Comece hoje a ensinar ao seu filho so bre Deus - Todd Temple

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Título original 52 simple ways to teach your child about God Copyright da obra original © 1991 por Todd Temple Edição original por Thomas Nelson, Inc. Todos os direitos reservados. Copyright da tradução © Vida Melhor Editora S.A., 2011.

Publisher

Omar de Souza

Editor responsável

Renata Sturm

Produção editorial

Thalita Aragão Ramalho Mariana Moura

Capa Tradução Revisão

Douglas Lucas Ana Idiomas Fernanda Silveira Margarida Seltmann

Diagramação e projeto gráfico Produção de ebook

Carmem Beatriz Silva S2 Books

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

T28c Temple, Todd, 1958-Comece hoje a ensinar ao seu filho sobre Deus/T. Temple; [tradução de Ana Idiomas]. – Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2012.

Tradução de: 52 simple ways to teach your child about God ISBN 978-85-7860-428-8

1. Educação cristã de crianças. 2. Educação cristã. I. Título. II. Título: Cinquenta e duas maneiras simples de ensinar ao seu filho sobre Deus. 11-6421. CDD: 248.845 CDU: 27-47-053-2

Thomas Nelson Brasil é uma marca licenciada à Vida Melhor Editora S.A. Todos os direitos reservados à Vida Melhor Editora S.A. Rua Nova Jerusalém, 345 – Bonsucesso Rio de Janeiro – RJ – CEP 21402-325 Tel.: (21) 3882-8200 – Fax: (21) 3882-8212 / 3882-8313 www.thomasnelson.com.br

Dedicado a Doug Fields Fotógrafo Mestre

SUMÁRIO

Capa Folha de Rosto Créditos Dedicatória Como usar este livro 1. Deus é como a água 2. Deus é como uma águia 3. Deus é como um alicerce 4. Deus é como um artista 5. Deus é como um bebê 6. Deus é como um bom amigo 7. Deus é como o capitão de um time 8. Deus é como um carpinteiro 9. Deus é como um chefe 10. Deus é como a chuva 11. Deus é como um comediante 12. Deus é como um companheiro de quarto 13. Deus é como o convidado de uma festa 14. Deus é como um conselheiro 15. Deus é como um cordeiro 16. Deus é como uma criança 17. Deus é como um escudo 18. Deus é como uma espada 19. Deus é como o fogo 20. Deus é como um forte 21. Deus é como uma galinha 22. Deus é como um gênio 23. Deus é como um guia

24. Deus é como um herdeiro 25. Deus é como um irmão mais velho 26. Deus é como um inventor 27. Deus é como um juiz 28. Deus é como um leão 29. Deus é como a luz 30. Deus é como uma mãe 31. Deus é como um médico 32. Deus é como um mensageiro 33. Deus é como um namorado ciumento 34. Deus é como um oleiro 35. Deus é como um ouvinte 36. Deus é como o pão 37. Deus é como um pai 38. Deus é como um paramédico 39. Deus é como um pastor 40. Deus é como um presente 41. Deus é como um professor 42. Deus é como um Rei 43. Deus é como uma rocha 44. Deus é como um sacerdote 45. Deus é como um salva-vidas 46. Deus é como um ser humano 47. Deus é como um servo 48. Deus é como um sonhador 49. Deus é como uma torre 50. Deus é como uma videira 51. Deus é como a vida 52. Deus é como uma voz

Como usar este livro

ste não é um livro de lições sobre Deus para a Escola Dominical. Não contém versículos para decorar, testes bíblicos nem deveres de casa. Não há planejamento para lições ou resumos nem listas de materiais.

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Esqueça todas essas coisas que pertencem à sala de aula, pois estas atividades que propomos são tarefas simples para ajudá-lo a começar a conversar com seu filho sobre Deus. Veja como você pode começar: PRIMEIRO PASSO Escolha. Selecione um capítulo que lhe interesse. Não é preciso seguir o livro na ordem em que as atividades estão apresentadas (os capítulos estão organizados simplesmente em ordem alfabética); cada um deles representa nossa descrição de Deus. SEGUNDO PASSO Leia. Cada capítulo começa mostrando a você, pai ou responsável, como Deus é semelhante à imagem que o título descreve (por exemplo, “Deus é como um artista”). A seguir, sugere-se uma atividade para ajudá-lo a transmitir esse conceito ao seu filho. TERCEIRO PASSO Transforme. Trabalhe com a atividade para que ela possa se ajustar à maturidade e aos interesses de seu filho. Caso contrário, alguns capítulos poderão entrar por um ouvido e sair pelo outro, ou outros poderão parecer muito infantis.[1] Você conhece seu filho melhor que ninguém. Prepare a atividade considerando sua criança em primeiro lugar. As perguntas de discussão são apenas sugestões. Sinta-se livre para usá-las ou descartá-las como melhor lhe parecer. Inclusive, embora a maioria dos capítulos tenha sido

concebida como atividades entre duas pessoas, também dão resultados com duas crianças ou como atividades para toda a família.

Muitos dos capítulos incluem uma sessão chamada “Outras perspectivas”, em que são descritas atividades adicionais relacionadas a cada conceito. Talvez você queira dar continuidade à atividade principal com uma delas. Além disso, se a ideia principal lhe parecer pouco prática, é possível que uma atividade desta seção possa ser conveniente. Muitos capítulos começam com um versículo bíblico que sugere a descrição de Deus expressa na atividade. Você poderá utilizar esse versículo durante a conversa com seu filho. Ao fim de alguns capítulos, uma seção chamada “Autorretratos de Deus” conclui muitas das ideias aqui propostas, contendo ainda outros versículos que lhe ajudarão a comunicar a descrição.

Comece uma guerra com água Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água. — Salmos 63:1

m um clima quente e seco, precisamos beber sete litros e meio de água por dia apenas para conseguir caminhar. Não é à toa que seu corpo utiliza água para tudo: controlar a temperatura, digerir alimentos, filtrar o ar, para os dejetos, para criar células e, caso se tenha menos de dois anos de idade, também para babar. Na verdade, mais do que isso, seu corpo é composto de aproximadamente 70% de água.

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Deus é como a água. Refresca, satisfaz nossos desejos, retira todo o lixo de nossa vida. Mas ele só faz isso se nós o “tomamos”.

Diversão Molhada As guerras com água são fáceis de começar durante um dia quente. Por exemplo, você e seu filho poderiam lavar o carro juntos. Enquanto seu filho enxágua o carro com a mangueira, “acidentalmente” passe na frente do jato de água. Fingindo seriedade, acuse-o de haver tentado molhar você, depois vá se aproximando com aquele olhar de quem quer a mangueira. Se ele for como a maioria das crianças, jogará um jato de água em seu rosto. Corra e pegue um

balde de água escondido previamente atrás do carro e ataque-o. Caso ele abandone a mangueira, pegue-a e comece a molhá-lo. O restante da batalha fica por conta de vocês. Quando terminarem a molhadeira, sequem-se e conversem sobre todos os detalhes do combate. Falem sobre o porquê de a água ser tão divertida. Falem sobre sua importância para a nossa saúde física, e depois sobre a ideia de que Deus é como a água. Pergunte a ele: “De que maneira Deus se parece com a água? O que acontece quando você ‘derrama’ Deus na sua vida? O que significa isso? O que você deve fazer para não ficar desidratado?”

Autorretratos de Deus Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus? — Salmo 42:1,2 Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna. — João 4:13,14

Estude as águias Guardou-o como a menina dos seus olhos, como a águia que desperta a sua ninhada, paira sobre os seus filhotes, e depois estende as asas para apanhá-los, levando-os sobre elas. — Deuteronômio 32:10,11

grande momento na vida de uma águia é quando ela aprende a voar. Não há lições em sala de aula, livros, filmes, conferências nem tarefas. A mãe simplesmente transporta a pequena águia em suas asas a uma grande altura e a deixa cair em queda livre. Trata-se de um “curso rápido”, poderíamos dizer.

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Mas, de fato, não é assim tão rápido. Na verdade, a águia mãe desce rapidamente e agarra sua cria antes de finalizar o curso. Logo, repete a lição até que a pequena águia aprenda a voar. A cada teste de voo, as asas da aguiazinha se fortalecem. Ela aprende a se equilibrar, a controlar o voo e a recolocar-se dentro de colunas de ar ascendente. Finalmente, ela aprende a decolar, voar e aterrissar sozinha. E mais uma águia ganha suas asas. Deus é como uma águia e faz o mesmo conosco. Algumas vezes nos deixa cair em situações espantosas e desconhecidas. Aprendemos a voar pela fé,

crendo que ele sabe o que faz, e nos ama tanto que não permitirá sermos destruídos. Pela fé, cremos que voar será algo incrível, e que tudo que Deus nos faz passar a fim de que aprendamos algo valerá a pena.

Estudo sobre as águias Leiam juntos um livro sobre as águias. Conversem sobre o modo como as águias cuidam de seus filhotes, aprendem a voar e superam seus obstáculos. Peça ao seu filho que imagine como seria aprender a voar dessa maneira. “O que você pensaria quando sua mãe começasse a soltá-lo? Pensaria que ela está tentando matar você? Por que ensinar seu filho a voar desse modo? Será que em algum momento ela teme pela vida dele?” Agora, comente com seu filho acerca de Deus, a Águia. Algumas vezes Deus nos apresenta novas formas de pensar e agir ao nos colocar em situações novas, nos obrigando, assim, a aprender com elas. Peça ao seu filho que pense sobre alguns exemplos. Alguma vez ele já teve medo de que Deus não o seguraria?

Autorretratos de Deus Vocês viram o que fiz ao Egito e como os transportei sobre asas de águias e os trouxe para junto de mim. — Êxodo 19:4 Mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam. — Isaías 40:31

Construa uma parede Por isso diz o Soberano Senhor: “Eis que ponho em Sião uma pedra, uma pedra já experimentada, uma preciosa pedra angular para alicerce seguro; aquele que confia, jamais será abalado.” — Isaías 28:16

omo a maioria das coisas na vida, se o começo foi difícil, você tem a oportunidade de voltar e solucionar o problema. Se não gosta da introdução de uma história que está escrevendo, pode terminá-la e voltar para reescrever essa parte. Se foi mal na primeira prova de uma matéria, ainda pode solucionar o problema tirando notas altas nas provas seguintes.

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Mas quando o assunto é construir uma parede de pedra, se a primeira pedra não foi colocada da maneira correta, tudo o que for posto sobre ela sempre estará torto ou instável, não importa como você tente compensar. A única opção é derrubar a parede e começar novamente. Deus deseja que construamos nossa vida sobre um alicerce firme e estável.

Construa uma parede Construa uma parede com seu filho utilizando blocos, tijolos, caixas, livros, qualquer coisa que possa ser empilhada. Comece a atividade construindo a parede sobre algo instável, como um terreno desnivelado, jornais amassados ou almofadas desiguais. A parede resistirá durante o primeiro e o segundo nível, mas logo será óbvio que a estrutura está torta e só piora à medida que avança. Derrube essa parede e comece novamente. Desta vez, construa sobre um terreno liso e sólido. Compare a estabilidade das duas paredes. Agora fale com seu filho sobre a importância de um alicerce sólido. Explique que o mundo é um lugar grande e selvagem, com muitas pessoas dispostas a dar uma resposta para quem quiser escutar. Deus diz que precisamos crer em algo sólido e verdadeiro ou seremos derrubados quando os momentos difíceis chegarem. Fale sobre o alicerce que Deus tem em mente para nossa vida.

Autorretratos de Deus Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular. — Efésios 2:20 Pois assim é dito na Escritura: “Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado”. — 1Pedro 2:6

Visite uma exposição de arte Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. — Salmo 19:1

or que Deus criou as coisas tão bonitas? Não havia razão para isso. Ele poderia ter feito muito pior. Poderia ter criado todas as flores com cheiro de mofo, as árvores poderiam ser cinzas e todas as comidas poderiam ter gosto de repolho. Deus poderia ter criado todos os animais com o mesmo formato e cada pôr do sol igual; ele poderia ter feito todas as estações do ano idênticas e fazer com que a temperatura permanecesse em 40 graus durante todo o ano.

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Mas Deus não é uma fábrica; é um artista. Quando pintou o mundo, ele utilizou uma paleta com todas as cores, padrões, formas, texturas, cheiros, sabores e sons. Por que tanta variedade? Talvez porque ele achou que teria de olhar para sua obra durante alguns anos, então seria melhor fazê-la mais interessante. Ou pensou que como ele era o artista mestre e nós seríamos seus estudantes seria melhor fazer algo para nos inspirar. É possível, ainda, que Deus utilize sua arte como janelas através das quais podemos vislumbrar o artista. Podemos encontrar imagens de seu caráter em

sua criação.

Críticos de arte Visite a biblioteca e escolha dois livros: um que contenha fotos de esculturas ou pinturas e outro com fotografias da natureza. Observe o primeiro livro junto com sua filha e detenha-se de vez em quando para avaliar uma obra de arte: “O que você acha desta pintura (ou escultura)?” “O que você acha que o artista está querendo expressar?” “Como você acha que ele estava no momento em que a criou? Feliz? Triste? Zangado? Preocupado?” “Por que você acha isso?” Com crianças maiores, pode-se ler sobre um artista e tentar descobrir como sua arte se relaciona com sua vida. O objetivo é ajudar sua filha a utilizar a arte como uma janela para conhecer o caráter do artista. Repita o mesmo procedimento com algumas outras amostras. Agora observe bem as fotos da natureza. Explique que Deus também é um artista. Enquanto olham juntos várias fotos de animais, plantas e paisagens, faça o mesmo tipo de perguntas que havia feito antes sobre as obras de arte. É importante incentivá-la a descrever o Artista exatamente como ele se revela em sua arte, não apenas mencionando o Deus sobre quem ela aprendeu na Escola Bíblica Dominical. Estas são algumas das palavras que você ou sua filha poderão utilizar: complexo, genial, sensitivo, delicado, calado, perigoso, valente, forte, grande, engraçado.

Outras perspectivas Uma caminhada artística Em vez de procurar a obra de Deus em livros, observe-a em seu contexto natural ou em um zoológico.

Observe um bebê Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor. Isto lhes servirá de sinal: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura. — Lucas 2:11,12

Deus de fraldas ejamos honestos, Jesus poderia ter feito uma entrada mais impressionante no planeta Terra. Poderia ter entrado com muito barulho, em um meteorito, ou ter descido à Terra esquiando em um relâmpago. Poderia ter montado um tigre de bengala e andado pelas ruas, ou voado em uma enorme águia (e se tivesse sido assim, interpretar Jesus nas festas anuais de Natal seria muito mais divertido).

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Jesus poderia ter chegado com muita classe. Em vez disso, apareceu em uma manjedoura. Estava sem roupa e coberto de sangue, um recémnascido indefeso, chorão, babão, com o rosto rosado e as bochechas inchadas. Cortaram seu cordão umbilical, enrolaram-no em um pano e o puseram em uma manjedoura, na qual os animais se alimentavam. Ali estava ele: Deus, Criador do Universo, Rei de

todo o mundo, fazendo sua grande apresentação na terra como uma criança nascida em uma manjedoura, que chupa os dedos e está enrolado em fraldas sujas (daí vem seu hábito de esquecer-se de fechar as portas). Jesus não caiu do céu disfarçado de ser humano. Ele era humano e chegou aqui como todos nós. Ele até tinha um umbigo para provar!

O bebê médico Para ajudar seu filho a entender o significado desse conceito de Deus como um bebê, permita que ele observe um bebê. Pode ser seu irmãozinho menor ou o filho de um de seus amigos. Ele precisará da ajuda dos pais do bebê em algumas perguntas. Também precisará de alguns equipamentos: fita métrica, balança, um brinquedo, uma caneta, assim como lavar as mãos antes de começar o exame. Preencha o formulário no final desta sessão baseando-se no trabalho em conjunto. Ao finalizar o estudo, sirva leite e biscoitos (ou geleia de maçã) e discuta sobre a infância. Não procure as respostas “corretas”. Apenas tente fazer com que o seu filho imagine Jesus realmente como um bebê. Pergunta: Por que os bebês choram? Por que eles gostam tanto de colo? Por que sua pele é tão suave? Apesar do choro, fraldas sujas, catarro no nariz, gastos médicos e noites sem dormir, por que os adultos desejam ter bebês? Por que Deus faz com que cheguemos ao mundo como crianças e não como adultos? Agora, leiam juntos o relato do primeiro Natal, que está em Lucas 2:1-12. Comente sobre esse dia. Por que envolveram Jesus em panos? Por que o colocaram em uma manjedoura? Ele tinha umbigo? Como era? Você acha que Jesus sujou as fraldas em algum momento? Por que Deus decidiu aparecer na terra como criança e não como adulto? Explique como os bebês são indefesos. Quando têm frio, não podem colocar mais roupas nem cobrir-se com um lençol. Quando eles sentem fome, não podem ir à geladeira e preparar um sanduíche de queijo com presunto. Quando eles têm sede, não podem ir ao supermercado comprar um refrigerante. Não podem engatinhar para pegar o brinquedo que desejam na prateleira alta, nem sair de casa quando há um incêndio. Realmente, eles não

podem fazer nada sozinhos. Se não fosse pela atenção contínua das pessoas, eles morreriam. Você poderia dizer algo assim ao seu filho: “Por acaso, você já se sentiu indefeso alguma vez? É assustador, não é mesmo? Uma das razões pelas quais Deus chegou ao mundo como um bebê indefeso é porque desejava que soubéssemos que ele sabe o que se sente quando uma pessoa está indefesa. Sabe como é ter brotoejas por causa das fraldas; sabe o que é ter frio e não poder cobrir-se com um lençol; sabe como é assustador estar sozinho em um quarto escuro e escutar barulhos estranhos. Ele sabe o que é estar indefeso. Então, da próxima vez que você se sentir indefeso, assustado ou sozinho, fale com Jesus. Você pode dizer: ‘Jesus, me sinto indefeso. Você sabe como é sentir-se assim, então poderia me ajudar, por favor? Ele sabe exatamente como você se sente, pois uma vez ele também foi pequeno.”

