2045-18_PRATIQUE_REDACAO_N7_PRE-UNIV Concurso

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Pratique Redação

7 Pré-Universitário

Caros(as) Alunos(as), O TA3 do Laboratório de Redação está vinculado ao XVIII Concurso Ari de Sá de Poesia, Redação, Conto e Desenho Artístico. Assim, as REDAÇÕES referentes a esse TA farão parte da 1ª fase do Concurso e deverão ser apresentadas pelos alunos da 3ª Série no Laboratório de Redação, entre os dias 20 de março e 6 de abril. I.

PROPOSTAS PARA A MODALIDADE REDAÇÃO (obrigatória)

O compromisso com a construção da cidadania pede, necessariamente, uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental. Assim, a educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a sua reflexão. Nessa perspectiva, foram desenvolvidas, como temas transversais, questões de Cidadania, Ética, Meio Ambiente, Diversidade Cultural e Direitos Humanos. Escolha um dos recortes temáticos a seguir e desenvolva um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO sobre o tema apresentado. TEXTO I Alguns perigos encontrados na internet 1.

Vírus Todos os dias, vários vírus são lançados na internet. São malwares, trojans, adwares e vários outros tipos que juntos têm o objetivo de prejudicar o internauta. Seja roubando informações, espionando, ou destruindo o equipamento do usuário, hackers são bastante criativos na hora de espalhar vírus on-line. 2.

Spams O spam é um tipo de lixo eletrônico enviado por e-mail para muitas pessoas, geralmente, sem que você tenha pedido ou aceitado. A maioria dos serviços de e-mail oferece uma espécie de filtro antispam, separando o que são mensagens confiáveis e suspeitas. Mesmo assim, alguns spams se “disfarçam” de mensagens confiáveis e acabam caindo na sua caixa de e-mail. E é aí que mora o perigo, pois esse tipo de mensagem carrega sempre algum tipo de ameaça.

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3.

Cyberbullying De acordo com uma pesquisa do Google, o cyberbullying é o maior perigo da internet. Abusos psicológicos pela web é uma grande realidade. Uma pesquisa realizada pela Intel Security mostrou que a maioria das crianças (66%) já viram práticas de comportamento cruel e intimidação nas mídias sociais, enquanto 21% dos entrevistados disseram já terem sido vítimas de cyberbullying. Meninos e meninas com idades entre 13 e 16 anos são a maior parte das vítimas. 4.

Vazamento de informações íntimas Tenha muito cuidado ao fazer fotos e vídeos íntimos. A maioria desse tipo de imagem é compartilhada por ex-parceiros. Para que ninguém tenha acesso aos seus arquivos no computador ou telefone, é preciso ficar atento aos meios que o criminoso pode usar para entrar em contato com suas coisas. Tenha sempre um bom antivírus instalado em seu dispositivo, e também um firewall atualizado, para impedir a ação dos hackers. Disponível em: http://www.mundopositivo.com.br/noticias/segurancadigital/20431987- os_10_maiores_perigos_da_ internet.html. Acesso em: 5 dez. 2016 (adaptado).

TEXTO II O modo em que as pessoas começaram a se comunicar e buscar informações mudou muito, principalmente no que diz respeito à velocidade dessa comunicação. Hoje em dia, temos acesso a notícias praticamente em tempo real, o mesmo acontece com conversas on-line, seja através somente de textos como também com o auxílio da webcam. Na internet, temos acesso a praticamente tudo: informação imediata, cultura, entretenimento diversificado, conteúdos destinados ao público adulto, enfim, inúmeros segmentos. Então, com toda essa diversidade de alternativas de uso da internet, você acha que está seguro atrás da tela de um computador? A resposta é não. A cada acesso estamos expostos a vírus e malware, eles estão espalhados por todos os lugares, onde, talvez, menos imaginaríamos. Com apenas um clique você poderá se expor a riscos como vírus e conteúdos impróprios. Disponível em: https://www.oficinadanet.com.br/artigo/seguranca/quais-os-perigos-que-a-internet-oferece. Acesso em: 5 dez. 2016.

TEXTO III

Disponível em: http://www.santanaoxente.net/site/images/charge.gif. Acesso em: 5 dez. 2016.

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TEXTO IV

Disponível em: http://blog.telasamigas.com/wp-content/uploads/2012/08/infografico-estudo-brasilredes-sociais-Fsecure.jpeg. Acesso em: 5 dez. 2016.

PROPOSTA 1 Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os riscos do mau uso da internet”, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 3

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TEXTO I Uso de drogas aumenta entre os adolescentes no país RIO — A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) traz dados alarmantes sobre os hábitos dos adolescentes brasileiros. O trabalho, referente ao ano de 2015, foi realizado com estudantes concluintes do 9º ano em escolas públicas e privadas de todo o país, a maioria entre 13 e 15 anos. Os resultados mostram que o percentual de jovens que já experimentaram bebidas alcoólicas subiu de 50,3%, em 2012, para 55,5% em 2015; já a taxa dos que usaram drogas ilícitas aumentou de 7,3% para 9% no mesmo período. — É na adolescência que se estabelecem hábitos que serão levados pela vida adulta — disse Marco Andreazzi, gerente da pesquisa, ressaltando a importância de políticas de prevenção de doenças. Para Cheila Marina de Lima, consultora técnica do Ministério da Saúde, uma das saídas poderia ser a maior regulamentação da propaganda de bebidas alcoólicas. Pela legislação atual, apenas bebidas com grau alcoólico acima de 13 graus Gay Lussac, como vodca e uísque, são proibidas de veicular publicidade entre 6h e 21h. Disponível em: http://oglobo.globo.com/sociedade/uso-de-drogas-aumenta-entre-os-adolescentes-no-pais-19996988. Acesso em: 5 dez. 2016 (adaptado).

