

Norfloxacino, 400mg VO,

pacie~

12/12h por 7 dias ou

Nesses

Cistite na mulher

ciprofloxacino SOOmg,

tratamento de curta

idosa e no paciente diabético

VO, 12/12h por 7 dias, ou, então, levofloxacino

duração é menos eficaz,

500mg, VO, dose única,

comum.

i Medcel

. Etiologias mais prováveis: enterobactérias (principalm ente E. coli ),

gentamicina ou piperacilina-tazobactam.

faeca/is).

Levofloxacino, SOOmg VO, dose única diária, ou ciprofloxacino SOOmg VO,

J pedcel

j P. aeruginosa e enterococos {especialmente E.

12/12h, durante 4 a 6 semanas.

L

diária.

- Drogas alternativas: ampicilina associada à

e a recorrência é mais

por 7 dias. L

Antiblotklolerapla

~-

crição de quinolonas durante a gestação

VO, 8/Sh, durante 3 dias.

ceftriaxona;

1-

{ausência de est udos controlados).

Fosfomicina trometamol,

6/6h, por 3 dias, ou, tam bém, amoxicilina, SOOmg,

.

ainda,ciprofloxacino,

nitária

maior de tratamento

O tratamento alternativo para o tratamento

Pielonefrit e aguda

INFECÇÕES DO TRATO

Os principais agentes etiológicos são as enterobactérias.

- __ j

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSM ISSIVEIS - De acordo com Programa Nacional d e DST e AIOS do M i nistério da Saúde: toda doença sexualmente transmissível constit ui even to sentinela para a busca de outra DST e possibilidade de associação ao HIV. Terapêutica de acordo com abordagem sindrômica de DST

ou sulfametoxazol-trimetopr ma (800-160mg) VO 12/ 12h por 1! dias ou Doxiciclina 100mg VO 12/ 12h por 14 a 21 d'oas ou Eritromicina SOOmg VO 6/6h por 21 dias

~ frequentes I Tratamentodeescolha 1

Corrimento vaginal e Ch/omydio cervJ cJ "te • Gonorreta

Corrimento uretraI

Chlomydio Gonorreia

Úlcera genital*•, *••

Sífilis primári a Cancro mole

Neisseria gonorrhoeoe Desconforto ou dor Chlomydio pélvica na mulher trochomotis (DIP) Mycoplasma genitolium

Linfogranuloma venéreo

Azotrom ocma 1g VO em dose única + ciprofloxacino SOOmg VO em dose única

Chlomydi o trocho-

matis

I

Azit romicina 1g VOem dose única + ciprofloxacino SOOmg VO em dose única

Penicilina G benzatina 2.400.000UI, IM, dose única (1.200.000UI, IM, em cada glút eo) +azitromicina 1g VOem dose única Ceftriaxona 250mg IM dose única + ciprofloxacino SOOmg VO 12/12h por 14 dias ou doxiciclina 100mg VO 12/12h por 14 dias

• Na impossibilidade de realização de exames como pH vaginal e o teste

II

das ammas, tratar todas os possíveis causas de vulvovaginites infecciosas, incluindo tricomoníase, vaginose bacteriana e candidíase (de acordo com o tratamento detalhado nos póginos seguintes). * * História ou evidência de lesões vesiculosas: tratar herpes genital. * ** lesões com mais de 4 semanas: tratar sífilis e cancro mole, solicitar biópsia da lesão e instituir tratamento para_d_o_n_o_v_a_n_os_e_._ _ __ _ _ __ - '

Cancro mole

Hoemophilus ducreyi

Azitromicina 1g VO dose única ou Ciprofloxacino SOOmg VO 12/ 12h por 3 dias ou Eritrom icina (estearato) SOOmg VO 6/ 6h por 7 dias ou Ceftriaxo na 250mg IM dose única

Sífilis

Trepon ema pollidum

Penicil ina G benzatina ou penicilina cristalina

-· Tricomoníase

Metronidazol 2g VO dose única ou Secn idazol 2g VO dose única ou Tinidazol 2g VO dose única

Trichomonas vagi-

nolis

Vaginose bacteriana

Gordnerello vagina/is

Candidíase vaginal

Candida olbicans

Metronid azol SOOmg VO 12/12h 7 dias ou M etronidazol 2g VO dose única

I

M iconazol creme a 2%, via

va ginal, uma aplicação à noite ao deitar-se, por 7 dias, ou fl uconazol 150mg VO em dose única

