Paula Quinn - O Lorde da Névoa

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Paula Quinn - O Lorde da Névoa

Laird of the Mist CALLUM MACGREGOR, um menino que presenciou a morte de seus pais e a destruição de sua aldeia. Viveu até sua adolescência trancado eacorrentado no calabouço do clã Campbell. KATHERINE CAMPBELL: uma menina que foi deixada órfã depois de um ataque do clã MacGregor. Foi criada pelos soldados de seu pai. Nada pode assustá-la salvo encontrar-se frente a frente com o Diabo MacGregor. A VIDA DESSAS DUAS CRIANÇAS DA NÉVOA SE CRUZARAM .... eles serão o Anjo salvador e a alma resgatada, acérrimos inimigos, captor e cativa e amantes .... Callum MacGregor chefe de um clã proscrito na Escócia deu um passo muito importante em seu plano de vingar as afrontas de seu sobrenome. Capturou a neta de Liam Campbell, quem o manteve preso em um calabouço durante sua infância. Ele já é um monstro que várias vezes se banhou com o sangue de seus inimigos. Ele é o Diabo que matou mais Campbells do que queria recordar .Ele jurou morrer com o coração de um Campbell em sua mão. Ele jurou morrer espremendo esse coração . E esse coração não será outro que o de Katherine Campbell.

Paula Quinn nos entrega uma maravilhosa novela que combina equilibradamente história, paixão, ódios, sensualidade , ação e intriga. Para amantes do romance escocês,é imperdível. E para o resto um atrativo convite para inundar-se no coração cruel e ardente da Escócia.

O SENHOR DA NÉVOA Crianças da Névoa Por Frank McNie Nós somos as crianças da névoa sem terra para chamar de nosso lar, Descendemos dos reis mas estamos destinados a vagar. Fomos honrados na batalha mas logo perseguidos como animais e a prova de nossa coragem é que ainda estamos orgulhosos de nossos sobrenomes . Eles segregaram a nosso clã e o modo em que nos vestimos, mas nós nunca medimos nossa fidelidade por nosso êxito. Algumas coisas não nos orgulham nestas circunstâncias, por que ninguém se ocupa de que as crinaçs sejam alimentadas? Nossa amizade era estimada por nobres e plebeus , Nossa convicção firme ganhou o respeito de nosso inimigo. Não possuímos grandes castelo e nosso número de gente é escasso mas os membros de nosso clã que nos precederam mantêm nosso verdadeiro legado.

Capítulo 1 GLEN ORCHY, Escócia Século XVII KATE CAMPBELL olhou o seu inimigo diretamente em seu rosto inanimado . Sua espada tinha cortado um braço, mas o torso permanecia intacto. Sem prestar atenção aos homens de seu tio exibindo suas habilidades de batalha ao redor dela , ela levantou a tocha que segurava em sua outra mão e grunhiu enquanto esta se afundava profundamente no tórax de palha de seu oponente. Tirando seu cabelo longe de seus olhos, ela viu seu tio Duncan cruzando o pequeno pátio de sua fortaleza. Ele tinha chegado a Glen Orchy alguns dias atrás para levá-la ao Castelo de Kildun, em Inverary. Ele tinha prometido levá-la e a seu irmãopara a sua casa desde que eles eram crianas, mas ao final de cada visita ele partia sem eles.

Sua mãe tinha morrido dando a luz a Kate. Seu pai tinha sido morto em Kildun doze anos depois disso, pouco antes que Duncan fosse renomado Conde de Argyll, guardião de Kate e de Robert. Kate o observou caminhar em direção a ela, suas pernas magras embainhadas em breeches de fina lã e botas polidas. Sua estrutura era magra, seus ombros estreitos debaixo de um gibão cor azeitona . Seu corpo estava dotado mais para ser um sacerdote que para ser um lutador , embora ele freqüentemente alardeava de suas vitórias nas batalhas. Essas batalhas eram o que mantinham longe de Kildun por meses , ele lhes recordava isso muitas vezes durante suas visitas, lhes colocando um beijo em suas testas quando foram rumo aos portões. Logo ele viria para levá-los com ele. Mas ele nunca o fazia . Nem sequer quando os vassalos de seu pai tinham começado a partir, exceto por um pequeno punhado que os tinham criado. Kate encontrou o olhar do conde brevemente, e seus olhos cinzas ficaram escuros por sua intensidade , o que fez que sua pele se arrepiasse . Ele podia não havê-la querido quando era uma menina, mas ele a queria agora. - Maneja muito bem as armas , Katherine- Ele surgiu detrás dela e agachou sua cabeça a sua direita quando ela revoleou a tocha emcima de seu ombro para dar outro golpe , desta vez sobre a coxa de seu inimigo. Sim , ela e Robert tinham sido feitos para praticar dia após dia . -Amish e John nos ensinaram bem. Detrás dela , Kate ouviu um murmurio. -Eles permaneceram como soldados leais de meu irmão todos estes anos. Mas seu dever para com ele terminou agora. Ocuparei-me de que eles sejam recompensados. - ele se inclinou sobre ela de forma que seu fôlego roçou sua bochecha. Agrada-me saber que você lutaria se qualquer homem tentasse abusar de você . Kate apertou a manga de sua tocha e pensou em lançá-la em cima de seu ombro. -Verdadeiramente, tio, sua preocupação por meu bem-estar e o de Robert sempre comoveu meu coração. Especialmente quando você estava acostumado a nos recordar quão afortunados fomos de que fossem os McColls quem invadisse Glen Orchy cada duas semanas , e não os assassinos MacGregors. Não lhe tinha importado que um Highlander pudesse abusar dela enquanto estava crescendo , ou que haviam muito poucos homens na fortaleza para lutar se fossem atacados. -Quando você era uma menina, a única coisa que os atacantes queriam eram ovelhas. Eu sabia que você estava segura aqui. Mas agora é uma mulher e os Highlanders tomarão mais que o gado.- Sua respiração roçava sua garganta. Kate se estremeceu e baixou sua tocha com força sobre seu oponente de palha , fazendo chover feno sobre suas cabeças. -Não temo a nenhum homem que pense em vir aqui para roubar minha virtude , tio. - E se nosso inimigo chegar ? Kate sabia a quem ele se referia. Ele tinha falado deles incontáveis vezes ao longo dos anos. -Dificilmente restou algum MacGregor na Escócia pelo que valha a pena preocupar-se. Estou certa de que nunca vou encontrar um. - Há suficientes deles para continuar apoiando a causa dos realistas.- O conde enrolou seu dedo ao redor de um cacho de cabelo negro que caía sobre seu ombro. -Não devemos esquecer como eles uniram suas forças com as do Marquês católico de Montrose contra nós. Ou quantos de nossos parentes morreram durante suas rebeliões assassinas. Lembra-se que te

contei como eles massacraram sem clemência aos Covenanters em Kilsyth? Eu não deixarei que você caia nas mãos deles, também. Fará o que eu digo e voltará para casa comigo - lhe deu um puxão em seu cabelo, como lhe recordando que não a deixaria recusar-se. -Esta é minha casa - ela disse, apunhalando a seu oponente na garganta. - Não é mais .-Quando ela ficou rígida ante sua réplica seca, ele suavizou seu tom. - Robert esta ansioso por vê-la . Faz mais de três meses desde que ele não encontra a sua amada irmã. Kate tinha sentido saudades de seu irmão, mas ele tinha escolhido seu caminho. -Meu irmão esperou anos para prestar seu serviço ao reino, mas estou contente aqui, tio. Sua risada soou em seu ouvido .-Com alguns homens velhos e um punhado de criados? O que poderia esperar fazer contra o Diabo, se ele te encontrar ? Kate tinha certeza que o diabo em pessoa estava de pé detrás dela nesse mesmo momento. Seu tio estava tentando assustá-la para que ela partisse com ele, lhe recordando que os repugnantes MacGregors do modo em que os meninos se provocavam uns aos outros contando estórias de monstros . O mais aterrorizante de todos : O Diabo, quem tinha matado mais de cinqüenta Campbells seis anos atrás em um massacre que era lenda — e os tinha deixado órfãos, a ela e a Robert. Duncan a empurrou mais perto e apertou seus dentes . - Já se esqueceu que ele matou a meu pai e ao seu ? - Não- Kate respondeu sem virar-se. - Não me esqueci .- Realmente, Kate o odiava , mas ela não se preocupava com lendas ou a tolice de temer os contos. -E não teme a um homem tão sedento de sangue ?- ele exigiu . -Não , o matarei se o encontrar - ela jurou, decapitando a seu inimigo com sua espada. -Nunca o fará .- O conde deslizou sua mão por seu braço até que seus dedos cobriram os seus. Ele cravou a espada no oponente inanimado, um gemido escapou de sua garganta quando ele apertou suas costas contra seu peito . -Amanhã voltará comigo para Kildun. Só lá estará protegida de nosso inimigo. Kate deixou de lutar e apertou seus dentes quando ele beijou sua nuca . - Você é meu inimigo, também,- ela murmurou enquanto ele se virava para seus homens. Ela levantou a tocha em vez de baixá-la ; e golpeou firmemente na virilha de seu oponente. Deixando a tocha onde tinha aterrissado , Kate embainhou sua espada e foi em direção ao prado onde as ovelhas pastavam inocentes e ignorantes da malícia dos homens. Adoecia-a a idéia de seu tio a desejar. Ela soube de sua depravação por algum tempo mas nunca o havia dito a Robert. Verdadeiramente não pensava que Duncan viria por ela . Mas agora ele estava aqui e estava muito ansioso por tirá-la de Glen Orchy, ela estava segura que ele a arrastaria até seu lar amarrada a seu cavalo se fosse necessário . Ele pensava que Robert lhe permitiria tocá-la uma vez que tivessem chegado a Kildun? Imbecil. Seu irmão esquartejaria Duncan, tio ou não. Robert era nobre e valente, com um forte senso de dever para proteger a seu clã. Ele era quem lhe tinha ensinado os contos de Malory e Monmouth e os de Arthur Pendragon e seus cavalheiros da Távola Redonda. E tinham sido os terríveis contos dos selvagens MacGregors o que o tinham feito deixar sua casa três meses atrás e unir-se aos outros cavalheiros de Inverary. Robert tinha implorado que ela fosse com ele, mas Kate não queria deixar sua casa, e certamente não queria viver com seu tio. Ela estava segura aqui. Os atacantes eram incômodos

mas não terrivelmente perigosos. Amish a tinha feito jurar junto com seu irmão que nunca levantariam uma arma contra os highlanders .Os roubos sistemáticos, ele lhes havia dito , são um estilo de vida. Eles não devem matar, sempre e quando não forem atacados. Mas isso não se aplicava aos MacGregors. Por mais de dois séculos eles tinham sido considerados um açoite para Escócia: bárbaros selvagens sem nenhuma consideração pela honra ou a família de um homem. Tão aberrantes eram seus crímes contra os Campbells e seus aliados que seu sobrenome tinha sido proscrito durante cinqüenta anos . Amish e John nunca tinham falado mal deles, inclusive depois que o Diabo tivesse matado a seu pai. O ódio, eles lhe haviam dito - igual a seu pai - é um veneno para a alma. Kate secou seu punho passando-o sob sua orelha , onde permanecia o aroma do fôlego de seu tio. O ódio poderia ser um veneno, mas se ele voltasse a tocá-la novamente , ele sentiria seu poder quando sua espada se cravasse em seu coração. Um grito ensurdecedor interrompeu seus pensamentos. Seu rosto empalideceu . Um ataque. Ela virou-se, olhando aos homens de seu tio que já extraíam suas espadas. Não! Ela correu em direção a eles, rogando enquanto corria, poder alcançar aos homens de seu tio antes que os Highlanders o fizessem. Callum MacGregor, comandante do clã MacGregor, freou seu cavalo sobre o topo de uma colina e observou a pequena batalha desenvolvendo-se no vale mais abaixo. Suas sobrancelhas escuras se curvaram em cima de seus olhos enquanto examinava aos homens rodeando a Fortaleza dos Campbells e aqueles que jaziam mortos sobre o pasto . Duncan Campbell não estava entre eles. -Parece que inesperadamente nos encontramos com um ataque dos McColls - disse um dos quatro homens que o flanqueavam. -Eu disse que o Conde de Argyll estaria aqui, Graham. - O comandante dirigiu seu olhar para seu lugar-tenente. - Ele está aqui - seu chefe assegurou confidencialmente enquanto tirava seu chapéu e sacudia alegremente seu cabelo cor cor mel . Se algum dos homem tinha razão para estar tão certo de suas palavras, esse era Graham Grant. Depois de ter fingido ser um Campbell de Breadalbane e de ter vivido no Castelo doeKildun pelos último dois meses, Graham conhecia tudo o que teria que saber sobre os Campbells de Inverary e o décimo Conde de Argyll. -Esta era a casa de seu irmão Colin. Ele veio aqui para procurar a sua sobrinha. - Graham assinalou aos soldados no vale. - Os homens de Campbell estão aqui. Talvez ele se esconde na fortaleza . Nós sabemos de sua falta de coragem . -Salvo quando marca com um ferro quente às mulheres MacGregor,- disse outro homem, um pouco mais largo de ombros que o resto. Ele tirou a tampa de um odre de couro pendurando de seu cinto e a levou a sua boca. -Não pode ir a lugar nenhum sem seu veneno, Angus ? Angus tomou um gole, arrotou, e logo passou seus dedos por sua barba espessa. -Brodie, sabe que eu gosto de matar Campbells e ter um pouco da bebida da velho Gillis em meu corpo .sorriu a seu primo quem estava a seu lado . - Limpa-me as vísceras. Callum recusou quando Angus lhe golpeou com a odre em seu braço, oferecendo a seu lorde

tomar um gole. Callum não precisava de uísque para limpar suas vísceras. Odiar os Campbells era suficiente. Eles tinha tomado muito de seu clã. E tinham tomado tudo dele. -Os McColls estão terminando rapidamente com os Campbells. Restarão poucos Campbells para nós. -Não se preocupe por isso, Brodie,- Angus disse, tampando a odre .-Nós matamos suficientes Campbells no Kildun antes de vir aqui. -Nunca será suficiente,- seu lorde grunhiu. -Se Argyll estiver ali , os McColls poderiam chegar a ele antes que nós ,- Jamie Grant, irmão caçula de Graham e o mas jovem dos homens de Callum, comentou . -Há uma moça que luta entre os homens! -Aquela não é uma moça, Brodie.- Angus tomou outro gole de uísque. - É um Campbell com cabelo comprido . Brodie lançou um olhar incrédulo a seu primo mais velho. - É uma moça, tolo. Callum ouviu o golpe de Angus contra a cabeça de Brodie, e os insultos subseqüentes de Brodie antes de golpear seu punho contra o peito de Angus. O comandante ignorou seus parentes e observou o tema em discussão . O guerreiro certamente parecia uma moça. Ele nunca antes tinha visto uma mulher lutar, embora muitas vezes tinha desejado que as mulheres soubessem lutar . Os gritos de terror de sua mãe atormentavam seus sonhos. Ele era um menino quando o pai de Duncan Campbell tinha invadido sua aldeia e seus homens tinham violentado e marcado com um ferro quente às mulheres, e nenhuma mão tinha sido levantada contra os homens do conde. Mas aqui havia uma mulher que realmente tinha o espírito para lutar e salvar sua vida -É uma moça,- ele disse,mais para si mesmo que para seus homens. -Talvez seja a sobrinha de Argyll. - Sim .- Graham sacudiu a cabeça , observando seu magnífico cabelo escuro enquanto ela se virava para dar outro golpe poderoso. -Briga contra os McColls. Sei que ela é uma Campbell,ele disse com apenas uma sugestão de remorso, -Parece bastante boa para lutar. Devemos ajudá-la , Callum? Graham sorriu e assentiu levemente com a cabeça , e logo puxou as rédeas e partiu um momento depois que Callum esporeava os flancos e lançava a correr a seu garanhão em direção à fortaleza. O chefe MacGregor cortou caminho e foi direto para a moça, sacudindo sua espada escocesa ante qualquer um que cruzasse em seu caminho. Seus homens se distribuíram ao redor dele, matando ao resto. Quanto mais perto ele estava dela, com mais força ele cavalgava , seu cabelo escuro flutuando detrás dele como um estandarte. Seus braços estavam se cansando . Ela estava tendo dificuldade em levantar a espada para rebater a chuva de ataques que caíam sobre ela. Ele dizia a si mesmo que estava indo em sua defesa para mantê-la viva de modo que ela pudesse lhe dizer o paradeiro de Duncan Campbell. Ela virou-se para ele ao mesmo tempo que ele a alcançava e Callum sentiu que algo se apertava em suas tripas. Sua pele era cor de alabastro contra um halo de suaves ondas escuras , um rosto empalidecido pelo esgotamento. Seus olhos eram belos como uma seda negra, e quando ela o olhou , eles disseram a Callum que ela acabava de perder a esperança de sobreviver a

esse dia. Ele não esperava que ela avançasse para ele , parecendo tão derrotada como o fazia . Por um momento, ele somente olhou sobressaltado o sangue empapando sua coxa. Então ele levantou sua espada escocesa em cima de sua cabeça e a deixou cair com força sobre um McColl. A moça se afastou da força mortal de seu golpe , mas um momento mais tarde ela voltou a cravar seu olhar no seu. Callum respondeu ao grande alívio na expressão dela girando seu cavalo e gritando a seus homens para que a cercassem de todos lados. Eles a protegeram até que os únicos homens que restaram no pátio , além deles, eram os mortos e os feridos. Quando Callum girou seu cavalo para enfrentá-la novamente, sua espada se deslizou de seus dedos. Ele a olhou , então levantou seus olhos aos seus. - Está ferida ? Ela piscou como se emergisse de um desmaio . Sua respiração ainda era suficientemente pesada para separar seus lábios. - Está machucada ?- ele perguntou novamente. Ela sacudiu a cabeça negando. -E você ? - O olhar dela se dirigiu para sua coxa. -Minhas mais profundas desculpas por feri-lo. Eu não sabia quem era, ou... -É a sobrinha de Duncan Campbell ? - ele interrompeu. Ou ela não o ouviu ou escolheu ignorar sua pergunta . -Devo encontrar Amish e John. Eles são velhos e ... -Mulher,- ele a interrompeu novamente, desta vez sua voz foi suficientemente dura para fazêla pestanejar. - É a sobrinha de Argyll ? - Quando ela sacudiu a cabeça afirmativamente .sua expressão foi dura. - Onde está ele ? Ela procurou entre os caídos, lhe apresentando a delicadeza de seu perfil. –Esperava que ele estivesse aqui. Mas ele deve ter escapado com minhas ovelhas. Uma sugestão de humor cruzou a expressão eo Callum antes de lançar outra ordem aos quatro homens ao redor dela . -Brodie, verifique na fortaleza com Angus e Jamie. Se encontrar Argyll, tragam-no. -Quem é você ? Quero agradecê-lo corretamente por me haver ajudado. O olhar de Callum se voltou para ela. Por um momento perturbador, ele perdeu a capacidade de raciocinar, salvo pelo fato que soube que se sentiria feliz de olhá-la pelo resto dos dias que restavam na Terra. Não foi o temor que para que seus belo olhos parecessem tão grandes, a não ser a admiração . Admiração de um Campbell! Como ele nunca tinha salvo a vida de um Campbell antes, não estava preparado para essa admiração . Ele se moveu incómodamente , sentindo-se horrivelmente envergonhado e culpando-a por isso. -Eu sou Callum MacGregor.- Era melhor terminar com isso o quanto antes em vez de deixá-lo para mais tarde, embora uma parte dele lamentava ter que observar como esse olhar de admiração se transformava em ódio quando ele disse seu nome em voz alta. Não estava decepcionado. O rosto dela se empalideceu tanto que ele pensou que ela poderia desmaiar e cair de seu cavalo. Seus olhos habitualmente eram muito rápidos, e nunca Callum MacGregor teria falhado em ver um inimigo agarrando uma arma. Mas por um momento sua beleza o fez esquecer sobre o ódio e o sangue derramado entre os clãs . Um momento foi tudo o que tomou a ela para deslizar sua mão debaixo do cinto e extrair adaga pequena que tinha escondido ali. A luz de surpresa que iluminou os olhos de Callum contrastou com sua voz fria e impassível.

-Tem a coragem de me apontar sua adaga ? -Ela se balançou , e ele moveu a toda velocidade, arrancando a de seu cavalo e levando-a ao seu . Ele fechou seus braços ao redor dela , segurando sua adaga com firmeza. - Insulta ao lorde do clã MacGregor com uma arma tão ínfima , moça. -Me deixe ir, verme !- ela se lançou contra ele e gastou o resto de energia chutando e lutando, tentando livrar-se. –Solte-me . Se for um homem, me deixe lutar com minha espada. Callum olhou para Graham, observando a expressão de admiração de seu chefe ante esse desafio furioso . Ela era uma moça brava , algo que todos os Highlanders valorizavam . Mas era uma Campbell. -Argyll está na fortaleza ?-Callum lhe perguntou , não movendo um músculo contra suas tentativas para livrar-se dele. -Disse que não sei onde está ele, mas quando o encontrar, leve-o para o inferno com você! Sim, esse era o tipo de reação que esperava de um Campbell. Ela não era mais inocente que o resto dos Campbells . -Graham, me consiga um pedaço de corda. Esta moça me está cansando. Sua resistência cessou abruptamente . Ela o olhou furiosamente com a promessa de vingança fervendo em seus olhos. -Provará ser nada mas que um selvagem me violentando ? Brevemente, seu olhar recaiu em seus lábios, logo se moveu para o resto de seu corpo em uma inspeção lenta de seus aspectos femininos, como se estivesse avaliando-a . -Mulher, sou muito mais que um selvagem. Suas fossas nasais se esticaram . – Lhe cortaria em ... Por cima de seu ombro, Callum viu um dos homens do tio dela sair por detrás da casa, armado com um arco . Não teve tempo para protegê-la quando a flecha assobiou em direção a eles e a penetrou em seu ombro direito, apenas por cima de seu peito. Embora tudo aconteceu em um segundo, ele pôde observar como a flecha perfurava seu corpo perfeito, e observou como a faísca de vida obscurecer-se em seus olhos. Enquanto Graham corria para o soldado, os olhos dela encontraram os de Callum no momento em que ela se dava conta que tinha sido ferida. -OH, maldição .- Sua respiração foi um sussurro contra seu queixo. - Provavelmente essa flecha era para você. Capítulo 2 Línguas de fogo subiam por seu braço até seu peito. Cada inalação tornava-se mais excruciante. Não a estava ajudando que seu captor ainda a segurasse firmemente contra seu corpo. Não podia mover-se enquanto a agonia a invadia . Seus pensamentos começaram a debilitar-se , mas ela lutou por aferrar-se a consciencia. Ela nunca desmaiou antes, e não queria fazê-lo neste mesmo momento estando nos braços de um MacGregor! - Fique quieta , moça. - Deus querido, isso doi - ela gemeu , cobrindo seu rosto em seu ombro. -Deixa que passe a dor.- Sua voz baixou até ser um murmúrio reconfortante. Seus braços se afrouxaram enquanto ela tentou diminuir a velocidade de sua respiração . Ele virou para seus homens, que estavam saindo da casa. -Argyll não está lá dentro - um deles gritou -Somente encontramos alguns criados, nenhum

homem velho entre eles. -Ele devem estar lá. - Kate lutou contra o afeto do MacGregor enquanto um fogo lhe subia pelo braço. -A bebida ,- o comandante ordenou a outro de seus homens, e logo lhe puseram algo em sua mão. -Beba isto.- Ele segurou o odre perto seus lábios. –Aliviará a dor. Ela o olhou com lágrimas nublando seus olhos. - Mataram Amish e John ? Ele a olhou fixamente , inalterável por sua dor. -Eu não matei esses homens. Eles não estão aqui. Agora tome esta bebida.- A intensidade de seu olhar penetrante a compeliu a obedecer. Ela cobriu sua mão com a sua e tomou um grande gole . Logo começou a sufocar-se . Mãe de Deus ! Nunca tinha provado nada tão amargo e ardente ! Era como beber fogo líquido. Sua pele se tingiu de verde, e ela tremeu tão violentamente que seus dente se estalaram . Ela levou sua mão para sua boca para não gritar . . . ou vomitar. - Já passará. - seu captor se afastou ligeiramente e lhe ordenou olhá-lo . Quando ela o fez , seus olhos se cravaram nos seus , e algo em suas profundezas arderam lhe dizendo que ele não esperava ver debilidade nela. Kate inalou profundamente. Ele não encontraria isso. -É um veneno,- ela finalmente tossiu . -É só uísque. - Um sorriso se curvou em sua boca, mas essa era a única evidência de suavidade em suas feições marcadas . Um momento mais tarde, o sorriso se foi. -Onde está seu tio ? - Pela última vez, não sei .- Kate fechou seus olhos para evitar chorar diante de seu inimigo. Amish e John tinham sido como pais para ela e para Robert. Deus querido, onde estavam eles? Onde estava seu tio? - Ele esteve aqui antes . Estavámos para partir para Inverary amanhã. Ele deve ter fugido quando viu os McColls. - Um verdadeiro Campbell, covarde por natureza . Kate o olhou . Covardemente eram os homens que mataram os velhos , ou cortaram de acima a baixo a seu pai como um dos vermes dessa família tinham feito .-Tire suas mãso imundas de mim, MacGregor. Por um momento, Kate pensou que podia estar olhando ao Diabo MacGregor em pessoa . Pois seus olhos eram cor fogo: duas brasas de ouro azulado que a observavam debaixo de cílios negros. Logo sua boca se curvou em um sorriso desumano enquanto ele abria seus braços e a soltava . Kate teve que agarrar-se ao antebraço dele para evitar cair de seu colo e se chocar com o chão. Ela apertou os dentes como uma nova onda de dor a invadia . - Maldição,- ela insultou, estreitando seus olhos e vendo-o através da névoa de suas lágrimas. -Bastardo de merda. Seu insulto ganhou seu olhar de fria indiferença. -Embora pareça que poderia ser tratada com um pouco de ternura , não tenho o estômago para fazer isso . -Não esperava menos de um MacGregor,- ela replicou, e logo fez uma careta quando o braço dele a rodeou novamente. A dor estava começando a intumescer-se , junto com seus sentidos. Deus querido, ela nunca tinha sido tão seriamente ferida . Maldição! Os McColls atacando para roubar gado era uma coisa. Mas que houvessem tentando matá-la era outra coisa completamente diferente . Eles nunca tinham feito algo assim antes. Mas hoje, porque os soldados de seu tio se uniram na