TEXTO II

Disponível em: https://escolapt.wordpress.com/2016/03/04/alcool-tabaco-e-outras-drogas-na-adolescencia/

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TEXTO III No Brasil, o quadro mudou nas últimas décadas. Até os anos 80, os estudos não mostravam taxa elevada de consumo entre alunos. Mas, a partir dos anos 90, o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da UNIFESP mostra tendência ao seu crescimento, através de um estudo com alunos de 1º e 2º graus em 10 capitais brasileiras, amostras de jovens internados, e meninos de rua, aumentou o consumo de inalantes, maconha, cocaína e crack em capitais, mas o álcool e o tabaco eram as drogas mais utilizadas. Nesse contexto, tem-se, como fator preponderante, que o país faz fronteira com 10 países, 3 produtores de cocaína, uma possível causa do aumento do narcotráfico no Brasil, a pouca fiscalização torna muito fácil a entrada de droga e traficantes. Além da falta de perspectiva do jovem, desemprego, vulnerabilidade de nossas fronteiras, há a ausência de crianças e adolescentes de escolas sem condições de funcionar, que provocam o êxodo escolar. Apesar de o consumo de drogas ser mais comum na classe desprotegida, nota-se um aumento entre as classes média e alta, daí a importância de os pais alertarem para o problema que atinge todos os segmentos da sociedade, crianças, universitários, adultos. Disponível em: http://www.antidrogas.com.br. Acesso em: 12 dez. 2016 (adaptado).

PROPOSTA 2 Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O consumo de drogas por adolescentes no Brasil”, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM de 10 de dezembro de 1948. Artigo 14 (Direito de asilo) I)

Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. Disponível em: http://www.dudh.org.br/declaracao/. Acesso em: 5 dez. 2016 (adaptado).

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TEXTO II Número de refugiados no mundo supera 60 milhões pela primeira vez Quantidade de deslocados aumentou quase 10% em 2015, na comparação com ano anterior O ano de 2015 estabeleceu um recorde amargo, com 65,3 milhões de refugiados e deslocados obrigados a deixar suas casas ou seus países de origem em consequência de guerras ou como vítimas de perseguições, anunciou a agência da ONU para os refugiados. Muitos saíram de condições deploráveis para enfrentarem no caminho muros, xenofobia e leis mais estritas contra a imigração. Desde 2011, quando começou a guerra na Síria, o número aumenta ano após ano, de acordo com as estatísticas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). O número registrou alta de 9,7% na comparação com 2014, depois de uma estabilidade entre 1996 e 2011. Esta é a primeira vez que a quantidade de deslocados supera 60 milhões de pessoas, número equivalente à população do Reino Unido. O alto comissário para os refugiados, Filippo Grandi, que assumiu o cargo no início de 2016, destacou que os fatores de ameaça para os refugiados se multiplicaram. — Vivemos em um mundo desigual, há guerras, conflitos, e é inevitável que as pessoas queiram seguir para um local mais seguro — disse Grandi durante a apresentação do relatório, em Genebra, publicado no Dia Mundial do Refugiado. — A mensagem transmitida pelos refugiados e imigrantes que atravessam o Mediterrâneo e chegam às costas da Europa é que se os problemas não são resolvidos, os problemas virão até você. Disponível em: http://oglobo.globo.com/mundo/numero-de-refugiados-no-mundo-supera-60-milhoes-pela-primeira-vez19541765. Acesso em: 4 dez. 2016 (adaptado).

TEXTO III

Disponível em: https://migramundo.files.wordpress.com/2015/11/refugiados1.jpg. Acesso em: 5 dez. 2016.

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PROPOSTA 3 A partir da leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A crise humanitária dos refugiados na atualidade”, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I O atual comportamento ecológico da humanidade é o resultado de uma ética que foi construída discursivamente e que hoje se faz onipresente, pairando sobre a sociedade, numa espécie de consciência coletiva que “padroniza” o comportamento das pessoas em relação ao meio ambiente. O discurso ético voltado para a conservação do meio ambiente, nos moldes observados contemporaneamente, só começou a ser construído a partir da década de 1960, com o surgimento dos movimentos ecológicos, que ampliaram a abrangência, espacial e de significado, da preocupação do ser humano com a preservação dos recursos naturais, do ser humano e do próprio planeta. É importante reconhecer que os movimentos ecológicos, assim como os pacifistas, constituem-se num ponto de inflexão na história da mobilização social e da ação coletiva, tratando-se de movimentos portadores de valores e interesses universais que ultrapassam as fronteiras de classe, sexo, raça e idade. Disponível em: http://www.letras.ufscar.br/linguasagem/edicao09/aeticadodiscurso.pdf. Acesso em: 4 jul. 2016.