Sífilis adquirida

Terapêutica de acordo com agente etiológico

~ Ácido tricloroacétíco (ATA) ou Podofilina de 10 a 25% ou lmiquimode 5% creme ou lnterferon ou Eletrocoagulação ou Crioterapia ou Exérese com cirurgia de alta frequência

Condiloma acu- HPV minado

Donovanose

Klebsiella (Calymmatobacterium) granulomatis

----------1---HSV

Doxiciclina 100mg VO 12/12h ou SMX· TMP 800-160mg VO 12/12h ou Ciprofloxacino 750mg VO 12/12h;

-----------~a-te_·_a_c_u_ra--c3l-ísemanas) n-ic_a_(_n_o_m~in-i-mopor Aciclovir

Estadiamento

Tratamento

Alternativa

Pen ICIII na G b en zatma Terciária ou latente tardia 2.400.000UIIM, (com mais de 1 ano de lx/semana, por 3 evolução) ou com durasemanas (dose total de ção ignorada 7.200.000UI) Penicilina cr istalina 3 a 4.000.000UI IV, 4/4h, 10 a 14 dias

Neurossifilis

Doxiciclina lOOmg VO, 12/12h por 4 semanas

Ceftriaxona 2g IV, 24/24h por 10 a 14 dias

ou Valaciclovir lg VO, 12/12h, por 7 dias ou Fanciclovir 250mg VO, 8/Sh por 7 dias

12 episódio

Recorrência

Aciclovir 400mg VO, 8/Sh, por 5 dias ou aparecimento dos primei- Valaciclovir 500mg VO, 12/12h, por 5 dias; ou 1g ros pródromos- aumento dose única diária por 5 dias de sensibilidade, ardor, ou Fanciclovir 5 dias

(iniciar tratamento ao

Aciclovir 400mg VO, 12/12h, por até 6 anos ou Valaciclovir SOOmg/dia VO por até 1 ano ou --------------------''--Fa_n_c_ic_lo _ v_i_r __ 250mg VO, 12/12h, por até 1 ano Casos recidivantes (6 ou mais episódios/ano)

Primária

única (1.200.000UI IM em cada glúteo) Penicilina G benzatina

Secundária e latente pre- 2.400.000UJ IM, coce (com menos de 1 lx/semana, por 2 ano de evolução) semanas (dose total de 4.800.000UI)

Doxiciclina 100mg VO, 12/12h por 2 semanas

i Medcel

Pedcel

'

'.

·~··-'···

J~ .....

INFECÇÕES ÓSSEAS E ARTICULARES EM ADULTOS Contexto clínico I Principais agentes

- Streptococcus betalmpetigo

hemolitico e/ou S.

aureus.

· Polimicrobianos; Abscessos cutâ-

neos

S. aureus como patógeno único em - 25% dos episódios.

Cefalexina 500mg VO 6/6h por 7 a 10 dias, dependendo da resposta clínica.

Clindamicina 600mg VO 6/6h por 7 a 10 dias ou amoxicilina· clavulanato 875/125mg VO 12/12h por 7 a 10 dias.

O tratamento mais efetivo consiste em drenagem do abscesso e abordagem de cistos epidermoides que podem ser multiloculados.

Raramente é necessária a prescrição de antimicrobianos.

Oxacilina 1 a 2g, IV, 4/4h, 7 a 10 dias (internados) Clindamicina - Streptacoccus betaou 600mg VO 6/6h da, assim como hemolítico do grucefalexina lg VO por 7 a 10 dias. po A; S. aureus. a gordura sub6/6h por 7 a 10 cutânea) dias (ambulatoria I).

Pioartrite aguda 5. aureus.

Osteomielit e aguda

Erisipela (afeta a derm e superior, atingindo os vasos linfáticos)

beta-hemolítica do Penicilina cristagrupo A; li na 2.000.000UI - Ocasionalmente IV 4/4h (internados) Streptococcus beta-hemolítica ou amoxicilina dos grupos C e G; 500mg VO 8/Sh -Raramente S. aureus e Streptococ- por 7 a 10 dias cus beta-hemolíti- (ambulatorial).

Oxacilina 2g IV 4/4h por 2 se ma-

5. aureus.

nas seguida por cefalexina l g VO 6/6h por 4 semanas.