Outras perspectivas O momento geleia de mocotó Sua filha pode compreender melhor sobre se sentir desamparada ao atuar em diversos papéis. Deixe-a fingir que é um bebê. Alimente-a. Durante a comida ela não poderá falar, nem apontar para mostrar o que deseja comer e nem comer sozinha. Sirva apenas alimentos moles e papinhas, e coloque um babador nela (avise que ela ainda não tem um método para expressar desgosto). Depois da comida, conversem sobre o que ela gostou e o que não gostou. Pergunte se foi frustrante não poder falar. Pergunte o que um bebê faz quando já está satisfeito, quando ainda tem fome ou quando não gosta da papinha de cenoura.

Uma retrospectiva do bebê Vejam juntos o álbum de fotos do bebê (que pode ser o irmão ou o filho de um amigo). Conte sobre a viagem até o hospital, quem o visitou, a lista dos nomes que foi feita, a chegada ao lar pela primeira vez, como era a primeira creche, como foi quando começou a engatinhar, a primeira palavra, a primeira gargalhada.

Comece uma boa amizade Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. — João 15:15

eu melhor amigo é uma dessas poucas pessoas no planeta que sabe tudo sobre a sua vida e, ainda assim, gosta de você de qualquer modo. Isso é muito especial, considerando todas as pessoas que só viram seu lado bom e ainda assim não se impressionaram.

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Um dos ingredientes para uma boa amizade é permitir que a outra pessoa veja você por dentro: que veja seus sonhos e temores, seu lado forte e também seus pontos fracos. Quando Jesus apareceu, nós, humanos, vimos um lado de Deus que ele nunca havia mostrado a ninguém. Conhecemos um Criador vivo que respirava, ria, chorava, brincava, se zangava, saía para caminhar, ia a festas e dizia às pessoas o que pensava. De repente, todos nós podíamos ter um bom amigo.

Construindo uma boa amizade Os verdadeiros amigos são difíceis de encontrar. Então, por que não

ajudar nosso filho a construir uma boa amizade? Monte um boneco com almofadas e toalhas enroladas e vista-o com roupas. Desenhe uma cara em uma fronha velha. Se essa atividade for realizada em família, faça dois bonecos. Peça ao seu filho que dê um nome ao seu amigo ideal e uma personalidade. Incentive-o a descrever comidas, músicas, esportes, passatempos, programas de televisão e heróis favoritos de seu bom amigo. Para fazer com que ele fale sobre as qualidades de um bom amigo, peça para ele descrever o que um amigo especial faz. Pergunte: “Ele sabe escutar você? O que ele faz quando outras pessoas criticam você pelas costas? O que ele faz quando você conta um segredo? Há algo sobre sua vida que você tenha medo de contar a ele? Se ele soubesse as piores coisas sobre você, continuaria sendo seu melhor amigo?” Agora, fale sobre Deus. “Jesus nos diz que é nosso amigo. Mas como sabemos disso? Ele se encaixa na nossa ideia do que é um bom amigo? Deus poderia ser em algum momento seu melhor amigo? Ele ouve? Como você sabe? Se ele soubesse as piores coisas sobre você, continuaria sendo seu amigo? Se Deus fosse seu melhor amigo, como ele o trataria? Como você gostaria de ser tratado por ele?” É difícil ser um bom amigo de alguém com quem conversamos tão pouco. Separe um momento para que cada um escreva uma breve carta de agradecimento. A carta deve começar com “Meu querido amigo Deus”, e continuar com um agradecimento pelas coisas que ele faz para ser um bom amigo. Caso desejem, cada um poderá ler sua carta.

Outras perspectivas Comece um diário dedicado ao “Meu querido amigo Deus”. Incentive seu filho a começar um diário de oração feito de bilhetes de agradecimento e cartas escritas para Jesus, seu melhor amigo, para familiarizá-lo com as coisas que estão acontecendo em sua vida. Seu filho não deverá se preocupar com a maneira de escrever, a limpeza, nem o selo das cartas. Conte que as cartas serão enviadas por “fax” diretamente para Deus enquanto ele escreve.

Seja o melhor amigo de alguém Peça a seu filho para pensar em alguns passos que pode dar esta semana para ser melhor amigo de alguém que ele conheça.

Provérbios amigáveis O livro de Provérbios contém grandes conselhos sobre como ser um amigo. Estes são alguns provérbios úteis: 17:17; 18:13; 18:24; 20:19; 22:11; 27:6; 27:9,10.

Autorretratos de Deus Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. — João 15:13 Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! — Eclesiastes 4:10

Escolha as equipes Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. — Pedro 2:9

uitos de nós tivemos esta experiência em algum momento de nossa vida: quando vamos escolher duas equipes para qualquer tipo de jogo, os dois capitães se colocam diante de uma multidão de possíveis membros para os times. Eles se alternam para escolher as pessoas. Cada um escolhe primeiro seus melhores amigos e, depois escolhem aqueles com quem têm mais afinidades. Depois, procuram entre os melhores jogadores no grupo. Cada capitão escuta as mãos levantadas que pedem: “Me escolhe!”

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À medida que o grupo vai sendo reduzido, é fácil perceber que os jovens escolhidos são os sortudos. Agora, os gritos de “me escolhe!” parecem desesperados. Sobram apenas alguns garotinhos. Ninguém tem vergonha de implorar, mas por dentro todos oram: “Por favor, que eu não seja o último de novo.” Agora sobram apenas quatro, são 25 por cento de chance. Agora você é um em três e, logo depois, apenas dois, com 50 por cento de chance para cada um. No final,

só resta você. Suas súplicas não deram resultado. Nesse momento, os capitães das duas equipes começam a discutir. Parece que o número de jogadores não é compatível, você é o que sobra e ninguém quer escolhê-lo. O que perde a discussão faz um gesto de desagrado e lhe chama. Ah, que alegria! A Bíblia diz que Deus escolhe você para estar em sua equipe. Se alguma vez experimentou algo parecido com esse relato, você poderia pensar que Deus tem de escolhê-lo: “Pois, afinal, eu sou Deus. Devo escolhê-lo; está no meu contrato.” Ou talvez você pense que Deus o escolhe porque você é agradável e ele sente pena de você: “Se não o escolher, quem escolherá?” Mas não é assim. Deus é o Capitão e o escolhe porque quer você em seu time, fazendo parte de sua equipe.

Última oportunidade Peça ao seu filho que se lembre de algum momento em que o escolheram no fim ou quase no fim. Peça que ele descreva o que sentiu e por que foi o último a ser escolhido. Pergunte se em algum momento o escolheram primeiro ou quase no começo e como ele se sentiu. Questione sobre o porquê dessa escolha. Agora, explique que ele foi escolhido para um time, o time de Deus. Pergunte: “Por que acha que Deus escolheu você? O que você pode fazer por ele agora que faz parte do seu time?”

Trabalhe com madeira Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção. — Salmo 127:1

m carpinteiro não começa um projeto martelando. Aliás, essa é uma das últimas coisas que ele faz. Primeiro, o carpinteiro elabora o objeto em sua mente: decide como será, que materiais usará e que ferramentas serão necessárias. Se o estilo da peça for complicado, ele usará papel e lápis para projetá-la e fará uma lista de materiais. Depois de tudo isso, ele está pronto para martelar.

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Deus faz a mesma coisa com a nossa vida. Primeiro nos desenha. Em seguida, reúne as ferramentas e os materiais necessários e depois começa a trabalhar. No momento em que Deus mostra seu projeto a outra pessoa (geralmente no dia do nosso nascimento) a construção já está bem adiantada. Mas ainda há bastante trabalho por ser feito: andar, falar, aprender, crescer. Para poder realizar bem esse trabalho, ele utiliza ferramentas sem valor, as quais têm nomes como pai, professor e amigo. O projeto começa antes de você nascer, e Deus trabalha nele durante toda a sua vida. Ele é um perfeccionista e, por esse motivo, precisa de muito tempo

para finalizar corretamente sua obra em você.

Faça um trabalho em madeira Construa algo com seu filho: uma prateleira, uma casa para passarinhos, uma casa para o cachorro, qualquer objeto que possa ser feito com poucas ferramentas. Você poderá conseguir ideias para projetos simples de carpintaria em um livro da biblioteca. Desenhem o projeto juntos. Faça uma lista de ferramentas e materiais e visitem juntos a serralheria. Ao finalizar o projeto, fale sobre ele: a obra terminada alcançou as expectativas? Qual foi a parte mais difícil do trabalho? Se você pudesse fazêlo novamente, o que mudaria? Agora, fale sobre Deus, o Carpinteiro. Pergunte à criança: “Que ferramentas Deus utiliza para moldar você e construí-lo? Quando Deus começou a fabricar você, trabalhou com base em um plano? Ele já terminou de trabalhar em você? Se pudesse ver o projeto que ele tem para você, o que acha que ele planejou para você daqui a dois anos? Que parte do trabalho de Deus é mais difícil, na sua opinião?” Deus fez cada um de nós de maneira única e ainda trabalha em nós. Discuta o que Deus poderia fazer neste momento na vida de seu filho. Pergunte: “Há algo que você possa fazer para facilitar a obra de Deus?”

Outras perspectivas Jesus, o Carpinteiro Observe um carpinteiro trabalhando. Talvez suas mãos sejam muito duras e calejadas, seus braços musculosos e queimados de sol. Contraste essa descrição de Jesus como carpinteiro com as fotos de Jesus mostradas na Escola Bíblica Dominical. Pergunte: “Jesus já bateu com o martelo no dedo? Ele suou? Se cansou? Sentiu-se orgulhoso de algo que fez?”

Autorretratos de Deus Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque

me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza. Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir. — Salmos 139:13,16 Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus. — Filipenses 1:6

Seja o chefe O senhor respondeu: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” — Mateus 25:21

ê uma volta rápida pela casa e talvez você identifique pelo menos umas dez pequenas coisas por fazer. Mas essa lista se torna fácil se comparada com o que é preciso fazer fora de sua casa: alimentar os famintos, deter o ódio, educar as crianças, despoluir o ar, curar os doentes e mais ou menos 100 milhões de outras tarefas.

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Uma das razões pelas quais Deus nos pôs neste planeta é trabalhar para ele: terminar nossa parte nesta enorme lista de deveres a serem cumpridos. Aqueles que aceitam o trabalho percebem que Deus é um grande chefe: ele nos prepara, nos dá tarefas apropriadas para nossos talentos e nossas habilidades, nos estimula quando precisamos dele e nos recompensa quando terminamos a tarefa.

A grande promoção As crianças compreendem muito bem o que significa ser um trabalhador,

mas não têm muitas oportunidades de serem chefes. Da próxima vez que precisar realizar um trabalho grande em casa, como limpar a garagem, as janelas, ou preparar-se para convidados que passarão a noite em sua casa, inverta as funções com seu filho. Deixe que ele seja o chefe e você o trabalhador. Sentem-se juntos e façam uma lista de todas as tarefas específicas e, logo, permita que ele distribua as atividades. E mãos à obra! Certifique-se de fazer a ele muitas perguntas e pedir sua ajuda à medida que executam o trabalho. Trate-o como um verdadeiro chefe e respeite sua autoridade. Se você demonstrou ser um bom administrador no passado, ele o incentivará, lhe dará intervalos para tomar um café e o ajudará. Se você tem sido mais parecido com um ditador do que com um bom chefe, verá isso também em seu filho. Ao finalizar o trabalho, conversem sobre como ele se sentiu mandando e você como trabalhador. Explique que Deus é nosso chefe e nós somos seus trabalhadores. Que trabalhos ele reserva para nós? Como verifica o que estamos realizando? Como nos ajuda a realizá-los? Ele nos paga? Como? Que definição você acredita que Deus tem de um bom trabalhador? Conclua pedindo que seu filho pense sobre um trabalho que Deus quer que ele faça esta semana. O que é? Quando vai trabalhar? Ele será pago? De que modo?

Outras perspectivas Administração em menor escala Talvez seu filho esteja em uma posição de liderança em um time esportivo ou cuidando de seus irmãos mais novos. Peça que ele descreva suas responsabilidades e que pense sobre um ou dois passos que pode dar para ser um melhor líder.

Aproveite a chuva Seja ele como chuva sobre uma lavoura ceifada, como aguaceiros que regam a terra. — Salmos 72:6

chuva é a forma como a natureza toma banho. Ela limpa o ar e a poeira das folhas, enxágua as rochas e a grama, forma riachos. A chuva faz com que o cheiro do ar seja mais agradável e pode lavar as coisas que fazem com que o ar tenha mau cheiro. Faz germinar as sementes, abrir as flores e reverdece as colinas.

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Deus é como a chuva. Ele limpa a sujeira da nossa vida e faz com que o fato de respirar seja agradável. Refresca e dá alegria a nossa vida cansada, e faz tudo isso simplesmente permitindo que a sua graça se derrame sobre nós.

Aproveite a chuva Leve seu filho para pular as poças[2] de água deixadas pela chuva. Vistam-se com capas de chuva (ou use sacolas plásticas grandes com buracos para a cabeça e os braços) e saiam na chuva. Tentem agarrar cada gota de chuva com a boca. Que gosto elas têm? Apostem corrida entre os poços de água, tentem retirar toda a água de uma poça pulando dentro dela. Tomem um

banho debaixo de uma calha de água. Visitem um parquinho com brinquedos, desçam por um tobogã molhado, brinquem nos balanços e deixem que seus pés toquem as poças de água debaixo do brinquedo. Corram e escorreguem em uma poça na grama. Façam um concurso para ver quem consegue escorregar mais longe. Quando já estiverem cansados de aproveitar a chuva, voltem para casa e coloquem roupas secas. Se o clima é apropriado, acendam uma lareira e tomem um chá ou um chocolate quente. Conversem sobre sua aventura e como Deus se parece com a chuva.

Autorretratos de Deus Que o meu ensino caia como chuva e as minhas palavras desçam como orvalho, como chuva branda sobre o pasto novo, como garoa sobre tenras plantas. — Deuteronômio 32:2 Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra. — Oseias 6:3

Dirija um espetáculo de comédia Então a nossa boca encheu-se de riso, e a nossa língua de cantos de alegria. — Salmo 126:2

a igreja, não aprendemos muita coisa sobre o senso de humor de Deus. Temos de percebê-lo à medida que o observamos. Imagine por um momento os fenômenos naturais e vejamos se não chegamos à mesma conclusão: os macacos nas árvores, os esquilos no campo tomando banho de sol, um pato nadando em um lago, um cachorro tentando agarrar seu rabo, uma lontra fazendo qualquer coisa.

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Se os palhaços do reino animal não são suficientes para convencê-lo, observe as crianças fazendo as coisas naturais de sua idade, como bocejar em voz alta durante um discurso entediante ou arrotar na igreja; ou até mesmo um bebê com a boca suja de purê de beterraba, algo que definitivamente ninguém lhe ensinou a fazer. As crianças pequenas sabem quando rir, mesmo antes de ter a oportunidade de aprender o que significa “diversão”. Nosso mundo está cheio de todo tipo de coisas engraçadas, com as quais os humanos não têm nada a ver. Portanto, se nós não fizemos esse espetáculo de comédia, quem fez?

Um espetáculo de comédia Ajude as crianças a organizarem um espetáculo de comédia em que eles sejam os protagonistas. Elas poderão fazer imitações, contar piadas e até mostrar um vídeo produzido por elas mesmas. Outra ideia é convidar seus amigos para fazerem parte do programa ou para servir como plateia. Após o fim do espetáculo, conversem sobre o riso. Comentem sobre algum momento em que começaram a rir quando deveriam estar sérios. Pergunte: “Por que às vezes rimos mais quando não devemos? Por que Deus nos deu o riso? De onde vem nosso senso de humor? Pensamos que Deus gosta de nos ver rir? Deus ri?”

Outras perspectivas A diversão boa e a diversão ruim

Algumas vezes rimos à custa de outra pessoa. Fale sobre a diferença entre a diversão que edifica as pessoas e a que pode humilhar. Peça ao seu filho que dê exemplos de ambas. Brincadeiras familiares

Surpreenda seus filhos de maneira divertida e faça brincadeiras com eles. Ofereça uma festa de aniversário quando não é aniversário de ninguém. Comece uma guerra com espuma de barbear quando estiverem lavando o carro juntos. Enterre um tesouro no quintal e dê ao seu filho um mapa de piratas para que ele o encontre.

Passeie pela casa Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé. — Efésios 3:16,17

uando você convida Cristo para fazer parte de sua vida, ele vem morar em seu “coração”. Robert Munger ilustrou brilhantemente essa ideia em um folheto intitulado [My heart, Chrst’s Home]. Esse é o relato de um homem que convidou Cristo para viver em seu coração.