TEXTO II A agrobiodiversidade é essencial à segurança alimentar e nutricional, que consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. A agrobiodiversidade está não só associada à produção sustentável de alimentos, como tem também papel fundamental na promoção da qualidade dos alimentos. Esse é o conceito estabelecido pelo artigo 3º da Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a fim de assegurar o direito humano à alimentação. Disponível em: http://www.ecossocioambiental.org.br/artigos/seguranca-alimentar-e-sustentabilidade-ambiental/. Acesso em: 4 jul. 2016.

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TEXTO III

Fonte: Apresentação Steven Rumsey +Bio, dez. 2013.

TEXTO IV Alguns dados sobre o uso da terra para alimentação animal e para a alimentação humana Mais da metade da água potável do mundo é destinada à pecuária (produção de carne, leite, ovos, lã, couro, etc.). Enquanto isso, uma em cada cinco pessoas residentes em países em desenvolvimento —cerca de 1,1 bilhão de pessoas— não tem acesso à água potável. Fontes: FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations); ‘Livestock’s Long Shadow’;2006; Disponível em: http://www.fao.org/docrep/010/a0701e/a0701e00.HTM



A produção animal consome até 10 vezes mais água do que o usado pela agricultura. Fontes: Exame; ‘Falta de Água Pode Tornar o Mundo Vegetariano’; 27/08/2012; Disponível em: http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/falta-de-agua-pode-tornar-o-mundovegetariano.

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Até 50% das terras do planeta são usadas ou foram degradadas pelo uso da criação de animais. Ao menos 30% da superfície terrestre do planeta é ocupada pela pecuária e até 70% da superfície agrícola pertence à criação de animais. Fontes: ‘Dicionário Ilustrado de Ecologia’; Editora Azul; n/d; 176 p. FAO (FoodandAgricultureOrganizationofthe United Nations); ‘Livestock’sLong Shadow’;2006; p. 21; Disponível em: http://www.fao.org/docrep/010/a0701e/a0701e00.HTM.



Cerca de 80% da produção mundial de soja, 70% da produção mundial de milho e 70% da produção mundial de aveia são destinadas ao consumo animal. Fontes: The Guardian; ‘Ignore theAnti-soyaScaremongers’; 01/07/2010; Disponível em: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2010/jul/01/anti-soyabrigade-ignore-scaremongering.

PROPOSTA 4 A partir da leitura dos textos motivadores apresentados e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A garantia da segurança alimentar no século XXI”, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO I A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos países na atualidade. A pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não desenvolvidos. O conceito de desigualdade social é um guarda-chuva que compreende diversos tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a desigualdade econômica – a mais conhecida – é chamada imprecisamente de desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda. No Brasil, a desigualdade social tem sido um cartão de visita para o mundo, pois é um dos países mais desiguais. Segundo dados da ONU, em 2005, o Brasil era a 8ª nação mais desigual do mundo. (...) Segundo Rousseau, a desigualdade tende a se acumular. Os que vêm de família modesta têm, em média, menos probabilidade de obter um nível alto de instrução. Os que possuem baixo nível de escolaridade têm menos probabilidade de chegar a um status social elevado, de exercer profissão de prestígio e ser bem remunerado. É verdade que as desigualdades sociais são em grande parte geradas pelo jogo do mercado e do capital, assim como é também verdade que o sistema político intervém de diversas maneiras, às vezes mais, às vezes menos, para regular, regulamentar e corrigir o funcionamento dos mercados em que se formam as remunerações materiais e simbólicas. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/classes-sociais.htm. Acesso em: 3 dez. 2016 (adaptado).

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TEXTO II

Disponível em: https://tinyurl.com/lzortak. Acesso em: 3 dez. 2016.

TEXTO III Combate às desigualdades no Brasil é exemplo para França O Brasil é modelo de políticas sociais para a Europa. Em visita ao País, a ministra dos Assuntos Sociais, da Saúde e dos Direitos das Mulheres da França, Marisol Touraine, afirmou querer "conhecer as experiências brasileiras de combate à pobreza para nos ajudar a qualificar as políticas sociais na França”. Marisol Touraine destacou que a “crise na Europa ampliou o empobrecimento da população”. E que há a necessidade de desenvolver novas ações para apoiar essas pessoas. “A rede social pública que temos hoje na França foi criada, em um momento de crise, no pósguerra, para proteger a democracia, garantindo a coesão social.” Em reunião com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, a ministra francesa entendeu como o Brasil está construindo uma verdadeira rede de proteção social, com acesso à renda e ampliação de oportunidades. “Estamos trabalhando para construir esta rede, fazendo com que o Estado assuma e cumpra sua responsabilidade”, destacou Tereza Campello. “O Bolsa Família foi criado para atender a uma ampla parcela da sociedade que estava descoberta de políticas de seguridade. São pessoas que trabalham, mas cuja renda é baixa, mantendo-os na pobreza.” Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/07/combate-as-desigualdades-no-brasil-e-exemplopara-franca. Acesso em: 5 dez. 2016. 10

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PROPOSTA 5 A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Meios para enfrentar a desigualdade social no Brasil,” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I LEI Nº 12.587, DE 3 DE JANEIRO DE 2012. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana. [...] Art. 5º A Política Nacional de Mobilidade Urbana está fundamentada nos seguintes princípios: I – acessibilidade universal; II – desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e ambientais; III – equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; IV – eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano; V – gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana; VI – segurança nos deslocamentos das pessoas; VII – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços; VIII – equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; e IX – eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12587.htm. Acesso em: 2 dez. 2016.

