Arcos faríngeos e intestino primitivo - ana paula

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Lorena Rios| 3º semestre| Medicina 2019.1| UNIFACS SOII| Prof. Ana Paula

Resumo Do trato gastrointestinal O sistema digestório começa na cavidade oral. Os componentes da cavidade oral que serão estudados são: língua e glândulas salivares. Em seguida temos faringe, esôfago, estômago, intestino delgado (composto por duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (constituído por: apêndice, ceco, colón ascendente, colón transverso, colón descendente, colón sigmoide e reto). Além das glândulas anexas: fígado, vesícula biliar e pâncreas.

A partir do esôfago encontramos quatro camadas compondo a parede, independentemente da localização referida. Essas camadas são: mucosa, submucosa, muscular externa e adventícia ou serosa (adventícia é diferente de serosa, quando uma está presente a outa não está); A Mucosa é a camada mais interna. Abaixo da mucosa temos a submucosa, depois dela temos a muscular externa, ela tem um aspecto diferente a depender da porção que esteja, já que essa é dividida em duas: circular e longitudinal A circular é a mais interna e a longitudinal é a mais externa. A diferença entre essas duas camadas não é o tipo muscular. Normalmente, encontramos nessas camadas músculo liso, a diferença está na disposição das fibras. A última camada é a adventícia ou serosa. A adventícia é um tecido conectivo, ela dá forma e sustentação,

geralmente, é onde os vasos vão penetrar para fornecer nutrientes a estrutura. O que muda da camada adventícia para a serosa? a camada adventícia e a serosa tem o mesmo tecido conectivo, porém a serosa tem uma camada serosa chamada de peritônio que a reveste. O peritônio é encontrado na cavidade abdominal, mas não necessariamente estar na cavidade abdominal comprova que ela é revestida por peritônio, mas na maioria das vezes sim.

A camada mucosa é composta por: um revestimento epitelial, uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos e células musculares lisas, algumas vezes apresentando também glândulas e tecido linfoide, e uma muscular da mucosa, que separa a camada mucosa da submucosa e geralmente consiste em duas subcamadas delgadas de células musculares lisas, uma circular interna e outra longitudinal externa. Essas subcamadas promovem o movimento da camada mucosa, independentemente de outros movimentos do trato digestivo, aumentando o contato da mucosa com o alimento. a) O epitélio de revestimento são lâminas superficiais, que podem variar de acordo com a estrutura. Obs. Lâmina própria não é a mesma coisa de lâmina basal. b) A lâmina própria é exclusiva de estruturas que contém mucosa, sua composição é de tecido conjuntivo frouxo fibroelástico. A sua composição é a mesma, independente do local que a gente esteja,

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ou seja, independe do sistema tratado. Na lâmina própria também encontramos vasos sanguíneos, vasos linfáticos, poucas inervações e as glândulas (mesmo que sejam advindas do epitélio de revestimento); c) Lâmina basal dá sustentação a células epiteliais d) Muscular da mucosa: presença de músculo, normalmente, músculo liso, sua função é fazer movimento da camada mucosa para facilitar o processo de digestão e absorção, por isso estruturas que não tem como função esses dois componentes não terão essa camada bem desenvolvida. Ex. esôfago; A camada submucosa é composta por tecido conjuntivo um pouco mais denso que a lâmina própria aparentemente, nas imagens histológicas eles são muito semelhantes, mas se aprofundar na imagem a diferença é perceptível., com muitos vasos sanguíneos e linfáticos e um plexo nervoso submucoso (também denominado plexo de Meissner inervação). Esta camada pode conter também glândulas e tecido linfoide. Apesar de não ser característica da submucosa no trato gastrointestinal possuir glândula. Só tem duas estruturas no TGI que possui glândulas na camada submucosa que é esôfago e duodeno. A camada muscular externa contém células musculares lisas orientadas em espiral, divididas em duas subcamadas, de acordo com o direcionamento principal. Na subcamada mais interna (próxima do lúmen), a orientação é geralmente circular; na subcamada externa, é majoritariamente longitudinal. Entre essas duas subcamadas observa-se o plexo nervoso miontérico (ou plexo de Auerbach) e tecido conjuntivo contendo vasos sanguíneos e linfáticos. Assim, as contrações da camada muscular, geradas e coordenadas pelos plexos nervosos, impulsionam e misturam o alimento ingerido no trato digestivo. Esses plexos são compostos principalmente por agregados de células nervosas (neurônios viscerais multipolares) que formam pequenos gânglios parassimpáticos. Uma rede rica em fibras pré- e pósganglionares do sistema nervoso autônomo e algumas fibras sensoriais viscerais possibilitam comunicação entre esses gânglios. A quantidade de gânglios ao longo do trato digestivo é variável; eles são mais numerosos em regiões de maior motilidade. A camada serosa que reveste as estruturas abdominais e dividida em peritônio visceral, que reveste os órgãos e está em continuidade com o mesotélio e peritônio parietal, que reveste a parede da cavidade abdominal.

