Aula 04-Regência (verbal e nominal); crase

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Aula 04 Português p/ EBSERH - 2016 (Todos os Cargos) Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror

Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4

Aula 4: Regência (nominal e verbal), crase. SUMÁRIO

PÁGINA

1. Regência nominal

1

2. Regência de verbos importantes

2

3. Regência com pronomes relativos

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4. Crase

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5. O que devo tomar nota como mais importante?

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6. Lista de questões para revisão

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9. Gabarito

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Olá! Espero que seu estudo esteja rendendo bastante e que vocês continuem muito motivados!!!! A banca AOCP praticamente não cobra o assunto regência verbal e nominal. Mas é importante lermos o material e praticarmos com questões de outras bancas, de forma que a AOCP não nos surpreenda se porventura voltar a cobrar questões de regência, ok?! Você verá que a banca cobra mesmo é a crase! Vamos à primeira parte de nossa aula: regência. Vimos na aula de sintaxe da oração que regência é o mesmo que transitividade, lembra?!!! Nesta aula, trabalharemos a regência (transitividade) e a crase. Comecemos pela Regência Nominal. Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir complementação precedida de preposição. Esse termo preposicionado ocupa a função sintática de complemento nominal. Veja alguns: acostumado a, com afável com, para afeiçoado a, por aflito com, por alheio a, de ambicioso de amizade a, por, com amor a, por ansioso de, para, por Prof. Décio Terror

curioso de, por desgostoso com, de desprezo a, de, por devoção a, por, para, com devoto a, de dúvida em, sobre, acerca de empenho de, em, por falta a, com, para imbuído de, em

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 apaixonado de, por apto a, para atencioso com, para aversão a, por ávido de, por conforme a constante de, em constituído com, de, por contemporâneo a, de contente com, de, em, por cruel com, para

imune a, de inclinação a, para, por incompatível com junto a, de preferível a propenso a, para próximo a, de respeito a, com, de, por, para situado a, em, entre último a, de, em único a, em, entre, sobre

Agora os verbos... Regência de verbos importantes Agradar Transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”. Ela agradou o filho. Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”. O assunto não agradou ao homem. Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com a preposição a. Satisfiz as exigências. ou Satisfiz às exigências. Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar, visitar: transitivos diretos. Estimo o colega. Adoro meu filho. Aspirar Transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”. Aspiramos o ar frio da manhã. Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”. Ele aspira ao cargo. Assistir É Transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”. O médico assistiu o paciente. Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste mesmo sentido: O médico assistiu ao paciente. Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”. Meu filho assistiu ao jogo. Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”. Esse direito assiste ao réu. Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”. Seu tio assistia em um sítio. Neste sentido, admite o advérbio “onde”: Este é o local onde assisto (onde moro). Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar São normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções. Avisei o gerente do problema. Avisei-o do problema. Avisei ao gerente o problema. Avisei-lhe o problema. Avisei o gerente de que havia um problema. Avisei ao gerente que havia um problema. Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas.

Atender: Transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar atenção a, receber alguém, seguir, acatar: Não costuma atender os meus conselhos. O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam. Não atendeu a observação que lhe fizeram. Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a: Os bombeiros atenderam a muitos chamados. O médico atendeu aos afogados na praia. Chegar: Intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”. Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Devese evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é admitida na norma culta. Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza. Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não admitindo apenas “onde”. Transitivo indireto, quando transmite valor de limite: Seu estudo chegou ao extremo do entendimento. Chamar Transitivo direto com o sentido de “convocar”. Chamei-o aqui. Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”, “apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto), introduzido ou não pela preposição de. Chamei-o louco. Chamei-o de louco. Chamei-lhe louco. Chamei-lhe de louco. A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto; nos dois últimos, predicativo do objeto indireto. Custar Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Intransitivo, quando indica preço, valor. Os óculos custaram oitocentos reais. Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais. Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”; com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo, sendo a oração deste o sujeito do verbo custar. Custou ao aluno entender a explicação do professor. A expressão “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao aluno” é o objeto indireto. Esquecer, lembrar, recordar: Transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos) Ele esqueceu o livro. Lembrou a situação. Recordou o fato. Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de. Ele se esqueceu do livro. Lembrou-se da situação. Recordou-se do fato. No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo "esquecer" não ser uma pessoa, mas uma coisa: Esqueceram-me as palavras de elogio. Esqueceu-se verificar o número da placa. Essa mesma regência vale para "lembrar", isto é, há na língua o registro de frases como "Não me lembrou esperá-la", em que "lembrar" significa "vir à lembrança". O sujeito de "lembrou" é "esperá-la", ou seja, esse fato (o ato de esperá-la) não me veio à lembrança. Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e indiretos. Lembrei ao aluno o dia do teste. Implicar Transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”. Seu estudo implicará aprovação. Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”. Implicaram o servidor no processo. Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar antipatia”, “perturbar”. Sempre implicava com o vizinho. Morar, residir, situar-se, estabelecer-se Pedem adjuntos adverbiais com a preposição em, e não a. Morava na Rua Onofre da Silva.

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto é: onde moro. Namorar: transitivo direto. Ela namorou aquele artista. Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a. Obedeço ao comando. Não desobedeçamos à lei. Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a (mais raramente, para) Pediu ao dirigente uma solução. Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou sinônimos), clara ou oculta. Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para) Perdoar e pagar Transitivos diretos, se o complemento é coisa. Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa. Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado. Pode aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e indireto. O Brasil pagou a dívida ao FMI. O FMI perdoará a dívida aos países pobres. Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e inseríssemos a preposição de, o verbo passa a ser apenas transitivo direto e o termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que caracteriza o núcleo deste termo. Veja: O FMI perdoará a dívida dos países pobres. VTD

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OD

Preferir Transitivo direto: Prefiro biscoitos. Transitivo direto e indireto, com a preposição a. Prefiro vinho a leite. Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de intensidade, nem do que ou que. Assim, está errada a construção como “Prefiro mais vinho do que leite”. Presidir: transitivo direto ou indireto: O chefe presidiu a cerimônia.

O chefe presidiu à cerimônia.

Proceder Intransitivo, com o sentido de “agir”: Ele procedeu bem.

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Intransitivo, com o sentido de “justificar-se”: Isso não procede. Intransitivo, com o sentido de “vir”, “originar-se”; pede a preposição de. A balsa procedia de Belém. Neste sentido admite o advérbio “donde” ou a locução “de onde”: Venho de onde ficou minha infância. (=donde) Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “realizar”, “dar andamento”. Ele procedeu ao inquérito.

Querer Transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor de". Ele quer a verdade. Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma coisa". É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é exigida a preposição a. A mãe quer muito ao filho. (...quer bem ao filho) Referir-se: Transitivo indireto, com a preposição a: O palestrante referiu-se ao problema. Transitivo direto, no sentido narrar, contar: Ele referiu o ocorrido. Responder Transitivo direto, em relação à própria resposta dada. Responderam que estavam bem. Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta. Respondi ao telegrama. Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto: Respondemos aos parentes que iríamos. Simpatizar e antipatizar: transitivo indireto, regendo preposição com sem pronome oblíquo. Simpatizo com Madalena. A construção “Simpatizo-me com Madalena” está errada”, pois não pode haver pronome oblíquo átono. Visar Transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”. Ela visou as folhas. Transitivo direto quando significa “mirar”. Visavam um ponto na parede. Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”, “almejar”. Visava à felicidade de todos. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Aqui não é aceito o pronome "lhe" como complemento, empregando-se, assim, as formas "a ele" e "a ela". Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de “pretender, almejar” como verbo transitivo direto, quando logo após houver um verbo no infinitivo. “O programa visa facilitar o acesso ao ensino gratuito.” Observações importantes: a) Alguns verbos transitivos indiretos, mesmo pedindo a preposição a, não admitem o pronome lhe como objeto. Veja alguns importantes. Assistiu ao filme. Aspiro à promoção. Visava ao concurso. Aludi ao preconceito. Anuiu ao pedido. Procedeu ao inquérito. Presidimos à reunião.

Assistiu-lhe. (errado) Aspiro-lhe. (errado) Visava-lhe. (errado) Aludi-lhe. (errado) Anuiu-lhe. (errado) Procedeu-lhe. (errado) Presidimos-lhe. (errado)

Assistiu a ele. (certo) Aspiro a ela. (certo) Visava a ele. (certo) Aludi a ele. (certo) Anuiu a ele. (certo) Procedeu a ele. (certo) Presidimos a ela. (certo)

b) Quando o complemento verbal é o mesmo para dois ou mais verbos, estes devem possuir a mesma regência verbal. Assim, construções como “Fui e voltei de Salvador” transmite erro gramatical. A regência do verbo “Fui” exige a preposição “a”, e a do verbo “voltei” exige preposição “de”. Portanto, deveremos corrigir para: “Fui a Salvador e voltei de lá” Veja outros casos: Gostei e comprei o carro. Gostei do carro e o comprei. Conheci e não simpatizei com Carlos. Conheci Carlos e não simpatizei com ele. Construção viciosa