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TEXTO II Como melhorar a mobilidade urbana? Veja alternativas A abordagem tradicional para aumentar a eficiência do trânsito é a construção de novas vias, mais modernas, projetadas para receber grandes quantidades de veículos. Entretanto, esse modelo, adotado com força total entre as décadas de 1960 e 1990 no Brasil, revela agora várias consequências perniciosas. Para além de continuar a investir na malha viária, que invariavelmente precisa crescer e demanda constante manutenção, quais outras soluções estão ao nosso alcance? Veja algumas opções para melhorar a mobilidade urbana e deixar o trânsito mais humano no Brasil: • Transporte de massa Se o espaço nas ruas é limitado e a demanda só aumenta, é indispensável otimizar o seu uso. Para isso, não há como fugir de investimentos em sistemas de transporte coletivo mais eficientes e agradáveis aos seus usuários. • Uso da bicicleta A bicicleta é apontada como uma opção muito válida para deslocamentos curtos dentro das cidades, afinal elas ocupam um espaço muito menor que carros, demandam menos manutenção das vias e possuem um impacto ambiental praticamente nulo. • Deslocamentos a pé É isso mesmo, andar pode ser de grande ajuda para o nosso trânsito. Boa parte dos deslocamentos no Brasil são feitos dessa forma. Quanto mais pedestres na rua, menos carros e mais segurança para os próprios pedestres. E de quebra, é sempre bom lembrar, caminhar faz muito bem à saúde. Disponível em: http://www.politize.com.br/alternativas-mobilidade-urbana/. Acesso em: 2 dez. 2016.

TEXTO III

Disponível em: http://www.portalconscienciapolitica.com.br/products/mobilidade-urbana/. Acesso em: 2 dez. 2016. 12

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PROPOSTA 6 Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Alternativas para os problemas de mobilidade urbana no Brasil”, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO I POVOS INDÍGENAS: CONHEÇA OS DIREITOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO Direito à educação Os povos indígenas têm direito a uma educação escolar diferenciada e intercultural (Decreto 6.861), bem como multilíngue e comunitária. Direito a terra A Constituição de 1988 estabeleceu que os direitos dos índios sobre as terras que tradicionalmente ocupam são de natureza originária. Os índios têm a posse das terras, que são bens da União. Direitos sociais Os indígenas são cidadãos plenos e têm direito aos benefícios sociais e previdenciários do Estado brasileiro, como resultado da Constituição de 1988, houve o reconhecimento dos novos direitos indígenas, houve um avanço no reconhecimento dos direitos previdenciários. Direito à saúde O Subsistema de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, criado em 1999 (Lei nº 9.836/99, conhecida como Lei Arouca), é formado pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) que se configuram em uma rede de serviços implantada nas terras indígenas para atender essa população, a partir de critérios geográficos, demográficos e culturais. Seguindo os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), esse subsistema considerou a participação indígena como uma premissa para aumentar o controle e o planejamento dos serviços, bem como uma forma de reforçar a autodeterminação desses povos. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/povos-indigenas-conheca-os-direitosprevistos-na-constituicao. Acesso em: 23 jun. 2017 (adaptado).

TEXTO II BRASIL SERÁ DENUNCIADO NA OEA POR VIOLAR DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS Cerca de 28 organizações de apoio aos povos indígenas denunciam o Brasil, nesta quarta-feira (24), na Organização dos Estados Americanos (OEA). O grupo entrega em Buenos Aires um documento com as denúncias, durante uma audiência – “Mudanças em políticas públicas e leis sobre povos indígenas e quilombolas no Brasil” – com o secretário-executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Paulo Abrão. OSG 2045/18

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As denúncias à Comissão relatam os ataques no campo e o desmonte da Fundação Nacional do Índio (Funai). O país pode ser julgado e condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, já que é signatário e fundador da OEA. O documento discute o atual governo e destaca retrocessos. E observa que o tema foi objeto de vasta análise pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos, que realizou missão em 2016 para levantar a situação dos direitos humanos dos povos indígenas nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul: – O Conselho Nacional de Direitos Humanos identificou um padrão de violações e conflitos exacerbados, travados por políticos que têm como bandeira a negação dos direitos indígenas, o que se repete em diversas regiões do país, notadamente Sul, Nordeste e CentroOeste. Desmonte da Funai O documento elaborado pelas organizações explica que hoje a Funai tem 2 142 funcionários, em contraste com o total de cargos autorizados pelo Ministério do Planejamento: 5 965. Os grupos criticam a nomeação do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB) para o Ministério da Justiça, que coordena a Funai, e relembram que ele foi relator da Proposta de Emenda Constitucional 215 (PEC 215), cujo objetivo é transferir do Executivo para o Legislativo a palavra final sobre demarcações de territórios indígenas, quilombolas e unidades de conservação ambiental. Assessor jurídico da Articulação dos povos indígenas do Brasil (Apib), o Terena Luiz Eloy lembra que a OEA já foi acionada diversas vezes. Mas desta vez as organizações dão destaque aos retrocessos nas políticas públicas. “Uma das temáticas que sensibilizou a Comissão foi justamente esses retrocessos de direitos”, conta. “A audiência foi solicitada com foco nas mudanças de políticas públicas e legislativas que estão afetando os povos indígenas”. O advogado Terena lembra que o país é signatário do pacto São José da Costa Rica, assinado em 22 de novembro de 1969 e ratificado em setembro de 1992. Para Luiz Henrique Eloy, enquanto vários Estados americanos avançam na proteção de direitos humanos “o Estado brasileiro está indo na contramão, está retrocedendo”. Governo ruralista Luiz Henrique Eloy diz que hoje não há bancada ruralista, mas governo ruralista: – Eles tomaram conta de todas as instâncias. Direitos que já foram conquistados e consagrados na Constituição Federal hoje estão sendo ameaçados, diante de interesses políticos e econômicos de classes dominantes no Brasil. O documento observa que as demarcações de terra no Brasil estão paralisadas desde 2012, e a Funai se arrasta para concluir cerca de 241 processos. Para as organizações, a questão ocorre pela relação de cumplicidade entre o agronegócio, o governo federal e os governos estaduais. Os defensores de direitos também destacam a tese do marco temporal, jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o julgamento da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Esse entendimento jurídico afirma que só podem ser demarcadas as terras que tiveram efetiva ocupação indígena no ano da promulgação da Constituição, em 1988. Disponível em: http://justificando.cartacapital.com.br/2017/05/25/brasil-sera-denunciado-na-oea-por-violar-direitosdos-povos-indigenas/. Acesso em: 23 jun. 2017.