prática no pátio , os McColls tinham atacado com o objetivo de matar. Quando dois dos Highlanders avançaram para ela, não tinha tido outra opção que desenbanhar sua espada e defender-se . Depois de mais de um quarto de hora, sua força tinha sido drenada e ela sabia que não poderia sustentar a briga por muito mais tempo . Tinha pensado que ia morrer. Embora tinha passado muitos anos aprendendo a esgrimir uma espada, os oponentes de palha não serviam para prepará-la para enfrentar a um competidor de carne e osso . Tinha passado por medos muitas vezes em sua vida—três anos atrás, quando a colheita tinha falhado e pensou que sua pequena família sofreria de fome. Quando sua babá Helen adoeceu com febre e não se recuperou . E depois disso, quando Robert tinha partido e o vento uivava contra sua porta durante as noites, como um demônio tentando entrar. Mas ela nunca tinha tido tanto medo como hoje, muito cansada para salvar sua vida, tinha esperado que a espada fria de alguém lhe cortasse a carne. E então ele tinha chegado em seu resgate . Não tinha medo do lorde dos MacGregor, embora a primeira vez que o viu, ele estava sentado sobre seu grande cavalo, o cabo de sua espada escocesa coberta de sangue e uma dúzia de McColls jaziam morto a seu redor , ela tinha certeza de que sua morte era iminente. Mas em vez de matá-la, lhe tinha salvo a vida. Inclusive depois de que ela o tinha ferido , ele tinha lutado para protegê-la . Por que um MacGregor faria algo assim ? De repente sua cabeça parecia muito pesada para levantá-la . Pouco antes de fechar seus olhos, ela olhou ao guerreiro que a envolvia em seus braços. Ele cheirava a urze e a névoa. Esse aroma a invadiu , indo diretamente a sua cabeça. O sol estava justo detrás dele , esparramando luz em cima de seus ombros como um manto dourado, lhe recordando os contos de Robert sobre o Camelot. Ela sorriu e logo caiu inconsciente em seus braços. Callum observou sua cabeça cair derramando seu cabelo em cima de seu braço. Seu olhar recaiu em seu pescoço , e no montículo de seus seios empurrando levemente por cima do decote. Por Deus ! Devia estar ficando louco, mas achava completamente hipnotizante. Ela se ajustava perfeitamente a seus braços. Teve a sensação que eles tinham sido criados artesanalmente desse modo e que não sabia que lhe estava faltando até esse dia. Não , ele se recordou, ela era uma Campbell, alguém a quem ele tinha nascido para odiar. Tinha vindo aqui para matar ao Conde de Argyll, não salvar à bastarda de sua sobrinha. Olhou-a , e seus olhos arderam com frustração. – Junte os homens e vamos sair daqui. -E a moça? - Graham perguntou antes de virar para os outros. -Bom, não a quero se ela não pode tolerar seu uísque. - Surgindo detrás deles, Angus riu quando seu lorde lhe lançou o odre . Ela tinha tolerado a bebida melhor que muitos homens , Callum decidiu , incapaz de evitar de olhá-la novamente. Outros normalmente vomitavam depois de um só gole da potente bebida de Gillis. O modo como essa mulher tinha lutado contra o pior efeito do uísque revelava o tipo de força que ele estimava e nunca tinha esperado achar em um Campbell. -Vou levá-la - Callum disse, levantando seu olhar para seus homens. -Se Argyll quer ver sua sobrinha viva novamente,terá que me encontrar e finalmente me enfrentar em uma batalha. - E se ele encontrar nossa propriedade em Skye ?- Graham perguntou . -Não importa - O grunhido de Callum era como uma navalha afiada.- Ele me teme e sem dúvida reunirá outro exército para levar com ele. Veremoo -os chegar a dez léguas de distância e

acabaremos com eles como fizemos em Kildun. Mas Argyll morrerá lentamente . -E se a moça morre antes que cheguemos a Skye ? - Jamie perguntou . Sua pele estava mortalmente pálida e sua respiração era muito baixa. - Ninguém morre de uma flecha cravada no ombro, - Brodie zombou. Angus o golpeou no peito com seu punho. -Como ele poderia saber isso? Nunca antes vimos uma flecha cravada em uma moça . Graham concordou, lançando um olhar prolongado à moça nos braços de Callum - As mulheres são mais delicadas que os homens. -Ela é bonita. -E que merda isso tem a ver ? - Angus perguntou dando outro profundo gole a seu uísque . Callum a olhou novamente. -Ela viverá. -Ele moveu seu braço para envolvê-la em um ângulo mais confortável quando sua coxa começou a lhe doer, e logo franziu o cenho quando ela gemeu — Isso soou para seus ouvidos como gatinho ronronando depois de um jantar abundante.- Ela se abraçou mais contra seu peito ,seus braços a sustentaram com mais força , cuidando para que a flecha que sobressaía de seu ombro. Esse gesto terno que certamente mancharia sua feroz reputação . Abraçando a um Campbell. -Não deveríamos lhe tirar a flecha , meu Lorde ?- Jamie perguntou , mantendo seu passo ao lado de Callum enquanto cavalgavam pelo vale. Callum considerou, mas a idéia lhe causaria mais dor e isso não lhe atraía . Mas não queria que seus homens pensassem que estava sendo suave, e com um Campbell, ainda menos. - Vamos levá-la aos Stewarts. Eles não estão longe daqui.A esposa de Ennis é curandeira. Uma vez que lhe tirem a flecha, a moça precisará de ervas para lutar contra a infecção . Precisarei dela viva se a quero usar como isca para seu tio. -Ennis Stewart é um traidor, -Graham lhe recordou .- Não lhe daria as boas-vindas aos MacGregors em sua casa. - Fará se quizer continuar vivo - Callum grunhiu em resposta . Graham estudou seu melhor amigo com uma faísca de humor brilhando em seus olhos verdes. -Venha, me deixe levá-la . Parece mais amargo que o habitual desde que a tem em seus braços. -Eu a levo - Callum lhe advertiu sucintamente. -E parem de olhá-la. - Sim,parem de olhá-la ,- Jamie repetiu lhe franzindo o cenho a seu irmão. -Callum gosta desta mulher e não deixará que caia em suas garras como as mulheres de Camlochlin. -Eu não gosto dela , Jamie,-Callum o corrigiu com uma dose extra de desgosto para convencêlo . -Ela é uma Campbell. Embora Jamie freqüentemente provava ser um dos homens mas temerários dos MacGregors, seu cabelo murcho e loiro e seus olhos azuis rivalizavam com os dos meninos mais inocentes. -Então a odeia? - Esses enormes olhos azuis se cravaram em Callum. Sim , Callum pensou, ele desprezava o sangue que corria nas veias dessa moça. Seu clã era responsável por ter matado a quase todos os lordes dos MacGregor nas última quatro gerações . Eles tinham torturado à única pessoa em sua vida que ele se atreveu a amar, Tinham-lhe tirado tudo até que nada restou exceto raiva, escuridão, e vingança. Sim,odiava-a . Mas não tinha a coragem para pronunciar as palavras . Apertou sua mandíbula e esporeou seu

cavalo a um ritmo de galope veloz . - Sim .- Jamie sacudiu a cabeça , e logo correu detrás dele. - Ele a odeia. Capítulo 3 Ennis Stewart não lhe deu imediatamente as boas-vindas aos MacGregors em sua casa. Quando o fez , não foi com braços abertos, a não ser com alguns insultos murmurados .Se algum castigo recaísse sobre sua família por comunicar-se com esse clã proscrito , nunca os perdoaria . - É um MacGregor a menos que o tenha esquecido , Ennis,- Graham lhe recordou ao velho guerreiro. -Seu sobrenome pode ter sido trocado, mas seu sangue é, e sempre será, sangue dos MacGregor. Saindo do caminho para lhes permitir a entrada a sua pequena moradia , Ennis murmurou algumas blasfêmias mais, e logo assentiu com sua cabeça que todos entrassem . Olhou para a esquerda e a direita, e logo fechou a porta com um golpe. -Meu pai era um MacGregor,- Ennis reconheceu ,virando para Graham. -Meu irmão e sua família foram mortos por causa disso. Não esqueça que o nome dos MacGregor está proscrito. Posso ser enforcado por ajudá-los .- Ele chamou sua esposa, que aguardava em uma mesa pequena no centro do quarto, retorcendo suas mãos . Ennis pôs seu braço ao redor dela e a aproximou de seu corpo como se a porta estivesse a ponto de ser derrubada e eles a ponto de serem acusados de asilar aos rebeldes. -O desafio de vocês fará que todos terminem mortos.- Ele virou-se para Callum e sacudiu a cabeça . -Quanto tempo vão continuar esta guerra? Vocês são fortes e jovens . A vida não é não tão dura agora. Não passará muito tempo antes que a monarquia seja restabelecida sob o comando de Charles II. Os MacGregors lutaram por ele. Certamente ele lembrará disso. Troquem seus nomes, e pelo amor de Deus, vivam uma vida pacífica. Angus avançou e parou ao lado de Ennis com um olhar tão frio como o pior inverno das Highlands. – Cuidado com a sua língua. Está falando com seu lorde . Endireitando seus ombros, Ennis levantou sua cabeça até olhar ao guerreiro diretamente nos olhos. -Meu lorde é Connor Stewart agora. Angus considerou o velho com um olhar de desgosto. - É um covarde, Ennis MacGregor. -Não ! Eu protejo a minha família! -O mesmo fazem eles !-Graham lhe gritou . Ele avançou bruscamente e golpeou seu punho na mesa, ignorando o sobressalto de Mae Stewart . – Eles protegem seu clã e seu sobrenome. Estou orgulhoso de dizer que os Grants permanecem fiéis a nosso lado. - E como os protegem ?- Ennis exigiu . Ele empurrou a sua esposa para trás dele e enfrentou ao grupo de guerreiros corajosamente. -Protegem-nos mencionando seu nome aos inimigos? Como protegem a suas famílias? Agora Callum avançou . Quando alcançou a mesa,passou seu braço sobre sua superfície , tirando as fontes e floreiro . Se curvou para frente, colocando à mulher em seus braços sobre a mesa. Endireitando-se, fechou seus dedos ao redor do cabo de sua espada. - Eu os protejo com isto. Qualquer um que pense em fazer mal a meu clã morrerá por minha espada, e a ofensa nunca será esquecida. Se tivesse filhos, treinaria-os para que fossem guerreiros como meu pai me ensinou , de modo que quando eu morresse que eles protegessem

ao clã em meu lugar. E meu clã é o clã MacGregor.- Sua voz baixou com firme convicção. -Não esconderei a minha família na escuridão do medo para protegê-los. Se devemos morrer , então que assim seja . Morreremos como MacGregors. Não vim aqui para lhe causar dano, nem para te envergonhar, Ennis. Esta moça precisa ser curada por sua esposa. Não iremos antes que caia o sol . Ele se virou para Mae. -Ajudará? - Sim - ela assentiu . -Parecesse que você também precisa de uma cura .- ela olhou sua perna, onde o sangue gotejava e havia uma grande mancha de sangre em seu joelho. - Ficaria muito agradecido - ele disse e a observou enquanto ela começava a examinar a mulher sobre a mesa. -Quem lhe fez isto ?- Mae correu o beira da camisa da mulher lhe descobrindo o ombro. -Um soldado de seu tio,- Callum lhe disse , incapaz de olhar o ombro da moça. Ela gemeu , e ele desviou seu olhar . -Seu tio?- Ennis perguntou , o interesse de Callum em lhe causou curiosidade . -Quem é ela então ? Quando Callum o disse, Ennis lançou um olhar desconfiado.- Estão ajudando a uma Campbell? - Sim, mas ele a odeia.- Jamie se apressou sair em defesa de seu lorde. - Ele não a odeia.- Brodie cravou seu cotovelo no estomago de Jamie. - Vão ter que esperar lá fora - declarou a esposa de Ennis, exasperada pela resistência súbita entre os homens. Além disso, ela teria que despir à moça para chegar à ferida, e não era adequado que nenhum homem a visse nesse estado .- Agora, todos vocês vão para fora ,-ela ordenou. - Viu o que fez Brodie?- Jamie grunhiu . -Ela pensa que somos uns bárbaros por sua culpa . -Não é assim .- Brodie o empurrou .-Ela não quer que vejamos as tetas da moça. Eles já estavam dirigindo-se para a porta quando Callum deu a ambos os homens um empurrão brusco .- Cuidado com as suas línguas sujas e movam o traseiro. Uma vez que os homens deixaram a moradia , Ennis observava por cima de seu ombro cada cinco segundos. Em dez segundos , Ennis estava absolutamente frenético. A qualquer momento agora, alguém passaria por lá para lhes desejar um bom día e veria os cinco guerreiros gigantes, e sairia gritando a todos os vizinhos que os MacGregors estavam ali. Logo , Ennis pensou, secando a testa, ele e a pobre Mae seriam segregados pela comunidade e abandonados a passar fome até a morte nos pântanos. A mão de Callum em seu ombro o surpreendeu. -Não se preocupe por isso, Ennis. Se alguém vier , porei minha espada em sua garganta e pode lhe explicar a seu lorde que nós lhe forçamos a nos ajudar. Ennis sabia que MacGregor não o estava repreendendo por seus medos . O chefe do clã realmente estava disposto a dar a vida pelos membros de seu clã, inclusive por aqueles que tinham escolhido trocar o sobrenome para permanecer vivos. -Pensei em me refugiar em sua fortaleza na ilha, lorde. -Ennis admitiu, incapaz de evitar sentir respeito pela coragem que precisava para permanecer contra a perseguição do clã .-Mas esta é minha casa agora. Callum sacudiu a cabeça e aplaudiu suas costas . -Camlochlin te dará a boa-vinda se mudar de idéia.

Ennis finalmente mostrou um sorriso , mas um momento mais tarde ele retomou sua caminhada impaciente , olhando de vez em quando para Brodie e aos outros enquanto eles se insultavam mutuamente. -Como um Campbell caiu em suas mãos ?- Ennis lhe perguntou ao chefe do clã, para manter sua mente fora do pânico crescente que sentia . Callum lhe explicou o que tinha acontecido em Glen Orchy. -E o que planeja fazer com ela? -Eu a manterei presa até que Argyll venha por ela, logo a entregarei a seu irmão em Inverary. Callum apertou sua mandíbula, seu olhar penetrante fixo nos prados forrados diante dele. - Quanto antes me livrar da moça, melhor. - E o conde? Os olhos frios de Callum se converteram em brasas quando ele girou para seu reticente anfitrião . - Ele morrerá . Ennis curvou uma sobrancelha cinza .-Castigará-o pelo que Liam Campbell te fez, então ? - Sim - Callum sacudiu a cabeça . - Ele pagará pelos crímes de seu pai, do mesmo modo que eu paguei pelo meu . E ele sofrerá pelos MacGregors que ele matou e pelos rostos das mulheres que ele marcou com um ferro quente . Ennis se silenciou .Tinha ouvido sobre as mulheres marcadas com o ferro pelo Conde de Argyll. Um fato lamentável, mas nada fora do comum. Os Campbells tinham tentado domar aos MacGregors desde o tempo de Robert the Bruce, mas sem êxito. Sim,Ennis sabia que seu clã não era completamente inocente. Eles eram um grupo de homens sanguinários, e haviam matando Campbells por mais anos do que podia recordar . Haviam dúzias de ações no Parlamento contra os MacGregors , lhe concedendo aos barões e a outros nobres o direito de persegui-los a ferro e a fogo. Mas quando os MacGregors massacraram os Colquhouns na batalha de Glen Fruin cinqüenta anos atrás, o Rei James VI os declarou em extinção. A maioria dos Highlanders sabia que os MacGregors não mereciam o castigo que eles tinham recebido, pois as deslealdades entre os Campbells e seus aliados abundavam . Mas Callum e Margaret MacGregor tinham sido inocente. O fato que eles tivessem escapado do calabouço de Liam Campbell no Castelo de Kildun era um milagre, nisso todos concordavam . Como o tinham feito , e o que tinha acontecido com Callum depois disso, era outro tema completamente diferente , e as versões variavam de acordo com quem era perguntados. Alguns o chamavam o lorde da névoa , enquanto que para outros ele era um louco. Uma coisa era certa, entretanto . MacGregor era um homem orgulhoso, escolhendo, de acordo com suas próprias palavras, nunca esconder-se na escuridão. Mas quando Ennis olhou as tiras de couro rodeando os pulsos de Callum, perguntou-se por quanto tempo o jovem chefe do clã podia esconder-se detrás daqueles terríveis anos de sua juventude. Os pensamentos de Ennis foram interrompidos quando sua esposa abriu a porta do frente e olhou para os homens de pé ao redor da entrada. Ela sorriu quando encontrou o olhar de MacGregor .-Era uma ferida limpa.Lhe extraí a flecha e lhe coloquei uma bandagem no ombro. Ela está acordada, embora um pouco enjoada por causa de minhas ervas. Provavelmente por isso ela perguntou pelo arrogante bastardo... - Mae se conteve de repetir como a moça Campbell o tinha chamado. Ela se ruborizou e bateu no peito . - ... o homem que tinha invadido sua fortaleza . Presumo que se refere ao lorde.

Angus imediatamente soprou o ar contido em seu peito e avançou. - Acredito que ela provavelmente se refere a mim . Brodie lançou uma gargalhada .-Se ela se referisse a você , teria perguntado pelo gordo com um odre de uísque pendurando de sua boca. -Bem , ela não se referiu a você , por certo, Brodie MacGregor,- Angus lhe gritou. Ennis Stewart olhou para cima e pediu aos céus que se abrissem e o levassem nesse mesmo instante . - Creio que ela falava de Graham,- Jamie honestamente disse. -Sempre está sorrindo a todas as moças com suas covinhas diabólicas . -Fiquem aqui,- Callum ordenou a sua família e agachou sua cabeça ao passar pelo marco da porta , entrando na moradia . Quando a viu deitada na mesa, uma tensão estranha lhe oprimiu o peito , fazendo que seus passos se pausassem . Seu cabelo caía para um lado em mechas largas, teve vontades de tocá-las. Por Deus , ela nem sequer tinha gritado quando esposa de Ennis lhe extraiu a flecha da carne. Quando ela virou sua cabeça para olhá-lo , seus olhos ardiam com raiva e lágrimas. Sem estar preparado para o efeito que a imagem dela causava, ele se amaldiçoou por querer tomá-la em seus braços e consolá-la. Capítulo 4 KATE foi arrancada de seus sonhos de ser embalada nos braços de seu resgatador e despertou sufocada. Com dolorosa consciência , ela recordou ter sido ferida . Ela percorreu com a vista o ambiente desconhecido , e compreendeu que tinha sido tirada de sua casa também. E não por um cavalheiro do reino, mas sim por um MacGregor! Havia pouco que ela pudesse fazer agora, lutando contra o efeito entumecedor das ervas, sem dúvida providas pela mulher que estava de pé inclinada sobre ela e que secava o sangue de Kate de suas próprias mãos com um trapo pequeno. Ou seria o efeito desse uísque horrendo, tão mortífero como seu resgatador . . . OH não . . . captor. Bom Deus, tinha sido seqüestrada! Onde estava seu captor? Perguntou à mulher, quem não lhe deu nenhuma resposta, exceto por um tranqüilizador tapinha antes de dirigir-se para a porta . Os MacGregors! A mente de Kate começou a funcionar freneticamente . Essa manhã seu tio lhe tinha estado advertindo sobre eles? Era uma pena que ela tivesse ferido ao chefe dos MacGregors na perna. Deveria havê-lo cortado ao meio como eles tinham feito com seu pai. Ela girou seu rosto em direção à porta quando ouviu que alguém entrava. Ela odiava o clã desse homem por ter aterrorizado a sua família por tantos anos, mas tinha que ter estado louca ao levantar uma adaga tão pequena contra ele. Ele era muito mais alto que Robert, e tinha um corpo solidamente formado debaixo dessa camisa e desse kilt e se movia com a confiança de um conquistador. Duas bandagens de couro marrom rodeavam seus pulsos. Havia sangue seco sobre seu joelho nu e desaparecia por debaixo da borda de sua bota. Mas nem a leve dor que lhe causava sua ferida nada fazia por diminuir sua presença dominante. Ele fez uma pausa por um momento, seus olhos encontraram os dela como uma tormenta, turbulenta e perigosa. Kate saltou da mesa e tropeçou para trás se chocando contra a parede . Que toda a Escócia temesse aos MacGregors. Ela não o faria! Seus olhos procuraram velozmente no quarto algo com que golpeá-lo . Ela levantou um tamborete com seu braço são e o levantou para repeli-lo .

Teve um momento de pânico quando ele retomou seus passos novamente. Uma onda de dor lhe percorreu o corpo, mas não ia permitir que ele a matasse sem mostrar resistência. Apertando seus dentes , ela fechou seus olhos com força e se balançou . Quando seu tamborete cessou de mover-se em suas mãos , ela abriu os olhos para encontrar os dedos largos do chefe do clã ao redor de uma das pernas de madeira. -Deixará de tentar me machucar - lhe advertiu , dando um passo ais perto. -Ou me verei forçado a lhe amarrar. -Tenho intenção de te matar .- Kate o olhou fixamente e deu ao tamborete outro puxão . Sua arma de quatro pernas voou através do quarto e se chocou no chão ruidosamente . Kate mal teve tempo de sobressaltar-se antes que ele a tomasse em seus braços. Levantou-a contra seu peito , envolvendo-a em um abraço férreo. Ela lutou por livrar-se, mas sem êxito. - Para onde me está levando? Me solte !- ela exigiu mais vigorosamente quando ele não respondeu imediatamente. -Estou te levando para a cama. Kate se congelou . Ele tinha intenção de violentá-la ? Sim, ele tinha ameaçado lhe fazer isso antes ou não ? Ela girou a cabeça para olhar o pequeno colchão em um canto e lutou por suprimir os batimentos ferozes de seu coração. -Se te atrever a me tocar, arrancarei seu coração. -Como poderia fazer isso? - ele perguntou, soando um pouco divertido. -Com os dentes? Kate desejou ter a coragem para fazer exatamente isso. Ela ficou rígida. Era verdade que ela nunca poderia vencê-lo com um só braço. Nem sequer poderia vencê-lo lutando com dois braços . Ela tentou despertar seu sentido de honra, esperando que ele possuísse algum . -Estou comprometida - ela mentiu . Ele a observou e logo franziu o cenho, seus olhos azuis se obscureceram . - Com quem ? Kate mordeu seu lábio inferior entre seus dentes , tentando pensar em um nome. Recordou um que Amish tinha mencionado uma vez ou duas quando falava de seus dias de juventude lutando contra os ingleses. -Com Lorde Mortimer de Newbury. Meu tio tem uma relação muito próxima com nosso lorde protetor , Cromwell, e eu fui prometida a Lorde Newbury como um... -Newbury?- Seu cenho franzido se aprofundou . – Vai se casar com um inglês? Kate o olhou nos olhos enquanto ele cruzava o quarto. -Sim, fui informada que ele tem um exército de duzentos homens. MacGregor bufou e encolheu os ombros como se não lhe importasse se o exército de Lorde Newbury tivesse mais de mil homens . -Não tenho intenção de te desonrar, mulher. - Ele a depositou na cama pequena, e se sentou no extremo , ao lado dela. -Não é suficientemente ruim que seja uma Campbell. Mas se está considerando se casar com um inglês, é uma idiota, também. Kate estudou seu perfil. Tinha de esbofeteá-lo e se fosse possível com uma tocha! Mas, ele não fez nenhum movimento que indicasse que ia abusar dela, o que significava que sua mentira tinha funcionado . Era isso, ou que ele a odiava tanto como ela o odiava . O segundo parecia mais provável, já que cada vez que ele posava seus olhos nela, ele franzia o cenho . -Ser uma Campbell e ser uma idiota é melhor que ser do clã MacGregor. Minha gente nunca cortou a cabeça de um homem e a enviou a sua irmã, fazendo com que ela se enlouquecesse . Ele inclinou sua cabeça para olhá-la diretamente, sua expressão era dura e inflexível.