(lembrar da situação de luta e fuga: eu quero digerir no momento de ação?). O nervo vago é o principal nervo do parassimpático que tem ação sobre o sistema digestório. Ademais, o sistema digestório tem inervação própria, ele possui neurônios, corpos de neurônios e vários plexos de neurônios, chamados de sistema nervoso entérico. Temos dois representantes desse sistema nervoso entérico: plexo submucoso e plexo miontérico. Mecanismo antecipatório: Estimulação à distância (mecanismo antecipatório): o sistema parassimpático avisa ao estômago para se preparar para receber o alimento. » Plexo miontérico: sua localização está entre a circular e a longitudinal » Plexo submucoso está localizado na camada submucosa. Ele não se restringe a submucosa, apesar dos corpos dos neurônios estarem localizados aí, eles emitem prolongamentos para outras regiões. A sua localização é entre a submucosa e a muscular circular.

A inervação do sistema digestório:

As estruturas que surgem do intestino anterior são: glândulas salivares, faringe primitiva, esôfago, estômago duodeno proximal, além do fígado, aparelho biliar (ductos hepáticos, vesícula biliar e ducto biliar) e do pâncreas. A faringe primitiva dá origem as estruturas da cabeça e pescoço

O sistema digestório não é controlado voluntariamente, ele é involuntário, quem o controla é o sistema nervoso autônomo, ele controla tanto através do simpático, quanto do parassimpático. O simpático normalmente tem um efeito inibitório, enquanto o parassimpático tem efeito excitatório.

Embriologia do sistema digestório

O intestino primitivo é uma estrutura embrionário, a partir da qual várias estruturas vão se desenvolver, dentre elas a maior parte do sistema digestório. Ele é dividido em: anterior, médio e posterior

Intestino anterior

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Intestino Médio As estruturas formadas pelo intestino médio são: o resto do duodeno, jejuno, íleo, ceco, apêndice, colo ascendente e 2/3 do colo transverso;

Intestino posterior: As estruturas formadas por essa porção são: 1/3 final do colo transverso, colo descendente, colo sigmoide, reto e porção superior do canal anal. Obs. Se mudar a origem embrionária as malformações podem mudar, além disso muda-se a vascularização pois essa segue a origem embrionária. A vascularização do intestino anterior por ex. descende do tronco celíaco, já no intestino médio a sua vascularização descende da artéria mesentérica superior e o intestino posterior descende da artéria mesentérica inferior. O duodeno a depender a sua porção tem vascularização diferente. É IMPORTANTE entender que os marcos das mudanças na embriologia estão na vascularização. O mesmo acontece com o colón transverso, que possui vascularização de origens diferentes. (diferentes vascularizações das partes do duodeno têm origem embriológica diferente- questão de prova)