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TEXTO III

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TEXTO IV O BRASIL E A AMEAÇA AOS DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS Desenvolvimento econômico e grandes projetos têm ameaçado os direitos de povos indígenas no Brasil. O país é, hoje, uma das maiores economias do mundo, mas não tem garantido com o sucesso necessário o respeito aos direitos humanos. Dia 9 de agosto foi o Dia Internacional dos Povos Indígenas e, assim, vale a pena avaliar sua situação no país. Os povos indígenas continuam a sofrer discriminação, privações e ameaças, seu direito constitucional às suas terras ancestrais é violado, e o governo tem falhado em garantir sua segurança e seus direitos. O governo deve assegurar que qualquer projeto de desenvolvimento que tenha impacto sobre as comunidades indígenas seja feito com seu consentimento prévio, livre e bem-informado. Qualquer decisão sobre construção de represas, hidroelétricas, barragens, oleodutos, estradas, atividade mineradora e extrativa que tenha impacto sobre comunidades indígenas só deve ser tomada a partir de um extenso processo de consulta e a partir de seu consentimento. Por outro lado, as empresas envolvidas devem se comprometer publicamente a respeitar, em suas atividades, todos os padrões internacionais de direitos humanos, de acordo com os padrões estabelecidos nas Diretrizes das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos. Mas grandes projetos de desenvolvimento e a expansão de atividades agrícolas e extrativas constituem, hoje, uma grande ameaça aos povos indígenas. [...] Considerando o avanço de grandes projetos e atividades agrícolas e extrativas sobre terras indígenas, esse retrocesso do governo em garantir os processos de consulta pode significar o agravamento de conflitos já existentes e maiores violações de direitos dos povos indígenas no futuro. O Brasil tem responsabilidade de respeitar e promover os direitos dos povos indígenas tal como expressos na Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, de 2007, e na Convenção número 169 da Organização Internacional do Trabalho, sobre os Direitos dos Povos Indígenas e Tribais, de 1989. Não podemos aceitar que o desenvolvimento seja feito a qualquer custo, especialmente quando o custo são os direitos humanos e os direitos dos povos indígenas. Disponível em: https://anistia.org.br/o-brasil-e-ameaca-aos-direitos-dos-povos-indigenas/. Acesso em: 23 jun. 2017.

PROPOSTA 7 Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os direitos dos povos indígenas no Brasil”, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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TEXTO I Programa Estado Presente: em defesa da vida A partir de 2011, objetivando ampliar os resultados positivos obtidos no período imediatamente anterior (redução de 9,3% no número de registros de homicídio entre 2009 e 2010), teve início a implantação do programa Estado Presente. Seu principal objetivo é promover a articulação institucional necessária para priorizar a implantação de um conjunto de ações e projetos voltados para o enfrentamento da violência letal e para a prevenção primária a partir da ampliação do acesso à educação, ao esporte, à cultura, à geração de emprego, renda e promoção da cidadania em regiões caracterizadas por altos índices de vulnerabilidade social. O processo de definição das regiões atendidas – denominadas aglomerados – baseou-se em procedimento metodológico estruturado sobre o cruzamento de um conjunto de variáveis georreferenciadas em bases cartográficas, e atendeu a critérios de contiguidade geográfica e de similaridade dos padrões de urbanização, características socioeconômicas, demográficas e de violência letal. O modelo de priorização das intervenções (projetos e ações) do Programa Estado Presente obedeceu a quatro etapas distintas: caracterização dos aglomerados, classificação, elegibilidade por tipo de intervenção e grau de priorização para atendimento pelos projetos e ações do programa. Caracterização • Caracterizar os bairros ou aglomerados de bairros mais vulneráveis.

Classificação

Elegibilidade

• Classificar os aglomerados em grupos, de acordo com o tipo de intervenção necessária.

• Eleger os aglomerados aptos a receber intervenções.

Priorização • Priorizar a implantação de projetos nos aglomerados enquadrados nos critérios de elegibilidade.