Construção gramaticalmente correta

Questão 1: EBSERH/MEAC-UFC 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) “Entre as pesquisas que apontam para efeitos positivos do consumo do chocolate, as mais numerosas são, de longe, aquelas que associam o alimento a benefícios ao coração.”. Assinale a alternativa em que o verbo destacado apresenta, na oração a que pertence, a mesma regência do verbo associar no período acima. (A) Foi ao cinema quando entardeceu. (B) Crianças carentes precisam de atenção redobrada. (C) Lavou o carro logo de manhã. (D) Abandonou o emprego, pois estava insatisfeito. (E) Entregamos os vasilhames ao repositor. Comentário: O verbo “associam” é transitivo direto e indireto, o termo “o alimento” é o objeto direto e “a benefícios” é o objeto indireto. Para evitar que você fique na dúvida quanto à função sintática de “ao coração”, tal termo é o Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 complemento nominal, e não interfere na regência do verbo. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, a que apresente verbo transitivo direto e indireto. Na alternativa (A), o verbo “Foi” é intransitivo e “ao cinema” é o adjunto adverbial de lugar. Na alternativa (B), o verbo “precisam” é transitivo indireto e “de atenção redobrada” é o objeto indireto. Na alternativa (C), o verbo “Lavou” é transitivo direto e o termo “o carro” é o objeto direto. Na alternativa (D), o verbo “Abandonou” é transitivo direto e o termo “o emprego” é o objeto direto. A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “Entregamos” é transitivo direto e indireto, o termo “os vasilhames” é o objeto direto e “ao repositor” é o objeto indireto. Gabarito: E Pessoal, inseri questões de outras bancas apenas para não deixarmos de praticar e estarmos preparados se a AOCP quiser nos surpreender na prova. Questão 2: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV) Deixar recipientes com água no chão Nunca deixe as garrafas e galões usados para armazenar água no chão, local por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da casa. Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível contaminação da água. “Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível contaminação da água”. Nesse segmento, uma substituição que está de acordo com a norma culta da língua é (A) prefira / prefere. (B) em cima / encima. (C) do que / a. (D) ao chão / do chão. (E) da água / com água. Comentário: A alternativa (A) está errada, pois cabe o verbo no imperativo afirmativo “prefira”, o qual transmite um conselho. Não cabe um verbo no presente do indicativo (“prefere”), o qual transmitiria apenas uma afirmação. A alternativa (B) está errada, pois não existe um suposto advérbio “encima”. A alternativa (C) está correta, pois o verbo “prefere” é transitivo direto e indireto. O seu objeto indireto deve ser precedido da preposição “a”. A forma como se encontra no texto está errada. Não cabe a expressão comparativa “do que” diante do verbo “preferir”. A alternativa (D) também está correta, pois o adjetivo “próximo” admite a regência nominal com a preposição “a” ou com a preposição “de” (próximo Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 “a” ou “de”). A alternativa (E) está errada, pois “da água” tem valor paciente. Assim, é o complemento nominal de “contaminação”: evitar que a água seja contaminada. Assim, cabe apenas a preposição “de”. A preposição “com” significaria o meio utilizado para contaminar algo. Assim, haveria mudança brusca do sentido. E agora? Duas alternativas estão corretas. O que fazer? A intenção da questão é corrigir o que está errado no texto. A banca vacilou no pedido da questão. Ela queria a alternativa que corrigisse o texto. Isso ocorre na alternativa (C), como afirmado anteriormente. Gabarito: C Questão 3: TJ BA 2015 – Analista Judiciário (banca FGV) O segmento do texto em que a preposição DE é empregada em razão da exigência de algum termo anterior é: (A) “O cigarro é um dos produtos DE consumo mais vendidos no mundo”; (B) “Comanda legiões DE compradores leais”; (C) “os fabricantes orgulham-se DE ter lucros impressionantes”; (D) “a vida DOS fumantes americanos é reduzida”; (E) “cinco milhões DE anos”. Comentário: A preposição que é exigida por termo anterior caracteriza a regência. A regência verbal ocorre quando um verbo rege uma preposição. A regência nominal ocorre quando um nome rege uma preposição. Na alternativa (A), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto adnominal. Assim, o termo preposicionado “DE consumo” não é resultado de uma regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo “produtos”. Na alternativa (B), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto adnominal. Assim, o termo preposicionado “DE compradores leais” não é resultado de uma regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo “legiões”. A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “orgulham” é transitivo direto e indireto, o pronome “se” é o objeto direto e “DE ter lucros impressionantes” é a oração subordinada substantiva objetiva indireta, a qual é precedida da preposição “de”, que foi exigida por esse verbo. Na alternativa (D), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto adnominal. Assim, o termo preposicionado “DOS fumantes americanos” não é resultado de uma regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo “vida”. Na alternativa (E), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto adnominal. Assim, o termo preposicionado “DE anos” não é resultado de uma regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo “milhões”. Gabarito: C Questão 4: Conder 2013 – Administrador (banca FGV) A norma culta é respeitada nas frases a seguir, à exceção de uma. Assinale a. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 (A) “Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina”. (B) “Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha”. (C) “Outra coisa: ele é mais inteligente que você”. (D) “Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe”. (E) “Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele”. Comentário: O problema de regência se encontra na alternativa (A), pois o verbo “chegar” rege a preposição “a”, e não “em”. Assim, a construção correta é: “Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei a casa e bati na minha máquina”. Você verá adiante que a palavra “casa”, sem nenhuma caracterização, não admite crase. Além disso, a expressão “bati na maquina” transmite a ideia de dar pancadas, golpes em alguma coisa ou alguém. Essa interpretação tem coerência na frase. As demais frases não apresentam dificuldades na regência e estão corretas. Gabarito: A Questão 5: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV) Assinale a frase em que a preposição a (à) não corresponde a uma necessidade de regência de um termo anterior. (A) respeito às faixas de pedestre. (B) reclamações à parte. (C) obedecer a regras básicas de trânsito. (D) persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. (E) associadas à promulgação do novo CBT. Comentário: A questão cobra se a preposição “a” é exigida pela regência do nome ou verbo anterior, ou se ela inicia uma expressão adverbial. Na alternativa (A), a preposição “a” foi exigida pelo substantivo “respeito”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo anterior. A alternativa (B) é a correta, pois não há termo anterior que exija a preposição “a”. Ela é empregada na oração por iniciar o adjunto adverbial “à parte”. Na alternativa (C), a preposição “a” foi exigida pelo verbo transitivo indireto “obedecer”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo anterior. Na alternativa (D), a preposição “a” foi exigida pelo verbo transitivo direto e indireto “persuadir”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo anterior. Na alternativa (E), a preposição “a” foi exigida pelo adjetivo “associadas”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo anterior. Gabarito: B Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Questão 6: Pol Civil MA 2012 – Auxiliar de Perícia Médica Legal (banca FGV) “Sem conseguir entrar no mercado de trabalho”. Assinale a alternativa na qual a mudança de verbo produz um erro de regência (uso equivocado de preposição). (A) Sem conseguir participar do mercado de trabalho. (B) Sem conseguir aspirar ao mercado de trabalho. (C) Sem conseguir investir no mercado de trabalho. (D) Sem conseguir visualizar o mercado de trabalho. (E) Sem conseguir entregar-se o mercado de trabalho. Comentário: A alternativa (E) é a errada, pois “entregar-se” rege a preposição “em”. Veja a correção: Sem conseguir entregar-se no mercado de trabalho. Gabarito: E Questão 7: Prefeitura Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan) Como na moral dessa narrativa, “Nos momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela”, o verbo “apelar” permite outros empregos. Identifique a opção em que a regência desse verbo está equivocada. a) Apelou, aflitivamente, a quem passava, mas ninguém quis saber. b) Logo no dia seguinte, apelou da decisão do tribunal. c) O procurador ligou, apelando pelo caso do pai. d) O padre apelou os crentes para se manterem fiéis à doutrina. Comentário: Verifiquemos algumas transitividades do verbo “apelar”: podese apelar para alguém ou a alguém, como ocorreu no pedido da questão e na alternativa (A), respectivamente: “Nos momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela” “Apelou, aflitivamente, a quem passava”. Pode-se apelar de alguma coisa, como se observa em “apelou da decisão do tribunal”. Pode-se apelar por algo, como se observa em “apelando pelo caso do pai”. Mas não cabe apelar alguém, mas a alguém. Assim, a frase da alternativa (D) deve ser corrigida para: “O padre apelou aos crentes para se manterem fiéis à doutrina”. Gabarito: D Questão 8: BNDES 2013 Administrador (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir a mudança é impossível. Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, mas apenas aquelas que de algum modo atendem a suas necessidades e a fazem avançar. No Texto, o verbo atender ( . 4) exige a presença de uma preposição para introduzir o termo regido. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Essa mesma exigência ocorre na forma verbal destacada em: (A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis.” (B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução.” (C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança é inerente à realidade tanto material quanto espiritual,” (D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir a mudança é impossível.” (E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, ” Comentário: Esta é uma questão simples, porque basicamente nos leva a observar que o verbo “atenda”, na linha 4, é seguido da preposição “a”, a qual inicia o termo regido “a suas necessidades”. Bom, nós temos apenas que achar um verbo em negrito nas alternativas que também seja seguido da preposição “a”. A alternativa (A) é a correta, pois “tendem” é verbo transitivo indireto e exigiu a preposição “a”, que inicia o termo regido “a aceitar algumas afirmações”. As demais alternativas possuem verbos transitivos diretos e os termos subsequentes não são iniciados pela preposição “a”, mas pelo artigo definido feminino “a” (ou “as”). Não se pode confundir a preposição “a” (palavra que não se flexiona) com o artigo definido feminino “a” (palavra que se flexiona). Para ficar mais fácil compreender, vou flexionar no plural os artigos que estão no singular e deixar em destaque os artigos que já se encontram no plural. Confirme: “Introduziram-se as ideias.” “reafirmam a indiscutível tese” ou “reafirmam as indiscutíveis teses” “impedir a mudança” ou “impedir as mudanças” “aceitar as mudanças“ Gabarito: A Questão 9: Pref Porto Velho-RO 2012 Administrador (banca Consulplan) “Quando a democracia surgiu na Grécia...” Assinale a alternativa na qual o verbo apresenta, na oração proposta, transitividade análoga idêntica ao da frase anterior. A) Esse argumento não procede. B) O professor informou ao diretor sobre sua decisão. C) Chamei por você. D) Não abdicarei de meus direitos. E) Ansiava pelo dia de amanhã. Comentário: O verbo “surgiu” é intransitivo, pois “na Grécia” é o adjunto adverbial de lugar. Note que “a democracia” é o sujeito. A alternativa (A) é a correta, pois “procede” também é verbo intransitivo. Na alternativa (B), o verbo “informou”, neste contexto, é transitivo indireto, o termo “ao diretor” é o objeto indireto e “sobre sua decisão” é o Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 adjunto adverbial de assunto. Na alternativa (C), o verbo “Chamei”, neste contexto, é transitivo indireto, e o termo “por você” é o objeto indireto. Na alternativa (D), o verbo “abdicarei” é transitivo indireto, e o termo “de meus direitos” é o objeto indireto. Na alternativa (E), o verbo “Ansiava” é transitivo indireto, e o termo “pelo dia de amanhã” é o objeto indireto. Gabarito: A Questão 10: Prefeitura C.V. 2010 Contador (banca Consulplan) NÃO há erro de regência verbal em: A) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos escolares. B) Falta de punição implica violência. C) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que pessoas honestas. D) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias. E) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade. Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “dar” é transitivo direto e indireto. Assim, alguém dá altos salários aos jogadores. Porém, nesta alternativa, a oração está na voz passiva e o agente não está explícito. Por isso, o que era objeto direto na voz ativa (“Altos salários”) passa a ser o sujeito paciente, e o objeto indireto “aos jogadores” deve permanecer com a preposição “a” (Altos salários são dados aos jogadores). A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “implicar” está empregado no sentido de trazer como consequência. Assim, é transitivo direto e “violência” é o objeto direto. A alternativa (C) está errada, pois o verbo “preferem” é transitivo direto e indireto e não admite intensificadores ou expressões comparativas. Assim, o correto é: “Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais a pessoas honestas.” A alternativa (D) está errada, pois o verbo “assistem” está empregado no sentido de “ver”, “observar”. Assim, é transitivo indireto e exige a preposição “a”: Todos assistem aos programas de televisão”. A alternativa (E) está errada, pois o verbo “esquece” não possui o pronome oblíquo átono “se”. Assim, é transitivo direto e não admite a preposição “de”: O povo esquece, rapidamente, os crimes que abalam a sociedade. Gabarito: B Questão 11: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan) Assinale a afirmativa que apresenta INCORREÇÃO quanto à regência: A) Pedro está alheio a tudo. B) Não abdicarei dos meus direitos. C) O convite não lhe agradou. D) Ele tem aversão à altura. E) Agradeci os diretores. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o adjetivo “alheio” exige preposição “a”. Assim, “a tudo” é o complemento nominal. A alternativa (B) está correta, pois o verbo “abdicarei” é transitivo indireto e exige a preposição “de”. Assim, “dos meus direitos” é o objeto indireto. A alternativa (C) está correta, pois o verbo “agradou”, no sentido de ser agradável, satisfazer, é transitivo indireto e exige o objeto indireto “lhe” (não agradou a alguém). A alternativa (D) está correta, pois o substantivo “aversão” exige a preposição “a”. Assim, “à altura” é o complemento nominal. A alternativa (E) é a errada, pois o verbo “Agradeci” é transitivo indireto e exige a preposição “a”: “Agradeci aos diretores”. Gabarito: E Questão 12: BNDES 2010 Analista de Sistemas (banca Cesgranrio) Observe o trecho a seguir. “...que o sucesso de ontem não nos garante o sucesso de amanhã.” Das passagens transcritas abaixo, qual verbo em destaque apresenta transitividade igual à do verbo destacado acima? (A) “‘a gente leva da vida a vida que a gente leva.’” (B) “A visão pessoal tem o poder de dar sentido às coisas,” (C) “afinal para quem não sabe aonde vai qualquer caminho serve.” (D) “Outras ganham fôlego no início, mas acabam desistindo.” (E) “Mas é assim que a vida segue.” Comentário: O verbo “garante” é transitivo direto e indireto, pois o termo “o sucesso de amanhã” é o objeto direto e “nos” é o objeto indireto. Assim, devemos achar nas alternativas a mesma transitividade verbal. A alternativa (A) apresenta o verbo transitivo direto “leva”, o sujeito “a gente”, e o objeto direto é o pronome relativo “que”, o qual retoma o termo “a vida”. Assim, entendemos que a gente leva a vida. A alternativa (B) é a correta, pois apresenta o verbo transitivo direto e indireto “dar”, o objeto direto “sentido” e o objeto indireto “às coisas”. A alternativa (C) apresenta o verbo intransitivo “vai” e o adjunto adverbial de lugar “aonde”. A alternativa (D) apresenta o verbo transitivo direto “ganham”, o objeto direto “fôlego” e o adjunto adverbial de tempo “no início”. A alternativa (E) apresenta o verbo intransitivo “segue” e “a vida” é o sujeito. Gabarito: B Questão 13: BNDES 2011 Engenheiro (banca Cesgranrio) A frase em que o uso da preposição destacada NÃO constitui caso de regência verbal ou nominal é: (A) “Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa,” (B) “temos que nos conscientizar de que estamos juntos...” Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 (C) “dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.” (D) “...que, para ser feliz com a outra pessoa,” (E) “Você aprende a gostar de você,” Comentário: O uso de preposição no caso de regência verbal ocorre quando os verbos transitivos exigem seus complementos e os intransitivos exigem preposição que precede o adjunto adverbial preso, conforme vimos na aula de sintaxe da oração. O uso da preposição em caso de regência nominal ocorre quando o nome exige o complemento nominal. A alternativa (A) apresenta regência verbal, pois o verbo transitivo direto e indireto “depositamos” exige o objeto direto “muita confiança” e o objeto indireto “em uma pessoa”. A alternativa (B) apresenta regência verbal, pois o verbo transitivo direto e indireto “conscientizar” exige o objeto direto “nos” e a oração subordinada substantiva objetiva indireta “de que estamos juntos”. A alternativa (C) apresenta regência nominal, pois o adjetivo “dispostas” exige a oração subordinada substantiva completiva nominal “a dividir objetivos comuns, alegrias e vida” A alternativa (D) não apresenta regência verbal, pois o termo “com a outra pessoa” é o adjunto adverbial solto (ver aula de sintaxe da oração), o qual tem valor de modo. Note, portanto, que este termo não é exigido pelo verbo. A alternativa (E) apresenta a regência verbal, pois o verbo transitivo indireto “gostar” exige o objeto indireto “de você”. Gabarito: D Questão 14: Banco do Brasil 2012 Escriturário (banca Cesgranrio) A frase em que a presença ou ausência da preposição está de acordo com a norma-padrão é: (A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande. (B) Preciso de que me arranjem um emprego. (C) Convidei à Maria para vir ao escritório. (D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo. (E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o substantivo “certeza” rege a preposição “de”, a qual deve iniciar a oração subordinada substantiva completiva nominal “de que a sorte chegará para mim”. Veja a correção: A certeza de que a sorte chegará para mim é grande. A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “Preciso” é transitivo indireto e rege a preposição “de”. Assim, a oração “de que me arranjem um emprego” é subordinada substantiva objetiva indireta e está corretamente precedida da preposição “de”. A alternativa (C) está errada, pois o verbo “Convidei” é transitivo direto e não admite a preposição “a”. Assim, devemos retirar o sinal indicativo de crase. Note que a oração posterior transmite valor adverbial de finalidade. Veja a correção: Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Convidei a Maria para vir ao escritório. A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “necessidade” rege a preposição “de”, a qual deve iniciar a oração subordinada substantiva completiva nominal “de que ele viesse me ajudar”. Veja a correção: A necessidade de que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo. A alternativa (E) está errada, pois o verbo “estar” é intransitivo e rege a preposição “em”, e não “a”. Assim, o correto é: Às dez horas em ponto, estarei em sua casa. Gabarito: B Questão 15: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência: A) Ela estava descontente com a reciclagem do lixo. B) O político não se simpatizou com as inovações tecnológicas. C) Estamos habituados a resolver os problemas. D) É um direito que lhe assiste. E) Chamei a Paulo de tolo. Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o adjetivo “descontente” exige a preposição “com”. Assim, “com a reciclagem” é o complemento nominal. A alternativa (B) é a errada, pois o verbo “simpatizou” é transitivo indireto, exige a preposição “com”, mas não admite a presença do pronome pessoal oblíquo “se”. Corrigindo... O político não simpatizou com as inovações tecnológicas. A alternativa (C) está correta, pois “habituados” exige a preposição “a” e “resolver” não exige. A alternativa (D) está correta, pois o verbo “assiste”, no sentido de caber, competir, é transitivo indireto, em que a coisa é o sujeito, e a pessoa e o objeto indireto. Assim, o sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma o substantivo “direito” e o objeto indireto é “lhe”. A alternativa (E) está correta, pois o verbo “chamar”, no sentido de denominar, pode ser transitivo direto ou indireto, seguido de predicativo do objeto. Veja as possibilidades: Chamei a Paulo de tolo. Chamei a Paulo tolo. Chamei Paulo de tolo. Chamei Paulo tolo. Gabarito: B Regência com pronomes relativos Como visto na aula de sintaxe do período composto por subordinação adjetiva, o pronome relativo é uma palavra que inicia as orações subordinadas adjetivas e pode ser antecedido de preposição. Isso depende do verbo da oração adjetiva e da função sintática do pronome relativo. Por isso é importante visualizarmos quais são os pronomes relativos mais empregados. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 que: retoma coisa ou pessoa o/a qual: retoma coisa ou pessoa quem: retoma pessoa cujo: relação de posse onde: retoma lugar quando: retoma tempo Pronomes relativos e suas funções sintáticas: Sujeito: O homem,

que é um ser racional,

aprende com seus erros.