- Tem razão . Seus parentes fizeram algo muito pior. Kate deu uma respiração profunda e se proibiu de tremer, embora esse tremor tivesse menos a ver com o medo e mais com a beleza de seu rosto. Seu cabelo escuro chegava mais abaixo de seus ombros. Algumas mechas a ambos os lados estavam trançadas em suas têmporas e amarradas com finas tiras de couro. Sua mandíbula estava sombreada com crescimento de barba de alguns dias, mas não o suficiente para esconder uma atraente covinha em seu queixo. Seu nariz era reto e masculino e seus lábios cheios e sensuais. -Pior que levar essa cabeça a uma igreja e jurar sobre ela para apoiar a rebelião em desafio ao rei ? - ela perguntou sentando-se . Ela se envolveu em seu xale quando ele começou a virar-se novamente. Ele tomou um momento para deixar que seu olhar vagassem por suas feições, logo a irritou ainda mais com um sorriso lento que a fez sentir-se como a pessoa mais estúpida de toda a Escócia. -Fala de John Drummond, mulher. Os MacGregors o mataram faz quase setenta anos atrásdepois que ele enforcou vários MacGregors por caçar cervos em suas terras . Não tem nada mais recente para me recordar quão bastardos e bárbaros são os meus parentes ? Kate piscou e seus olhos brilharam . -Sim, vocês mataram meu a pai e a meu avô. Seu sorriso se debilitou , mas sua voz ainda era zombadora . – Tem certeza ? A porta se abriu de repente , lhe impedindo de lhe perguntar o que queria dizer. Ela estudou aos quatro homens corpulentos enchendo aquela pequena moradia , um ao lado do outro. Eles se empurravam para abrir caminho em direção a ela. Logo o menor do grupo, um jovem de aspecto agradável com olhos azuis e cabelo loiro claro lhe sorriu . - Jamie Grant ... O homem detrás dele deu em Jamie um empurrão e um golpe na nuca. Outro guerreiro, parado a sua esquerda, tomou a oportunidade para dar a volta ao redor de seus companheiros e lhe fez uma reverência . -Graham Grant, do clã Grant - ele disse, tirando seu chapéu de cor azul de sua cabeça. Kate observou o cabelo de cachos dourados que capturaram a luz do fogo da chaminé à medida que ele se endireitava. Ele parecia um anjo comparado com o resto deles. Um anjo, ela concluiu um momento mais tarde, com um sorriso maliciosamente sedutor. -Como está , Katherine? Ela arqueou uma sobrancelha . -Como sabe meu nome? - Passei os últimos dois meses com seu irmão, Robert em Inverary. Ele me contou muito sobre você . A menção de seu irmão trouxe um sorriso curioso a seus lábios. Ele conhecia Robert? Ela teve dificuldade em acreditar que seu irmão confraternizaria com qualquer amigo do clã responsável por matar a seu pai. -Por que meu irmão te contaria algo sobre mim? - Fomos amigos. Kate lhe ofereceu um sorriso desconfiado , segura de que ele estava mentindo. - Viram ? Já gosta de Graham - Jamie assinalou , vendo seu sorriso. -Disse-lhes que gostava de Graham. Graham agarrou sua mão e estava por levantá-la para seus lábios para beijá-la, quando MacGregor capturou seu pulso e voltou sua mão para seu colo. Seus dedos cobriram os dela

possessivamente . Ele usou seu queixo para lhe fazer um gesto ao resto de seus homens, terminando com as apresentações. -Brodie, Jamie, e Angus. Procurem os cavalos e aprontem-nos. Ennis e sua esposa já se expuseram muito ao perigo. - Ela pode viajar tão cedo ? - Angus perguntou . Ele estava olhando um barril que Kate imaginou continha uísque. Ela suspeitou que ele realmente não estava preocupado por seu bem-estar tanto como meter-se nesse barril. Ele era um homem enorme com cabelo avermelhado ondulado e uma cicatriz que cruzava seu rosto da têmpora esquerda até o pescoço. Quando ele olhou para Kate, sua expressão se suavizou e a lembrou de um cão que uma vez tinha tido e que acostumava a lamber seu rosto depois de que ele perseguia a quem roubava gado em suas terras. -Não viajarei com vocês - Kate lhes assegurou . O chefe do clã ficou de pé . -Ela pode viajar, Angus, -ele disse como se ela não tivesse falado . -É uma moça saudável. Kate o olhou e pronunciou cada palavra claramente de modo que ele a entendesse dessa vez . –Ficarei aqui até que meu irmão venha me buscar , e limpem seus ensebados ouvidos e me entendam. Sua expressão não mudou quando ele se inclinou para ela e a elevou da cama tomando-a em seus braços uma vez mais, ignorando seus protestos . Ele se deteve parou ao lado de um casal de idade avançada que esperava na porta e lhes ofereceu uma saudação , tampando os insultos venenosos de Kate. Mae Stewart parecia a ponto de desmaiar quando a moça Campbell mordeu um de seus dedos. Callum MacGregor era um homem grande com um gosto pelo sangue que rivalizava com o dos reis da Inglaterra. Mae colocou um pacote pequeno em sua mão, desejando acalmar seu temperamento antes que ele matasse a pobre moça . - Sua pomada -lhe disse nervosamente. -Ela pode aplicar-lhe em seu ombro e em seu peito , mas ela necessitará de ajuda para aplicá-la em suas costas .Tente não estrangulá-la , lorde, se você aplicar. -Ela se apressou a ir a uma pequena arca e pegou outro pacote, e o deu Callum, quem o passou a Graham. -É um pouco de carne seca e pão preto para a viagem. Os homens lhes agradeceram , embora Angus continuava olhando os barris como um homem que estava sendo afastado da presença de sua amada . Graham o empurrou para a porta, e Ennis os seguiu para fora. - Lembre-se - Callum lhe disse , colocando Kate de pé o suficientemente forte para fazer seus dentes baterem. Ele saltou sobre o cavalo . -e lhe perguntarem , foi forçado a nos ajudar . Ele se inclinou para baixo, capturando a cintura de Kate, e a levantou para pô-la diante de seu colo. -O braço te dói muito?-lhe perguntou brandamente e muito perto de seu ouvido . Ela se separou dele e quase caiu ao chão. Ele a capturou, passando seu braço ao redor de seu estomago. -Lorde - Ennis falou uma última vez. –A Escócia está mudando. Abandone o passado. -Tentei -Callum respondeu solenemente. -Mas o passado não me abandona . Ennis sacudiu a cabeça e deu uma palmada à anca do cavalo. Ele ficou parado , observando-os partir, e oferecendo uma prece muda para que esse grupo incontrolável chegasse vivo a

Camlochlin . Capítulo 5 KATE se amaldiçoou por haver falhado e por não ter matado a esse MacGregor quando tinha tido a oportunidade. Ela jurou por todos os Santos que se ele a amordaçasse novamente, morderia-lhe os dedos arrancando-se os da mão ! Onde a estariam levando? Ela lutou contra o pânico que crescia em seu peito . Gritar seria inútil. Esses cretinos provavelmente gozariam vendo-a em meio de um ataque de histeria. Ela se consolou com o conhecimento de que pelo menos ela não tinha sido seqüestrada pelo Diabo MacGregor. O chefe do clã poderia ser o homem mais arrogante que ela já tinha conhecido , mas não se comportava como um louco disposto a exterminar a todos os Campbells. De fato, ele se tinha arriscado para salvar sua vida. Ela relaxou um pouco e se acomodou entre suas coxas duras, tentando ganhar um pouco mais de comodidade nessa viagem que não parecia que ia ser curta. . . - Aonde me está levando? Antes de responder, ele grunhiu algo em gaélico e a colocou longe de sua coxa ferida . –Para Skye. Ela girou , golpeando seu queixo com o alto de sua cabeça. -Skye? -ela esperava que não ter escutado corretamente . Não estava completamente certa de onde ficava Skye , mas sabia que era longe de Glen Orchy, e seu nome lhe sugeria imagens de um lugar muito longínquo, perto do céu. Talvez o lugar onde ele procurava absolvição para os pecados que tinha cometido. E sendo um MacGregor, certamente tinha muitos pecados . Virando-se, ela examinou seu rosto. Ele mantinha seu olhar fixo nas árvores mais adiante . -Por que me está levando para lá? O que pretende fazer comigo? Seus olhos se estreitaram e sua mandíbula se apertou.Havia um ar de frieza em sua expressão que fez com que Kate duvidasse se lhe importavam suas próprias transgressões. Bem, tampouco lhe importavam . Só queria voltar para sua casa. Ele a olhou com impaciência. -Responderei uma de suas perguntas . -Só uma?- Kate apertou sua boca ante sua tentativa de intimidá-la . Esse bruto era mais arrogante que seu tio! - Sim. -Sempre é tão inflexível ? Ele inclinou sua cabeça, lhe dando toda sua atenção . Kate quis enfrentar sua entristecedora virilidade em seu olhar atrevido . O olhou diretamente nos olhos e viu como o olhar dele se atrasava em sua boca e em suas bochechas avermelhadas. -Muito bem .- ele voltou seu olhar a seus olhos. -Para te demonstrar que sou agradável, permitirei que escolha a pergunta que quer que te responda. As sobrancelhas de Kate se arquearam . -Duas perguntas - ela estabeleceu, desafiando sua amabilidade. Ele concedeu com um assentimento breve de sua cabeça . - Por que me está levando para Skye? -Porque há mais de cinqüenta corpos mortos na entrada de sua casa em Glen Orchy. -OH.- ela piscou .-Entendo.- Ela se inclinou para trás, contra seu peito com um suspiro pesado

de alívio. Esqueceu-se da batalha sangrenta no pátio de sua casa . Certamente não queria voltar para lá sozinha. Teria que enterrar esses corpos, a menos que seu tio tivesse retornado para recuperar a seus homens, o que ela não podia imaginá-lo fazendo. E também tinha que considerar os McColls . Eles procurariam vingança uma vez que descobrissem o que tinha acontecido a sua família. -Confesso que tem um ponto nisso . Não seria sábio voltar para casa sozinha agora.- Ela virouse para ele novamente e lhe deu um olhar meticuloso .-Pensei que estava me seqüestrando. Seus lábios se curvaram em um sorriso que ela suspeitava que ele usava cem vezes antes de assustar a uma horda de inimigos. Kate apertou sua boca ; se recusava a render-se tão facilmente. - É um MacGregor além do mais .- Ela encolheu os ombros e sua expressão se relaxou . -Mas me salvou, e não quero que pense que eu ... -Eu não perco o tempo pensando em você. Seu insulto direto encheu sua paciência . -Claro.- ela mudou sua posição novamente e empurrou pernas contra sua coxa ferida. Seu corpo ficou rígido, mas ele não a moveu. -O que planeja fazer comigo? -Te cortar a cabeça seria um bom começo - ele disse apertando os dentes. -OH, e a quem lhe dirigiria seus olhares ferozes então ? A coragem dela para burlar-se dele acendeu seu sangue. - A sua família . OH, o que Kate não teria feito para ter sua espada nesse momento. -Ah mas logo não teria a ninguém mais para assustar.- Para provar seu argumento , ela não se virou quando os olhos dele percorreram seu rosto. Mas deveria havê-lo feito porque o sorriso que lhe deu fez acelerar seu coração. -Quais são seus planos para mim ? - ela perguntou virando-se. -Não decidi ainda. Kate rezou para não ter escutado bem . Ele não tinha decidido ainda ? O que queria dizer com isso ? Ele ia devolvê-la a seu irmão, sã e salva? Ou ia matá-la ? -Bem , eu prefiro voltar para minha casa do que ir para Skye - lhe informou, decidindo que ele simplesmente estava tentando assustá-la novamente. -Então eu tomo a decisão por você. Quero voltar para minha casa. Deus querido, como podia achar a um MacGregor tão perigosamente atraente? . -Agradeço-lhe. Isso é exatamente o que farei. Seus olhos se aumentaram . - O que? -Te devolver a sua casa e a seu irmão. -Em Inverary? -É lá onde ele vive. Ela baixou seu olhar para ele não ver o temor em seus olhos. Ela não queria viver com seu tio. OH, por que Robert tinha deixado Glen Orchy? O chefe do clã se inclinou para frente , e sua respiração acariciou sua têmpora quando ele falou. -Deixou claro que não se importa em nada com o tio. Por que ? Ela levantou seus olhos para ele , incapaz de encontrar a preocupação súbita em sua voz menos nobre que a do cavalheiro mais galante do reino. Ela sacudiu a cabeça. Estava ficando louca? Ele não era nenhum cavalheiro, a não ser um bandido selvagem. Parte da família bestial que tinha assassinado o seu pai. Não era outra coisa que um ser vil. Mas ele tinha entrado

impetuosamente em uma batalha e a tinha salvado de uma morte certa. Ele não a tinha seqüestrado. Tinha-a levado a casa dos Stewarts para que lhe tirassem a flecha, quando facilmente poderia havê-la abandonado a sua sorte . Ele a tinha tido em seus braços e confortado quando a dor da ferida era insuportável. E o mais importante, ele tinha intenção de entregá-la ao amparo de seu irmão. É obvio, ela não esquecia como ele quase a tinha deixado cair do cavalo quando lhe tinha exigido que a soltasse . Ou o modo em que lhe tinha abafado a boca com a mão na casa dos Stewarts . Ele era um bruto dominante, isso era verdade, mas ele não a tinha machucado. -Meu tio significa pouco para mim.- ela levantou levemente seu braço para aliviar sua preocupação óbvia. -Mas temo que ele castigaria Robert por ajudá-los. O olhar dele se fez severo e ele se endireitou , movendo seu corpo longe do dela . - Sem mais conversa. As fossas nasais de Kate se inflamaram enquanto interiormente desafiava a si mesma por imaginar-se que ele podia ser algo mais que um verme obstinado . Ela rezou para que esse homem não tivesse uma esposa esperando-o em Skye. Se existisse essa esposa seria uma pobre desgraçada. -Embora esteja em débito por ter salvo minha vida, considero-te imensamente desagradável. Ele arqueou uma sobrancelha e lhe deu um olhar interrogativo . -Vindo de uma Campbell ... ,ele a desafio com um sorriso lento. -É a primeira o suficientemente valente para me dizer que te causo desprezo. -Sua família - ela acusou sem vacilação - assassinou a meu pai e deixou meu irmão e a mim órfãos aos cuidados de um homem que não nos quer. A expressão dura do lorde vacilou, mas sua voz era firme, e seu olhar cravado na sua. -Não fui eu quem o matou. Kate sacudiu a cabeça . - Estou agradecida por isso. Jamie os observou curiosamente a alguns metros de distância . A moça era bela. Bastante linda por ser uma Campbell. Mas ela pensava que podia fazer que seu lorde gostasse dela com apenas olhá-lo nos olhos com esse sorriso confiante? Ele se aproximou um pouco mais . -Não poderá fazê-lo gostar de você. Já tem uma opinião formada sobre você . Ele te odeia - ele disse. Callum teria dado um soco no jovem guerreiro, mas não podia afastar seus olhos longe de Katherine Campbell— uma incômoda tendência que tinha estado sofrendo desde que a tinha visto pela primeira vez. Passou seu olhar de seus grandes olhos para os contornos deliciosos de sua boca apertada .Maldição, ele não sabia o que era mais perigoso dessas duas coisas. Felizmente para ele, ela se virou, lhe dando suas costas rígida. -Então meu inimigo e eu temos algo em comum - ela respondeu fríamente. Callum se moveu incómodamente , querendo dizer algo. Mas, o que? Ele podia negar as palavras de Jamie—ou as suas ? Eles eram inimigos, ele odiava os Campbells como ela desprezava os MacGregors. Ele se inclinou para frente e inalou o aroma de seu cabelo. Não deveria desejá-la. Mas o fazia . E cada vez que ele a olhava , cada vez que seu corpo se grudava ao dele ,ais a desejava . Seu espírito valente despertava imagens dela em sua cama, com o mesmo espírito rebelde . Ela podia esgrimir uma espada e sua língua era muito mais afiada que essa espada . Duas vezes se

viu seriamente tentado a tampar sua boca insolente com um beijo. Devia estar louco. Ela era uma Campbell, e ele não podia esperar para ver-se livre dela . Capítulo 6 Eles cavalgaram durante a noite sem parar e viajaram ao longo das águas quietas do Loch Llevem a tarde seguinte. Passaram por grandes cordilheiras cujas cúpulas estavam escondidas por nuvens e vastos campos verdes. Kate observou cada detalhe da nova paisagem a seu redor. Com semelhante esplendor rodeando-a , sua consciência do homem sentado detrás dela se intensificou. A força de seus braços ao redor de sua cintura. Suas coxas musculosas e firmes debaixo dela. Estes MacGregors teriam convencido Robert de algum jeito de não matálos ? Ela simplesmente não podia acreditar que seu irmão confraternizaria com os MacGregors. Eles tinham ido a Glen Orchy para matar seu tio? Por que eles a protegiam ? Robert lhes tinha pedido que fizesse isso? Ele , de algum jeito, tinha descoberto as intenções verdadeiras de seu tio para com ela? E por que razão ele arriscaria sua vida confiando nos MacGregors ? Deus querido, seu irmão a tinha traído ? Não! Ela nunca acreditaria isso. Ela reprimiu essa idéia e a substituiu com outra dúzia de pensamentos. Haviam tantas perguntas, e ela estava muito sonolenta para pensar em todas elas nesse momento . Ela se inclinou contra o peito do chefe do clã, bocejou, e pensou em perguntar a ele mais tarde. Os músculos de Callum se dobraram involuntariamente quando seu corpo se afundou nele . A moça estava esgotada e não gostava da idéia dela dormindo sobre ele novamente. Eles teriam que parar. Dormir ao ar livre em qualquer lugar seria algo pouco inteligente, ele preferia viajar algumas milhas mais ao norte , e entrar em território mais amigável. Haviam alguns homens que o conheciam de vista e tomariam qualquer oportunidade para apanhá-lo e lhe cortar a cabeça. Não era seguro deter-se, mas mais perigoso era o prazer que lhe causava o contato com ela , a suavidade de suas curvas, o aroma de lavanda de seus cachos quando eles lhe roçavam o rosto. Ele se moveu, separando-se dela. Ele deteve seu cavalo e examinou os densos pinares no vale mas abaixo. -Passaremos lá esta noite. Detendo-se a seu lado , Graham estudou seu perfil com preocupação enquanto arqueava uma sobrancelha. -Parece dolorido. Suas feridas precisam ser fechadas . O único sinal que Callum emitiu foi o apertar de sua mandíbula. Tinha razão . Sua perna estava rígida e cada vez que a moça em seu colo se movia,sentia como que se lhe estivessem cravando uma adaga na carne. O corte tinha que ser fechado antes que a febre aparecesse . Ele tinha tido muitas feridas fechadas com fogo no passado , mas sua mente simplesmente não podia pensar na idéia . Quando eles alcançaram as árvores , Callum fez descer primeiro Kate e logo a olhou fixamente depois de um doloroso desmonte. -Desculpei-me por te ferir ! -ela atacou , embora ele não havia dito uma palavra. Suas sobrancelhas se arquearam sobre seus olhos, mas ela não se acovardou com seu severo cenho franzido . -Deveria ter gritado! Eu não sabia que vinha para me ajudar . Ele a observou por um momento, parecendo ter a intenção de dizer algo. Mas ele se virou

sem dizer uma palavra e arrancou o odre de Angus dos lábios do guerreiro. -Precisaremos fazer uma fogueira - gritou para Jamie e se afastou coxeando. Callum se deteve quando alcançou um pinheiro alto , apoiou suas costas contra este, e levou o odre com uísque a sua boca. Quando ele viu a moça partindo em direção a ele, ele levantou seus olhos aos céus. - Por que não pediu que a esposa de seu amigo cuidasse de sua perna?- ela agarrou a borda de seu kilt para dar uma olhada a sua coxa. Ele afastou sua mão bruscamente . -Vá descansar , Katherine. Eu não ... -É Kate. Ele a olhou fixamente com seus tempestuosos olhos azuis e tomou outro gole de uísque. -Não a quero dormindo emcima de mim ,Kate - Ele fechou seus olhos, deixando que o uísque potente esquentasse seus músculos. Quando os abriu novamente, ela tinha se afastado. Contra sua vontade, seu olhar examinou a área do acampamento até que ele que a achou , sentanda no chão a alguns metros de distância , seus joelhos pegos contra seu peito . Ela observava Jamie começar a fogueira e sacudiu a cabeça quando Angus lhe ofereceu um pedaço de pão preto de Mae Stewart. Callum estudou a forma de seu rosto, a bela luz de seus olhos profundos e escuros, a abundância sensual de sua boca. Um fogo correu por suas veias. Esse maldito uísque. Ele passou sua mão por sua mandíbula áspera . Nunca comprometeria suas convicções para deitar-se com um de seus inimigos. Sem importar o quanto se sentisse traído por ela . Quando ela esfregou o braço, ele sentiu um ponto de piedade por ela. Ela não tinha protestado nem uma vez a respeito de sua ferida, embora ele sabia que lhe doía . Tomou outro gole do odre , determinado a extinguir as brasas de desejo e piedade que ela tinha acendido nele. Se tivesse um grama de sentido comum , deveria abandoná-la aqui pela manhã. Seus olhos brilharam quando as chamas da fogueira finalmente cobraram vida. Como se pressentisse sua vigilância muda, ela girou seu olhar ao seu. Os joelhos de Callum se afrouxaram. É obvio, seu estado de debilidade podia ser atribuído ao uísque que tinha consumido e não à oferta que lhe tinha feito. Maldição com ela, onde estava o agudo desprezo em seus olhos? Ela era uma Campbell, por todos os demônios ! Por que ela o estava olhando como se ele fosse seu pior inimigo? Se lhe lançasse alguns insultos, amaldiçoasse a seu clã , ele poderia não achá-la tão agradável. Suas costas se deslizaram contra o tronco, e ele aterrissou no chão com um golpe pesado que lhe fez chocar os dentes . Deus o ajudasse, ele tinha vontade de lhe sorrir. -Alguns goles mais de meu uísque e não sentirá nada ,- Angus riu. Callum inclinou sua cabeça para trás , preferindo não observar como a lâmina espada de Graham ficava laranja com o fogo. -Não vai a... Callum ouviu a voz de Kate e fechou seus olhos novamente. Gostava do som de sua voz e o fato que não temia nem ao Diabo . - Não vai lhe queimar a carne com isso! - ela gritou , fazendo que os ombros de Callum subissem como querendo tampar seus ouvidos . -Sente-se , moça,- Graham disse brandamente. - Não há outra coisa que possa ser feita. Callum os olhou e viu a espada quente nas mãos de Graham. Tampou os olhos com uma mão. Seu

amigo sustentava o aço quente que logo . . . Ele tomou outro gole de uísque e se preparou para o que estava por vir . -Bem ? O que está esperando ?- ele exigiu um momento mais tarde quando Graham simplesmente ficou parado olhando-o fixamente . -Estou pensando se não deveria te amarrar primeiro as mãos- Graham admitiu . -Faça logo. E embora Graham vacilou, Callum MacGregor era realmente um homem poderoso. Se lhe lançasse um murro à cara de Graham, o chefe certamente não despertaria por duas semanas . Anos de trabalhos forçados e tortura tinham feito Callum mais forte que qualquer outro homem que Graham conhecesse , mas eram as torturas que ele tinha suportado e as cicatrizes que marcavam seu corpo o que fez com que Graham odiasse a tarefa que tinha por diante. -Graham - Callum lhe advertiu impacientemente . A espada desceu . Por um momento, tudo ficou negro . Callum apertou os dentes e lançou sua cabeça para trás , mas não emitiu nenhum som. Kate estava espantada, incapaz de mover-se enquanto o aroma repugnante de carne queimada penetrava em seu nariz . Graham soltou sua espada e caminhou alguns passos , amaldiçoando enquanto se afastava . No momento em que ele se foi , Kate avançou . Quando Callum abriu seus olhos, não se sentiu seguro de poder formar um pensamento racional devido à dor que dominava todo seu corpo, ou devido à bela deusa ajoelhada diante dele, ela parecia a ponto de chorar . Sem prévio aviso, ela tomou o odre seus dedos e derrubou uma quantidade generosa de seu conteúdo sobre sua perna. Callum reagiu imediatamente . Seus olhos se aumentaram e arderam com fúria e agonia . Ele apertou seus ombros e lutou contra o desejo de lançá-la voando através da área do acampamento. -Cristo!- ele gritou entre respirações ofegantes. -Que diabos me fez ? -O uísque limpará a ferida,- ela explicou, mas Brodie a arrancou do alcance dos braços de Callum e arrastando-a a pôs de pé . - Se afaste dele. -lhe advertiu enquanto ele extraía uma adaga de seu cinto. – Já não lhe machucou o suficiente ? Não estará satisfeita até que o tenha matado ? -Não ! -Kate deu em um passo para trás , sentindo que sua coragem se debilitava pela primeira vez. Esses homens rodeando-a era guerreiros selvagens. Seu lorde tinha intenção de entregá-la sã e salva , pior eles pareciam muito ansiosos por enforcá-la na árvore mais próxima -Não tinha intenção de lhe machucar. Vi cavalgando em direção a mim e pensei que ele era um aliado dos McColls. - Por que diabos nós lutaríamos do lado dos malditos McColls ? -Brodie lhe gritou . -Está louca? O chefe do clã interveio . - É compreensível. Ela é uma Campbell. - Sim , ela é uma Campbell.- Angus concordou e cuspiu com desgosto. -Cravaria uma faca no estomago de qualquer MacGregor tão rapidamente como os homens de sua família o faria. -Ela é traiçoeira . Esse insulto foi suficiente para fortalecer a coragem de Kate. - Eu não lhe cravei nenhuma faca no estomago , a não ser na coxa. E em relação aos homens de minha família , pelo menos

eles não são covardes que assassinam homens pelas costas como seus parentes fizeram com meu pai. Eles não vão nas propriedades violentando e saqueando pessoas inocentes e começando guerras entre clãs como vocês fizeram nos últimos séculos. - Eu não violentei nenhum inocente,- Angus lhe discutiu. -Fecha a boca, Angus.- Callum gemeu da árvore. Ele esfregou a testa. -E onde está a merda do uísque ? Sinto como se minha cabeça estivesse se separando de meus ombros.- Ele tentou ficar de pé agarrando-se à árvore.Por um momento até que o chão deixou de mover-se, logo tentou novamente. Ele quase caiu em cima de Kate. Agarrando-se a sua cintura para endireitar-se , seu corpo pesado quase a fez cair . Ele gemeu quando uma onda de dor atravessou sua perna. -E não matamos a nenhum Campbell pelas costas .- Brodie se moveu mais perto deles, sua voz dura como o aço. -Nós olhamos nos olhos quando ... -Brodie, vá antes que use minha espada contra você - Callum lhe advertiu , tentando lutar contra os efeitos do uísque de Angus. Angus amaparou seu lorde quando Kate deu um passo em direção a Brodie e Callum se cambaleou. - Nos olhos , diz ?- ela perguntou com calma , sua voz fervendo com emoção. -Causa-te tanto prazer matar que quer ver o último fôlego de sua vítima? -Se eles forem Campbells, sim. Kate sacudiu a cabeça com desgosto. - Agora entendo por que o ódio de meu tio por seu clã é tão profundo. Por que ele sempre nos advertiu em relação aos MacGregors. Vocês desafiam aos reis e matam aos lorde por uma razão tão pequena quanto lhes causa prazer. - Uma razão pequena ? Todos eles se viraram em direção a Callum, quem estava pendurado no ombro de Angus e parecia mais lúcido do que tinha estado um momento atrás. Seus olhos brilharam contra a luz do fogo quando eles se cravaram em Kate. Suas fossas nasais se incharam com raiva. Ele não piscou . Parecia não respirar. - Ouvi corretamente ? O bosque se tornou mortalmente silencioso ; até os grilos pareceram silenciar-se aguardando a resposta de Kate.Ela olhou aos outros homens e a seu redor.Todos tinham a mesma expressão fria de desprezo . Seu coração saltou com medo. Ela não duvidava que se nesse momento ela dizia algo equivocado , eles finalmente a matariam. - Eu não tinha intenção de . . . sei que deve ser difícil perder o direito de levar um sobrenome , mas certamente vocês entendem que... -Não , você não sabe nada sobre perder o sobrenome de sua família - Callum a interrompeu . Ele se desprendeu de Angus e fechou a distância entre eles com dois passos longos - Não sabe nada salvo meias verdades do que aconteceu meio século atrás. Você não perdeu suas terras , ou... -Eu perdi a minha família. Sua mandíbula se apertou com algo mais que ele queria dizer. A fúria se debilitou em seus olhos, deixando-o com um olhar resignado enquanto seus olhos contemplavam a pulsação em sua garganta. Kate quis levantar sua mão para proteger-se dele. . -Então tem boa razão para nos odiar , Katherine Campbell. -ele começou a virar-se . -Não esqueça isso. -Você faz que essa tarefa seja fácil, MacGregor,- gritou a suas costas .-Se tivesse minha

espada te demonstraria isso. - É uma Campbell.- Callum comentou com um sorriso por cima de seu ombro. - Não se pode esperar nada menos de você . Angus,- ele ordenou. – Venha aqui. O mais corpulento dos homens de Callum deu um passo ao mesmo tempo que os joelhos de seu lorde se afrouxavam. -Envenenou-o - Brodie acusou ao corpulento guerreiro enquanto Angus arrastava a seu lorde inconsciente para uma árvore. - É o uísque - Angus se defendeu. - O velho Gillis disse que é mais forte que qualquer homem. Estou acreditando que ele tinha razão . Kate observou Callum afundar-se no chão e começar a roncar. Ainda em seu estado de estupor ele parecia estar franzindo o cenho . Por todos os Santos , sua convicção para odiá-la era muito mais forte que a seu tio para odiar aos MacGregors. Ela queria odiá-lo também. Ela o odiava ! Mas quando ele lançou um gemido , ela se encontrou indo em sua direção. Ela quase o tinha alcançado quando Brodie parou diante dele , bloqueando seu caminho. - Fique longe dele .- sua voz era baixa, lhe advertindo não discutir. -Mas eu ... -Durma ali .- ele assinalou e a tomou pelo cotovelo para levá-la. - Deixe-a em paz, Brodie. Ela não vai apunhalá-lo dormido , não é, moça? Kate olhou para cima , viu o olhar cálido de Graham e assentiu com a cabeça. Ele sorriu , revelando uma covinha tão devastadora como a espada de Callum. -Callum poderia precisar do toque suave de uma mulher durante a noite,- lhe ouviu dizer a Brodie . Kate voltou para seu lorde. Ela não tinha intenção de tocá-lo. Simplesmente queria estar segura de que sua ferida tinha sido fechada corretamente .Selvagens, ela pensou, estremecendo-se novamente com a lembrança de sua carne queimada . Sentando-se a seu lado , e cuidadosamente levantou a borda de seu kilt de sua coxa, quase vomitou. A pele estava negra e inchada, mas a ferida estava bem fechada. Seu olhar se moveu para o resto de seu corpo . Céus, ele era grande, suas pernas muito musculosas e largas . Ela desviou o olhar , cobrindo sua coxa, e olhou suas mãos. Recordou quão hábeis elas tinham sido ao esgrimir a grande espada escocesa contra os McColls e , deu-se conta agora, contra os homens de seu tio. Ela tinha estado tão ocupada rezando por sua própria vida, que nem sequer percebido quem ele ia matar. Eles tinham nascido inimigos, mas não podia esquecer a força de seu braço ou o brilho assassino em seus olhos quando ele deteve uma espada dos McColls quando ia matá-la . Ele tinha o olhar de um selvagem, vestia um kilt e munhequeiras de couro em vez de calças limpas e botas lustradas como seu tio vestia . Mas ele não tinha tentado abusar dela . De fato, seu contato tinha sido suave quando a segurava na cela, e esse mero pensamento extraiu um suspiro de seus lábios. Kate fechou seus olhos e se acomodou contra a árvore , agradecendo a Deus que fora Callum MacGregor quem a tinha achado , e não o monstro que tinha assassinado a seu pai. Capítulo 7 Duncan Campbell diminuiu a velocidade de seu cavalo quando se aproximou do Castelo de