O Planejamento e as iniciativas implantadas no Programa têm como referência 30 aglomerados do Estado (20 localizados na Região Metropolitana da Grande Vitória e 10 em municípios do Interior do Estado), que concentram mais de 50% dos crimes letais intencionais, notadamente os homicídios, e boa parte da população em desigualdade social. Os primeiros resultados após a implementação do programa são satisfatórios: queda na taxa de homicídios por 100 mil de 52,5 em 2010 para 40,8 em 2013 (redução de 22%), e uma redução em números absolutos no número de homicídios dolosos, passando de 1845 em 2010 para 1565 em 2013 (redução de 15%). Disponível em: http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2015-05/programa-estado-presente.pdf. Acesso em: 10 jul. 2017.

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TEXTO II

Disponível em: http://www.cafecomsegurancapublica.com.br/images/Seguranca-Publica-em-Numeros01.PNG. Acesso em: 10 jul. 2017.

TEXTO III Os dados preliminares do 10º Anuário de Segurança Pública são estarrecedores: a cada nove minutos, uma pessoa é violentamente morta no Brasil, o que corresponde a cerca de 160 mortes por dia. Todos os dias, ao menos um policial é executado. Policiais são mortos três vezes mais fora de serviço do que durante suas atividades. Em 2015, nove pessoas foram mortas diariamente por policiais. Há, no Brasil, uma cultura de violência disseminada na sociedade. Não apenas se aceita com muita facilidade a morte violenta, como também se naturaliza a perda da vida pela violência. Os dados do 10º Anuário de Segurança Pública parecem não causar muita comoção. O sistema de Segurança Pública e Justiça Criminal apresenta problemas estruturais gravíssimos. Por exemplo, toda a investigação criminal feita pela polícia é repetida no judiciário, ocasionando uma grande sobreposição de atividades desnecessária. Além disso, existem entraves burocráticos que emperram o andamento do sistema. Temos duas polícias que possuem dificuldades de trabalhar em conjunto. Policiais são mal remunerados e enfrentam inúmeras deficiências para realizar o trabalho cotidiano. A perícia criminal no Brasil padece de falta de pessoal e de equipamentos. O sistema penitenciário está praticamente falido. Disponível em: http://politica.estadao.com.br/blogs/gestao-politica-e-sociedade/a-crise-da-segurancapublica-brasileira/. Acesso em: 10 jul. 2017 (adaptado). 18

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PROPOSTA 8 A partir da leitura dos textos motivadores apresentados e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Segurança Pública no Brasil: avanços e desafios”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I O suicídio tem crescido entre as causas de mortes de jovens até 19 anos no Brasil. Em 2013, 1% de todas as mortes de crianças e adolescentes do país foram por suicídio, ou 788 casos no total. O número pode parecer baixo, mas representa um aumento expressivo frente ao índice de 0,2% de 1980. Entre jovens de 16 e 17 anos, a taxa é ainda maior, de 3% frente ao número total. O aumento também ocorre em relação às mortes para cada 100 mil jovens dessa mesma faixa etária: a taxa foi de 2,8 por 100 mil em 1980 para 4,1 em 2013. Os dados fazem parte da pesquisa Violência letal: Crianças e Adolescentes do Brasil. Eles foram compilados pela FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), um organismo de cooperação internacional para pesquisa. Segundo Alexandrina Meleiro, jovens imersos em redes sociais como Facebook ou Instagram assistem a retratos de vidas fantásticas. Internautas tendem a selecionar posts que exibam suas melhores conquistas e construir cuidadosamente imagens coloridas de suas vidas. Por comparação, a vida de quem assiste a esse espetáculo parece pior, principalmente quando surgem problemas. [...] Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/06/30/Por-queprecisamos-falarsobre-o-suic%C3%ADdio-de-jovens-no-Brasil (adaptado).

TEXTO II

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Em uma ação inédita, Conselho Federal de Medicina – CFM e Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP firmam parceria para combater os altos índices de suicídio no Brasil. Segundo dados, 17% das pessoas no Brasil já pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida. Por isso, as duas entidades se empenharam em criar uma cartilha para orientar os médicos e profissionais da área de saúde em casos de tentativa de suicídio ou para identificarem possíveis casos em seus pacientes. A cartilha foi uma iniciativa do Conselho Federal de Medicina, representado pelo vicepresidente Emmanuel Fortes e pela Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio – ABP. A cartilha Suicídio: informando para prevenir fala sobre como abordar um paciente, explica de que forma as doenças mentais podem estar relacionadas ao suicídio, os fatores psicossociais e dados atualizados sobre o tema. Disponível em: http://www.abp.org.br/portal/conheca-a-cartilha-para-combater-o-suicidio/. Acesso em: 10 ago. 2017.