oração subordinada adjetiva oração principal

Sempre se deve partir do verbo para entender a função sintática dos termos. Assim, há o verbo de ligação “é”, o predicativo “um ser racional”; logo, falta o sujeito, que é o pronome relativo “que”. Onde se lê “que”, entende-se “homem”, então se pode ter a seguinte estrutura: O homem é um ser social. Como se pode substituir “que” por “o qual” e suas variações, dependendo da palavra que foi retomada, teremos: O homem, o qual é um ser racional, aprende com seus erros. Abaixo serão listadas outras funções do pronome relativo e suas possibilidades de substituição: Objeto direto: Esta é a casa que amamos. a qual amamos. OD

VTD

Objeto indireto: Esta é a casa de que gostamos. (de + a qual) da qual gostamos. OI

VTI

Objeto indireto: Esta é a casa a que nos referimos. (a + a qual) à qual nos referimos. OI

VTI

Complemento nominal: Esta é a casa a que fizemos referência. (a + a qual) à qual fizemos referência. CN

VTD +

OD

Na função de adjunto adverbial, o pronome relativo “que” deve ser preposicionado tendo em vista transmitir os seus valores circunstanciais, normalmente os de tempo e lugar. Quando transmite valor de lugar, pode também ser substituído pelo pronome relativo “onde”. Prof. Décio Terror

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A preposição “em” é de rigor quando o verbo intransitivo transmite processo estático (Estar em algum lugar, nascer em algum lugar). Porém, se transmitir lugar de destino, regerá preposição “a” (vai a algum lugar, vai para algum lugar); se transmitir lugar de origem, regerá a preposição “de” (vir de algum lugar). Pode ainda, na ideia de desenvolvimento do deslocamento, ser regido pela preposição “por” (passar por algum lugar). Veja: Adjunto adverbial de lugar (estático: com preposição “em”): Esta é a casa onde moramos. em que moramos. (em + a qual) na qual moramos. Adj Adv. lugar

VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “a”): Esta é a casa aonde chegamos. a que chegamos. (a + a qual) à qual chegamos. Adj Adv. lugar

VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “para”): Esta é a casa para onde vamos. --------------(para + a qual) para a qual vamos. Adj Adv. lugar

VI

Observação: Não se usa pronome relativo “que” antecedido de preposição com duas ou mais sílabas. Deve-se transformá-lo em “o qual” e suas variações. Assim, temos “mediante o qual”, “perante o qual”, “segundo o qual”, “conforme o qual”, “sobre o qual”, “para o qual” etc. Adjunto adverbial de lugar (origem: com preposição “de”): Esta é a casa de onde viemos. (ou donde) de que viemos (de + a qual) da qual viemos. Adj Adv. lugar

VI

Observação: Soa mais agradável a construção “da qual”, mas “de que” também está correta.

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Adjunto adverbial de lugar (desenvolvimento do trajeto: com preposição “por”): Esta é a casa por onde passamos. por que passamos (por + a qual) pela qual passamos. Adj Adv. lugar

VI

Perceba que o pronome relativo “onde” deve ser usado unicamente como adjunto adverbial de lugar. Evite construções viciosas como: Vivemos uma época onde o consumismo fala mais alto. (errado) Neste caso, o pronome relativo está retomando o substantivo “época”, com valor de tempo. Assim, é conveniente ser substituído por “quando”, “em que” ou “na qual”. Vivemos uma época quando o consumismo fala mais alto. Vivemos uma época em que o consumismo fala mais alto. Vivemos uma época na qual o consumismo fala mais alto. O pronome relativo cujo transmite valor de posse e tem característica bem peculiar. Entendamos o seu uso culto da seguinte forma:

1. Posiciona-se entre substantivos, fazendo subentender a preposição “de” (valor de posse).

2. Ao se ler “cujo”, entende-se “de” + substantivo anterior. 3. O pronome “cujo” + o substantivo posterior formam um termo da oração. Se forem objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial, serão preposicionados.

substantivo ___ cujo substantivo de

substantivo ___ cujo substantivo de sujeito, OD, OI, CN, adj adv

substantivo ___ cujo substantivo de sujeito, OD, OI, CN, adj adv

4. O substantivo posterior é o núcleo do termo, e o pronome relativo “cujo” é o adjunto adnominal, por isso se flexiona de acordo com o núcleo.

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substantivo ___ cujo substantivo

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núcleo

de

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Veja a aplicação disso: sujeito O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso. de O artista do filme foi premiado. sujeito objeto direto

O filme cuja sinopse li não fez sucesso. de Li a sinopse do filme. objeto direto objeto indireto

O filme de cuja sinopse não gostei não fez sucesso. de Não gostei da sinopse do filme. objeto indireto complemento nominal

O filme a cuja sinopse fiz alusão não fez sucesso. de Fiz alusão à sinopse do filme. complemento nominal

adjunto adverbial de lugar Estive ontem na praça em cujo centro foi montado um grande circo. de Um grande circo foi montado no centro da praça. adjunto adverbial de lugar Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Importante: não se pode inserir artigo ou pronome após o pronome relativo “cujo” e suas variações. É vício de linguagem construções do tipo: “A casa cujo o teto caiu foi reformada.” (errado) “A casa cujo teto caiu foi reformada.” (certo) “A empresa cujos aqueles funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.” (errado) “A empresa cujos funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.” (certo) Antes de passarmos para as questões de prova, é importante observarmos a diferença entre a regência da oração subordinada substantiva e da oração subordinada adjetiva. Assim, vamos à regência nas orações adjetivas. Verifique se as frases estão corretas. a) As pessoas a quais sempre obedeci são extremamente falsas. b) A mala cujo a chave perdi está no guarda-volumes. c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo. d) A empresa cujos os funcionários conversei ontem deflagrarão a greve. e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve. f) Os funcionários da empresa com o qual conversei ontem deflagrarão a greve. g) Vivemos uma época muito difícil, onde a violência impera. h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba. i) A casa em que cheguei era magnífica. j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo. k) A vendedora que discuti foi muito mal-educada. l) Os relatórios do caso que aspiro desapareceu da pasta. m) Renato encontrou as irmãs de quem confiamos. n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foram vencedores. o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu. p) A causa pela qual luto é nobilíssima. q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina. r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos. s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança. t) O bairro aonde moro não proporciona segurança. Observou? Agora veja as frases já corrigidas. a) As pessoas às quais sempre obedeci são extremamente falsas. b) A mala cuja chave perdi está no guarda-volumes. c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo. d) A empresa com cujos funcionários conversei ontem deflagrará a greve. e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve. f) Os funcionários da empresa com os quais conversei ontem deflagrarão a greve. g) Vivemos uma época muito difícil, em que a violência impera. h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba. i) A casa a que cheguei era magnífica. j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 k) A vendedora com quem discuti foi muito mal-educada. l) Os relatórios do caso a que aspiro desapareceram da pasta. m) Renato encontrou as irmãs em quem confiamos. n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foi vencedora. o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu. p) A causa pela qual luto é nobilíssima. q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina. r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos. s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança. t) O bairro onde moro não proporciona segurança. Bom, agora vamos comparar as orações substantivas com as adjetivas. Verifique que, quando há preposição antecedendo oração adjetiva, é um verbo ou um nome posterior que a exige. Quando há preposição antes da oração substantiva, é o verbo ou nome anterior que a exige. Sublinhe a oração subordinada e diga se é substantiva ou adjetiva. a) Importante é aquilo de que não se pode fugir. b) É importante que você busque seus objetivos. c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda. d) Convém que ele venha. e) A mim convém aquilo de que gostas. f) Consideraram que o trabalho foi ruim. g) Consideraram o trabalho que teve maior nota. h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos. i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos. j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem. k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos. l) A verdade é que precisamos muito de estudo. m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política. Agora veja as respostas. a) Importante é aquilo de que não se pode fugir. (oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto) b) É importante que você busque seus objetivos. (oração subordinada substantiva subjetiva) c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda. (oração subordinada substantiva subjetiva) d) Convém que ele venha. (oração subordinada substantiva subjetiva) e) A mim convém aquilo de que gostas. (oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto) f) Consideraram que o trabalho foi ruim. (oração subordinada substantiva objetiva direta) g) Consideraram o trabalho que teve maior nota. (oração subordinada adjetiva – “que” é sujeito) Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos. (oração subordinada substantiva objetiva indireta) i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos. (oração subordinada adjetiva – “à qual” é objeto indireto) j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem. (oração subordinada substantiva completiva nominal) k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos. (oração subordinada adjetiva – “as quais” é objeto direto) l) A verdade é que precisamos muito de estudo. (oração subordinada substantiva predicativa) m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política. (oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto) Partamos, agora, para as questões! Questão 16: TJ SC 2015 – Assistente Social (banca FGV) A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma culta é: (A) O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o transporte ferroviário”, com o que discordava a grande maioria. (B) Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países de fala hispânica, do qual não pediu para integrar, a situação dos demais era tranquila. (C) Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem cuidadosamente aonde trabalhar, dando prioridade à locais de mais fácil acesso. (D) Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado por outro morador inconsciente com a limpeza do local. (E) O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade. Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “discordava” rege a preposição “de”. Note que o pronome demonstrativo “o” precede o pronome relativo “que” e retoma toda a informação anterior. Sintaticamente, ele é o aposto recapitulativo, sobre o qual comentamos em nossa aula de sintaxe da oração. Veja a correção: O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o transporte ferroviário”, do que discordava a grande maioria. A alternativa (B) está errada, pois o verbo “integrar” é transitivo direto e seu objeto direto não é precedido da preposição “de”. Veja a correção: Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países de fala hispânica, o qual não pediu para integrar, a situação dos demais era tranquila. A alternativa (C) está errada, pois o verbo “escolhem” não rege a preposição “a”. Assim, devemos excluir tal preposição de “aonde”. Além disso, Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 o verbo “dando” rege a preposição “a”, mas o substantivo masculino plural “locais” não admite o artigo “a”, por isso não pode haver crase. Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem cuidadosamente onde trabalhar, dando prioridade a locais de mais fácil acesso. A alternativa (D) está errada, pois o adjetivo “inconsciente” rege a preposição “de”. Veja a correção: Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado por outro morador inconsciente da limpeza do local. A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “preferir” é transitivo direto e indireto. Há uma sequência de objetos direto e indireto, respectivamente. Mas preste atenção, pois o autor, por estilo, preferiu trocar a ordem dos últimos complementos verbais. Assim, “à aventura” é o objeto indireto e “a tranquilidade” é o objeto direto. (preferir a tranquilidade à aventura). É claro que a vírgula entre os dois termos seria uma incorreção gramatical, porém tal vírgula não foi alvo da questão, além de ela poder ser entendida como omissão do verbo “preferir”, tendo em vista a ênfase na troca dos termos. O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade. O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura (preferir) a tranquilidade. Gabarito: E Questão 17: Pref Osasco 2014– Analista (banca FGV) No texto, entre os elementos coesivos sublinhados, podem ser substituídos por “quando” os conectores destacados em: (A) “(...) saudade dos tempos em que o Brasil sediou (...)”; (B) “(...) atual padrão Fifa em que poucos têm acesso aos jogos”; (C) “(...) com conforto incomparável ao que se via no passado”; (D) “(...) matriculados no que hoje chamamos de ensinos (...)”; (E) “(...) de meados do século passado com a de agora (...). Comentário: Neste contexto, basta perceber que o pronome relativo “quando” só pode retomar tempo. Assim, a alternativa (A) é a correta. Como vimos na parte teórica, podemos substituir “quando” por “em que” e por “nos quais”. Note que a alternativa (E) também possui uma expressão temporal (“meados do século passado”), porém não há pronome relativo que o retoma. Há apenas a preposição “com”. Gabarito: A Questão 18: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV) Assinale a alternativa em que a preposição sublinhada é fruto da ligação com um termo posterior (e não anterior). (A) “O máximo de punição a que está sujeito é submeter se...”. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 (B) “Identificado por câmeras do sistema de segurança...”. (C) “...que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato...”. (D) “...levado a um centro de recolhimento...”. (E) “...aplicação de medidas ‘socioeducativas’”. Comentário: A regência fruto da ligação com um termo posterior ocorre nas orações subordinadas adjetivas, pois a preposição se apresenta motivada pela regência do nome ou do verbo que se encontra após o pronome relativo. A alternativa (A) é a correta, pois, na oração subordinada adjetiva “a que está sujeito”, a preposição “a” é exigida pelo adjetivo “sujeito”, termo posterior. Na alternativa (B), a preposição “por” é exigida pelo particípio “Identificado”, termo anterior. Na alternativa (C), a preposição “do” é exigida pelo substantivo “autoria”, termo anterior. Na alternativa (D), a preposição “a” é exigida pelo particípio “levado”, termo anterior. Na alternativa (E), a preposição “de” é exigida pelo substantivo “aplicação”, termo anterior. Gabarito: A Questão 19: INEA 2013 – Administrador (banca FGV) No segmento “Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos”, há um erro de construção, por omissão da preposição EM antes de “o que avançamos bem” (no que avançamos bem). Assinale a alternativa que apresenta um erro no emprego da preposição antes de pronome relativo. (A) Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano. (B) As verbas de que foram reparadas as pontes são federais. (C) Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos. (D) Os perigos com que se depararam são variados. (E) As soluções por que lutaram demoraram a chegar. Comentário: A própria questão aponta o erro na frase, pois se entende que alguém avança bem em alguma coisa, por isso deveria haver a preposição “em” antes do pronome relativo “que”. Veja como é o correto: ...no que avançamos bem... A alternativa (A) está correta, pois “nos referimos” é um verbo pronominal, que exige a preposição “a”. Confirme: Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano. A alternativa (B) é a errada, pois a locução verbal “foram reparadas” não admite a preposição “de”, neste contexto, mas “com”. Confirme: As verbas com que foram reparadas as pontes são federais. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 A alternativa (C) está correta, pois se entende que alguém se ocupa de alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “de”. Confirme: Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos. A alternativa (D) está correta, pois se entende que alguém se depara com alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “com”. Confirme: Os perigos com que se depararam são variados. A alternativa (E) está correta, pois se entende que alguém luta por alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “por”. Confirme: As soluções por que lutaram demoraram a chegar. Gabarito: B Questão 20: SUDENE 2013 – Agente Administrativo (banca FGV) “A crise que o país atravessa...”. Nesse segmento temos uma oração adjetiva não precedida de preposição porque o verbo “atravessar” não a exige. Assinale a alternativa em que a frase apresenta erro quanto à regência. (A) A crise a que o país assiste é muito grave. (B) Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público. (C) Os problemas com que nos deparamos são os de sempre. (D) Os argumentos a que nos opomos são falsos. (E) As soluções com que sugerimos não foram aceitas. Comentário: A questão apresenta somente períodos com orações adjetivas, para que possamos trabalhar a regência. Na frase do pedido da questão, entendemos que o país atravessa uma crise. Assim, o verbo é transitivo direto, o termo “o país” é o sujeito e o pronome relativo “que” é o objeto direto, por isso não é precedido de preposição. Veja: “A crise que o país atravessa...” OD + sujeito +

VTD

A alternativa (A) está correta, pois o verbo “assiste”, no sentido de ver, observar, é transitivo indireto e exige a preposição “a”, o termo “o país” é o sujeito e “a que” é o objeto indireto. Veja: “A crise a que o país

assiste é muito grave...”