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Quando Cristo se muda para o coração de um homem, os dois fazem uma excursão pelo local: inspecionam a biblioteca (mente), a sala de jantar (apetites e desejos), a oficina ou o escritório (trabalho), assim como outros cômodos importantes em sua vida. O homem logo descobre que seu novo companheiro de quarto tem ideias próprias sobre como esses aposentos devem ser utilizados. Com a permissão do homem, Cristo transforma cada espaço de seu coração em um bonito e cálido lar.

Passear em casa

Convide sua filha para dar um passeio pela casa. Entre em cada cômodo e compare-o com a vida, assim como sugere Robert Munger em sua publicação. Talvez seja preciso improvisar; um escritório, por exemplo, poderia servir de biblioteca. À medida que percorrem a casa, sinta-se livre para criar a própria história. Faça com que as mensagens sejam compreensíveis e esteja atento a como podem ser aplicadas à vida da criança. Pergunte a ela sobre os cômodos de seu coração. O que Jesus diria se entrasse em sua sala de jantar ou em sua biblioteca?

Vá a uma festa da igreja O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. — João 10:10

erta vez, Deus decidiu fazer uma festa. Enviou convites a seus amigos mais especiais, fez todas as preparações sem se preocupar com gastos. Quando chegou o momento da festa, nenhum de seus convidados apareceu. Alguns deles tinham outros planos, outros estavam ocupados com o trabalho e as obrigações familiares e outros ficaram em casa assistindo ao futebol na tevê. Com toda aquela comida, uma orquestra preparada e a decoração que iam ser desperdiçadas, Deus disse: “Muito bem! Se os convidados não querem vir, vou convidar todos: estranhos, mendigos, qualquer um que queira vir.”

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A vida com Deus é como essa festa. A lista de convidados não é mais exclusiva: qualquer convidado pode vir e juntar-se à celebração.

Uma festa na igreja

Uma das razões pelas quais vamos à igreja é para celebrar nossa vida com Deus. Explique a seu filho que a igreja é mais ou menos como uma festa. Falem sobre sua igreja: de que tipo de festa se trata?

A lista de convidados Quem é convidado para visitar sua igreja? Qualquer um pode ir? Ou apenas alguns tipos de pessoas são convidadas? Jesus convida a todos para a festa. Para ele, ninguém é “pouca coisa”.

A celebração O fato de que realmente podemos viver para sempre é algo pelo qual deveríamos nos emocionar! Você comemora isso em sua igreja em algum momento? Não precisa de chapeuzinho de aniversário, cantar parabéns ou brincar de pique-esconde, mas em sua opinião, ir à igreja é um momento de celebração? Deus, o Convidado, enche nossa vida com alegria e riso.

O convidado Você acha que os pastores e professores de sua igreja estão muito animados para terem uma celebração? Ou simplesmente o fazem porque têm de fazer? Deus é o Convidado e deseja nos agradar. Ele criou para nós a festa da vida.

Faça uma reunião do conselho Isso tudo vem da parte do Senhor dos Exércitos, maravilhoso em conselhos e magnífico em sabedoria. — Isaias 28:29

uitas pessoas se autodenominam conselheiros: familiares, matrimoniais, legais, espirituais, de acampamentos, de profissão, orientadores. Embora essas profissões representem uma ampla gama de disciplinas, os conselheiros têm várias coisas em comum. Um bom conselheiro, em qualquer profissão, é sábio, respeitado, e sabe como ouvir e ajudar a refletir.

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Quando o profeta Isaías previu a segunda vinda de Jesus, disse que as pessoas o chamariam de “Admirável Conselheiro” por boas razões: Jesus é mais sábio que qualquer um neste planeta, ganhou nosso respeito no tempo que passou aqui na terra e é muito talentoso para ouvir e fazer-nos refletir. Realmente um Admirável Conselheiro. Este é um mundo louco e complicado. Sem um conselho sábio, não conseguimos ver através das confusões para tomarmos as decisões corretas. Deus, o Conselheiro, está pronto para ouvir e ansioso para ajudar.

Uma reunião de conselho Proponha a seu filho brincar de faz de conta: faça de conta que ele é seu conselheiro. Diga que precisa de seu conselho sobre o problema de um verdadeiro amigo ou um colega de trabalho. Explique a situação descrevendo exatamente como são seus sentimentos. Por exemplo, ele não poderia saber o que significa não considerar alguém para uma promoção, mas sabe o que é se sentir rejeitado. Ao explicar a situação, pergunte a ele especificamente o que pensa que você deve fazer. Escute cuidadosamente suas explicações e responda com mais perguntas se ele não souber esclarecer ou parecer não compreender o assunto. O importante é fazer com que ele perceba a grande responsabilidade de um conselheiro. Você conta com ele para ser um ouvinte amigo, para ajudar a ver o problema com mais clareza e para oferecer um sábio conselho sobre o que fazer. Ao finalizar a reunião do conselho, agradeça por sua ajuda. Em seguida, fale sobre o trabalho de aconselhar. Pergunte: “Alguma vez você pediu um conselho a um amigo e, em vez de escutar o que você dizia, ele começou a gritar sobre o que você deveria fazer sem sequer saber qual era o seu problema direito? Você já conseguiu pensar na solução enquanto explicava o problema a outra pessoa? O que faz um bom conselheiro?” Agora fale sobre Deus, o Conselheiro: “Deus é um bom conselheiro? Por que as pessoas não recorrem a ele com mais frequência para terem ajuda em suas decisões e seus problemas? Quando você explica um problema a Deus, como sabe que conselho ele lhe está dando? Há algo que precise falar com ele neste momento?” Em outro momento, continue analisando a importância de ouvir bons conselhos ao contar a seu filho o que você realmente fez com relação ao conflito discutido com ele. Agradeça sua ajuda ao esclarecer sua maneira de pensar. E caso tenha seguido seu conselho, conte a ele.

Outras perspectivas Repita a reunião

Não é uma má ideia procurar seus filhos em certas ocasiões para obter um conselho. Para eles, é importante saber que você valoriza e confia em suas opiniões. E você poderia se surpreender com a maneira com a qual conseguem resolver muito bem um problema complicado.

Lustre o espelho As crianças aprendem com seus pais a ouvir e perguntar. Então, se seu filho tem dificuldade para fazer isso, talvez você precise se dedicar mais. Sente-se todos os dias durante alguns minutos com ele. Ouça seus problemas de maneira cuidadosa e séria.

Autorretratos de Deus Deus é que tem sabedoria e poder; a ele pertencem o conselho e o entendimento. — Jó 12:13

Sacrifique algo No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” — João 1:29

eus disse aos judeus que deveriam matar animais de grande valor para “pagar” por seus pecados. Esse ritual fazia com que eles sempre lembrassem que o pecado tinha um “alto custo”: feria profundamente a Deus e impedia que Israel fosse uma grande e poderosa nação. O sacrifício animal também lhes mostrava o quão sujo e dispendioso era o pecado, porque requeria uma vida bonita e inocente para cobrir o egoísmo do culpado.

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Deus foi muito específico sobre os tipos de animais que desejava para o pagamento. Não era permitido que oferecessem suas “sobras”, isto é, animais velhos ou deficientes, pois eram de pouco valor. Ele era o Deus Todopoderoso, não um mendigo. Um dos sacrifícios mais caros que deveriam fazer era o de um cordeiro de um ano que não tivesse manchas nem defeitos. Isso implicava que deveriam cuidar de seus melhores e mais perfeitos cordeiros até que tivessem idade para servir com sua carne e sua lã, ou para se reproduzirem, mas em vez de se beneficiarem, deveriam dá-lo a Deus. Era um verdadeiro sacrifício.

Da mesma maneira, Jesus era um cordeiro para o sacrifício: uma vida bela e inocente tomada para pagar por nosso egoísmo. Era um sacrifício tão caro que só Deus poderia pagar o preço (por isso chamam Jesus de Cordeiro de Deus), e ele o matou. Foi um sacrifício tão perfeito que cobriu o pagamento de todos os pecados que seriam cometidos através do tempo. Uma boa notícia para os cordeiros de um ano, e uma grande notícia para os humanos de todas as idades.

Sacrifício Ajude seu filho a compreender a natureza do sacrifício de Deus incentivando-o a sacrificar alguma coisa. Diga que você quer juntar várias coisas para doar a uma organização ou associação beneficente, como um abrigo para crianças. Peça, primeiramente, para que ele ajude você a retirar coisas de seu quarto e, em seguida, ajude-o a retirar coisas do quarto dele. Olhem juntos os armários, cômodas e gavetas e tirem todas as roupas, brinquedos e jogos dos quais não precisam mais. Ao terminar de juntar todas as coisas para doação, diga algo assim: “Que bom você estar disposto a fazer esta doação, pois ajudará as famílias que não podem comprar brinquedos nem roupa nova. Mas também será bom para você, pois não usa mais estas coisas; só estão ocupando espaço. Um verdadeiro sacrifício, porém, é doloroso porque implica dar algo de que você gosta muito. Eu gostaria de fazer esse tipo de sacrifício. Ajudarei você a fazê-lo e juntos poderemos fazer também com alguma coisa minha. Você acha que consegue?” Ajude seu filho a colocar um de seus objetos preferidos junto aos que são para doação. É importante que ele não seja obrigado a fazer isso, pois não queremos que ele se zangue ao doar. Se ele se negar firmemente, voltem ao seu quarto. Se ele escolher algum objeto, pergunte o que ele tanto gosta naquele objeto e por que é tão difícil separar-se dele. Agradeça a ele por decidir fazer isso e comecem novamente. Ao finalizar suas doações e definir o presente que simboliza o sacrifício, embale tudo e entregue no lugar que escolheram para as doações. Na volta, pare para tomar um sorvete e falem sobre Jesus, o Cordeiro, e a oferta do bem

mais precioso que existia: Por que Jesus morreu?

Observe as crianças no Jardim de Infância Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus. — Mateus 18:4

os tempos da minha avó, as crianças não tinham conhecimento de alguns dos privilégios e vícios dos adultos, como o sexo, as drogas, a violência, o materialismo e a vaidade. Agora não é mais assim: os assuntos e problemas “adultos” são uma epidemia entre os adolescentes. A maior parte dessas preocupações surge ainda nas escolas de Ensino Fundamental. As crianças de hoje crescem antes do tempo.

N

Quando as crianças crescem muito rápido, deixam para trás algo mais do que sobras: deixam um armário cheio de belas qualidades que Deus lhes reservou para que as acompanhassem por toda a vida. Presentes como a inocência, a falta de preconceito, o perdão, o humor, a capacidade de brincar e sonhar. Trágico é descobrir que essas são algumas das qualidades que mais nos assemelham a Deus. Quando começarmos a perceber que Deus é como uma criança, talvez deixemos de tentar crescer tão rápido.

Observando crianças

Peça a sua filha que o acompanhe em uma visita científica para estudar os hábitos de um ser estranho e fascinante. Vá a uma creche (com a devida permissão do local) ou a um pátio escolar na hora do recreio e aponte as crianças que serão observadas: os alunos do Jardim de Infância. Sentem-se perto do parquinho para que possam vê-los de perto. Mencione que algumas pessoas acreditam que as crianças dessa idade têm uma imaginação muito fértil, estão sempre dispostas a esquecer e a perdoar, e têm uma boa capacidade para fazer amigos. Seu propósito nesta atividade é procurar esse tipo de comportamento. À medida que identificam alguns desses comportamentos, falem sobre por que são tão comuns em crianças pequenas. Por exemplo: Por que para uma criança dessa idade é tão fácil estar aborrecido com alguém em um minuto e, logo depois, ser seu melhor amigo? Por que é mais difícil para os adultos fazer isso? Por que as criancinhas são tão sociáveis? Por que, ao que parece, não se importam com as aparências? Por que os adultos não brincam e sonham como crianças pequenas? Enquanto observa essas e outras qualidades da infância, explique que Deus deve ser muito parecido com uma criança, pois tem muitas qualidades infantis. Pergunte a ela se consegue se lembrar de relatos bíblicos que demonstrem essas características. Reserve um momento para expressar as qualidades divinas que você vê em sua filha. Certifique-se de dar exemplos específicos de momentos nos quais ela demonstrou essas qualidades para que saiba exatamente a que você se refere. Quando você oferecer imagens mentais de sua filha demonstrando essas características, haverá menos possibilidades de que se separe delas as enquanto estiver crescendo e se transformando em um adulto.

Outras perspectivas Uma retrospectiva fotográfica Você pode levar sua filha novamente ao início de sua infância mostrandolhe um álbum de fotografias, um boletim da escola e vídeos caseiros. Conforme vão repassando seu passado, mostre os momentos em que ela agiu de maneira semelhante a Deus, como uma criança.

Jesus, a Criança Não sabemos muito sobre a infância de Jesus, mas a Bíblia nos dá algumas ideias. Leiam juntos Lucas 2:40-52 e peça a sua filha para descrever Jesus como criança.

Autorretratos de Deus E disse: “Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus.” — Mateus 18:3 Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo. Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar. — Mateus 18:5,6

Invente uma guerra de papel O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda. Meu coração exulta de alegria, e com o meu cântico lhe darei graças. — Salmo 28:7

m escudo é como uma fortaleza portátil atrás da qual você pode se esconder para proteger-se durante uma batalha. Por ser portátil, você pode utilizá-lo quando está na ofensiva. Já uma fortaleza serve somente para defesa. Um escudo oferece ao guerreiro mais confiança, pois ele pode atacar com menos medo de ser ferido. Mas nem por isso a batalha é algo seguro: uma flecha perdida pode atingi-lo de lado e um golpe forte de espada ou machado pode quebrar o braço que sustenta o escudo. Mesmo assim, o escudo faz com que a batalha seja um pouco menos perigosa.

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Deus é como um escudo. Ele está conosco ao longo da vida, ajudando a nos proteger de um ataque.

Guerra de papel Para demonstrar o poder de um escudo, invente uma batalha com jornais. Você e seu filho podem construir escudos de papelão grosso. Podem fazer os punhos passando pequenos pedaços de corda por buracos feitos na parte

traseira do papelão e amarrando do outro lado. Decorem os escudos com tinta ou lápis de cor. Se não quiserem fazer os escudos, podem utilizar tampas de lixeiras. Já com os escudos prontos, terão de fabricar suas armas. Cada equipe contará com uma grande quantidade de jornais. Poderão fazer granadas com várias folhas de papel. Depois, delimitem as áreas de cada jogador estabelecendo uma linha no centro do quarto, preparem-se em seus respectivos lugares e comecem a disparar pequenas bolas de papel. O jogo deverá durar dois tempos de dois minutos cada um. Lutem no primeiro tempo sem escudos e no segundo com eles. Para determinar o ganhador, conte quantas vezes foi possível atingir o corpo do oponente ou simplesmente observe quem tem a menor quantidade de papel de seu lado do quarto no final do tempo. Quando estiverem cansados, façam uma trégua, recolham os papéis e lavem as mãos para retirar a tinta do jornal. Falem sobre os escudos. Foram úteis? Quantas vezes você foi atingido enquanto não usava o escudo? E com ele? Depois, conversem sobre Deus: em que aspectos Deus se parece com um escudo?

Autorretratos de Deus O meu escudo está nas mãos de Deus, que salva o reto de coração. — Salmos 7:10

Estude sobre as espadas Quando eu afiar a minha espada refulgente e a minha mão empunhá-la para julgar, eu me vingarei dos meus adversários e retribuirei àqueles que me odeiam. — Deuteronômio 32:41

ejamos sinceros: nosso Deus é mortífero. Mas isso não é algo de que gostamos de falar. É muito melhor acreditar que Deus é um Pai bondoso que nos perdoa. Mas ele é também um Deus grande, com um caráter múltiplo, que às vezes nos revela o lado que empunha uma espada.

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A boa notícia é que, pelo fato de Deus ser como uma espada vingadora, nós não precisamos ser. Nós, humanos, não somos suficientemente fortes para nos vingarmos dos nossos inimigos sem que cheguemos a ser como eles. Deus empunha sua espada da vingança porque sabe que não podemos alçá-la sem que firamos a nós mesmos.

Estudo das espadas Até o século passado, as espadas eram um equipamento comum para todos os soldados. Você ainda pode ver soldados com espadas quando eles usam seus uniformes de gala. Vá à biblioteca e encontre um livro sobre espadas ou

visite uma exibição de armas em algum museu. Converse com seu filho sobre os diferentes tipos de espadas: de um só fio de corte, floretes, de dois fios de corte, lanceta, sabre, cimitarra, quem as usava e como lutavam com elas. Depois, comentem sobre Deus ser como uma espada.

Autorretratos de Deus A mim pertence a vingança e a retribuição. No devido tempo os pés deles escorregarão; o dia da sua desgraça está chegando e o seu próprio destino se apressa sobre eles. — Deuteronômio 32:35 Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. — Efésios 6:17 Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e as intenções do coração. — Hebreus 4:12 Pois conhecemos aquele que disse: “A mim pertence a vingança; eu retribuirei”; e outra vez: “O Senhor julgará o seu povo.” Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo! — Hebreus 10:30,31

Queime algo Pois o nosso Deus é fogo consumidor! — Hebreus 12:29

uando eu era criança, aprendi muito sobre a vida sentando perto de uma fogueira no acampamento de verão. Meus amigos e eu discutíamos, criticávamos e brincávamos o dia todo, mas no momento em que nos sentávamos ao redor daquela fogueira, o rumo da conversa mudava. O que dizíamos ao redor do fogo era profundo: profundamente cômico, profundamente sério, profundamente comovedor; e ficou enraizado em minha memória até hoje. Era como se o fogo chegasse até o profundo do nosso ser e resgatasse pensamentos e sentimentos que nem sequer sabíamos que tínhamos.

