Trabalhos congresso de Infect 2019 ANAIS

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TRABALHOS APROVADOS

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Índice Apresentação Oral Pagina 3 à 248 • • • • • •

Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) HIV /Hepatites Virais Imunizações / Infectologia Pediátrica Imunodeprimidos não-AIDS / Micologia Médica Infecção Hospitalar Medicina Tropical / Medicina de Viagem

Aprovado para Pôster Impresso Pagina 249 à 1427 • • • • • •

Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) HIV /Hepatites Virais Imunizações / Infectologia Pediátrica Imunodeprimidos não-AIDS / Micologia Médica Infecção Hospitalar Medicina Tropical / Medicina de Viagem

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MODALIDADE APRESENTAÇÃO ORAL

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81190 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: A CASPASE 1 REGULA OS MECANISMOS DE ESTRESSE OXIDATIVO EM CASOS FATAIS DE MICROCEFALIA INDUZIDA PELO ZIKA VÍRUS Autores: Tales Ribeiro Marques / Universidade do Estado do Pará ; Victor Augusto Campina Santa Rosa / Universidade do Estado do Pará; Fredson Murilo de Oliveira Teixeira / Universidade do Estado do Pará; Pedro Fernando da Costa / Universidade do estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Ermelinda do Rosário Moutinho Cruz / Universidade do estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Marialva Tereza Ferreira de Araujo / Universidade do estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Arnaldo Jorge Martins Filho / Universidade do estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Raimunda do Socorro da Silva Azevedo / Universidade do estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Jorge Rodrigues de Sousa / Universidade do estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Juarez Antônio Simões Quaresma / Universidade do estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Resumo: Introdução: O Zika vírus (ZIKV) é um arbovírus pertencente à família Flaviviridae, gênero Flavivirus descoberto em 1947, em Uganda, na África. Em quadros de viremia, o ZIKV infecta um grupo variado de células em diferentes órgãos. Nos aspectos clínicos, os sintomas provenientes da infecção pelo ZIKV se confundem com o de outros flavivirus. Dentre as principais manifestações clínicas estão à febre, erupções cutâneas, hiperemia conjuntival, mialgia e cefaleia. O estudo dos mecanismos de morte celular compreende uma sequência de eventos que causam o dano tecidual. Na patogenia da infecção pelo ZIKV, o fenômeno de morte celular é intrigante e ao mesmo tempo complexo. Atualmente, acredita-se que a Caspase 1 possa influenciar diretamente a clivagem de citocinas pró-inflamatórias que participam ativamente da resposta neuroinflamatória do hospedeiro. Nosso estudo investigou o papel da Caspase 1 no parênquima neural de casos fatais de microcefalia induzida pelo ZIKV. Materiais e Métodos: Ao todo 5 casos de microcefalia fizeram parte deste estudo onde as amostras foram obtidas no contexto de emergência de saúde pública. Estes casos foram comparados com 4 controles que apresentavam arquitetura neural preservada. A imunomarcação para o anticorpo anti-Caspase 1 envolveu a formação do complexo biotina estreptavidina peroxidae. Resultados: No parênquima neural, o efeito deletério causado pelo ZIKV demonstrou que a camada cortical é extremamente prejudicada com intensa formação de infiltrado inflamatório no espaço perivascular. Além disso, a picnose celular e a necrose neuronal mostraram pertinente. Neste processo, a imunomarcação para Caspase 1 coincidiu diretamente com essas áreas onde dano tecidual era muito intenso. Conclusão: Dessa forma, mostramos que a Caspase 1 parece se correlacionar diretamente com o mecanismo de lesão celular onde vale ressaltar que a enzima ao estimular a formação de gasdermin D contribuir para a geração de intermediários reativos de oxigênio e nitrogênio que causam a lesão celular em casos fatais de microcefalia induzida pelo ZIKV. Contato autor: [email protected]

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85017 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: A REALIDADE BRASILEIRA DA SÍFILIS CONGÊNITA CONTRAPOSTA AOS OBJETIVOS DO MILÊNIO PRECONIZADOS PELA ONU Autores: Cristian Junior da Costa / Universidade Federal de Jataí; Wanderson Sant‘Ana de Almeida / Universidade Federal de Jataí; Priscyla Rocha da Silva / Universidade Federal de Jataí; Carolina Máximo Vieira / Universidade Federal de Jataí; Mirelle Fernandes Ferreira / Universidade Federal de Jataí; Gabriela dos Reis / Universidade Federal de Jataí; Andreia Cristina Rosa / Universidade Federal de Jataí; Ana Carolina Franco Santana / Universidade Federal de Jataí; Helio Ranes de Menezes Filho / Universidade Federal de Jataí; Resumo: INTRODUÇÃO: A sífilis, causada pelo Treponema pallidum, é uma doença conhecida há mais de 500 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um dos seus principais problemas é a transmissão vertical com desfecho de 40% de abortos ou, ainda, a possibilidade de sequelas físicas, sensoriais ou do desenvolvimento em até 50% dos casos. Após 1940, com o surgimento da Penicilina, pensou-se que haveria a erradicação da doença. Contudo, a sífilis continua atingindo milhões de pessoas em todo o mundo. Dessa forma, são necessárias medidas para o controle da mesma, como por exemplo os objetivos do milênio (ODMs) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000, que entre outras metas previam a redução do número de casos de sífilis congênita para 2 mg/L ) para 42,2% (CIM > 0,5 mg/L). Conclusão: Nossos resultados demonstraram que a adequação dos laboratórios poderá acontecer sem muitas consequências na sensibilidade da ciprofloxacina para isolados urinários, uma vez que as CIMs das enterobactérias sensíveis eram muito baixas (CIM ≤ 0,125 mg/L), o que foi possível ser verificado apenas após o uso de painéis com número maior de diluições. Este fato possibilita a segurança do uso clínico desse antimicrobiano no tratamento das infecções urinárias baseado nos dados laboratoriais. Contato autor: [email protected]

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84697 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: ANÁLISE DE POLIMORFISMOS DE GENES DA RESPOSTA IMUNE NA TUBERCULOSE EM UMA POPULAÇÃO MISCIGENADA DA REGIÃO AMAZÔNICA. Autores: Cleonardo Augusto da Silva / Universidade Federal do Pará; Giovana Escribano da Costa / Universidade Federal do Pará; Diana Feio da Veiga Borges Leal / Universidade Federal do Pará; Debora Christina Ricardo de Oliveira Fernandes / Universidade Federal do Pará; Lui Wallacy Morikawa Souza Vinagre / Universidade Federal do Pará; Mayara Natália Santana da Silva / Universidade Federal do Pará; Thays Amâncio da Silva / Universidade Federal do Pará; Marianne Rodrigues Fernandes / Universidade Federal do Pará; Lucas Favacho Pastana / Universidade Federal do Pará; Ney Pereira Carneiro dos Santos / Universidade Federal do Pará; Resumo: Introdução: A tuberculose é um grave problema de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ela é uma doença infecciosa, prevenível e curável, e que apresenta altas taxas de incidênica e de mortalidade mundial. A tuberculose está distribuída heterogeneamente no Brasil, sendo que foram notificados 69.569 casos novos de tuberculose em 2017. O Estado do Pará, um dos Estados da região amazônica, representa o oitavo estado com maior incidência no Brasil, com 3.232 casos e com mortalidade de 10 indivíduos em 2017. Diversos estudos mostram que muitas pessoas estão infectadas pelo agente causador da tuberculose, o Mycobacterium tuberculosis, porém apenas 10% das pessoas contaminadas desenvolvem a doença. Pesquisas recente indicaram que o desenvolvimento da tuberculose é um resultado da interação entre indivíduo, patógeno e meio ambiente. Fatores genéticos do hospedeiro podem desempenhar um importante papel na modulação das respostas imunes ao M. tuberculosis e na progressão clínica da doença, onde o perfil genético do indivíduo pode ter influência na regulação da defesa do hospedeiro e instalação da doença. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar a possível associação de SNP de genes receptor de vitamina D (VDR), interleucina 10 (IL10) e solute carrier family 11 member 1 (SLC11A1) e a susceptibilidade a tuberculose com controle de ancestralidade genética. Métodos: Um total de 135 pacientes com tuberculose e 141 indivíduos saudáveis foram investigados na pesquisa. Amostras de sangue foram coletadas para extração de DNA e genotipagem convencional por PCR, seguida de visualização em gel de poliacrilamida e PCR em tempo real. A ancestralidade genômica foi obtida por um painel autossômico com 48 marcadores informativos de inserção / exclusão de ancestralidade. Resultados: Foi observado um risco significativo associado a susceptibilidade a tuberculose, com o gene VDR, no SNP TaqI TT, FokI CC, CC+CT e também BsmI GG, assim como A-592C, SNP do gene IL10. Também é observado que a soma dos efeitos dos genótipos, que aparentam ser significativos quando isolados, representam um risco 3 vezes maior em desenvolver tuberculose. Conclusão: O polimorfismo VDR e IL10 foi associado ao aumento do risco de tuberculose na população estudada e a soma dos efeitos para os polimorfismos investigados [VDR TaqI (genótipo TT), VDR FokI (alelo C), VDR BsmI (genótipo GG), IL10 A592C (alelo C)] indica um risco significativo para o desenvolvimento da doença. Contato autor: [email protected]

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84668 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: ASPECTOS FÍSICOS E A CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE FEBRE CHIKUNGUNYA (FCHIK) Autores: Ana Carla Lobato Paraense / Instituto Evando Chagas; Haroldo José de Matos / CESUPA/Instituto Evandro Chagas; Bruna Daniele Lisboa Mota / Instituto Evandro Chagas; Francisco Lúzio de Paula Ramos / Instituto Evandro Chagas; Tânia do Socorro Souza Chaves / Faculdade de Medicina da UFPA Curso de Medicina/CESUPA/Instituto Evandro Chagas; Resumo: Introdução: A febre Chikungunya (FCHIK) tem apresentação clínica grave, crônica e incapacitante podendo gerar comprometimento no desempenho de atividades cotidianas. Sua elevada taxa de morbidade influencia na qualidade de vida, a qual pode ser mensurada a partir de instrumentos como o SF36 (The Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey) composto de 36 itens abrangendo oito domínios em saúde (dor, capacidade funcional, estado geral de saúde, aspectos sociais, vitalidade, saúde mental, limitação por aspectos físicos e aspectos emocionais). Objetivo: Investigar se há comprometimento nos aspectos físicos e na capacidade funcional dos indivíduos com diagnóstico confirmado de FCHIK em um centro de pesquisa, entre maio/2016 a maio/2018. Para avaliação dos desfechos foi utilizado o instrumento SF-36. Método: Estudo descritivo transversal, aprovado pelo CEP, cuja coleta de dados ocorreu entre julho/2018-maio/2019. Realizou-se consulta na base de dados do SINAN Dengue/Chikungunya online, cujos casos confirmados laboratorialmente foram convidados por telefone a participar de entrevista com a versão brasileira validada do SF-36. Resultados: Entre 479 casos notificados, 294 foram positivos laboratorialmente e, destes, 136 estão elegíveis para a pesquisa. Avaliou-se 55 participantes (sendo 48 mulheres) residentes nos municípios de Ananindeua, Marituba e Benevides, com faixa-etária de 18 a 59 anos, os quais se encontravam entre oito a 34 meses após os primeiros sintomas da doença. Verificou-se que 46 (83,63%) participantes não fizeram acompanhamento em reabilitação após o diagnóstico. Com base no SF-36, 22 (40%) participantes apresentaram prejuízo na capacidade funcional e 36 (65,45%) comprometimento nos aspectos físicos. A maioria dos participantes com alteração na capacidade funcional (13) e prejuízo físico (16) encontrava-se entre 19 a 24 meses de diagnóstico. Conclusão: A FCHIK afeta os aspectos físicos, podendo comprometer a capacidade funcional. A percepção sobre essas limitações aumenta em até dois anos após o diagnóstico, evidência que justifica o acompanhamento com equipe multidisciplinar para elaboração de condutas em reabilitação mais efetivas. A FCHIK representa um desafio em saúde pública que requer a aplicação de políticas públicas urgentes para organização e implantação de serviços de saúde direcionados a estes pacientes. Contato autor: [email protected]

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84244 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: AUMENTO NA DETECÇÃO DIAGNÓSTICA DA CHIKUNGUNYA DE 2014 A 2017: UM PARALELO ENTRE O ESTADO DO TOCANTINS E O BRASIL Autores: Palloma de Sá Antunes Bezerra / Universidade Federal do Tocantins; Wanderson Batista Silva / Universidade Federal do Tocantins; Raísa Muniz de Araújo / Universidade Federal do Tocantins; Giovanna Santos Vieira / Universidade Federal do Tocantins; Fernanda Danielle Ramalho Silva / Universidade Federal do Tocantins; João Marcos Souza / Universidade Federal do Tocantins; Tayná Borges Aguiar Santana / Universidade Federal do Tocantins; Carlos Gonçalves de Oliveira Junior / Universidade Federal do Tocantins; Olívia Maria Veloso da Costa Coutinho / Universidade Federal do Tocantins; Resumo: INTRODUÇÃO: O Chikungunya (CHIKV) é um RNA vírus da família Togaviridae do gênero Alphavirus. A Chikungunya caracteriza-se por febre associada à dor articular intensa e debilitante, cefaleia, mialgia, e pela poliartrite e artralgia simétrica que melhora após 10 dias, mas que pode durar meses após o quadro febril, sendo os dois últimos sintomas os que mais a distancia da dengue. A ausência de vacina e de medicação específica deixa para as equipes de controle de vetores a tarefa de prevenir a transmissão. OBJETIVO: Analisar os coeficientes de incidência da infecção pelo CHIKV no Tocantins e no Brasil entre os anos de 2014 e 2017, além de compará-los ano a ano, associando fatores relacionados. MÉTODO: Trata-se de uma avaliação transversal, retrospectiva e descritiva, tendo como base os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, constantes no Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN). Foram analisados os dados de incidência de 2014 a 2017 do Tocantins e do Brasil, sempre considerando até a 35ª semana epidemiológica. As análises deram-se por meio do cálculo de coeficiente de incidência, tendo como base o número absoluto de casos e a população oficial para a unidade da federação considerada e para a nação. RESULTADOS: Em 2014, foram registrados 54 casos de Chikungunya em 15 estados do Brasil, subindo para 23.431 casos possíveis em 2015. Em 2016, houve 261.645 casos, e 171.000 em 2017. No Tocantins, o ano de início de registro foi 2015 com 15 casos, aumentando para 1.200 casos em 2016 e 3.229 em 2017. Com relação às taxas de incidências, a do Tocantins partiu de 0 em 2014 para 210,6 em 2017, com tendência crescente nos últimos 3 anos. Já no Brasil, a taxa de incidência saiu de 0,03 em 2014, atingindo a máxima de 127 em 2016 e queda para 83,4 em 2017. Comparando as taxas de incidência do Tocantins em relação ao Brasil, no último registro de 2017, a do estado superou a nacional em 252,51%. CONCLUSÃO: A combinação entre um controle vetorial mais eficiente, que impacte na força de transmissão da doença, com a vacinação de grandes contingentes populacionais, parece ser uma estratégia promissora. As condições do Tocantins que permitiram a propagação do vírus devem sofrer intervenção, a fim de interromper sua disseminação acelerada e a consequente morbidade. A identificação da divergência nas taxas de incidência de 2017 entre Tocantins e Brasil pode servir de subsídio para novos estudos que acompanhem, por um tempo maior, o panorama da doença. Contato autor: [email protected]

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84859 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: AVALIAÇÃO DE PREVALÊNCIA DE CA-MRSA ATRAVÉS DE ANÁLISE FENOTÍPICA NA REGIÃO DO ABC Autores: Karin Regina Kolbe / Hospital São Luiz - Unidade São Caetano; Patricia Martino Longo / Hospital Brasil; Carlos R. Vieira Kiffer / Hospital São Luiz - Unidade São Caetano; Resumo: Introdução: A colonização por Staphylococcus aureus ocorre em até 50% das pessoas e a infecção ocorre quando há quebra de barreira cutânea-mucosa. Isolados resistentes à meticilina podem ser de origem hospitalar (HA-MRSA) ou comunitária (CA-MRSA), com impacto sobre virulência e perfil de sensibilidade. A diferenciação entre ambos é usualmente genotípica, mas pode ser estimada com base no antibiograma. Devido aos crescentes relatos de aumento na ocorrência de CA-MRSA, avaliamos fenotipicamente os isolados clínicos de dois hospitais privados da região do ABC paulista a fim de estimar sua ocorrência. Objetivo: avaliar o perfil fenotípico de isolados de S. aureus em amostras clínicas provenientes de dois hospitais privados na região do ABC Paulista. Método: foram analisados os resultados de todas as culturas coletadas em 2018 de pacientes atendidos nos hospitais. Avaliamos todas as amostras clínicas com resultado positivo para S. aureus e estratificamos os resultados conforme o perfil de sensibilidade no antibiograma. Para todos os isolados resistentes à OXACILINA (OXA), avaliamos a sensibilidade à CLINDAMICINA (CLN) e ao SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM (SMX-TMP). Isolados resistente à OXACILINA e sensíveis a uma das duas drogas foram considerados como possíveis CA-MRSA para efeito desta estimativa. Resultados: foram coletadas 31830 amostras clínicas para diferentes tipos de cultura. Do total de amostras positivas, 1,6% identificaram S. aureus. Destas, 32,6% foram isolados de urina e 13,3% de hemoculturas. Amostras clínicas provenientes de pacientes do Pronto Socorro representaram 39,8%. Do total, 80,6% dos isolados foram sensíveis a OXA. Dos isolados resistentes, 94,7% apresentaram sensibilidade ao SMX-TMP, 26,35% à CLN e 21,1% ao CIPROFLOXACINO. Ainda, 55,6% foram coletadas de infecções de pele e partes moles e 22,2% de secreção traqueal. Conclusão: Embora esta abordagem por métodos fenotípicos seja imprecisa, a análise indica que, nestes ambientes, a prevalência de isolados de CA-MRSA poderiam representar até 19,4% das infecções causadas por S. aureus, com sua maior ocorrência relativa em prontos socorros. As infecções por CA-MRSA representam desafios clínicos e terapêuticos, logo, entendemos ser de extrema importância estudos mais precisos de prevalência deste agente na população em geral, com uso de testes genotípicos e pesquisa de genes de virulência, como forma de melhorar as indicações empíricas de antimicrobianos em ambientes de pronto-atendimento. Contato autor: [email protected]