OI + sujeito +

VTI

A alternativa (B) está correta, pois o verbo “necessita” é transitivo indireto e exige a preposição “de”, o termo “o Brasil” é o sujeito e “de que” é o objeto indireto. Veja: “Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público.” OI + sujeito +

VTI

A alternativa (C) está correta, pois o verbo pronominal “nos deparamos” é transitivo indireto e exige a preposição “com”, há sujeito oculto (“nós”) e “com que” é o objeto indireto. Veja: “Os problemas com que nos deparamos são os de sempre.” OI

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VTI

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 A alternativa (D) está correta, pois o verbo pronominal “nos opomos” é transitivo indireto e exige a preposição “a”, há sujeito oculto (“nós”) e “a que” é o objeto indireto. Veja: “Os argumentos a que nos opomos são falsos.” OI +

VTI

A alternativa (E) é a errada, pois o verbo “sugerimos” é transitivo direto, por isso não exige preposição. Há sujeito oculto (“nós”) e o pronome relativo “que” é o objeto direto. Assim, devemos eliminar a preposição “com”. Veja: “As soluções que sugerimos não foram aceitas.” OD + VTD

Gabarito: E Questão 21: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan) Fragmento do texto: Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se escreve coisas inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente) para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita. Com base no trecho “[...] se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita.”, é correto afirmar que A) o elemento “a” pode ser substituído por “com”. B) a expressão “nas quais” pode ser substituída por “às quais”. C) ao eliminar a expressão “sem convicção”, a regência verbal sofre alteração. D) é obrigatória a substituição de “a” por “às”; já que, neste caso, ocorre obrigatoriedade da crase. Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois quem se conforma normalmente se conforma com algo. Vale notar que o autor utilizou a preposição “a” (conforma-se a algo). Esta alternativa apenas pediu que utilizássemos a preposição “com”, a qual é a mais utilizada. Isso está correto. Compare: ...se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita. ...se se conforma sem convicção com opiniões nas quais não acredita. A alternativa (B) está errada, pois a expressão pronominal relativa “nas quais” pode ser substituída por “em que”. Não podemos substituir a preposição “em”, regida pelo verbo “acredita” (acredita em alguma coisa), pela preposição “a”. Assim, não cabe a regência acredita a alguma coisa, concorda?! A alternativa (C) está errada, porque a expressão “sem convicção” é apenas um adjunto adverbial, o qual não é exigido pelo verbo e não faz diferença na regência do verbo. A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “opiniões” está sendo tomado de valor geral, por isso está sem artigo “as”. Pode haver a substituição da preposição “a” pela forma “às”, neste caso o artigo “as” determina e especifica o substantivo “opiniões”. O erro na alternativa é afirmar que a palavra “às” é obrigatória. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Gabarito: A Questão 22: Prefeitura Cascavel 2014 Agente de Apoio (banca Consulplan) Indique a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada quanto à correção, de acordo com a norma padrão, e a preservação do sentido para o trecho “Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação a que têm acesso [...]”. A) Os jovens são fascinados às pequenas doses de informação a que têm acesso [...]. B) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação que têm acesso [...]. C) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às que têm acesso [...]. D) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às quais têm acesso [...]. E) Os jovens são fascinados diante de pequenas doses de informação a qual têm acesso [...]. Comentário: Alguém é fascinado por algo, e não a algo ou diante de algo. Assim, as alternativas (A) e (E) estão erradas. Alguém tem acesso a alguma coisa, por isso o pronome relativo “que” deve ser precedido da preposição “a” e a alternativa (B) está errada. Alguém tem acesso a alguma coisa, por isso o pronome relativo “que” deve ser precedido da preposição “a”, e não do vocábulo “às”. Assim, alternativa (C) está errada. A alternativa (D) é a correta, pois houve apenas a substituição do pronome relativo “que” por “as quais”. Como há a preposição “a”, cabe a crase em “às quais”. Note que as demais palavras se mantiveram as mesmas. Gabarito: D Questão 23: FINEP 2011 Analista (banca Cesgranrio) Cada período abaixo é composto pela união de duas orações. Em qual deles essa união está de acordo com a norma padrão? (A) A exposição que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um mês. (B) Mora em Recife o pesquisador que os postais estão sendo expostos. (C) Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa. (D) Foi impressionante o sucesso cuja exposição de cartões-postais alcançou. (E) O assunto que o pesquisador se interessou traz uma marca de romantismo. Comentário: Esta questão basicamente trabalha o emprego do pronome relativo e a regência. Então, devemos localizar os verbos de cada oração, delimitar as orações (como principal e subordinada adjetiva) e verificar a regência. A alternativa (A) está errada, porque o verbo pronominal “se referiu” é transitivo indireto e rege a preposição “a” (alguém se referiu a algo). Assim, a Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 expressão “a que” é o objeto indireto. Veja a correção: A exposição a que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um mês. A alternativa (B) está errada, porque há uma relação de posse entre “pesquisador” e “postais” (postais do pesquisador). Lembre-se de que, quando usamos o pronome relativo “cujos”, a preposição “de” fica subentendida. Assim, não cabe o pronome relativo “que”, mas “cujos”. Veja abaixo que a expressão “cujos postais” é o sujeito: Mora em Recife o pesquisador cujos postais estão sendo expostos. A alternativa (C) é a correta, pois “os postais” é o sujeito, “eram elaborados” é uma locução verbal da voz passiva e o termo “em que” é o adjunto adverbial de lugar. Observe: Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa. A alternativa (D) está errada, porque não há uma relação de posse entre “sucesso” e “exposição”. Não entendemos aí a expressão “exposição do sucesso”, concorda? Assim, devemos trocar o pronome relativo “cuja” por “que”. Este pronome relativo está na função de objeto direto, o qual retoma o substantivo “sucesso”, o verbo “alcançou” é transitivo direto e o termo “a exposição de cartões-postais” é o sujeito (a exposição de cartões-postais alcançou o sucesso). Veja a correção: Foi impressionante o sucesso que a exposição de cartões-postais alcançou. A alternativa (E) está errada, porque o verbo pronominal “se interessou” é transitivo indireto e rege a preposição “por” (alguém se interessou por algo). Assim, a expressão “por que” é o objeto indireto. Veja a correção: O assunto por que o pesquisador se interessou traz uma marca de romantismo. ou O assunto pelo qual o pesquisador se interessou traz uma marca de romantismo. Gabarito: C Questão 24: FINEP 2011 Técnico (banca Cesgranrio) Dentre os períodos compostos abaixo, qual foi elaborado de acordo com a norma-padrão da língua? (A) Entrei e saí do escritório hoje correndo. (B) O relatório que te falei está em cima da mesa. (C) Esse é o colega que dei meu endereço novo. (D) O manual por que aprendeu a usar a máquina é ruim. (E) A ilha que eu mudei minha residência oficial é grande. Comentário: A alternativa (A) explora o que já foi comentado no início da aula sobre o mesmo termo regido com verbos de regências diferentes. Note que o verbo “Entrei” rege a preposição “em” (Entrei onde? Entrei em algum Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 lugar). Já o verbo “saí” rege a reposição “de” (Saí de onde? Saí de algum lugar). Assim, cada verbo deverá ter seu respectivo adjunto adverbial, pois eles são iniciados por preposição diferente. Veja: Entrei no escritório e saí de lá hoje correndo. A alternativa (B) está errada, porque o verbo “falei”, neste contexto, é transitivo indireto, o pronome “te” é o objeto indireto (falei a ti, falei a alguém). Note que não entendemos que alguém falou o relatório a alguém, mas falou sobre o relatório a alguém, falou do relatório a alguém. Assim, as expressões “sobre o relatório” ou “do relatório” são adjuntos adverbiais de assunto. Veja esse valor do adjunto adverbial na nossa aula de sintaxe da oração. Dessa forma, devemos inserir a preposição “sobre” ou “de” diante do pronome relativo. Veja a correção: O relatório sobre o qual te falei está em cima da mesa. O relatório de que te falei está em cima da mesa. A alternativa (C) está errada, pois o verbo “dei” indireto, o termo “meu endereço novo” é o objeto direto “que” deve ser precedido da preposição “a”, formando ideal é o uso do pronome relativo “quem”, haja vista pessoa. Veja as duas possibilidades:

é transitivo direto e e o pronome relativo o objeto indireto. O a retomada de uma

Esse é o colega a que dei meu endereço novo. Esse é o colega a quem dei meu endereço novo. A alternativa (D) é a correta, pois se entende que alguém aprendeu a usar a máquina por meio do manual. Assim, “por que” é o adjunto adverbial de meio. Para ficar mais fácil compreender, basta trocarmos “que” por “o qual”. Veja: O manual por que aprendeu a usar a máquina é ruim. O manual pelo qual aprendeu a usar a máquina é ruim. A alternativa (E) está errada, pois se entende que alguém mudou sua residência oficial para algum lugar. Assim, o pronome relativo deve receber a preposição “para”, o que força o uso do pronome relativo “a qual” ou “onde”, pois vimos que o pronome relativo “que” não admite ser precedido de preposição de duas ou mais sílabas. Veja a correção: A ilha para a qual eu mudei minha residência oficial é grande. A ilha para onde eu mudei minha residência oficial é grande. Gabarito: D Questão 25: BNDES 2010 Técnico (banca Cesgranrio) Em relação à regência nominal ou verbal, qual a frase em que NÃO se emprega o pronome relativo precedido de preposição? (A) O físico ______ frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua nova forma de pensar. (B) A conferência ______ assistimos marcou o início de uma nova etapa em nossa vida. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 (C) Era impossível aceitar as provocações ______ foram submetidos durante o discurso. (D) As provações ________ estamos expostos são importantes para descobrirmos novas oportunidades. (E) Os obstáculos _______ transpusemos ao longo da vida profissional nos ajudaram a atingirmos o sucesso. Comentário: Lembre-se de que é importante grifar a oração subordinada adjetiva, depois verificar o verbo, descobrindo quem é seu sujeito e seus complementos. O pronome relativo não precedido de preposição normalmente ocupa as funções de sujeito, objeto direto ou predicativo. Já o objeto indireto, complemento nominal e o adjunto adverbial devem ser precedidos de preposição. Na alternativa (A), a oração subordinada adjetiva “___ frase sempre me recordo” apresenta o verbo pronominal “me recordo”, o qual rege a preposição “de”. Assim, há o sujeito oculto “eu” e o objeto indireto “de cuja”. Veja: “O físico de cuja frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua nova forma de pensar.” Na alternativa (B), a oração subordinada adjetiva “___ assistimos” apresenta o verbo transitivo indireto “assistimos”, o qual rege a preposição “a”. Assim, há o sujeito oculto “nós” e o objeto indireto “a que”. Veja: “A conferência a que assistimos marcou o início de uma nova etapa em nossa vida.” Na alternativa (C), a oração subordinada adjetiva “___ foram submetidos durante o discurso” apresenta a locução verbal “foram submetidos”, a qual rege a preposição “a”. Assim, devemos inserir a preposição antes do objeto indireto: “a que”. Veja: “Era impossível aceitar as provocações a que foram submetidos durante o discurso.” Veja que o sujeito da locução verbal “foram submetidos” não está expresso nesta frase. Assim, entendemos que tal sujeito encontra-se em outra frase dentro do texto, ou então tal sujeito é indeterminado. Na alternativa (D), a oração subordinada adjetiva “___ estamos expostos” apresenta o verbo de ligação “estamos”, o sujeito oculto “nós” e o predicativo “expostos”, o qual rege a preposição “a”. Assim, devemos inserir a preposição antes do complemento nominal: “a que”. Veja: “As provações a que estamos expostos são importantes para descobrirmos novas oportunidades.” A alternativa (E) é a correta, pois o pronome relativo “que” é o objeto direto do verbo transitivo direto “transpusemos”. Note que o sujeito é oculto: “nós”. Veja: “Os obstáculos que transpusemos ao longo da vida profissional nos ajudaram a atingirmos o sucesso.” Gabarito: E Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Vimos a regência e como é explorada na prova. Agora, vamos a um assunto que é a continuação do anterior: crase. Assim, os verbos e nomes já explorados que regem a preposição “a” fatalmente serão revistos nesta parte da aula. Costumo dizer a meus alunos que não se deve decorar a regra, principalmente a da crase, basta entendermos o processo, sua estrutura. Para facilitar, vamos denominar o esquema a seguir de “estrutura-padrão da crase”. A estrutura-padrão da crase preposição

verbo

a

ou nome

a +

a

substantivo feminino

aquele, aquela, aquilo a (=aquela) a qual (pronome relativo)

Assim, quando um verbo ou um nome exigir a preposição “a” e o substantivo posterior admitir artigo “a”, haverá crase. Além disso, se houver a preposição “a” seguida dos pronomes “aquele”, “aquela”, “aquilo”, “a” (=aquela) e “a qual”; ocorrerá crase. Veja as frases abaixo e procure entendê-las com base no nosso esquema. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

Obedeço à lei. Obedeço ao código. Tenho aversão à atividade manual. Tenho aversão ao trabalho manual. Refiro-me àquela casa. Refiro-me àquele livro. Refiro-me àquilo. Não me refiro àquela casa da esquerda, mas à da direita. Esta é a casa à qual me referi.

