Nutrição e Doenças do TGI - Ana Salamon

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Evento

Doenças do Trato Digestório Profª Drª Ana Lúcia Salomon

SES/DF – 2019/2020 – Saúde do Adulto e Idoso Considere um paciente de 68 anos de idade acometido por acidente vascular encefálico. Após avaliação médica e fonoaudiológica, constatou-se disfagia. O fonoaudiólogo orientou a consistência néctar para os líquidos. Após isso, o paciente foi encaminhado ao serviço de nutrição para adequação da dieta. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 101. A miniavaliação nutricional é um instrumento recomendado para a triagem nutricional de idosos. 102. Por exigirem maior controle fisiológico, é correto afirmar que alimentos na consistência sólida são os que oferecem o maior risco de aspiração. 103. A textura dos alimentos deve ser modificada de acordo com o grau de disfagia. No grau 1, são permitidas todas consistências de alimentos (dieta geral) e, no grau 4, uma dieta pastosa homogênea. 104. O paciente deve ser orientado quanto ao espessamento dos líquidos, que pode ser realizado com produtos industrializados ou adaptações naturais. 105. Na consistência néctar, o alimento escorre da colher formando um fio. Um exemplo de alimento nessa consistência é o suco de pêssego ou iogurte de beber. 106. Tosse, engasgo e voz molhada durante e após as refeições são sinais clínicos de aspiração e fatores de risco para disfagia. 107. A endoscopia digestiva alta é o exame padrão-ouro para investigação diagnóstica da disfagia.

A videofluoroscopia da deglutição (...) é considerado padrão ouro de investigação de aspiração.

IBFC – 2014 60) Paciente do sexo feminino, eutrófica, vem para consulta nutricional com diagnóstico de esofagite, decorrente de refluxo do conteúdo ácido-péptico gástrico. Deverá fazer parte de suas orientações nutricionais: a) Restrição calórica, visando perda de peso. b) Dieta com 35% a 40% do valor energético total proveniente de lipídios, contribuindo para o aumento da pressão do esfíncter esofagiano inferior. c) Fracionamento alimentar com seis a oito refeições de pequenos volumes para evitar o refluxo. d) Consumo de frutas ácidas, devido ao seu elevado teor de vitamina C.

IBFC – 2015 44) A esofagite consiste na inflamação da mucosa esofágica, decorrente do refluxo do conteúdo ácido-péptico gástrico. Faz parte das recomendações nutricionais para o tratamento da esofagite: a) Evitar alimentos que diminuem a pressão do esfíncter esofágico inferior, tais como café, mate e bebidas alcoólicas. b) Ingerir líquidos durante as refeições principais, auxiliando na diluição do conteúdo ácido péptico gástrico, com menor agressão à mucosa esofágica durante os episódios de refluxo. c) Consumir alimentos e preparações ricas em lipídios, o qual estimulará a secreção de colecistocinina, a qual favorecerá o aumento da pressão do esfíncter esofágico inferior. d) Consumir sucos e frutas ácidas, uma vez que, por serem ricos em vitamina C, apresentam ação antioxidante, auxiliando na reparação da mucosa esofágica.

UPENET – 2020 19. A característica da dieta na condição de esofagite exige que ela seja A) hipolipídica. B) hipoglicídica. C) hipocalórica. D) distribuída em três refeições diárias. E) realizada em horários livres, conforme o desejo do paciente.

Esôfago • Esfíncter esofagiano inferior: • ↑ Pressão: • Proteína (gastrina); Carboidratos; pH alcalino • ↓ Pressão: • Gordura (CCK) • Cigarro • Bebidas a base de “cola”, alcoólicas (m. liso) • Gravidez, obesidade, roupa apertada • Alimentos de difícil digestão, flatulentos, ricos em purinas; Chocolate, suco de laranja, tomate

HCFMUSP - 2020 35. Nutricionista seguiu o recomendado em Cuppari (Nutrição clínica no adulto, 2019) e fez corretamente a seguinte orientação para paciente com diagnóstico de esofagite: (A) esperar pelo menos 1 hora para se deitar após comer. (B) preferir chá mate a chá verde. (C) ingerir alimentos com alto teor de purinas. (D) substituir café por chocolate em pó misturado no leite. (E) excluir sucos e frutas ácidos e tomate.