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81321 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: CA-MRSA CAUSANDO INFECÇÕES GRAVES DE PELE NO INTERIOR DE SÃO PAULO, BRASIL. Autores: Stephanie Valentini Ferreira Proença / Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP (Universidade Estadual Paulista); Maria de Lourdes Ribeiro de Souza da Cunha / Instituto de Biociências de Botucatu, UNESP (Universidade Estadual Paulista); Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza / Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP (Universidade Estadual Paulista); Resumo: INTRODUÇÃO: O Staphylococcus aureus resistente à meticilina associado à comunidade (CAMRSA) tem sido descrito globalmente como patógeno relacionado a infecções graves de pele. No entanto, sua relevância clínica no Brasil ainda é desconhecida. OBJETIVO: Descrever casos de infecção de pele por CA-MRSA atendidos em hospital de ensino no interior de São Paulo, em área distante de grandes centros urbanos. MÉTODO: Foi realizada revisão de resultados de exames microbiológicos positivos para MRSA à admissão hospitalar no período de 2010 a 2019. Foram revistos prontuários. Critérios de inclusão foram: (1) paciente com infecção de pele, com indicação de internação hospitalar; (2) presença de MRSA em culturas coletadas no momento da admissão. Os critérios de exclusão foram: (1) contato com serviço de saúde no último ano; (2) casos para os quais não havia dados suficientes para caracterizar origem comunitária. Quando possível foi realizada caracterização de cassete cromossômico SCCmec e realizada Reação em Cadeia de Polimerase para identificar genes codificadores da Leucocidina de Panton-Valentine (PVL). Em um dos casos, foi realizada genotipagem do isolado por Pulsed-Field Gel Electrophoresis, Multilocus Sequence Typing (MLST) e spa typing. RESULTADOS: Três pacientes apresentaram os critérios de inclusão (todos do sexo masculino, idades de 17, 26 e 63 anos). Todos apresentaram celulites de membros inferiores. Um deles (o mais jovem), também cursou com pneumonia necrotizante. Dois pacientes evoluíram com choque séptico e necessitaram internação em Unidade de Terapia Intensiva. Todos evoluíram bem quando tratados com vancomicina. Os isolados de dois pacientes apresentaram SCCmec tipo IV, com suscetibilidade ao Trimetoprim-Sulfametoxazol, e ambos eram positivos para gene produtor de PVL. A tipagem de um desses isolados identificou clone ST5/spa T311, já identificado na Argentina. O isolado do outro paciente tinha SCCmec tipo III e não foi testado para suscetibilidade ao TrimetorpimSulfametoxazol ou PVL. CONCLUSÃO: Embora os três casos preenchessem a definição dos ”Centers for Disease Control and Prevention” para infecções CA-MRSA, um deles tinha isolado com características genéticas semelhantes aos adquiridos em hospitais. Esse paciente havia sido tratado três anos antes por outra celulite. Os demais não tinham qualquer antecedente de exposição a serviços de saúde. Estes resultados demonstram a circulação e relevância clínica do CA-MRSA no interior do Brasil. Contato autor: [email protected]

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85051 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE CEPAS DO VÍRUS INFLUENZA A(H1N1)PDM09 ASSOCIADAS AO SURTO DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA NO ESTADO DO AMAZONAS EM 2019 Autores: Wanderley Dias das Chagas Junior / Instituto Evandro Chagas; Luana Soares Barbagelata / Instituto Evandro Chagas; Jessylene de Almeida Ferreira / Instituto Evandro Chagas; Edivaldo Costa Sousa Junior / Instituto Evandro Chagas; Amanda Mendes Silva / Instituto Evandro Chagas; Daniela Pereira Lopes / Universidade do Estado do Pará; Maryelle dos Santos Gonçalves / Instituto Evandro Chagas; Edna Maria Acunã de Souza / Instituto Evandro Chagas; Rita Catarina Medeiros Sousa / Universidade Federal do Pará; Wyller Alencar de Mello / Instituto Evandro Chagas; Mirleide Cordeiro dos Santos / Instituto Evandro Chagas; Resumo: Após a emergência e pandemia do vírus influenza A(H1N1)pdm09 em 2009, este tornou-se sazonal e cocircula com os demais vírus influenza humanos causando epidemias anuais. Em janeiro de 2019, começo da temporada dos vírus influenza na região Norte, iniciou-se um surto atípico do vírus influenza A(H1N1)pdm09 no estado do Amazonas, que apresentou 29,5% de letalidade, de acordo com dados do órgão competente. Um dos principais fatores que favorecem o aumento no número de casos é a variabilidade genética das glicoproteínas de superfície deste vírus, são elas: hemaglutinina (HA) e neuraminidade (NA) que são os principais alvos da resposta imune do hospedeiro. Portanto, este estudo teve como objetivo caracterizar o gene codificador da glicoproteína de superfície HA do vírus influenza A(H1N1)pdm09 circulantes durante o surto de gripe no estado do Amazonas, entre janeiro a abril de 2019. Para isso, todas as amostras consideradas positivas por Reação em Cadeia mediada pela Polimerase precedida de Transcrição Reversa em tempo real (RT-qPCR), com carga viral adequada, foram submetidas a caracterização genética, a qual foi realizada em cinco etapas principais: a) Extração do RNA viral; b) Síntese de DNA complementar (cDNA); c) Amplificação do cDNA por reação em cadeia mediada pela polimerase (PCR); d) Sequenciamento e e) Análise filogenética. No período analisado 84 amostras positivas para influenza A(H1N1)pdm09 foram enviadas ao laboratório de referência para o sequenciamento, destas 14 (16,66%) foram sequenciadas. A análise filogenética do gene da HA demonstrou que os vírus circulantes pertencem ao subgrupo 6b1.A/183 P-1, este subgrupo está geneticamente relacionada com a cepa vacinal A/Brisbane/02/2018. No entanto, a cepa vacinal preconizada para a América do Sul na temporada de 2019 foi a A/Michigan/45/2015, ou seja, as cepas circulantes no Amazonas e a cepa vacinal estão em subgrupos genéticos distintos. Os dados encontrados nesta investigação enfatizam a importância da contínua vigilância epidemiológica dos vírus influenza, além disso, os resultados aqui apresentados podem embasar medidas de controle, prevenção, melhor apreciação vacinal e manejo dos casos de influenza na região investigada em estações subsequentes. Contato autor: [email protected]

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84558 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DOS VÍRUS INFLUENZA A(H1N1)PDM09 CIRCULANTES NAS REGIÕES NORTE E NORDESTE DO BRASIL DURANTE A EPIDEMIA DE 2016 Autores: Wanderley Dias das Chagas Junior / Instituto Evandro Chagas; Luana Soares Barbagelata / Instituto Evandro Chagas; Jessylene de Almeida Ferreira / Instituto Evandro Chagas; Edivaldo Costa Sousa Junior / Instituto Evandro Chagas; Amanda Mendes Silva / Instituto Evandro Chagas; Maryelle dos Santos Gonçalves / Instituto Evandro Chagas; Edna Maria Acunã de Souza / Instituto Evandro Chagas; Rita Catarina Medeiros Sousa / Instituto Evandro Chagas; Mirleide Cordeiro dos Santos / Instituto Evandro Chagas; Wyller Alencar de Mello / Instituto Evandro Chagas; Resumo: O vírus influenza A(H1N1)pdm09 foi responsável pela primeira pandemia do século XXI em 2009 e desde então circula de forma sazonal, concomitantemente com o subtipo A(H3N2) e o influenza B. Desde sua emergência sete grupos filogenéticos foram identificados circulando em humanos, e estudos acerca de sua diversidade genética indicam que as cepas circulantes poderiam apresentar substituições responsáveis por conferir aumento da virulência e resistência aos antivirais. Portanto, este estudo tem como objetivo caracterizar os genes codificantes das glicoproteínas hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA) do vírus influenza A (H1N1)pdm09 circulantes nas regiões Norte e Nordeste do Brasil no ano de 2016, comparando com as cepas preconizadas para a vacina desta temporada de gripe. A caracterização genética ocorreu em quatro etapas: a) Extração do RNA viral; b) Síntese de DNA complementar (cDNA); c) Amplificação do cDNA por PCR e d) Sequenciamento. Um total de 653 (16%) amostras foram positivas para o vírus influenza A(H1N1)pdm09, onde foram observados picos entre os meses de março a maio de 2016. Para a análise filogenética foram utilizados 95 (14,5%) segmentos gênicos completos da HA e 59 (9%) da NA. A análise filogenética do gene da HA indicou que as cepas pertenciam ao subgrupo filogenético 6B.1, as cepas deste grupo apresentam 18 substituições aminoacídicas, sendo cinco encontradas nos sítios antigênicos, quando comparadas com a cepa vacinal. Apenas uma cepa apresentou a substituição D222G, associada ao aumento da patogenicidade e óbitos. Não foram identificadas alterações aminoacídicas na NA que pudessem conferir resistência aos antivirais preconizados. Apesar de todas as alterações sofridas, os vírus circulantes permaneceram geneticamente relacionados as cepas da composição vacinal recomendada para a temporada, contudo a variabilidade observada nas cepas circulantes em nossa região, bem como naquelas analisadas em todo o mundo, fomentou a troca da cepa vacinal na temporada seguinte de A/California/07/2009 para A/Michigan/45/2015, uma vez que, as cepas do subgrupo 6B.1 estão mais relacionadas com a preconizada para o ano de 2017. Nosso estudo demonstra a variabilidade genética apresentada pelo influenza A(H1N1)pdm09 e reafirma a importância deste agente em saúde pública, evidenciando que a vigilância destes vírus acaba tornando-se uma ferramenta epidemiológica fundamental na detecção de novas variantes genéticas com importância clínica e epidemiológica. Contato autor: [email protected]

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81308 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: CARACTERIZAÇÃO GENOMICA DE UM NOVO VÍRUS NÃO CLASSIFICADO ISOLADO A PARTIR DE POOL DE CULICOIDES SPECIES CAPTURADO EM CANAÃ DOS CARAJÁS-PA Autores: Ana Cláudia da Silva Ribeiro / Instituto Evandro Chagas ; Sandro Patroca da Silva / Instituto Evandro Chagas; Daniele Barbosa de Almeida Medeiros / Instituto Evandro Chagas; Pedro Fernando da Costa Vasconcelos / Instituto Evandro Chagas; Lívia Caricio Martins / Instituto Evandro Chagas; Valéria Lima Carvalho / Instituto Evandro Chagas; Sueli Guerreiro Rodrigues / Instituto Evandro Chagas; Resumo: Introdução: A Clade dos virus Kelp Fly é uma nova proposta de grupo semelhante aos Picornavírus de insetos. O primeiro vírus detectado deste clado foi o vírus Kelp Flay (VKF), que possui um genoma de RNA de fita simples, tendo o capsídeo de simetria icosaédrica. O Wenzhou picorna-like virus 46 é um vírus de RNA não classificado, recentemente descrito, que se enquadrou no clado Picorna – Calici e que se agrupou dentro da Clade dos Kelp Fly virus related, a qual fica situada entre a clade dos vírus da família Picornaviridae e Caliciviridae. Objetivo: Caracterizar genômicamente um vírus de RNA não classificado obtido a partir de pool de Culicoides species capturado em Canaã dos Carajás-Pa. Métodos: Foi realizado o isolamento viral a partir de pool de artrópodes hematófagos composto por 150 mosquitos Culicoides species, coletados na região de Canaã dos Carajás-PA no ano de 2014. Suspensão do pool de insetos foi inoculado em cultura de células VERO e C6/36. Posteriormente, foi realizada imunoflurescência indireta (IFI) e em seguida o sequenciamento nucleotídico. Resultados: O vírus apresentou ECP somente em células C6/36 e a IFI apresentou-se negativa. A análise descritiva do genoma mostra que foram encontradas regiões não codificantes (RNC) 5’ e 3’ medindo 56 nt e 192 nt, respectivamente. Além disso, foi possível detectar uma região codificante (ORF), ORF1 medindo 8.961 nt. Em relação a analise filogenética o isolado viral agrupou-se no mesmo clado dos Kelp Fly vírus Related, mostrando esta mais relacionado (83%) com o vírus Whenzou picorna Like 46, contudo tratando-se de um vírus diferente que apresentou na matriz de similaridade genética uma variação de 52 % a 83 %, levando em consideração os aminoácidos. Trata-se então de vírus novo de RNA não classificado, aqui denominado: vírus Canaã. Este isolado está mais relacionado geneticamente com um vírus detectado na China em 2013 a partir de Channeled Apple snail (molusco Aruá). A análise filogenética mostrou que o vírus Canaã, assim como o vírus Wenzhou picorna like 46, se agruparam no clado Kelp Fly vírus related. Embora esses dois vírus estejam mais relacionados, com similaridade aminoacídica em torno de 83%, trata-se de vírus diferentes, portanto, um vírus novo para a ciência. Conclusão: Este estudo demostra a importância do isolamento viral e do sequenciamento nucleotídico que permitiram a identificação de um novo vírus para a ciência. Contato autor: [email protected]

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80939 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: CASOS CONFIRMADOS DE TÉTANO ACIDENTAL DE 2009 A 2018 NO BRASIL Autores: Amanda Gabay Moreira / Universidade do Estado do Pará; Amanda Gabay Moreira / Universidade do Estado do Pará; Caio César Chaves Costa / Universidade do Estado do Pará; Evelyn de Paiva Faustino / Universidade do Estado do Pará; Fernanda do Nascimento Rodrigues / Universidade do Estado do Pará; Jéssica Rayanne Côrrea da Silva / Universidade do Estado do Pará; Nathalia Gabay Pereira / Universidade do Estado do Pará; Thalita dos Santos Bastos / Universidade do Estado do Pará; Julie Marie Costa Sena / Universidade do Estado do Pará; Resumo: Introdução: O tétano acidental é uma doença causada pela bactéria Clostridium tetani, que corresponde a um bacilo gram (+), anaeróbio e esporulado, que pode estar presente em solo, pele, objetos não esterilizados e/ou enferrujados. A população acometida pelo tétano compreende basicamente os indivíduos não-imunizados e os parcialmente imunizados. O período de incubação da doença varia de 3 a 21 dias. O tétano acidental pode apresentar-se de forma localizada ou generalizada, de acordo com a distribuição da contratura e espasmos musculares, ou seja, acometimento de poucos grupos musculares ou de toda musculatura esquelética, sendo que as suas manifestações clínicas incluem contração intensa, simultânea e sustentada dos músculos agonistas e antagonistas (espasmo tetânico), síndrome característica de disfunção autonômica, caracterizada por hipertensão lábil, taquicardia, irregularidades do ritmo cardíaco, vasoconstrição periférica, suores, pirexia e algumas vezes hipotensão e bradicardia. Objetivo: Analisar a epidemiologia dos casos confirmados de tétano acidental de 2009 a 2018 no Brasil. Método: Trata-se de um estudo descritivo, feito com base em dados recolhidos por meio de fichas de notificação compulsórias do SINAN presentes no DATASUS. Foram recolhidas informações condizentes com o ano da notificação, região, sexo e faixa etária durante o período de 2009 a 2018. Resultados: Foram encontrados 2.734 casos notificados, sendo que a maioria ocorreu no ano de 2011 (12,25%), enquanto que a minoria ocorreu em 2018 (6,40%). Além disso, a região mais afetada foi a região Nordeste com 33,17% dos casos, e a região menos afetada foi a região Centro-Oeste com 11,85% dos casos, porém acredita-se que possa existir uma subnotificação em outras regiões. O sexo que teve maior número de notificações foi o masculino (85,11%), sendo o feminino 14,88% dos casos. A faixa etária mais acometida foi a de 40 a 59 anos (39,7% dos casos), seguida pela de 20 a 39 anos (20,99%), já a faixa etária menos acometida foi a de 1 a 4 anos (0,47%). Conclusão: Foi visto uma melhora relacionada aos casos de notificação compulsória de tétano acidental no decorrer dos anos, visto que há menos casos em 2018 em relação a 2009. No entanto, acreditase que ainda há muitas subnotificações, principalmente em regiões mais precárias. Contato autor: [email protected]

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82258 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: CIRCULAÇÃO DE ENTEROVÍRUS HUMANO NAS AMÉRICAS: UMA ANÁLISE USANDO BANCO DE DADOS GENÉTICO PÚBLICO Autores: Lizandra Caroline dos Santos Souto / Instituto Evandro Chagas; Diovana Nascimento dos Santos / Escola Superior da Amazônia; José Wandilson Barboza Duarte Júnior / Instituto Evandro Chagas; Layse Costa de Souza / Universidade Federal do Pará; Renato da Silva Bandeira / Instituto Evandro Chagas; Resumo: INTRODUÇÃO: Os enterovírus (EV) pertencem à família Picornaviridae, apresentam genoma de RNA de fita simples, são vírus não-envelopado, com simetria icosaédrica e possuem aproximadamente 30 nm de diâmetro. Os EV são divididos em 12 gêneros, no qual 7 infectam humanos. Os EV de origem humana podem ser divididos em Enterovírus humanos (EVH) A, B, C e D e Rinovírus (RVH) A, B e C. Os EVH são distribuídos mundialmente, a principal forma de contágio é por contato direto, podendo ocorrer também por meio de água e alimentos contaminados. A infecção por EVH pode atingir crianças e adultos e podem causar quadros leves como de conjuntives, doenças respiratória, como também quadros graves de paralisia e encefalites. A epidemiologia dos EVH está associada aos sorotipos, distribuição temporal e localização geográfica. Dessa maneira, faz-se necessário o monitoramento dos sorotipos de EVH circulantes. OBJETIVO: O estudo realizou um levantamento epidemiológico de Enterovírus humanos (EVH) em amostras que circularam nas Américas entre os anos de 1962 a 2017 usando mineração de dados. MÉTODOS: Foram utilizados dados epidemiológicos de sequencias do EVH depositadas no banco de dados ViPR e analisadas em programas de planilha eletrônica. RESULTADOS: O presente estudo analisou 2366 amostras depositadas no banco de dados genéticos em um período de 55 anos. Foram identificados sorotipos de Enterovírus A, B, C e D, e também sorotipos de Rinovírus A. O sorotipo mais prevalente nas Américas foi o sorotipo Enterovírus D68 (56,6%), seguido do sorotipo Coxsackievirus A24 (14%) e Echovirus E30 (6,7%). Dentre os países das Américas, o Estados Unidos apresentou a maior circulação de Enterovírus (48%), seguido do Canadá (19%) e depois de Cuba (16%). Em relação a forma de coleta, a mais utilizada foi a partir do swab da conjuntiva, em seguida amostras fecais e também, amostras de fluidos cefalorraquidiano. CONCLUSÃO: Esta revisão é de grande importância epidemiológica, uma vez que está relacionada distribuição de Entereovírus humano nas Américas. Contato autor: [email protected]

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80807 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: COPRODUÇÃO DE RESPOSTA IN SITU ENTRE TGF-Β E IL-35 NA DOENÇA DE HANSEN Autores: Tales Ribeiro Marques / Universidade do Estado do Pará; Luciana Mota Silva / Universidade do Estado do Pará; Kelly Emi Hirai / Universidade do Estado do Pará; Michelle Amaral Gehrke / Universidade do Estado do Pará; Viviane Elleres Soares Alves / Universidade do Estado do Pará; Jorge Rodrigues de Sousa / Universidade do Estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Juarez Antônio simões Quaresma / Universidade do Estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Resumo: Introdução: A Hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae. Trata-se de um bacilo alcool-ácido resistente que tem tropismo por infectar as células de schwann e causar lesões desmielinizantes nos nervos perifericos. É considerada uma doença negligenciada que representa um grave problema de saúde pública em países em desenvolvimento. Clinicamente, as manifestações clinicopatológicas se correlacionam com a resposta imunológica do hospedeiro. Neste contexto, estudos tem demonstrado que a resposta tanto das células Treg e dos macrófagos é determinante para modular a atividade imunosupressora nas formas polares da doença. Tendo em vista que o surgimento de novas citocinas contribuem para este processo, na hanseníase, poucos estudos demonstraram qual o papel da IL35 e de que maneira o TGF-β pode influenciar a atividade dos macrófagos no espectro da doença. Portanto, nosso estudo investigou o efeito regulatório in situ do TGF-β e da IL-35 na doença de hansen. Materias e Métodos: Para este estudo, foram selecionados 27 casos de pacientes não tratados com o diagnóstico confirmado para doença segundo os critérios preconizados pela classificação de Ridley e Jopling. Ao todo 14 pacientes fizeram parte do grupo Tuberculóide e 13 do Virchoviano. A imunomarcação para as citocinas, envolveu o método imunistoquímico baseado na formação do complexo biotina-estreptavidinaperoxidade. Resultados: A análise quantitativa revelou que ambas as citocinas são mais expressas na forma virchoviana comparada a tuberculóide. Além disso, a imunomarcação foi predominante em macrófagos espumosos contendo globias. No estudo de correlação, o sinergismo de resposta foi observado principalmente no polo de suscetibilidade da doença. Conclusão: Por fim, este é primeiro estudo a demonstrar que a resposta mediada tanto pelo TGF-β quanto pela IL-35 pode influenciar diretamente nas estratégias de evasão imune desencadeada pelo bacilo pelo fato de que ambas as citocinas são determinantes para induzir a produção de IL-10 pelos macrófagos M2 e com isso inibir a resposta microbicida da célula. Contato autor: [email protected]