Na frase 1, o verbo “Obedeço” é transitivo indireto e exige preposição “a”, e o substantivo “lei” é feminino e admite artigo “a”, por isso há crase. Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposição, porém o substantivo posterior é masculino, por isso não há crase. Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo “aversão” exigiu a preposição “a” e o substantivo “atividade” admitiu o artigo feminino “a”. Na frase 4, “aversão” exige preposição “a”, mas “trabalho” é substantivo masculino, por isso não há crase. Nas frases 5, 6 e 7, “Refiro-me” exige preposição “a”, e os pronomes demonstrativos “aquela”, “aquele” e “aquilo” possuem vogal “a” inicial (não é artigo), por isso há crase.

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Na frase 8, “me refiro” exige preposição “a”, “aquela” possui vogal “a” inicial (não é artigo) e “a” tem valor de “aquela”, por isso há duas ocorrências de crase. Na frase 9, “me referi” exige preposição “a”, e o pronome relativo “a qual” é iniciado por artigo “a”, por isso há crase. Muitas vezes o substantivo feminino está sendo tomado de valor geral, estando no singular ou plural, e por isso não admite artigo “a”. Outras vezes esse substantivo recebe palavra que não admite artigo antecipando-a, por isso não haverá crase. Veja os exemplos abaixo em que o verbo transitivo indireto exige o objeto indireto: Os substantivos “leis”, “lei” estão em sentido geral, por isso não recebem artigo “as”, “a” e não há crase. Na segunda frase, o que ratificou Obedeço a leis. o sentido geral foi o substantivo masculino Obedeço a lei e a regulamento. “regulamento” não ser antecedido do artigo “o”.

Obedeço Obedeço Obedeço Obedeço Obedeço Obedeço

a a a a a a

uma lei. qualquer lei. toda lei. cada lei. tal lei. esta lei.

O artigo “uma” é indefinido, os pronomes “qualquer, toda, cada” são indefinidos. Como eles indefinem, não admitem artigo definido “a”. Os pronomes “tal” e “esta” são demonstrativos. Por eles já especificarem o substantivo “lei”, não admitem o artigo “a”. Por isso não há crase.

O mesmo ocorre com os nomes que exigem o complemento nominal. Veja: Tenho Tenho Tenho Tenho Tenho Tenho Tenho Tenho

obediência obediência obediência obediência obediência obediência obediência obediência

a a a a a a a a

leis. lei e a regulamento. uma lei. qualquer lei. toda lei. cada lei. tal lei. esta lei.

Vimos o verbo transitivo indireto e nome que exigem preposição “a”, mas os verbos intransitivos também podem exigir preposição “a”. Muitas vezes o problema é saber se o nome posterior admite ou não o artigo “a” e se o vocábulo “a” é apenas uma preposição, ou uma preposição mais o artigo “a”. Por isso inserimos abaixo algumas regras que ajudam a confirmar a estruturapadrão da crase. a. Quando os pronomes de tratamento estão na função de objeto indireto ou complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois não admitem artigo. Refiro-me a Vossa Senhoria. Prof. Décio Terror

Fiz referência a Vossa Excelência.

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Observação: Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”, haverá crase: Refiro-me à senhora Gioconda. b. Diante de topônimos (nomes de lugar) que pedem o artigo feminino, admite-se a crase: Faremos uma excursão à Bahia, a Sergipe, a Alagoas e à Paraíba. Um túnel ferroviário liga a França à Inglaterra. Perceba que o substantivo “excursão” exige a preposição “a” e os topônimos “Bahia” e “Paraíba” admitem artigo “a”. Por isso há crase. Já os topônimos “Sergipe” e “Alagoas” não admitem artigo; por isso não há crase. Mas será que devemos decorar quais os topônimos admitem ou não o artigo “a”? Lógico que não, para isso, temos alguns macetes. Para você saber se o topônimo pede ou não o artigo, basta trocar o verbo (que exige a preposição “a”) por outro que exija preposição diferente; para evitar a confusão da preposição com o artigo. Veja: Fui à Bahia.

Fui a Sergipe.

Fui a Roma.

Para termos certeza de que há artigo ou não, basta trocarmos por “vim”. Veja: Vim da Bahia.

Vim de Sergipe.

Vim de Roma.

Como o verbo “Vim” exige preposição “de”, se a oração permanecer somente com essa preposição, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também permanecerá só a preposição “a” (Vim de Sergipe Fui a Sergipe). Mas, se o verbo “Vim” estiver seguido de preposição mais artigo “da”, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também ocorrerá preposição mais artigo “à” (Vim da Bahia Fui à Bahia). Entretanto, você vai notar que, às vezes, queremos enfatizar, determinar, especificar esses topônimos que não admitem o artigo. Quando colocamos uma locução adjetiva ou algum outro determinante que o caracterize, naturalmente receberá artigo. Havendo verbo que exija a preposição “a”, ocorrerá a crase. Veja: Viajamos a Brasília, depois fomos a São Paulo. (Viemos de Brasília ... de São Paulo)

Viajamos à Brasília de Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa. (Viemos da Brasília de Juscelino ... da São Paulo da garoa)

Portanto, sem decoreba, ok? Temos que entender o uso. Vamos a outros casos. c. A palavra casa normalmente admite artigo (a casa é linda; comprei a casa de meus sonhos; pintei a casa de azul etc). Porém, quando há um sentido de

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 deslocamento para ou do “próprio lar”, ela não admite artigo. Mas isso não será problema para nós, pois usamos isso intuitivamente. Vamos lá: Você diz: “vim de casa” ou “vim da casa”? Você diz: “vou para casa” ou “vou para a casa”? Se é seu próprio lar, é natural dizer, “vim de casa”, “vou para casa”. Porém, quando essa casa não é a sua, naturalmente e intuitivamente, colocase um determinante nesse substantivo e obrigatoriamente inserimos artigo. Tudo isso para mostrar que a casa não é a nossa. Está em dúvida? Então veja: Você diz “vim de casa da Luzia” ou “vim da casa da Luzia”? Você diz “vou para casa da Luzia” ou “vou para a casa da Luzia”? Naturalmente usamos as segundas opções, correto? Sabemos que isso não proporciona a crase. Mas, se enxergamos que a preposição “para” tem o mesmo valor da preposição “a”; na sua substituição, podemos ter crase. Veja: Vou para casa. Vou para a casa da Amélia. a+a Vou a casa.

Vou à casa da Amélia.

O bom filho volta a casa todos os dias. O bom filho volta à casa dos pais todos os dias. Note que se pode determinar a palavra “casa” colocando letra inicial maiúscula (Casa). Assim, essa palavra passa a ter outra denotação: sinônimo de Câmara dos Deputados ou representação de uma instituição. Dessa forma, poderá ocorrer a crase: Prestar à Casa as devidas homenagens. d. Seguindo a mesma ideia do item anterior, a palavra “terra” admite artigo normalmente. A terra é boa!

Ele vive da terra!

Assim, haverá crase: O agricultor dedica-se à terra. Não há crase quando a palavra terra está em contraposição a “a bordo”. Isso porque não dizemos “ao bordo”. Não pode haver artigo nesta expressão: Os marinheiros voltaram a terra depois de um mês no mar. (estavam a bordo) Mas, se determinamos consequentemente, crase.

essa

palavra,

passamos

a

ter

artigo

Veja: Viajou em visita à terra dos antepassados. Quando os astronautas voltarão à Terra? (a letra maiúscula determina) Prof. Décio Terror

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e,

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e. Na locução à uma, significando “unanimemente, conjuntamente”, haverá crase. Veja: Os sindicalistas responderam à uma: greve já! Vimos a estrutura de um verbo ou nome que exige preposição “a”. Agora, veremos a locução adverbial que não é exigida pelo verbo, mas possui a estrutura interna com a preposição. Exemplo: Estive aqui de manhã. Note que a locução adverbial “de manhã” ocorreu sem exigência do verbo, pois poderíamos dizer “Estive aqui.” Esta locução tem uma composição própria: de + manhã. Se essa estrutura fosse composta por preposição “a” seguida de nome feminino que admitisse artigo “a”, haveria crase. Exemplo: Estive aqui à noite. Assim, vamos à estrutura da locução adverbial: preposição

+ artigo +

à à tarde às escondidas às vezes à deriva à luz

à noite à toa às ocultas às avessas à larga

nome

noite à direita à beça à chave às moscas às ordens

às claras à esquerda à escuta à revelia às turras

Deve-se dar especial destaque às locuções adverbiais de tempo, que especificam o momento de um evento, com o núcleo expresso com o substantivo hora(s), o qual recebe o artigo definido “a”, “as”. à meia-noite,

à uma hora

às duas horas

às três e quarenta.

Não se pode confundir com a indicação de tempo generalizado ou tempo futuro: Isso acontece a qualquer hora.

Estarei lá daqui a duas horas.

Veja a diferença nas frases a seguir: A aula acabará a uma hora. (uma hora após o momento da fala) A aula acabará à uma hora. (terminará às 13 horas ou à uma hora da madrugada) A aula acabara há uma hora. (a aula acabou uma hora antes) No último caso, não há locução adverbial, o verbo “há” marca tempo decorrido. Vimos isso na concordância, lembra? Nas expressões que demarcam início e fim de evento, o paralelismo deve ser conservado. Se o primeiro dos termos não possui artigo a, o segundo também não terá. Se o primeiro tiver, o segundo receberá a crase: A reunião será de 9 a 10 horas. Prof. Décio Terror

A reunião será das 9 às 10 horas.

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Note: se o início do evento não recebeu artigo, o término também não receberá. (de 9 a 10 horas). Se o início do evento recebeu artigo, o término também receberá. (das 9 às 10 horas). Merece destaque a locução adverbial de modo à moda de. Ela pode estar expressa ou subentendida; por isso, deve-se tomar muito cuidado: Pedimos uma pizza à moda da casa. Atrevia-se a escrever à Drummond. (à moda de) Pedimos arroz à grega. (à moda) Não confunda com as expressões frango a passarinho, bife a cavalo, as quais não possuem crase por não transmitirem modo. Haverá crase também nas locuções prepositivas, que são sempre nocionais e iniciam locução adverbial: à beira de à frente de à custa de

à sombra de à imitação de às custas de

à exceção de à procura de

à força de à semelhança de

O uso do acento grave é opcional nas locuções adverbiais que indicam meio ou instrumento, desde que o substantivo seja feminino: barco a (à) vela; escrever a (à) máquina; escrever a (à) mão; fechar a porta a (à) chave; repelir o invasor a (à) bala. Normalmente, os bons autores têm preferido sem a crase. Tudo isso depende da intenção comunicativa. O instrumento ou o meio podem ser especificados ou não com o artigo “a”. Nas locuções adverbiais com palavras repetidas não haverá crase, pois os substantivos estão sendo tomados de maneira geral, sem artigo definido: cara a cara; frente a frente, etc. A crase é obrigatória nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais à medida que, à proporção que: À medida que estudamos, vamos entendendo a matéria. À proporção que as aulas ocorrem, os assuntos vão se acumulando. Perceba uma diferença muito importante: “às vezes” e “as vezes”. Às vezes você me olha diferente. Note que, neste caso, não há precisão de momento, entende-se “de vez em quando, por vezes, algumas vezes. Assim, há uma locução adverbial de tempo e há crase. Porém, podemos utilizar esta estrutura sem crase, quando há uma especificação do momento: As vezes que te vi, fiquei extasiado. Neste caso, este termo será especificado por um termo adjetivo ou oração adjetiva. Portanto, tome cuidado! Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 CRASE FACULTATIVA Emprega-se facultativamente o acento indicativo de crase quando é opcional o uso da preposição a, ou do artigo definido feminino. Casos em que a crase é facultativa: a. A preposição “a” é facultativa depois da preposição “até”: O visitante foi até a sala do Diretor. O visitante foi até à sala do Diretor. A sessão prolongou-se até à meia-noite. A sessão prolongou-se até a meia-noite. b. O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a crase ser facultativa, esse pronome possessivo deve ser feminino singular. Refiro-me à minha amiga. Crase facultativa Refiro-me a minha amiga. Refiro-me às minhas amigas. Refiro-me a minhas amigas.