UPENET – 2020 – Nutrição Clínica 17. A etiopatogenia da úlcera está associada à presença da seguinte bactéria: A) Eschericihia coli. B) Helicobacter pylori. C) Salmonelas ssp. D) Enterobacter. E) Yersynia.

ÚLCERA PÉPTICA • Helicobacter pylori: • 70-80% U.Gástricas • • • •

95% U. Duodenais Extremamente resistente ~ 50% mundial Risco para o adenocarcinoma gástrico Projeto Diretrizes – Úlcera Péptica, 2003

IBFC – 2015 40) Assinale a alternativa correta. Paciente do sexo masculino, eutrófico, vem para a consulta nutricional com diagnóstico de gastrite, sem presença de Helicobacter pylori e sem apresentar sangramento. Fará parte das orientações nutricionais: a) Beber leite sempre que apresentar dor ou queimação, pois esse alimento neutraliza o ácido estomacal, aliviando os sintomas. b) Consumir 30% do valor energético total da dieta na forma de proteínas, favorecendo dessa forma a recuperação da mucosa gástrica. c) Evitar consumir café e pimenta vermelha, por serem irritantes da mucosa gástrica. d) Excluir frutas do cardápio, devido a sua acidez elevada que resulta em irritação da mucosa gástrica. e) Evitar o consumo de fibras, as quais levam a maior distensão do estômago e piora da dor.

IBFC – 2017 24) O desequilíbrio entre os fatores que agridem a mucosa gástrica e os que a protegem é o ponto central da etiopatogenia da gastrite. No tratamento nutricional ambulatorial de pacientes com gastrite, sem complicações, fará parte das orientações: a) Consumir 30 a 35% (por cento) do valor energético total da dieta na forma de proteínas, visando a recuperação da mucosa gástrica b) Evitar o consumo de pimenta vermelha e bebidas alcoólicas, uma vez possuírem substâncias irritantes gástricas c) Restringir o consumo de alimentos ricos em fibras, uma vez que sua presença no estômago estimula a produção de ácido clorídrico, agravando a lesão d) Emagrecer, independente do estado nutricional atual

IBFC – 2019 28) Juliana sofre com gastrite atrófica, que consiste em uma doença hereditária autoimune que ataca as células parietais, causando hipocloridria e diminuição da produção de fator intrínseco, como consequência, causa má absorção de um micronutriente. Sobre a má absorção do micronutriente, assinale a alternativa correta. a) Riboflavina b) Cálcio c) Cianocobalamina d) Molibdênio

IBFC – 2013 40) A doença celíaca é uma doença inflamatória que resulta da resposta inapropriada autoimune à ingestão de glúten, em indivíduos com predisposição genética. Sendo assim, para os portadores dessa doença deverá ser orientada dieta isenta dos seguintes alimentos: a) Fubá e araruta. b) Amido de milho e tapioca. c) Trigo sarraceno e quinua. d) Arroz e fécula de batata. e) Centeio e cevada.