4ª semana

Em rosa temos o mesoderma, amarelo endoderma, azul ectoderma. Todo intestino primitivo inclusive a faringe primitiva há o envolvimento dos três folhetos embrionário: endoderma, mesoderma e ectoderma. Existem estruturas como os rins que só se desenvolvem através de um único folheto, entretanto, as estruturas que se originam do intestino primitivo usam os três folhetos. O endoderma dá origem ao epitélio de revestimento e glândulas. O ectoderma- folheto mais externo dá origem ao sistema nervoso, inervação, sistema nervoso entérico O mesoderma dá origem ao que está no meio: lâmina própria, tecido conjuntivo, músculo, vasos. Temos duas extremidades no embrião que está se desenvolvendo que é a boca e o ânus, que será conhecido como estomodeu e proctomodeu, que é formado de ectoderma. O ectoderma forma a porção mais terminal, vem por fora, penetra e forma o ânus primitivo e a boca primitiva. Se temos o ectoderma formando as estruturas mais externas essas estruturas serão mais sensíveis, outra diferença está no epitélio. No processo de fechamento o ectoderma fica por fora e fecha as extremidades, por isso o ectoderma faz o revestimento da cavidade oral. A porção inferior do canal anal vem de ectoderma. OBS. Desenvolvimento da hipófise ao formar o sistema nervoso ele invagina e volta – ectoderma – formação da neuro hipófise. A adenohipofise é uma invaginação do epitélio oral – mas a origem de tudo é ectoderma, porém o ectoderma de origens diferentes

A faringe primitiva é a estrutura mais cranial do intestino anterior. Temos seis pares de arcos faríngeos sendo o quinto e o sexto rudimentares, os outros quatro são visualizados na superfície.

No mesoderma também temos uma exceção, ele forma o tecido conjuntivo primitivo/ mesênquima (músculo, osso cartilagem). O mesênquima que vem do mesoderma é clamado de mesênquima esplâncnico. Porém na terceira semana de vida embrionária quando as cristas neuronais estão migrando o mesênquima da faringe primitiva é trocado virando mesênquima das cristas neurais. Qual a

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correlação disso com a estrutura vistas agora? A mudança do mesênquima provavelmente determinou, também, a mudança do músculo que antes era esquelético e agora é liso. A primeira parte do esôfago também é originada do mesênquima das cristas neurais, então em vez de ter músculo liso será músculo esquelético, o terço médio do esôfago há presença tanto de músculo liso quanto de músculo esquelético, a partir do terço distal do esôfago só encontramos músculo liso. Mudou o tipo do mesênquima, muda também o tipo de músculo presente no órgão. Apesar de ser músculo esquelético não temos controle sobre a porção do esôfago, esse músculo esquelético tem seu controle totalmente involuntário. É importante saber a porção que temos musculo liso e esquelético para saber quais as doenças vão atingir a parte superior e inferior do TGI. Os arcos faríngeos eram chamados anteriormente de arcos branquiais, hoje quando estamos falando de humanos falamos mais de arcos faríngeos. Até a nona semana de vida embrionária chamamos de embrião, depois disso chamamos de feto- momento em que aparece características humanas.

As papilas são elevações do epitélio oral e lâmina própria que assumem diversas formas e funções.

Na base temos as papilas circunvaladas, depois papilas foliáceas, depois as papilas fungiformes e depois as papilas filiformes (mais no ápice);

Inervação dos arcos faríngeos » » » »

Primeiro arco faríngeo: trigêmeo Segundo arco: facial Terceiro arco: glossofaríngeo Quarto arco: vago

Os 2/3 anteriores –advém do primeiro arco faríngeo, enquanto o 1/3 posterior advém do 3º arco faríngeo;

Desenvolvimento da língua A língua tem duas porções: a porção anterior que corresponde a dois terços, e a porção posterior que corresponde a 1/3 da língua. O terço posterior não será visto na cavidade oral, ele fica voltado para a faringe quando atinge os quatro anos de idade. Após os quatro anos a parte posterior é retraída / puxada para trás. O que fica dentro da cavidade oral são os 2/3 anteriores. Separando essas partes temos o sulco terminal. E o sulco que separa direito e esquerdo: sulco mediano; Nos 2/3 anteriores temos a presença de várias papilas gustativas, ao todo são quatro tipos: filiformes, fungiformes, foliadas e circunvaladas.