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80754 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: CRESCIMENTO INTRAUTERINO RETARDADO EM PACIENTES EXPOSTOS IN UTERO AO ZIKA VÍRUS COM E SEM MICROCEFALIA. Autores: Cristina B Hofer / UFRJ; Giulia P Lma / UFRJ; Daniela Vivacqua / UFRJ; Raquel A Soares / UFRJ; Thalita F Abreu / UFRJ; Ana Cristina C Frota / UFRJ; Resumo: Introdução – Infecções congênitas são associadas com crescimento intrauterino retardado (CIUR). Nosso objetivo é avaliar a possível associação entre CIUR e microcefalia em crianças cuja mãe foi diagnosticada com infecção pelo Zika vírus durante a gestação. Métodos – Recrutamos os pares mãe-filho entre maio, 2015-outubro, 2017, em um ambulatório de doenças infecciosas e parasitárias de referência no Rio de Janeiro. Critérios de inclusão são infecção maternal por Zika vírus durante gestação ou lactente com características clínicas e/ou laboratoriais da infecção. Critérios de exclusão são outra etiologia para a apresentação clínica da gestante e/ou concepto ou PCR negativo para Zika vírus em todas as especiemns testadas em 12 dias do início dos sintomas maternos. Formamos dois grupos: com e sem microcefalia e sua relação com CIUR foi avaliada pelos testes exato de Fisher ou Mann-Whitney. Informações maternas e relacionadas a gestação foram coletadas e utilizamos a regressão logística para ajustar para possíveis variáveis também associadas ao CIUR. Resultados – Dos 41 recém-natos estudados, 19 (46%) apresentavam microcefalia. Entre os pacientes com microcefalia 8 apresentavam história de CIUR, enquanto 3 entre os que não a apresentavam. (p=0.03). A idade média maternal ao parto foi de 21 anos. Quando ajustado para uso de tabaco na gestação (p=0.58), uso de álcool na gestação (p=0.16), outras infecções congênitas (p=0.39), salário (p=0.13), microcefalia ainda foi associada ao CIUR (p=0.02) Conclusões – Nosso estudo corrobora com a hipótese que microcefalia relacionada ao Zika vírus está associada com CIUR. Contato autor: [email protected]

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81288 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: DESEMPENHO DA ESTERASE LEUCOCITÁRIA NO DIAGNÓSTICO RÁPIDO DA INFECÇÃO PERIPROTÉTICA DE QUADRIL Autores: AUGUSTO CARLOS MACIEL SARAIVA / INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLGIA E ORTOPEDIA; Juliana Arruda de Matos / INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA; Marco Bernardo Cury / INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA; Ana Carolina Leal / INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA; Resumo: Introdução: A infecção articular periprotética (IAP) é uma das complicações mais frequentes e graves da artroplastia total de quadril (ATQ). O diagnóstico preciso e o tratamento adequado são imprescindíveis para evitar a perda funcional e a evolução para infecção sistêmica. Entretanto, o diagnóstico da IAP é um desafio, uma vez que ainda não há um método diagnóstico padrão ouro, e os critérios diagnósticos atuais se baseiam em achados cirúrgicos e testes imprecisos e/ou demorados. A pesquisa de esterase leucocitária (PEL) fornece resultados rápidos, “à beira do leito” e apresenta baixo custo; seu desempenho na população brasileira, no entanto, é pouco conhecido. Objetivo: avaliar o desempenho da PEL para identificação da IAP pós ATQ nos pacientes submetidos a cirurgia de revisão da ATQ. Métodos: Foram incluídos os pacientes nos quais foi possível coletar líquido sinovial (LS) durante o procedimento cirúrgico. IAP foi definida segundo os critérios preconizados pela Sociedade de Infecção Musculoesquelética. O valor diagnóstico da PEL foi comparado aos exames de cultura microbiológica, avaliação histopatológica da membrana periprotética, velocidade de hemossedimentação, proteína C reativa no plasma, contagem de células brancas e percentual de polimorfonucleares no LS. Resultados: Foram incluídos 53 pacientes, sendo 54,3% homens e 45,6% mulheres. Infecção foi confirmada em 16 pacientes, dos quais 14 tiveram crescimento de microrganismos na cultura do tecido periprotético. Foi possível realizar a PEL em 42 pacientes, 15 do grupo infecção e 27 do grupo não infecção. A PEL do LS apresentou valores de sensibilidade e especificidade de 57% e 100%, respectivamente. Conclusão: A baixa sensibilidade, em comparação com os estudos internacionais, que evidenciam valores acima de 80%, sugere que a PEL não deve ser utilizada como exame de triagem de IAP, já que o resultado negativo não pode ser utilizado para excluir a hipótese de infecção. No entanto, a elevada especificidade, aliada à rapidez, baixo custo e possibilidade ser utilizada no intra-operatório, faz da PEL um exame bastante útil dentro do armamentário diagnóstico da IAP. Quando positiva, a PEL confirma o diagnóstico de infecção, sendo, portanto, capaz de mudar a conduta do cirurgião durante uma cirurgia de revisão classificada inicialmente como asséptica, de acordo com a avaliação pré-operatória. Desta forma recomendamos o uso rotineiro da PEL em todas a revisões aparentemente assépticas de quadril. Contato autor: [email protected]

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80796 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: DINÂMICA DOS CASOS DE TÉTANO ACIDENTAL EM UM ESTADO DO NORDESTE DO BRASIL EM 10 ANOS Autores: José Vitor Santos Oliveira / Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas; Thâmara Consuello Costa Peixoto Coelho / Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas; Yuri Farias Lima / Centro Universitário Cesmac; Renata Vasconcelos de Carvalho / Universidade Tiradentes; Fernando Luiz de Andrade Maia / Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas; Resumo: Introdução: O tétano é uma doença infecciosa grave, não contagiosa e imunoprevenível que tem por agente etiológico o Clostridium tetani. No Brasil, observa-se maior incidência na região nordeste, principalmente no gênero masculino em faixa etária produtiva. A infecção caracteriza-se como um grave problema de saúde pública pelas altas taxas de letalidade. Em Alagoas a letalidade atinge níveis superiores aos 30% descritos pela literatura. Objetivo: Descrever a dinâmica dos casos de tétano acidental em Alagoas em um período de 10 anos. Métodos: Estudo transversal e retrospectivo. As informações foram coletadas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, referente aos casos de diagnóstico de tétano acidental registrados no período de 2008 a 2017 em Alagoas. Resultados: No período de 2008 a 2017 foram registrados 53 casos. Neste período destaca-se a 1ª região de saúde apresentando 100% destes. Nesta região de 2016 a 2017, os casos reduziram em 71,5%, em 2016 com 7 casos e 2017 com 2 casos. No período de 2008 a 2017 houve redução em 75%, sendo registrados 8 casos em 2008. Um fator marcante é que o sexo masculino apresentou acentuado predomínio da doença com 90,5% e com faixa etária prevalente de 40-49 anos. Enquanto que no sexo feminino foram 9,4% dos casos, sem faixa etária dominante. As maiores taxas de mortalidade no sexo masculino foram de 15-19, de 60-69 e 70-79 anos, totalizando 77,7% de óbitos. Nas mulheres de 60-69 e 70-79 anos a taxa de mortalidade foi de 100%. A permanência hospitalar foi em média 17 dias por paciente. O valor de serviços hospitalares por ano com pacientes vítimas do tétano aumentou 191%. Sendo gastos 6.313,46 no ano de 2008 e 18.435,10 em 2017. Conclusão: Apesar de imunoprevenível, o número de casos de tétano em Alagoas é expressivo, com alta taxa de mortalidade associada. O perfil dos acometidos refletiu prevalência do sexo masculino e faixa etária que coincide com período produtivo, estando provavelmente relacionado com a maior exposição destes indivíduos a fatores de risco como traumatismos e contato com objetos perfurocortantes contaminados. Fica evidente a necessidade do investimento em campanhas de vacinação em áreas de alta vulnerabilidade social, conscientização dos grupos de risco quanto à importância desta, além de investir em suporte hospitalar adequado no sentido de evitar o surgimento de novos casos e reduzir a morbimortalidade por essa patologia. Contato autor: [email protected]

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81115 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: EFEITO MIGRATÓRIO DAS CÉLULAS DENDRÍTICAS PLASMOCITÓIDES IN SITU NA DOENÇA DE HANSEN Autores: Vitória Nazaré Moreira Gomes Araújo / Universidade do Estado do Pará; Tales Ribeiro Marques / Universidade do Estado do Pará; Viviane Elleres Soares Alves / Universidade do Estado do Pará; Fredson Murilo de Oliveira Teixeira / Universidade do Estado do Pará; Kelly Emi Hirai / Universidade do Estado do Pará; Luciana Mota Silva / Universidade do Estado do Pará; Jorge Rodrigues de Sousa / Universidade do Estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas.; Juarez Antônio Simões Quaresma / Universidade do Estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas.; Resumo: Introdução: A hanseníase, causada pelo Mycobacterium leprae, possui evolução clínica diversa, decorrente da complexidade dos mecanismos de defesa do sistema imunológico do hospedeiro. Neste contexto, um subtipo de células dendríticas conhecidas como plasmocitóides, tem apresentado papel relevante na elaboração inicial da resposta imune contra o M. leprae nas formas polares da doença. Tais células, geralmente, circulam pelo sangue e são recrutadas durante condições inflamatórias. Diante disso, nosso estudo investigou o efeito migratório das células dendríticas plasmocitóides in situ na doença de hansen. Materiais e Métodos: Ao todo foram selecionados 26 pacientes não tratados cujo o diagnóstico para a doença foi confirmado segundo os critérios preconizados pela classificação de Ridley e Jopling. A imunomarcação com o anticorpo especifico para o CD123 foi baseada no método envolvendo a formação do complexo biotina-estreptavidina-peroxidade. Resultados: Entre as formas polares da doença, a análise quantitativa para o CD123 demonstrou que existe um predomínio de expressão do marcador na forma tuberculóide comparada a virchoviana. Além disso, no polo de resistência da doença, vale ressaltar que a localização das células dendríticas plasmocitóides se mostrou preferencialmente na derme principalmente na periferia do granuloma próxima ao endotélio vascular. Conclusão: Nosso estudo indica que o efeito migratório das células dendríticas plasmocitóides, pode modular diretamente na construção de uma resposta imunológica mais eficiente ao passo que neste processo, a co-localização da célula próxima ao endotélio vascular facilita a captura do bacilo e com isso o processamento e apresentação do antígeno às células T pode influenciar na construção da resposta microbicida. Contato autor: [email protected]

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81137 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: EPIDEMIOLOGY, MICROBIOLOGICAL DIAGNOSIS, AND CLINICAL OUTCOMES IN PROSTHETIC JOINT INFECTION: RESULTS FROM THE PROSPECTIVE BRAZILIAN-IMPLANT COHORT STUDY (BRICS) Autores: Mauro / UNIFESP; Luis Gustavo Cardoso / UNICAMP; Jaime Luis Rocha / INSTITUTO VITA; Luciana Souza Jorge / Hospital de Base de São José do Rio Preto; Juliana Arruda de Matos / INTO; Marcelo Carneiro / Universidade de Santa Cruz do Sul; Bill Randerson Bassetti / Hospital Estadual Central; Karen Morejon / USP de Ribeirão Preto; Maria Esther Graf / Hospital Universitário Cajurú; Cristine Pilati Pileggi Castro / INTO Passo Fundo RGS; Resumo: Prosthetic joint infection (PJI) is expected to range between 1% to 10% after primary and revisions joint arthroplasties, respectively. So far, there are no Brazilian PJI data published which would be helpful at developing local preventive strategies and guide surgeons and clinicians. Aim: Describe the epidemiological, clinical and microbiological PJI results of a national study including academic, public and private institutions. Methods: We prospectively enrolled patients with PJI in a national cohort study among 11 hospitals to describe host, pathogens, diagnosis, surgery strategies adopted (according to the standard hospital-based guideline) and outcome after 1- and 2-years follow-up. PJI was defined using the IDSA criteria. Patients were enrolled from July 2013 to December 2015. Results: Overall, 234 patients undergoing hip, knee, and shoulder (n=3) arthroplasty were eligible; 35 were excluded: did not fulfill the inclusion criteria (n=14), withdrawal informed consent (n=11) and early lost to follow-up (n=10). A total of 199 were available for analysis. Twenty-two (11%) patients died during the follow-up, 95% occurred within the first year of PJI. In the one-year (12 patients lost to follow-up) and two-year (18 patients lost to follow-up) post-diagnosis analysis, overall treatment failure occurred in 13.3% (n=22/166), and 17% (n=25/147). Knee and hip rate failure in the 1- and 2-year follow up were 12.2% (n=9/74), 15.4% (n=14/91), and 16.2% (n=11/68), 18.2% (n=14/77), respectively. Debridement with implant retention (DAIR), one-stage exchange, two-stage exchange, and arthrodesis was performed in 44.7%, 25.4%, 22.3%, 7.6% respectively. Failure rates for DAIR, one-stage exchange, two-stage exchange, and arthrodesis after 1- and 2-year follow-up were 24.2% (n=16/66), 4.3% (n=2/46), 9.8% (4/41), 0% (n=0/15), and 28.6% (n=16/56), 4.8% (n=2/42), 15.8% (n=6/38), 0% (n=0/15), respectively. Microbial diagnosis yielded a positive culture of 71.7%. Staphylococcus aureus (34%), coagulase-negative staphylococci (28%), P. aeruginosa (17%) were more prevalent. Polymicrobial PJI were diagnosed in 32.8%. Conclusions: This is so far the largest Brazilian cohort of patients with PJI showing an overall 2-years failure-free survival rate of 83%, in which DAIR is the most frequent and less successful strategy, and single-stage exchange seems to be a growing surgical option. Polymicrobial infection is frequent. Non-fermenting Gram-negative bacilli seem to be increasing. Contato autor: [email protected]

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84802 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: ESTUDO DOS POLIMORFISMOS DO GENE TOLL-LIKE 2 NA HANSENÍASE Autores: Letícia Siqueira Moura / Instituto Evandro Chagas; Leticia Siqueira Moura / Instituto Evandro Chagas; Jasna Leticia Pinto Paz / Instituto Evandro Chagas; Evaraldina Cordeiro dos Santos / Instituto Evandro Chagas; Maria do Perpetuo Socorro Correa Amador Silvestre / Instituto Evandro Chagas; Luana Nepomuceno Gondim Costa Lima / Instituto Evandro Chagas; Resumo: A hanseníase é uma imunopatologia causada pelo M. leprae, a evolução da doença depende de aspectos imunológicos e genéticos do hospedeiro, sendo a região Norte a área com maior endemicidade de hanseníase do Brasil. A forma tuberculóide corresponde à alta resistência à infecção pelo M. leprae e é relacionada à resposta imune celular Th1. A forma de alta suscetibilidade, a hanseníase virchoviana, caracteriza-se pela deficiência de resposta imune celular Th1, excessiva multiplicação bacilar e disseminação da infecção. Entre estas formas polares, situam-se as formas dimorfas da doença. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a relação entre o SNP 2029 (C-T) e 2258 (G-A), do gene humano TLR2 e a hanseníase. Nesta pesquisa, foram estudados 103 indivíduos dos Municípios de Redenção e ParauapebasPA. Foram analisadas amostras de sangue de 6 pacientes paucibacilares (PB), 16 multibacilares (MB)e 81 contatos intradomiciliares sadios. Realizou-se a genotipagem dos SNPs 2029 e 2258 do gene TLR-2, por sequenciamento no ABI 3130 Genetic Analyzer (Applied Biosystems®) através de nucleotídeos iniciadores desenhados pelo programa Primer3Plus a partir da região genômica “Homo sapiens toll like receptor 2 (TLR2) transcript variant X6, mRNA”, depositada no GenBank com a referência XM_011532216.2. Os resultados foram organizados em banco de dados do programa epi infotm 7. As proporções observadas da presença do polimorfismo dentro de cada grupo estudado foram analisadas através do teste exato de Fisher. Para o SNP 2029, dos indivíduos do grupo de contatos analisados, 76 apresentaram genótipo CC e 5 apresentaram genótipo CT, todos os indivíduos MB apresentaram genótipo CC, entre os 6 PB tipificados, 1 apresentou genótipo mutante (CT). Para o polimorfismo 2258, 78 indivíduos do grupo de contatos apresentaram o genótipo GG e apenas 3 apresentaram o genótipo GA, nesta região, assim como para o polimorfismo 2029, nenhum individuo do grupo MB apresentou SNP genético, para PB apenas 1 apresentou genótipo GA. A sequência genômica que abrange as regiões 2029 e 2258 do gene TLR tem se mostrado bem conservada na população estudada. Apesar de somente os grupos de contatos e PB apresentarem SNPs, não houve relevância estatística quando comparados os três grupos, não existindo relação dos polimorfismos analisados com a susceptibilidade hanseníase na população estudada. Contato autor: [email protected]

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81010 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: EVENTO ENDOCITÁRIO E SUA RELAÇÃO COM A EXPRESSÃO DE RAB5 E VAMP3 NA DOENÇA DE HANSEN Autores: Louise Andrade Lobo da Silva Barata / Universidade do Estado do Pará; Fredson Murilo de Oliveira Teixeira / Universidade do Estado do Pará; Victor Augusto Campina Santa Rosa / Universidade do Estado do Pará; Kelly Emi Hirai / Universidade do Estado do Pará; Luciana Mota Silva / Universidade do Estado do Pará; Jorge Rodrigues de Sousa / Universidade do Estado do Pará; Juarez Antônio Simões Quaresma / Universidade do Estado do Pará; Resumo: Introdução: A hanseníase é uma doença considerada negligenciada que tem grandes repercussões clínicas, epidemiológicas e imunológicas. Causada pelo Mycobacterium leprae, o bacilo tem tropismo por infectar os macrófagos e modular os mecanismos de evasão imunológica no espectro da doença. Neste contexto, o efeito modulatório do tráfego vesicular é determinante para induzir o processo de maturação do fagolisossomo bem como a resposta microbicida da célula. Até o presente momento ainda não foram encontrados estudos demonstrando como a expressão de Rab5 e VAMP3 influenciam na atividade dos macrófagos in situ no espectro da doença. Considerando o fato de que o estudo de ambas as proteínas ampliará as discussões imunológicas em torno da patogenia da doença, este estudo investigou o evento endocitário e sua relação com a expressão de Rab5 e VAMP3 na doença de Hansen. Materiais e Métodos: Para realização do estudo, foram selecionados 30 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará distribuídos segundo a classificação de Ridley e Jopling. Dos casos, 15 eram Tuberculoides e 15 Virchowianos. Para a imunomarcação do tecido com o anticorpo anti-Rab5 e anticorpo anti-VAMP3, os cortes histológicos foram submetidos à técnica de imunoistoquímica. Referente à análise estatística, foram obtidas frequências, medidas de tendência central e de dispersão, e para a investigação das hipóteses, o teste de Mann-whitney e a correlação de Pearson. Resultados: Em relação a imunomarcação para Rab5 e VAMP3, pode se observar que a distribuição de ambas as proteínas pelo infiltrado inflamatório nas duas formas clínicas esteve mais presente no citoplasma de macrófagos espumosos na forma lepromatosa comparada a tuberculoide. No estudo de correlação, o efeito sinérgico mediado por ambas as proteínas ocorre nas duas formas clínicas. Conclusão: Por fim, este é o primeiro estudo a relatar que as proteínas que medeiam o tráfego vesicular possam estar influenciando diretamente o processo de maturação precoce do fagolisossomo, o que pode ser determinante para a manutenção e sobrevivência do bacilo no polo suscetível da doença. Contato autor: [email protected]