Q

Deus era um assunto frequente quando estávamos ao redor do fogo. Talvez o mistério do fogo nos fizesse contemplar o mistério de Deus, ou talvez o calor fosse o que motivava nossas conversas. A cerca de três metros de distância do fogo, o ar era tão gelado que era como se não existisse a fogueira. Mas a um metro dele, estávamos confortáveis e aquecidos. Se uma pessoa se aproximasse um pouco mais do fogo, era possível queimar os pelos do braço. Deus é como o fogo. Aquece e ilumina os lugares escuros de nossa vida. Derrete nosso coração até o ponto em que começamos a sentir coisas que desconhecíamos. Se nos afastamos de Deus, nos sentimos frios e solitários. Aproxime-se dele e você se sentirá feliz por ser considerado amigo e não

inimigo de Deus.

Faça uma fogueira Não é preciso ir a um acampamento de verão para fazer uma fogueira. Procure um parque ou uma praia onde seja permitido fazer fogueiras; leve madeira, carvão, papel, fósforos e alguma coisa para assar, como milho ou batata doce, ou até mesmo marshmallow. Após assar o que você levou, pergunte ao seu filho: “Por que as pessoas gostam de se sentar em volta de uma fogueira? Como seria a vida sem o fogo? O que acontece se não temos cuidado com o fogo? O que acontece quando uma pessoa se afasta demais do fogo?” Em seguida, dirija a conversa para Deus. Explique ao seu filho que a Bíblia diz que Deus é como o fogo. Pergunte: “Você acha que isso é verdade? De que modo? Se Deus é como o fogo, como podemos nos manter aquecidos? Em algum momento Deus queima as pessoas? Como? O que você pode fazer para não ser queimado? O que acontece quando você se afasta demais de Deus? Como podemos nos prevenir para que isso não aconteça?”

Outras perspectivas Uma fogueira caseira Caso não seja possível fazer uma fogueira ao ar livre, utilize uma lareira em sua casa ou em um hotel. Faça com que a ocasião seja especial, permitindo que seu filho fique acordado depois da hora de dormir, para aproveitar o fogo ao seu lado.

Faça uma excursão a um forte O Senhor é refúgio para os oprimidos, uma torre segura na hora da adversidade. — Salmos 9:9

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odas as crianças constroem fortes, embora nem todas o chamem assim. Algumas vezes o “forte” se chama nave espacial, barco pirata, casa da árvore, esconderijo ou “cabaninha”.

Meu sobrinho Brice constrói fortes com o sofá: arruma com cuidado as almofadas e os lençóis para construir uma fortaleza na sala. Também constrói fortes de caixas de papelão ou qualquer outro material que encontre nas redondezas da casa. Ele constrói seus fortes para proteger-se dos perigos mais variados, incluindo a hora do cochilo e um cachorro excessivamente grato que insiste em lamber seu rosto. Logo ele poderá fazer um forte de madeira, utilizando pedaços de uma árvore encontrados em um canal perto de sua casa e pedaços de tapete. Certamente ele desenhará uma caveira com ossos na porta. Quando finalmente se cansar desse forte, transformará o próprio quarto em uma fortaleza. Será um forte luxuoso, com sistema de som estéreo, talvez um telefone e um monte de jogos por todos os lados, equipamentos esportivos e

roupas. O sinal na porta dirá: “Os intrusos serão devorados!” Depois disso, ele terá um forte móvel, ou seja, um carro. Desta vez o recado estará em uma placa: “Se não gosta de como dirijo, saia da calçada.”. Para que todos esses fortes? Por que temos a necessidade de criar lugares para nos escondermos e chamar de nossos? Parece que sabemos instintivamente que o mundo pode ser um lugar perigoso. Acredito que edificamos fortes para nos sentirmos protegidos das coisas assustadoras da vida. Deus é como um forte. Podemos correr para ele quando os problemas e temores do mundo nos esgotam. Podemos escapar até o forte da presença de Deus.

Excursão ao forte Peça ao seu filho para fazer uma excursão ao seu esconderijo secreto. Se ele não tem um neste momento, construam um forte juntos. Sente-se junto a ele no forte e converse sobre por que um forte é tão especial. Pergunte: “Por que as crianças gostam de construir fortes? Em que você pensa quando está sentado em seu forte?” Conversem sobre como ao longo da história as pessoas utilizaram fortalezas para proteger-se de inimigos. Quando um exército inimigo arrasava uma aldeia, as pessoas fugiam para o forte para se salvar. As portas eram fechadas e todas as entradas bloqueadas. Assim as pessoas se sentiam seguras de seus inimigos. Em seguida, explique como Deus é semelhante a um forte. “Quando estiver assustado e o inimigo o perseguir, você pode elevar seu coração a Deus e ele o guardará.” Termine a conversa garantindo à criança que Deus promete ser o forte para seu coração. Quando sentir dor ou temor por qualquer coisa, ela poderá correr a Deus e pedir ajuda, e ele abrirá as portas de sua fortaleza e esconderá seu coração lá dentro.

Outras perspectivas Fortes no quarto

Para muitas crianças, especialmente as mais velhas, o quarto é seu refúgio. Pergunte a seu filho se pode visitá-lo. Peça a ele que explique o que há nas paredes, nas prateleiras, e por que existe tudo aquilo ali. Pergunte acerca do que ele mais gosta e do que menos gosta em seu quarto.

Autorretratos de Deus Tu és o meu abrigo; tu me preservarás das angústias e me cercarás de canções de livramento. — Salmo 32:7 Mas eu cantarei louvores à tua força, de manhã louvarei a tua fidelidade; pois tu és o meu alto refúgio, abrigo seguro nos tempos difíceis. — Salmo 59:16 Pode dizer ao Senhor: Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio. — Salmo 91:2

Acaricie uma galinha (tente fazer isso!) Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! — Lucas 13:34

Espere um momento! Deus é como uma galinha? Mas, por acaso as galinhas não são fêmeas? Não são o principal ingrediente dos nuggets? Mas “galinha” não é como chamamos os covardes? As galinhas não são um objeto de piadas relacionadas a cruzar uma rua? Tudo isso é verdade, mas essa não é a história completa. Quando uma pessoa ameaça os pintinhos de uma galinha, essa humilde ave de cabeça bamboleante e modo de caminhar ridículo transforma-se em um furação de asas e penas, um bico certeiro, garras para arranhar e grasnidos que fazem doer os ouvidos. Se ela consegue deter o invasor, reúne todos os pintinhos ao seu redor e abre suas asas para protegê-los. A mensagem é clara: se quer um de seus pintinhos, terá de passar por cima dela para conseguir. E essa é uma boa representação de como Deus nos protege.

Tente acariciar uma galinha Visite uma fazenda que permita às pessoas acariciar os animais, ou uma granja com galinhas que passeiam livremente. Junto com seu filho, observe como uma galinha cuida de seus pintinhos. Aproxime-se cuidadosamente de um de seus pintinhos para ver a reação da galinha. Ela não se preocupa com você como se preocuparia se fosse um gato ou um cachorro, então é possível que não voe tão zangada como faria com um animal de rapina mais comum. Se não há galinhas com pintinhos por perto, observe qualquer mãe do reino animal com suas crias. Falem sobre o que observam. Pergunte ao seu filho: “Os pintinhos se sentem mais seguros ao saber que sua mãe os vigia? Você acredita que em algum momento eles se cansam dessa superproteção? Por que ela se zanga tanto conosco quando tentamos pegar um de seus pintinhos e, entretanto, é tão carinhosa com eles?” Conversem sobre Deus ser como uma Galinha. Peça ao seu filho que compare a galinha com Deus: “De que modo Deus se parece com uma galinha? Ele se zanga quando tentam nos fazer algum mal? Como ele nos cobre com suas asas? Você já sentiu isso alguma vez? Como você se sentiu?”

Outras perspectivas Procure uma sombra Faça um passeio em um dia de sol. Quando o calor for muito incômodo, sente-se debaixo de uma árvore. Fale sobre a importância da sombra. Pergunte: “A sombra nos protege de quê? (Das queimaduras de sol, da desidratação, do calor, do cansaço, dos olhos inimigos.)”. Depois, converse sobre a sombra das asas de Deus. Pergunte: “Como Deus nos protege do perigo?”

Autorretratos de Deus Como é precioso o teu amor, ó Deus! Os homens encontram refúgio à sombra das tuas asas. — Salmo 36:7

Misericórdia, ó Deus; misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia. Eu me refugiarei à sombra das tuas asas, até que passe o perigo. — Salmo 57:1 Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor. — Salmo 91:4

Faça um concurso de perguntas e respostas Quem não te temerá, ó Rei das nações? Esse temor te é devido. Entre todos os sábios das nações e entre todos os seus reinos não há absolutamente ninguém comparável a ti. — Jeremias 10:7

eus conhece tudo, inclusive as respostas a perguntas tão antigas, como:

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Quantos anjos podem dançar na ponta de um alfinete? • Deus pode fazer uma rocha tão pesada que nem ele mesmo pode levantá-la? • Qual é a altura do céu?

E sabe muitas outras coisas, como a quantidade de cabelos em sua cabeça, o nome e o endereço de todas as pessoas com as quais você cruzou na rua, e a quantidade de calorias de um chocolate do tamanho do monte Kilimanjaro. Ele conhece a data de nascimento de todos os animais de estimação de sua família em todos os tempos, começando no dia em que o tataravô do seu tataravô descobriu tigres-dente-de-sabre pré-históricos no fundo de sua caverna. Deus conhece todos os seus problemas, incluindo aqueles que você sequer admite ter (e mais um monte que você nem sabe que tem). Deus, o Gênio, conhece seus maiores sonhos e seus maiores medos. Ele é o único que sabe que você ainda procura o bicho-papão debaixo da cama e o único que conhece a melhor resposta para seus dilemas mais difíceis. O que é mais surpreendente do que a quantidade de conhecimento de Deus? Mesmo assim, poucas vezes recorremos a ele em busca de respostas. Veja desta maneira: temos alguém que sabe tudo, mas a maioria de nós não se preocupa muito em pedir seus conselhos. Sabe-se, porém, que ele dá seus conhecimentos àqueles que realmente o desejam.

O teste dos bombons Faça uma brincadeira com seu filho usando um livro de perguntas e respostas ou cartões com perguntas de um jogo simples. Coloque um pote de bombons na mesa. Dê a ele um bombom a cada pergunta simples que responder corretamente. As mais fáceis valem dois chocolates e as mais difíceis três. Alterne o processo de perguntar e responder. Jogue até que os bombons acabem. Depois do jogo, fale sobre a inteligência de Deus. Não há pergunta no mundo que ele não possa responder. Pergunte: “Quais são as coisas que seriam impossíveis de se conhecer para um ser humano? (A quantidade de grãos de areia na praia ou a de estrelas no céu; por que Deus permite que as pessoas boas morram; como é o céu.) Se Deus é um gênio, por que não nos dá todo o seu conhecimento? Ele nos dá uma parte dele? Como ele faz isso?”

Faça uma caminhada de fé Conduzirei os cegos por caminhos que eles não conheceram, por veredas desconhecidas eu os guiarei; transformarei as trevas em luz diante deles e tornarei retos os lugares acidentados. Essas são as coisas que farei; não os abandonarei. — Isaías 42:16

vida é como uma selva. Está repleta de lindas paisagens, aventuras empolgantes e nativos maravilhosamente amistosos. Mas também há perigos, animais selvagens, situações mortais e alguns nativos desagradáveis. Se você deseja experimentar o melhor que a vida tem a oferecer, precisa de alguém que conheça o território, alguém que o acompanhe até as melhores partes desta selva e o guie de modo seguro através do perigo. Você precisa de um guia.

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Jesus é como um guia. Ele conhece seu caminho através da selva da vida melhor do que qualquer um. Ele deseja mostrar-lhe suas paisagens preferidas, lugares que jamais poderia encontrar por si só. Alcançar esses lugares implica passar por algumas partes difíceis da selva, mas Jesus é um guia excelente e os que se mantêm próximos a ele conseguem passar por essas regiões perigosas.

Uma caminhada de fé Leve seu filho para uma caminhada de fé. Você deve colocar uma venda em seus olhos e guiá-lo com o braço. Já que não pode ver, ele terá de confiar em seu guia para não cair e nem tropeçar em nada. Após vários minutos, troquem de lugar, permitindo que ele guie você. Depois de terminar a atividade, converse sobre a experiência. Pergunte: “Como você se sentiu? Teve medo? Foi mais fácil me seguir depois de um tempo?” Então, fale sobre Jesus: “De que modo Jesus age como um guia? Se você segue Jesus, o Guia, terá problemas? Como você pode aprender a confiar mais em Jesus como guia?”

Autorretratos de Deus Que este Deus é o nosso Deus para todo o sempre; ele será o nosso guia até o fim. — Salmo 48:14 Eu o conduzi pelo caminho da sabedoria e o encaminhei por veredas retas. Assim, quando você por elas seguir, não encontrará obstáculos; quando correr, não tropeçará. — Provérbios 4:11,12

Faça um testamento Mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo. — Hebreus 1:2

e certo modo, entregar sua vida a Jesus é como incluí-lo em seu testamento. Quando você morrer, outros poderão ficar com seus bens: casa, carro, serra tico-tico, discos do Roberto Carlos. Mas Jesus fica com você! E ele não vê a hora! Finalmente, levará você para casa para estar para sempre com ele. Deus não tem de lutar por sua herança: ele decide aceitá-lo.

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Paulo expressa essa verdade da seguinte maneira em Efésios 1:18: “Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos” (ênfase minha). Deus herda você e o considera uma pessoa rica e gloriosa.

Faça um testamento Ajude seu filho a escrever um testamento. Não precisa ser nada oficial, apenas uma lista de bens e a quem ele pretende entregá-los. O último

beneficiário deve ser Deus, e o legado é a vida eterna da criança. Explique: “Quando se torna um seguidor de Jesus, você se entrega a ele. Quando você morrer, ele fica com o que sobra: sua alma.” Pergunte: “Por que Deus deseja nos herdar?”

Autorretratos de Deus O Senhor herdará Judá como sua propriedade na terra santa e escolherá de novo Jerusalém. — Zacarias 2:12 Tornando-se tão superior aos anjos quanto o nome que herdou é superior ao deles. — Hebreus 1:4

Fale como gente grande Quem faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe. — Marcos 3:35

s irmãos mais velhos nem sempre são carinhosos. Algumas vezes podem ser extremamente cruéis, como, por exemplo, quando seu irmão mais velho começa um clube com seus amigos e você quer fazer parte. Logo ele cria uma regra na qual não é permitida a entrada de crianças da sua idade. Você implora que ele faça uma exceção, ele discute com seus amigos e diz que há uma maneira de você entrar no clube. Você deve: a) derramar leite sobre o seu cabelo; b) colocar talco no rosto; e c) engatinhar ao contrário no quarteirão. Depois de fazer tudo isso você grita: “Eba! Faço parte de um clube!”, e eles respondem juntos: “Renuncio!”, e vão embora começar um clube novo no qual não são permitidas crianças da sua idade.

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Mas esse é um caso extremo. No geral, os irmãos mais velhos não são tão maus. Mesmo que às vezes possam explorar o fato de serem mais velhos, eles realmente ganham suas honrarias quando alguém nos ameaça. Meu irmão mais velho nunca teve de lutar a meu favor contra nenhum valentão, mas eu sempre soube que podia contar com ele: três séries depois de mim na escola, muito mais sábio e forte, pronto para ficar do meu lado se eu me metesse em

problemas. Essa certeza me ajudou a crescer. Jesus é assim; ele não briga contra um garoto valentão em nosso lugar. Na vida, todos nós teremos de lidar com alguns joelhos machucados e narizes ensanguentados. Mas há um verdadeiro consolo em saber que ele está ali, pronto para se envolver se as coisas ficarem difíceis. Ai daquele que estiver causando problemas ao seu irmãozinho.

Falar como gente grande Fale com seu filho sobre o significado de ser um irmão mais velho. Se seu filho é mais novo, pergunte: “Qual é a melhor coisa que seu irmão mais velho já fez por você? Por quê? Como você se sentiu? Ele o defendeu em algum momento? Por quê?” Se seu filho é um irmão mais velho, pergunte: “Você lembra qual a melhor coisa que já fez pelo seu irmãozinho? Por que você fez isso? Como se sentiu? Já defendeu seu irmão mais novo quando o estavam perturbando? Por quê? O que você faria se visse que estavam dando uma surra em seu irmãozinho?” Agora, fale sobre Jesus, o Irmão Mais Velho. Repita as respostas da criança na pergunta anterior: “O que significa ser um irmão mais velho?” Pergunte: “Jesus age como um irmão mais velho em alguma dessas situações? Como você acha que ele se sente quando vê que você se envolveu em confusões? Por que ele não intervém em todas as nossas brigas? Como Jesus pode ajudar você nos momentos difíceis da vida?”

Outras perspectivas Pratique a irmandade Converse com seu filho acerca das funções de ser um irmão. Peça à criança que dê dois passos esta semana para ser um irmão melhor.