Kildun. Algo estava errado. Um silêncio profundo reinava nessas terras. Debaixo das nuvens negras, as almenas altas estavam vazias. Ele secou o suor de sua testa . Estava sozinho. Tinha amaldiçoado a seus homens durante todo o caminho até Inverary por cair tão facilmente sob as espadas dos McColl. Ele não tinha estado ali para ver como tinha acontecido . Por que deveria haver-se arriscado a perder sua vida por alguns ladrões ? Mas agora,com uma sensação crescente de pânico em seu estomago , deu-se conta que seus homens deviam ter lutado. Ele temia que os MacGregors iriam a Glen Orchy cobrar vingança em sua sobrinha para o que lhe tinha feito a uma das mulheres MacGregors duas semanas atrás. E ele queria afastar Kate antes que eles a achassem , acreditando que ela estaria segura em Kildun. O chefe do clã rebelde nunca retornaria aqui. Ele tinha estado tão certo disso. Quando alcançou a ponte levadiça baixada , ele desmontou e extraiu sua espada. O vento uivava no deserto caminho de entrada , estremecendo o de frio e transportando um aroma agudo de sangre a suas fossas nasais . As imagens de outro dia muito parecido a este aqui alagou sua memória . Temendo o que encontraria quando alcançasse o pátio , e lutando contra o desejo de virar-se e sair correndo , ele caminhou cautelosamente para frente . Havia mais de cem de seus homens dispersos no chão manchado de sangue, moscas voando sobre os corpos mutilados. O medo e a fúria fizeram que um gemido escapasse da garganta de Duncan. Ele tinha visto este tipo de destruição seis anos atrás — quando o Diabo tinha deixado Kildun. Duncan nunca tinha esquecido esse dia. Estava gravado em sua memória , marcado a fogo em seus sonhos. Alertados pelos gritos de seus companheiros , ele e vinte de seus homens se apressaram a baixar os estreitos degraus de pedra que levavam a calabouço. Quando ele tinha chegado lá ele quis correr pelo caminho que tinha vindo. Ele havia coberto sua boca para evitar vomitar . Os corpos desmembrados estavam esparramados pelo chão pedregoso, todos eles assassinados por uma só espada. Os olhos de Duncan seguiram essa espada, refletindo sua cor vermelha sangue na luz da tocha , enquanto descia sobre Donald Stuart, o primeiro em comando de seu pai , e quase o cortou pela metade. A princípio, Duncan temeu que Deus finalmente tivesse procurado vingança contra os pecados de seu pai e tivesse enviado Satanás a Kildun. Sangue gotejava do cabelo comprido e murcho da criatura. Seus olhos brilhavam sob a luz da tocha , inspirando terror nos corações dos homens a seu redor . Os ombros da besta estavam ligeiramente curvados para frente , eram ombros volumosos que o proviam de uma força sobrenatural. A seu lado , um dos homens de Duncan gritava e caía ao chão . O corpo de Duncan se agitou quando ele agarrou o cabo de sua espada com ambas as mãos. Conseguiu balançar sua espada, mas golpeou o ar vazio. Algo passou justo frente a ele um instante depois e outro guarda se derrubou de joelhos, apertando o corte fatal em seu estomago. Dez segundos passaram enquanto Duncan ficou paralisado no calabouço de seu pai. Alguém soluçou. Era a voz de uma moça. Seus olhos procuraram velozmente nesta parede, sabendo quem que devia ser. Entretanto, ele cambaleou para trás quando ele viu que MacGregor se foi , e com ele as correntes que o seguravam. Os grilhões da jovem Margaret MacGregor jaziam esmagados no chão em uma pilha de ferros destroçados . Impossível - Duncan tinha pensado — até que o assassino ficou de pé diante dele. - Por agora, viverá para contar a seu pai que virei atrás dele.

Duncan lhe lançou outro golpe com a espada determinado a não morrer aos pés do prisioneiro. Mas espada foi interceptada no ar por um golpe que enviou fogo ao longo de seu braço. A espada de MacGregor se confrontou com a sua até a ponta ficar só a centímetros de seu olho. Atrás do ombro de seu irmão, Margaret MacGregor gritou, detendo o curso mortal da espada. -Não force sua morte. Voltarei muito em breve - MacGregor lhe tinha prometido antes de fugir, tomando sua irmã com ele e desaparecendo nas névoas. Duncan desejou que o bastardo o tivesse matado em vez de deixá-lo vivo para enfrentar a seu pai. Foi a primeira vez que Liam Campbell bateu em seu filho. E quem dera nunca tivesse parado. Teria sido mais misericordioso que o desprezo que tinha visto nos olhos de seu pai desde esse dia em adiante. Agora Duncan inspecionou a horrível cena a seu redor. O Diabo finalmente tinha voltado para Inverary, e com a mesma fúria. Um som vindo do muro oeste o surpreendeu. Girou sobre seus calcanhares , sua espada pronta para enviar MacGregor ao inferno dessa vez . Ele esperou , ouvindo nada além do vento. Ele avançou lentamente para o pesado portão de grades que levada a pátio interno, esticando seus nervos para enfrentar a seu mais formidável inimigo uma vez mais. Porém ele encontrou a seu sobrinho, amarrado firmemente com cordas ao portão de ferro meio levantado. Robert Campbell olhou a seu tio e sentiu um nó instalar-se em sua garganta. Seu grande alívio por ver-se salvo desapareceu de seus olhos como notou a ausência de algum homem a cavalo ao lado de seu tio. O nó se apertou ameaçando sufocá-lo se a tira do xale amordaçando sua boca não fosse tirada imediatamente ! Levou-lhe muito tempo ao conde baixar o portão e cortar a mordaça . -Onde está Kate? Robert perguntou. Duncan não lhe respondeu imediatamente mas procurou pelo chão, logo então continuou cortando o resto de suas amarras . - Ele matou a todos , então ? -Não , os homens que não levantaram uma arma contra ele foram postos no calabouço Robert lhe disse rapidamente. -Eles devem ser libertados. Mas primeiro, tio, onde está minha irmã? Por que ela não está cavalgando com você?- O Pânico e as nauseia o invadiram . Mas Robert reprimiu a ambos. No momento que uma de sua mão esteve livre, ele a usou para agarrar a lapela de seu tio. – Me dê uma resposta! Os olhos dele finalmente se fixaram nos seus , estreitando-se ligeiramente e endurecendose ante qualquer movimento adicional de Robert. -Por que tem tanto medo por ela , Robert? Por que não considera que eu poderia havê-la deixado sã e salva aos cuidados de meus soldados em Glen Orchy? Robert tinha passado dias sem ajuda preso ao portão de ferro , rezando para que um ato de Deus o liberasse para poder salvar a sua irmã. Agora mesmo ele rezou novamente para que não fosse muito tarde. -Porque os homens que levou com você a Glen Orchy estão todo mortos, como estes homens o estão . Te imploro que me diga que minha irmã não está entre eles. Agora Duncan agarrou a túnica de seu sobrinho e o aproximou. -Como sabe que os outros estão mortos? Foi MacGregor, não é ? E você disse onde me encontrar.- Seus olhos secos estavam fixos nos de Robert. -Você escolheu lhes entregar minha vida em troca da sua - ele

o acusou, logo se separou de seu sobrinho. - Você está vivo enquanto sua irmã está cativa. É um covarde, Robert.- ele sacudiu a cabeça ante suas próprias palavras enquanto Robert empalidecia . - Seu avô te expulsaria de Kildun. - Eu não disse a eles onde te encontrar - Robert replicou antes de seguir para o estábulo. – Foi você mesmo que o fez. -Eu ? -Duncan correu atrás dele e o deteve fechando seus dedos ao redor do pulso de Robert. - Eu só contei a você onde eu ia! - E para Graham Campbell - seu sobrinho lhe informou . -Ou melhor Graham Grant, o chefe dos homens do Diabo MacGregor. Sim, eles se asseguraram que eu visse seus olhos depois que fomos levados pelo traidor que você tomou como um membro de sua família depois de que eu cheguei aqui. -Não .- Duncan respondeu sobressaltado. Ele sacudiu a cabeça, negando-se a acreditar que ele tinha sido enganado tão facilmente. -Graham Campbell bebeu comigo, sentou-se em minha mesa. -E comigo - Robert concordou, sua voz tremendo com fúria pelo homem que tinha considerado seu amigo. - Ele enganou a todos. Ele nos levou para fora do castelo com o pretexto que um grupo de MacGregors, guiados pelo Diabo em pessoa , tinha-o capturado e o levado além do Loch Awe. Ele nos levou diretamente às espadas de nossos inimigos, pelo menos duzentos homens - O olhar deRobert percorreu os corpos a seu redor . Os corpos que ele tinha observado por dias. -Não tivemos oportunidade contra essa horda . Rapidamente nossos homens foram mortos . Sem clemência e sem pausa seus corpos serão derrubados e pisoteados.- ele voltou seu olhar para seu tio, controlando a emoção em sua voz. -O Diabo e seus homens vinham aqui para te matar, mas você tinha ido . Grant lhe disse que estava em Glen Orchy. Eles foram para lá quando partiram . - E lhe deixaram vivo.- Havia na voz de Duncan uma acusação de traição. -O combate tinha terminado. Minha espada tinha sido arrancada de minhas mãos. Depois de que MacGregor instruiu a maior parte de seus homens que levassem o gado a sua propriedade, e ordenou a Grant que me enforcassem te acusando de ter feito o mesmo com seus parentes. -E enforcar foi o que fizeram .- Duncan sorriu secamente .-Mas MacGregor te deixou viver. É afortunado. Quando se trata do Diabo, ele não deixa nenhum Campbell vivo. Os olhos de Robert se estreitaram em seu tio. - E como você escapou vivo ? Duncan levantou seus ombros em um vacilante encolhimento de ombros, mas ele olhou a seu sobrinho quando falou. - Fui dar um passeio depois de ajudar sua irmã com seu treinamento . Quando voltei , as terras de seu pai luziam como estas. E Katherine se foi . -E Amish e John?- Robert perguntou tentando tranqüilizar seu coração frenético. -Eles foram mortos, também? - Não sei o que aconteceu com eles. Eles não estavam entre os mortos. -Devemos informar ao lorde protetor . Duncan sacudiu a cabeça. -Cromwell não fará nada. Ele enviou mais de quatrocentos homens para caçar o Diabo depois de que ele matou a meu pai. A maior parte desses homens foram mortos pelos Highlanders que apoiavam os MacGregors. Ele não iria expor a seu exército novamente. É por isso que ele deixa o dever de matar os bandidos aos nobres da Escócia. -Mas é seu vassalo, tio. Toda sua guarnição de soldados foi morta. Certamente ele enviará

reforços. -Levará um tempo. -Então a encontrarei eu mesmo,- Robert assegurou . -Onde se propõe procurar primeiro? -Duncan não fez nada para esconder seu sorriso zombador. -Esse homem não tem terras em Glen Orchy, Glenstrae, ou Rannoch. Ele deixou os bancos de Lammond faz muito tempo e desapareceu rumo ao norte. Após, ele foi tão difícil de capturar como a névoa que o esconde . Se o exército de Cromwell não pôde achá-lo, você certamente não conseguirá. A expressão de Robert se endureceu ,recordando a Duncan ao pai do rapaz quando Colin partiu para procurar MacGregor depois que ele tinha escapado . Liam Campbell tinha estado contente de ver partir seu filho porque ao menos um de seus filhos não temia a um bandido comum como MacGregor . Mas Duncan sabia a verdade disso, embora seu pai tinha estado muito cego para vê-la. Colin tinha sido muito amado por seu pai. Ele era alto e musculoso comparado o físico esquelético de Duncan. Sua beleza sombria também lhe tinha ganho o favor das moças do castelo em Glen Orchy. A semelhança de Robert com seu pai era enervante . Seus olhos eram os mesmos, marrons claro com reflexos cinzas e verdes e de grande determinação. Mas as semelhanças entre pai e filho terminavam em sua aparência física. Robert Campbell não era nenhum covarde. -Sei em que direção devo cavalgar - Robert disse secamente. -E quando o encontrar ,- Duncan o desafiou, -como planeja recuperar a sua irmã quando não pôde nem manter sua espada em suas mãos a primeira vez que o enfrentou ? Temo que não escapará a sua ira uma segunda vez. -Não me importa se ele me mate. Mas libertarei a minha irmã primeiro. -Palavras corajosas -Duncan procurou os olhos de seu sobrinho e ficou contente de encontrar uma crua resolução. O Diabo tinha que ser detido, mas Duncan tinha decidido há muito tempo que ele não entregaria sua vida simplesmente para vingar aqueles mortos pela mão do Diabo. Seu pai poderia ter pensado que ele era um idiota , mas não era tão idiota para pensar que poderia sobreviver a outro encontro com Callum MacGregor. Não , mas ele gozava provocando à besta. A lei estava de seu lado quando se tratava de enforcar Highlanders rebeldes e marcar com ferro quente a suas mulheres. Mas ele não acreditava que o Diabo voltaria aqui. MacGregor teria que estar completamente louco para atacar a guarnição de Kildun uma segunda vez. -Callum MacGregor deve ser morto. -Se ele machucar a minha irmã, ele será. - Se ...?- A cólera de Duncan moderou sua pergunta com um suspiro. Ele nunca cometeria o mesmo engano que seu pai tinha feito ao permitir que a dúvida crescesse nos corações dos membros de sua família. Robert sabia e entendia bem que os MacGregors era seus inimigos. Duvidar dava lugar à piedade, e a piedade criava condolência. Não , Duncan alimentaria a fúria de seu sobrinho e talvez Robert teria êxito em libertá-los a todos do Diabo de uma vez por todas.- Rapaz, não tenho nenhuma dúvida de que ele a violentará. Vamos rezar para que ele não a mate.- ele sorriu firmemente quando Robert se apressou para os estábulos novamente. - Precisaremos de mais homens !- ele gritou.

Seu sobrinho diminuiu a velocidade até parar e olhou por sobre seu ombro . -Disse que levaria tempo. -Não se eles vierem da Escócia,- Duncan lhe prometeu. - Posso reunir pelo menos cem em poucos dias. Mas Robert ... ,- seu tio adicionou quando Robert virou-se completamente para enfrentá-lo . - ... quando encontrarmos a esse bastardo usaremos uma estratégia mais efetiva que atacar sua propriedade. -O que quer dizer? Duncan olhou em direção às portas do castelo, voltando uma vez mais a aquele dia — e à única coisa que tinha detido MacGregor de matar o. - Ele tem uma debilidade. E eu sei qual é. Capítulo 8 -Deus te amaldiçoe ! Os olhos de Kate procuraram velozmente à direita para ver quem lançava essa blasfêmia, mas as dúzias de rostos olhando-a pareciam igualmente culpados. Ao lado dela, Callum baixou seu olhar , evitando a acusação e a raiva crescente no ar. Ele sabia que não era bem-vindo na aldeia de Roderick Cameron. Eles lhe tinham medo dele. Era por isso que ele tinha desmontado antes de entrar na aldeia e tinha ordenado a seus homens fazer o mesmo.Empurrar a seu cavalo pelas rédeas lhe dava um aspecto menos intimidador. -Volte para inferno que te pariu! Essas pessoas queriam paz, sem importar quanto lhes custasse. - Por que eles lhe odeiam ?- Kate puxou seu xale. -Pensei que disse que o lorde era seu amigo. Quando Callum levantou seus olhos e encontrou o olhar raivoso dela, o desejo súbito de sorrir quase o dominou . O surpreendeu que enquanto essa gente lhe recordava muito dolorosamente no que se converteu , a indignação de Kate podia suavizar seu coração negro. -Nem todos me odeiam. São só os MacGregors os que me insultam. Ela se deteve , parando ele também, colocando sua mão sobre seu xale. Seus olhos se abriram ainda mais e Callum se permitiu um momento para alegrar-se com o conhecimento de que ela não sabia verdadeiramente quem era ele . Até onde ela sabia, ele era simplesmente um lorde dos MacGregor, culpado de tnato quanto qualquer outro MacGregor. E uma parte dele se alegrava disso. Ela não sabia do sangue que cobriam suas mãos. Que lhe cobria todo o corpo . Devia lhe dizer a verdade, mas a verdade era muito dura e feia, e mudaria o modo em que ela o via. - Sua própria família te odeia ? Por que?- ela perguntou . Um cacho negro obscureceu a bela curva da bochecha dela. Seu queixo erguido fez com que ele quisesse inclinar-se para baixo e beijá-la até que ela ficasse aem seus braços. -Muitas destas pessoas trocaram seus sobrenomes e agora vivem aqui como Camerons. Eles querem que o mundo se esqueça de nós. Eu contínuo recordando ao mundo que nós ainda existimos. -Como o recorda? -Mantendo nosso nome vivo e vingando as injustiças feitas a minha família. - Maldição , ela o tentava como ninguém tinha feito antes a dar conta do que seu sobrenome significava para ele. A expressão dela se suavizou brevemente, e ele era a pessoa que agora parecia débil. -Sonha mais como seu herói que como seu inimigo.

Por um segundo, ele quis que esse momento durasse para sempre. Mas as vistas que ele tinha tomado por seu clã , e em nome da vingança, eram uma aversão muito grande para ser perdoada. Apertou sua mandíbula e retomou seus passos novamente. Ele era um marginal , um assassino, o MacGregor mais temido de toda a Escócia, e cuja cabeça tinha o mais alto preço . Ele não era um herói. -Venha - ele disse, tomando sua mão enquanto ia em direção à fortaleza de pedra com vista à aldeia. - Devo obter permissão antes de continuar avançando . Eles foram encontrados justo fora da fortaleza por Roderick Cameron. Ele era um homem imponente com grosso cabelo cinza trançado em ambos os lados de sua cara. Seus olhos eram cor mar tempestuoso, mas quando eles se encontraram com os de Callum , suavizaramse com carinho. -Como está , MacGregor?- ele deslizou seu olhar para Kate e sorriu de um modo que lhe disse que ele pensava que Callum estava passando bastante bem. Ele tirou seu braço apoiado no marco da porta para conduzi-los para dentro da fortaleza . - Desfrutem das comodidades de minha casa aberta aos amigos. Callum colocou sua mão no ombro do chefe do clã. -Devo recusar sua oferta generosa. Seria uma oportunidade de pôr em perigo a sua gente . Só desejo ver sua mulher. -Muito bem .- Cameron levantou sua palma para deter dois de seus homens que avançaram para acompanhá-lo . -Por este caminho.- ele levou ao Callum e a sua pequena tropa em direção a uma cabana no extremo mais longínquo da aldeia. Kate atrasou seus passos em relação aos dois lordes e se aproximou de Graham. Ao redor dela, os habitantes da aldeia saíam a suas portas, atraídos pela presença do lorde alto e sombrio que acompanhava o deles . Kate não olhou nenhum deles, pois seus olhares eram duros e desconfiados. Ela sabia que ambos os Campbells e os MacGregors tinham seus inimigos, mas não estava certa de quem estas pessoas contemplavam com mais desprezo, a ela ou a Callum. -Que injustiças foram cometidas contra eles, e como ele as vingará ?- perguntou a Graham em voz baixa , embora seu olhar permanecia fixado nas costas de Callum . -Creio que estamos por descobrir, moça. Ela levantou sua cara para olhá-lo ao mesmo tempo que alcançavam a cabana. Graham tirou o chapéu e se moveu ao lado da entrada, depois que Callum e Roderick desapareceram dentro. Sua mão agarrou Kate quando ela avançou para segui-los . -Talvez seria melhor que esperasse aqui comigo.- Suas palavras eram firmes , como o era sua mão em seu braço, mas o pedido gentil em seus olhos verdes diziam que era por seu próprio bem. Kate rechaçou sua mão longe e entrou . Um fogo pequeno no centro do quarto. A luz do fogo se mesclava com os raios do sol que entravam através da janela. Callum estava de pé com Cameron e outro homem, ligeiramente mais baixo em estatura, sua Palmas apoiadas nos ombros de um rapaz de olhos grandes, e rosto sujo . - É seu lorde, rapaz, - o homem disse, olhando com os olhos tão abertos como os de seu filho. Kate não podia dizer a qual dos dois chefes de clãs o homem se referia . -Lhe apresente a reverência que ele merece.- ele empurrou o menino para que se ajoelhasse frente a Callum, mas Callum levantou sua palma para detê-lo .