Fratu ra exposta Gustillo I e 11

Ciprofloxacino 400/SOOmg IV/ BGN e anaeróbios VO 12/12h associado à clinda (DM, anemia fa lei- m ieina 600mg IV/VO 6/6h; duraforme , desnutrição). ção: 6 meses.

Cefalosporina de 1! geração* (cefazolina, lg, IV, 8/8h) associacilos aeróbios Gram da à aminoglicosídeos (gentaminegativos. cina ou tobramicina)•*.

5taphylococcus e ba-

5taphylococcus e ba- Cefalosporína de l i geração (ceFratura exposta Gustillo III

cilos aeróbios Gram fazolina, lg, IV, 8/8h) associada negativos; anaeró- à aminoglicosídeos (gentamíci bios em casos de na o u tobram icina); associar pelesões vasculares ou nicilina ou ampicilina no caso de risco de contamina· suspeita de contaminação por ção por Clostridium. Clostridium• •.

-Atenção: a administração precoce de antibióticos reduz o risco de infecção em pacientes com fratura exposta. Clindamicina 600mg VO 6/6h por 7 a 10 dias.

co do grupo B.

Antibioticoterapia

Tratamento empírico Oxacilina 2g IV 4/4h por 2 se manas seguida por cefalexina lg VO 6/6h por 2 semanas.

5. aureus (fraturas). Osteomielite crônica

Celulite (afeta a derme profun-

- Streptacoccus

I

iMedcel

• Alguns autores defendem a administração de cefazolina como terapêutica única para as fraturas do tipo I. ** O início da administração de antimicrobianos deve ser o mais precoce possível, todavia não há consenso na literatura médica em relação à duração da administração de ontimicrobianos no fratura exposta. Em geral, recomenda-se a administração de antibiótico durante 3 dias; aconselhase a extensão por mais 3 dias em casos submetidos a procedimentos cirúrgicos como cobertura cirúrgica e enxerto ósseo.

TRATAMENTO DA TUBERCUlOSE NO BRASIL Esq~ema

,. -

básico para o tratamento da tubercul05e no Brasil

E>querN para tuberculose multlrreslstente (TBMR)

É.q~ema

~~ R- lOmg/kg/d;a

2RHZE Fase intensiva

R- Rifampicina H- lsoniazida Z- Pirazinam ida E- Et ambuto l

Até 20kg

de

manuten~

R- Rifampicina

H - lsoniazida

ção

2 meses

E- Etambutol

1.200mg/dia

O - Ofloxacina

(1' etapa)

z- Pirazinamida

800mg/dia ---41.500mg/dia

20 a 35kg

2 comprimidos 3 comprimidos

>SOkg

4 comprimidos

5- Estreptomici na

R -lOmg/kg/dia 2 comprimidos

36 a SOk.g

3 comprimidos

>SOkg

4 comprimidos

2 meses

--- -

T - Terizido_n_a_ _ _ _~7_s_o mg /dia

H-10~

20 a 35kg

-D:eak~ ~~ 1.000mg/dia

36 a SOkg

Até 20kg

~=:

Z- 3Smg/kg/d;a E- 2Smg/kg/d;a

, _

S- Estreptomicina

Fase intensiva

2S,OZT

H -lOmg/kg/d;a

.F~r~_ ..

'"

4 meses

~1.200mg/~

l.OOOmg/dia

453EOZT

E - Etambutol

Fase intensiva

O- Ofloxacina

800mg/dia

(2' etapa)

Z- Pirazinamida

1.500mg/dia

: meses J

T - Terizid_o_n_a_ _ __ ~_ 750mg/dia

~por comprimido_:_R_=_1_50m g,~·H..:..;.. ="'75mg; Z = 400mg;:.:E.:.;=;...2_7._ 5_m_g_. 12EOT

E- Etambutol

Fase de ma nu-

O- Ofloxaci na

1.200mg/dia

12 meses

----1 800mg/dia

te nção

T- Terizidona l 750mg/dia ---~ - O número antecedendo a sigla indica o número de meses de trat amento; o R- Rifampicina

2RHZE Fase intensiva

Até 20kg

H -lsoniazida Z- Pirazinamida E- Etambutol

E- 2Smg/kg/dia

20 a 35kg

2 comprimidos

~O kg >SOkg

3 comprimidos

2 meses

::s~

SBPT 2009;1. Bras. Pneumol. 2009; 35(10):1018-1048.