Seja grande Tente pensar em uma criança pequena de seu bairro que não tenha um irmão mais velho. Peça a seu filho que considere a ideia de ser como um

irmão mais velho para ela.

Faça um mundo em miniatura Só tu és o Senhor. Fizeste os céus, e os mais altos céus, e tudo que neles há, a terra e tudo o que nela existe, os mares e tudo o que neles existe. Tu deste vida a todos os seres, e os exércitos dos céus te adoram. — Neemias 9:6

ocê já criou um mundo? Certamente uma centena de vezes. Quando você era criança, criou mundos com seus brinquedos, bonecas pequeninas e caminhões em miniatura. Inventou cidades e países em sua mente e, depois, os construiu com blocos, peças de plástico e canudinhos. Você herdou essa capacidade para criar de seu Pai, mais conhecido como o inventor do universo.

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Faça um mundo Você pode ajudar seu filho a colocar-se em contato com o lado criador de Deus inventando um mundo com ele. Faça-o a partir da seguinte ideia: Deus está formando um planeta no outro lado do universo e quer que vocês dois dominem o planeta e o projetem. Neste momento, o planeta está coberto de água e vocês dois terão de dizer onde será posta a parte de terra. É menor que a Terra, mas com espaço suficiente para três ou quatro continentes pequenos.

Desenhe dois círculos grandes em uma folha ou papelão para representar os dois hemisférios. Agora decida onde pôr os continentes. Desenhe e coloque nomes. Se desejarem, poderão adicionar ilhas. Depois, usando lápis de cores variadas, reproduzam a geografia: indique onde estarão as montanhas, os desertos, as planícies, os rios e lagos, o que você quiser. Decida as fronteiras políticas: Há apenas um governo ou vários países? Desenhe as fronteiras, denomine os países. Agora, decida onde viverão as pessoas. Onde estarão localizadas as cidades, os povoados, a terra para plantar? Você pode parar por aqui ou continuar inventando as variedades de plantas e animais que vivem em cada lugar, os climas e as estações, assim como a aparência das pessoas. Ao finalizar, converse acerca da experiência. Foi divertido? Difícil? Pergunte: “Como você se sentiria se as pessoas que moram em seu planeta começassem a arruinar todo o seu trabalho, matando os animais, destruindo os rios e derrubando as árvores dos bosques?” Fale sobre Deus, o inventor: “Você acredita que Deus se divertiu ao criar o universo? Como decidiu colocar as coisas? Você acredita que ele fica bravo quando nós arruinamos sua criação? Como ele se sente? Ele quer que nós sejamos inventores como ele ou prefere que deixemos tudo como está?”

Autorretratos de Deus Pergunte, porém, aos animais, e eles o ensinarão, ou às aves do céu, e elas lhe contarão; fale com a terra, e ela o instruirá, deixe que os peixes do mar o informem. Quem de todos eles ignora que a mão do Senhor fez isso? — Jó 12:7,9 Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem; pois foi ele quem fundou-a sobre os mares e firmou-a sobre as águas. — Salmo 24:1,2 No princípio firmaste os fundamentos da terra, e os céus são obras das tuas mãos. — Salmo 102:25 Pois toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo. — Hebreus 3:4

Vá ao tribunal E os céus proclamam a sua justiça, pois o próprio Deus é o juiz. — Salmo 50:6

ocê já escutou muitas vezes seus filhos falarem sobre justiça, pelo menos quando diz respeito ao modo como outras pessoas os tratam. É a justiça do eu: não fui eu, eu não mereço, eu acho que é injusto. A Bíblia também fala acerca da justiça, mas na maioria das vezes a justiça em terceira pessoa: a que você aplica aos outros. Os juízes são autorizados a administrar esse tipo de justiça. Seu trabalho é agitar os grãos da verdade na tempestade de areia da ficção, do exagero e da verdade parcial para, então, fazer o que é justo sem importar o quão doloroso possa ser.

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Alcançar a verdade não é algo fácil. Graças ao costume que Deus tem de nos fazer diferentes de todos os demais, duas pessoas podem ver o mesmo acontecimento de maneira diferente. Portanto, um juiz deve escutar todas as versões e tentar imaginar o que realmente aconteceu. Uma das razões pelas quais Deus, o Juiz, é tão justo é que ele não depende do relato das testemunhas. Ele vê tudo e, portanto, conhece todos os fatos. Também vê o que está em nosso coração, por isso conhece a motivação que se esconde por trás de cada uma de nossas atitudes. Ele conhece a verdade e nos julga a partir dela.

Visita ao tribunal Você pode ajudar seu filho a ver Deus como um Juiz justo levando-o a um tribunal. É pouco comum que os casos apresentados no tribunal sejam tão emocionantes como os que aparecem na televisão (a menos que você seja o acusado), mas se você tiver acesso ao registro de casos de um tribunal, poderá assistir a parte de um julgamento por algum delito. Fique presente tempo suficiente para conseguir apontar os diferentes personagens no drama, ver as testemunhas fazendo seu juramento e a maneira como o juiz dirige o procedimento judicial. Ao sair do tribunal, fale com seu filho sobre a função de um juiz. Pergunte: “Por que as pessoas ficam de pé quando o juiz entra no tribunal? Por que ele se veste com uma toga e se senta em uma posição mais alta que todos? Por que as pessoas o chamam de ‘vossa excelência’? Como ele sabe que as pessoas estão dizendo a verdade? Você acha que ele sente pena de alguém? Será que ele se sente mal quando dita uma sentença à prisão? Se você fosse processado por alguma coisa, que tipo de juiz desejaria?” Agora, converse sobre Deus, o Juiz: “Como ele sabe que as pessoas estão dizendo a verdade? Deus trata as pessoas injustamente?”

Outras perspectivas Preside o honorável Juiz Deus Incentive seu filho a “aproximar-se do estrado” para aparecer perante o Juiz e contar sua história. Leiam juntos 1João 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.”

Aja com justiça Miqueias 6:8 nos diz que devemos agir de maneira justa. Peça ao seu filho que se lembre de uma ocasião na qual não trataram alguém com justiça, por exemplo alguém que tenha sido culpado por algo que não fez ou a quem tivesse sido negado o direito à defesa. Quem ou o que obstruiu o caminho da justiça?

Há algo que seu filho possa fazer para que a justiça prevaleça da próxima vez que algo assim ocorrer?

Autorretratos de Deus Agora, que o temor do Senhor esteja sobre vocês. Julguem com cuidado, pois com o Senhor, o nosso Deus, não há injustiça nem parcialidade nem suborno. — 2Crônicas 19:7 Fora de nosso alcance está o Todo-poderoso, exaltado em poder; mas, em sua justiça e retidão, não oprime ninguém. — Jó 37:23

Leia uma história sobre leões Então um dos anciãos me disse: “Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.” — Apocalipse 5:5

odos conhecem a comparação de Jesus com um leão, mas é preciso ir até o final da Bíblia para encontrar a única referência a respeito. Ela nos apresenta um quadro maravilhoso, que representa simultaneamente dois aspectos aparentemente irreconciliáveis: beleza e terror.

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A melhor ilustração de Jesus como um leão aparece na clássica obra de fantasia infantil de C. S. Lewis, As crônicas de Nárnia. A série de sete livros nos leva a Nárnia, um mundo de reis e castelos, animais que falam e um leão semelhante a Cristo chamado Aslam, filho do imperador que está além-mar. Cada livro é uma história completa, então não é necessário ler toda a coletânea. A melhor maneira de ler as crônicas é começando com o primeiro livro: O leão, a feiticeira e o guarda-roupa. O relato é excitante e movimentado, portanto é muito divertido lê-lo em voz alta. Leia um capítulo a cada noite ou

reúnam-se ao redor da chaminé para ler vários capítulos de uma vez. As semelhanças entre Aslam e Jesus são inúmeras e, por isso, não será um problema pensar na figura de Deus como um leão.

Apague as luzes Falando novamente ao povo, Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.” — João 8:12

s pessoas temem a escuridão e se preocupam com o que ela pode ocultar.

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O que se esconde na escuridão? Muitas coisas: cobras, aranhas, lagartixas, baratas, escorpiões, morcegos, leões, tigres e ursos (opa!); assaltantes, assassinos, terroristas, monstros, extraterrestres, fantasmas, o homem das neves, Godzilla, King Kong e o bicho-papão. Mas essas coisas são apenas o que está fora do nosso corpo. As trevas internas são muito mais terríveis: pensamentos ruins, preocupações, temores, as insuportáveis perguntas sobre a morte, o valor, o propósito, o amor, o fracasso. A vida pode se parecer com um quarto escuro, por onde você caminha às cegas tropeçando em tudo. Se você tiver sorte, tropeçará com coisas boas. Caso contrário, tropeçará em problemas. A boa notícia é que Deus entrou nesse quarto e acendeu uma luz. Ele ilumina nossos caminhos para que não tropecemos, ilumina nosso cérebro (para mim é como uma luz capaz de atravessar a neblina) para nos ajudar a tomar boas decisões, a pensar claramente e evitar que nos metamos em problemas. Mesmo assim, quando acabamos envolvidos em problemas, ele

continua iluminando nosso coração e nos dando a razão para seguir adiante.

Sente-se no escuro Esta é uma atividade noturna que ajudará seu filho a compreender como Deus é semelhante à luz. Diga a seu filho que vocês irão realizar um experimento com a luz. Retire a capa que cobre o abajur, coloque-o no chão, no meio do quarto, e acenda a luz. Feche as cortinas e apague todas as luzes da casa. Sentem-se juntos ao lado da lâmpada (seria bom você reafirmar que não pretende assustá-lo). Diga ao seu filho que você apagará a luz por um momento, mas que continuará ao seu lado e lhe fará algumas perguntas. Apague a lâmpada. Enquanto estiverem sentados no escuro, falem sobre a luz. Pergunte: “O que a luz faz por nós (nos permite ver, apresenta cores, ilumina os perigos, elimina nossos medos do desconhecido)? O que você não gosta na escuridão? Como você se sente na escuridão?” Agora, acenda a lâmpada e pergunte: “Como você se sente agora? Por que se sente melhor quando a luz está acesa? Deus se parece com uma lâmpada em que sentido? Como Deus faz o medo desaparecer? Deus apaga e acende a luz ou ela está sempre acesa?”

Outras perspectivas Luzes menores Em Mateus 5:14-16, Jesus declara que nós também somos luzes. Leiam juntos os versículos e verifiquem o que devemos fazer com relação a isso.

Autorretratos de Deus É como a luz da manhã ao nascer do sol, em uma manhã sem nuvens. É como a claridade depois da chuva, que faz crescer as plantas da terra. — 2Samuel 23:4 O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio; de quem terei medo?

— Salmo 27:1 A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho. — Salmo 119:105 Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. — João 1:4 Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. — João 12:46

Faça um questionário para sua mãe Assim como uma mãe consola seu filho, também eu os consolarei; em Jerusalém vocês serão consolados. — Isaías 66:13

s mães escreveram um verdadeiro manual sobre como consolar alguém. Quando eu era criança, se chegasse molhado e tremendo de frio por causa da chuva, minha mãe tirava minha roupa imediatamente e me dava um banho quente. Depois, colocava minha roupa fria na secadora para que estivessem bem quentinhas quando eu fosse usá-las. Inclusive, podia encontrar uma xícara de chocolate quente esperando por mim na cozinha. Quando minha mãe acabava de cuidar de mim, eu sequer me lembrava de que havia estado tão mal.

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Deus é como uma mãe. Ele nos tira do frio e nos banha com calor, nos veste com seu consolo e nos faz esquecer por um momento como o mundo pode ser tão frio.

Questionário para a mamãe Para a maioria das crianças, as mães são mães. Na verdade, eles nunca se deram ao trabalho de analisar o que é ser uma mãe. O questionário para as

mamães dá uma oportunidade de ver o que constitui uma boa mãe. Tire várias cópias do questionário que aparece no final desta seção e encoraje seu filho a visitar quatro mães que ele respeite. Peça que entreviste cada uma delas utilizando o questionário. Ao finalizar a tarefa, conversem sobre os resultados. Pergunte: “Depois de escutar o que essas mães disseram, em sua opinião, quais são as três responsabilidades mais importantes que elas têm? Por quê? Do que elas mais gostam na tarefa de ser mãe? E do que menos gostam?”

Visite um consultório médico Só ele cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas. — Salmos 147:3

O

s médicos podem fazer com que façamos praticamente qualquer coisa:

— Tire a roupa e coloque esta bata ridícula. — Claro que sim. — Agora abra sua boca enquanto eu empurro este palito na sua garganta. — Ahhhh. — Preciso de uma amostra, por favor, encha este copo. — Onde é o banheiro? Se outra pessoa pedisse essas coisas, você certamente lhe daria um soco no nariz e fugiria. Então, por que toleramos a dor e a vergonha que os médicos nos causam? Porque confiamos que eles sabem o que é melhor para nós. Acreditamos que eles têm as melhores intenções e que qualquer coisa estúpida ou dolorosa que nos façam passar é necessária para nos curar e nos manter saudáveis. Isso se chama fé. Jesus, o Médico, trabalha da mesma maneira. Algumas vezes nos pede que façamos coisas dolorosas ou vergonhosas. Não sabemos o motivo, mas

confiamos que ele sabe o que está fazendo e faz isso para nos curar.

O consultório médico Se sua filha precisa ir ao médico, transforme a visita em uma oportunidade para aprender sobre Deus. No caminho para o consultório do doutor, conversem sobre por que irão visitá-lo. Pergunte: “Por que não tentamos ser nossos médicos? Por que um médico profissional é melhor? O que aconteceria se você nunca fosse ao médico?” Enquanto sua filha está sendo atendida, incentive-a a fazer algumas perguntas ao médico: “Por que decidiu ser médico? O que o senhor mais gosta em sua profissão? O que menos gosta? O senhor tem pacientes que não fazem o que lhes prescreve? Por que não fazem? O que acontece com eles?” Na volta para casa, conversem sobre a visita ao médico. Pergunte: “O médico deixou você desconfortável em algum momento? Fez algo doloroso? Por que você obedeceu ao médico em tudo o que ele mandou fazer? De que maneira Deus age como um médico? Em algum momento ele pede que façamos coisas vergonhosas ou dolorosas? Ele sempre cura sua dor? Você pode pensar em um exemplo de dor física que seja para algo bom? O que você pode dizer sobre a dor emocional, a rejeição, a angústia, o fracasso? Por que Deus permite que soframos?” Termine a conversa perguntando a ela se consegue se lembrar de algo que esteja pedindo a Deus, o Médico, para que seja mais saudável. “Ele está lhe ensinando alguma lição neste momento? Você está passando por alguma provação ou dor emocional que Deus usa para fortalecê-la? Como essa experiência poderia melhorar? O que você poderia fazer neste momento para aprender com essa dor?”

Outras perspectivas Reúnam-se com alguém que tenha sido curado Conversem com alguém que tenha passado por um grande trauma emocional ou físico, como vício, divórcio, um machucado grave ou uma doença com grande duração. Pergunte a essa pessoa sobre a função de Deus no

processo de cura. Ela duvidou do amor, das intenções ou da existência de Deus? De que maneira sua vida melhorou?

Conselho sobre as provações Leiam juntos Tiago 1:2-12 e tentem descobrir o que Tiago dizia sobre os benefícios das provações. É realmente possível considerá-las como algo bom? Qual é a recompensa por suportá-las?

Autorretratos de Deus Senhor meu Deus, a ti clamei por socorro, e tu me curaste. — Salmos 30:2

Entregue uma mensagem Vejam, eu enviarei o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. E então, de repente, o Senhor que vocês buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança, aquele que vocês desejam, virá. — Malaquias 3:1

igamos que você precisa enviar uma mensagem importante para alguém que vive do outro lado do planeta. Como se comunicaria com essa pessoa? Você não pode ligar, pois a pessoa não tem telefone. Poderia enviar uma carta, mas o correio demoraria meses para entregá-la naquela região tão distante, ou ela poderia se perder. Você poderia tentar um e-mail ou telegrama, mas é impessoal e não há nada que comprove que você mesmo enviou. Se a mensagem for realmente importante, só há uma maneira de enviá-la: entregando pessoalmente.

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Foi o que Deus fez ao enviar a todos nós Jesus, o Mensageiro. Esta foi a mensagem que Jesus entregou:

Meu querido filho: Eu o amo. Quero que você more comigo para sempre. Espero ter notícias suas em breve!

Com todo o meu amor, Deus.

É óbvio que estou parafraseando a mensagem de Deus. A verdadeira mensagem foi muito mais longa e Jesus disse muitas coisas maravilhosas (e outras perturbadoras). Mas a mensagem era suficientemente importante para que o próprio Deus a entregasse. Ele sabia que “dar uma ligadinha” seria uma excelente alternativa, mas não podia satisfazer-se com essa alternativa, por melhor que pudesse parecer. Tinha de ser verdadeiramente a melhor maneira, e isso implicava o contato face a face.