IBFC – 2014 56) A doença celíaca é uma enteropatia autoimune que ocorre em indivíduos geneticamente susceptíveis, cuja principal característica é a intolerância permanente ao glúten. O tratamento da doença consiste na exclusão total do glúten, não devendo ser consumido, dentre outros, o seguinte alimento: a) Amido de milho. b) Farinha de aveia. c) Farinha de arroz. d) Fécula de batata

IBFC - 2019 26) Eduarda, 22 anos, foi diagnosticada pela Dra Ana como sendo portadora da doença celíaca. A médica encaminhou Eduarda para a nutricionista, para compreender os cuidados com a alimentação e o consumo de alimentos. A nutricionista indicou quais alimentos ela poderá consumir. A respeito do assunto exposto sobre a indicação, assinale a alternativa incorreta. a) Farinha de arroz, farinha de milho e farinha de linhaça b) Batata, arroz e milho c) Barrinha de cereal, tapioca e batata doce d) Abóbora, tomate e alface

IBFC - 2016 38) As doenças inflamatórias intestinais são crônicas e caracterizadas por distúrbios inflamatórios, com frequente exacerbação de sinais e sintomas. De maneira geral, o tratamento nutricional, na fase aguda da doença, inclui: a) Ingestão diária de laticínios e seus derivados, uma vez que a lactose presente nesses alimentos auxilia no desenvolvimento da flora bacteriana intestinal. b) Dieta rica em monossacarídeos e dissacarídeos, uma vez que são mais facilmente digeridos do que os carboidratos complexos. c) Nos casos de má absorção de gordura, a suplementação com triglicerídeos de cadeia longa, visando o aumento do aporte energético. d) Dieta pobre em fibras insolúveis, para auxiliar no controle da diarreia; e rica em fibras solúveis, as quais sofrem ação das bactérias intestinais formando ácidos graxos de cadeia curta, que constituem importante fonte de energia para as células intestinais.

HCFMUSP - 2020 36. Um celíaco internado em um hospital geral para uma cirurgia eletiva recebeu corretamente os seguintes alimentos no almoço: (A) arroz branco, carne assada, farofa de farinha panko, salada de folhas. (B) macarrão de arroz, frango grelhado, beterraba e tabule de quinoa. (C) arroz integral, feijão, quibe, molho de hortelã e salada de tomate. (D) arroz branco, feijão, bife à milanesa, cenoura e brócolis. (E) macarrão integral, salmão grelhado, pepino e alface com crouton.

FCC - 2018 64. A Síndrome do Intestino Irritável é uma doença de fisiopatologia complexa que inclui fatores genéticos, ambientais, psicomediados, disbiose, entre outros. Seus maiores sinais e sintomas incluem: (A) fome excessiva e ganho de peso. (B) desnutrição e sangramento retal. (C) vômitos e retardo do crescimento. (D) dor abdominal e enterite actínica. (E) distensão abdominal, diarreia ou constipação.

SES-DF – 2020/2021 FODMAP é um acrônimo em inglês que significa oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis. São considerados carboidratos de cadeia curta de difícil absorção que, por seu poder osmótico, aumentam o volume de líquido no lúmen intestinal e são fermentados pelas bactérias do intestino, produzindo sintomas como gases e distensão abdominal. No que tange aos FODMAPs, julgue os itens a seguir. 88. Os FODMAPS estão presentes em vários alimentos, como, por exemplo: brócolis, couve-flor, melancia, pera, beterraba, grão de bico, entre outros. Estes alimentos são considerados com alto teor de FODMAPS em sua composição e devem ser evitados na síndrome do intestino irritável. 89. Os produtos sem glúten apresentam baixo teor de FODMAPs, exceto se contiverem mel ou adoçantes à base de frutose ou polióis. 90. A dieta baixa em FODMAP inclui a redução da ingestão alimentar dos cinco principais subgrupos de carboidratos, que são: frutose, lactose, polióis de açúcar, frutanos e galactooligossacarídeos (GOS). Essa restrição deve ser realizada em a longo prazo para minimizar os sintomas do indivíduo que apresenta dificuldade de absorção desses carboidratos. 91. A maior fonte alimentar de frutanos da dieta é o trigo. Já no grupo dos polióis, o mais comum na alimentação é o sorbitol, encontrado naturalmente nos alimentos. Frutas como a maçã e a ameixa recebem destaque por apresentarem maiores quantidades desse poliol.

Obrigada! @anasalomon
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