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80879 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: FEOHIFOMICOSE DISSEMINADA: RELATO DE CASO Autores: Cristielly Guimarães Franco / Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad HDT-GO; Rodrigo Guimarães Franco / Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos IMEPAC/MG; Adriana Oliveira Guilarde / Hospital das Clínicas de Goiás - HC-UFG; Erika Barcelos Costa / Hospital das Clínicas de Goiás - HC-UFG; Moara Alves Santa Bárbara Borges / Hospital das Clínicas de Goiás - HC-UFG; Juliana Lopes Dona / Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad HDT-GO; Luiz Felipe Silveira Sales / Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad HDT-GO; Thais Alarcon Duarte Braga / Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad HDT-GO; Luciana Barbosa Leite / Hospital das Clínicas de Goiás - HC-UFG; Larissa Silva de Saboya / Hospital das Clínicas de Goiás - HC-UFG; Resumo: Apresentação do Caso: Homem, 59 anos, casado, residente no estado do Tocantins, trabalhador rural, apresentando quadro de dor, hiperemia conjuntival, fotofobia e redução da acuidade visual, pior à esquerda. Referia artralgia difusa (principalmente em punho direito e tornozelo esquerdo), cefaleia, febre, tosse, dispneia e lesões cutâneas acastanhadas e ulceradas em membros inferiores, com piora há um mês. Antecedentes pessoais de obesidade grau 2, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e insuficiência adrenal, diagnóstica há oito meses da admissão, em uso de prednisona 60mg/dia desde então. Durante a investigação, exame oftalmológico demonstrava vitreíte em olho esquerdo, com lesões em aspecto de “flocos de algodão doce” (sementes fúngicas no vítreo). Tomografia de tórax evidenciava infiltrado em vidro fosco à direita e ultrassonografia de punho demonstrava artropatia inflamatória. A biópsia de pele identificou hifas infiltrando tecido e a cultura revelou crescimento de Alternaria spp. Devido à gravidade do quadro e o acometimento disseminado, foi iniciada anfotericina B desoxicolato 50mg/dia por 11 dias, associada à injeção intravítrea de anfotericina 10mcg/semana. Evoluiu com nefrotoxicidade e distúrbio hidroeletrolítico, sendo substituída anfotericina por voriconazol 200mg de 12/12h. Cursou com melhora clinica global, boa resposta à terapia antifúngica e alta com acompanhamento ambulatorial regular e redução gradual da corticoterapia. Discussão: A feohifomicose é uma doença causada por fungos demáceos, distribuídos amplamente no ambiente e é uma causa incomum de doenças em humanos. Acomete principalmente indivíduos imunocomprometidos e geralmente cursa com doença disseminada. Infecções oculares por Alternaria spp. são vistas especialmente após a lesão ocular acidental, contudo no caso descrito não houve relato de trauma. Considerações finais: Pela escassez na literatura de quadros causados por Alternaria spp., relatamos o caso de feohifomicose disseminada, com acometimento do globo ocular, pele, articulações, pulmão e demonstração do fungo por meio de biópsia e cultura. O uso de corticoide por tempo prolongado foi um importante fator de imunossupressão. O diagnóstico tardio de micoses sistêmicas impacta em complicações, internação prolongada e baixa na qualidade de vida de pacientes imunodeprimidos. Contato autor: [email protected]

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81057 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: IL-33 E ZIKA VÍRUS: UMA NOVA ABORDAGEM IMUNOLÓGICA DOS MECANISMOS DE LESÃO CELULAR EM CASOS FATAIS DE MICROCEFALIA Autores: Jorge Rodrigues de Sousa / Universidade do Estado do Pará; Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Raimunda do Socorro da Silva Azevedo / Universidade do Estado do Pará; Patricia Sarraf Paes / Universidade do Estado do Pará; Michelle Amaral Gehrke / Universidade do Estado do Pará; Rita de Cássia Costa Macedo / Universidade do Estado do Pará; Arnaldo Jorge Martins Filho / Universidade do Estado do Pará; Marialva Tereza Ferreira de Araujo / Universidade do Estado do Pará; Ermelinda do Rosário Moutinho Cruz / Universidade do Estado do Pará; Juarez Antônio Simões Quaresma / Universidade do Estado do Pará; Universidade Federal do Pará; Instituto Evandro Chagas; Pedro Fernando da Costa Vasconcelos / Universidade do Estado do Pará; Instituto Evandro Chagas; Resumo: Introdução: O Zika vírus é um arbovírus transmitido pela picada do mosquito do gênero aedes (principalmente em países tropicais) como também pelo contato sexual. Pertencente à família Flavivirdae, gênero Flavivirus, o ZIKV foi descoberto primeiramente em Uganda, na África a partir do estudo realizado com macaco Rhesus (Macaca mullata) sentinela febril. Possuindo um genoma de aproximadamente 10.7 kb, o ZIKV é um RNA vírus envelopado, sentido positivo, polaridade positiva que possui 3 proteínas estruturais (C, prM/M, e E) e 7 não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS5). A IL-33 é considerada uma citocina pleiotrópica que modula a resposta imune do hospedeiro. Na patogenia da infecção pelo ZIKV, poucos são os estudos que demonstraram qual o papel da citocina e de que maneira ela pode contribuir para o desenvolvimento das estratégias de evasão imune do vírus mediante a relação patógeno-hospedeiro. Nosso estudo buscou compreender as implicações de resposta da IL-33 em casos fatais de microcefalia induzida pelo ZIKV. Materiais e Métodos: Fizeram parte deste estudo 15 casos, sendo 10 de neonatos com microcefalia e 5 que fizeram parte do grupo controle que não apresentaram positividade para nenhum flavivirus e que se encontravam com arquitetura neural preservada. Para a imunomarcação do tecido com o anticorpo anti-IL-33, a técnica de imuno-histoquímica foi baseada na formação do complexo biotina estreptavidina peroxidase. Resultados: No parênquima neural, na camada cortical onde o despovoamento neuronal era evidente, uma extensa área de necrose neural foi observada com intensa expressão da citocina. Além disso, em casos de meningoencefalite a presença massiva de células inflamatórias foi correlacionada com concentração hiperexpressada da citocina. Conclusão: Este é o primeiro estudo a demonstrar que a IL-33 parece ser determinante para desencadear a construção de mecanismos de lesão celular haja vista que a citocina tem relação direta com a necroptose e a ativação do inflamossomo. Tais achados podem contribuir para o entendimento do fenômeno de morte celular em casos fatais de microcefalia induzida pelo ZIKV. Contato autor: [email protected]

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84494 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: IMPACTO SOCIOECONÔMICO DAS INTERNAÇÕES POR SÍFILIS CONGÊNITA NO PERÍODO DE 2017 A 2018 NO BRASIL Autores: Brandon Thomaz Sousa / Universidade Federal do Amapá; Larissa Sena de Lucena / Universidade Federal do Amapá; Mayara Emilly Albino Silva / Universidade Federal de Alagoas; Alice dos Santos Mattos / Universidade Federal de Alagoas; Ketle Figueiredo Gonçalves / Universidade Federal do Amapá; Resumo: INTRODUÇÃO: A sífilis congênita é um grande problema de saúde pública no Brasil, visto que causa impacto negativo na saúde da mulher e do seu concepto, podendo resultar em sequelas incapacitantes significativas, como surdez ou cegueira, e até na morte da criança infectada pelo Treponema pallidum, além de apresentar altas taxas de transmissão vertical, podendo chegar de 70 a 100% nas fases primárias da doença. OBJETIVO: Descrever o impacto socioeconômico da sífilis congênita, através da descrição do número, do orçamento investido e da taxa de mortalidade, referentes às internações em caráter de urgência, em menores de um ano de idade, nos anos de 2017 e 2018, devido a esse agravo. METODOLOGIA: Estudo transversal descritivo. Descrever e discutir dados nacionais sobre o número, recursos financeiros e taxa de mortalidade, referentes às internações por sífilis congênita, em caráter de urgência, em menores de um ano de idade, nos anos de 2017 e 2018, obtidos através do tabulador de dados TABNET, desenvolvido pelo DATASUS/MS, referente ao SIH (Sistema de Internações Hospitalares). A taxa de mortalidade foi calculada através da razão entre a quantidade de óbitos e o número de internações aprovadas, no período, multiplicado por 100. RESULTADOS: No ano de 2017, foram admitidas 14.822 de internações hospitalares em todo território nacional, resultando em um gasto de 7.609.733,33, com uma média de taxa de mortalidade de 0,18. Já em 2018, esses números cresceram para 17.704, 8.805.954,17 e 0,24, respectivamente. Assim, a sífilis congênita foi a causa de cerca de 3% de todos os internamentos em caráter de urgência e correspondeu a cerca de 1% do valor gasto total nesta modalidade de atendimento. Regiões com maiores números de internamentos: Sudeste (5.743), em 2017 e Nordeste (6.364), em 2018. Região com maiores gastos: Sudeste, tanto em 2017 (2.734.963,81), quanto em 2018 (3.023.957,35). Regiões com maiores taxas de mortalidade: Norte e Nordeste, aumentando de 0,13 e 0,30, respectivamente, em 2017, para 0,31 em 2018, em ambas as regiões. CONCLUSÃO: Foi possível observar que o número e os gastos referentes aos internamentos devido à sífilis congênita são altos e sofreram aumento de 2017 para 2018, o que reforça a importância de investimentos em pesquisas de tratamentos profiláticos, como vacinação ou em métodos diagnósticos mais eficazes, a fim de se reduzir a morbimortalidade por esse agravo ou de se erradicar definitivamente essa doença. Contato autor: [email protected]

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81114 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: IMPLICAÇÕES DE RESPOSTA DA IL-37 EM CASOS FATAIS DE MICROCEFALIA INDUZIDA PELO ZIKA VÍRUS Autores: Jorge Rodrigues de Sousa / Instituto Evandro Chagas; Núcleo de Medicina Tropical - UFPA; UEPA.; Raimunda do Socorro da Silva Azevedo / UEPA; Paola dos Santos Dias / UEPA; Louise Andrade Lobo da Silva Barata / UEPA; Viviane Elleres Soares Alves / UEPA; Arnaldo Jorge Martins Filho / UEPA; Marialva Tereza Ferreira de Araujo / UEPA; Ermelinda do Rosário Moutinho Cruz / UEPA; Juarez Antônio Simões Quaresma / INSTITUTO EVANDRO CHAGAS; NUCLEO DE MEDICINA TROPICAL - UFPA; UEPA; Pedro Fernando da Costa Vasconcelos / INSTITUTO EVANDRO CHAGAS; UEPA; Resumo: Introdução: O Zika vírus (ZIKV) é um arbovirus pertencente à família Flaviviridae, gênero Flavivirus que foi descoberto em 1947 a partir do estudo realizado com macaco Rhesus (Macaca mulata) sentinela febril, em Uganda, na África. A partir de 2015, os países em desenvolvimento como no caso Brasil enfrentaram um surto epidêmico onde a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou que a infecção pelo vírus era considerada um grave problema de saúde pública. Com o surgimento dos casos de microcefalia foi mostrado que a existência de uma possível relação causal da infecção pelo vírus com as malformações congênitas. Neste cenário, poucos são os estudos que mostraram na patogenia da infecção congênita qual o papel de novas citocinas e de que maneira a expressão de proteínas da família da IL-1 possa regular os mecanismos de lesão celular in situ na patogenia da infecção pelo ZIKV. Portanto nosso estudo investigou a resposta da IL-37 em casos fatais de microcefalia induzida pelo ZIKV. Materiais e Métodos: Ao todo foram selecionados tecido cerebral de 15 casos, sendo 10 de neonatos com microcefalia e vieram a óbito e que apresentaram positividade para ZIKV por RT-qPCR e/ou isolamento viral em cultivo celular, e 5 que fizeram parte do grupo controle que não apresentaram positividade para nenhum flavivirus pelos mesmos testes (RT-qPCR e cultivo celular), e que se encontravam com arquitetura neural preservada. Para a imunomarcação do tecido com o anticorpo anti-IL-37, a técnica de imuno-histoquímica foi baseada na formação do complexo biotina estreptavidina peroxidase. Resultados: A compartimentalização de estudo no sistema nervoso central (SNC) demonstrou que a expressão da citocina é exacerbada na meninge, no espaço perivascular como também no parênquima. Interessante que neste processo a concentração da citocina centraliza-se principalmente no infiltrado inflamatório e no nódulo microglial. Conclusão: Por fim este é o primeiro estudo demonstrar que a IL-37 participa diretamente da construção de mecanismos imunossupressores haja vista que a citocina inibe fortemente a resposta imunológica inata facititando a replicação viral do ZIKV nas micróglias, astrócitos e neurônios. Contato autor: [email protected]

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81545 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA CAUSADAS POR ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS EM HOSPITAIS TERCIÁRIOS DE SALVADOR, BAHIA: CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E CLÍNICA. Autores: Lorena Galvão de Araújo / Fundação Oswaldo Cruz; Adriele Pinheiro Bomfim / Fundação Oswaldo Cruz; Matheus Sales Barbosa / Fundação Oswaldo Cruz; Jailton Azevedo / Fundação Oswaldo Cruz; Maria Goreth Barberino / Hospital São Rafael; Márcio de Oliveira Silva / Hospital São Rafael; Edilane Gouveia Voss Boaventura / Hospital da Bahia; Mitermayer Galvão Reis / Fundação Oswaldo Cruz; Joice Neves Reis Pedreira / Fundação Oswaldo Cruz; Resumo: As infecções de corrente sanguínea (ICS) causadas por enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ERC) tornaram-se uma grande preocupação mundial, tanto por sua elevada letalidade, quanto pelas limitadas opções terapêuticas para tratamento das mesmas. No Brasil, o primeiro relato de enterobactérias produtoras de carbapenemase foi feito em 2005, enquanto que a detecção da carbapenemase do tipo KPC aconteceu pela primeira vez em 2009. A partir de então, outros relatos surgiram no país, embora para alguns estados brasileiros os dados ainda sejam escassos, como é o caso da Bahia. Assim, o objetivo deste trabalho é descrever letalidade, características epidemiológicas e clínicas de pacientes com ICS por ERC, identificando as principais enterobactérias isoladas e seu perfil de sensibilidade antimicrobiana, buscando descrever fatores de risco para infecções por ERC e para óbito, além de descrever os principais regimes antimicrobianos utilizados para tratamento destas infecções. Trata-se de coorte retrospectiva em que foram incluídos casos de ICS por enterobactérias provenientes de dois hospitais terciários de Salvador, Bahia, no período de 01/04/2016 a 28/02/2018. Dados epidemiológicos foram coletados por meio de revisão de prontuários e os isolados bacterianos foram identificados por espectrometria de massa e pelo VITEK-2®. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi realizado através de automação (VITEK-2®). Foram identificados 242 casos de ICS, com um total de 255 isolados de enterobacterias, sendo Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae as mais frequentes. A letalidade geral das ICS foi de 40,9%, com K. pneumoniae e Proteus mirabilis apresentando os perfis de sensibilidade mais desfavoráveis. Infecções relacionadas à assistência à saúde, uso prévio de antibióticos, colonização por Gram-negativos resistentes a carbapenêmicos e infecções por K. pneumoniae e Proteus mirabilis foram fatores de risco para ICS por ERC. Para estas, foram fatores de risco para o óbito: idade, qSOFA e SOFA, escore de bacteremia de Pitt ≥ 4 e internação em unidade de terapia intensiva. Não houve homogeneidade na escolha dos esquemas antibióticos utilizados para tratamento das ICS por ERC. Diante dos achados, conclui-se que as ICS causadas por bactérias ERC apresentam elevada letalidade, sendo a compreensão de sua epidemiologia fundamental para o estabelecimento de melhores estratégias terapêuticas e para adoção de medidas preventivas. Contato autor: [email protected]

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84856 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: CONHECIMENTOS E PRÁTICAS ENTRE ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ Autores: Gabriela Belmonte Dorilêo / Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM/EBSERH); Ackerman Salvia Fortes / Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM/EBSERH); Olivia Gabriela de Jesus Domingos / Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM/EBSERH); Paulo Lucas Benchimol Villasboas / Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM/EBSERH); Vanessa Evelyn Nonato de Lima / Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM/EBSERH); Letícia Rossetto da Silva Cavalcante / Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM/EBSERH); Resumo: Introdução: A adolescência é o período de transição entre infância e fase adulta, no qual se inicia a procura por novas experiências, muitas vezes sem o conhecimento adequado. Com isso, essa faixa etária torna-se suscetível às infecções sexualmente transmissíveis (IST). Objetivo: Mensurar o conhecimento e a exposição dos adolescentes de Cuiabá às IST. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, realizado entre abril e maio de 2019, em escolas públicas de Cuiabá. O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado, auto-aplicado, de maneira anônima. Resultados: O questionário foi respondido por 497 adolescentes, que cursavam o ensino fundamental e médio e, tinham entre 13 e 20 anos, sendo 17 a idade mais frequente (21,5%). Na amostragem, a maioria eram do sexo masculino (54,5%), se autodenominavam pardos ou negros (70,8%) e, tinham como nível de escolaridade do chefe da família o ensino médio completo (27,7%). Quanto ao conhecimento, 88,1% sabiam que uma IST é transmitida por relação sexual desprotegida, 2% acreditavam que a transmissão era feita apenas por profissionais do sexo e 9,9% não souberam responder. Os resultados mostraram que 86,1% apontaram AIDS como IST, e que apenas 4,4% associaram hepatite com transmissão sexual. Ainda quanto a transmissão, 30,3% achavam que pode-se pegar HIV pela saliva e 21,9% não sabiam se uma pessoa com aparência saudável poderia estar infectada pelo HIV. Como fonte de informação sobre IST, a internet foi a mais indicada (50,3%), enquanto os serviços de saúde foram citados por apenas 18,7%. Em relação aos aspectos da sexualidade, 52,5% afirmaram já terem tido relações sexuais. Dos jovens que já tiveram relações sexuais, 58,5% tiveram a primeira relação sexual antes dos 15 anos. Desses jovens, 13,7% afirmaram nunca utilizarem preservativo, 38,8% disseram usar as vezes, 47,5% disseram usar sempre e 71,8% disseram obter o preservativo na farmácia. Ademais, 9,4% acreditam que o preservativo é importante apenas em relações sexuais com parceiros casuais, ou no período fértil da mulher, 10% não acham que o preservativo seja importante nas relações sexuais anais e orais e 39% fariam sexo sem o preservativo se o(a) parceiro(a) não quisesse utilizar. Por fim, realizamos educação em saúde com os alunos. Conclusão: Os adolescentes de Cuiabá estão vulneráveis às IST, o que reforça a necessidade de políticas públicas efetivas, que tragam a escola e a família para o diálogo e aproximem o adolescente do serviço de saúde. Contato autor: [email protected]