- Me conte sobre o ataque. O homem afastou seu filho com uma ordem para que deixasse a cabana. Ele esperou até que o rapaz fosse falar. - Foi um grupo dos Menzies que fizeram isto a minha Rhona. A mandíbula tensa de Callum soltou uma maldição entre dentes . -Não nos colocamos com os Menzies por anos.- Cameron lhe assegurou . -Esses homens agiram sozinhos. Não obedecem a nenhum comando de seu lorde. -Eles marcaram o rosto de sua esposa de acordo com a lei ! - O homem aproximou-se de Callum, seus olhos brilhando com desafio e fúria. - Eles são cães de Argyll, pois eles falavam de sua recompensa enquanto lhe queimavam o olho. Um ofego agudo atraiu a atenção dos homens para onde Kate estava parada na porta, seu rosto estava pálido e suas mãos, trêmulos. - O que você tem a ver com isso? -Seu tio ?- O homem perguntou, soando horrorizado . Sua expressão mudou rapidamente a uma abominação enquanto extraía uma adaga pequena de seu xale. – Veio terminar o que sua família começou, então ? Antes de que ele desse um passo em sua direção, Callum bloqueou seu caminho e capturou a adaga de sua mão. -Vingarei minha esposa - o homem insistiu . O olhar severo de Callum deteve o resto de seus protestos . -Não com ela. - A linha de advertência em suas palavras brandamente sortes eram inconfundíveis. - Me leve à sua esposa. Já estive aqui tempo suficiente. O homem fez o que foi ordenado sem lançar a Kate outro olhar. -Minha Rhona está aqui- ele disse, abrindo a cortina que separava a sala dos quartos .-Sua irmã está trocando as bandagens de sua ferida. Kate observou Callum entrar. Cameron não o seguiu. Quando eles estiveram a sós, o chefe do clã virou-se para ela, com um cenho franzido profundo entre suas sobrancelhas cinzas. -Uma Campbell - ele sussurrou. Kate virou-se para ele, ainda horrorizada porque seu tio fosse responsável por marcar com um ferro uma mulher.-Não precisa preocupar-se, não direi a meu tio que é amigo de Callum. Ele a olhou fixamente , parecendo um pouco perplexo pelo uso casual do nome do lorde dos MacGregor. Logo encolheu seus ombros volumosos. -Não me importa o que lhe diga , moça. MacGregor salvou minha vida. Kate sorriu , contente de ouvir isso. - Ele salvou a minha, também. Agora Cameron a olhou de outro modo, sua mandíbula se relaxou um segundo antes que seu cenho franzido voltasse a aparecer . -O Diabo nunca lutou para preservar a vida de um Campbell, e muito menos salvá-la . Certamente ele te quer assustada para que diga a verdade. Os pés de Kate se cravaram onde estava parada. O Diabo? Não. OH, Deus, não! Medo e raiva cresceram nela, lhe impedindo de sair correndo pela porta ou atravessar a cortina. Era Callum quem tinha matado seu pai ! A seu avô! Lhe tinha mentido . Ele era o Diabo MacGregor! Ele nunca tinha perdoado a vida de um Campbell. Deus querido! Robert estava morto, também? Ela moveu seus pés pesados, sentindo dor e sua respiração crescentemente afogada. Tinha sorrido a um assassino, tinha-o comparado com um cavalheiro ! Agora seu olhar frio tinha um sentido perfeito. Ele não tinha coração. A cortina se abriu repentinamente . Callum estava na entrada. Sua expressão tinha uma

sugestão de horror mas se endurecia com cada respiração em uma máscara de controle logo que contido. Seus olhos ardiam com fúria, ódio, vingança. Kate deu um involuntário passo para trás quando ele avançou . Era fácil ver agora como ganhou esse título tão merecido. -Diabo - ela sussurrou como ele passou a seu lado rumo à porta. Seu olhar abrasador se cravou nela, detendo as batidas de seu coração. Ele se moveu em direção a ela antes que pudesse correr, e fechou seus dedos ao redor de seu braço. Sem uma palavra, ele a arrastou para a cortina e logo a deixou boquiaberta com a imagem que havia dentro. Ela ouviu suas pegadas determinadas enquanto deixava a cabana. Sua ordem brusca a seus homens foi aguardar seu retorno duas milhas fora da aldeia foi tampada pela respiração ofegante da mulher e os soluços tristes de sua irmã quando lhe aplicou mais ungüento à carne carbonizada debaixo de seus dedos. Capítulo 9 Kate olhou silenciosamente as chamas crescentes, alimentadas cuidadosamente por Brodie. Estava vagamente consciente de Jamie cobrindo seus ombros com um grosso xale de lã . Sentando ao lado dela, seus olhos escuros brilhavam com a luz do fogo , Angus lhe estendeu seu odre com uísque. Quando ela a rechaçou , ele bateu levemevte contra seu braço. -Beba. Faz muito frio esta noite. O uísque te manterá quente. Realmente, o frio lhe chegava à medula dos ossos , mas o clima não era o culpado. Callum estava ali fora, em algum lugar, sozinho. Roderick Cameron lhe havia dito aonde ia Callum.O que ia fazer. Ela não tinha medo pela vida de Callum, ou pelas vidas dos homens que tinham marcado o bonito rosto de Rhona MacGregor. Não , em sua opinião o que estava por acontecer a esses homens , era justo . O frio que congelava seu sangue vinha da lembrança de examinar os olhos de seu executor. Ele os ia caçar . Ele não lhes mostraria nenhuma clemência. Ele nunca deixava um Campbell vivo . Seu avô. Todos os homens da guarnição de Kildun. Seu pai. Ela olhou para Graham quando ele dobrou suas pernas e se sentou frente a ela. -Meu irmão está morto?- a voz dela quebrou o silêncio ao redor deles. Graham tirou o chapéu, dobrou-o em seu xale, e tirou um cacho dourado de seu cabelo fora de seus olhos. -Não .- ele sacudiu a cabeça quando Angus levantou o odre . Salvo pelo crepitar de um ramo fino ardendo não fogo, o silêncio uma vez mais desceu no acampamento. Por favor Deus, Kate queria acreditar . Se o Diabo tinha matado Robert também, lhe cortaria a garganta enquanto estivesse dormindo . - Ele só mata Campbells ? - ela perguntou fríamente. Jamie se moveu mais perto do fogo. Brodie cuspiu no fogo e logo se deitou , fechando seus olhos para dormir . O olhar de Graham nunca se desviou do seu. -Não , moça. Ele mata amigos dos Campbells também. O Sangue se drenou do rosto de Kate com a indiferença na voz do chefe. Seu tio merecia ser açoitado por sua participação no episódio de Rhona MacGregor, mas como a vida podia significar tão pouco para estes homens? Sabia que nunca poderia entendê-lo , pois lhe importava até a videiras de seu gado. - Por que? Por que toda esta matança ? Sei que nossos clãs estiveram em guerra por séculos,

mas o que há detrás de tudo isto ? Uma mulher? Que ofensa cometeu faz tanto tempo meu clã que custou a vida de meu pai e ainda gera tanto ódio ? Ninguém lhe respondeu imediatamente. Brodie abriu seus olhos e lançou um olhar estreitado antes de fechá-los novamente e sacudir sua cabeça. Graham moveu com um pau comprido as brasas, seu rosto atraente ficou pensativo. Ele pegou um pedaço pequeno de carne seca que Angus lhe lançou e o mordeu . Ele mastigou por um momento, e logo falou. -Esta guerra começou a três séculos atrás. Callum nasceu com esse propósito já correndo em suas veias. - Sim, conheço as batalhas,- Kate lhe disse . -Mas não entendo que tipo de homens lutariam esta guerra portanto tempo? Os olhos de Graham brilharam com a luz do fogo . - Homens que são filhos de reis,- ele disse, suas palavras pesaram com o respeito e o afeto que ele sentia por eles. - Quer a estória completa, não é ? Quando ela assentiu com a cabeça , ele tomou uma respiração profunda e lançou o resto da carne ao fogo, como se isso tivesse tirado seu apetite . -Os MacGregors têm sangue real, descendem do Rei MacAlpine. Seus territórios jamais foram vastos e eram conservados à velho uso — pela força da espada. Um clã feroz e poderoso, eles lutaram ao lado de Robert the Bruce. Mas eles foram traídos e suas terras em Glen Orchy foram entregues aos Campbells, quem tinha ganho influência na corte real. - Sua voz era suave e profunda, compelindo até Brodie a sentar-se e escutar. -Os MacGregors se viram reduzidos a uma posição de inquilinos das terras que jamais foram deles . -Terras tiradas de nós por meio de armadilhas ardilosas feitas por seus antepassados- Angus adicionou solenemente e extraiu outro odre de seu xale. -Os MacGregors lutaram por isso - Graham disse. -Naturalmente, eles dirigiam seus ataques contra aqueles que lhe tinham furtado suas terras e seu gado . Eles eram brutais e temidos por todos. Mataram e sacrificaram a muitos até que seus opressores se viram forçados a obter ajuda real para pôr fim a este clã tão problemático.Quando distribuiram títulos de nobreza e o direito de caçar a seus inimigos com cães, os Campbells e alguns outros provocaram os MacGregors a cometer mais atos de violência, e o clã estava contente de executá-los . -Expulsos de Glen Orchy, os chefes MacGregor viveram em Stronmelochan ao pé do Glenstrae,- Brodie adicionou . -Enquanto os Campbells se expandiram para o leste, em Breadalbane. - Sim - Graham concordou. -Era o dever dos MacGregors de Glenstrae continuar com a resistência, mas seus chefes foram perseguidos e assassinados, e seus filhos junto com eles, e suas terras foram tomadas também. Quando o Parlamento protestante, formado por muitos Campbells, declarou que era ilegal ser católico , muitos Highlanders se uniram ao chefe do clã Gordon em sua briga contra o reino. Mas o chefe do clã foi decapitado e os clãs que o tinham apoiado foram perseguidos com sangue e fogo . -Até este dia, nós somos considerados papistas hereges - Jamie murmurou . - Depois de uma batalha particularmente sangrenta em Glen Fruin, meio século atrás, o clã MacGregor foi proscrito,- Graham continuou. - O sobrenome MacGregor foi abolido. As pessoas são proibidas de usá-lo.

Kate sacudiu a cabeça , sabendo pouco sobre o que sua proscrição e o que queria dizer. - Está proibido lhe prover qualquer tipo de ajuda,- ela disse, repetindo as palavras que ela tinha ouvido seu tio dizer muitas vezes. - Sim - Graham confirmou e logo adicionou -Foram-lhes tirados até os direitos mais básicos de um ser humano, inclusive o direito de levar armas e o direito de reunião. Eles são perseguidos , homens, mulheres, e crianças por igual , e se alguém entrega a cabeça de um MacGregor lhe perdoam os piores crimes. O cuidado dos anciões e dos doentes ainda lhes está negado . E inclusive os sacramentos de batismo, casamento, e enterro . E os MacGregors subsistem , apesar de tudo. Quando deveriam ser esquecidos. Jamie cortou um pedaço de pão e o ofereceu a Kate, interrompendo seus pensamentos. Ela sabia que os MacGregors tinham proibido usar seu sobrenome, mas mas não tinha idéia que a proscrição lhes tinha tirado tantos direitos. Sua família verdadeiramente tinha tanto a ver com a aniquilação de um clã inteiro? Era difícil de acreditar. Por que Amish ou John não lhe haviam dito nada disto ? Talvez eles tivessem medo de contradizer a seu tio. Eles nunca julgavam os MacGregors, inclusive sabendo que eles tinham matado a seu pai. Ela fechou seus olhos e respirou fundo, juntando a força para fazer sua próxima pergunta e a coragem para escutar a resposta. -É por isso que Callum matou o meu avô? O que fez meu pai para merecer sua ira ? -Não sei nada sobre seu pai, moça,- Graham lhe respondeu e desatou seu cinto, acomodandose mais comodamente em seu xale -Mas Callum não matou o seu avô. -Mas todos sabem que o Diabo ... -Eles só sabem o que seu tio acredita que é a verdade. Talvez seu pai e seu avô lutaram . Nós sabemos que Colin Campbell não concordava com a tática de seu pai contra os MacGregors. Talvez ele ... Kate ficou de pé e levantou sua palma para detê-lo . Ela não estava para escutar coisas contra seu pai. - O Diabo os convenceu disto ? -Não - ele disse, nunca vacilando em seu desafio. -Callum não finge saber o que aconteceu . Mas ele não matou Liam Campbell. -Como sabe ?- Kate exigiu . -Sei porque eu estava com Callum em Skye quando ele soube da morte de seu avô. Ele quase enlouqueceu novamente. -Novamente? Kate perguntou , apenas capaz de respirar. - Sim . A vingança era sua . Ele se ganhou esse direito .- Graham lhe deu tempo para absorver o significado de suas palavras antes de voltar a falar novamente. -Quando Callum era um menino, seu avô e seu exército cavalgaram até sua aldeia e mataram a todos os habitantes , inclusive a lorde Dougal MacGregor e sua esposa. O chefe do clã, assim diziam,tinha começado uma nova rebelião e dizia que tinha declarado seu sobrenome abertamente. Seu avô sacrificou a todos eles , menos ao filho e a filha mais jovens de Lorde Dougal. A eles, deu-lhes um castigo mais severo que a morte. Callum e sua irmã cresceram na severidade do Castelo de Kildun, onde eles pagaram pelo crime de seu pai. -Maggie tinha cinco anos quando eles a levaram. - A voz de Jamie era baixa e carregada com uma raiva que Kate não tinha ouvido nele antes.

Ela o olhou através de uma capa de lágrimas. Ela queria lhes gritar tudo o que eles lhe haviam dito era falso. Seu avô nunca teria feito uma coisa tão vil. Seu pai certamente não sabia nada daquilo tudo. Ele tinha filhos próprios! Ele jamais teria feito algo assim ... Meu Deus ... ou teria feito? Colin Campbell tinha matado o seu próprio pai,talvez no calor de uma discussão ? Não ! Nunca! Ela se negava a acreditar nisso. Ela não provinha dessa crueldade impiedosa . Queria dizer isso a Graham, mas o soluço contido em sua garganta lhe impediu de abrir a boca. Ela queria que seus pés se movessem. Precisava afastar-se deles, longe do desprezo que ela via em seus olhos . Agora ela entendia melhor. Kate se virou, pronta para caminhar até uma árvore mais perto das sombras. Mas se deteve , pouco disposto a escapar deles como seu tio tinha feito. O que podia lhes dizer ? Se tudo isso fosse verdade, o que poderia lhes dizer ? -Sinto muito que minha família tenha feito isso . Sei que não é suficiente mas queria dizê-lo. Graham sorriu , virando-se para observar como ela se acomodava para passar a noite a alguns metros de distância deles. -É o primeiro Campbell que se desculpa com um MacGregor. - Sim .- Brodie sacudiu a cabeça , logo sorriu . Angus riu, pensando que a desculpa era ainda mais satisfatória que seu uísque . -Está errado se disser que eu gosto dela? - Jamie perguntou com seriedade, e ele soube que não estava errado quando os outros repentinamente riram cordialmente . Capítulo 10 KATE despertou quando Callum voltou na manhã seguinte . Como poderia dormir quando as imagens de rostos de crianças e mulheres marcadas com um ferro quente e imagens de criaturas vivendo em um calabouço invadiam seus pensamentos ? Silenciosamente , ela o observou desmontar e assegurar-se que todos eles estavam seguros ali . Seus homens ainda dormiam , envoltos em seus xales, dispersos ao redor das brasas agonizantes da fogueira do acampamento. Quando ele a viu, ele baixou seu olhar ao chão, logo virou-se para amarrar suas rédeas a uma árvore próxima . - Matou o meu pai ? - lhe perguntou , precisando saber a verdade. Seu avô pode ter merecido a ira de Callum, mas seu pai não . - Nunca conheci seu pai. Deus, ela precisava acreditar nele. - Está ferido?- ela perguntou se ponde de pé. Sangue manchava seu xale e sua mandíbula, mas claramente não era sangue próprio. Sua resposta foi inflexível. -Não se preocupe por mim , Kate,- ele respondeu antes de lhe dar as costas e partir, desta vez a pé, caminhando para as árvores . Kate o observou se afastar e embora sabia que ele tinha saído vitorioso em seus ataques da noite anterior, ele caminhava com o cansaço de um homem derrotado. Era simplesmente um rebelde insensível, empenhado em matar Campbells porque ele sentia que eles tinham tratado a seu clã injustamente? Ou era o Diabo, um homem que perseguia uma causa mais sombria ? Manter nosso nome vivo na memória e vingar as injustiças cometidas a minha família. Ela recordou suas palavras na fortaleza de Cameron . Ela aumentou a velocidade de seus passos e

o seguiu , querendo, precisando saber se seu avô verdadeiramente o tinha mantido trancado em um calabouço quando era menino . E nesse caso, até onde ele chegaria para cobrar vingança dessa injustiça? Encontrando-o alguns segundos mais tarde, ela o estudou por entre um conjunto de galhos que os separavam . Ele estava nu e sozinho na beira de um lago, sua superfície brilhava com o sol matutino. Seu xale e sua túnica, a um lado com uma bota. A outra bota voou por cima de seu ombro e quase golpeou a cabeça de Kate quando ela deixou o refúgio entre as árvores , seu olhar se fixou em suas costas nua . Embora todos músculos tinham sido esculpidos e definidos por anos de treinamento e batalhas, não foi a beleza de suas costas o que despertou sua atenção a não ser a fealdade das cicatrizes largas que cobriam essas costas . Eram sulcos profundos e irregulares esculpidos na pedra de seus músculos . A imagem delas trouxe lágrimas aos olhos de Kate. Que idade ele teria quando tinha recebido essa cicatrizes ? Tinham sido as mãos de seu avô as que as tinham causado ? Nesse momento, Callum MacGregor se converteu em algo mais que um guerreiro vingador . Ele era um homem que tinha vivido a tortura impiedosa de um bárbaro. Seu propósito se feito muito mais forte pela dor sofrida. Ela o observou entrar na água como um deus voltando para seu lar depois de uma guerra. Mas ela nunca visto um homem nu antes, e muito menos um tão bem formado. Ela não piscou enquanto a água acariciava suas pantorrilhas bem formadas, logo subir até suas coxas quando elele entrou mais profundamente no lago. Hipnotizada por sua gloriosa masculinidade, seu olhar continuou para cima indo a suas nádegas perfeitamente arredondadas . Sua boca ficou seca, e seu coração pulsou tão forte em seu peito que ela temeu que ele pudesse ouvi-lo. Ele dirigiu seu rosto para o sol. Foi então que ela notou que ele tirava aas munhequeiras de couro que normalmente cobriam seus pulsos. Kate levou suas mãos a sua boca para afogar um soluço que cresceu em sua garganta. Faltava-lhe carne , pulsos magros como um osso, a evidência de grilhões de ferro que o tinham mantido cativo. -Tem algo a me dizer? Ou só planeja ficar me olhando enquanto tomo um banho? Kate pensou em sair correndo . Mas era muito tarde; ele já estava girando para enfrentá-la. Ela se sentiu agradecida porque , pelo menos , a metade seu corpo estava coberto pela água.... até que seus olhos encontraram os seus. Como podiam os olhos congelar seu sangue e queimar sua carne ao mesmo tempo? Eles a convidaram a entrar em um campo de batalha no que ela nunca tinha praticado. Examinandoos, ela se perguntou que vitória ganharia se fosse suficientemente valente para entrar nessa batalha. - Importaria de se juntar a mim ? Seu coração pulsou diretamente em sua boca com esse pensamento . Kate sentiu seu rosto arder e quase se deu volta , mas ele parecia estar desfrutando de seu desconforto. Ela suspeitava que ele estava bastante acostumado a intimidar a todos a seu redor . Mas ela não era como os outros Dobrando seus braços sobre seu peito , ela se forçou a olhá-lo diretamente nos olhos. -Não , não me importaria. Mas te agradeço a consideração que teve comigo . Pois seria melhor que nós não falássemos com você coberto de sangue. Ele não disse nada e continuou contemplando as curvas do corpo dela . Kate pensou que ele podia estar tentando provocar sua raiva. Estava certa que ele não tinha nem idéia de como a

fazia tremer interiormente . -Bem ?- ele perguntou e outro segundo passou com ela olhando-o fixamente . Ela piscou . -Bem ... O que? - O que quer , além de olhar meu corpo atraente ? -Posso te assegurar que não me importa sua aparência , MacGregor - Kate lhe discutiu, irritada agora porque sua intenção era completamente diferente. -Foi açoitado por seu orgulho? Ele sacudiu a cabeça , e embora havia arrogância no sorriso em seus lábios , Kate lamentou terrivelmente suas palavras no momento em que as pronunciou. Finalmente ela baixou seus olhos. -Não quis dizer... -Disse o que pensa , Kate Campbell - ele se inclinou e se recostou na água, expondo seu peito musculoso ao sol. – Se minhas cicatrizes lhe agradam , então diga-o diretamente e seremos inimigos honrados. Kate deu um passo . Sua mão foi para seu peito . -Me agradar? Ele levantou sua cabeça para olhá-la . –Sim. -Elas me aterrorizam ! -ela o observou remar seus braços enquanto flutuava sobre suas costas . -Por que não me disse que era o Diabo MacGregor? - Você não me perguntou - ele respondeu . OH, esse homem era completamente irritante. Kate procurou uma pedra lhe lançar enquanto ele nadava mais longe . -MacGregor,- ela gritou . - Meu avô verdadeiramente . . . Deus, não podia lhe perguntar , nem sequer pensar nisso. Não importava. Ele não tinha intenção de lhe responder. Ela moveu mais perto da beira do lago. -Você o matou pelo o que ele te fez ?- ela apertou seus dentes quando ele continuou nadando mas longe . -Estou tentando falar com você!- ela gritou. Nada. -Por favor... MacGregor !- ela gritou mais alto enquanto ele se movia . -Acredito que você não matou o meu pai. Seremos inimigos simplesmente devido a nossos sobrenomes? - Essa é a única razão que precisamos - ele respondeu . O sangue de Kate ferveu . Ela estava cansada de odiá-lo . Ou de tentar. E além disso , se o que Graham lhe havia dito era verdade, suas razões para odiá-lo eram completamente injustificadas. Mas as de Callum não o eram. Ela deu outro passo . Não queria que ele a odiasse, sem importa o que lhe tinha acontecido Ele estava nadando mais longe dela, e quanto mais nadava, mais zangada ela ficava. Negava-se a brigar com ele novamente, e estava determinada a provar isso a ele, embora isso a matasse. Antes que pudesse pensar mais claramente e deter-se , ela desabotoou seu xale e o chutou longe . Ela caminhou dentro do lago e nadou para o chefe do clã vestida com sua camisa . Ele ouviu a água salpicando detrás dele mas não se incomodou em virar-se , o que enfureceu Kate ainda mais . Quando ela se aproximou o suficiente para estender a mão e tocá-lo , uma sensação estranha a invadiu . Ela tinha viajado em seus braços do momento em que se conheceram . Sua proximidade física lhe parecia familiar, agradável e segura. - Por que se afasta de mim ?- ela perguntou , franzindo o cenho , e a dor começou a pulsar em seu ombro. Ele girou e abriu seus olhos para olhá-la . Seu cabelo comprido e negro caía até seus ombros.

Havia pequenas gotas grudadas em seus cílios, lhe dando mais enfase a seu olhar azul . -Não estou escapando , moça. Estou flutuando. -Assusto você, então ? -ela atacou , avivada por sua indiferença. Pois na verdade, Kate sabia que era ela a pessoa que tinha medo . Não medo a sua força a não ser a sua própria atração para ele. -Como uma moça pequena poderia me assustar?- ele girou e nadou afastando-se novamente. Kate golpeou a superfície da água e apertou seus dentes .-Tem medo dos Campbells, então ! Definitivamente era a coisa mais errada para dizer, ela se deu conta quando ele girou e lhe lançou um olhar feroz. Ele ficou de pé na água, endireitando-se ao lado dela e bloqueando a luz do sol. -Mulher...- ele disse muito lentamente. - Eu derrotei mais Campbells do que você conhecerá, e irei à tumba com o coração de um Campbell apertado dentro de meus dedos. Kate virou a sua cabeça. A intensidade em seu olhar a manteve quieta, mas seu coração rugiu dentro de seu peito . Sua expressão era tão dura, tão irreconciliável. Ela queria desviar o olhar , pois agora sabia a paixão que ardia ali . Quão profundamente seu ódio estava instalado em seu coração? Ele tinha tido toda uma vida para alimentar . Ele morreria odiando-a. Não . Ela não queria que fosse assim . Kate levantou seus olhos para a escuridão de seu cabelo úmido caindo ao redor de seus ombros, e o rastro de sangue não completamente lavado pela água. Ela devia lhe temer, mas havia mais nele que raiva e crueldade. Ela tinha lhe ferido a coxa , e ele não a tinha cortado a cabeça em vingança. Inclusive quando ela tinha despertado sua fúria, não lhe tinha posto a mão em cima dela.Seus olhos eram duros, mas às vezes, quando seu olhar se fazia terno, como se ele não pudesse sustentar sua resolução de odiá-la. -Esse coração será o meu, meu lorde?"-ela perguntou . -Poderia ser,- ele respondeu. -Não .- ela sacudiu a cabeça. -Se me odiasse tanto, por que me salvaria ? Não acredito que você me machucaria. Callum queria burlar essa confiança que ela tão livremente lhe concedia. Confiança que brotava de seus lábios, de seus olhos cada vez que ela o contemplava. Uma confiança ele não merecia. Mas ele achou a si mesmo encantado com essa confiança . -Não sabe nada sobre mim -sua voz rugiu como um trovão, um grunhido de advertência, e nenhuma outra coisa . . . -Sei como as pessoas lhe chamam - ela disse.-Mas talvez eles estejam enganados. Talvez é mais como Lorde Gawain ou Lorde Percivale do que Satanás. Callum a agarrou então e deslizou seu braço ao redor de sua cintura. Atraindo seu corpo contra o seu, ele se inclinou sobre ela. -Não me conhece, Kate.- sua voz aveludada era uma carícia erótica tão sedutora como o sorriso que se curvou em seus lábios quando ela lutou para livrar-se. -Ou o que sou capaz de fazer. Sua carne parecia morna e suave debaixo de sua camisa molhada, acendendo um fogo que percorreu por suas veias. Ele a manteve quieta enquanto a palma de sua mão percorria seu estomago, e logo ia para cima lentamente, deliberadamente vagava entre seus seios e ainda por cima de sua clavícula. Seus lábios se separaram com um suspiro que se mesclou com sua respiração até que ela lutou . Maldição, que fácil seria deixar-se levar. Ele baixou sua cabeça e cobriu sua boca com a sua. Os protestos dela concluíram imediatamente, provocando-o a

saborear mais completamente. Ele a invadiu com sua língua , logo mudou o ângulo de seus lábios para beijá-la mais profundamente . Seu beijo foi feroz, possessivo , sua língua explorando-a , acariciando-a , derretendo a de desejo até que ela gemeu e entrelaçou seus braços ao redor de seu pescoço. Quando Callum sentiu sua língua contra a sua, endureceu-se contra o corpo dela. Ele poderia destruir a fina barreira entre eles e invadi-la com um movimento . Queria lhe demonstrar que ele não era o homem gentil que ela esperava. Que não era um cavalheiro seguindo a nobre causa de salvar belas donzelas,embora ,Deus sabia , ela era a mais bonita de todas as donzelas . Ele poderia tomá-la agora, e dissipar todas suas idéias fantasiosas sobre ele. Deus sabia que podia fazer isso, pois Kate o tentava além da razão. Mas conhecia a realidade dura do mundo, e o que aconteceria ela se a possuísse . Para seu próprio bem ele tinha que manter seu coração fora do alcance de suas mãos. Callum interrompeu o beijo, deixando sua boca aberta em cima de dela. - Eu sou um MacGregor,- ele sussurrou com um grunhido que soou severo em seus próprias ouvidos. -O inimigo mais temido de seu clã. Não esqueça disso, Kate. Com cada grama de controle que possuía, Callum a soltou e se recostou na água. Ele era um assassino. Sim,mas não um violador de mulheres. -Quer saber por que te salvei? Ela sacudiu a cabeça negando . Mas ele viu uma nova faísca de medo em seus olhos ainda antes que lhe dissesse a razão. Ele forçou um sorriso . Ela merecia saber o bastardo cretino que ele era, embora nesse momento odiasse a si mesmo mais do que quando era prisioneiro de Liam Campbell. - É mais valiosa para mim viva que morta. Os braços do Kate se dobraram cobrindo seu coração. Ela sentiu que as lágrimas lentamente subiam a seus olhos e se zangou consigo mesma por deixá-lo ver o efeito de suas palavras. -Quero a cabeça de seu tio -ele continuou, -e quando ele vier por você, tomarei sem nenhuma clemência — sua cabeça e a de qualquer outro que venha com ele. O coração de Kate se sacudiu . O terror a invadiu ,tão fríamente como a água que começava a adormecer seus membros. Seu tio já tinha provado seu valor quando tinha fugido no combate contra os McColls. Ele não viria por ela . Mas seu irmão o faria. Robert viria procurá-la. -Disse que Robert era seu amigo. -Não , eu nunca disse que era amigo de nenhum Campbell. Ele ia matar o seu irmão! Ela tinha que fazer algo. Não podia permitir que Robert morresse por ela. - Creio que cometeu um terrível engano,- ela disse,fazendo um esforço para não chorar. As lágrimas seriam inúteis para abrandar seu coração endurecido.-Meu tio não virá por mim . - Sim ,virá -. Lentamente, Callum foi em direção a ela novamente. Quando a alcançou, levantou seus dedos para tocar uma lágrima que corria por sua bochecha. -Sei que o fará, porque eu viria por você .- Ela escapou a seu contato e nadou de volta à beira. Ele a observou agarrar a saia e o xale do chão e logo fugir, satisfeito de ter esmagado qualquer esperança que ela tivesse depositado nele. - Sim , Kate, se alguém a tirasse de minhas mãos , eu o perseguiria ele até os limites da terra até te recuperar. Capítulo 11

KATE entrou repentinamente no acampamento, apertando seu xale contra seu peito . Se deteve por um momento olhando aos quatro rostos que a observavam fixamente os pratos com carne seca e pão, logo se apressou para o cavalo de Callum. Tinha que achar Robert antes que ele a encontrasse . Seu peito queimava. Seus músculos estavam congelados, salvo pelo batimento doloroso do coração em seu braço. Tentou subir na cela , mas sentiu uma onda de dor que quase a fez vomitar. Um grande par de mãos a tomou pela cintura e a freou . - Aonde pensa que vai , moça?- Quando Graham girou Kate para olhá-la de frente , sua expressão mudou com preocupação . -Maldição , sua ferida está sangrando. Que diabos fez ? -Ela parece ter tomado um banho,-Angus disse , surgindo detrás de Graham . -Callum a jogou na água, então ?-Jamie passou ao lado dos outros. -Jamie, por que diabos ele a lançaria à água?- Brodie golpeou o guerreiro mais jovem no topo da cabeça. Jamie o olhou . -Porque ela é uma Campbell, por que outra razão ? Kate sacudiu o braço de Graham para ganhar sua atenção . -Você sabia que fui salva para trazer meu tio até Callum. Devo ir para Kildun! -Seus dentes começaram a tremer, e Jamie se agachou para pegar um xale do chão para cobri-la. -Não podemos te deixar fazer isso, moça- Graham disse brandamente. -Mas ele é um covarde repugnante,-ela discutiu, desesperadamente tentando fazê-los entender. -Meu irmão será quem virá e vai morrer!- ela se inclinou contra o cavalo de Callum quando outra onda de dor a invadiu . -Quem é um covarde repugnante?- Jamie perguntou completamente confuso. -Callum - Brodie respondeu. Jamie endireitou seus ombros. - Isso parece uma ofensa . Angus riu em voz baixa, logo tomou um gole de uísque de outro odre que tinha escondido debaixo de seu xale. -Kate.-ela ouviu Graham dizer seu nome. Ela tocou a cabeça , perguntando-se por que o ar se pôs tão quente. -Sua ferida se abriu, moça. -Merda, ela está sangrando e manchando meu xale - Brodie reclamou, sinceramente zangado. Angus o provocou .-Desde quando se importa que o sangue de outra pessoa manche seu xale? -Por favor! -Kate gritou aos homens. -Vocês não entendem. Meu irmão ...Ele virá me buscar. Devem me deixar ir! Não deixarei que ele morra por mim ! Callum estava segurando seu xale em cima de seu ombro quando saía do conjunto de árvores . Se deteve quando seu pedido o alcançou e o perfurou como uma flecha. Tinha tido a intenção de assustá-la, de lhe fazer abrir os olhos à verdade, mas seu desespero por salvar a vida de seu irmão lhe era um sentimento muito familiar . Apesar da escuridão em que vivia , ele se aferrava a um só amor. O amor de sua irmã. Ele tinha desafiado a lei em honra a seu sobrenome, mas entregaria sua sua alma em troca da vida de Maggie. Ele não forçaria Kate a fazer o mesmo. Sentiu-se agradecido de ter escutado Graham e não ter matado Robert Campbell. Callum gritou seu nome. Ela virou-se, junto com os outros, como ele retomou seus passos novamente e se moveu lentamente para ela.

