Balística, Elementos da Trajetória e Grupamentos de Tiro

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Balística, elementos da trajetória e os grupamentos de tiro VBTP – MR 6x6 “GUARANI”

Objetivos 

Identificar os conceitos de balística, os elementos da trajetória e os grupamentos de tiro.

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Sumário I. Introdução II. Desenvolvimento - Balística - Elementos da trajetória. - Alça de tiro. - Zona perigosa. - Dispersão e zona batida. - Grupamentos de tiro III. Conclusão VBTP – MR 6x6 “GUARANI”

Aço!Boina Preta !Brasil! Balística: Balística é a ciência que estuda o movimento do projétil desde o momento da percussão até o impacto sobre o alvo. Divide-se em: Balística interior; Balística intermediária; Balística exterior; e Balística terminal (efeito no alvo - não será abordado).

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Aço!Boina Preta !Brasil!

Munições encartuchadas possuem sua balística determinada cabendo ao operador seu conhecimento e suas variáveis para obter melhor aproveitamento dos tiros com máxima expectativa de impacto.

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Balística Interior - Análise do movimento do projétil no interior do cano,desde o início do seu deslocamento até a saída da boca do cano. - Velocidade inicial (v0): velocidade com qual o projétil deixa o cano. Medida em metros por segundo (m/s). A velocidade inicial depende: - da pressão do gás (quanto mais propelente,obtém-se maior pressão); - da duração da combustão (evolução da pressão do gás);e - do peso do projétil. VBTP – MR 6x6 “GUARANI”

Balística Interior: A velocidade inicial pode variar de acordo com: - Tolerâncias admissíveis na estrutura da carga propelente e o seu peso; - Tolerâncias admissíveis nas dimensões e peso do projétil; - Desgaste do cano, que provoca perda de pressão; - Realização de disparos, que formam uma película de pólvora no cano causando aumento de pressão nos disparos subsequentes; e - Variação de temperatura da carga propelente.

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Balística Interior A velocidade inicial determina a evolução da trajetória de um projétil: - quanto maior a velocidade inicial, mais alongada será a trajetória e o seu alcance. Trajetória é a linha curva percorrida por um projétil durante seu movimento, resultante da ação da gravidade, resistência do ar e velocidade inicial.

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Balística Intermediária É a parte da balística que estuda o momento da saída da munição da boca do cano, as informações que vão provocar alterações no tiro e os efeitos e consequências destas informações sobre o tiro. Seu estudo compreende: - Fenômenos gasosos na saída do cano - Salto - Paralaxe - Inclinação lateral - Arrasto - Efeitos secundários na partida da munição VBTP – MR 6x6 “GUARANI”

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Balística Exterior É a parte da balística que estuda os fatores que vão atuar na trajetória da munição da boca do cano até o alvo. A força da gravidade e a resistência do ar fazem com que a trajetória adquira a forma de uma curva balística, com as seguintes características: - O ramo descendente é mais curto que o ascendente; - O ponto culminante situa-se mais perto do ponto de impacto do que o ponto de saída; e - O ângulo de queda é maior do que o ângulo de saída.

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Elementos da Trajetória O atirador deve conhecer a trajetória e o efeito dos tiros que realiza. Fatores que interferem na trajetória: - Velocidade do projétil. - Gravidade. - Terreno. - Condições atmosféricas. - Características da munição. Por exemplo, a trajetória de uma munição de metralhadora calibre 7,62mm é quase rasante até 300 metros; a partir de 300 metros a trajetória passa a ser curva, e esta curva aumenta conforme a distância aumenta, devido principalmente à ação da gravidade e da resistência do ar. VBTP – MR 6x6 “GUARANI”

Elementos da Trajetória (O) Origem: boca do cano. (P) Ponto de Impacto: encontro com o alvo. (V) Vértice: ponto mais elevado da trajetória. Se encontra aproximadamente a 2/3 da distância. (VN) Altura do vértice, ou ordenada máxima. (I) Ângulo de Incidência: ângulo formado entre a tangente da trajetória no Ponto de Impacto e o alvo no terreno. (OP) Distância de tiro. (OV) Ramo ascendente. (VP) Ramo descendente.