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81028 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: INFLAMASSOMA NA HANSENÍASE: CARACTERIZAÇÃO IMUNOHISTOQUÍMICA EM LESÕES CUTÂNEAS Autores: Marcos Virgilio Bertonsin Filho / Universidade Federal do Pará; Luccas Delgado da Costa / Universidade Federal do Pará; Daniel Dias Pinheiro de Moraes / Universidade Federal do Pará; Fellipe Souza da Silva Vilacoert / Universidade Federal do Pará; Luis Alberto Ribeiro Cordeiro / Universidade Federal do Pará; Luciana Mota Silva / Universidade Estadual do Pará; Juarez Antônio Simões Quaresma / Instituto Evandro Chagas; Resumo: Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que se apresenta em um espectro de manifestações clínicas que correspondem ao tipo de resposta imunológica que se desenvolve no hospedeiro. Entre os elementos envolvidos nesse processo destacam-se os inflamassomas, proteínas citosólicas relacionadas a caspase-1, secreção de IL-1β, IL-18 e a indução de um tipo de morte chamado piroptose, assim irá se analizar a atuação do imflamassoma no controle da infecção. Objetivo: Caracterizar o padrão tecidual de imunoexpressão e descrever os marcadores de inflamassoma e sua relação com a clínica das lesões em pacientes com hanseníase nas formas clínicas de tuberculóide, virchowiana e indeterminada. Método: Para o estudo foram selecionados 31 pacientes não tratados com diagnóstico confirmado para a doença segundo critérios da classificação de Madri(1953), sendo 15LL e 16TT. A imunohistoquímica para a imunomarcação do tecido com anticorpos monoclonais Anti IL-1β, IL-18, caspase-1, NLRP1 e NLRP3, foi baseada no método envolvendo a formação do complexo biotinaestreptavidina peroxidase segundo o protocolo descrito de Hsu et al(1981) e adaptado por Quaresma et al(2006), coradas pela coloração de Ziehl-Nilsen e hidratadas em álcool etílico e diafinizadas em xilol. A análise quantitativa da imunomarcação com os anticorpos foi feita a partir da seleção aleatória de cinco campos diversos na área do infiltrado inflamatório dérmico das lesões histológicas. Resultados: Os laudos histopatológicos mostraram que as lesões indeterminadas eram compostas por infiltrado inflamatório linfohistiocitário focal que se distribui ao redor de anexos, filetes nervosos e vasos. As lesões de hanseníase tuberculoide eram caracterizadas pela presença de granulomas constituídos por células epitelióides agrupadas e por vezes circundada por halo linfocitário, com pesquisa de bacilo negativa no tecido. A hanseníase virchoviana era assim classificada quando ocorria a presença de infiltrado constituído por histiócitos e plasmócitos que se estendia ao longo de toda a derme superior, podendo comprometer a derme profunda até a hipoderme. Conclusão: Os inflamassomas NLRP1 e NLRP3, as citocinas IL-1β e IL-18 e a enzima caspase-1 estiveram mais expressos em lesões virchoviana do que nas outras formas clínicas avaliadas, podendo indicar a ineficácia desses receptores no controle da infecção, pois sua maior expressão está na forma de susceptibilidade da doença. Contato autor: [email protected]

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84297 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: INTENSIDADE DA DOR E MOBILIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES COM SEQUELAS DA INFECÇÃO POR VÍRUS CHIKUNGUNYA Autores: Aldri Mateus Teixeira Dos Santos / Universidade Federal do Pará; Lucas Yuri Azevedo da Silva / Universidade Federal do Pará; Elizabeth Bonfim Bernardo / Universidade Federal do Pará; Jurandir da Silva Filho / Universidade Federal do Pará; Ana Beatriz Souza da Conceição / Universidade Federal do Pará; Bleno Thiago Ferraz Albuquerque / Universidade Federal do Pará; Mellina Monteiro Jacob / Universidade Federal do Pará; Suellen Alessandra Soares de Moraes / Universidade Federal do Pará; Resumo: Introdução: O vírus Chikungunya (CHIKV) é um arbovírus transmitido pelos mosquitos Ae. Aegypti e Ae. Albopctus. No Brasil, em 2018, foram registrados cerca de 69 mil casos de pessoas infectadas por CHIKV. Durante a fase crônica dessa doença os principais sintomas são dores articulares e musculares, podendo impactar na redução da mobilidade funcional (MF) dos indivíduos. A MF é caracterizada pela habilidade de se mover independentemente para realizar atividades ou tarefas funcionais. Ademais, a redução da MF está associada ao maior risco de quedas. Acredita-se que a redução da intensidade da dor pode melhorar a MF. Objetivo: Avaliar a intensidade da dor e a mobilidade funcional de pacientes infectadas por vírus Chikungunya antes e após tratamento fisioterapêutico. Metodologia: Participaram da pesquisa 18 mulheres com diagnóstico clínico ou laboratorial de infecção por CHIKV. Foi feito a avaliação da intensidade da dor utilizando a escala visual analógica (EVA) e a MF usando o teste Timed Up and Go (TUG), ambos aplicados antes da primeira sessão e após a décima sessão. Cada sessão teve duração de 1 h, com frequência de 3x por semana e incluía cinesioterapia e eletrotermofototerapia, consistindo de LASER, ultrassom, calor superficial e turbilhão aquecido. A intensidade e duração de cada recurso dependeu da condição clínica do participante. Os dados foram analisados por estatística descritiva e a comparação dos parâmetros antes e após a intervenção foi feita pelo teste t de Student pareado, sendo considerado o valor de p < 5%. O trabalho foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa, sob parecer nº 1.593.170. Resultados: Entre as 18 pacientes da pesquisa, a média de idade foi de 44,6 ± 9,21 anos. Foi observado diferença significativa na redução da dor nos membros inferiores (MMII) (6,29 ± 2,20 vs 1,18 ± 2,25, p 2,50, considerados positivos, e o intervalo entre esses valores considerados como reteste. Os valores de conversão dessas quantificações foram adotados como 1,0 URL equivalente a 5.000 cópias do genoma viral, representados em número de cópias do genoma viral por ml de amostra. Resultados: Ao final do estudo obtivemos 1186 amostras, sendo 162 (13,6%) positivas para HPV-HR. Na relação entre a carga viral e os resultados citológicos, observamos 75 amostras para baixa carga viral, destas apenas 5 citologias alterada; 52 amostras para média carga viral e 6 citologia alterada; e 35 amostras para alta carga viral e 4 citologia alterada. Foi observado o valor mínimo e máximo de carga viral, para baixa carga viral foi de 2,55 URL e a máxima foi de 11,47 URL; para média carga viral o valor mínimo foi de 11,84 URL e a máxima foi de 98,78 URL e para alta carga viral o valor mínimo foi 120 URL e a máxima foi de 19764,91 URL. Conclusão: Foi observado que as pacientes positivas para HPV apesar de apresentarem carga viral conclusiva para os três níveis, houveram poucas amostras com alteração citológica, ficando claro dessa forma que embora pareça que a quantidade de DNA-HPV poderia ser um indicador para severidade e história natural do câncer de colo de útero, são necessários mais estudos para avaliar o significado da carga viral na progressão neoplásica. Contato autor: [email protected]

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84412 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: INVESTIGAÇÃO DE VÍRUS RESPIRATÓRIO SINCICIAL HUMANO (HRSV) EM CASOS DE SÍNDROME GRIPAL (SG) E SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) DA REGIÃO NORTE E NORDESTE DO BRASIL Autores: Amanda Mendes Silva / Universidade Federal do Pará; Jessylene de Almeida Ferreira / Universidade Federal do Pará; Luana Soares Barbagelata / Instituto Evandro Chagas; Wanderley Dias das Chagas Junior / Universidade Federal do Pará; Edna Maria Acunã de Souza / Instituto Evandro Chagas; Maryelle dos Santos Gonçalves / Instituto Evandro Chagas; Rita Catarina Medeiros Sousa / Universidade Federal do Pará; Wyller Alencar de Mello / Instituto Evandro Chagas; Mirleide Cordeiro dos Santos / Instituto Evandro Chagas; Resumo: A Infecção Respiratória Aguda (IRA) pode ser definida clinicamente em Síndrome Gripal (SG) – indivíduos com febre, tosse ou dor de garganta acompanhado de cefaleia ou mialgia ou artralgia, e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – indivíduos que apresentam a SG com dispneia ou outro sinal de gravidade, e são causadas especialmente por agentes virais. Nesse contexto, o vírus respiratório sincicial humano (HRSV) está significativamente associado aos casos de IRA que pode ser ocasionada pelos subtipos A e B. Desse modo, objetivou-se detectar o HRSV em secreções respiratória de pacientes com SG ou SRAG triados pela rede de vigilância da gripe em estados da Região Norte e Nordeste do Brasil no período de janeiro a março de 2019. Para isso, o ácido nucléico viral foi extraído utilizando-se um kit comercial que em seguida foi submetido à amplificação por Reação em Cadeia mediada pela Polimerase precedida de Transcrição Reversa em tempo real, utilizando-se iniciadores e sondas específicas para regiões conservadas do genoma do HRSV. No período de estudo foram coletadas 542 amostras, o HRSV foi detectado em 123 (22,7%) casos, no qual 66 (53,7%) foram de SG e 57 (46,3%) foram de SRAG, em que sete (12,3%) evoluíram ao óbito. Ambos os subtipos A e B foram detectados: o subtipo B foi identificado em 50 (75,85%) casos de SG e 30 (52,6%) casos de SRAG, enquanto que o subtipo A em 9 (13,6%) de SG e 19 (33,3%) de SRAG. As demais amostras não foram tipificadas. Em relação a faixa etária dos pacientes acometidos, esta variou de zero a oitenta anos sendo as crianças de 0-4 anos as mais acometidas, tanto nos casos de SG (35; 53,03%) quanto de SRAG (29; 50,87%). Quanto a circulação viral, o HRSV foi detectado em amostras oriundas dos estados do Acre (73; 59,3%), Amazonas (16; 13%), Maranhão (13; 10,6%), Paraíba (20; 16,3%) e Rio Grande do Norte (1; 0,8%) e, durante as treze semanas epidemiológicas (SE) do estudo, o pico de circulação foi detectado na 9ª SE (24; 19,51%). Neste cenário foi observado um percentual expressivo de infecções pelo HRSV nos casos de SG e de SRAG, no qual foi identificado a co-circulação dos subtipos A e B do HRSV nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, sendo o subtipo B mais frequente. Em ambos os casos estudados, as crianças menores de cinco anos foram as mais acometidas, portanto, tais dados expõe a importância de uma vigilância efetiva das infecções por HRSV no desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle desse agravo. Contato autor: [email protected]

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81452 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: MALÁRIA EM POPULAÇÕES INDÍGENAS: UM DESAFIO ATUAL Autores: Márcia Margareth de Aragão Assis / Hospital Ophir Loyola; Andrea Silvestre Lobão-Costa / Instituto Evandro Chagas; Suzana Ribeiro de Melo Oliveira / Instituto Evandro Chagas; Resumo: Introdução: A malária desde 2011 apresentou constante declínio de notificações no Brasil, atingindo em 2016 o menor registro do número de casos em 37 anos. Porém, com a mudança de foco das políticas públicas para as arboviroses como dengue, Zika vírus, Chikungunya, febre amarela, aliado ao relaxamento na manutenção de medidas de controle da malária, os registros voltaram a subir a partir de 2017, sendo que as populações indígenas contribuem sobremaneira para a elevação desses números. Objetivo: Avaliar a atual situação epidemiológica da malária nos povos indígenas no Brasil. Método: Foi realizado uma análise retrospectiva e transversal, com coleta de dados no SIVEP-Malária, no período de 01/01/2014 a 31/12/2018. Resultados: No período avaliado, observou-se uma elevação de 30,69% nas notificações de malária no país (de 142.967 em 2014 para 186.851 em 2018). Proporcionalmente, o crescimento do número de casos foi ainda maior nas comunidades indígenas: 2014 (23.039 casos – 12,8%) e em 2018 (38.967 – 20,85%), representando uma elevação de 69,13%. No ano de 2018 os Estados que mais contribuíram para a casuística de malária entre indígenas foram: Amazonas (25.133 - 64,50%), Roraima (8.723 - 22,38%), Pará (1.866 – 4,79%), Amapá (1.732 – 4,44%) e Rondônia (647 – 1,67%). Assim como na Amazônia de um modo geral, a espécie prevalente em comunidades indígenas é o Plasmodium vivax (83,28%), seguido de P. falciparum (15,29%) e infecções mistas por essas duas espécies (1,41%). Conclusão: As áreas indígenas representam 20% do total de casos de malária e constituem um grande desafio às ações de prevenção e controle dessa doença, visto que são em grande parte locais remotos e de difícil acesso, dificultando os pilares do controle da malária que são o diagnóstico precoce e o tratamento imediato. Um fator essencial que contribui para a transmissão dessa endemia em populações indígenas é a constante exposição ao vetor Anopheles, considerando as próprias características culturais, como as tarefas cotidianas de caça, pesca, banhos em rios e igarapés, além da intensa migração. As habitações tradicionais indígenas muitas vezes inviabilizam os métodos convencionais de controle vetorial, prejudicando a implementação das ações e contribuindo para o aumento de casos nestas áreas. Essa realidade deve ser tratada como prioridade e devem ser estabelecidas estratégias eficazes, de modo a conter esse incremento do número de casos em áreas indígenas. Contato autor: [email protected]

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84738 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: MENINGITES E ENCEFALITES AGUDAS CAUSADAS PELO VÍRUS EPSTEIN-BARR EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO Autores: Maria Cassia Mendes-Correa / Instituto de Medicina Tropical de São Paulo-LIM-52 -Faculdade de Medicina da USP; Tania Tozetto Mendoza / Instituto de Medicina Tropical de São Paulo/IMT/SP; Noely Evangelista Ferreira / Instituto de Medicina Tropical de São Paulo/IMT/SP; Heuder Gustavo Oliveira Paião / Instituto de Medicina Tropical de São Paulo/IMT/SP; Silvia Helena de Lima / Instituto de Medicina Tropical de São Paulo/IMT/SP; Wilton dos Santos Freire / Instituto de Medicina Tropical de São Paulo/IMT/SP; Maria Laura Mariano Matos / Instituto de Medicina Tropical de São Paulo/IMT/SP; Ana Isabel Coelho Dias da Silva / Instituto de Medicina Tropical de São Paulo/IMT/SP; Hélio Rodrigues Gomes / Divisâo Neurologia-Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; Resumo: INTRODUÇÃO Manifestações neurológicas agudas associadas ao Epstein-Barr virus (EBV) têm sido eventualmente descritas. Recentemente a introdução da técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) tem aperfeiçoado este diagnóstico. O papel patogênico do achado deste vírus em sistema nervoso central (SNC) tem sido motivo de controvérsias. OBJETIVOS O objetivo do presente estudo é descrever as características clínicas de uma série de casos de meningites/encefalites agudas associadas ao vírus EpsteinBarr, atendidos em um hospital terciário. MÉTODOS –Revisamos os dados clínicos e laboratoriais de todos os casos de pacientes com diagnóstico de meningite/encefalite aguda onde identificou-se a presença do DNA do EBV por PCR , em LCR . Todos os pacientes foram atendidos em um hospital terciário , de março de 2018 a março de 2019. RESULTADOS No período analisado, 129 casos de meningites/ encefalites agudas foram identificados . Dentre eles foi possível identificar pelo menos um agente etiológico em 80 (62%) dos casos analisados. Em 27 pacientes algum agente viral foi identificado, a saber: EBV (11), Varicela Zoster (7), CMV (2), HSV-1/HSV2 (5), Adenovírus (1), Enterovírus (1). Dentre os 11 casos em que se identificou o EBV , ele esteve associado a outros agentes etiológicos em 08 casos, a saber: Citrobacter freundii complex (1), Complexo M. Tuberculosis (1) , Haemophylus Influenzae (1) , Varicela-Zoster (1), CMV (1), HSV-1 / HSV-2 (2) e esquistossomose (1). Entre os pacientes com EBV DNA identificado, 6 (55%) pacientes apresentavam alguma co-morbidade associada a imunossupressão : infecção pelo HIV (4), tumor de retroperitônio (1) e Lupus Eritematoso Sistêmico (1). CONCLUSÕES- No grupo de pacientes analisados: 1-A presença do EBV foi frequente e esteve associada de forma concomitante a outros agentes infecciosos ;2- A maior parte dos pacientes que apresentavam a presença do EBV em LCR apresentava alguma condição clinica associada à imunodepressão. Contato autor: [email protected]

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84520 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: MODULAÇÃO DA EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS CHAVE DA BIOGÊNESE DE MIRNA A PARTIR DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA FEBRE AMARELA EM PRIMATAS NÃO HUMANOS DA ESPÉCIE SAIMIRI SP Autores: Ana Paula Sousa Araujo / Instituto Evandro Chagas ; Ana Paula Sousa Araujo / Instituto Evandro Chagas; Samir Mansour Moraes Casseb / Instituto Evandro Chagas; Milene Silveira Ferreira / Instituto Evandro Chagas; Karla Fabiane Lopes de Melo / Universidade Federal do Pará; Walter Felix Franco Neto / Instituto Evandro Chagas; Jardel Fabio Lopes Ferreira / Instituto Evandro Chagas; Francisco Canindé Ferreira de Luna / Universidade Federal do Pará; Gustavo Moraes Holanda / Universidade Estadual do Pará; Pedro Fernando da Costa Vasconcelos / Instituto Evandro Chagas; Lívia Carício Martins / Instituto Evandro Chagas; Resumo: A Febre Amarela é uma doença infecciosa não contagiosa causada pelo Vírus da Febre Amarela (VFA), que se mantém enzoótica ou endêmica em regiões tropicais da África e América do Sul, causando surtos isolados ou epidêmias com impactos na saúde pública. Seu ciclo de transmissão silvestre ocorre principalmente entre artrópodes e primatas não humanos (PNH), os quais são susceptíveis a infecção. Dentre os mecanismos de defesa contra vírus há a ação dos RNAs de interferência (iRNA) que são responsáveis por silenciamento gênico de sequencias específicas de mRNA. Onde se destacam os microRNAs (miRNAs). Os miRNAs celulares e virais estão envolvidos na modulação da expressão gênica viral e celular, bem como na resposta imune e a desregulação na expressão destes é associada a inúmeras doenças, incluindo infecções virais. Onde a avaliação da expressão do mRNA das proteínas Dicer, Drosha, Argonauta 1 e 2, responsáveis pela biogênese dos miRNAs, associadas a carga viral, permite demonstrar a influência da infecção em relação a expressão gênica. Avalimos a expressão dos mRNAs da subfamília Dicer, Drosha, Argo 1 e 2 no rim de PNH infectados experimentalmente com VFA. Utilizamos amostras do rim de PNH do gênero saimiri sp., onde 1 animal manteve - se sem infecção (Controle Negativo) e 5 animais infectados com 5,31x105 cópias/mL do VFA (genótipo I). Projeto autorizado pelo CEUA nº 05/2017, 0014/2014 e SISBIO/ICMBio nº 38744-1. O RNA total foi extraído pela plataforma maxwell 16 LEV (Promega, EUA). A carga viral e a expressão gênica dos mRNAs de Dicer, Drosha, Argo 1 e Argo 2 foi realizada por qPCR na plataforma Rotor Gene. As análises estatísticas foram realizadas no programa R project. Temos como resultados da carga viral e da expressão do mRNA de Dicer e Drosha aumentados, e o pico máximo da infecção e expressão destas proteínas foi demonstrado no 6º dpi e a diminuição na expressão destes a partir do 7º dpi. Ao analisar a expressão dos argonautas 1 e 2, observamos o aumento na expressão destes genes durante todos os dias analisados e não foi observado a diminuição da expressão destes genes em conjunto com a diminuição da carga viral. Sendo que a correlação entre a carga viral e os componentes das vias de miRNAs é de p=0,028. Conclui - se então que o aumento na expressão de proteínas chaves envolvidas na biogênese de miRNAs demonstram o possível envolvimento com a infecção viral no rim de PNH, demonstrando a possível modulação da expressão de miRNA na infecção pelo VFA. Contato autor: [email protected]