TEXTO III Brasília, 19 de abril de 2017. “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10) Prezados pais e/ou responsáveis, Nas últimas semanas, dois assuntos têm chamado a atenção de crianças e adolescentes e gerado discussões entre formadores de opinião em jornais, sites e redes sociais no Brasil e no mundo: a série 13 Reasons Why, da Netflix, e o jogo “Baleia Azul” (Blue Whale). Especialistas chamam a atenção para o modo como a série e o jogo podem estimular comportamentos negativos, até mesmo o suicídio, especialmente entre os jovens que mais precisam de cuidados psicológicos. Como uma rede de escolas voltada para a educação e o bem-estar de milhares de jovens, achamos importante alertar as famílias e reunir informações para que nossos alunos e nossas alunas tenham a orientação e o acompanhamento necessários. [...] Algumas recomendações importantes: – Informar aos filhos a existência do jogo da “Baleia Azul” e seus perigos. – Instruir os filhos a não adicionarem estranhos nas redes sociais. – Monitorar o uso de smartphones e redes sociais. – Restringir o uso da internet em determinados horários. – Estar presente nos pátios virtuais e acompanhar o que o filho está fazendo. – Ficar atento a qualquer mudança radical no comportamento de crianças e adolescentes. – Acolher os filhos e conversar sempre que notar neles algum desconforto. Abraços fraternos, Direção da Rede Salesiana Brasil de Escolas. Rede Salesiana Brasil – Escolas Disponível em: http://escolas.rsb.org.br/Rsbe-informadetalhe/13548/Orientacao-aos-pais-sobre-a-serie-13-Reasons-Why-e-o-jogo-BaleiaAzul (adaptado). 20

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PROPOSTA 9 A partir da leitura dos textos motivadores apresentados e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O enfrentamento ao suicídio entre jovens no Brasil contemporâneo”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I O analfabeto político Estima-se que o analfabetismo atinja 8,3% da população adulta brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sem dúvida, uma grave realidade. No entanto, mais graves talvez sejam os índices de analfabetismo político, insuficiência que atinge a sociedade independentemente de grau de instrução, classe social, etnia, religião ou sexo. O analfabetismo político viceja onde falta consciência política – e consciência política é a relação vital que se estabelece entre o cidadão e seu próximo. O analfabetismo político é o desinteresse manifestado pelos cidadãos em relação ao rumo ao qual a classe dirigente empurra a sociedade. Nada pior para um país do que indivíduos que desdenham da política governados por políticos que desdenham dos indivíduos – este é o espaço privilegiado para a expansão da mentalidade corrupta. Como não conseguimos resolver nossos problemas enfrentando-os de forma democrática, optamos por desejar ardentemente um salvador da pátria que nos conduza. O legado mais trágico da última ditadura – um episódio de despotismo em meio a vários outros da nossa infame história política – foi a desmoralização do conceito de autoridade. Destituídos os militares, a sociedade, traumatizada pela tirania e pela arbitrariedade, rejeitou o autoritarismo, mas não conseguiu recuperar a noção de autoridade. Vivemos, assim, pendularmente entre a ausência total de autoridade e a hegemonia absoluta do autoritarismo. Entre um extremo e outro, o vazio do poder. Uma população frustrada busca inimigos para extravasar sua cólera. E o inimigo é sempre o diferente de nós: os homossexuais, os negros, os imigrantes, os esquerdistas, os direitistas, enfim, qualquer grupo que, em um determinado momento e contexto, nos pareça fragilizado o suficiente para levar a culpa pela nossa incapacidade de gerir os próprios desejos. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/12/opinion/1476230367_289900.html.

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TEXTO II CLUBE DO PANÇA.COM.BR – CAETANO CURY ESSE PAÍS É UMA VERGONHA!

GOVERNO CORRUPTO! DEPUTADOS SAFADOS!

PRONTO! JÁ FIZ MEU PAPEL DE CIDADÃO POR HOJE!

Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/_nHQTj7Jze4Y/S466jRr-cRI/AAAAAAAAH64/lxx2IjjSyME/s400/0223.jpg.

TEXTO III "Não há debate político, há ego", diz o historiador Leandro Karnal O senhor fala de polarização no país. Existe caminho para pacificação de discursos tão extremos ou isso é positivo para a democracia?

Debate político é muito salutar. Mas nós ainda não estamos debatendo. Estamos apenas discutindo, só existe insulto, agressão. Se você for um eleitor do PSDB e eu exponho a minha posição sobre o PT, você não diz: “ah, expondo desse jeito você tem razão”. Isso nunca aconteceu, ninguém dá razão a ninguém. Funciona exatamente igual ao futebol. Você já viu um torcedor do Grêmio conversar uma tarde toda com um do Internacional e, ao final, o colorado admitir que o Grêmio é melhor? Não, porque não se está debatendo futebol, não se está debatendo política, está se debatendo ego. Os políticos são muito parecidos, logo o debate é um pouco inútil. São pouquíssimas as pessoas que têm formação, conhecimento e solidez para apresentar argumentos que não sejam passionais e subjetivos. O que ocorre hoje no Brasil não é um debate. É um fluxo de Narciso, um fluxo de ego, no qual eu tento destruir o outro na tentativa de fazer brilhar o meu. Ninguém, inclusive, se escuta. Esses dias alguém me disse que eu era um notável defensor de um determinado partido. E eu pedi à pessoa que me dissesse uma única frase minha em 25 anos de vida pública que defenda um partido. Ele disse: “o senhor disse que tal partido era vítima de seu próprio ódio”. Eu disse que isso foi um ataque ao partido. “Não, mas ele é vítima, se é vítima é porque ele é bom”. A pessoa nem leu o que vinha depois. Não se trata de analfabetismo, que sempre existiu. Trata-se da incapacidade de ler fora da polarização. Ou seja, de terminar a frase, de entender. Disponível em: http://wp.clicrbs.com.br/pedromachado/2017/05/19/nao-hadebate-politico-ha-ego-diz-o-historiador-leandro-karnal/?topo=77,2,,,,77 (adaptado).