-Não vou machucar o seu irmão.-. Sua voz que soou estranhamente gentil para seus próprios ouvidos . -Não o matarei. Juro - ele repetiu. -Embora ele deva lutar com você?- Kate questionou, precisando ter certeza. -Juro que ele partirá são e salvo .- Seu olhar foi para o sangue que manchava sua camisa . -Venha- ele tomou sua mão na sua, agradecido de que ela não resistisse . Sua confiança em sua palavra produziu um sorriso cálido que ele não podia resistir.-Sua ferida tem que ser tratada.. A expressão dela passou de agradecida a aterrorizada em um momento. -Não tentará queimá-la , naõ é ? Callum mordeu a língua . Não ia mentir-lhe . Ele fechou seus dedos ao redor dos dela . -Não farei nada que lhe doa muito . Ele girou para o Angus. -Me dê seu uísque . O guerreiro tosco o olhou perplexo . -Tudo? O olhar feroz de seu lorde deteve o resto dos protestos de Angus, e lhe deu o odre. Callum lançou um olhar rápido para Graham . O chefe sacudiu a cabeça , sabendo o que precisava ser feito. Ele tirou uma adaga pequena de seu cinto e se dirigiu à fogueira apagada fazendo gestos a Jamie para que juntasse mais folhas. -Ela precisa tirar essa roupa úmida. Ou pegará uma febre - Brodie murmurou com um sorriso quando Callum passou ao lado dele . Seu primo tinha razão. Kate precisava trocar de roupa antes que não estivesse consciente para fazê-lo por ela mesma. Claro, Callum não se opunha em despi-la. Mas seu controle já estava a beira de explodir apenas em olhá-la em sua camisa molhada que revelava suas curvas bem formadas. -Eu gostaria de saber o que planeja fazer,- Kate exigiu fracamente enquanto ele a levava em direção às árvores . Ele entendia exatamente o que ela queria dizer. Kate estava preocupada como ia tratar de seu braço. Mas ele não considerou sábio dizer-lhe ainda. – Quero te oferecer a privacidade enquanto tira essa camisa úmida. -Não parecia muito incômodo me observando,- Kate não pôde evitar comentar . -Sim -lhe concedeu com um suspiro enquanto guiou atrás da árvore mais próxima - Os diabos não têm honra. -Mas os cavalheiros que oferecem privacidade a uma dama têm. Ele ficou olhando-a , incapaz de desviar o olhar como tinha prometido . Cavalheiros. Ele quase riu. O que sabia ele de cavalheiros ? Esses heróis nobres que brandiam suas espadas contra as injustiças. Sua espada só estava manchada com vingança. A moça era uma iludida . Mas... diabos... ele se sentia mais humano quando estava perto dela . Mais como um ser humano que como um monstro. -Está olhando! - Kate lhe gritou . Apertando sua mandíbula, ele girou rapidamente e se afastou . Estava imerso em pensamentos muito masculinos quando ela surgiu detrás dele segundos mais tarde e lhe tocou o ombro. Ele virou-se e viu seu rosto pálido com um resto de desejo em seu olhar . -Beba isto. Manterá você quente .- lhe deu o odre de Angus antes de ver-se tentado a abraçá-la e esquentá-la ele mesmo . Ela aceitou o uísque e bebeu . Imediatamente um rubor carmesim subiu a suas bochechas,

pouco antes de que a cor mudasse para um matiz esverdeado. -Esqueceu de aplicar o ungüento,- ele declarou, tomando seu ombro. - Eu ... OH ... maldição . . - Ela fechou seus olhos com força e tremeu até os dedos dos pés. Não podia aplicar isso nas costas .- Ela se cambaleou , mas Callum tomou e a sentou brandamente no chão . Ele deslizou o tecido de seu ombro com cuidado. -Não está tão mal - ele disse, inclinando-se sobre ela e examinando a ferida. Quando ela tentou olhar, ele guiou sua mão e levou o odre a seus lábios para outro gole. Quando ele voltou a examinar a ferida , suas mãos tremeram e ele amaldiçoou a si mesmo . Tinha atendido centenas de feridas para manter a seus homens vivos. E esta não era diferente. Mas o era. A pele de Kate era como uma seda branca , e apesar de seu cuidado seu dedo menor continuava roçando contra a curva de seu seio enquanto tentava lhe tirar a bandagem que Mae Stewart lhe tinha posto. Kate permaneceu quieta até que viu Graham aproximando-se com a adaga quente apontando diretamente a ela. -Não !- ela lutou para parar, mas Callum a manteve em seu lugar firmemente. Ele aproximou seus lábios a seu ouvido -Vamos Katie - ele sussurrou. -Já enfrentou o Diabo . Não vai se comportar como um Campbell covarde agora, não é ? Ela se aferrou com seus punhos a seu xale e afundou seu rosto em seu peito quando Graham se aproximou . -Não me queime! Mantendo a distância de Graham momentaneamente, Callum a segurou , sabendo de antemão quanto isto ia doer lhe . -Outro gole, Kate. Isto deve ser feito. Não queremos que morra. - Sim, eu sou de mais valor estando viva.- Ela o afastou, olhou ferozmente para Graham, e logo fechou seus olhos com força . Ela não recordava de Graham afastando-se , ou se ela tinha gritado . O braço de Callum a segurava, enquanto ele fechava a ferida com a adaga quente de Graham. Ela estava certa que lhe tinha pedido perdão uma vez ou duas enquanto o metal quente tocava sua carne. Também tinha estado intensamente consciente do calor de seus músculos e da força de Callum ao segurá-la . Viu de perto sua boca com os lábios firmes e bem formados. -Você me beijou na água. - Sim . - Acha que poderá fazê-lo novamente alguma vez? Ele deixou de tartar o seu braço e a olhou , querendo beijá-la nesse momento . -Acho que poderia. -Assegurará de estar vestido da próxima vez? Suas palavras eram tão desatinadas que Callum teve que sorrir enquanto terminava sua tarefa. -Se devesse fazê-lo . -Realmente deveria sorrir mais. Quando seus olhos azuis encontraram os seus novamente, ela tentou lhe mostrar como devia sorrir e ao fazê-lo lançou um arroto capaz de rivalizar com os de Angus . - Vê ? Só assim .- Suas pálpebras se fechavam involuntariamente , mas ela lutava para manter-se acordada . – Sim, é um homem bastante bonito quando sorri . Embora seja bonito quando franze o cenho também, Callum MacGregor. Isso dói, maldição! - ela exclamou

quando ele derrubou um pouco de uísque em seu ombro, como ela tinha feito com sua coxa. - Já terminei , Kate.- Meigamente, lhe subiu a camisa de modo que o tecido não tocou sua carne. Seus dedos roçaram seu rosto e logo fez uma pausa quando ela se moveu mais perto de seu contato. -Obrigado por não matar meu o irmão. Callum não tirou sua mão mas sim acariciou sua têmpora com seus dedos. Ela abriu seus olhos, absolutamente confusa pelo álcool . - Vejo-o em dobro.- Ela sorriu novamente mas ele ficou sério. -Callum? -Sim, moça? -Se você não matou o meu pai, então quem foi ? Capítulo 12 Kate despertou várias horas mais tarde, apoiada contra o peito de Callum enquanto ele mantinha a seu cavalo a um passo lento e um de seus braços a segurava. Lhe doía a cabeça na testa e na nuca . O estalo continuado produzido pela marcha do cavalo não ajudava, e ela silenciosamente amaldiçoou a esse cavalo e todos os outros cavalos do mundo. Kate tentou encontrar uma posição mais confortável enquanto recordava que esse cavalheiro era seu captor e que ela não era para ele nada mais que uma presa apanhada por um chacal. Tentou sentar-se direita , mas sua cabeça parecia a ponto de cair de seus ombros . -Como está , Kate? A voz profunda vinda detrás ecoou em sua cabeça e a fez estremecer-se. - Por que grita? -Estou sussurrando. - Então sussurra muito ruidosamente ,- ela gemeu .-Sinto que estou morrendo. Detrás dela , Callum sacudiu a cabeça sorrindo, estava familiarizado com os efeitos posteriores do uísque de Gillis. Ele a empurrou contra seu peito.-Só fique quieta. Kate sabia que ele não a queria , mas uma vez mais, ele a estava confortando. Sua mão, uma mão que tinha matado mais Campbells dos que ela podia imaginar , era extremamente suave quando ele a tocava que quase a fazia duvidar da convicção de seu ódio. Kate fez o que seu captor ordenou e se inclinou contra ele, fechando os olhos à luz do sol . As colinas logo se converteram em montanhas , rodeando-os como uma grande cortinas de granito. Quando ela inalou, suas fossas nasais lhe arderam . O ar parecia ser mas escasso . Ela nunca tinha viajado fora de Glen Orchy antes, e começava a dar-se conta do quanto sentia saudades seu lar . As Highlands eram terras desconhecidas , um lugar vasto e selvagem com folhagem e homens que cresciam e viviam em precipícios abruptos , escondidos pela névoa. Era uma terra indomável com um colorido muito variado . A urze crescia aqui com um esplendor luxurioso, decorando a paisagem com sua cor púrpura. Mas havia algo mais. Era o cinza . A cor da força. Uma linha infinita de montanhas se elevava corajosamente em direção a um céu azul que parecia muito próximo . Era como se os céus tivessem descido sobre essa terra. Kate decidiu que as Highlands eram o lugar mais deslumbrante de toda a criação. Em algum lugar , um falcão lançou um grito que ecoou nos profundos vales . Kate fechou seus

olhos e se aconchegou mais profundamente no corpo de Callum. Ele suspirou quando Kate lançou um ronco suave debaixo de seu queixo. Ele sempre se considerou um homem duro, não travesseiro suave . Mas diabos , ele rapidamente estava se convertendo na cama dessa mulher! Ela era uma Campbell. E um fardo. Ele apertou seu braço ao redor de sua cintura e acariciou seu estomago com seu dedo polegar. Ambos eram atos de amparo e de posse, ele se deu conta e rogou a Deus para que lhe concedesse a força necessária para manter seu sentido comum . Protegê-la era uma coisa, mas possui-la seria algo letal. Letal para ambos. Entretanto , quando o vento fez que seus cachos roçassem seu rosto, Callum fechou seus olhos e inalou seu aroma . Nunca tinha pensado que nada no mundo pudesse cheirar melhor que as Highlands. Mas estava equivocado. Callum aceitou um pedaço de queijo de Brodie, quem cavalgava a seu lado . Eles mastigaram em silêncio por alguns segundos antes que Callum girasse para ele. -Brodie, pare de me olhar dessa forma e me diga o que pensa. Brodie encolheu seus ombros e tirou uma mecha de seu cabelo escuro que caíam sobre seus olhos.-Só estava pensando que seu caráter está mas equilibrado e suave desde que capturou à moça.- ele deixou que seus olhos percorressem seu corpo.-É muito claro que ela te agrada,- ele continuou, embora Callum o olhava fixamente . "-u gostaria de saber se está pensando em tomá-la. - Não tomarei a uma Campbell,- Callum lhe respondeu, com os lábios apertados . - Gosta dela , meu lorde,- Brodie continuou. -Escute como ela ronrona como um gatinho aconchegado em seus braços.- O modo em que Callum apertou seu braço sob ela não passou inadvertido para Brodie. –Pensou em um modo de torturar o Conde de Argyll antes de matá-lo ? -Não , mas estou certo que você não pensa em outra coisa - Callum respondeu. Brodie era um guerreiro feroz , leal nas batalhas, mas um pouco muito sanguinário fora dos campos de batalha. -A moça.- Brodie sorriu , assinalando-a com seu queixo . - O que tem ela? - Se deite com ela, e deixa-a grávida. O que poderia ser pior para um Campbell que ter um MacGregor crescendo no ventre de sua sobrinha? Callum ficou rígido . Não tinha pensado em outra coisa exceto deitar-se com ela nos últimos dias . É verdade, seria muito satisfatório dizer a Argyll que a semente de um MacGregor crescia em sua sobrinha, antes de matá-lo . E se ele a levasse para a cama, não existiria nenhum casamento entre ela e esse lorde inglês do Newbury. Sim, essa idéia era bastante satisfatória . Mas havia algo mais a considerar. - E o que aconteceria com ela quando for devolvida a seu irmão levando meu filho? Você viu o que fizeram a Rhona MacGregor só por levar nosso sobrenome. - Sim, não há clemência para os simpatizantes dos MacGregor - Brodie concordou. -Talvez , seja melhor não devolvê-la. Porque temo que já possa ser muito tarde. Como ela tinha dormido a maior parte do dia, Kate estava muito acordada quando Callum e seus homens se acomodavam em seu xales aquela essa noite. Ficar deitada era inútil. Ela culpou às estrelas por manter seus olhos abertos, ou a som das folhas susurrantes por manter seus ouvidos alertas. Mas era o homem que dormia do outro lado da fogueira o que

fazia que seu coração estivesse inquieto. Não importava quanto o tentasse , não podia deixar de pensar no beijo. Deus , ele era muito perigoso. Ela não tinha podido escapar de seu abraço de ferro enquanto ele a havia abraçado tão intimamente, como se lhe pertencesse . E logo ela não tinha querido que ele a deixasse ir. Ele a tinha manipulado , era verdade, mas ela não pôde mostrar sua irritação por isso. Sua boca a havia possuído com habilidade. Sua língua quente dentro de sua boca a tinha feito sentir-se débil e disposta, e a assustava pensar até onde teria chegado se ele não a tivesse solto. Por Deus, lhe tinha advertido duas vezes que recordasse quem era ele . Uma coisa era considerar Callum como um herói de seu clã — e por havê-la salvado da morte — mas desenvolver afeto por qualquer MacGregor era considerado traição . E o Diabo era o MacGregor mais proibido de todos . Ela se sentou , amaldiçoando entre dentes sua insônia , e virou-se para o lorde dormido. Mas Callum não estava dormindo mas sim estava sentado com suas costas contra uma árvore, suas pernas estendidas diante dele e cruzadas à altura de seus tornozelos, seus olhos fixos nela. Lhe lançou um sorriso desconfiado. -Não posso dormir . Ele não se moveu, mas sua expressão pareceu suavizar-se à luz do fogo . Ele era um estranho para ela, mas ainda assim o frio da noite tentou Kate a mover-se mais perto do calor familiar de seu corpo. Mas em vez de fazer isso ela tomou uma respiração profunda. - Creio nunca mais dormirei de noite se continuar a dormir durante o dia. - Sim, será um problema,- ele concordou . Mas um brilho inquietante em seus olhos dizia a verdade do que ele pensava , -Será um problema para mim que me torture me usando como travesseiro amanhã. Os olhos de Kate brilharam , e um esboço de sorriso se desenhou em seus lábios para responder ao sorriso dele . - Uma tortura realmente. Se você tivesse que suportar um ogro insolente dia após dia sentado atrás de si , você também benzeria o sono que te deve salvar disso . Suas sobrancelhas se arquearam com surpresa, mas em vez desafiá-la como ela esperava , ele sorriu e fez acelerar seu coração. -Sempre foi tão valente e atrevida, Kate Campbell? - Não ,- lhe assegurou . Ela dobrou suas pernas debaixo e dirigiu seu olhar para as chamas. Quando era uma menina tinha muito medo de trovões. O chão rugia quase do mesmo modo quando os Highlanders atacavam minha propriedade . Mas Robert sempre me prometia me proteger. Ele era bastante valente inclusive quando era um menino.- ela sorriu recordando. – Meu pai freqüentemente dizia a minha mãe que deveria havê-lo chamado de Galahad (valente , galante). -O nome de um dos cavalheiros do Rei Arthur que lutou contra os Picts. Kate o olhou - Sabe sobre os cavalheiros do Rei Arthur ? Callum assentiu com a cabeça -Graham uma vez me contou sobre eles. Homens cujas armaduras brilhavam com o esplendor das estrelas. - Sim .- Kate encontrou seu olhar . -Eles acreditavam naquilo pelo que lutavam. Robert estava acostumado a me dizer que não é a vitória a não ser o motivo pelo que um homem luta uma batalha o que o converte em um herói. Callum ponderou suas palavras em silêncio. -Eu não tenho nada em comum com esse tipo de homens. É muito tarde.- Ele dobrou seus braços sobre seu peito e fechou os olhos. -Um de

nós precisa dormir, de outro modo chocarei meu cavalo contra uma árvore. Kate se recostou no chão e contemplou as copas das árvores. Um momento de silêncio passou antes que ela o quebrasse novamente. -Robert estava acostumado a me contar uma estória quando não podia dormir. -Eu não sou seu irmão . Ela suspirou e virou de lado para encontrar uma posição mais cômoda, e então . . . -Meu pai era um herói. Ele liderou os Griogaraich contra seus inimigos com Hamish Grant a seu lado por muitos anos antes que fosse morto. Quando nós éramos crianças, Graham e eu uma vez . . . Kate fechou seus olhos e deixou que o som de sua voz a guiasse ao sono. Capítulo 13 Quando eles pararam uma estalagem duas noites mais tarde, Kate estava tão intensamente contente com a idéia de dormir em uma cama, que não notou o modo possessivo em que Callum mantinha seus dedos apertados ao redor de seu pulso depois que desmontaram. Callum tinha aceito deter-se ali porque estavam no limite das terras dos MacDonnell, e embora a ninguém estava permitido ajudar aos MacGregors, a maioria dos Highlanders o fazia . Seus homens poderiam desfrutar de uma comida quente, e talvez se Kate dormisse em uma cama essa noite, ela deixaria de dormir em seus braços. Cada vez que ela apertava sua bochecha contra seu peito , era como se ela pertencesse ali — ou quando ela o olhava como se ele fosse seu campeão e salvador — Callum parecia esquecer tudo o que tinha vivido no calabouço de seu avô e se imaginava que algo novo e maravilhoso ainda era possível em sua vida. Maldição, estava ficando louco. Tinha que lhe buscar um cavalo para que ela pudesse montar e afastar a de seus braços. E precisava fazê-lo rápido. Mas essa noite ele a manteria perto dele porque embora o dono da estalagem, Ferguson MacDonnell, fosse seu amigo, o preço da cabeça de um MacGregor era muito alto e tentador . E como Kate viajava com ele, ela era considerada como uma posse dele. Ele poderia ter entrado na estalagem com cautela, mas se haviam inimigos dentro, o medo a ele manteria ao Kate viva. Mas ele brandiu sua espada e chutou a porta para abri-la . Ficou de pé na entrada . A estalagem se silenciou enquanto ele dirigia seu poderoso olhar sobre cada rosto, advertindo de uma morte rápida e dolorosa se alguém o atacasse. Angus arrotou sonoramente , passou ao lado de seu lorde, e entrou na estalagem. Ele foi para uma grande mesa onde um grupo de rufiões estavam sentados, suas canecas ficaram detidas a meio caminho a seus lábios. Ele se aproximou deles com olhos escuros . -O que foi? Jamais viram a um MacGregor antes? - Sim, vimos - disse o líder do grupo. -Mas nenhum tão feio como você, Angus MacGregor. -Archie MacPherson, pensei que estava morto.- Angus riu e agarrou o antebraço do homem para levantá-lo de sua cadeira e abraçá-lo. – Que bom é vê-lo, velho amigo. Rodeada por Callum e o resto de seus homens, Kate observou aliviada que os homens não eram inimigos. Também ficou surpresa de achar mais amigos dos MacGregors. Agradou-lhe e a confortou saber que eles não eram perseguidos em todos lados. Agora que a ameaça de derramamento de sangue tinha desaparecido , ela relaxou e observou o ambiente a seu redor . A estalagem era mais como uma cantina, com quartos escada acima para

acomodar aos clientes e as moças que os serviam com risos modestos em seus lábios. O aroma de cerveja e vinhos doces alagou os pulmões de Kate e a intoxicou o princípio, mas logo o lugar começou a cheirar agradavelmente. -Meu lorde , bem-vindo- um homem baixo com um nariz bulboso e cabelo grossos e avermelhado o saudou . Ele dirigiu seus olhos verdes claros a Kate, lhe dando um olhar faminto que a fez mover-se mais perto de Callum. Sua resposta foi abraçá-la e apertá-la contra ele. -MacDonnell.- A voz de Callum era quase um grunhido. - S não deixar olhá-la, verei-me forçado a te deter eu mesmo . Os olhos do hospedeiro voltaram velozmente para Callum. -Minhas desculpas,- ele disse, oferecendo um sorriso rápido e arrependido. - Não quis . . . Farei que Robena prepare um quarto para você imediatamente. -Serão dois quartos, hospedeiro,- Kate o corrigiu quando ele girou para procurar a sua esposa. -Minhas desculpas novamente,- MacDonnell lhe respondeu , logo voltou a olhar para Callum. Pensei que ela era sua... - Não - Callum disse. -Mas precisaremsos de apenas um quarto . - Eu não vou a . . - o protesto veemente de Kate se debilitou em seus lábios quando Callum lhe lançou um olhar letal . Ela se sentiu como tivesse sido golpeada com uma pedra . Amaldiçoou em silêncio e endireitou seus ombros. Surpreendia-a que ela pudesse brigar contra uma legião de espadas dos McColls mas um sozinho olhar desse homem acelerava seu coração locamente. -Ela está sob sua proteção , então ?- MacDonnell perguntou , inseguro do que fazer. Callum assentiu com a cabeça . – Sim. Para ser usada como uma isca,Kate o corrigiu silenciosamente .O valor de um resgate até que seu tio aparecesse . Ela não disse nada diante do hospedeiro, mas planejava esclarecer coisas com Callum MacGregor no momento que estivessem a sós. O que ocorreria em qualquer momento. Kate engoliu em seco quando Callum apertou sua mão e a levou para as escadas . - Se assegure de solicitar uma cama extra a seu amigo o hospedeiro,- ela exigiu quando foram a caminho do andar superior. -Desejo que ele saiba que você dormirá no chão e não na mesma cama comigo. Eu não sou uma prostituta . Callum a ignorou. Quando chegaram ao quarto, ele abriu a porta e entrou , deixando que ela o seguisse. Kate franziu o cenho com sua falta de cavalheirismo e caminhou passando ao lado dele para inspecionar o quarto pequeno. Como suspeitava , só havia uma cama. Callum conhecia perfeitamente essa estalagem, isso era óbvio. Ela olhou o cobertor de pele sobre a cama e se perguntou quantas vezes ele teria usado essa cama .A idéia lhe trouxe um rubor a seu rosto e um ponto de raiva em seu coração. -Pedirei a esposa de Ferguson que traga algo para comer. -E você, onde ficará? - Kate perguntou , virando-se para ele. -Lá embaixo, compartilhando um gole com meus homens. Suas sobrancelhas se elevaram marcadamente. Claro, ele não a queria a seu lado enquanto tomava uísque e sentava às moças dispostas em seu colo. Bem, ela certamente não iria lhe estragar a noite . Deixe que ele se deite com todas elas , o que me importa?