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84194 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: OBTENÇÃO DE PEPTÍDEOS RECOMBINANTES MIMÉTICOS DE CHLAMYDIA TRACHOMATIS PARA APLICAÇÃO EM DIAGNÓSTICO Autores: Larissa Silva de Freitas / UFPA; Maria Alice Freitas Queiroz / Universidade Federal do Pará; Fabiana de Almeida Araújo Santos / Universidade Federal de Uberlândia; Luiz Ricardo Goulart / Universidade Federal de Uberlândia; Antonio Carlos Rosário Vallinoto / Universidade Federal do Pará; Ricardo Ishak / Universidade Federal do Pará; Resumo: As infecções por Chlamydia trachomatis são grandes problemas de saúde pública e a maior causa de morbidade entre indivíduos sexualmente ativos. As técnicas laboratoriais utilizadas para confirmação da infecção pela bactéria apresentam limitações e a técnica de phage display vem se destacando como uma ferramenta promissora para a identificação de peptídeos miméticos que possam ser utilizados no diagnóstico de diversos tipos de infecções e a associação etiológica com os diferentes agentes infecciosos. O objetivo do trabalho foi identificar peptídeos miméticos a C.trachomatis, imunorreativos e que pudessem ser utilizados em plataformas de diagnóstico. Inicialmente realizou-se a ligação dos anticorpos IgG às microesferas acopladas com a proteína G, seguindo-se da etapa de biopanning (usando amostras com infecção confirmada por C. trachomatis) e titulação dos bacteriófagos. A caracterização das sequências dos peptídeos dos fagos foi feita a partir da extração e sequenciamento do DNA e análise por bioinformática da sequência peptídica. A reatividade dos clones selecionados foi avaliada através de testes de ELISA (prévalidação do ensaio, otimização e da reatividade individual das amostras). Para as análises estatísticas foram utilizados como parâmetros a área sob a curva ROC, sensibilidade, especificidade e razão de verossimilhança. Foram selecionados quatro clones (G1, H5, C6 e H7) que apresentaram melhores resultados nos testes ELISA, todos com 45,45% de sensibilidade, 90,91% de especificidade, área sob a curva ROC (AUC) > 0,8 e razão de verossimilhança igual a 5,0. Análises por bioinformática mostraram que os quatro clones alinharam com pelo menos um componente relacionado ao metabolismo de C. trachomatis (transportadores de cassete de ligação de ATP, proteína SNARE, prKC e transdutores dependentes de TonB, proteína DsbA, redutase de ribonucleotídeos (RNR) e uma proteína de ligação de GTP). Os peptídeos selecionados são promissores para o uso em teste diagnóstico confirmatório para a C. trachomatis, os quais apresentaram alta especificidade e AUC; o uso de proteínas relacionadas ao metabolismo da bactéria é uma abordagem até então não utilizada e possui um potencial positivo para futuramente ser utilizados em uma plataforma de teste rápido. Contato autor: [email protected]

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81245 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: PAPEL DA PROTEÍNA C REATIVA EM PACIENTES COM DOENÇA CORONARIANA INFECTADOS OU NÃO POR CHLAMYDIA Autores: Rosimar Neris Martins Feitosa / Universidade Federal do Pará; Vânia Nakauth Azevedo / Universidade Federal do Pará; Jacqueline Cortinhas Monteiro / Universidade Federal do Pará; Andréa Nazaré Monteiro Rangel da Silva / Universidade Federal do Pará; Tuane Carolina Ferreira Moura / Universidade Federal do Pará; Luiz Fernando Almeida Machado / Universidade Federal do Pará; Antonio Carlos Rosário Vallinoto / Universidade Federal do Pará; Marluísa de Oliveira Guimarães Ishak / Universidade Federal do Pará; Ricardo Ishak / Universidade Federal do Pará; Resumo: INTRODUÇÃO: Na patogênese da doença arterial coronariana (DAC), a inflamação desempenha um importante papel por sua contribuição para a formação e ruptura da placa de ateroma e alguns estudos associaram a presença de micro-organismos como Chlamydia, Citomegalovirus e Helicobacter pylori ao desenvolvimento de aterosclerose. A presença de agentes infecciosos leva ainda a um intenso processo de inflamação que pode culminar com um aumento da secreção de marcadores inflamatórios como a proteína C reativa (CRP). Há evidências de que a CRP é um poderoso preditor de eventos cardiovasculares incidentes, por isso, alguns estudos tem investigado tanto a presença de polimorfismos como os níveis séricos desta proteína em pacientes com DAC. OBJETIVO: Analisar os níveis séricos e a presença do polimorfismo rs2794521(T>C) no gene da CRP em pacientes com doença coronariana buscando uma possível associação com a infecção por Chlamydia. MÉTODOS: Foram quantificados os níveis séricos (por ensaio imunoenzimático) e os polimorfismos da CRP (rs2794521-T>C) por meio de PCR e RFLP, em um grupo com doença coronariana (58 com sororreatividade para Chlamydia e 31 com sorologia negativa) e um grupo controle (99 pessoas com sorologia negativa para Chlamydia). RESULTADOS: A maioria dos pacientes com doença coronariana (65,1%) apresentou anticorpos para Chlamydia (39,6% para C. trachomatis e C. pneumoniae, 58,6% apenas para C. trachomatis e 1,7% somente para C. pneumoniae). As médias dos níveis séricos de CRP foram significativamente maiores no grupo com doença coronariana e sorologia negativa para Chlamydia comparados aos grupos de pacientes com doença coronariana e sorologia positiva para Chlamydia e grupo controle (p 0.05). Níveis séricos de CRP mais elevados também foram observados no grupo de pacientes com doença coronariana e sororreatividade para C. trachomatis e C. pneumoniae, sendo encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos de pacientes comparados ao grupo controle (p 0.05). A análise das frequências genotípicas e alélicas observadas nos grupos, para o polimorfismo do gene CRP não demonstrou associação estatisticamente significante. CONCLUSÃO: Embora nosso estudo tenha demonstrado variações significantes nos níveis séricos da CRP, o polimorfismo genético estudado não foi associado nem ao quadro de doença coronariana e nem a presença ou ausência da bactéria Chlamydia. Contato autor: [email protected]

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84337 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DAS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS DE ETIOLOGIA VIRAL NA CIDADE DE BELÉM, PA, BRASIL. Autores: Dávila Arruda Tavares / Universidade do Estado do Pará; Mirleide Cordeiro dos Santos / Instituto Evandro Chagas; Jessylene de Almeida Ferreira / Instituto Evandro Chagas; Luana Soares Barbagelata / Instituto Evandro Chagas; Wyller Alencar de Melo / Instituto Evandro Chagas; Edna Acunã de Souza / Instituto Evandro Chagas; Maryelle dos Santos Gonçalves / Instituto Evandro Chagas; Keldenn Mello Farias Monteiro / Universidade Federal do Pará; Beatriz Costa Nascimento / Universidade do Estado do Pará; Danilo da Silva Viana / Universidade do Estado do Pará; Alessandra Conceição Leal / Universidade do Estado do Pará; Enzo Crispino Calheiros / Universidade do Estado do Pará; Carlos Henrique Bohne / Universidade do Estado do Pará; Amanda Mendes Silva / Instituto Evandro Chagas; Ianka Carolline da Silva Saldanha / Universidade do Estado do Pará; Matheus Ferreira Santos da Cruz / Universidade do Estado do Pará; Resumo: As infecções respiratórias agudas (IRAs) são as principais causas de mortalidade infantil, dessa forma, entende-se que as IRAs constituem uma grave questão de saúde pública. Nesse sentido, a fim de analisar o perfil clínico-epidemiológico das IRAs de etiologia viral, um estudo de base populacional do tipo observacional e transversal foi conduzido com a obtenção de amostras de secreção respiratória provenientes de indivíduos de ambos os sexos, em diferentes faixas etárias, com queixas de IRA, atendidos em um centro de saúde da região metropolitana de Belém no período de agosto de 2018 a abril de 2019. Nesse momento, também foram coletados o quadro sintomatológico de cada paciente. O processamento das amostras envolveu a extração do ácido nucléico viral utilizando-se um kit comercial que em seguida foi submetido à amplificação por reação em cadeia mediada pela polimerase precedida de transcrição reversa em tempo real, utilizando-se iniciadores e sondas específicos para as regiões conservadas dos Vírus influenza A e B; Vírus respiratório sincicial humano (HRSV); Metapneumovírus humano (HMPV); Adenovírus (AdV), Coronavírus humano (HCoV) 229E, HKU1, NL63, OC43; Rinovírus humano (HRV); Bocavírus humano (HBoV) e Parainfluenzavírus (PIV) 1, 2 e 3. Do total de 68 amostras, 24 foram positivas (36%). Entre os agentes virais investigados, o HCoV OC43 e o HMPV foram detectados, cada um, em seis (25%) amostras, o HCoV NL63 em quatro (16,6%), o HCoV 229E em três (12,5%); os vírus influenza A(H1N1)pdm09 em quatro (16,6) e o B em duas (8,33%), o PIV 3 em três (12,5%) e o AdV em uma (4,16%). Também houve três (12,5%) casos de detecção entre dois ou mais vírus investigados. O período de maior circulação dos AdV, PIV 3, HCoV OC43, NL63 e 229E ocorreu no segundo semestre de 2018, enquanto que o HMPV e os vírus influenza A(H1N1)pdm09 e B foram nos meses de fevereiro a abril de 2019. Em relação a distribuição por sexo e faixa etária não houve diferença significativa entre casos analisados. Os principais sintomas relatados foram coriza (10;41,0%), febre (4;16,6%), dispneia (4;16,6%), congestão nasal (3;12,5%), dor de garganta (3;12,5%) e mialgia (2;8,33%). Conclui-se, portanto, que há uma frequência expressiva de vírus respiratórios não influenza em casos de IRA na cidade de Belém, que ocorreram em diferentes períodos do ano, reforçando, desse modo, a necessidade de melhor investigação desses vírus para auxiliar no melhor manejo clínico das infecções respiratórias. Contato autor: [email protected]

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84272 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: PERFIL DE SENSIBILIDADE IN VITRO A CEFTALOZONE/TAZOBACTAM PARA P. AERUGINOSA EM UNIDADE HOSPITALAR E SEU IMPACTO NA MORTALIDADE Autores: Melissa Soares Medeiros / Hospital São Camilo Fortaleza; Davi Candeira Cardoso / Centro Universitário Unichristus; José Vieira da Nóbrega Neto / Centro Universitário Unichristus; Antonio Wesley Araujo dos Santos / Laboratório Hipolito Monte; Nadedja Lira de Queiroz Rocha / Centro Universitário Unichristus; Allan Carlos Costa Maia / Centro Universitário Unichristus; Gabriela Neves Bringel / Centro Universitário Unichristus; Lara Justi Silva Nogueira / Centro Universitário Unichristus; Francisco José Candido da Silva / Hospital São José; Luan Victor Almeida Lima / Hospital São José; Resumo: Introdução: Os antimicrobianos representam um dos maiores avanços médicos no âmbito da saúde global. Contudo, tem-se notado um aumento alarmante no desenvolvimento de resistência a diversos tipos de classes. Sabe-se que o uso indiscriminado de antibióticos e em doses incorretas proporcionou uma maior seleção de bactérias resistentes. Dentre estas, encontra-se as gram negativas, principalmente Pseudomonas aeruginosa, o qual as terapias empíricas e direcionadas tornaram-se cada vez mais complicadas na atualidade. Tendo como uma das alternativas o uso da combinação de uma cefalosporina de espectro ampliado com um inibidor de belactamase: ceftazolone/tazobactam. O objetivo desse trabalho é avaliar o perfil de sensibilidade in vitro a ceftazolone/tazobactam para P. aeruginosa e correlacionar com a mortalidade in vivo dos pacientes. Foi realizado um estudo transversal descritivo a partir dos dados obtidos em Hospital Privado Metropolitano. Foram realizados 21 testes de sensibilidade para ceftalozone/tazobactam em 16 pacientes com infecção por Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenem, desses testes, 18 (85,8%) se mostraram sensíveis a essa combinação de fármacos. Houve 4 óbitos in vivo dos pacientes portadores desse perfil microbiologico de P. aeruginosa. Esses pacientes apresentavam culturas sensíveis ao ceftalozone/tazobactam, sendo um do sexo masculino e três do sexo feminino, com idades entre 76 e 94 anos (média= 82,7 anos) e suas culturas tiveram como fonte a urina, o aspirado brônquico e o lavado broncoaveolar. Os pacientes que receberam alta hospitalar tinham idade média de 47,7 anos. Ademais, foi visto que 3 (14,2%) das 21 amostras testadas apresentaram um perfil de resistência a ceftazolone/ tazobactam, todas as 3 eram provenientes de pacientes do sexo masculino com idades entre 41 e 57 anos e foram testadas à partir de urinoculturas e cultura da ponta do acesso venoso central. Dois desses pacientes tiveram alta hospitalar após o tratamento enquanto um permanece internado até a avaliação, sendo tratados com combinações de polimixina. Portanto, pôde-se perceber que a maioria dos patógenos encontrados são sensíveis a combinação do ceftazolone/tazobactam. Com relação a mortalidade, evidenciou-se maior quando elevada faixa etária. Conclusão: O uso racional de antimicrobianos e testes microbiológicos específicos são a melhor estratégia terapêutica na era atual, principalmente para gram negativos com alta resistência como a P. aeruginosa Contato autor: [email protected]

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85097 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA AUTÓCTONE NA METRÓPOLE DA AMAZÔNIA, DE 2007 A 2013. Autores: Derek Chrystian Moteiro Leitão / Estudante, Graduando em Nutrição, Universidade da Amazônia (UNAMA); Marcelo Alves Farias / Biólogo, Especialista em Microbiologia, Instituto Evandro Chagas (IEC); Karolayne paula de Souza / Estudante, Graduanda em Enfermagem, Universidade da Amazônia (UNAMA); Elenir de Brito Monteiro / Elenir de Brito MoEstudante, Graduando em Serviço Social, Universidade da Amazônia (UNAMA); Resumo: Introdução:A Doença de Chagas Aguda(DCA),ou tripanossomíase americana,descoberta por Carlos Chagas em 1909,é uma antropozoonose.Seu agente etiológico é o Trypanosoma cruzi (T. cruzi).Atualmente,a vigilância epidemiológica tem detectado um aumento dos casos de transmissão oral,principalmente na região Norte do país,sendo assim,percebe-se a necessidade de estratégias de vigilância e controle do agravo compatíveis com o padrão epidemiológico atual.Objetivo:Analisar o perfil dos casos autóctones de DCA nos municípios da Região Metropolitana de Belém,Pará,notificados à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde no período de 2007 a 2013 e suas correlações com o consumo do açaí não industrializado.Materiais e métodos:Revisão bibliográfica qualitativa por meio de pesquisa filtrada do tipo exploratória em informações contidas na bibliografia existente na base de dados eletrônica do Google Acadêmico,da Scientific Eletronic Library Online(SCIELO) e de livros do acervo da Biblioteca do Instituto Evandro Chagas.Como base de dados,foram utilizados todos os casos confirmados da forma aguda da doença notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação–SINAN,da Região Metropolitana de Notificação:15010 Belém-PA/RIDE de notificação e de residência,no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2013.Resultados:Ocorreram 112 surtos no Brasil,envolvendo em sua totalidade 35 em municípios da Região Amazônica,cuja fonte provável de infecção foi a ingestão de alimentos contendo o T.cruzi,como o açaí.A Região Norte registrou a maior proporção de casos (91,1%),com o estado do Pará registrando cerca de 75% de todos os casos ocorridos no Brasil e mais de 50% apresentaram início de sintomas no período que coincide com os meses de safra do fruto no estado.Belém foi o município que apresentou o maior número de casos.Conclusão:Os dados evidenciaram a transmissão oral da DCA como a mais usual na Amazônia brasileira.O açaí foi o alimento associado ao maior número de casos de DCA socorrido na região Norte nos últimos anos.Dessa forma,deve-se aplicar estratégias eficazes para garantir a inocuidade de alimentos em prevenção e controle da infecção chagásica transmitida por via oral através de estudos sobre a determinação da contaminação e identificação de técnicas seguras de destruição do parasita nesse alimento,incluindo boas práticas de higuiene e boas práticas de manufatura. Contato autor: [email protected]

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80082 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL EM NOVA LIMA, MINAS GERAIS. PERÍODO DE 2007 A 2016 Autores: Angélica Luciana Barbosa Soares Machado / Prefeitura Municipal de Nova Lima; Angélica Luciana Barbosa Soares Machado / Prefeitura Municipal de Nova Lima; Alessandra Pereira Pires / Prefeitura Municipal de Nova Lima; Resumo: Considerada como doença negligenciada, a leishmaniose visceral (LV) é uma doença grave, crônica, não contagiosa causada por protozoário do gênero Leishmania, sendo um importante problema de saúde pública que requer estratégias de controle. O objetivo do trabalho foi descrever os casos confirmados de leishmaniose visceral no município de Nova Lima, Minas Gerais, no período de 2007 a 2016. Trata-se de um estudo descritivo, realizado com dados epidemiológicos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2007 a 2016. Foram contempladas características: sóciodemográficas, clínicas, laboratoriais e de evolução. Foram notificados 55 casos de LV humana, sendo confirmados 34,5% dentre as quais 63,15% foram autóctones do município de residência e 36,84% como indeterminado ou não souberam qual seria a provável fonte de infecção. É possível verificar que o mês de setembro apresentou maior número de casos (15,78%). Observou-se uma alteração no perfil dos doentes, afligindo prioritariamente indivíduos adultos, na faixa etária acima de 30 anos (63,15%) seguida pela faixa etária de 1 a 4 anos, com 57,89%. Do total de casos confirmados, 52,63% ocorreram em mulheres. A cor/raça predominante foi à parda 42,1%.As principais manifestações clínicas apresentadas foram: Esplenomegalia (89,47%), emagrecimento (78,94%) e febre (73,68%). Em relação à co-infecção LVHIV 10 (52,63%) casos foram negativo, 4 (21,5%) deram positivo e 5 (26,31%) foram branco/ignorados. A droga de escolha para o tratamento foi o Antimonial Pentavalente em 52,63% dos casos e em 31,58% foi utilizado a Anfotericina B lipossomal, em 10,53% não foi informado o medicamento utilizado no tratamento e 5,26% não utilizou medicamentos.Houve cura em 63,15% dos casos e foram registrados 3 óbitos confirmados por LV (letalidade 15,78%) na faixa etária acima de 30 anos. O critério de confirmação laboratorial foi utilizado em 84,21% dos casos. De acordo com as informações extraídas no banco de dados no período analisado, conclui-se que o município de Nova Lima é uma região endêmica para Leishmaniose Visceral, embora a sua incidência tenha diminuído consideravelmente a partir de 2013. Medidas de controle devem ser priorizadas para o combate da doença, principalmente nas regiões periféricas, onde foram as áreas mais acometidas pela leishmaniose, buscando evitar assim, novos casos e o acometimento de óbitos pela doença. Contato autor: [email protected]