4 comprimidos

Indicações de 2S,OZT/4S,EO_ZI _;_ /1~2-E_ OT _ _ _ _ _ __,

I de manuten· R- Rifampicina H - lsoniazida

- Falência ao esq uema básico, com resistência à R + H ou R + H + o utro fá rmaco de 1' linha;

20 a 35kg

- Impossibilidade de uso do esq uema básico por intolerância a do is ou mais

36 a SOkg >SOkg

em que o med icamento será administrado; - Para pacientes abaixo de SOkg, consultar III Diretrizes para Tuberculose da

At é 20kg

ção

---------

número subscrito após a let ra na sigla indica o número de dias da semana

medicamentos.

4 comprimidos

Dose por comprimido: R= 150mg; H = 75mg; Z = 400mg; E = 275mg. - Atenção: na forma meningoencefálica, a fase intensiva tem duração de 2 meses e a fase de manutenção tem duração de 7 meses; recomenda-se o uso concomitante de corticosteroide VO (prednisona 1 a 2mg/kg/dia por 4 semanas) ou IV nos casos graves (dexametasona 0,3 a 0,4mg/kg/dia por 4 a 8 semanas) com redução gradual da dosagem nas próximas 4 semanas . Antibioticoterapia

iMedcel

2RHZ Fase int ensiva

i Medcel

R- Rifampicina H - lsoniazida Z- Pirazinam ida

R -10mg/kg/dia H - 10mg/kg/dia Z- 35mg/kg/dia

2 meses

TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NO BRASIL

Reintrodução do esquema RHZE - ALT/AST < 2 x LSN: re iniciar RHZ um a um. Primeiro R (com ou sem E); 3-7 dias após a reintrodução, solicitar exames; se não houver aumento de ALT/ AST, reintroduzir H; 1 semana após a reintrodução de H, se não ho uver aumento de ALT/AST, reiniciar Z; - Caso os sintomas reapareçam o-u -AL-T/ -A-ST _a _u_m_e-nt_e_ , s-u-sp-e-nd_e_r -o -úl-tim - o -m-e---1 dicamento adicionado;

- Em pacientes com hepatotoxicidade prolongada ou grave, não reintroduzir Z e prolongar o tratamento por 9 meses.

1- Suspensão oral 20mg/ ~ frasco SOm L.

- Não há suspensão oral -Suspensãooral 30mg/ ou xarope. mL, frasco 150m L.

- Atenção: pode ocorrer um aumento transitório de ALT/AST durante as primeiras semanas de tratamento com o esquema RHZE. Somente suspender o esquema se há aumento ALT/AST >3x LSN acompanhado de sintomas (anor exia ou mal-estar ou vômitos ) ou aumento de ALT/AST >Sx LSN, com ou sem sintomas, ou aumento de bilirrubina (ou icterícia clínica) ou de fosfatase alcalina.

Esquema em caso de intolerância a um medicamento ~rância

à R (Rifampicina)

2HZES \lOHE

1ntolerância à H (lsoniazida) 1 Intolerância à Z (Pirazinamida)

2RZES,\7RE

Intolerância ao E (Etambutol)

2RHZ\4RH

2RHE\7RH

'ht.i'·''é'·!MN·T;,;H'·'·MMf',,;;,,;. ALT/AST >Sx o limite superior da normalidade (com ou sem icterícia) ou icterícia (sem aumento de ALT/AST) ou sintomas hepáticos

j Suspender o esquema e investigar abuso de álcool, doença biliar ou uso de outras drogas hepatotóxicas

Em casos graves, até que se detecte a j anormalidade ou casos em que as en- 3SE0/9EO, acrescido ou não de H zimas/bilirrubinas não se normalizam (isoniazida) após 4 semanas sem tratamento

- Atenção: · R, H e Z são hepatotóxicas; · R é a que menos causa dano hepatocelular (aumento de ALT/AST); · R pode causar icterícia colestática; ·Zé a mais hepatotóxica; · R+ H é uma combinação hepatotóxica; · Etambutol raramente causa_d_a_n_o_he _.pc_a·_tl_·c_o_. _ _ __ __

Antibioticoterapia

Pedcel

i Medcel

TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NO BRASIL

Sulfame toxazol- trimePneumocys tis jiroveci toprima 800/160mg em (CD4
Guia de Bolso Antibioticoterapia

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