- Não quero que você ... -OH, sei perfeitamente bem o que quer, - ela o acusou. -Só te advirto que não traga suas mulheres aqui. A porta estará trancada. Sua única resposta foi um sorriso lento desafiando-a a que fizesse isso. -Não deixará este quarto - ele advertiu quando partiu, fechando a porta detrás dele. Kate olhou fixamente a porta , e logo fechou a boca bruscamente . Ele verdadeiramente acreditava que podia lhe dar ordens só porque ela era sua prisioneira? Era um idiota se pensava isso . E mais idiota por acreditar que lhe obedeceria. Uma hora mais tarde, acomodada em uma grande mesa com seus homens, Callum levou uma jarra de cerveja a seus lábios. Muitos dos clientes da estalagem já se haviam seus retirado a seus quartos , mas a cantina ainda estava suficientemente cheia de gente para que Callum quase não visse a entrada de Kate. Graham estava sentado a seu lado , lhe contando sobre uma moça com quem ele planejava deitar-se mais tarde , mas Callum não ouvia uma palavra de tão hipnotizado que estava pela imagem de Kate na entrada. Seu cabelo estava preso em um coque amarrado com uma fita vermelha . Alguns cachos de cabelo largos caíam soltos até quase sua cintura. Ela vestia uma túnica de lã cor azul , dada a ela, sem dúvida, pela esposa de Ferguson. Um xale vermelho escuro estava sobre seus ombros. Não foi a imagem dela mordendo o lábio inferior quando não pôde encontrar a seus captores, ou seus grandes olhos buscando-os , o que fez deter seu coração, a não ser seu queixo elevado quando finalmente seu olhar o encontrou. Ela sabia que Callum estaria zangado com o desafio dela , mas não tinha medo . Maldição , mas adorava sua ousadia. -Por todos os Santos, ela é bonita - Callum ouviu Graham dizer. Callum sacudiu a cabeça enquanto a olhava com admiração impotente. Ela era uma beleza. Callum engoliu em seco , e logo sua expressão se endureceu . Merda! Qualquer um destes clientes só estavam pensando em abusar dela . Ela não entendia que seu clã estava proscrito,e que os MacGregors era considerados como inferiores a escravos por muitos escocês ? Ela era um idiota que só conseguiria que todos eles saíssem mortos dessa estalagem. Quase derrubou sua cadeira quando ele se levantou enquanto ela caminhava em direção à mesa. Kate fez uma pausa por um momento , observou seu cenho franzido mas endireitou seus ombros e continuou seu caminho. Jamie a alcançou antes que chegasse à mesa e a tomou pelo braço para escoltá-la até o banco. Kate se sentou em frente do lorde com o cenho franzido , o que ganhou um grunhido por parte dele . Ela brincou com a idéia de comentar algo sobre seu mau humor contínuo, mas ele parecia estar a ponto de saltar sobre a mesa e estrangulá-la, então simplesmente lhe sorriu . - Boa noite , meu lorde. -Volte para quarto, Kate - ele advertiu em um tom ameaçador . -Não posso - ela respondeu docemente. -Tenho fome. A querida Robena teve tanto trabalho me banhando e me vestindo que senti que seria um excesso lhe pedir que me alimentasse também. Vou jantar aqui, com vocês. Callum considerou arrastá-la escada acima, mas fazer muito provavelmente causaria uma rixa. Ele observou aos clientes com a mandíbula apertada. Muitos dos homens já a estavam olhando. Eles desviaram seus olhares quando viram seu olhar assassino.

-Muito bem,- ele concedeu, lhe fazendo gestos a uma moça antes de voltar seu olhar a Kate. Coma mas que seja rápida . - Espero não estragado a diversão desta noite .- Kate comentou com um sorriso que dizia o oposto, logo observou os seios grandes da loira que colocava uma bandeja com guisado de carneiro diante dela . Quando a moça se sentou no colo de Graham e não no de Callum, Kate não soube se sentia alívio ou zangava-se consigo mesma por ser tão possessiva a respeito dele. Era por isso que ela o tinha desafiado e tinha vindo aqui ? Odiava a idéia de que ele estivesse desfrutando da noite com uma moça bonita . Mas ficava claro que Callum MacGregor não se permitia muita diversão . -Só coma e não se preocupe por mim .- Callum partiu um pedaço de pão e o meteu na boca, parecendo esquecer-se dela. -Muito bem.- Kate lutou contra o desejo de lhe lançar a bandeja . Ela podia ter estado equivocada a respeito dele deitando-se com uma moça , mas ele estava exagerando com sua irritação . Decidiu não lhe dedicar outro pensamento . Céus, estava morrendo de fome! Kate baixou sua cabeça para inalar o aroma delicioso de seu jantar. Quando um arroto sonoro estalou nos lábios de Angus , ela levantou seus olhos da comida. -Que bela e perfeita adulação para uma comida tão deliciosa , Angus. Angus rugiu com uma gargalhada , mas foi o som da risada de Kate o que fez Callum levantasse seu olhar para ela novamente. Olhou-a fixamente a curva esbelta de sua mandíbula, uma ruga leve em seu nariz quando ria . Por um momento, Callum desfrutou do som de sua alegria . Ela o fazia pensar na esperança. Ela o fazia desejar coisas nas que nunca tinha pensado antes. Tinha levado anos para construir Camlochlin. Era sua fortaleza, seu refúgio, seu segundo bem mas precioso depois de seu sobrenome. Era tudo o que tinha e tudo o que sempre tinha ansiado , sem desejar nada mais porque provavelmente estaria morto em poucos anos. E não lhe importava morrer, sempre e quando estivesse sob seus termos e não sob os termos dos Campbells , e sempre e quando fosse com coragem em meio de uma batalha. Nunca tinha considerado ter uma família, embora gostaria de ter filhos para continuar o sobrenome MacGregor. Nunca tinha esperado escutar música na risada de uma mulher, satisfeito de saber que era ele quem lhe dava essa alegria. Nunca tinha esperado esse tipo de coisas até agora. -À saúde de Brodie.- Angus levantou sua jarra, interrompendo os pensamentos do Callum, tomara que o bebê que sua adorável esposa,Netta leva em seu ventre se pareça com sua mãe e não com Graham. Graham piscou os olhos paraBrodie , quem respondeu lhe golpeando o braço. Logo a diversão na mesa cresceu. Os homens diziam insultos e palavrões que teriam feito que qualquer outra mulher na mesa se ruborizasse e os reprovasse . Mas, maldita Kate , ela continuava rindo , confundindo absolutamente Callum. Ele não se uniu às brincadeiras , os cânticos , nem as risadas. No momento, ele se contentava ficar sentado e estudar Kate — quando ela não o estava olhando . Observava-a tão intensamente que não notou ao homem aproximando-se da mesa por detrás dela. Ninguém o viu até que ele colocou uma moeda diante dela. A risada cessou abruptamente, e todos os olhos se levantaram para encontrar os desse estranho, inclusive os olhos de Callum.

-Já a tiveram por tempo suficiente - o homem anunciou a Callum. -E você não fez nada mais que observá-la como um adolescente temeroso . Agora eu a quero. O único sinal de fúria de Callum foi uma leve tensão em sua mandíbula. Nenhum outro músculo se moveu . -Tome sua moeda e vá embora antes que seja muito tarde para fazê-lo .- Sua voz era nada mais que um grunhido baixo. Kate não pôde tirar seus olhos dele. -Esta noite terei à puta do MacGregor em minha cama,- o homem se burlou. Tudo aconteceu muito rapidamente no segundo que seguiu que Kate não teve tempo para reagir. A mão do estranho se fechou em seu ombro dolorido, fazendo-a exclamar enquanto ele a arrastava para pô-la de pé . Callum simultaneamente se levantou enquanto extraía sua espada . Ele a revoleó em cima de sua cabeça e a baixou com tal força que partiu a mesa de madeira que o separava do estranho, lançando a comida e a cerveja ao piso. Callum saltou em cima da mesa de madeira partida e colocou a ponta de sua espada na garganta do homem. Sua expressão serena se dissolveu em uma máscara de ira negra. -Aproveite bem sua próxima respiração porque será a última. Um Silêncio desceu na cantina, todos os olhos cravados no homem que ainda segurava Kate. Todos os olhos menos os olhos de Kate. Embora o tentasse , e não podia afastar seu olhar de Callum MacGregor. Ele parecia ter crescido mais de cinco centímetros em estatura. Havia uma promessa de destruição em seu olhar penetrante. E ela entendeu por que Callum MacGregor nunca tinha sido apanhado. -Baixe sua espada, MacGregor. Baixe a espada. - O estranho soltou Kate e deu um passo atrás . Ele se empalideceu notoriamente . O movimento de seu pomo de Adão , foi visível no momento em que sua garganta se afastou da espada de Callum. Brodie mordeu uma pêra suculenta. O som súbito fez que o homem se virasse e saísse correndo . Antes que Callum pudesse embainhar sua arma, o estranho se foi . Kate piscou . Uma mão apertou seu pulso firmemente. Levou-lhe um segundo para dar-se conta que era Callum quem a segurava, e quando o fez , Kate abriu a boca para falar. - Deseje boa- noite a meus homens - ele ordenou, interrompendo-a. Logo , antes que ela pudesse obedecer , ele a arrastou para as escadas . - Me solte ! - ela tentou desprender-se dele, mas ela nem sequer diminuiu a velocidade de seus passos. -Esta é a segunda vez que lhe salvo a vida.- Callum disse firmemente sem virar-se para enfrentá-la . -Não quero ouvir uma palavra . Quando alcançaram o quarto, ele abriu a porta com um golpe e a lançou dentro , logo a fechou detrás dele . Kate o atacou, seus olhos faiscando de fúria.- Dirá o que fiz para causar sua raiva ? E não me diga que é porque sou uma Campbell. Eu não te fiz nada ! Callum a olhou fixamente quando gritou .Ele enfrentava uma batalha interna . Não sabia se queria estrangulá-la ou tomá-la em seus braços, agradecido por ter estado perto dela essa noite para salvá-la. A raiva acendeu seus olhos e sua mandíbula se esticou com fúria, mas quando abriu a boca para lhe responder, descobriu que não tinha nenhuma palavra. Ele girou e foi em direção à janela. Quando chegou ali, girou em sobre seus calcanhares e a olhou ferozmente. Kate ficou rígida . Ele a estava tocando com o olhar . O desejo que viu em seus olhos a fez

tremer. Nunca em sua vida havia sentido semelhante torvelinho de emoções. Estava zangada com ele, e ao memso tempo queria estar entre seus braços . Sabia que ele não ia rechaçá-la novamente. Pois enquanto sua expressão era dura, seus olhos brilhavam com o calor da promessa de uma posse completa. Ele a desejava . Um fogo se acendeu em algum lugar de seu ventre com essa ideia . Deus a ajudasse, mas ele parecia muito mais bonito de pé lá como um dragão escuro a ponto de saquear uma aldeia. -Callum.- ela sussurrou seu nome, rompendo o silêncio que pareceu estirar-se eternamente. Não quero mais ser sua inimiga. Eu . . . Se seu pedido o suavizou , ele não deu nenhum sinal disso. Sua expressão não era muito mais serena que a tinha mostrado um momento antes. -Não entende que meu clã está proscrito? -Pensei que estávamos seguros aqui,- ela tentou explicar, mas suas palavras se debilitaram quando ele deu um passo para ela. -Nós ? Você não é uma MacGregor. Não sabe o que quer dizer ser um MacGregor, ou os perigos de ser amigo de um MacGregor. -Sim, sei - lhe assegurou , entendendo agora por que lhe tinha exigido que ficasse no quarto. Ele tinha tentado protegê-la. Kate se virou . Teve que fazê-lo . Ele estava lhe dizendo que eles não podiam ser amigos, e só olhá-lo a fazia querer mais que isso. Deus, protegesse seu pescoço de terminar na forca, ela queria muito mas. - Fomos declarados seres abaixo da condição humana. Há um preço colocado as cabeças de nossos homens, mulheres, e crianças! Nossas terras podem ser tomadas por qualquer um. Lágrimas se acumularam nos olhos de Kate enquanto entendia a profundidade de seu orgulho por seu sobrenome e a razão desse orgulho. -É como se vocês já não existissem .- Ela levou seu olhar de volta à sua. -Sente-se abandonado até por Deus. Callum, eu o entendo. E o sinto tanto. -Eu não quero sua piedade,- ele disse, amaldiçoando a si mesmo interiormente. Ele devia reprová-la , assustá-la , afastá-la até que lhe tivesse tanto medo e ódio que destruiria qualquer outro sentimento que ela sentisse. -Não permitirei que derrame lágrimas por meu clã. Não entende o perigo que há nisso. Ela entendia , mas nesse momento isso não importava. Por Deus, até duvidava que Robert a perdoaria por ficar do lado do Diabo , mas queria que Callum a beijasse novamente. Não queria que seu sobrenome importassem mas. Queria tocá-lo e esquecer as leis e as proscrições. Mas, ele poderia esquecer seu passado e o que a família Campbell tinha feito a ele ? Ela estava certa que Callum podia ouvir seu coração pulsando. Queria lhe dizer como se sentia , mas sua mente tinha parado de pensar salvo no tamanho de seu corpo , o aroma de suor e fúria de sua pele , e o desejo de algo inacessível em seus olhos . Ele foi para ela , mas um golpe na porta o fez deter-se e lançar um grunhido. Kate não se virou para seguir sua trajetória para a porta mas sim fechou seus olhos e mordeu seu lábio inferior . Ela escutou enquanto ele discutia com Ferguson MacDonnell sobre o pagamento da mesa quebrada. Logo se sobressaltou quando a porta fechou com um golpe novamente. Podia sentir seus olhos nela. Olhos duros, perigosos que juravam vingança a todo seu clã .

- Vá para à cama,- ele disse bruscamente . Virando-se para ele, Kate lhe franziu o cenho , frustrada pela profunda convicção dele de menosprezá-la sem importar quão duramente ela tentasse lhe mostrar que ele era tão humano como ela . - Faz difícil ignorar a verdadeira razão pela qual salvou a minha vida. Sua expressão se endureceu , como se ela o tivesse insultado .-Não a abandonaria para que morresses , até se tivesse matado a seu tio. Kate se sentiu aliviada ao ouvi-lo dizer isso. -Às vezes é difícil acreditar que se importa com minha segurança quando contínua me olhando como se eu fosse seu pior inimigo. -Moça ,- ele disse, e a profundidade do desejo cru em sua voz a fez cambalear. -Se não me importasse em nada sua segurança ,não estaria viva neste quarto. As fossas nasais de Kate se incharam enquanto fechava suas mãos em punhos sob os quadris. -Onde estaria, então ? -Deitada nessa cama, debaixo do meu corpo. O rosto de Kate ardeu com essa imagem . De fato, sentia como se todo seu corpo liberasse muito fogo .- Suas ameaças são ameaças vazias - ela o desafiou , negando-se a acreditar que ele a forçaria . - E já te teria arrancado os olhos se atrevesse a me tocar sem ser convidado. Callum riu com vontade, burlando-se de sua advertência enquanto cruzava o quarto. Ela se virou quando a distância entre eles se encurtou . -Além disso,- ela disse, apressadamente empregando uma tática diferente para assegurar-se que ele se comportasse cavalheirescamente . -Estaria fazendo amor com uma Campbell. Callum passou ao lado dela , uma curva leve em seus lábios lhe fez umedecer as palmas da mão e seus joelhos se afrouxaram .-Não , eu somente estaria me divertindo com uma mulher , mas em nosso caso seria perigoso. Kate não disse nada mais mas subiu à cama completamente vestida. Levantou a manta até seu queixo e o observou acomodar-se ao lado do braseiro para passar a noite. A suave luz do fogo projetou sombras nas paredes. O quarto estava em silêncio à exceção do crepitar da lenha sendo devorada pelas chamas. O destino tinha sido cruel ao havê-la colocado sob o cuidado de um homem tão frio, e mais cruel ainda porque lhe gostava desse bruto. Ele a menosprezava , deixando esse sentimento perfeitamente claro e seu desejo por ela era nada mais que pura luxúria em sua forma mais básica. -Não é necessário me tratar tão cruelmente, MacGregor,- ela falou brandamente na escuridão. -Farei o máximo esforço por recordar quem é, desta noite em adiante. Houve um movimento do lugar Callum deitava no piso , e logo ele ficou de pé e saiu do quarto fechando a porta com um golpe . Capítulo 14 Kate vagou pelo corredor escuro da estalagem, rogando que nenhum cliente estivesse espreitando para procurar uma moça para esquentar sua cama . Ela segurava uma pequena vela para iluminar as inumeráveis leva pelas que passava . Risadas e sons de gemidos ecoavam no corredor e fizeram que suas bochechas ardessem de pudor .

A lógica lhe dizia ela deixasse Callum sozinho. Ele tinha direito de querer estar tão longe dela como pudesse estar. E se restasse uma grama de senso comum , sentiria-se aliviada de que ele a tivesse abandonado . Mas depois, quando o tempo esperando que ele voltasse se converteu em uma hora, ela soube que seu próprio coração era o verdadeiro culpado, e o perigo maior para seu próprio bem-estar. Kate suspirou profundamente , tentando admitir o fato que ela estava obcecada com o homem que estava acusado de matar o seu pai . Pare com isto, Kate, ela se repreendeu , segurando a vela diante dela para iluminar o caminho para as escadas .Ele não matou o seu pai. Mas ele vai matar a seu tio. e logo os Campbell o matarão. Deve tirá-lo da cabeça. A risada de uma mulher saiu por uma porta detrás de Kate , detendo seus passos. E se ele estivesse em um desses quartos deitado com uma moça? As imagens de seu corpo nu com um sorriso apaixonado a assaltaram. E se lhe estivesse sussurrando palavras de amor no ouvido enquanto . . . Uma porta se abriu e Kate quase fugiu , não desejando vê-lo sair desse quarto. A moça que emergiu do quarto era linda com cabelo claro que caía em cachos ao redor de seu rosto angélico e ainda por cima dos montículos de seus seios generosos que ela tentou tampar . Ofereceu a Kate um sorriso agradável enquanto amarrava as cintas de seu vestido, logo passou apressadamente ao lado dela e desapareceu escada abaixo . Kate quase desfaleceu de alívio quando Graham apareceu na porta ajustando seu xale. Ruborizou-se quando lhe sorriu , um par de covinhas simpáticas marcaram em suas bochechas, seus olhos verdes expressando satisfação . - Boa- noite, moça - ele disse e apoiou seu ombro contra o marco da porta . -Nunca acreditei que ele te expulsaria. - Ele não me expulsou - Kate advertiu ao Highlander robusto com um sorriso inquisitivo. Gostava desse homem. Sua alegria vinha facilmente e seu estilo atrevido era muito atraente. Há uma fila de mulheres esperando entrar nesse quarto, Graham?- ela continuou quando seus olhos brilharam com diversão .-Quantas moças teve esta noite? -OH, tem uma língua muito atrevida , moça.- ele riu, fazendo que Kate percebesse do quanto tinha sentido saudades desse som . Ela o estudou por um momento, entendendo por que as mulheres da cantina procuravam sua companhia, pois Graham tinha um belo rosto, o cabelo claro e um corpo formidável. Sim, ele era bastante atraente em um modo malicioso , ela decidiu . Seu sorriso não era tão devastador como o de Callum, mas certamente era muito sedutor . -O que está fazendo vagando pelos corredores a esta hora da noite ?- ele colocou um ramo entre seus dentes e o mordeu . -Não é seguro para uma moça como você. Ela encolheu os ombros . – Callum saiu do quarto e eu . . .- Kate mordeu seu lábio e olhou as fileiras de portas de um lado e o outro . Graham levantou uma sobrancelha com curiosidade enquanto compreendia qual era a situação - Um pouco de prazer faria bem a Callum . Mas não tema , ele não está dentro de nenhum destes quartos. Quando chegar a manhã, nada terá mudado para ele. A chama de vela tremeu quando a mão de Kate se agitou. Ela deveria haver-se sentido aliviada pelas palavras de Graham, mas se sentia pior que antes. - O que meu avô fez a ele ? Me diga, por favor, Graham.

Graham a estudou por um momento, logo soltou um longo suspiro. - Ele esteve acorrentado a uma parede por nove anos, às vezes sem soltá-lo por semanas , dias e dias sem ver o sol. Kate deu um passo atrás e levou a mão a sua boca. -Meu Deus ...- ela sufocou um gemido de horror . - Ele era um menino . Suas cicatrizes . . . Seus pulsos. . Graham sacudiu a cabeça . - Ele lutou e lutou para livrar-se dos grilhões . Finalmente o fez quando . . . Mas Kate não podia agüentar ouvir uma palavra mais . Correu e fugiu escada abaixo , precisava encontrar Callum. Ela deu a volta a uma curva aguda e quase ricocheteou contra uma parede que se interpôs em seu caminho. A vela se apagou , e por um momento ela ficou envolta na escuridão. Logo ela ouviu o crepitar do fogo e lentamente se virou . Estava na cantina da estalagem. A luz da grande chaminé se localizada na parede oposta entrava pela arcada, logo que iluminando outro caminho. Ela tomou esse caminho, embora uma voz em sua cabeça lhe disse que ela voltasse escada acima . Callum dormia em uma cadeira diante da chaminé , uma jarra vazia pendurava em sua mão. Kate deu um passo mais perto dele até que pôde ver suas feições com a luz acobreada do fogo . Ele era um guerreiro, mas dormindo parecia vulnerável. Kate se aproximou . Lhe cortava a respiração. Deixou que seus olhos vagassem por extensão larga de seu peito e os músculos que formavam seus braços. Seu olhar viajou mais abaixo , atrasando-se por um segundo em seus quadris magros e logo continuou por suas pernas largas estiradas para diante. Deus Santo , era tão grande e bonito. De repente, ele exclamou . -Não !- ele empurrou suas mãos para frente, os olhos de Kate recaíram em seus pulsos marcados. Ele estava sonhando com o calabouço de seu avô? O terror e o tortura em sua voz quase a fez cair de joelhos. Sem pensar, ela o agarrou, querendo aliviar sua dor e querendo despertá-lo de seu pesadelo. Quando as pontas de seus dedos roçaram seu pulso, Callum abriu seus olhos . Tirou sua mão bruscamente e a agarrou pelo braço com tal força que Kate teve que morder o lábio para não gritar. Ele a empurrou para baixo, quase em cima dele, e a olhou nos olhos com uma mescla de angústia e medo, um olhar que ela nunca tinha visto antes e que nunca esqueceria . -Callum,- ela disse com medo de dizer algo mais. O pesadelo tinha terminado. Callum afrouxou os dedos ,mas não a deixou ir. Seu rosto estava perto do dele, tão perto que ela podia sentir o calor de seu fôlego. Mas foram seus olhos o que a paralisaram. Já não estavam escuros pelo ódio , nem brilhantes por um desejo proibido . Ela sussurrou seu nome novamente ao mesmo tempo que seu olhar vulnerável tocava totalmente em seu coração. Antes que ela pudesse conter-se, Kate se lançou contra seu peito e o abraçou . -Sinto muito o que lhe fizeram . Callum não lhe respondeu imediatamente. Primeiro seus braços a rodearam lentamente, como se temesse rompê-la . Ele passou a palma de sua mão por seu cabelo, por suas costas , segurando sua cabeça mais perto . Com seu ouvido muito perto dele, Kate não teve dificuldade em ouvir os ferozes batimentos de seu coração. -O que está fazendo aqui, moça?- Callum lhe perguntou . Logo , como se percebesse o que estava fazendo, afastou-a brandamente . Agora Kate caía de joelhos ao lado de sua cadeira . As sombras voltaram, nublando a

superfície de seus olhos enquanto a olhava . Kate lutou para agarrase à vulnerabilidade que acabava de ver nele antes de que desaparecesse completamente . -Estava te procurando - lhe disse brandamente, agarrando-se ao resto de ternura em seu tom de voz. Suas feições se suavizaram novamente, mas ele olhava ás chama do fogo . - Volte para a cama, Kate. Kate ainda ansiava abraçá-lo . Uma parte dela sabia que seria como estender uma mão para um leão voraz. Seus dedos muito facilmente podiam terminar mordidos. OH, mas como poder tocar a esse homem e não ser comida viva. Lentamente, abandonando seu medo, Kate levantou seus dedos para o pulso e tocou a munhequeira de couro que cobria as terríveis cicatrizes . Callum virou-se e a olhou . O coração de Kate se paralisou , estava por ser devorada. - Usa isso para recordar? -Não , as uso para esquecer. Kate fechou seus olhos com força , lutando por conter as lágrimas que estava por derramar por ele. Mas as lágrimas igualmente escaparam . Ela esperava que Callum a soltasse , mas ele girou sua mão até que sua palmas se encontraram . Logo ele fechou seus dedos ao redor dos seu . Seu contato era suave , muito suave. - Pare de chorar por mim . Isso não mudará meu passado. Mas ela desejava poder mudá-lo. Mas mais que isso, ela queria mudar o seu futuro. Queria que ele deixasse de lado seu ódio e... e o que? Kate mordeu seu lábio , mantendo seus olhos fixos em seus dedos. O que queria ? Por Deus ! O que lhe importava esse homem ? Ele era um MacGregor e ela era uma Campbell. Seu destino já estava escrito . Não havia nada que ela pudesse fazer para mudar isso. -Não quero sua compaixão.- A aspereza de sua voz só intensificou seu pedido. -Mas essa é minha decisão , meu lorde. Callum fechou seus olhos. Seus dedos se moveram sobre os seus, acariciando-os . Sua mão era tão pequena e tão suave.Deveria enviá-la de volta ao quarto antes de ficar completamente louco. Mas talvez a loucura seria um alívio bem-vindo se a comparasse com a escuridão que vivia constantemente dentro dele. Seu coração se suavizou quando a viu com a cabeça curvada. Ela parecia um anjo ajoelhado a seu lado pronta para lhe oferecer compensação por uma dor que ela não conhecia. -Talvez - ele murmurou, - deveria aceitar o que me oferece. Kate não entendeu o que ele quis dizer, mas recordou a emoção apaixonada por seus olhos antes que o hospedeiro os tivesse interrompido mais cedo essa noite. Kate tentou desprender sua mão , mas os dedos masculinos a seguraram mais firmemente. Kate se sentiu enjoada . Teve a sensação de cair por um dos precipícios das Highlands, e sua mão, tão forte e firme , era tudo o que podia salvá-la . -Assusta-me,- disse sem atrever-se a encontrar seu olhar.-E ao mesmo tempo me sinto mais segura com você do que com alguém que tenha estado em minha vida. Como pode ser? -Eu não te machucarei , Kate.- O timbre rouco de sua voz soou tão terno a seus ouvidos . Com uma respiração profunda, ela levantou a cabeça e deixou que seus olhos encontrassem os seus . -Então você gosta de mim?