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84463 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: PERFIL MICROBIOLÓGICO DE PACIENTES COM INFECÇÕES OSTEOARTICULARES EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO ES. Autores: Carolina Salume Xavier Subtil / Hospital Estadual Dório Silva; Lívia Gomes Figueiredo / Hospital Dório Silva; Alexandre Rodrigues da Silva / Hospital Dório Silva; Alceuleir Cardoso de Souza / Hospital Dório Silva; Diego Sant’ Anna Faria / Hospital Dório Silva; Resumo: INTRODUÇÃO: As infecções osteoarticulares representam um desafio na prática clínica considerando seu difícil manejo relacionado à gravidade das fraturas, baixa penetração óssea de alguns antimicrobianos e capacidade das bactérias em formar biofilme, dificultando a eliminação do agente infeccioso. A cirurgia e a antibioticoterapia eficaz permanecem os pilares centrais do tratamento. OBJETIVO: Determinar o perfil microbiológico das infecções osteoarticulares em pacientes atendidos em um serviço de Ortopedia de um hospital público no Espírito Santo. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional retrospectivo. Foram incluídos na análise 304 pacientes com diagnóstico de infecções osteoarticulares atendidos entre maio de 2017 e abril de 2019 em um serviço de Ortopedia de um hospital público no ES. As variáveis analisadas foram idade, gênero, diagnóstico, incidência de fratura, tipo de fratura, agente isolado em cultura de fragmento ósseo ou tecido profundo e teste de sensibilidade a antibióticos. RESULTADOS: Observado predomínio do sexo masculino (72,04%) com média de idade de 49 anos e diagnóstico de osteomielites crônicas (83,88%), seguidas de infecções periprotéticas (9,87%) e osteomielites agudas (6,25%). Das 435 cepas bacterianas isoladas, 238 foram cocos gram positivos (54,71%) e 197 bacilos gram negativos (45,29%). S.aureus foi o microrganismo predominante (36,09%), sendo 64,33% destes resistentes à meticilina (MRSA). Dentre os bacilos gram-negativos, P.aeruginosa, K.pneumoniae e A.baumannii foram os mais encontrados, com prevalência de 11,03%, 8,05% e 6,67% e sensibilidade a carbapenêmicos de 87,5, 80 e 20,7% respectivamente. CONCLUSÃO: O S.aureus permanece o principal agente etiológico dentre as infecções osteoarticulares, na sua maioria MRSA. O bacilos gramnegativos têm ganhado notoriedade frente à cronicidade das infecções e o cenário de resistência bacteriana atual. Considerar antibioticoterapia empírica com espectro para MRSA e bacilos gram-negativos é recomendada. Análises periódicas do perfil microbiológico local devem nortear a escolha do esquema antimicrobiano empírico. Contato autor: [email protected]

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81111 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: PREVALÊNCIA E GRAU DE DISFUNÇÃO ERÉTIL EM PACIENTES PORTADORES DE HTLV-1 Autores: Leonardo Brynne Ramos de Souza / Universidade Federal do Pará ; Yana Mendonça Fonseca / Universidade Federal do Pará; Juliana de Jesus Balieiro / Universidade Federal do Pará; Emmanuele Celina Souza dos Santos / Universidade Federal do Pará; Débora Carolina Santos do Nascimento / Universidade Federal do Pará; Denise da Silva Pinto / Universidade Federal do Pará; Resumo: Introdução : O Vírus Linfotrópico de Células T Humanas, HTLV-1, é conhecido na medicina pela variedade de sintomas de ordem neurológica que pode desencadear, enquadrada na Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia Associada ao HTLV (PET/MAH). Desde 1997, os estudiosos vem buscando uma associação evidente entre a PET/MAH incipiente e a Bexiga Neurogênica, em vista de que muitos dos pacientes portadores do vírus referem perda urinária, muitas vezes já considerada como Incontinência Urinária de Urgência. Também são notórios os distúrbios na atividade sexual. Nessa doença, a influência de fatores de risco como aterosclerose ou diabetes mellitus é menos expressivas que o próprio fator neural. Quando as alterações atingem o sexualismo, o homem culturalmente se sente motivado a buscar ajuda médica. Objetivo : Analisar a prevalência e o grau de disfunção erétil em pacientes portadores de HTLV-1. Metodologia : Trata-se de um estudo transversal, realizado entre junho e outubro de 2018. O trabalho foi realizado dentro do Projeto de Pesquisa "Os impactos da reabilitação funcional nas incapacidades físicas relacionadas ao Vírus Linfotrópico de Células T-Humanas do Tipo 1 (HTLV).", aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Núcleo de Medicina Tropical do Instituto de Ciências da Saúde, sob o parecer com o número 063/2011. Foram selecionados para a pesquisa 10 pacientes homens, acima dos 18 anos, portadores apenas de HTLV-1, excluindo outros pacientes carreadores de outras cepas do vírus. Nesses pacientes inclusos, foi aplicado o Índice Internacional de Disfunção Erétil (IIDE), questionário com 15 questões que se remetem às 4 semanas anteriores à implementacão do questionário. Resultados : 5 dos 10 pacientes abrangidos na pesquisa alcançaram pontuações que os classificaram com Disfunção Erétil Severa. Nas primeiras 3 questões, esses pacientes relataram ter pouco ou nenhuma ereção. Em razão disso, esses pacientes disseram não sequer ter atentado a atividade sexual com penetração e estavam sexualmente insatisfeitos consigo mesmo, não tendo experimentado a sensação de orgasmo. 2 possuem disfunção erétil suave, 1 possui disfunção erétil moderada apenas 1 não possui disfunção erétil. Conclusão : A maioria esmagadora dos pacientes homens portadores do HTLV-1 possuem disfunção erétil. Há uma possível relação entre a DIE e as sequelas funcionais resultantes da degeneração medular provocadas pela resposta inflamatória decorrente do vírus. Contato autor: [email protected]

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81268 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: RELAÇÃO ENTRE IDADE E A POSITIVIDADE PARA INFECÇÃO POR HPV EM MULHERES ATENTIDAS EM PROGRAMA DE RASTREIO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO. Autores: Lumara Silvia Santana Ferreira / Instituto Evandro Chagas; Rodrigo Vellasco Duarte Silvestre / Instituto Evandro Chagas; Resumo: Introdução: A relação entre o Papilomavírus Humano (HPV) e o câncer anogenital foi estabelecida década de 70 e sua presença no epitélio do colo uterino, possui um papel causal no desenvolvimento do câncer de colo de útero, que exibe um desenvolvimento lento e assintomático na maioria dos casos. Objetivos: Verificar a associação entre a prevalência das infecções por HPV e a idade em mulheres rastreadas para o câncer de colo uterino, na cidade de Belém do Pará. Métodos: Foram coletados esfregaços de colo uterino, de mulheres na faixa etária entre os 20 e 60 anos que realizaram o exame de Papanicolaou (PAP) de rotina, destinados às análises moleculares como, Captura Híbrida de segunda geração (CH2), amplificação do genoma viral (PCR) e tipagem de HPV por Hibridação tipo específica. Resultados: Um total de 838 amostras foi submetido à CH2, gerando um percentual de 19% (158/838) de positividade para HPV segundo o teste. Das amostras positivas, 56,3% (89/158) foram positivas para HPV de alto risco (HR-HPV) e 13,3% (21/158) positivas para HPV de baixo risco oncogênico (LR-HPV) e 15,2% (24/158) são positivas para ambos os tipos de HPV (HR-HPV e LR-HPV), referidas como infecção mista. O valor da idade média foi de 38 anos. Considerando a relação entre idade das pacientes e infecção por HPV, houve uma maior predominância de infecção pelo vírus em pacientes com idade inferior a 25 anos. Já entre as pacientes com faixa etária a partir dos 34 anos, a infecção por HPV tendeu a desaparecer, com um novo pico de infecção a partir dos 45 anos de idade. O pico inicial de infecção elevado entre mulheres jovens estaria relacionado ao início da atividade sexual, onde a mulher estaria com a vida sexual mais ativa e sem imunidade para infecção pelo HPV e assim não apresentaria resposta imunológica. Já o segundo pico de infecção em mulheres mais velhas poderia ser ou uma nova exposição viral ou talvez uma reativação latente. Os tipos de HPV mais incidentes no Brasil, destacam-se o 16, 18, 33, 35, 45 e 58, neste estudo foram mais comuns os tipos 16, 58, 59, 18, 51 e 53. Conclusão: Neste estudo confirmamos a associação positiva entre idade e a infecção viral, ressaltando a idade como um fator de risco e que apesar das mulheres jovens serem consideradas de maior risco para portar o HPV, por possível imaturidade biológica do colo uterino, os exames de rastreio neste grupo são menos frequentes. Contato autor: [email protected]

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82311 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: SAZONALIDADE VIRAL E MORBIMORTALIDADE DE PACIENTES ACOMETIDOS POR INFLUENZA NOS ÚLTIMOS 2 ANOS EM SÃO PAULO Autores: Aline Pâmela Vieira de Oliveira / Hospital da Luz Vila Mariana; Pollyanna Martins da Silva / Hospital da Luz Vila Mariana; Mariangela Moreira Cardoso / Hospital da Luz Vila Mariana; Táyssa Vinholes de Andrade / Hospital da Luz Vila Mariana; Patrícia Esteves / Hospital da Luz Vila Mariana; Resumo: Introdução: Os subtipos de influenza que circulam no Brasil e causam infecção são: cepa A H1N1 pdm09, A H3 N2 e influenza B. No município de São Paulo, a maior prevalência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é entre julho a agosto. Quando comparado ao mesmo período de 2017, observa-se que em 2018 ocorreu aumento dos casos com mudança da cepa predominante. Até novembro de 2018, foram 10222 notificações, com 2546 (24,9%) casos de influenza e predomínio da cepa A H1N1 pdm09 (63,35%). Objetivo: Descrever o perfil e desfecho clínico dos pacientes com Influenza em um Hospital Terciário Privado da cidade de São Paulo. Método: Análise epidemiológica e desfecho clínico de pacientes internados no hospital acometidos por Influenza no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. Resultados: A taxa de positividade do painel viral foi 80,13% sendo 59 casos de Influenza. Dentre esses, a média de idade foi 11,8 anos (0-67); 54,23% (32) foram do sexo masculino e 47,45% (28) apresentavam comorbidades. A mediana de tempo entre o início de sintomas e internação foi de 4 dias. Oseltamivir foi instituído em 69,49% (41) casos, sendo iniciado em menos de 48h em 17,07% (7). 33,89% (20) casos evoluíram com SRAG com prevalência da cepa A H1N1 pdm09 (65,0%) e 15,0% (3) óbitos. Conclusão: Em 2017 houve predomínio de Influenza A H3N2 com mudança do perfil epidemiológico em 2018. A taxa de letalidade dos casos de SRAG aumentou de 19,58% para 22,78% em São Paulo e houve predominância de Influenza A H1N1 pdm09 com maior incidência e gravidade dos casos. Fatores como comorbidades, medidas educacionais para vacinação, etiqueta da tosse e higiene das mãos; tempo em procurar o serviço de saúde; instituição de medidas de suporte e tratamento oportuno são determinantes para um desfecho clínico favorável. Contato autor: [email protected]

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85019 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: SINERGISMO DE POLIMIXINA B X MEROPENEM COMO ESTRATÉGIA PARA A PREVENÇÃO DE MUTANTES EM ACINETOBACTER BAUMANNII RESISTENTE AOS CARBAPENÊMICOS: PODEMOS AVALIAR POSOLOGIA QUE PREVINE MUTANTES? Autores: Nayara Helisandra Fedrigo / Universidade Estadual de Maringá; Franciele Viana Fabri / Universidade Estadual de Maringá; Danielle Rosani Shinohara / Universidade Estadual de Maringá; Josmar Mazucheli / Universidade Estadual de Maringá; Paulo Victor Batista Marini / Universidade Estadual de Maringá; Sheila Alexandra Belini Nishiyama / Universidade Estadual de Maringá; Maria Cristina Bronharo Tognim / Universidade Estadual de Maringá; Resumo: Introdução: Novos antimicrobianos recentemente lançados possuem atividade contra bactérias produtoras de carbapenemases, no entanto, nenhum possui atividade contra Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenêmicos (AcRC). É prioridade da organização mundial de saúde o tratamento de AcRC. Neste contexto, o sinergismo de drogas, incluindo a polimixina B (PMB), é uma estratégia válida que sempre deve ser considerada. Objetivo: Verificar em isolados AcRC a janela de seleção de mutantes (MSW) em diferentes regimes de dosagem de PMB e o tempo em que as concentrações de droga livre permanecem dentro desta janela (TMSW); e ainda, se a combinação de PMB com meropenem (MEM) pode prevenir a formação destes mutantes. Método: Foram selecionados para o estudo dois isolados clínicos de AcRC (AcRC PMB sensível – concentração inibitória mínima [MIC] ≤2µg/mL e AcRC PMB resistente – MIC ≥4µg/mL), pertencentes ao mesmo complexo clonal (CC1) e sequence typing (ST983). Somente o isolado resistente a PMB carreava o gene blaOXA-23. A análise PD foi realizada por simulação de Monte Carlo gerando 10.000 perfis de concentração-tempo de pacientes criticamente doentes em diferentes esquemas de PMB (1mg/kg a cada 12h [q12h]; 1.5mg/kg q12h; 3mg/kg de ataque, seguido 0.5 e 1mg/kg q12h infundidos em 1h) contra MIC e MPC obtidas em checkerboard com e sem a presença do MEM. O TMSW foi determinado como a diferença entre os valores de MIC e MPC de PMB pura e associada ao MEM. Resultados: Dos esquemas de PMB simulados, as dosagens 0.5mg/kg q12h e 1mg/kg q12h precedidas por dose de ataque atingiram o tempo médio de 78% e 83% do tempo acima da MPC, respectivamente, para AcRC PMB-resistente na terapia combinada. Entretanto, uma nova MSW da combinação emergiu. Nenhum dos esquemas avaliados de PMB pura alcançou concentração de droga livre que prevenisse a formação de mutantes para AcRC PMB resistente (MPC=64µg/mL). Entretanto, para AcRC PMB sensível a MSW permaneceu aberta durante o tratamento independentemente do esquema posológico ou a combinação e alcançou apenas 13,1% do T>MPC para 3mg/kg de dose ataque seguido 1mg/kg q12h de manutenção. Conclusão: Os resultados demonstram que os esquemas de PMB combinada e com dose de ataque permitem que concentração de PMB permaneça acima da MPC na maior parte do tratamento para AcRC PMB-resistente. A semelhança no T>MPC entre doses de manutenção de 0.5 e 1mg/kg permitiria o uso da menor dose e redução da toxicidade. Contato autor: [email protected]

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85081 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: TUBERCULOSE EM POPULAÇÕES VULNERÁVEIS: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA DE 2014 A 2018 NAS 5 REGIÕES BRASILEIRAS Autores: Antônio Alexandre Valente Meireles / Universidade Federal do Amapá; Lucas Corrêa do Nascimento / Universidade Federal do Amapá; Karen Pinheiro Borges Freitas / Universidade Federal do Amapá; Amanda Casagrande Dias / Universidade Federal do Amapá; Resumo: INTRODUÇÃO: A tuberculose caracteriza-se por uma infecção bacteriana grave transmitida por uma, das espécies do complexo Mycobacterium tuberculosis. O risco de adoecimento relaciona-se a fatores intrínsecos, como a imunidade, e a fatores exógenos, como o grau de exposição. A partir disso, entende-se a existência de populações vulneráveis, no qual se enquadram HIV+, Pessoas em Situação de rua e Pessoas Privadas de liberdade (PPL). OBJETIVO: Quantificar o número de casos de tuberculose em populações vulneráveis nas regiões brasileiras entre os anos compreendidos entre 2014 e 2018. Métodos: Estudo descritivo e quantitativo realizado mediante coleta de dados contidos na base do Sistema de Informação de agravos de notificação (SINAN) concernentes à tuberculose em alguns grupos determinados de populações vulneráveis. RESULTADOS: Para população com positividade para HIV, evidenciou-se que o Norte apresentou incidência de 5,9832, o Nordeste de 3,7507, o Sudeste de 4,6320, o Sul de 7,3093 e o Centro-Oeste de 2,7655. Para população privada de liberdade, a taxa média anual de TB foi de 3,2124 para o Norte, 2,8412 para o Nordeste, 5,1366 para o Sudeste e 3,6414 para o Sul e 3,2905 para o Centro-Oeste. Em relação à população em situação de rua, os dados demonstraram 0,7726 de incidência para o Norte, 0,7889 para o Nordeste, 1,7961 para o Sudeste, 1,7772 para o Sul e 0,7127 para o Centro-Oeste. No que tange à letalidade por Coinfecção TB-HIV, no Norte é de 1,75, enquanto no Nordeste é de 4,54, no Sudeste 3,75, no Sul 1,71, no Centro-Oeste 2,95. No que se refere a essa taxa para pessoas privadas de liberdade, observa-se que no Norte é de 0,77 no Nordeste é de 1,02, no Sudeste 0,63, no Sul 1,36, no Centro-Oeste 1,00. Para letalidade em pacientes em situação de rua, tem-se que no Norte é de 5,26 no Nordeste é de 5,27, no Sudeste 7,27, no Sul 5,16, no Centro-Oeste 6,81. CONCLUSÃO: A análise quantitativa dos dados demonstrou maior incidência de Coinfecção TB-HIV na região Sul, maior acometimento por tuberculose em PPL e em situação de rua, ambos na região Sudeste. Conquanto às taxas de letalidade por coinfecção, podese evidenciar maiores valores na região Nordeste; enquanto para PPL, essa taxa é maior no Sul e para populações em situação de rua, esta faz-se mais elevada no Sudeste. Dessa forma, esses parâmetros ressaltam peculiaridades regionais, as quais fazem-se de grande importância na construção de políticas públicas sólidas e no manejo da infecção nessas populações. Contato autor: [email protected]

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84165 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: USO DE ARMADILHAS DE OVIPOSIÇÃO (OVITRAMPAS) COMO ESTRATÉGIA PARA O MONITORAMENTO E CONTROLE DO AEDES AEGYPTI EM RIO BRANCO – ACRE Autores: Maria Socorro Martins de Souza / Universidade Federal do Acre; Cirley Maria de Oliveira Lobato / Universidade Federal do Acre; Resumo: Introdução: O mosquito Aedes aegypti é o principal transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e zika no Brasil, causando atualmente grande impacto para a saúde pública. A principal estratégia para o controle destas infecções se dá pelo controle do vetor. Objetivo: Verificar se o uso contínuo de armadilhas de oviposição é capaz de monitorar e controlar a densidade do Aedes aegypti, em um bairro de Rio Branco – Acre. Métodos: Os indicadores entomológicos foram obtidos a partir das armadilhas de oviposição instaladas no Bairro Embratel. Foram instaladas aproximadamente 150 armadilhas ovitrampas e as palhetas foram trocadas semanalmente, de janeiro a maio de 2017. Foram calculados o Índice de Positividade de Ovitrampa (IPO) e o Índice de Densidade dos Ovos (IDO). A correlação entre esses índices e os dados climáticos foi analisada pelo Coeficiente de Pearson. Os índices obtidos das ovitrampas foram comparados ao LIRAa. Resultados: Durante o estudo foi verificado IPO foi de 50,98% e o IDO de 21,90. O IPO e IDO estiveram correlacionados positivamente com a pluviosidade, porém negativamente com a temperatura. Conclusões: Em Rio Branco a armadilha de oviposição – ovitrampa quando comparada com a pesquisa de larva apresentou sensibilidade para a detecção de Aedes aegypti superior ao LIRAa. As ovitrampas são consideradas um método econômico e operacionalmente viável, sendo muito efetivo na vigilância do Ae. aegypti. O monitoramento do Aedes Aegypti através de ovitrampa pode direcionar precocemente ações dos agentes de endemias no combate ao vetor, permitindo atuar de maneira mais eficaz nas áreas de maior positividade. Contato autor: [email protected]