A entrega Faça com que sua filha entenda a descrição do Mensageiro Jesus deixando que ele assuma o papel de mensageiro. Diga a ela que deve preparar uma mensagem surpresa para entregar a um de seus pais ou a um familiar enquanto a pessoa estiver no trabalho. Por exemplo, ajude-a a fazer biscoitos e ensaiem uma mensagem de aniversário para seu pai. Certifique-se de que ele esteja trabalhando quando chegarem com a mensagem. Diga para ela entregar a mensagem pessoalmente. Poderia ser algo como: “Queria desejar um feliz aniversário pessoalmente. A mensagem era muito importante para dizer por telefone.” Na volta para casa, pergunte o que ela achou: “O papai se surpreendeu? Você acha que ele gostou da mensagem? Você acha que ele sempre vai se lembrar desse dia?” Em seguida, conversem sobre Jesus, o Mensageiro: “Por que Jesus veio à Terra? Deus não poderia ter gritado lá do céu? Por que é mais importante que Deus entregue sua mensagem pessoalmente? Qual foi sua mensagem?”

Leia uma história de amor Nunca adore nenhum outro deus, porque o Senhor, cujo nome é Zeloso, é de fato Deus zeloso. — Êxodo 34:14

livro de Oseias trata de uma história de amor. À primeira vista, algumas pessoas podem pensar que se trata apenas de um homem chamado Oseias, uma jovem chamada Gômer e dos filhos que eles tiveram: Jezreel, Lo-Ruama e Lo-Ami. (Imagine o primeiro dia deles na escola!) Ao ler o livro, porém, nos surpreendemos com uma história de amor de alguém chamado Deus, uma jovem chamada Israel e os filhos que ela teve: pecado, rebelião e infidelidade.

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Deus é como um namorado ciumento. Detesta quando o deixamos de lado para buscar outros amores; afinal, ele jurou ser o nosso noivo: não fez promessas secretas a nenhum outro ser vivo. Como nosso noivo, decidiu cumprir seus sonhos por nosso intermédio. Se somos fiéis a ele, devemos viver nossos sonhos por meio dele.

Leia sobre o amor Leia junto com seu filho os primeiros três capítulos de Oseias. Realmente,

não se parece com um romance de amor moderno. Por um lado está muito bem escrito, mas por outro é muito mais curto. Quando terminarem a leitura, comentem sobre a primeira história de amor: Oseias e Gômer. “Por que Oseias sentia tantos ciúmes? O que ele fez a respeito? Por que Gômer abandonou Oseias para amar outros homens? Você acha que ela se sentiu mal? Ela pensou em como isso poderia ferir Oseias? O que fez com que Oseias aceitasse Gômer novamente?” Conversem acerca da segunda história de amor: Deus e Israel. “Por que Deus tinha tantos ciúmes? O que ele fez a respeito? Por que Israel abandonou Deus? O que fez com que Deus aceitasse Israel novamente?” Agora, comentem acerca do amor zeloso de Deus por nós. “O que você poderia fazer para provocar ciúmes em Deus? Por que ele teria ciúmes? Como você se sente ao saber que Deus o ama tanto que não pode suportar quando você não lhe dá o primeiro lugar?”

Autorretratos de Deus Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam. — Êxodo 20:5 Pois o Senhor, o seu Deus, é Deus zeloso; é fogo consumidor. — Deuteronômio 4:24

Brinque com argila Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos. — Isaías 64:8

ocê já viu alguma vez um oleiro trabalhando? É difícil decidir o que é mais bonito: se o vaso que se forma a partir do monte de argila ou a dança realizada pelas mãos do oleiro ao criá-lo. O oleiro faz com que tudo pareça fácil, mas fazer um jarro de barro, por exemplo, é um trabalho árduo e delicado. Para fazer um jarro, tudo deve estar perfeito: a consistência da argila, a umidade das mãos, a velocidade da roda, a espessura do jarro. Se algo der errado, o jarro pode se desfazer em suas mãos.

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Mesmo após fazer um lindo jarro de barro, qualquer borbulha de ar escondida na argila pode explodir enquanto é esquentada, destruindo a obra do artesão e tudo o que estiver no forno. Se a obra passar na prova da roda do oleiro e do forno, ainda assim será tão delicada que poderá despedaçar-se ao cair ou ser maltratada. Deus é como um oleiro. Trabalha muito e arduamente para nos moldar em formas delicadas e complexas. Ele nos molda cuidadosamente como lindos e úteis vasos. Ao terminar de nos formar, nossa vida é tão frágil como um jarro

de barro.

Brincando com argila Compre argila em uma loja de materiais para artesanato. Tente conseguir o tipo de argila que endurece sem necessidade de ir ao forno. Não se preocupe em usar uma roda de oleiro para esta atividade; elas são difíceis de utilizar e aprender a usá-las poderá trazer frustração. Em vez disso, faça canecas ou outros objetos pequenos com suas mãos. Enquanto você e seu filho trabalham, aproveitem para conversar sobre Deus, o Oleiro.

Autorretratos de Deus Vocês viram as coisas de cabeça para baixo! Como se fosse possível imaginar que o oleiro é igual ao barro! Acaso o objeto formado pode dizer àquele que o formou: “Ele não me fez”? E o vaso poderá dizer do oleiro: “Ele nada sabe”? — Isaías 29:16 O oleiro não tem direito de fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso desonroso? — Romanos 9:21

Escute em silêncio Antes de clamarem, eu responderei; ainda não estarão falando, e eu os ouvirei. — Isaías 65:24

lguma vez você estava falando pelo telefone por um tempo e, em meio ao que estava contando, percebeu que ficou mais de um minuto sem ouvir um “é mesmo” ou “sei” da pessoa do outro lado da linha? Você começa a se questionar se alguém está escutando. Talvez a outra pessoa tenha deixado o telefone de lado para ligar a televisão ou preparar uma salada de atum. Ou, talvez, ainda esteja ali, mas não “presente”: pode estar aproveitando para abrir suas correspondências, lixando as unhas ou desenhando um bigode em uma foto de um catálogo qualquer.

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Alguma vez você estava falando com Deus e perguntando-se a mesma coisa? Talvez ele já esteja cansado de escutar seus problemas e pedidos. Ou está entediado. Talvez haja muitas pessoas falando com ele ao mesmo tempo e ele se arrepende de ter criado um mundo redondo, pois sempre será tempo de orar em algum lugar do planeta. É obvio que essa é uma suposição boba, mas aponta para algo importante: Quando você derrama seu coração diante de Deus, ele realmente o escuta? Se a Bíblia está certa, a resposta é afirmativa. Deus conhece a frustração de falar com alguém que não escuta, pois nós fazemos isso com ele todos os

dias. Por isso, ele promete repetidas vezes nos escutar sempre que nós o chamarmos. E algumas vezes, quando nós ficamos calados por muito tempo, o Deus Ouvinte transforma-se no Deus da Voz.

Escutar em silêncio Apresente ao seu filho a descrição de Deus, o Ouvinte, ensinando-o a escutar enquanto está calado. Desligue o telefone, as televisões e os rádios, assim como outros objetos que possam fazer barulho, e sentem-se juntos por um minuto. Anote os sons que ele ainda escuta: o barulho da geladeira, das paredes da casa, sua respiração, o som da porta do vizinho, um grito distante, um avião que passou sobrevoando. Logo, conversem sobre as coisas que ele escutou. Houve ruídos que nunca antes ele havia percebido? Escutou sons desconhecidos? Sentiu-se como um bobo ao sentar-se sem fazer nada? Sentiu incômodo? Conversem sobre Deus, o Ouvinte. Pergunte: “Deus escutou todos esses sons? Ele escuta todos os sons do mundo? Ele pode escutar dois sons ou vozes ao mesmo tempo? Quantas pessoas ele pode escutar ao mesmo tempo? Quando oramos, Deus escuta nossas orações ou somente as mais importantes? Como você sabe que ele o escuta? Ele responde? Como você escuta Deus?”

Outras perspectivas Momentos de silêncio Outros ambientes também são excelentes para os momentos de silêncio: um parque, um bosque, uma praia, a beira de um riacho. Mantenha-se em silêncio em diferentes momentos do dia: ao amanhecer, ao entardecer, quando for agradecer por um alimento.

Escute com os olhos Prepare uma refeição familiar. No momento em que se sentar à mesa, fique em silêncio. Use gestos para comunicar-se e observe para escutar.

Autorretratos de Deus Pois, que grande nação tem um Deus tão próximo como o Senhor, o nosso Deus, sempre que o invocamos? — Deuteronômio 4:7 Tu, Senhor, ouves a súplica dos necessitados; tu os reanimas e atendes ao seu clamor. — Salmo 10:17 Os olhos do Senhor voltam-se para os justos e os seus ouvidos estão atentos ao seu grito de socorro. — Salmo 34:15

Organize um evento para fazer pão Eu sou o pão da vida. — João 6:48

inda me lembro do meu lanche preferido quando saía da escola e chegava em casa para assistir à tevê. Não eram biscoitos de baunilha, nem biscoitinhos salgados. Era pão branco. Eu pegava uma fatia de pão, retirava as rebarbas e enrolava o que sobrava como uma bolinha de farinha branca. Colocava na boca e deixava que se dissolvesse, sem mastigar, até aparecer o próximo comercial na tevê. Mas se o programa fosse de suspense, podia comer meia dúzia de fatias de pão antes do final. Podia comer todo o pacote dessa maneira, mas nunca tive a oportunidade: meus irmãos também desfrutavam o mesmo passatempo, então todos nós ficávamos sem pão antes de estarmos satisfeitos.

A

De alguma forma eu consegui superar meu desejo por pão branco, mas outros caprichos ocuparam seu lugar, como os carros novos, as novidades eletrônicas, as férias tropicais, a contínua aprovação dos outros. E ainda me sinto como se ficasse sem pão antes de estar satisfeito. Em nosso interior, todos nós temos fome e nada nesta terra parece satisfazê-la. Mas isso não durará para sempre. Assim como Deus nos deu a fome física para nos lembrarmos de que devemos comer para sobreviver, ele

nos dá fome espiritual, para nos dizer que precisamos dele para viver de verdade.

Organize uma reunião para fazer pão Passe uma tarde na cozinha. Se tiver os equipamentos necessários, faça vários pães grandes e dê alguns de presente aos seus amigos. Enquanto o pão fica pronto, sente-se com seu filho e fale acerca da fome: Como sabemos quando temos fome? Por que nossos corpos reagem assim? O que acontece se não comemos quando temos fome? Fale sobre outras coisas pelas quais as pessoas têm desejos. Por exemplo, quando alguém age de modo desagradável, dizemos que está “faminto de atenção”. Seu filho pode pensar sobre outras coisas que as pessoas desejam (amor, álcool, drogas, apostar, dinheiro, roupa nova, carros)? Temos fome de todo o tipo, mas parece que nunca conseguimos ter o suficiente para estarmos satisfeitos. Não seria maravilhoso se existisse algo tão bom que nos enchesse de tal modo que satisfizesse nossos desejos e nos saciasse? Agora, leia o que Jesus diz em João 6:35: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.” Fale sobre o significado desse versículo. Como Deus sacia nossa fome?

Outras perspectivas Ajude os famintos É difícil satisfazer as necessidades espirituais quando se tem grandes necessidades físicas. Faça com que sua família ajude uma criança necessitada por meio de uma organização de desenvolvimento como a Visão Mundial ou a Compassion Internacional. As cartas e o apoio mensal que enviarem a uma criança serão capazes de dar a ela a nutrição física e espiritual de que necessita.

Reparta o pão Em vez de agradecer a Deus antes de uma refeição familiar, pegue um pão

e reparta-o em pedaços para todos, explicando que esse pão é uma lembrança de outro tipo de Pão que nos mantém vivos: Jesus.

Autorretratos de Deus Quando as tuas palavras foram encontradas eu as comi; elas são a minha alegria e o meu júbilo, pois pertenço a ti, Senhor Deus dos Exércitos. — Jeremias 15:16 Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: “Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim.” — Lucas 22:19

Faça um questionário para o seu pai Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. — 1João 3:1

pai de um menino pequeno o levou a uma loja de departamentos, cheia de compradores apressados e barulhentos. Em um dos corredores cheios de gente, o menino assustou-se com a confusão e se esticou para agarrar firmemente a calça do pai. De repente, quando percebeu, o homem que ele abraçou não era seu pai. Era um estranho que tirou rapidamente a perna e se afastou. O menino se assustou ainda mais. Esticou desesperadamente a outra mão, encontrou outra perna e agarrou com toda a sua força. Mas esse homem, em vez de soltá-lo, colocou a mão em sua cabecinha e o acariciou.

O

Não havia dúvidas: a enorme mão, o cheiro de sua loção pós-barba: aquele era seu pai. Ele estivera caminhando ao seu lado durante todo o tempo, mas o menino não sabia onde procurar. Deus, o Pai, caminha sempre ao nosso lado. Como seus filhos, podemos agarrar sua perna. Ele não se afastará.

Questionário para o papai Faça um questionário seguindo as instruções dadas no capítulo 30, “Deus

é como uma mãe”, porém adapte-o para que seja sobre a figura do pai. Talvez seu filho pense em pais que não são bons, alguns dos que batem em seus filhos e gritam muito com eles. Talvez ele conheça crianças que por uma ou outra razão não têm pais. Diga a ele que Deus sabe que algumas crianças têm pais que não podem abraçar, nem subir em suas costas, nem chorar com eles. Por esse motivo, Deus decidiu ser seu pai. Deus é o pai de todos e nós somos seus filhos. • Como qualquer pai, Deus não gosta quando fazemos coisas más e somos egoístas. • Mas como um grande pai, Deus não deixa de nos amar quando fazemos essas coisas. • Como qualquer pai, Deus sente dor quando nós o esquecemos ou desobedecemos a ele. • Mas, como qualquer pai, Deus jamais nos esquece. • Deus é um Pai grandioso e ama seus filhos mais que qualquer outra coisa no mundo.

Outras perspectivas Um pai exemplar Talvez um questionário seja uma tarefa muito complicada para as crianças

menores. Em vez disso, dê ao seu filho uma folha para um cartaz e lápis de cor para que faça desenhos de seu pai atuando em suas atividades favoritas e também naquelas menos agradáveis. Logo, discuta os desenhos e digam ao papai o que representam.

Carta ao querido papai Uma maneira de facilitar a oração é fazer com que a criança escreva um bilhete de agradecimento a Deus, o Pai. A carta pode começar com “Querido Papai”. O restante da carta fica por conta da criança.

Parábola do pai perdoador O herói da história contada em Lucas 15:11-31 não é o filho pródigo, mas o pai. Leiam juntos a parábola e comparem esse pai com Deus.

Ensaie um resgate Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado. — Colossenses 1:13

m paramédico estuda, prepara-se e treina durante muito tempo para realizar determinado trabalho: salvar vidas. Ele salva bebês, pessoas idosas, amigos, estranhos, pessoas bonitas e feias, heróis e criminosos. Esse é o seu trabalho.

U

Esse também é o trabalho de Jesus. Ele não salva simplesmente os ricos nem os bonitos, ou aqueles que vão todos os domingos à igreja. Ele salva qualquer pessoa que clamar por ele.

Treinamento para resgate Para ajudar seu filho a ver Deus como um paramédico, dê a ele a oportunidade de experimentar por si mesmo. Se seu filho já for maior, inscrevam-se em uma aula de primeiros socorros na Cruz Vermelha local. Vocês podem praticar a manobra Heimlich juntos para salvar alguém que estiver engasgado e como realizar respiração artificial. Aprenderá como deter a hemorragia em uma ferida grande, o que não fazer com relação a uma lesão

nas costas ou no pescoço e como agir se uma pessoa for envenenada. A família toda poderá treinar um alarme de incêndio. Talvez uma criança mais velha possa descobrir um modo de ajudar seu irmão mais novo em caso de incêndio. Demonstre como soa o alarme de incêndio ou como se liga para os bombeiros; mostre onde está o extintor (se tiver um) e como se usa; como tocar uma porta antes de abrir e como manter-se agachado para reduzir a inalação de fumaça. Conversem sobre a importância de saber sobre essas coisas. Pergunte: “Se você tivesse a oportunidade de resgatar alguém, faria isso? Por quê? Arriscaria a própria vida para salvar a de outra pessoa? Por que algumas pessoas, como bombeiros e paramédicos, escolhem viver resgatando pessoas?” Peça ao seu filho que compare Deus com um paramédico. Pergunte: “Como Deus salva as pessoas? De que perigo as salva? Por quê? Ele arrisca sua vida em algum momento para salvar alguém? Como Deus se sente quando resgata alguém?”

Outras perspectivas Pergunte a um oficial de resgate por quê Ligue para um Corpo de Bombeiros ou uma empresa de ambulâncias e pergunte se você ou seu filho podem visitar o local para entrevistar um paramédico. Vá ao Corpo de Bombeiros e fale com o paramédico sobre seu trabalho. Pergunte por que ele escolheu essa profissão, do que mais gosta e qual é a pior parte.

Cuide de um animalzinho de estimação Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. — João 10:11

ão tenho nenhum problema em imaginar Deus como um pastor. A parte que me causa problemas é imaginar a mim mesmo como uma ovelha. Não é uma metáfora muito agradável. As ovelhas parecem se preocupar apenas com uma coisa: alimentar-se. Parecem ser bobas, assustamse com facilidade e têm a tendência de procurar problemas. Muito bem, a metáfora é precisa. Pelo menos há algum consolo em saber que tenho de fazer o papel de ovelha, pois Jesus está disposto a fazer o papel de pastor.

N

Cuidar de um animalzinho Você pode não ter um rebanho de ovelhas, mas se tiver um bichinho de estimação, pode usá-lo para que seu filho imagine a figura de Deus, o Pastor. Ajude seu filho a preencher o formulário: “Responsabilidades de um bom dono de animal de estimação”. Ao terminar de preencher o formulário, ajude-o a preencher a segunda parte: “Responsabilidades de Deus, o Pastor”.