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Elementos da Trajetória (OT) Linha de Tiro: prolongamento do eixo do cano. (OP) Linha da Visada ou de Sítio. (OH) Linha do Horizonte. (AT) Ângulo de Tiro: ângulo entre a Linha de Tiro e a Linha de Visada. É a inclinação necessária da arma para se obter um determinado alcance, considerando o alvo do mesmo nível da arma. Deste modo, a cada alcance, corresponde um ângulo de tiro diferente. (S) Ângulo de Sítio: ângulo entre a Linha de Visada e a Linha do Horizonte. Pode ser POSITIO ou NEGATIVO. Se o alvo estiver abaixo da Linha do Horizonte o sítio é negativo (-), acima da Linha do Horizonte o sítio é positivo (+).

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(AE) Ângulo de Elevação: - Geometricamente: ângulo entre a Linha de Tiro e Linha do Horizonte. - Algebricamente: soma do AT e S. AE = AT ± S

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Alça de tiro Denomina-se Alça a graduação que se registra no Aparelho de Pontaria da arma correspondente à distância do alvo a ser batido. O registro da graduação correspondente à distância do alvo faz com que, ao se fazer a visada direta sobre o mesmo, o cano da Mtr tome a inclinação igual ao ângulo de Elevação correspondente à distância e Sítio do alvo. Entende-se que a cada Alça corresponde um Ângulo de Tiro. A menor Alça que o Aparelho de Pontaria de uma Mtr permite registrar é denominada ALÇA EM BRANCO. Nas Mtr MAG e .50 a Alça em Branco corresponde a distância de 200 metros.

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Zona Perigosa Para um alvo de determinada altura, denomina-se Zona Perigosa, a porção da Linha de Visada acima da qual a trajetória não se eleva mais que a altura do referido alvo. Fazendo-se modificar a posição da linha de visada, um alvo considerado será batido se ficar colocado dentro da zona perigosa.

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Zona Batida A Zona Batida é a parte do terreno atingida pelo FEIXE DE TRAJETÓRIAS. Esta região tem a forma elíptica, com seu eixo maior voltado para a direção de tiro. A Zona Batida considerando um terreno de inclinação constante, é mais alongada nas menores distâncias de tiro. Pela forma da zona batida, pode-se também, verificar que a dispersão em alcance, é maior que a dispersão em direção.

DIREÇÃO DO TIRO

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Zona Batida A dispersão em alcance também varia com a declividade do terreno, onde se localiza a Zona Batida. Conclui-se que, para alvos sobre os quais as trajetórias incidem perpendicularmente, as Zonas Batidas serão mais densas.

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Grupamentos de Tiro Denomina-se Grupamento de Tiro o conjunto de impactos verificados sobre um alvo. Chama-se PONTO MÉDIO (PM), o centro do GRUPAMENTO DE TIRO, isto é, passando-se por este ponto dois eixos ortogonais (um vertical e outro horizontal) tem-se dividido o grupamento em quatro quadrantes, cada um dos quais contendo 25% dos impactos.

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Grupamentos de Tiro O PONTO VISADO (PV) é o ponto do alvo sobre o qual foi feita a pontaria. O Grupamento de Tiro pode ser classificado como: - PRECISO - REGULADO - JUSTO

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Grupamentos de Tiro a. Precisão: Envolvendo-se o Grupamento de Tiro por uma elipse (elipse de dispersão) se dirá que o grupamento é tanto mais PRECISO quanto menor for a dimensão desta elipse.

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Grupamentos de Tiro b. Regulação: Quando o Ponto Médio do Grupamento coincide ou muito se aproxima do Ponto Visado, diz-se que o Grupamento está REGULADO. A concepção de Regulação independe da de Precisão.

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Grupamentos de Tiro c. Justeza: O Grupamento de Tiro é dito JUSTO quando for simultaneamente Preciso e Regulado.

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CONCLUSÃO

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Balística, Elementos da Trajetória e Grupamentos de Tiro

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