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81422 - Desafios ao Infectologista (microbiologia, virologia, DST, infecções osteoarticulares, infecções complicadas) Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: USO DE MARCADORES SOROLÓGICOS E MOLECULARES NA INVESTIGAÇÃO DE DENGUE, ZIKA VÍRUS E CHIKUNGUNYA EM PACIENTES COM SUSPEITA CLINICA Autores: HITALO ROBERTO DE ARAÚJO COÊLHO / UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ; DANILO RAFAEL DA SILVA FONTINELE / UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ; ISABEL MARIA OLIVEIRA MACEDO LIMA / UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ; EMMANUELLE PESSOA COSTA / UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ; FRANCISCO DAS CHAGAS FERREIRA DE MELO JÚNIOR / UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ; FABIANO VIEIRA DA SILVA / SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PIAUÍ; LILINE MARIA SOARES MARTINS / UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ; Resumo: Introdução: Atualmente no Brasil, as arboviroses vêm ganhando destaque como relevantes problemas de saúde pública, e pela sua magnitude e transcendência são consideradas até de importância internacional. Dentre elas, destacam-se doenças reemergentes, como a Dengue (DENV) e emergentes, como o Zika Vírus (ZIKV) e a Febre Chikungunya (CHIKV). As manifestações clínicas das arboviroses podem variar desde a doença febril leve e indiferenciada a síndromes febris neurológicas, articulares e hemorrágicas. Objetivo: Avaliar laboratorialmente pacientes com suspeita clínica de DENV, ZIKV e CHIKV no Estado do Piauí por meio do uso de marcadores sorológicos e moleculares. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, retrospectiva, realizada em um Laboratório público de referência do Estado do Piauí. Os participantes da pesquisa foram todos os pacientes com ficha de investigação para DENV, ZIKV e CHIKV, datadas de março de 2018 a janeiro de 2019. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa com o parecer de número 2.537.162. Resultados: A maioria (65,1%) eram do sexo feminino, com média de idade de 30,9 anos. Os principais sintomas foram febre, cefaleia e mialgias. Para DENV: avaliou-se 81 casos quanto a detecção do antígeno NS1, sendo 4 (4,9%) reagentes; para a sorologia foram avaliados 141, e 3 (2,1%) foram IgM reagentes; na análise molecular, avaliou-se 278 pacientes e nenhum foi dectado. Para o ZIKV: foram avaliados a sorologia de 388 casos, sendo 189 (48,7%) IgG e IgM reagentes; a análise molecular analisou 354 casos, com 3 (0,6%) detectado. Para a CHIKV: 740 pacientes foram avaliados sorologicamente para IgG e 157 (21,2%) foram reagentes; para IgM avaliou-se 855 pacientes e 183 (21,4%) foram reagentes; a analise molecular se deu em 256 pacientes, onde 6 (2,3%) foram detectados. Conclusão: A maioria dos pacientes investigados eram do sexo feminino e a média de idade dos pacientes foi de 30,9 anos. Os Principais sintomas foram febre, cefaleia e mialgias. A CHIKV foi a mais investigada. Observa-se uma redução na investigação e detecção das arboviroses. Contato autor: [email protected]

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81033 - HIV /Hepatites Virais Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: A EXPRESSÃO INTRAHEPÁTICA DA INTERLEUCINA 10 MODULA A EVOLUÇÃO DA FIBROSE NA INFECÇÃO VIRAL CRÔNICA PELO HBV E HCV Autores: EDNELZA DA SILVA GRAÇA AMORAS / UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ; Samara Tatielle Monteiro Gomes / UFPA; Maria Alice Freitas Queiroz / UFPA; Barbara Brasil Santana / UFPA; Mauro Sergio Moura de Araújo / UFPA; Simone Regina Souza da Silva Conde / UFPA; Ricardo Ishak / UFPA; Antonio Carlos Rosário Vallinoto / UFPA; Resumo: A fibrose hepática é resultado de danos crônicos ao fígado em conjunção com o acúmulo de matriz extracelular, característico da maioria dos tipos de doenças hepáticas crônicas. O presente estudo avaliou os níveis plasmáticos e a expressão da Interleucina 10 (IL-10) no fígado de pacientes com HBV (n=8), HCV (n=37) e de hepatites não virais (n=9), e sua associação com a patogênese dessas infecções bem como na evolução da fibrose hepática. Espécimes de biópsia hepática de pacientes não tratados, foram divididos em 3 grupos de acordo com a classificação de METAVIR: sem fibrose e/ou fibrose leve (F0-F1); fibrose moderada (F2); fibrose acentuada e/ou cirrose (F3-F4) e amostras de fígado normal foram utilizadas como controle (CT n=8), os níveis do mRNA da IL-10 foram quantificados por PCR em tempo real (qPCR) e a IL-10 plasmática pelo sistema LUMINEX 200. Os níveis plasmáticos da IL-10 foram maiores nos indivíduos saudáveis e não mostraram associação significativa com a evolução da fibrose. A alta expressão da IL-10 agrupou aqueles indivíduos sem doença hepática (CT), pacientes com baixos escores de fibrose (F0-F1), com ausência de inflamação (A0), com as baixas concentrações de ALT, AST, GGT e com as maiores taxas de carga viral (log10). De maneira inversa a baixa expressão da IL-10 mostrou associação negativa em relação à evolução da doença até cirrose. Nossos resultados demonstram que, inicialmente, a expressão constitutiva da IL-10 no fígado induz a tolerância de linfócitos T CD8+ vírus-específicos infiltrados, diminuindo sua capacidade proliferativa, com perda de funções efetoras antivirais, importante na redução da imunopatogênese, mas, às custa da persistência vira. É provável que, inicialmente, a IL-10 aumentada mantenha as células estreladas hepáticas (HSC) em um estágio quiescente suprimindo sua função profibrogênica. Entretanto, com a fibrose continuada a IL-10 diminui, provavelmente pela perpetuação das HSC ativadas com produção da matriz extracelular e do Fator de transformação do crescimento beta (TGFβ1), uma citocina antimitótica e fibrogênica potente, tornando o dano hepático irreversível. Conclusão: No fígado de pacientes com HBV e HCV crônicos, a ação inibitória da IL-10, pode restringir e diminuir a resposta do sistema imunológico, além de limitar indiretamente a resposta fibrogênica controlando a secreção de TGF-β1, entretanto, a diminuição da IL-10 favorece o aumento de infiltrado inflamatório persistente que resulta na fibrose acentuada. Contato autor: [email protected]

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84666 - HIV /Hepatites Virais Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: ALTA TAXA DE RESPOSTA NO TRATAMENTO DO VÍRUS DA HEPATITE C EM UMA COORTE DE VIDA REAL NO BRASIL Autores: Juliana Olsen Rodrigues / UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu ; Stephanie Valentini Ferreira Proença / UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu; Stella Lage Vieira Abrantes dos Santos / UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu; Paula Hattori Tiba / UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu; Alexandre Albuquerque Bertucci / UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu; Bruno Cardoso Macedo / UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu; Thaysa Sobral Antonelli / UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu; Alexandre Naime Barbosa / UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu; Resumo: Introdução As drogas de ação direta (DAAs) utilizadas de 2015 a 2018 no tratamento da Infecção Crônica pelo Vírus da Hepatite C (VHC) no Brasil, trouxeram ótimos resultados de Resposta Virológica Sustentada (RVS). Objetivo Analisar a efetividade e os eventos adversos do tratamento da Infecção Crônica pelo VHC com DAAs, em uma coorte de pacientes brasileiros. Método Foram incluídos em uma coorte observacional 85 pacientes com infecção crônica pelo VHC, em que se optou pelo tratamento com DAAs, no período de Novembro de 2015 a Novembro de 2018. Resultados Características Basais: Predomínio do sexo masculino (65%); Mediana Idade: 51 anos; Distribuição Genotípica: G1A=52%, G1B=31%, G2=1%, G3=15%, G4=1%. Distribuição do Grau de Fibrose por Elastografia: F0=6%; F1=14%, F2=9%, F3=32%, F4=39%; Classificação de Child-Pugh nos pacientes cirróticos: Child A=99%; Child B=1%; Coinfecção HIV=14%; Coinfecção Hepatite B=6%; Tratamento Prévio: Virgens=58%; Interferon-Peguilado (PEG-IFN) + Ribavirina (RBV)=34%; Peg-IFN + RBV + Boceprevir ou Telaprevir=8%. Esquemas de DAAs Utilizados: Sofosbuvir (SOF) + Daclatasvir (DCV) +/- RBV (12 ou 24 sem)=46%, SOF + Simeprevir +/- RBV (12 sem)=31%, 3D +/- RBV (12 ou 24 sem)=21%, SOF + Velpatasvir=1%, SOF + RBV (12 sem)=1%. Desfecho: 75 pacientes dos 85 (88%) realizaram o tratamento completo; 8 pacientes (10%) abandonaram antes do término do tratamento, 2 desses pacientes eram usuários de álcool e drogas. 2 pacientes (2%) foram a óbito por outras causas, antes do término. Efetividade do Tratamento com DAAs: PCR indetectado após 24 semanas do tratamento (RVS):98,5% (68/69). Recidiva Virológica Pós-Tratamento Completo (Falha Terapêutica): 1,3% (1/75). Eventos Adversos: 19 pacientes (22%) tiveram eventos leves, os mais comuns foram infecções de vias aéreas (6%), prurido (4%) e fadiga (3,5%). Não foram descritos efeitos adversos graves. Conclusão A alta taxa de RVS de 98,5% encontrada nessa coorte de vida real (mesmo com 71% dos pacientes em F3-F4) revela a excelente efetividade dos DAAs que foram utilizados no Brasil. O abandono de tratamento foi associado ao uso de álcool e drogas em 2 dos 8 pacientes, outras causas não foram analisadas. Possivelmente, a dificuldade na adesão e efeitos colaterais, mesmo que leves, contribuíram no abandono. Com a chegada de novos DAAs em 2019, é esperado maior facilidade posológica, menos efeitos colaterais, com manutenção da efetividade do tratamento. Contato autor: [email protected]

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84464 - HIV /Hepatites Virais Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: ANALYSIS OF HIV-1 INTEGRASE RESISTANCE AMONG ANTIRETROVIRAL-NAIVE PATIENTS NEWLY DIAGNOSED WITH HIV-1 FROM BELÉM, PARÁ, BRAZIL Autores: Maria Karoliny da Silva Torres / UFPA; Maria Eduarda de Sousa Avelino / UFPA; Susan Denice Flores Irias / UFPA; Mike Barbosa dos Santos / UFPA; Danilo Pereira / UFPA; Ana Figueiredo / UFPA; Poliana Lemos / IEC; Janaína Vasconcelos / IEC; Clayton Lima / IEC; Renato Oliveira / UFPA; Regiane Frânces / UFPA; João Vianez / IEC; Luiz Fernando Almeida Machado / IEC; Resumo: The class of integrase inhibitor (INI) drugs has recently been introduced into antiretroviral therapy (ART). The presence of mutations associated with INI resistance can have a direct impact on the success of treatment of people living with HIV / AIDS (PLHA). The present cross-sectional study aims to describe the viral subtypes of HIV-1 and the INI resistance profile of HIV-1-infected PLHA in the city of Belém, Pará, Brazil. Blood samples were collected from 59 treatment-naive patients attended at the Center for Health Care in Acquired Infectious Diseases (CASADIA). Identification of resistance mutations was performed using the Stanford HIV drug resistance database and genetic variability was assessed using the REGA tool. The results were later confirmed by phylogenetic analysis. According to the socio-demographic variables, the majority of the individuals evaluated were from the state of Pará, characterized as heterosexual or homosexual, with low schooling and family income and fixed sexual partners, as well as partners from other states (Amapá, Maranhão, Tocantins, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro and São Paulo). All 59 samples analyzed were identified as HIV-1 subtype B and no primary mutation associated with INI resistance (raltegravir, elvitegravir or dolutegravir) was found. However, 26 sequences showed at least one resistance related to accessory mutation (L74I, V151I, S119R). This was the first study to evaluate the INI class in the northern of Brazil. All the individuals evaluated were susceptible to INI, evidencing that the use of this drug class in the that region of Brazil is a viable alternative, since the secondary mutations found are not capable of causing resistance in the absence of large mutations. Financial support: Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES) and Postgraduate Program in Biology of Infectious and Parasitic Agents (PPGBAIP). Contato autor: [email protected]

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81153 - HIV /Hepatites Virais Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: AVALIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DE NUCLEOTÍDEO SIMPLES (SNPS) EM GENE CODIFICADORES DE CITOCINAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE LIPODISTROFIA E DISLIPIDEMIA ASSOCIADA A TERAPIA ANTIRETROVIRAL Autores: Daniel Dias Pinheiro de Moraes / Universidade Federal do Pará; Marcos Virgilio Bertonsin Filho / Universidade Federal do Pará; Fellipe Souza da Silva Vilacoert / Universidade Federal do Pará; Luccas Delgado da Costa / Universidade Federal do Pará; Luis Alberto Ribeiro Cordeiro / Universidade Federal do Pará; Thais Cristina Miranda Franco / Universidade Federal do Pará; Rosana Maria Feio Libonati / Universidade Federal do Pará; Juarez Antônio Simões Quaresma / Universidade Federal do Pará; Resumo: INTRODUÇÃO: O tratamento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida obteve avanços importantes após a introdução da terapia antirretroviral combinada, HAART (Highly Active Antiretroviral Therapy), a qual tem mudado drasticamente o curso da infecção pelo HIV. No entanto, o tratamento é acompanhado de vários efeitos colaterais, dentre eles a Síndrome de Lipodistrofia (SL) acompanhada de alterações morfológicas e metabólicas, incluindo dislipidemia, resistência à insulina, alterações nos níveis hormonais e distribuição alterada da gordura corpórea. Apesar da sua patogenia não ser totalmente esclarecida, é sabido que o aumento de algumas citocinas inflamatórias está relacionado com o desenvolvimento da Síndrome de lipodistrofia. Diversos sítios polimórficos têm sido descritos nos genes de citocinas, que podem aumentar ou diminuir a produção destas. OBJETIVOS: Avaliar os polimorfismos de nucleotídeo simples (SNPs) em gene codificadores de citocinas em pacientes com síndrome de lipodistrofia e dislipidemia associada à terapia antirretroviral. MÉTODOS: O estudo avaliou os polimorfismos de nucleotídeo simples (SNPs) nos genes codificadores de citocinas IL18 -607 (rs1946518); IL6 -174 (rs1800795) TNFα -238 (rs361525) e IL10 -1082 (rs1800896) em pacientes com síndrome de lipodistrofia e dislipidemia associada à terapia antirretroviral. Foram avaliados 93 pacientes HIV soropositivo com síndrome lipodistrofica, e 89 indivíduos no grupo controle. Os polimorfismos foram avaliados por PCR em tempo real utilizando sondas TaqMan. RESULTADOS: Após determinação dos diferentes genótipos para as quatro citocinas avaliadas, não se observou diferença significativa entre os grupos. No entanto, para o genótipo GA do TNFα -238 foi observada uma tendência (p=0,08) de ser mais frequente nos controles (15,73%) do que nos casos (7,53%) e teria um efeito de proteção para o desenvolvimento da lipodistrofia. CONCLUSÃO: concluiu-se que nenhum dos polimorfismos das citocinas avaliadas confere proteção ou susceptibilidade para o desenvolvimento da síndrome lipodistrófica. Os SNPs da IL-6 (-174), IL-10 (-1082), IL-18 (-607) e TNFα (-238) não estão associados aos fatores de risco avaliados (colesterol, diabetes, dislipidemia) relacionados a síndrome neste grupo de pacientes. Em relação às variáveis clínicas estudadas, observou-se uma predominância de síndrome mista para lipodistrofia, o aumento do nível de colesterol e a presença de dislipidemia nos pacientes HIV soropositivo sob uso de HAART Contato autor: [email protected]

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84279 - HIV /Hepatites Virais Modalidade aprovada: Apresentação Oral Título: AVALIAÇÃO DO SWITCH DE REGIMES ANTIRRETROVIRAIS DIVERSOS PARA DOLUTEGRAVIR NA VIDA REAL Autores: Luan Victor Almeida Lima / Hospital São José de Doenças Infecciosas; Barbara Barroso Gomes Bastos / Centro Universitário UnichristusUnichristus; Denise Girão Limaverde Lima / Hospital São José de Doenças Infecciosas; Nadedja Lira de Queiroz Rocha / Centro Universitário Unichristus; Francisco Jose Candido da Silva / Hospital São José de Doenças Infecciosast; Fernando Antônio Mendes Bezerra Ximenes / Centro Universitário Unichristus; Davi Candeira Cardoso / Centro Universitário Unichristus; Nícolas Breno Gomes de Lima / Centro Universitário Unichristus; Anna Giulia Meira Garcia Cabral / Centro Universitário Unichristus; Melissa Soares Medeiros / Hospital São José de Doenças Infecciosas; Resumo: Introdução: O Dolutegravir (DTG) é utilizado no Brasil para pacientes iniciantes no tratamento do HIV desde janeiro de 2017. Mais recentemente, foi incluída, nos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas (PCDT) do HIV, a recomendação de mudança para o DTG nos esquemas de tratamento de terceira linha com raltegravir e naqueles em que o paciente apresente eventos adversos e toxicidades indesejáveis. Cerca de 87% das pessoas que iniciaram o tratamento em 2018 começaram com DTG. Em 2018, o Ministério da Saúde do Brasil liberou o Switch de regimes contendo ITRNN ou IPr sem falha terapêutica prévia para regimes contendo Dolutegravir (DTG). Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia virológica da troca de regimes para DTG em duas coortes reais do sistema público de saúde brasileiro em determinada capital e investigar fatores associados à supressão da carga viral (VLS) após a troca. Métodos: Utilizamos informações programáticas em nível individual sobre carga viral (CV), CD4 e terapia antirretroviral (TARV) de Pacientes com HIV, 18 anos ou mais, com esquema que mudou para DTG em 2018. Resultados: Um total de 569 pacientes foram avaliados, sendo 104 no Centro 1 (C1) e 465 no Centro 2 (C2). Encontramos Carga Viral (CV) disponível para análise pré e pós Switch no C1=98 (94,2%) e C2=275 (59,2%). A CV pré Switch era não detectada no C1= 93 (94,8%) e no C2= 221 (80,4%). A CV estava não detectada no Pós Switch no C1= 90 (91,8%) e no C2= 241 (87,6%). A viremia estava detectada no pós-switch em 4 pacientes (11,2%), sendo < 200 cópias = 54,7% e > 200 cópias = 45,2%. Evidenciamos ainda que 5,7% (N=18) pacientes com CV
Trabalhos congresso de Infect 2019 ANAIS

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