Abra um presente Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus. — Efésios 2:8

ocê não pode enganar a Deus. Ele é um presente, não é verdade? Você já imaginou ganhá-lo por meio de uma venda de assinaturas de revista para uma campanha de arrecadação de fundos de sua escola? Você precisa vender dez assinaturas para ganhar um conjunto de lápis e caneta e cinquenta para ganhar um rádio portátil. Nesse caso, quantas seriam necessárias para ganhar o Criador do Universo?

V

Você não pode usar suas milhas de viagens com ele, nem pode ganhá-lo em um bilhete de loteria. Ele não se compra, não se aluga, não há modo de ganhá-lo em sorteios e nem pagar por ele. Deus é um presente: você recebe, abre e agradece.

Abra um presente Compre um presente de que seu filho goste e embrulhe com papel de presente. Coloque um cartão sobre ele com o nome dele, mas não revele quem o enviou.

Entre no quarto com o presente e anuncie que o encontrou na porta. A conversa poderia ser assim: Mãe: Filho: Mãe: Filho: Mãe:

Olha o que eu encontrei na porta. Para quem é? O cartão diz que é para você. Que bom! Me dá. Espera. Talvez seja um presente de aniversário, você não deveria abrir agora, só no dia certo. Filho: Faltam três meses para o meu aniversário! Mãe: Você pode esperar até lá. Filho: Claro que não! Mãe: Bom, talvez seja um presente de Natal. Filho: Não! Não posso esperar o ano inteiro! Me dá, por favor. Mãe: Bom, nem tenho certeza de que seja para você. De repente é para outra pessoa com o mesmo nome. Não seria horrível se você abrisse por engano o presente de outra pessoa? Filho: Mãe, deixa eu abrir! Mãe (sacudindo a caixa): Humm... o que será? Filho: Mãe! Mãe: Eu vou dar, mas antes, deixe eu lhe dizer uma coisa. Eu comprei este presente para você. Não comprei porque é seu aniversário ou Natal, mas somente porque você é meu filho e eu o amo. Você não ganhou por nenhum motivo. Não estou dando como recompensa por suas boas notas, nem porque você limpou seu quarto ou se comportou bem com seu irmãozinho. Acredite ou não, se você não tivesse feito nada disso, ainda assim eu lhe daria este presente.

Entregue o presente à criança e permita que ela o abra. Logo, explique que Deus deu a si mesmo a nós como presente. Algumas pessoas tentam ganhar o amor de Deus. Pensam que se fizerem muitas boas ações, forem semanalmente à igreja ou doarem dinheiro à caridade Deus vai decidir amá-los. Mas Deus não tem preço. Ninguém pode comprá-lo. O amor de Deus é um dom. Não há

nada que se possa fazer, a não ser recebê-lo, abri-lo e agradecer.

Autorretratos de Deus Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. — Romanos 6:23 Graças a Deus por seu dom indescritível! — 2Coríntios 9:15 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes. — Tiago 1:17 Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas. — 1Pedro 4:10

Brinque de escolinha m uma cultura em que os instrutores religiosos têm orgulho de apresentar conferências monótonas, argumentos inúteis e orações intermináveis, Jesus foi um professor renegado. Evitou as mensagens longas e, em vez disso, relatou histórias coloridas e fez muitas perguntas. As pessoas sempre esperavam mais (qual foi a última vez que você quis que a pregação de seu pastor fosse mais longa?). Ele dominava todos os meios de comunicação, usava a visão, o som, o sabor, o tato e o olfato para que uma mensagem fosse inesquecível (como alimentar cinco mil pessoas ou a Última Ceia). Entretanto, o mais importante de tudo foi que ele amou seus aprendizes, e eles sabiam disso.

E

Brinque de escolinha Organize uma sala de aula em casa com você como estudante e seu filho como professor. Peça a ele que prepare uma breve lição para você sobre um assunto que ele conheça bem, algo assim como o uso do dicionário, como dividir números, a geografia de seu estado, o significado de certa passagem bíblica, qualquer coisa que ele possa ensinar com confiança. Enquanto seu filho for o professor, comporte-se como um estudante. Você

poderá fazer muitas perguntas, mas não diga como ensinar nem utilize a ocasião para corrigi-lo se ele comete um erro (mas se ele tentar levar você para a sala do diretor, mande-o diretamente para o quarto!). No final da aula, pergunte o que ele achou de ser professor. Pergunte: “Como você se sentiu? Foi divertido ou frustrante?” Peça para ele identificar as qualidades de um bom e um mau professor. Logo, falem sobre Jesus, o Mestre. Pergunte: “Que tipo de professor Jesus era? Como você sabe? Que métodos de ensino ele utilizou para comunicar sua mensagem? Como tratou seus estudantes?”

Celebre uma coroação Eu sou o Senhor, o Santo de vocês, o Criador de Israel e o seu Rei. — Isaías 43:15

e quando você era criança teve a oportunidade de ter recebido os cuidados de um irmão mais velho, sabe bem o que significa ser governado por um rei ou uma rainha. As regras de uma monarquia são simples:

S

• O rei é dono de todo o reino. • Se ele deixa você possuir algum bem, é um favor e não um direito. • Se o rei ordena que você faça algo e você se recusa, ele pode decapitá-lo.

Essas regras parecem opressivas para nós, que somos criados sobre as promessas de vida, liberdade e busca pela felicidade, mas esses eram os princípios de quase todos os governos do mundo há aproximadamente 200 anos (e ainda são em alguns países). As características de uma monarquia são importantes para compreender como Deus governa o mundo. Deus não é o Presidente dos presidentes, não é o eterno Primeiro-Ministro, nem o Diretor do universo. Ele é Rei, o que significa que: • Deus, o Rei, é o dono de tudo. Ele é o anfitrião, o mestre, o dono. • Deus, o Rei, nos permite usar seus bens em seu lugar. Nós somos seus escravos, seus mordomos, seus servos. E um dia ele nos pedirá contas pelo que fizemos com seus bens. • Se Deus, o Rei, diz que devemos fazer algo e nós nos recusamos a fazê-lo, ele pode nos castigar como súditos rebeldes.

O que faz de Deus um bom Rei é o modo como trata seus súditos. Ele é sábio, generoso, justo, misericordioso, protetor, sempre pronto a escutar, lento para aborrecer-se e seu maior prazer é nos ver felizes. Ele nos ama tanto que nos adotou como seus filhos para que possamos viver em seu palácio para sempre. Louvado seja o Rei!

Rei por uma noite Para que seu filho compreenda como é Deus, o Rei, coroe-o como rei em sua casa por uma noite. Faça uma coroa de papel com seu nome e dê a ele um cabo de vassoura para que use como cetro. Explique que ele será o governante da casa e seus familiares serão os súditos: ele decidirá o que terão para o

jantar, quem preparará, como se divertirão nessa noite e coisas do gênero. (Você poderia explicar que seus irmãos terão sua oportunidade no trono em outras noites, então, se ele for muito malvado, provará do próprio veneno.) Estabeleça uma hora na qual a coroa será retirada e a família voltará a ser “domínio dos pais”. Ao finalizar o reinado de seu filho, conversem sobre como ele se sentiu como rei. Foi divertido? Difícil? Ele foi tentado a tirar vantagem de seus súditos? Quais são as qualidades de um bom súdito? Como um rei pode manter seus súditos felizes? Quais são as diferenças entre um rei bom e um rei malvado? Então, falem sobre Deus. Pergunte: “Como Deus é o Rei do universo? Ele é um bom Rei? De que modo? Como é a sua vida como súdito desse Rei? O que você pode fazer agora para ser um súdito melhor?”

Autorretratos de Deus O Senhor reinará eternamente. — Êxodo 15:18 Pois o Senhor Altíssimo é temível, é o grande Rei sobre toda a terra! Ele subjugou as nações ao nosso poder, os povos colocou debaixo de nossos pés. — Salmos 47:2,3 Ao Rei eterno, ao Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém. — 1Timóteo 1:17

Faça uma escalada Desde os confins da terra eu clamo a ti, com o coração abatido; põe-me a salvo na rocha mais alta do que eu. — Salmos 61:2

m tsunami é uma onda gigantesca formada por um terremoto ou por uma erupção vulcânica. Em lugares como o Havaí, onde os avisos de tsunami são muito comuns, há apenas um lugar seguro para onde ir: para cima. Quando as sirenes soam, os vizinhos e amigos correm para as colinas e para o cume das montanhas que cercam o povoado. Se um tsunami atingir a costa, poderá arrasar tudo o que estiver no nível do mar e ao redor: árvores, casas, inclusive um povoado inteiro.

U

A vida tem seus tsunamis, enchentes, ondas agitadas e furacões. Quando acontecem esses ou outros desastres físicos ou emocionais, é reconfortante saber que o nosso Deus é uma rocha sólida e segura.

Escale uma rocha Procure alguma rocha ou pedra que não apresente perigo de escalada e leve seu filho para escalar com você. Observem a rocha por um tempo à

procura de várias rotas e verificando as fissuras e rachaduras que possa ter. Quando chegarem ao topo, sentem-se juntos e comam algo. Leiam a parábola sobre o homem que construiu sua casa na areia e o que a construiu sobre a rocha (Lucas 6:46-49). Conversem sobre o significado da parábola. Pergunte: “Em que aspectos Deus se parece com uma rocha?”

Autorretratos de Deus O Senhor vive! Bendita seja a minha Rocha! Exaltado seja Deus, a Rocha que me salva! — 2Samuel 22:47 Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro. — Salmos 40:2 A minha salvação e a minha honra de Deus dependem; ele é a minha rocha firme, o meu refúgio. — Salmos 62:7 Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna. — Isaías 26:4

Faça uma confissão Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. — Hebreus 4:15,16

s sacerdotes são mediadores espirituais que se colocam entre o perfeito e puro Deus e os humanos de ouvidos sujos. No Antigo Testamento, os sacerdotes ofereciam os sacrifícios e realizavam rituais em favor do restante do povo. Deus era muito minucioso com os detalhes, por isso esses mediadores tinham de preparar-se de maneira muito cuidadosa e manter-se puros para seus deveres sagrados.

O

Então, chegou Jesus, o mediador ideal. Ele é completamente humano, portanto está qualificado para falar pelos humanos. Mas, por outro lado, ele é completamente divino, de forma que representa o domínio celestial. Ele é, literalmente, o sacerdote perfeito.

Aqui apresento uma rápida descrição de como ocorre esse novo acordo: Quando você peca, vai a Jesus, o Sacerdote, e se confessa (isto é, você admite seu egoísmo, arrepende-se por desobedecê-lo e pede perdão). Como companheiro humano, ele se identifica com sua luta e sofre junto com você. Ele se dirige a Deus, o Pai, dizendo: “conheço esta pessoa e sei o que ela fez. Eu paguei por seu pecado e desejo perdoá-la.” Deus diz: “perdoe.” Então, Jesus diz a você: “seu pecado está pago, você está perdoado.” E você, então, está limpo. No linguajar religioso, Jesus, o Sacerdote, é nosso confessor, intercessor, expiador e perdoador, todos em um. Quando você tem assuntos com Deus, é com Jesus que deve falar.

Confesse Esta é uma atividade que pode ajudar seu filho a entender a função de Jesus, o Sacerdote. Para ela, você precisará de um papel que se queima completamente ao incendiar-se, sem deixar cinzas nem rastros. Você poderá comprá-lo em qualquer loja que venda produtos para mágicos. Tanto você quanto seu filho precisarão desse papel. Vocês escreverão bilhetes de confissão para Jesus: anotem seus pecados e peçam a Jesus que os perdoe. Depois de escrevê-los, dobrem os bilhetes pela metade e coloquemnos em uma vasilha. Explique ao seu filho por que escreveram mensagens para Jesus: porque ele é humano, entende como somos tentados e pode identificarse com nossas lutas. Explique que quando confessamos nossos pecados, ele intercede por nós a Deus, o Pai, que reconhece que Cristo já pagou com seu sacrifício. Então, Jesus apaga o pecado e nos diz que estamos perdoados. Agora, acenda um fósforo e jogue-o dentro da vasilha. O papel, juntamente com os pecados, desaparecerá rapidamente consumido por uma chama brilhante. Reserve um momento para agradecer a Deus por seu perdão. Conversem sobre a experiência: “Você se sente perdoado? Como você tem certeza de que foi perdoado? Você acha que Deus tirou cópia de nossas anotações antes de destruí-las? Por que Deus nos perdoa? Por que falamos com ele por intermédio de Jesus?”

Outras perspectivas Apagar e criar uma conta nova Caso não seja possível encontrar esse papel especial, você poderá utilizar papel comum e queimá-lo em uma chaminé ou dentro da pia. Poderá, ainda, usar um quadro (apague a informação, não queime o quadro!) ou um computador, escrevendo em um arquivo de texto e apagando o documento sem salvá-lo.

Autorretratos de Deus Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. — 1João 1:9

Pratique salvar vidas Das alturas estendeu a mão e me segurou; tirou-me de águas profundas. — 2Samuel 22:17

inha amiga Lanny confecciona e vende camisetas. Ela faz uma com a palavra salva-vidas impressa na frente. Parece muito com a típica camiseta dos salva-vidas, até que as pessoas leem as pequenas letras na parte de cima: Deus é meu…

M

A camiseta não é apenas divertida, mas uma representação precisa de Deus. Para entender como Deus age como nosso salva-vidas, você deve entender quais são as tarefas desses profissionais.

Eles têm deveres. Em primeiro lugar, seu dever é proteger-nos do perigo. Em segundo lugar, salvar-nos caso nos metamos em problemas. O primeiro dever os obriga a colocar enormes letreiros de proibido jogar aqui e gritar: “Não corram!” Se não tivessem dever de nos proteger dos problemas, eles poderiam gritar outras frases, como “Corra o quanto quiser, tenho aqui uma caixa de primeiros socorros para ajudá-lo.” O segundo dever, salvar -nos se nos metemos em problemas, tem a mesma

importância. Seu trabalho é nos resgatar mesmo quando ignoramos seu conselho e jogamos em lugares não permitidos, ou quando escorregamos ao correr. Deus, o Salva-vidas, tem esses mesmos deveres todos os dias. Ele nos guarda de todo o tipo de perigo e nos salva quando estamos com problemas.

Jogue-se na água Leve seu filho e um de seus amigos à praia ou à piscina. Finjam que eles são salva-vidas e que, como primeira responsabilidade, devem identificar qualquer perigo. Façam uma lista das regras para ajudar as pessoas a não se machucarem. No caso de estar em um lugar público, provavelmente haverá uma lista de regras expostas em algum lugar próximo a vocês. Leiam juntos a lista e tentem descobrir a lógica atrás de cada uma dessas regras. Há alguma norma desnecessária? Alguma que deva ser acrescentada? Então, joguem-se na água e, caso conheça algumas técnicas para salvar vidas, mostre ao seu filho. Caso não conheça bem os pontos básicos a ponto de poder ensiná-los, um salva-vidas talvez possa ajudar. Quando todo mundo estiver pronto para descansar, falem acerca de Deus, o Salva-vidas.

Apresento algumas ideias para a discussão: “Como chefe dos salva-vidas do planeta, Deus especificou alguns perigos dos quais temos de nos cuidar? Ele colocou alguma lista em algum lugar? O que aparece nesta lista? Alguma das regras que ele criou é desnecessária?”

Pergunte: “Se você faz algo que sabe que é perigoso (roubar em lojas, patinar em lugares de estacionamento que estão cheios), Deus vai continuar ajudandoo? Se você obedecer a todas as regras, estará seguro? Você pode mencionar alguns exemplos nos quais Deus procura salvar as pessoas de situações que elas não provocaram?”

Continue: “Você se lembra de algum exemplo em sua vida em que Deus, o Salva-vidas, guardou-o de um problema ou salvou você de uma situação ruim? Se ele estivesse sentado em uma torre de salva-vidas neste momento e estivesse a ponto de lhe advertir sobre um perigo atual em sua vida, o que ele diria?”

Outras perspectivas Dê a ele um apito Se você já realizou a atividade anterior, poderá dar a seu filho um apito para lembrar a figura de Deus como seu salva-vidas.

Como um guarda-costas Um guarda-costas é como um salva-vidas terrestre. Seus deveres são proteger e resgatar a pessoa que está protegendo. Pergunte ao seu filho: “De que maneira Deus se parece com um guarda-costas?”

Assistente de salva-vidas Deus pode usar cada um de nós para ajudar a proteger a vida dos que estão ao nosso redor. Peça ao seu filho que explique de que modo serviria como salva-vidas para um amigo em cada uma destas situações: problemas com a família, dificuldades com drogas, problemas com a lei, com pessoas que o perturbam na escola.

Volte no tempo Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. — João 1:14

esus pôde experimentar a humanidade intimamente, como um verdadeiro ser humano vivo: experimentou o riso, o entardecer, as massagens nas costas, o jantar com sobremesa, as conversas pela noite a fora com seus amigos ao redor de uma fogueira, o cheiro do ar depois da chuva.

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Mas Jesus também experimentou as coisas amargas: brotoejas por causa das fraldas, topadas com o dedão do pé, golpes de martelo no polegar, farpas de madeira embaixo da unha, professores chatos, rejeição dos amigos, solidão, ódio, tentação, pessoas malvadas, fome, sede, assassinato. Ele não é uma força distante que não se pode conhecer, nem é tão diferente de nós que não possa se relacionar conosco. Ele comeu, riu, chorou e sangrou como você. Ele esteve no seu lugar e sabe como são as coisas.