Broto lingual mediano – é uma elevação triangular mediana que aparece no soalho da faringe primitiva, imediatamente anterior ao forame cego, na quarta semana. É um tubérculo ímpar. Logo dois brotos linguais distais (saliências linguais laterais) se desenvolvem a cada lado do broto lingual mediano. Os três brotos linguais resultam da proliferação do mesênquima nas porções ventromediais do primeiro par de arcos faríngeos. Os brotos linguais distais aumentam rapidamente de tamanho, fundem-se

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um com o outro e crescem sobre o broto lingual mediano. Os brotos linguais distais fundidos formam os dois terços anteriores da língua (parte oral) O plano da fusão dos brotos linguais distais é indicado superficialmente por um sulco mediano da língua e internamente pelo septo lingual fibroso. O broto lingual mediano não forma nenhuma parte reconhecível da língua adulta. Ponto de fusão entre os brotos laterais é chamado sulco mediano. O terço posterior da língua, parte faríngea, é indicada por duas elevações que se desenvolvem caudalmente ao forame cego. O segundo arco vai surgir uma estrutura chamada de copula que não forma nada a nível de língua O terceiro e o quarto par vão formar a eminência hipofaringea, a parte formada pelo terceiro vai formar o terço posterior e o quarto par vai formar a epiglote. O terço posterior junto com a língua vai formar a valécula. A inervação sensitiva da mucosa da maior parte dos dois terços anteriores da língua (parte oral) provém do ramo lingual da divisão mandibular do nervo trigêmeo (NC V), o nervo do primeiro arco faríngeo. As papilas do terço anterior são inervadas pelos nervos facial exceto a circunvalada que é pelo glossofaríngeo Terço posterior – glossofaríngeo, exceto músculo esquelético que é hipoglosso. Obs. Todos os músculos da língua são supridos pelo nervo hipoglosso (NC XII), exceto o palatoglosso, que é suprido, a partir do plexo faríngeo, por fibras que se originam do nervo vago ;

O crescimento das submandibulares continua após o nascimento com a formação dos ácinos mucosos. Lateralmente à língua, forma-se um sulco linear que logo se fecha para formar o ducto submandibular. As sublinguais aparecem na oitava semana, cerca de duas semanas mais tarde que as outras glândulas salivares. Elas se desenvolvem a partir de múltiplos brotos epiteliais endodérmicos no sulco paralingual. Estes brotos se ramificam e se canalizam para formar 10 a 12 ductos que se abrem independentemente no soalho da boca

Glândulas salivares Durante a sexta e a sétima semanas, as glândulas salivares começam como brotos epiteliais maciços, que se formam na cavidade oral primitiva (Fig. 9-7 C). As extremidades arredondadas destes brotos epiteliais crescem no mesênquima subjacente. O tecido conjuntivo das glândulas deriva de células da crista neural. Todo o tecido parenquimatoso (secretor) surge por proliferação do epitélio oral. As parótidas são as primeiras a aparecer (no início da sexta semana). Elas se desenvolvem de brotos que surgem do revestimento ectodérmico oral junto aos ângulos do estomodeu. Os brotos crescem em direção às orelhas e se ramificam para formar cordões compactos com extremidades arredondadas. Mais tarde, os cordões se canalizam — desenvolvem uma luz — e se transformam em ductos por volta da 10ª semana. As extremidades arredondadas dos cordões se diferenciam em ácinos. As secreções começam com 18 semanas. A cápsula e o tecido conjuntivo se desenvolvem do mesênquima circunjacente. As submandibulares aparecem ao final da sexta semana. Elas se desenvolvem a partir de brotos endodérmicos no soalho do estomodeu. Prolongamentos celulares compactos crescem em sentido posterior, lateralmente à língua em desenvolvimento. Mais tarde, estes se ramificam e se diferenciam. Os ácinos começam a se formar com 12 semanas, e a atividade secretora começa com 16 semanas.

Obs. Ectoderma, antes de ser glândula salivar ele se desenvolveu do epitélio oral. Obs. Temos três pares de glândulas salivares. As maiores são parótida, submandibular e sublingual. Porém espalhado na cavidade oral temos glândulas menores, a ordem de formação dessas glândulas é do maior para o menor. NA 10ª SEMANA JÁ TEMOS SECREÇÃO DELAS

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