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PROPOSTA 10 A partir da leitura dos textos motivadores apresentados e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O debate político no Brasil de hoje”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, fatos para defesa seu ponto de vista.

II.

PROPOSTAS PARA A MODALIDADE CONTO (opcional)

TEXTO I CONTO: É um texto literário limitado ao essencial, apresentando os elementos básicos da narrativa: tempo e lugar (limitados), fatos e personagens (em número reduzido). O enredo apresenta, normalmente, a seguinte estrutura: situação inicial, complicação, clímax e desfecho. O narrador pode ser observador ou personagem, empregando geralmente a linguagem culta, formal ou informal, dependendo da situação comunicativa. A seguir, temos um exemplo de conto. Disponível em: http://www.aridesa.com.br/pagina/servicos/labredacao/labredacao_principaisgeneros.aspx. Acesso em: 11 fev. 2014.

TEXTO II Entre nuvens De repente, acordo. Encontro-me em um pequeno quarto azul e bem arejado. “Onde estou? O que faço?” Foram os primeiros pensamentos que tive ao despertar. Levanto-me e vou em direção à porta e, ao tocá-la, minha mente é turbinada por imagens e sons, tudo ao mesmo tempo, mas não consigo distinguir mais nada. Sinto minha vista escurecer e vou ficando cada vez mais zonza, mas me seguro antes de cair. Estou assustada, mas não desisto de tentar sair do quarto. Encosto novamente na porta, porém aquelas imagens e aqueles sons não me vêm mais. Desço as escadas e vejo que alguém está ali, desespero-me para pedir ajuda e na rápida avançada que dou para chamar-lhe atenção, caio junto de uma pequena mesa que havia ali. Levanto-me e quando começo a recolher os cacos... — Eu conheço esse vaso... eu... — Não acredito! Você chegou mais cedo do que eu esperava! Aquela voz... eu a conhecia. Mas não pode ser ele, não! Viro-me para ver seu rosto. — Meu irmão! Como? Meu irmão! É você? Ele sorri e nós nos abraçamos. — Tenho tantas perguntas! Tantas! — Digo admirada segurando suas mãos. — Vem, vamos comer algo. Sigo-o até a cozinha. Tenho a impressão de conhecer essa casa, mas não sei de onde, parece-me familiar. Conversamos um pouco, mas ele sempre mudava o assunto ou distraía-se quando eu começava a falar sobre como cheguei aqui. OSG 2045/18

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— Tudo isso não passa de sonho! — digo para mim mesma. Subo de volta para aquele quarto e tento dormir, na expectativa de que quando eu acordar, tudo já tenha passado e isso seja apenas um delírio. Estou quase dormindo quando alguém bate na porta. “É real” digo em voz alta. — Pode entrar. — Venha, vamos dar um passeio. Saímos rua afora. Ao passar pelas casas, tenho a estranha sensação de conhecê-las de algum lugar. Continuamos caminhando, até que avisto um bosque e, perto da entrada, um senhor caminha em nossa direção. — É incrível como tudo aqui parece comum para mim. Não só as casas, mas também as pessoas. — Era assim comigo também quando cheguei. Fico em silêncio quando ele diz isso, faz lembrar-me de tudo, como cheguei aqui, o porquê de eu estar aqui e onde é aqui. Eu estava perdida, mas parecia que isso não importava. Continuamos andando e o senhor que vi continua em nossa direção, até que ele se aproxima e diz: — Julia, minha sobrinha! Como você chegou cedo! — O que... Antes que pudesse respondê-lo, vejo uma luz dentro do bosque e resolvo segui-la. Ela vai passando entre as árvores em alta velocidade e eu vou junto dela. Corro, quando paro para ver onde estou, encontro-me perdida. Não vejo mais a entrada do bosque. Ouço um barulho entre as árvores, noto a presença de uma linda garotinha. — Olá! Está tudo bem? Ela sorri para mim e se esconde atrás de uma das árvores. Chamo-a novamente, ela continua na brincadeira. Vamos brincando de árvore em árvore até que vejo a saída do bosque. Fico parada observando, até que percebo que aquela garotinha não está mais lá. Vejo meu irmão na saída e corro para seus braços em meio a lágrimas. — Você a viu? Hein? Você viu aquela garotinha? — Sim, eu a vi, ela vem sempre aqui. — E que lugar é esse que estamos? — Falo em meio a gritos. — Julia, nós estamos no céu. ... Acordo com Liz me chamando. É cedo, há dias que não consigo pregar os olhos a noite toda. — Papai, papai! Eu a vi! Eu vi a mamãe! Ela estava num bosque com flores e árvores enormes! Ela brincou comigo! — Ela chegou falando entusiasmada. Iara Costa de Araujo, 2ª 03 M – Ensino Médio – 2º lugar Ari Washington Soares – Sede Hildete de Sá Cavalcante.

A partir da definição de conto (TEXTO I) e de um dos textos vencedores dessa modalidade na XVII edição do Concurso Ari de Sá de Poesia, Redação, Conto e Desenho Artístico (TEXTO II), produza um CONTO, seguindo as normas do Regulamento do Concurso. CRCA/Rev.: KCS

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2045-18_PRATIQUE_REDACAO_N7_PRE-UNIV Concurso

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