Retrospectiva As crianças têm dificuldades para imaginar que seus pais tiveram sua

idade em algum momento. A solução para esse problema: prove. Procure evidências de sua infância em livros de memórias, caixas de lembranças e álbuns de fotografias. Peça a seu filho que viaje com você ao passado. Em vez de concentrar-se no que você fez quando tinha a idade dele, tente descrever como se sentia, o que pensava, como era o mundo nessa época. Por exemplo, se você mostrar a ele uma fotografia de seu time de futebol, descreva como se sentiu mal quando o seu time foi eliminado nas semifinais, como chorou no caminho de volta para casa. Conte a ele sobre seus momentos de vitória, como se sentiu, como mudaram seu modo de ver as coisas. Fale acerca de seus erros, momentos em que esteve zangado ou entristecido. Pergunte ao seu filho se ele já experimentou esses sentimentos em algum momento e quando. O objetivo é inverter o processo da empatia. Geralmente você diz: “Filho, eu sei como você se sente.” Porém, aqui, você deseja que seu filho diga (para si mesmo ou em voz alta): “Papai, eu sei como você se sente.” A empatia e a intimidade se alimentam uma da outra: o entendimento causará proximidade e a proximidade causará compreensão. Agora, fale sobre Jesus. Se ele pudesse nos mostrar seu livro de memórias e seu álbum de fotografias, e nos contasse histórias sobre o que sentiu e o que fez, nós diríamos: “Caramba! Sei como você se sentiu!” Jesus escutaria nossos relatos e diria a mesma coisa. Pergunte ao seu filho: “Quais foram algumas das frustrações que Jesus viveu? Como você acha que ele se sentiu? E o que pode dizer de suas vitórias? Alguma vez você teve um sentimento com o qual Jesus não pudesse se identificar?”

Outras perspectivas A vovó conta tudo Permita que seu filho entreviste seus pais ou irmãos e pergunte como você era quando criança. Eles lhe dirão histórias que você não contaria, mas seu filho o verá de uma maneira muito mais humana ao escutá-las.

Autorretratos de Deus Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas,

mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. — Hebreus 4:15,16

Sirva a outras pessoas Que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. — Filipenses 2:6,7

no após ano, governos e empresas ao redor do mundo desenvolveram modelos de organização com o sistema de “quem manda mais” (rainha, presidente, ditador, rei da cocada preta) para os que dirigem e outros como eles em diversos níveis inferiores.

A

De repente aparece Jesus e tudo vira do avesso: o primeiro será o último, os exaltados serão humilhados e todo tipo de outras ideias descabidas sobre liderança. Jesus, sempre fiel a seu estilo, não subiu em um púlpito para pregar as virtudes da serventia. Ao contrário, ajoelhou-se e lavou os pés das pessoas.

Sirva as outras pessoas Você e seu filho deverão servir um jantar de gala para os demais membros da família. Vistam-se como garçons formais, com calças sociais, camisas brancas e gravatas. Preparem a mesa colocando toalha, velas e sua melhor

louça. Dobrem os guardanapos de maneira diferente, tal como fazem os restaurantes de luxo. E não se esqueça de preparar uma boa comida. Leve seus convidados até a mesa quando chegarem. Coloquem os guardanapos, sirvam água, sirvam a comida e mantenham-se ao seu redor durante o jantar. Após o prato principal, retirem os pratos sujos e sirvam a sobremesa. Caso tenham feito tudo perfeitamente, é possível que ganhem uma boa gorjeta. Em seguida, fale com seu filho sobre como se sentiu servindo as outras pessoas. Posteriormente, falem sobre Deus, o Servo: o que ele fez para nos servir e como mostrou sua serventia.

Outras perspectivas Lavar os pés É difícil imaginar Jesus ajoelhando-se para lavar 24 pés no meio de um jantar! Mas foi isso o que ele fez para ensinar sobre servir, e você poderia tentar fazê-lo para expressar a mesma mensagem. As instruções para lavar os pés estão em João 13:1-13.

Autorretratos de Deus Assentando-se, Jesus chamou os Doze e disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos.” — Marcos 9:35

Sonhem acordados juntos Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração. Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá. — Salmos 37:4,5

lgumas das maiores conquistas da humanidade começaram como sonhos. O que aconteceria se houvesse um caminho diferente para a China? O resultado é os Estados Unidos. O que aconteceria se os humanos pudessem voar? Tente um avião. E se existisse uma vacina para a poliomielite? O Dr. Salk perseguiu esse sonho.

A

Sonhar é um belo presente que nos foi dado por Deus, aquele que sonhou com o universo e o fez realidade. É um dom inapreciável em um mundo imperfeito. Já em um mundo perfeito, o melhor que pode existir é o que há. Não é preciso perguntar e se?, pois é impossível imaginar algo melhor. Embora nosso mundo esteja muito longe de ser perfeito, você pode imaginar um mundo melhor e até considerar a ideia de tentar chegar a esse ponto. Você pode sonhar e perguntar: “E se?” Algumas vezes Deus, o Sonhador, projeta seu sonho no coração do seu povo. Os israelitas sonharam com a “terra prometida” de modo tão maravilhoso que dela fluía leite e mel. Sonharam com um templo de Deus em

Jerusalém. Sonharam com um messias. E Deus cumpriu esses sonhos por meio do seu povo. As boas notícias são que Deus ainda sonha e semeia os seus sonhos em nosso coração. Nosso trabalho é olhar para dentro, a fim de descobrir os sonhos que ele nos deu e que devemos cumprir.

Imagine As crianças pequenas sonham e usam sua imaginação constantemente. Mas, em algum momento em seu caminho para a maturidade, deixam de se perguntar e se?, preocupando-se apenas com o que há. Você pode ajudá-los a conservar esse precioso dom de sonhar. Aqui encontrará algumas “sessões de imaginação” que você e seu filho podem experimentar: • E se você decidisse construir uma casa nova para sua família e já tivesse o dinheiro necessário? Como seria a casa? Teria piscina? Haveria uma fonte em cada quarto? E se houvesse um cipó do seu quarto até a cozinha para o caso de querer assaltar a geladeira à meianoite? No lugar da garagem haveria um teatro? Você entende o que estou dizendo, não é mesmo? Desenhe a casa dos seus sonhos em um papel, e entreviste seus familiares para descobrir como eles gostariam que ela fosse. • E se o conselho escolar pedisse para você desenhar uma nova escola, contratar novos professores, mudar o tamanho das salas e pensar em novos temas de aula? Como seria a nova escola? Quantos alunos haveria por turma? Como seriam os professores? O que aconteceria quando o professor mandasse um aluno para a diretoria? Quais seriam os temas ensinados na escola? •

E se você decidisse construir um parque de diversões no seu bairro? Que atrações haveria? Descreva uma das montanhas-russas. • E se você decidisse curar uma doença? Qual seria? Como você descobriria a cura? Como sua descoberta afetaria a vida de outras pessoas?

Depois da sessão de imaginação, converse com seu filho sobre Deus, o Sonhador. Deus fez algo parecido quando criou o mundo? Ele ainda sonha? Quais são seus sonhos atuais? São apenas sonhos ou ele trabalha para que se tornem realidade? Como Deus realiza seus sonhos? Mencione alguns exemplos de pessoas que sonharam para Deus e cujos sonhos se tornaram realidade: Josué e Jericó, Davi e Golias (Lutar contra Golias? Continue sonhando, Davi!), Daniel na Babilônia, Neemias reconstruindo Jerusalém. “Como você sonha para Deus? Você tem sonhos atuais que também poderiam fazer parte dos sonhos de Deus? Como Deus o ajuda a torná-los realidade?”

Cresça O nome do Senhor é uma torre forte; os justos correm para ela e estão seguros. — Provérbios 18:10

u tinha aproximadamente dez anos quando convenci minha irmã mais velha a me levar junto com seus amigos para passar um dia na praia. Logo que chegamos, entrei na água e caminhei até que estivesse na minha cintura. Quando olhei para cima, vi uma enorme onda que estava a ponto de arrebentar bem na minha frente. Assustado, tentei correr para a areia, mas o mar me puxou e começou a me arrastar por causa da grande onda. Pedi ajuda.

E

Os amigos da minha irmã estavam por perto. Então, Jim se aproximou. Ele era alto como uma torre em seus mais de dois metros de altura, então correu até mim e me tirou por cima da onda no momento em que ela rebentou. Como ela era pequena, vista de cima! Era a mesma onda! A única coisa que havia mudado era a minha perspectiva. Deus é como uma torre: alta, elegante, indestrutível. Sua torre não está inclinada e você não tem de pagar entrada para conhecê-la. A vista lá de cima realmente convence de que seu maior problema é muito menor que Deus.

Uma viagem às alturas Visite uma torre com seu filho. Se você mora perto de uma grande cidade, talvez exista uma área para observação em um dos arranha-céus. Ou simplesmente procure algo elevado que tenha uma vista: um edifício de escritórios, um prédio de apartamentos alto ou um mirante em uma montanha. Conversem sobre como ele se sente ao estar nas alturas. Pergunte: “Você se sente mais forte ou mais poderoso porque está nas alturas? Você tem medo? Por que as pessoas constroem edifícios tão altos? De que maneira Deus se parece com uma torre?”

Autorretratos de Deus Desde os confins da terra eu clamo a ti, com o coração abatido; põe-me a salvo na rocha mais alta do que eu. Pois tu tens sido o meu refúgio, uma torre forte contra o inimigo. — Salmos 61:2,3

Procure uma plantação de uvas Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. — João 15:5

s uvas não crescem na videira, crescem em seus galhos. A própria videira poderia ter mais de 100 anos, mas os galhos se renovam a cada temporada.

A

Deus é como uma videira. O fruto não amadurece de forma direta: ele nutre e cuida para que os galhos produzam frutos. Você é como um dos galhos de Deus. Fique unido a ele, e ele lhe enviará o que precisa para amadurecer o bom fruto. Separe-se de Deus e o fruto morre, você morre e Deus acaba tendo menos frutos, o que não é uma boa ideia. Fique sempre conectado.

Procure uma plantação de uvas Você pode ajudar seu filho a compreender essa descrição botânica de Deus mostrando-lhe uma verdadeira videira. Se não puder encontrar uma plantação de uvas perto de onde moram, procure uma mangueira ou outra árvore frutífera. Explique como a árvore faz com que seus galhos cresçam

para que recebam o fruto. Mostre como ela nutre os galhos para que cresçam suficientemente fortes para suportar o peso do fruto, mas muito flexíveis para resistir ao balanço do vento. Procure um galho que tenha caído da árvore. Pergunte ao seu filho sobre as possibilidades de que esse galho dê frutos. Então, falem a respeito de Deus, a Videira: “Se Deus é a videira, quem são os galhos? Qual é o fruto? Como podemos continuar dando um bom fruto?”

Outras perspectivas Excursão com frutos da videira Prepare uma excursão com um almoço feito com uvas: sanduíches com geleia de uva, uvas-passas, suco de uva, pão de passas. Falem sobre como as uvas crescem e de que maneira Deus se parece com uma videira.

Visite um cemitério Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá. — João 11:25

erta vez, um homem teve um sonho: estava de pé em um quarto escuro quando aparece uma figura e começa a se aproximar. À medida que chega mais perto, ele a reconhece: é a Morte. Não tem rosto, apenas uma toga com um capuz preto, carregando uma foice em sua mão.

C

O medo paralisa o homem e ele não consegue escapar nem gritar por ajuda. Quase não consegue respirar. A Morte para e aponta em sua direção. O homem tem certeza: “Ela veio me buscar.” A Morte levanta a foice, porém, antes de tocá-lo, o corpo de outro homem a bloqueia. Essa pessoa, quem quer que fosse, cai morta no chão. A Morte cobre o rosto do homem com um manto, dá as costas e vai embora. O homem grita: “Aonde você vai? Você veio por mim!” Mas a Morte nem olha para trás e segue seu caminho. O homem se ajoelha ao lado do corpo da pessoa que sofreu o golpe da Morte. Levanta o manto e vê o rosto de um desconhecido. Cobre-o novamente com o manto e, confuso, deixa o corpo. Então, o cadáver se estremece. Logo, se senta, depois levanta, retira o manto do rosto como se fosse uma estátua que estivesse ganhando vida. Mas não é uma estátua, o homem está vivo. Ele rasga o manto pela metade e o atira ao chão. Seu rosto é brilhante e seu sangue

desaparecera. Sua roupa é tão branca que chega a cegar os olhos. Com uma cicatriz no pescoço, ele sorri e vai embora. Você adivinhou, isso não foi um sonho. É uma alegoria do que em realidade ocorreu com você. A Morte veio buscá-lo, quis matá-lo, mas Jesus se colocou no meio e ocupou o seu lugar. Ele morreu em seu lugar. É como se alguém tivesse roubado o ponto final da sua oração para que ela nunca mais termine. Agora você é à prova de morte: o sepulcro não tem poder para deter sua vida e você é livre para viver eternamente…, sem um ponto de interrogação, nem exclamação, e sem um ponto final. Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão? — 1Coríntios 15:55

Uma visita ao cemitério Deus dá a vida eliminando a morte. Para ajudar seu filho a entender como Deus é semelhante à própria vida, visite um cemitério. Caminhem calados entre as tumbas, visitem a de uma pessoa querida que morreu, se desejarem. Depois de alguns minutos, sentem-se em um banco e dê ao seu filho a oportunidade de contar o que pensa. Pergunte: “Você tem medo? Está triste? Por quê?” Expressem seus sentimentos francamente para que ambos se sintam mais confortáveis com relação a esse contexto. Depois, falem sobre a morte em geral: “Por que as pessoas têm de morrer? O que acontece com elas quando morrem? Deixam de existir ou suas mentes continuam de alguma maneira?” Para saber se há vida após a morte, parece que devemos falar com alguém que já esteve lá. Você conhece alguém que tenha conseguido voltar da morte? Por que Jesus sofreu toda essa dor e esse problema? Depois, fale sobre a promessa de Deus para uma vida à prova de morte. “Por que Deus deseja que vivamos para sempre? Como podemos estar seguros de que ele fará o que diz? Por acaso há algo que temos de fazer para cumprir com a nossa parte da promessa?”

Autorretratos de Deus Senhor, tiraste-me da sepultura; prestes a descer à cova, devolveste-me à vida.

— Salmos 30:3 Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida. — João 5:24

Reconheça essa voz A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é majestosa. — Salmos 29:4

gravador portátil foi inventado por volta do ano 1900, muito tarde para gravar a voz de Deus. Se tivéssemos gravado aquele dia no rio Jordão, quando ele disse: “Este é o meu filho”, saberíamos se é realmente tão profunda e retumbante quanto parece nos filmes antigos. (Sem dúvidas, uma gravação provaria que ele nunca falou com sotaque brasileiro e jamais falou português.)

O

Com exceção das reportagens que às vezes aparecem nos jornais sensacionalistas (“Deus falou comigo por meio da minha torradeira, e em holandês!”), nós não ouvimos mais o nosso Deus falar audivelmente com as pessoas. Foi algo raro durante os tempos bíblicos. Deus guarda suas declarações audíveis para ocasiões especiais: o nascimento de sua nação, ditar os Dez Mandamentos, o batismo de seu Filho, e outros eventos. Ele prefere falar com as pessoas de maneiras menos espetaculares, usando profetas, mestres, amigos, familiares, circunstâncias, momentos de meditação e oração para falar ao nosso coração.

Adivinhe quem está falando Para ajudar sua filha a pensar sobre o que implica reconhecer a voz de Deus, mostre quão bem ela conhece a voz de outras pessoas. Usando um gravador portátil, faça uma gravação de dois segundos com dez pessoas que você ache que ela possa reconhecer. Você poderá gravar vozes dos personagens dos programas de televisão e de filmes, do presidente do país em uma conferência de imprensa, de um cantor popular, de comentaristas esportivos, de uma tia ou a voz de uma amiga ao telefone. Quando tiver as dez gravações, você estará pronto para brincar com ela. Diga que o importante será ver quantas pessoas ela é capaz de identificar corretamente (você se surpreenderá!). Falem sobre como é surpreendente que ela possa identificar em dois segundos o dono da voz entre as centenas de vozes que conhece. Pergunte: “Como isso é possível?” Então, conversem sobre a voz de Deus. Pergunte: “Você já ouviu a voz de Deus em algum momento? Como você sabe que era ele? Como Deus fala com você? O que ele diz?”

[1] Um comentário acerca da linguagem utilizada neste livro: talvez você seja um pai ou uma mãe que está utilizando estas ideias com seu filho ou filha. Portanto, em vez de criar frases entediantes como: “No início, o pai ou a mãe não deve expressar sua opinião para que o menino ou a menina se sinta livre para expressar a sua”, faço referências a um sexo ou a outro. Algumas ideias estão escritas fazendo referência a meninos e outras a meninas. De qualquer modo, as ideias servem tanto para um quanto para outro. [2]Ao contrário do que nossas mães sempre nos disseram, nós não nos resfriamos quando nos molhamos. Os problemas vêm quando ficamos molhados durante muito tempo e o corpo, exausto, tenta conservar o calor, reduzindo assim as defesas do corpo.
Comece hoje a ensinar ao seu filho so bre Deus - Todd Temple

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