Crase obrigatória Crase proibida

c. O artigo definido é facultativo diante de nome próprio de pessoa. Se o nome for feminino e o verbo exigir preposição, a crase será facultativa: Refiro-me à Madalena. Refiro-me a Madalena. Observação: Tratando-se de pessoa célebre com a qual não se tenha intimidade, geralmente não se usa o artigo nem o acento indicativo de crase, salvo nos casos em que o nome esteja acompanhado de especificativo. O orador fez uma bela homenagem a Rachel de Queiroz. O orador fez uma bela homenagem à Rachel de Queiroz de O quinze. Nas gramáticas, são elencados os casos em que a crase será proibida. Para isso, basta apenas relembrarmos a estrutura-padrão da crase. Observação: Fazendo um resumo rápido, segundo a banca AOCP, a crase ocorre por alguns motivos, quais sejam: a) regência verbal: quando o verbo rege a preposição “a” e o substantivo posterior admite o artigo “a”: Obedeço à lei. b) regência nominal: quando um nome (adjetivo ou substantivo) rege a preposição “a” e o substantivo posterior admite o artigo “a”: Sou obediente à lei. Tenho obediência à lei. c) locução prepositiva de base feminina: Estava à espera de você. d) locução adverbial de base feminina: À noite, estarei em casa. e) locução conjuntiva de base feminina: À medida que o tempo passa, o estudo é potencializado. À proporção que me dedico, o estudo é potencializado. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Questão 26: EBSERH 2015 – Enfermeiro (banca AOCP) Em “O gostar que nos define está ligado às entranhas de alguém...", a crase ocorreu a) porque está inserida em uma locução prepositiva de base feminina. b) para atender à regência do verbo “define". c) para atender à regência do verbo “estar" que, na oração, está presente na locução verbal “está ligado". d) para atender à regência do verbo “ligar" que, na oração, está presente na locução verbal “está ligado". e) para atender à regência do verbo “gostar" que, na oração, está no infinitivo. Comentário: A alternativa (A) está errada, porque não há locução prepositiva. A alternativa (B) está errada, porque o verbo “define” não tem relação com a expressão “às entranhas”, haja vista que tal verbo se encontra na oração subordinada adjetiva restritiva “que nos define” e a expressão “às entranhas de alguém” se encontra na oração principal “O gostar ... está ligado às entranhas de alguém”. A alternativa (C) está errada, pois o verbo “estar” é apenas o verbo auxiliar da locução verbal “está ligado”, por isso não interfere na regência. A alternativa (D) é a correta, pois a locução verbal “está ligada” possui o verbo principal “ligada”, o qual rege a preposição “a” e o substantivo “estranhas” é precedido do artigo “as”. Por isso, ocorreu crase. A alternativa (E) está errada, porque “gostar” está precedido do artigo “O”, por isso não é verbo, e sim um substantivo. Além disso, é o sujeito da oração principal e não tem ligação com o termo “às entranhas de alguém”. Gabarito: E Questão 27: EBSERH/HU-UFMA 2015 Analista Administrativo (banca AOCP) Em “À medida que diminui o acesso à água...”, a crase, no termo em destaque, (A) ocorre por “acesso à água” tratar-se de uma locução prepositiva de base feminina. (B) é resultado da necessidade de concordância entre o verbo “diminuir” e a palavra feminina “água”. (C) é resultado da junção da preposição “a”, exigida pela regência do nome “acesso”, com o artigo feminino que antecede “água”. (D) ocorre por “acesso à água” tratar-se de uma locução conjuntiva de base feminina. (E) é resultado da junção da preposição “a”, exigida pela regência do verbo “diminuir”, com o artigo feminino que antecede “água”. Comentário: Em “acesso à água”, o substantivo “acesso” rege a preposição “a” e o substantivo “água” é precedido do artigo “a”. Assim, a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Questão 28: EBSERH/MEAC-UFC Advogado 2014 (banca AOCP) Em “Trabalhamos em horários irregulares, frequentemente à noite e de madrugada.”, o sinal indicativo de crase foi empregado: (A) para atender à regência do nome “irregulares”. (B) para atender à regência do verbo “trabalhar”. (C) por tratar-se de uma locução adverbial de base feminina. (D) para concordar com o advérbio “frequentemente”. (E) para atender à regência do nome “madrugada”. Comentário: A expressão “à noite” é uma locução adverbial, a qual estruturalmente é precedida da preposição “a” e o substantivo feminino “noite” é precedido do artigo “a”. Assim, a alternativa (C) é a correta, por se tratar de uma locução adverbial de base feminina. Gabarito: C Questão 29: EBSERH HUSM UFSM Analista Administrativo 2015 (banca AOCP) “A essência do comportamento jovem é ter curiosidade em relação à vida...”

No período acima, a crase foi utilizada: (A) para atender à regência do verbo “é”. (B) para atender à regência do nome “relação”. (C) para atender à regência do verbo “ter”. (D) por tratar-se de locução adverbial de base feminina. (E) por tratar-se de locução conjuntiva de base feminina. Comentário: O substantivo “relação” rege a preposição “a” e o substantivo “vida” é precedido do artigo “a”, por isso há crase. Assim, a alternativa (B) é a correta. Gabarito: B Questão 30: EBSERH HC UFMG Enfermeiro 2015 (banca AOCP) A respeito do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa correta. (A) Em “..a descoberta de uma alergia à esmalte é desoladora.”, o uso da crase justifica-se pela regência nominal de “alergia” e por ser “esmalte” uma palavra feminina. (B) Em “A reação a esmaltes, chamada de dermatite de contato alérgica...”, a ausência de sinal indicativo de crase no “a” destacado é uma inadequação gramatical, pois a palavra “reação” rege uma preposição. (C) Em “A alergia a esmalte ainda pode ser provocada pelo plastificante...”, o “a” destacado exerce função de preposição. Como o autor refere-se a esmalte de forma geral (esmaltes), optou-se por não utilizar o artigo definido (o) para o termo. (D) Em “... depois que o organismo reage às substâncias.”, o uso de crase está inadequado, pois o verbo reagir, nesse caso, não exige preposição. (E) Em “... mesmo em mulheres que frequentam há anos o salão de beleza.”, há uma inadequação gramatical, pois o termo destacado deveria ser substituído por “à”. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Comentário: Na alternativa (A), a crase está errada, haja vista que o substantivo “esmalte” é masculino. Na alternativa (B), a ausência do acento indicativo de crase está correta, haja vista que o substantivo “esmaltes” é um substantivo masculino plural. Assim, o vocábulo “a” é apenas uma preposição regida pelo substantivo “reação”. A alternativa (C) está correta, pois o substantivo “alergia” rege a preposição “a” e o substantivo “esmalte” é masculino. Tal substantivo não está precedido do artigo “o”, tendo em vista o tom generalizante. Na alternativa (D), o verbo “reage” rege a preposição “a” e o substantivo “substâncias” está precedido do artigo “as”. Assim, o acento indicativo de crase está correto. Na alternativa (E), o verbo “há” está corretamente empregado, tendo em vista a ideia de tempo decorrido. Assim, não pode haver tal substituição. Gabarito: C Questão 31: Pref Fundão CE 2014 Assistente de Gestão Pública (banca AOCP) Observe o excerto “(...) rente à trave (...)” e assinale a alternativa correta quanto ao uso do acento grave.

O acento grave foi empregado para assinalar a supressão do artigo “a”. O acento grave foi empregado para indicar a nasalidade da vogal “a”. O acento grave foi empregado para assinalar a vogal aberta “a”. O acento grave foi empregado para indicar a junção do artigo “a” com um pronome demonstrativo. (E) O acento grave foi empregado para indicar a junção da preposição “a” com o artigo feminino “a”. Comentário: O adjetivo “rente” rege a preposição “a” e o substantivo “trave” é precedido do artigo “a”. Assim, a alternativa (E) é a correta. Gabarito: E (A) (B) (C) (D)

Questão 32: Pref Camaçari BA 2014 Administrador (banca AOCP) Fragmento do texto: As vozes dizem NÃO: não aos ônibus sujos e estragados, impontuais, motoristas sobrecarregados; não às escolas fechadas ou em ruínas; não aos professores e médicos impotentes, estradas intransitáveis, medo dentro e fora de casa. Em “...não às escolas fechadas...”, o sinal indicativo de crase foi empregado para (A) evitar a ambiguidade presente no fragmento, decorrente da semelhança entre o som do verbo ‘haver’ e o artigo ‘a’. (B) atender à regência nominal do adjunto adverbial, que requer um objeto indireto para completar o seu sentido. (C) marcar o emprego de um adjunto adverbial cuja base é composta de um substantivo do gênero feminino. (D) marcar o emprego de uma locução prepositiva formada de um substantivo feminino seguido de um adjetivo. (E) marcar a fusão entre a preposição ‘a’, requerida pelo verbo ‘dizer’, e o artigo ‘a’, empregado diante de ‘escolas’. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Comentário: Há uma estrutura sintática peculiar nesta questão. No trecho “As vozes dizem NÃO”, o vocábulo “NÃO” não é um advérbio, mas um substantivo. Assim, tal substantivo é o objeto direto. Na expressão “não às escolas fechadas”, podemos subentender a expressão “As vozes dizem”. Assim, teremos: As vozes dizem NÃO às escolas fechadas Dessa forma, há o sujeito “As vozes”, o verbo transitivo direto e indireto “dizem”, o objeto direto “NÃO” e o objeto indireto “às escolas fechadas”. Portanto, o verbo “dizem” rege a preposição “a” e o substantivo “escolas” foi precedido do artigo “as”. Por isso, houve crase. A alternativa (E) é a “menos errada”, haja vista que a banca pecou ao informar que o artigo diante de “escolas” seria singular “a”. Na realidade, é o artigo plural “as”. Gabarito: E Questão 33: IBC 2014 Administrador de Edifícios (banca AOCP) Em “Às vezes é.”, a crase foi utilizada (A) para atender à regência do nome “vezes”. (B) para atender à regência do verbo “ser”. (C) por tratar-se de uma locução prepositiva de base feminina. (D) por tratar-se de uma locução adverbial de base feminina. (E) por tratar-se de uma locução conjuntiva de base feminina. Comentário: A expressão “Às vezes” é uma locução adverbial de tempo. Como o núcleo é o substantivo feminino “vezes”, entendemos que há uma locução adverbial de base feminina. Por isso, a alternativa correta é a (D). Gabarito: D Questão 34: EBSERH/HULW-UFPB 2014 Advogado (banca AOCP) “...consumo humano vai sofrer uma queda de 3% à medida que os níveis de dióxido de carbono...” A alternativa em que a crase foi utilizada seguindo a mesma regra aplicada na crase do excerto acima é (A) Descobriu-se tardiamente que o homem era fiel à esposa. (B) Foi à feira depois de passar pelo mercado. (C) Tornavam-se mais agressivos à proporção que os xingamentos aumentavam. (D) Entregou uma dúzia de rosas vermelhas à namorada. (E) Fabricava móveis à Luiz XV. Comentário: A expressão “à medida que” é uma locução conjuntiva. As únicas locuções conjuntivas que possuem crase são “à medida que” e “à proporção que”. Assim, a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Questão 35: EMPAER 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma. (A) Em “... aniquilam o direito à informação...”, mantém-se a correção gramatical se o termo destacado for substituído por “a”. (B) Em “... assemelha-se às piores leis...”, mantém-se a correção gramatical se o termo destacado for substituído por “as”. (C) Em “... era de macarthismo à brasileira,...”, mantém-se a correção gramatical se o termo destacado for substituído por “a”. (D) Em “... não conseguiram aplicar inteligência às suas operações...”, mantém-se a correção gramatical se o termo destacado for substituído por “as”. (E) Em “... muitas vezes foram às ruas...”, mantém-se a correção gramatical se o termo destacado for substituído por “as”. Comentário: Ocorreu um erro na montagem desta questão pela banca AOCP. Vamos comentar cada alternativa até chegar ao problema. A alternativa (A) está errada, pois o substantivo “direito” rege a preposição “a” e o substantivo “informação” está precedido do artigo “a”. Assim, a crase é obrigatória e não podemos excluir o acento grave. A alternativa (B) está errada, pois o verbo pronominal “assemelha-se” rege a preposição “a” e o substantivo “leis” está precedido do artigo “as”. Assim, a crase é obrigatória e não podemos excluir o acento grave. A alternativa (C) está errada, pois a expressão “à brasileira” é uma locução adverbial de modo. Sua estrutura é iniciada pela preposição “a”, o substantivo “maneira” fica subentendido por causa do adjetivo “brasileira” e do artigo “a”, por isso a crase é obrigatória e não podemos excluir o acento grave. A alternativa (D) foi dada pela banca como a correta, mas houve um erro conceitual da banca. Ela queria apenas que o candidato percebesse o emprego do pronome possessivo “suas”. Porém, ela se esqueceu que a crase é facultativa apenas com o pronome possessivo feminino singular, e não o plural. Vimos isso na nossa teoria. O que devemos entender é que o verbo “aplicar” é transitivo direto e indireto, ele rege a preposição “a”, e o substantivo “operações” está precedido do artigo “as”. O pronome possessivo “suas” admite a omissão do artigo “as”. Assim, haveria apenas a preposição “a”. Veja: não conseguiram aplicar inteligência a suas operações Dessa forma, o acento indicativo da crase é proibido. A estrutura sugerida pela banca como certa (aplicar inteligência as suas operações) é, na realidade, incorreta porque excluiria a preposição “a”, a qual é exigida pelo verbo “aplicar”. Assim, definitivamente, a substituição de “às” por “as” é viciosa, o que implicaria o erro da alternativa. Porém, a banca não anulou a questão. A não anulação da questão pode se dar por vários motivos, dentre eles, a simples falta de manifestação por meio do recurso dos candidatos. A alternativa (E) está errada, pelo motivo semelhante ao da alternativa anterior. O verbo “foram” rege a preposição “a” e o substantivo “ruas” é Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 precedido do artigo “as”. Assim, a crase é obrigatória e não podemos excluir o acento grave. Gabarito: D Questão 36: MPE BA 2013 Motorista (banca AOCP) Em “...a pessoa com o menor nível de tolerância à bagunça...”, o sinal indicativo de crase ocorreu (A) para atender à regência do nome tolerância. (B) para atender à regência do nome nível. (C) para atender à regência do verbo morar, citado anteriormente. (D) por tratar-se de locução conjuntiva de base feminina. (E) para atender à regência do verbo sentir, citado posteriormente. Comentário: O substantivo “tolerância” rege a preposição “a” e o substantivo “bagunça” é precedido do artigo “a”. Por isso ocorreu crase e a alternativa correta é a (A). Gabarito: A Questão 37: SETAS MT 2013 Agente de Desenvolvimento (banca AOCP) Assinale a alternativa em que se usou a crase pela mesma razão em que ela foi utilizada em: “... logo as crianças são apresentadas às guloseimas...” (A) Saiu de casa às nove horas da manhã e não mais voltou. (B) As mulheres são constantemente levadas à marginalização. (C) Usava roupas à moda francesa, mas nem por isso era elegante. (D) Retornou à Itália depois de uma longa ausência. (E) A medicação foi benéfica à criança, porém não nas proporções desejadas. Comentário: Na oração “logo as crianças são apresentadas às guloseimas”, a expressão “são apresentadas” é uma locução verbal da voz passiva. Veja que “as crianças” é o sujeito paciente. Tal locução verbal rege a preposição “a”. Como o objeto indireto “às guloseimas” possui o substantivo “guloseimas” e é precedido do artigo “as”, ocorre crase. Assim, a crase foi resultado da regência verbal, com a peculiaridade de ser uma locução verbal da voz passiva. Na alternativa (A), ocorre crase, porque “às nove horas da manhã” é uma locução adverbial de tempo e de base feminina. A alternativa (B) é a correta, pois “são levadas” é uma locução verbal da voz passiva, a qual rege a preposição “a” e o substantivo “marginalização” é precedido do artigo “a”. Assim, a crase ocorreu nesta alternativa pelo mesmo motivo do pedido da questão. Na alternativa (C), ocorre crase, porque “à moda francesa” é uma locução adverbial de modo e de base feminina. Na alternativa (D), ocorre crase, porque o verbo “Retornou” rege a preposição “a” e o substantivo “Itália” é precedido do artigo “a”. Assim, a crase ocorreu por regência verbal, porém com verbo na voz ativa. Na alternativa (E), ocorre crase, porque o adjetivo “benéfica” rege a preposição “a” e o substantivo “criança” é precedido do artigo “a”. Assim, a crase ocorreu por regência nominal. Gabarito: B Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Questão 38: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) Fragmento do texto: Em julho, o aumento foi de 528% com relação ao mesmo mês de 2009. A primeira quinzena de agosto registrou 129% de aumento em relação à primeira quinzena de agosto de 2009. O sinal indicativo de crase em “em relação à primeira quinzena” é facultativa, pois se trata de palavra feminina. Comentário: O substantivo feminino “quinzena” está precedido do numeral adjetivo “primeira”. Assim, o artigo deve preceder esse substantivo. Como o substantivo “relação” exigiu a preposição “a”, a crase é obrigatória. Gabarito: E Questão 39: Prefeitura Lagarto – 2011 – Agente (banca AOCP) Em “O texto será encaminhado à Presidência da República...”, o sinal indicativo de crase segue a mesma regra de qual alternativa? (A) O empresário saiu à tarde para almoçar. (B) Pedro voltou às oito da noite para preparar aulas. (C) O Ministro deu o projeto de lei à Senadora. (D) José é avesso às animosidades das pessoas. (E) João foi totalmente fiel à namorada durante a viagem. Comentário: Na semana passada, vimos a voz passiva, a qual nos ajuda bastante no entendimento desta questão. A expressão “será encaminhado” é uma locução verbal na voz passiva e é transitiva direta e indireta. Nesta voz, o suposto objeto direto se transforma em sujeito paciente (“O texto”). O que era sujeito agente na voz ativa vira agente da passiva na voz passiva, porém esse agente não está expresso neste trecho (Quem encaminhará o texto? Não se sabe.) Assim, o termo “à Presidência da República” é o objeto indireto. Veja o esquema: Voz ativa: (Alguém) encaminhará o texto à Presidência da República. sujeito + agente

VTDI

+ OD

+

OI

Voz passiva: O texto será encaminhado à Presidência da República (por alguém). sujeito + locução verbal TDI + paciente

OI

+ agente da passiva

Agora, temos certeza de que a crase ocorreu porque a locução verbal transitiva direta e indireta exigiu a preposição “a” e o substantivo “Presidência” é feminino e admitiu o artigo “a”. A alternativa (A) não possui a mesma regra, pois o verbo “saiu” é intransitivo, e o termo “à tarde” é uma locução adverbial, que se inicia pela preposição “a”. Não foi o verbo que exigiu tal preposição, mas a estrutura adverbial é iniciada pelo “a”. Como o substantivo “tarde” admite artigo “a”, houve a crase. A alternativa (B) não possui a mesma regra, pois o verbo “voltou” é também intransitivo. Há crase porque a locução adverbial “às oito da noite” é iniciada pela preposição “a”, e o substantivo “horas” está subentendido após o Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 numeral “oito”, por isso se admite o artigo “as”. A alternativa (C) possui a mesma regra, pois é o verbo transitivo direto e indireto “deu” que exigiu a preposição “a”. O termo “o projeto de lei” é o objeto direto e “à Senadora” é o objeto indireto, iniciado pela preposição “a” exigida pelo verbo. Como o substantivo “Senadora” admite o artigo “a”, ocorre crase. Nas alternativas (D) e (E), ocorre a crase, tendo em vista a regência nominal, pois os adjetivos “avesso” e “fiel” exigem a preposição “a”, e os substantivos femininos “animosidades” e “namorada” admitem o artigo “as” e “a”, respectivamente. Gabarito: C Questão 40: Prefeitura Camaçari – 2010 – Analista (banca AOCP) “Em longo prazo, é preciso um trabalho com alunos, com a inserção de atividades culturais e lazer e com o incentivo à participação dos pais na escola.” O sinal indicativo de crase presente no fragmento acima ocorre pela mesma regra de qual alternativa? (A) O gerente concedeu um empréstimo à professora para a construção da casa própria. (B) Maria cursou cinco anos de Engenharia de Alimentos à noite e trabalhou durante o dia. (C) Marcos conseguiu ser fiel à esposa durante trinta anos, quando conheceu outra mulher. (D) Jorge manteve-se à distância de cem metros da esposa, conforme orientação do juiz. (E) Jorge resolveu vender seus dois carros importados à concessionária para quitar dívidas. Comentário: A crase ocorre tendo em vista a regência nominal, pois o substantivo “incentivo” exigiu a preposição “a”, e o substantivo feminino “participação” admitiu o artigo “a”. A alternativa (A) não possui a mesma regra, porque o verbo “concedeu” é transitivo direto e indireto (conceder algo a alguém). Assim, a regência ocorreu porque o verbo exigiu a preposição “a”, que inicia o objeto indireto. A alternativa (B) não possui a mesma regra, pois a expressão “à noite” é uma locução adverbial, que se encontra precedida da preposição “a”. Não foi o verbo “cursou” que a exigiu, mas sua própria estrutura. A alternativa (C) possui a mesma regra, pois o adjetivo “fiel” exigiu a preposição “a”. Assim, a crase ocorreu tendo em vista a regência nominal. A alternativa (D) não possui a mesma regra, pois a expressão “à distância de cem metros” é uma locução adverbial, que se encontra precedida da preposição “a”. A alternativa (E) não possui a mesma regra, porque o verbo “vender” é transitivo direto e indireto (vender algo a alguém). Assim, a regência ocorreu porque o verbo exigiu a preposição “a”, que inicia o objeto indireto. Gabarito: C Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Questão 41: Prefeitura Paranavaí – 2011 – Analista (banca AOCP) “As instituições terão 30 dias para apresentar defesa à secretaria.” Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase ocorreu pela mesma regra encontrada no fragmento acima. (A) João sairá às 17h. (B) Mário é fiel à esposa. (C) O barco ficou à deriva. (D) Pedro deu o livro à professora. (E) Maria gosta de ficar à toa. Comentário: O verbo “apresentar” é transitivo direto e indireto, o termo “defesa” é o objeto direto e “à secretária” é o objeto indireto. Assim, ocorreu a crase, tendo em vista a regência verbal. Na alternativa (A), ocorreu crase, porque “às 17h” é uma locução adverbial de tempo, cuja estrutura se inicia pela preposição “a” e o substantivo “horas” admite artigo “as”. Na alternativa (B), o adjetivo “fiel” exigiu a preposição “a”. Assim, ocorreu crase, tendo em vista a regência nominal. Na alternativa (C), ocorreu crase, porque “à deriva” é uma locução adverbial de modo, cuja estrutura se inicia pela preposição “a” e o substantivo “deriva” admite artigo “a”. A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “deu” é transitivo direto e indireto. O termo “o livro” é o objeto direto e “à esposa” é o objeto indireto. Assim, ocorreu crase, tendo em vista a regência verbal. Na alternativa (E), ocorreu crase, porque “à toa” é uma locução adverbial de modo, cuja estrutura se inicia pela preposição “a” e o substantivo “toa” admite o artigo “a”. Gabarito: D

O que devo tomar nota como mais importante? 1. A estrutura-padrão da crase preposição

verbo

a

ou nome

a +

a

substantivo feminino

aquele, aquela, aquilo a (=aquela) a qual (pronome relativo)

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 2. Peculiaridade de cobrança da AOCP Segundo a banca AOCP, a crase ocorre por alguns motivos, quais sejam: a) regência verbal: quando o verbo rege a preposição “a” e o substantivo posterior admite o artigo “a”: Obedeço à lei. b) regência nominal: quando um nome (adjetivo ou substantivo) rege a preposição “a” e o substantivo posterior admite o artigo “a”: Sou obediente à lei. Tenho obediência à lei. c) locução prepositiva de base feminina: Estava à espera de você. d) locução adverbial de base feminina: À noite, estarei em casa. e) locução conjuntiva de base feminina: À medida que o tempo passa, o estudo é potencializado. À proporção que me dedico, o estudo é potencializado.

Questão 1: EBSERH/MEAC-UFC 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) “Entre as pesquisas que apontam para efeitos positivos do consumo do chocolate, as mais numerosas são, de longe, aquelas que associam o alimento a benefícios ao coração.”. Assinale a alternativa em que o verbo destacado apresenta, na oração a que pertence, a mesma regência do verbo associar no período acima. (A) Foi ao cinema quando entardeceu. (B) Crianças carentes precisam de atenção redobrada. (C) Lavou o carro logo de manhã. (D) Abandonou o emprego, pois estava insatisfeito. (E) Entregamos os vasilhames ao repositor. Questão 2: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV) Deixar recipientes com água no chão Nunca deixe as garrafas e galões usados para armazenar água no chão, local por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da casa. Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível contaminação da água. “Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível contaminação da água”.

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Nesse segmento, uma substituição que está de acordo com a norma culta da língua é (A) prefira / prefere. (B) em cima / encima. (C) do que / a. (D) ao chão / do chão. (E) da água / com água. Questão 3: TJ BA 2015 – Analista Judiciário (banca FGV) O segmento do texto em que a preposição DE é empregada em razão da exigência de algum termo anterior é: (A) “O cigarro é um dos produtos DE consumo mais vendidos no mundo”; (B) “Comanda legiões DE compradores leais”; (C) “os fabricantes orgulham-se DE ter lucros impressionantes”; (D) “a vida DOS fumantes americanos é reduzida”; (E) “cinco milhões DE anos”. Questão 4: Conder 2013 – Administrador (banca FGV) A norma culta é respeitada nas frases a seguir, à exceção de uma. Assinale a. (A) “Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina”. (B) “Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha”. (C) “Outra coisa: ele é mais inteligente que você”. (D) “Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe”. (E) “Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele”. Questão 5: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV) Assinale a frase em que a preposição a (à) não corresponde a uma necessidade de regência de um termo anterior. (A) respeito às faixas de pedestre. (B) reclamações à parte. (C) obedecer a regras básicas de trânsito. (D) persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. (E) associadas à promulgação do novo CBT. Questão 6: Pol Civil MA 2012 – Auxiliar de Perícia Médica Legal (banca FGV) “Sem conseguir entrar no mercado de trabalho”. Assinale a alternativa na qual a mudança de verbo produz um erro de regência (uso equivocado de preposição). (A) Sem conseguir participar do mercado de trabalho. (B) Sem conseguir aspirar ao mercado de trabalho. (C) Sem conseguir investir no mercado de trabalho. (D) Sem conseguir visualizar o mercado de trabalho. (E) Sem conseguir entregar-se o mercado de trabalho. Prof. Décio Terror

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Questão 7: Prefeitura Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan) Como na moral dessa narrativa, “Nos momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela”, o verbo “apelar” permite outros empregos. Identifique a opção em que a regência desse verbo está equivocada. a) Apelou, aflitivamente, a quem passava, mas ninguém quis saber. b) Logo no dia seguinte, apelou da decisão do tribunal. c) O procurador ligou, apelando pelo caso do pai. d) O padre apelou os crentes para se manterem fiéis à doutrina. Questão 8: BNDES 2013 Administrador (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir a mudança é impossível. Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, mas apenas aquelas que de algum modo atendem a suas necessidades e a fazem avançar. No Texto, o verbo atender ( . 4) exige a presença de uma preposição para introduzir o termo regido. Essa mesma exigência ocorre na forma verbal destacada em: (A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis.” (B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução.” (C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança é inerente à realidade tanto material quanto espiritual,” (D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir a mudança é impossível.” (E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, ” Questão 9: Pref Porto Velho-RO 2012 Administrador (banca Consulplan) “Quando a democracia surgiu na Grécia...” Assinale a alternativa na qual o verbo apresenta, na oração proposta, transitividade análoga idêntica ao da frase anterior. A) Esse argumento não procede. B) O professor informou ao diretor sobre sua decisão. C) Chamei por você. D) Não abdicarei de meus direitos. E) Ansiava pelo dia de amanhã. Questão 10: Prefeitura C.V. 2010 Contador (banca Consulplan) NÃO há erro de regência verbal em: A) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos escolares. B) Falta de punição implica violência. C) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que pessoas honestas. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 D) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias. E) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade. Questão 11: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan) Assinale a afirmativa que apresenta INCORREÇÃO quanto à regência: A) Pedro está alheio a tudo. B) Não abdicarei dos meus direitos. C) O convite não lhe agradou. D) Ele tem aversão à altura. E) Agradeci os diretores. Questão 12: BNDES 2010 Analista de Sistemas (banca Cesgranrio) Observe o trecho a seguir. “...que o sucesso de ontem não nos garante o sucesso de amanhã.” Das passagens transcritas abaixo, qual verbo em destaque apresenta transitividade igual à do verbo destacado acima? (A) “‘a gente leva da vida a vida que a gente leva.’” (B) “A visão pessoal tem o poder de dar sentido às coisas,” (C) “afinal para quem não sabe aonde vai qualquer caminho serve.” (D) “Outras ganham fôlego no início, mas acabam desistindo.” (E) “Mas é assim que a vida segue.” Questão 13: BNDES 2011 Engenheiro (banca Cesgranrio) A frase em que o uso da preposição destacada NÃO constitui caso de regência verbal ou nominal é: (A) “Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa,” (B) “temos que nos conscientizar de que estamos juntos...” (C) “dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.” (D) “...que, para ser feliz com a outra pessoa,” (E) “Você aprende a gostar de você,” Questão 14: Banco do Brasil 2012 Escriturário (banca Cesgranrio) A frase em que a presença ou ausência da preposição está de acordo com a norma-padrão é: (A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande. (B) Preciso de que me arranjem um emprego. (C) Convidei à Maria para vir ao escritório. (D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo. (E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa Questão 15: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência: A) Ela estava descontente com a reciclagem do lixo. B) O político não se simpatizou com as inovações tecnológicas. C) Estamos habituados a resolver os problemas. D) É um direito que lhe assiste. E) Chamei a Paulo de tolo. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Questão 16: TJ SC 2015 – Assistente Social (banca FGV) A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma culta é: (A) O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o transporte ferroviário”, com o que discordava a grande maioria. (B) Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países de fala hispânica, do qual não pediu para integrar, a situação dos demais era tranquila. (C) Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem cuidadosamente aonde trabalhar, dando prioridade à locais de mais fácil acesso. (D) Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado por outro morador inconsciente com a limpeza do local. (E) O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade. Questão 17: Pref Osasco 2014– Analista (banca FGV) No texto, entre os elementos coesivos sublinhados, podem ser substituídos por “quando” os conectores destacados em: (A) “(...) saudade dos tempos em que o Brasil sediou (...)”; (B) “(...) atual padrão Fifa em que poucos têm acesso aos jogos”; (C) “(...) com conforto incomparável ao que se via no passado”; (D) “(...) matriculados no que hoje chamamos de ensinos (...)”; (E) “(...) de meados do século passado com a de agora (...). Questão 18: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV) Assinale a alternativa em que a preposição sublinhada é fruto da ligação com um termo posterior (e não anterior). (A) “O máximo de punição a que está sujeito é submeter se...”. (B) “Identificado por câmeras do sistema de segurança...”. (C) “...que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato...”. (D) “...levado a um centro de recolhimento...”. (E) “...aplicação de medidas ‘socioeducativas’”. Questão 19: INEA 2013 – Administrador (banca FGV) No segmento “Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos”, há um erro de construção, por omissão da preposição EM antes de “o que avançamos bem” (no que avançamos bem). Assinale a alternativa que apresenta um erro no emprego da preposição antes de pronome relativo. (A) Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 (B) As verbas de que foram reparadas as pontes são federais. (C) Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos. (D) Os perigos com que se depararam são variados. (E) As soluções por que lutaram demoraram a chegar. Questão 20: SUDENE 2013 – Agente Administrativo (banca FGV) “A crise que o país atravessa...”. Nesse segmento temos uma oração adjetiva não precedida de preposição porque o verbo “atravessar” não a exige. Assinale a alternativa em que a frase apresenta erro quanto à regência. (A) A crise a que o país assiste é muito grave. (B) Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público. (C) Os problemas com que nos deparamos são os de sempre. (D) Os argumentos a que nos opomos são falsos. (E) As soluções com que sugerimos não foram aceitas. Questão 21: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan) Fragmento do texto: Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se escreve coisas inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente) para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita. Com base no trecho “[...] se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita.”, é correto afirmar que A) o elemento “a” pode ser substituído por “com”. B) a expressão “nas quais” pode ser substituída por “às quais”. C) ao eliminar a expressão “sem convicção”, a regência verbal sofre alteração. D) é obrigatória a substituição de “a” por “às”; já que, neste caso, ocorre obrigatoriedade da crase. Questão 22: Prefeitura Cascavel 2014 Agente de Apoio (banca Consulplan) Indique a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada quanto à correção, de acordo com a norma padrão, e a preservação do sentido para o trecho “Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação a que têm acesso [...]”. A) Os jovens são fascinados às pequenas doses de informação a que têm acesso [...]. B) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação que têm acesso [...]. C) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às que têm acesso [...]. D) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às quais têm acesso [...]. E) Os jovens são fascinados diante de pequenas doses de informação a qual têm acesso [...].

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Questão 23: FINEP 2011 Analista (banca Cesgranrio) Cada período abaixo é composto pela união de duas orações. Em qual deles essa união está de acordo com a norma padrão? (A) A exposição que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um mês. (B) Mora em Recife o pesquisador que os postais estão sendo expostos. (C) Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa. (D) Foi impressionante o sucesso cuja exposição de cartões-postais alcançou. (E) O assunto que o pesquisador se interessou traz uma marca de romantismo. Questão 24: FINEP 2011 Técnico (banca Cesgranrio) Dentre os períodos compostos abaixo, qual foi elaborado de acordo com a norma-padrão da língua? (A) Entrei e saí do escritório hoje correndo. (B) O relatório que te falei está em cima da mesa. (C) Esse é o colega que dei meu endereço novo. (D) O manual por que aprendeu a usar a máquina é ruim. (E) A ilha que eu mudei minha residência oficial é grande. Questão 25: BNDES 2010 Técnico (banca Cesgranrio) Em relação à regência nominal ou verbal, qual a frase em que NÃO se emprega o pronome relativo precedido de preposição? (A) O físico ______ frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua nova forma de pensar. (B) A conferência ______ assistimos marcou o início de uma nova etapa em nossa vida. (C) Era impossível aceitar as provocações ______ foram submetidos durante o discurso. (D) As provações ________ estamos expostos são importantes para descobrirmos novas oportunidades. (E) Os obstáculos _______ transpusemos ao longo da vida profissional nos ajudaram a atingirmos o sucesso. Questão 26: EBSERH 2015 – Enfermeiro (banca AOCP) Em “O gostar que nos define está ligado às entranhas de alguém...", a crase ocorreu a) porque está inserida em uma locução prepositiva de base feminina. b) para atender à regência do verbo “define". c) para atender à regência do verbo “estar" que, na oração, está presente na locução verbal “está ligado". d) para atender à regência do verbo “ligar" que, na oração, está presente na locução verbal “está ligado". e) para atender à regência do verbo “gostar" que, na oração, está no infinitivo. Prof. Décio Terror

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Questão 27: EBSERH/HU-UFMA 2015 Analista Administrativo (banca AOCP) Em “À medida que diminui o acesso à água...”, a crase, no termo em destaque, (A) ocorre por “acesso à água” tratar-se de uma locução prepositiva de base feminina. (B) é resultado da necessidade de concordância entre o verbo “diminuir” e a palavra feminina “água”. (C) é resultado da junção da preposição “a”, exigida pela regência do nome “acesso”, com o artigo feminino que antecede “água”. (D) ocorre por “acesso à água” tratar-se de uma locução conjuntiva de base feminina. (E) é resultado da junção da preposição “a”, exigida pela regência do verbo “diminuir”, com o artigo feminino que antecede “água”. Questão 28: EBSERH/MEAC-UFC Advogado 2014 (banca AOCP) Em “Trabalhamos em horários irregulares, frequentemente à noite e de madrugada.”, o sinal indicativo de crase foi empregado: (A) para atender à regência do nome “irregulares”. (B) para atender à regência do verbo “trabalhar”. (C) por tratar-se de uma locução adverbial de base feminina. (D) para concordar com o advérbio “frequentemente”. (E) para atender à regência do nome “madrugada”. Questão 29: EBSERH HUSM UFSM Analista Administrativo 2015 (banca AOCP) “A essência do comportamento jovem é ter curiosidade em relação à vida...”

No período acima, a crase foi utilizada: (A) para atender à regência do verbo “é”. (B) para atender à regência do nome “relação”. (C) para atender à regência do verbo “ter”. (D) por tratar-se de locução adverbial de base feminina. (E) por tratar-se de locução conjuntiva de base feminina. Questão 30: EBSERH HC UFMG Enfermeiro 2015 (banca AOCP) A respeito do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa correta. (A) Em “..a descoberta de uma alergia à esmalte é desoladora.”, o uso da crase justifica-se pela regência nominal de “alergia” e por ser “esmalte” uma palavra feminina. (B) Em “A reação a esmaltes, chamada de dermatite de contato alérgica...”, a ausência de sinal indicativo de crase no “a” destacado é uma inadequação gramatical, pois a palavra “reação” rege uma preposição. (C) Em “A alergia a esmalte ainda pode ser provocada pelo plastificante...”, o “a” destacado exerce função de preposição. Como o autor refere-se a esmalte de forma geral (esmaltes), optou-se por não utilizar o artigo definido (o) para o termo. Prof. Décio Terror

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 (D) Em “... depois que o organismo reage às substâncias.”, o uso de crase está inadequado, pois o verbo reagir, nesse caso, não exige preposição. (E) Em “... mesmo em mulheres que frequentam há anos o salão de beleza.”, há uma inadequação gramatical, pois o termo destacado deveria ser substituído por “à”. Questão 31: Pref Fundão CE 2014 Assistente de Gestão Pública (banca AOCP) Observe o excerto “(...) rente à trave (...)” e assinale a alternativa correta quanto ao uso do acento grave.

O acento grave foi empregado para assinalar a supressão do artigo “a”. O acento grave foi empregado para indicar a nasalidade da vogal “a”. O acento grave foi empregado para assinalar a vogal aberta “a”. O acento grave foi empregado para indicar a junção do artigo “a” com um pronome demonstrativo. (E) O acento grave foi empregado para indicar a junção da preposição “a” com o artigo feminino “a”. (A) (B) (C) (D)

Questão 32: Pref Camaçari BA 2014 Administrador (banca AOCP) Fragmento do texto: As vozes dizem NÃO: não aos ônibus sujos e estragados, impontuais, motoristas sobrecarregados; não às escolas fechadas ou em ruínas; não aos professores e médicos impotentes, estradas intransitáveis, medo dentro e fora de casa. Em “...não às escolas fechadas...”, o sinal indicativo de crase foi empregado para (A) evitar a ambiguidade presente no fragmento, decorrente da semelhança entre o som do verbo ‘haver’ e o artigo ‘a’. (B) atender à regência nominal do adjunto adverbial, que requer um objeto indireto para completar o seu sentido. (C) marcar o emprego de um adjunto adverbial cuja base é composta de um substantivo do gênero feminino. (D) marcar o emprego de uma locução prepositiva formada de um substantivo feminino seguido de um adjetivo. (E) marcar a fusão entre a preposição ‘a’, requerida pelo verbo ‘dizer’, e o artigo ‘a’, empregado diante de ‘escolas’. Questão 33: IBC 2014 Administrador de Edifícios (banca AOCP) Em “Às vezes é.”, a crase foi utilizada (A) para atender à regência do nome “vezes”. (B) para atender à regência do verbo “ser”. (C) por tratar-se de uma locução prepositiva de base feminina. (D) por tratar-se de uma locução adverbial de base feminina. (E) por tratar-se de uma locução conjuntiva de base feminina.

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Questão 34: EBSERH/HULW-UFPB 2014 Advogado (banca AOCP) “...consumo humano vai sofrer uma queda de 3% à medida que os níveis de dióxido de carbono...” A alternativa em que a crase foi utilizada seguindo a mesma regra aplicada na crase do excerto acima é (A) Descobriu-se tardiamente que o homem era fiel à esposa. (B) Foi à feira depois de passar pelo mercado. (C) Tornavam-se mais agressivos à proporção que os aumentavam. (D) Entregou uma dúzia de rosas vermelhas à namorada. (E) Fabricava móveis à Luiz XV.

xingamentos

Questão 35: EMPAER 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma. (A) Em “... aniquilam o direito à informação...”, mantém-se a correção gramatical se o termo destacado for substituído por “a”. (B) Em “... assemelha-se às piores leis...”, mantém-se a correção gramatical se o termo destacado for substituído por “as”. (C) Em “... era de macarthismo à brasileira,...”, mantém-se a correção gramatical se o termo destacado for substituído por “a”. (D) Em “... não conseguiram aplicar inteligência às suas operações...”, mantém-se a correção gramatical se o termo destacado for substituído por “as”. (E) Em “... muitas vezes foram às ruas...”, mantém-se a correção gramatical se o termo destacado for substituído por “as”. Questão 36: MPE BA 2013 Motorista (banca AOCP) Em “...a pessoa com o menor nível de tolerância à bagunça...”, o sinal indicativo de crase ocorreu (A) para atender à regência do nome tolerância. (B) para atender à regência do nome nível. (C) para atender à regência do verbo morar, citado anteriormente. (D) por tratar-se de locução conjuntiva de base feminina. (E) para atender à regência do verbo sentir, citado posteriormente. Questão 37: SETAS MT 2013 Agente de Desenvolvimento (banca AOCP) Assinale a alternativa em que se usou a crase pela mesma razão em que ela foi utilizada em: “... logo as crianças são apresentadas às guloseimas...” (A) Saiu de casa às nove horas da manhã e não mais voltou. (B) As mulheres são constantemente levadas à marginalização. (C) Usava roupas à moda francesa, mas nem por isso era elegante. (D) Retornou à Itália depois de uma longa ausência. (E) A medicação foi benéfica à criança, porém não nas proporções desejadas.

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Português para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror Aula 4 Questão 38: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) Fragmento do texto: Em julho, o aumento foi de 528% com relação ao mesmo mês de 2009. A primeira quinzena de agosto registrou 129% de aumento em relação à primeira quinzena de agosto de 2009. O sinal indicativo de crase em “em relação à primeira quinzena” é facultativa, pois se trata de palavra feminina. Questão 39: Prefeitura Lagarto – 2011 – Agente (banca AOCP) Em “O texto será encaminhado à Presidência da República...”, o sinal indicativo de crase segue a mesma regra de qual alternativa? (A) O empresário saiu à tarde para almoçar. (B) Pedro voltou às oito da noite para preparar aulas. (C) O Ministro deu o projeto de lei à Senadora. (D) José é avesso às animosidades das pessoas. (E) João foi totalmente fiel à namorada durante a viagem. Questão 40: Prefeitura Camaçari – 2010 – Analista (banca AOCP) “Em longo prazo, é preciso um trabalho com alunos, com a inserção de atividades culturais e lazer e com o incentivo à participação dos pais na escola.” O sinal indicativo de crase presente no fragmento acima ocorre pela mesma regra de qual alternativa? (A) O gerente concedeu um empréstimo à professora para a construção da casa própria. (B) Maria cursou cinco anos de Engenharia de Alimentos à noite e trabalhou durante o dia. (C) Marcos conseguiu ser fiel à esposa durante trinta anos, quando conheceu outra mulher. (D) Jorge manteve-se à distância de cem metros da esposa, conforme orientação do juiz. (E) Jorge resolveu vender seus dois carros importados à concessionária para quitar dívidas. Questão 41: Prefeitura Paranavaí – 2011 – Analista (banca AOCP) “As instituições terão 30 dias para apresentar defesa à secretaria.” Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase ocorreu pela mesma regra encontrada no fragmento acima. (A) João sairá às 17h. (B) Mário é fiel à esposa. (C) O barco ficou à deriva. (D) Pedro deu o livro à professora. (E) Maria gosta de ficar à toa.

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1. E 11. E 21. A 31. E 41. D

2. C 12. B 22. D 32. E

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3. C 13. D 23. C 33. D

4. A 14. B 24. D 34. C

5. B 15. B 25. E 35. D

6. E 16. E 26. E 36. A

7. D 17. A 27. C 37. B

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8. A 18. A 28. C 38. E

9. A 19. B 29. B 39. C

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10. 20. 30. 40.

B E C C
Aula 04-Regência (verbal e nominal); crase

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