Antes que ela tivesse uma oportunidade de proteger seu coração , o sorriso de Callum lhe tocou totalmente seu coração . Quase estava contente porque ele sorriu, muito estranha vez sorria , mas certamente nesse momento ela estava perdendo seu coração por ele . - Sim , eu gosto, Kate Campbell. Devo estar louco, mas eu gosto. - É verdade?- Kate lhe sorriu . Uma nova faísca de esperança iluminou os olhos de Kate. - Isto significa que se esquecerá da idéia de matar o meu tio?- Quando seu sorriso desapareceu e ele virou sua cabeça , ela apertou sua mão. -Eles nunca deixariam de te perseguir . - É tarde- ele disse e ficou de pé . -Partiremos com a primeira luz do dia , é melhor que durma um pouco. Ele a fez ficar de pé e seguiu seus passos enquanto ela ia para as escadas. Não tirava os olhos de cima dela . A cadência de seus quadris enquanto subia os degraus o distraiu. Ela era a neta do homem que tinha destruído sua vida. Não deveria sentir nada mais que desprezo por ela. Mas tinha desej de abraçá-la novamente. Desejo de lhe contar a respeito dos sonhos que ele tinha desistido anos atrás. Kate Campbell estava abrindo-se caminho em sua carne tão profundamente como as cicatrizes de seus pulsos e ele tinha que deter isso. Nunca permitiria que ela alcançasse seu coração como os grilhões frios e cortantes de Liam Campbell o tinham feito . Entretanto , quando ela se virou para olhá-lo por cima de seu ombro, sentiu que seu coração se acelerava. Kate entrou no quarto logo que iluminou primeiro e logo se voltou para ele enquanto Callum fechava a porta. -Callum, eu ... - O que ?- ele a olhou, observando a faísca de temor ela tentou esconder debaixo do véu de cílios escuros. Callum teve que usar toda sua força de vontade para não abraçá-la e beijá-la. Quando ela deu um passo para ele, Callum apertou os dentes e levantou sua palma. -Quer arruinar sua vida , Kate? Ela sacudiu a cabeça negando e ignorando sua tentativa de manter distância. - Eu quero conversar com você, quero te consolar dessas lembranças.. Seu sorriso era zombador, mas a dor que havia nele foi evidente em sua voz rouca. -Acho que não se pode fazer isso. Nem você poderia. Mas ela podia. Ela o tinha feito até esse momento . -Quando eu era pequena me disseram que o ódio era veneno.- ela moveu mais perto ainda , e seu aroma encheu seus pulmões. Ele apertou seus dedos em um esforço para deter-se de tomá-la em seus braços . -Posso ver a verdade dessas palavras agora.- Seus dedos tremeram quando ela os levantou para seu rosto, tocando-o, acariciando-o como se ele fosse uma besta que ela tinha intenção de acalmar.- Queria parar tudo isto antes que o matem. -Kate.- ele pronunciou seu nome como se lhe doesse . Tão concretamente como a espada dela havia perfurou sua coxa, seu olhar confiado fez com que Callum se esquecesse de seu sentido comum . Ele tinha sido um vilão portanto tempo, que já não sabia como era sentir-se qualquer outra coisa. Até que ela o olhou . - Não deveria preocupar-se por coisas de minha vida. Ela sacudiu a cabeça negando , e começou a ir para ele. -Mas o faço . As pontas dos dedos dele se fecharam ao redor dos seus, e ele a atraiu capturando sua cintura com o outro braço. Ele a elevou e a beijou. Capítulo 15

Seu beijo foi quente, apaixonado, sua língua de fogo explorando os cantos mais profundos de sua boca. Ele estava faminto e excitado e Kate sentiu uma onda de medo. Quando sua mão tomou suas nádegas e apertou sua virilha contra sua ereção , ela arqueou suas costas para terminar o beijo. Ele se inclinou sobre ela, levando seu corpo ainda mais perto. Sua respiração ofegante roçando sua garganta incrementou o medo dela. Sua mão desatando as cintas de seu vestido fez com que ela se esquecesse tudo exceto de senti-lo e cheirá-lo . Não queria pensar em conseqüências. Não lhe importavam as conseqüências. Seus seios ficaram exposto e Callum gemeu , tomando um em sua mão. O desejo cru em seu olhar quando ele interrompeu o beijo para levar seu mamilo a sua boca a fez sentir um anseio na zona da virilha, um anseio por algo que ela desconhecia. Um anseio que só ele podia satisfazer. Callum levou-a para a cama, estimulando brandamente seu mamilo até este ficasse ereto e tenso. Eles caíram sobre o colchão. Seu corpo cobriu o seu, mas seu peso não lhe incomodou . Kate novamente abriu sua boca para ele e afundou seus dedos em seu cabelo, trazendo-o mais perto enquanto ele a beijava . Suas mãos subiram seu vestido por cima de seus joelhos. Logo seus dedos deslizaram intimamente . Sua respiração era ofegante e carregada de desejo. Kate ficou rígida quando sua mãos roçaram a parte interna de sua coxa . Sua mão demorou ali enquanto ele apoiava a ponta de seu dedo polegar sobre seu sexo despertando sua paixão. O intenso prazer que sentiu fez com que ela apertasse e fechasse suas pernas . Ele as separou novamente com seus joelhos, e deslizou sua mão para sua nádega , e se colocou sobre ela. Kate sabia que deviam deter-se. Mas sentir sua ereção entre suas coxas era tão erótica e tão incrivelmente íntima que em vez de lutar, ela moveu contra o corpo dele. Callum grunhiu em seu ouvido e logo lhe sussurrou o que ia fazer lhe , com palavras que a fizeram ruborizar . Com um movimento final, Callum subiu suas saias em cima de sua cintura e se colocou emcima dela. Ele a olhou grosseiramente saborear enquanto sua mão levantava seu kilt e se fechava ao redor de seu falo. Seu olhar encontrou o seu um segundo depois que a ponta de seu membro inchado apareceu por cima do xale. Seus olhos se abriram enormemente , e ela correu para a cabeceira para afastar-se dele. Isso lhe deu um momento para considerar o que ele estava por fazer, e recordar o que seria da vida de Kate se o fizesse. Callum lhe baixou as saias com um puxão e se afastou dela. Kate não se moveu. Conteve a respiração enquanto Callum se sentava no extremo da cama e passava sua mão pelo rosto. Ela não tentou detê-lo quando ele abandonou o quarto, embora queria fazê-lo. Nunca tinha tido tanta intimidade com um homem antes, mas a pele de Callum, seus beijos , sua voz, tudo nesse homem a atraía . Cada nervo de seu corpo gritava por ele, para que não o deixasse ir. Mas ela tinha que deixá-lo ir . Não pelo sobrenome dele , mas sim pelo seu . Callum nunca a veria como algo mais que seu inimigo. Não estava zangada que ele tivesse tentado levá-la para à cama . Deus sabia que ela o teria deixado continuar se ele não se parasse. E tampouco podia culpá-lo pela raiva que o tinha afastado dela. Kate se perguntou , subindo a manta até seu pescoço e secando seus olhos, se Callum verdadeiramente a libertaria depois de que tivesse matado a seu tio. . Ele não a tocaria novamente, disso estava certa. Era melhor assim , ela pensou enquanto seu corpo

ansiava estar com ele. Maldição, mas o tamanho de seu falo a tinha assustado. Conhecia bastante sobre o ato de acasalamento porque criava ganho e também que ela poderia ter carregar um filho se ele não parasse . Como explicaria isso a seu irmão? Olhando fixamente o teto, ela tentou recordar como era sua vida antes que o Diabo MacGregor tivesse aparecido e tivesse mudado tudo. Era feliz vivendo no campo, cuidando das ovelhas e escutando as estórias de seu irmão sobre cavalheiros valentes e nobres? Sim, tinha sido feliz . Mas ela ignorava o desejo , a necessidade de ser beijada por um homem. Imaginou a tortura que seria viver com Callum no futuro, vendo seu rosto todos os dias e sabendo que nunca seria algo mais que um elemento de vingança. Realmente seria doloroso, mas ela estava disposta a sofrer isso. Pelo menos não seria tão doloroso como estar acorrentado a uma parede até que essa situação se tornasse tão insuportável que arrancar a carne das mãos fosse a opção melhor. Por Deus, o que sabia ela de dor ou de raiva? Nada! Secou o nariz, e se acomodou no colchão suave debaixo dela. Os homens maravilhosos que tinham passado por sua vida lhe tinham ensinado a lutar. E este não era momento de render-se . Tinha que ganhar domínio sobre sua atração por Callum MacGregor. Pois não importava quanto ele a menosprezasse , ela nunca o odiaria novamente. E ia fazer que ele deixasse de odiá-la , embora isso a matasse. Capítulo 16 Quando Kate despertou na manhã seguinte , ainda estava sozinha no quarto. Seu pulso se acelerou quando se sentou na cama e olhou o lugar vazio diante da chaminé . Callum não havia voltado . Ele se foi ? A teria deixado sozinha ali ? Levou Graham e aos outros a sua propriedade sem ela? Kate percorreu o quarto pequeno com seus olhos enquanto seu coração pulsava loucamente em seu peito. Sabia que Callum não queria sua companhia, mas ele não a abandonaria neste . . . bordel? Deslizou a manta fora de seu corpo e saiu da cama. A palha que cobria o piso lhe cravaram nas solas dos pés enquanto cruzava correndo o quarto para ir para os portinhas da janela. A luz do sol golpeou seus olhos lhe esquentando o rosto e o cabelo. Ouviu gritos de homens debaixo da janela e se inclinou para fora para ver melhor. Quando viu Callum e a seus homens, o alívio a invadiu . rodie e Angus estavam empacotando provisões nas alforjas de couro enquanto Jamie inspecionava um pedaço de terreno coberto de cardos cor púrpuras. Não pôde evitar de contemplar Callum enquanto se inclinava para selar seu cavalo. Maldição, quanto mais o olhava, mais bonito o via . Era um guerreiro rebelde, ela decidiu , olhando-o, e embora ela era o objeto de seu desprezo, e não posso evitar admirar sua firme determinação de manter seu sobrenome vivo. Certamente até Robert veria honra em sua luta. Quando ele virou e olhou para a janela, ela o saudou . -Planeja dormir todo o dia ?- lhe gritou com o cenho franzido , ao que Kate era já estava se acostumando . Ela decidiu ignorar o que tinha acontecido entre eles a noite anterior. Ele não a tinha tomado , então nenhum dano tinha sido causado. Era melhor que ambos apagassem esse episódio de suas mentes. Sem dizer uma palavra, Kate desapareceu da janela, penteando com seus dedos seu cabelo, e

tomou o xale de uma cadeira . Em segundos descia correndo as escadas e saía pela porta. -Bom- dia - ela saudou, levantando sua cabeça para Callum quando o alcançou, e logo ruborizando-se intensamente . Como se fosse tão fácil apagar o episódio da noite anterior... Uma brisa voou uma mecha de seu cabelo escuro sobre seu rosto. Callum não fez nada para tirá-la , o que fez Kate fazê-lo ela mesma. Callum a olhou fixamente por um momento, o tempo suficiente para que ela sentisse que se derretia .Ele possuía a confiança para conquistála , o poder intoxicante para seduzi-la, e a força para resistir fazer as duas coisas -Comprei um cavalo para você. Sabe montar?- ele perguntou . - Sim .- Kate sorriu . – É uma pena que agora não vou poder dormir enquanto cavalgo. Callum ficou parado ao lado do cavalo e observou o balanço suave de seus quadris enquanto ela caminhava em direção a Jamie e seu novo cavalo. Um momento depois Callum insultou entre dentes e foi atrás dela. - Já está selado - ele disse, aparecendo detrás dela . - Fiz isto enquanto e você dormia . -Ah, muito obrigado .- Kate virou-se e lhe dedicou outro sorriso terno. - É um bom cavalo .- ela levantou suas mãos sobre a montaria para subir mas mãos fortes tomaram sua cintura e a levantaram . Seu coração se sacudiu com a suavidade de seu contato. Uma vez acomodada , ela o olhou . Algo tinha mudado em sua expressão. Ele estava olhando-a com tanto desejo que ela mordeu seu lábio com tanta força que quase o fez sangrar. Segundos passaram , e ele não se afastou dela. Seus olhos revelavam que ele desejava tocá-la , não cruelmente, a não ser curiosamente, meigamente. Podia estar equivocada em relação à razão pela qual saiu do quarto na última noite? -Ontem à noite . . .- Callum apertou sua mandíbula e então começou novamente. -Eu não estava pensando claramente . Kate piscou , logo se forçou a que seu sorriso permanecesse em sua cara . -É obvio, eu tampouco . E então, tão de repente como suas emoções tinham aparecido em seu rosto, elas desapareceram uma vez mais e ele se afastou . Ao lado deles, Jamie observava a cena com surpresa, e logo sorriso significativo se desenhou em seus lábios . Graham finalmente saiu da estalagem alguns segundos mais tarde com outra moça pendurada em seu braço. Despediu-se dela e se uniu a Callum, ignorando o olhar feroz que seu amigo lhe lançou por chegar atrasado. A tropa viajou pelo resto do dia com suas alegres canções ecoando nos vales e lagos. Havia muito bom humor entre os homens enquanto voltavam para seu amado lar , e Kate não pôde evitar sentir-se divertida com essa alegria. As terras se faziam mais bela com cada milha que eles percorriam. O ar estava perfumado pelas urzes e as lilás . Mas a imagem que mantinha Kate fascinada era a das largas costas de seu salvador alguns metros diante dela. Parecia que a cada trinta segundos , Callum se virava para olhá-la e assegurar-se que ela ainda cavalgava no grupo . Ela pensou em montar ao seu lado para lhe economizar essa tarefa mas decidiu que gostava de muito do fato que ele estivesse preocupado por uma possível fuga dela . Graham começou a cavalgar ao seu lado e explicou a Kate a história de como os MacGregors tinham ido viver na Ilha da Névoa. -Encontramos uma vida mais pacífica em Skye. Nem sequer os Campbells tem o trabalho de

viajar até lá para nos perseguir . Depois que Callum escapou da prisão de seu avô, ele fugiu para essa ilha e foi recebido pelos MacLeods, pelos MacKinnons e os MacDonalds. Muitos deles o ajudaram a construir Camlochlin. Quando soubemos onde estava ele , alguns de nós deixamos nossos lares e fomos viver com ele para lutar a seu lado. Kate tirou uma mecha de seu cabelo de seus olhos e estreitou seu olhar nas costas de Callum . - Acha que ele parará de matar Campbells? - Ele já o tem feito , moça.- Quando ela olhou para Graham, lhe piscou um olho . - É um começo, não acha? Na manhã seguinte , eles viajaram para Gleneg, em direção à ilha de Skye, cruzando o estreito de água , de navio. O capitão , Seamus MacRae, era um homem magro de estatura média e com cabelo escuro. Sua risada era rápida e enérgica . Claro que isso podia ser atribuído aos três goles de uísque que ele tomou ao começo do cruzamento . - Trouxe uma esposa desta vez, MacGregor?- O capitão gritou por cima de seu ombro para onde Callum estava conversando com Graham. -Ela te dará lindos filhos - ele se inclinou para estudar Kate de mais perto . - Sim, é bela realmente. Os olhos de Kate procuraram velozmente Callum quando ele se endireitou e começou a caminhar em direção a eles. OH, como Kate desejou que seu sobrenome fossem diferentes. Um rubor subiu a suas bochechas com a idéia de estar casada com um homem tão bonito . Sua vista observou cada detalhe desse esplêndido homem. Não era um diabo, a não ser um homem em cujos braços ela encontraria calor e amparo. Um homem cujos beijos a faziam esquecer quem era ele , cujo sorriso era mais glorioso que o de Lúcifer, e muito escassos também. -Ela não é minha esposa, MacRae,- Callum anunciou ao alcançá-los . -Tirei-a de sua casa contra sua vontade, e levo a evidência de sua captura em minha coxa.- ele levantou a ponta de seu kilt emcima de seu joelho e expôs sua ferida. Ele sacudiu a cabeça quando o capitão ficou pálido e a olhou boquiaberto. -Ela é uma bruxa do demônio ! E se eu fosse você ... — seu olhar se obscureceu com uma advertência — ...não posaria meus olhos nela. -Como quizer.- Seamus deu um passo atrás , ainda incapaz de acreditar que uma simples moça tivesse infligido essa ferida ao poderoso chefe do clã MacGregor.- Tenho uma corda larga se precisar. - Sim- Kate atacou com os seus olhos ardentes.- Imbecil! Poderia se enforcar com essa corda ! Sua réplica zangada ganhou um sorriso lento e devastador do chefe do clã MacGregor. -OH, ela tem pávio curto - Seamus MacRae riu e se virou - Deixarei esta moça para você , Diabo. Alguns poderiam dizer que merece isso. Quando eles ficaram a sós , o sorriso de Callum se aprofundou , fazendo Kate estremecer de alegria. -Está aprendendo bem , Kate. -Aprendendo o que? - Embora sua pergunta foi curta, ela suspirou resignada pouco depois que tinha perguntado isso. - Que cada segundo que passar com esta bruxa do demônio é um sacrifício que tolera pelo sobrenome MacGregor? Callum abriu a boca para falar, mas Kate o interrompeu, levantando sua mão . -Planeja declarar seu ódio a mim para toda a Escócia? Ela se virou , deixando Callum olhando fixamente seu perfil. O vento jogava seus cachos de cabelo escuros sobre seu rosto, obrigando-o a levantar sua mão para sua bochecha. Quando

as pontas de seus dedos tocaram sua pele , a necessidade de tocá-la mais quase o dobrou em dois . -Kate.- ela inclinou a cabeça, colocando seu rosto sobre sua palma, e fechou seus olhos. -Não há uma só parte de mim que te odeie.- Um sorriso se desenhou em seus lábios quando ela abriu os olhos novamente, mas seu olhar era sombrio .-Mas sua vida depende de que me odeie.- Ele percorreu a curva de seu queixo com seus nódulos . -Ou pelo menos , de que convença aos outros que me odeia .

Capítulo 17 - Como não é uma simpatizante? Robert Campbell deixou caminhar impacientemente e observou a seu tio ficar de pé de um salto, do outro lado da mesa estreita , e tomar pelo pescoço ao homem que tinha falado . -Minha sobrinha não é uma simpatizante - Duncan lhe disse bruscamente . O homem sacudiu a cabeça se desculpando,e esfregou o pescoço depois que o conde o soltou . Robert continuou caminhando no grande salão de Hugh Menzie. Ele passou seus dedos pelos cabelos escuros caindo sobre sua testa. Ele lançou um olhar frustrado a seu tio, que estava apoiado uma vez mais em uma das três mesas largas. Nem Duncan nem o grupo dos Menzies que compartilhavam a cerveja prestou atenção a Robert . Tinha passado duas semanas desde que os MacGregors tinham seqüestrado a sua irmã, e eles não estavam mais perto de encontrála do que tinham estado no dia que ela tinha sido capturada. Eles tinham reunidos homens de Breadalbane e de Rannoch. Agora tinham suficientes homens para enfrentar os MacGregor . Robert recordou que seu tio e esse lorde tinham enviado quase todos os homens de volta a seu castelo. Ele agora viajava com apenas quatro homens. E tinham que encontrar os MacGregors antes que eles voltassem para sua ilha . Mas Hugh Menzie, lorde do clã dos Menzie, tinha notícias para o Conde de Argyll, e por isso Robert se encontrava nesse momento, murmurando insultos. Não lhe importava . -Tio! -" ele endureceu seus braços sob os quadris .-Tio!- ele o chamou mais vigorosamente quando ninguém lhe prestou atenção. -Devo insistir em irmos daqui imediatamente para retomar nossa busca .- ele quase vacilou com o brilho assassino nos olhos de seu tio.-Sabemos tudo o que precisaremos saber ,-Robert continuou, recusando-se a ser movido de idéia. Ele já se acovardou uma vez quando tinha enfrentado pela primeira vez a Callum MacGregor, e isso poderia lhe haver custado a vida de sua irmã. -O diabo atacou e matou a sete membros da família de Lorde Menzie só algumas noites atrás. Devemos persegui-lo enquanto seus rastros ainda estão frescos. -O rapazinho tem razão !- o homem com cabelo cor de carvão concordou. Outro o seguiu, apoiando com um golpe sua caneca na mesa e ficando de pé . Os lábios de Duncan se curvaram em um sorriso que lançou a seu sobrinho antes de levantar sua caneca para os outros. - Vamos partir, então . As esperanças de Robert de achar ao Kate começaram a fraquejar dois dias mais tarde quando eles não encontraram nenhuma evidência para mantê-los atrás do rastro de Callum . Como os MacGregors tinham desaparecido sem deixar pistas? Nenhum dos homens que

viajavam com ele e seu tio sabia onde ficava a fortaleza do Diabo . Podia estar a léguas de distância , ou só além da próxima colina. Inspecionando as cúpulas rochosas a seu redor , Robert não posso evitar se perguntar se eles não estavam sendo observados. Ele e seu escasso exército de quarenta homens poderiam sobreviver a uma emboscada de cinco MacGregors ? Pois justamente esses cinco MacGregors não haviam matado cinqüenta homens de Duncan no vale Orchy? Ninguém os ajudaria se fossem atacados. Os Highlanders que eles tinham interrogado no caminho não lhes haviam dito nada. Inclusive aqueles que o conde tinha golpeado e ameaçado enforcar tinham assegurado não saber nada de Callum MacGregor. Se a vida de sua irmã não estivesse em jogo , Robert teria admirado semelhante lealdade. Os Highlanders não pareciam odiar ao Diabo MacGregor , a não ser a seu tio. E pelo que Robert tinha presenciado até esse momento , eles tinham boa razão para lhe temer . Quando Graham Grant lhe tinha contado pela primeira vez sobre o encarceramento de Callum MacGregor no calabouço de seu avô, Robert tinha se recusado a acreditar. Ele mal tinha conhecido Liam Campbell, pois seu pai estranha vez os levava a Inverary. Mas Robert estava certo que nenhum homem de seu clã podia ser tão vil. Mas depois que tinha presenciado como seu tio interrogava os Highlanders, ele não já estava tão seguro. Sim, Robert sabia que Duncan Campbell era um guerreiro. O conde lhe tinha recordado isso muito freqüentemente quando Robert era um menino. Não havia nenhuma vergonha em derramar sangue pelo bem do clã e do país . Mas onde estava a honra de torturar a compatriotas porque eles não lhe davam as respostas que ele desejava ? Uma vez que Kate fosse devolvida a eles certamente, haveria muito que considerar a respeito de estar ao serviço de seu tio. Tanto quanto Robert odiava admitir isso, talvez ele não tinha nascido para a fria e desumana arte de guerrear . Certamente tinha sido enganado muito facilmente por um traidor, Grant. Maldição, por que não tinha suspeitado que havia algo estranho quando Grant lhe informou que o Diabo tinha capturado o seu tio ? Como nenhum outro Campbell, Graham tinha demonstrado saber muitos sobre as batalhas de séculos dos Campbell contra os MacGregors. Robert se perguntava agora se não tinha sido a inflexão sutil de admiração na voz de Graham o que quase o tinha convencido de admirar ao clã proscrito. O homem que tinha fingido ser um familiar dos Campbell não tinha negado que um Highlander chamado o "Lorde da Névoa" tinha massacrado a guarnição de Liam Campbell. Mas ele tinha afirmado saber com certeza que o lorde não tinha matado seu avô, embora Graham lhe havia dito que ele teria tido o direito de fazê-lo. Robert tinha considerado estranho nesse momento ouvir esse discurso sem preconceptos por parte de um Campbell, mas Graham lhe tinha assegurado que sua família de Breadalbane não guardava ódio dos MacGregors. Deveria haver perguntado a Graham como sabia que a história do calabouço de seu avô era verdade. Mas não... não tinha suspeitado nada e tinha deixado que os soldados de Kildun cavalgassem diretamente às espadas de seus inimigos. Um suor frio cobriu as costas de Robert, pois inclusive agora, a lembrança do que tinha acontecido a seguir . Ele o tinha deixado vivo e o tinha levado diante do guerreiro que o tinha feito cair na armadilha dessa batalha. Sobressaltado , ele tinha se virado para ver que o homem que segurava seus pulsos era Graham. Robert tinha lutado contra essa amarra , até que havia sentido a ponta de uma espada MacGregor em sua garganta. Mas não foi esse metal morno e molhado sobre carne que deteve seus movimentos, e quase seu coração. Foi a

intensidade com que MacGregor o queria ver morto. Tinha estado claro em seus olhos, no grunhido frio que escapou de sua boca. - Me diga onde se esconde Argyll antes que te corte a cabeça. Detrás dele , Graham falou rapidamente, levando a atenção do chefe do clã de novo para ele. Ele falou a princípio em galês , fazendo a expressão do Diabo MacGregor se obscurecer , logo lhe informou que o conde tinha ido ao vale Orchy, à casa de seu irmão morto. Robert teria preferido que o matassem em vez de amarrá-lo ao portão e abandoná-lo vivo para contemplar o que eles fariam a Kate quando a encontrassem . Tinha sido sua culpa. Ele a tinha deixado. Tinha estado muito ansioso por converter-se em um cavalheiro do reino. Tinha que encontrá-la . Rezou para que sua irmã ainda estivesse viva, apesar da convicção de seu tio, do contrário. Kate tinha que estar viva, de outro modo nem a honra nem Deus o deteria de matar o Diabo . Capítulo 18 Kate cavalgava ao lado de Callum enquanto viajavam pela Kylerhea para a passagem de Bealach Udal. Ela escutava enquanto Jamie, cavalgando alguns metros mais adiante, assinalava a cúpula escarpada de Beinn em Caillich e as ervas e narcisos selvagens amarelos , laranjas que cresciam ali . Os narcisos amarelos eram os favoritos de Maggie, lhe contou , assim que Kate o alcançou. -Tentei encontrar uma flor tão exótica como ela, mas minha busca foi inútil . O coração de Kate se comoveu com essa galanteria tenra .-Margaret MacGregor deve ser uma dama muito bela para despertar semelhante ternura em um homem,- lhe disse , desejando que ela soubesse como fazer isso . -Uma dama!- Brodie bufou a sua direita. -Maggie é um demônio como seu irmão, o Diabo. A expressão de Jamie imediatamente ficou séria. Deu aos flancos de seu cavalo um chute forte que o levou a ficar diretamente diante de Brodie. -Considero isso uma ofensa! Ela é tão inocente como um cordeiro recém-nascido. Brodie somente olhou em direção ao céu , e depois para Kate. -O protetor do pequeno demônio. Alguns pensam que ela é um pouco introvertida por todos esses anos de dor, mas eu te digo, cruze em seu caminho e ela terá uma língua tão afiada como a minha espada. -Desça de seu cavalo! - Kate ouviu a demanda de Jamie e a risada subseqüente de Brodie enquanto que ela girava para seguir Callum quando ele passou ao lado deles . O lorde tinha subido ao alto de uma colina e estava observando a paisagem quando Kate o alcançou. Ela surgiu lentamente, hipnotizada pela imagem perfeita de um rei da antigüidade endurecido pelas batalhas voltando para casa a seu reino. - Sua irmã tem um campeão e um protetor . Callum sorriu , assombrado por suas idéias fantasiosas e determinado a liberar a delas enquanto virava para examinar Jamie por cima de seu ombro- É seu dever cuidár dela, nada mais. OH, Callum estava tão concentrado em uma coisa que falhava em ver algo tão óbvio quanto um de seus homens estar apaixonado por sua irmã? Ou ele simplesmente já não podia reconhecer o amor ?

-Meu tio sabe onde fica o seu lar ? - ela perguntou quando subiram a próxima colina . - Não nos escondemos . Se Argyll quer me achar, é muito fácil . -E espera que o faça . Por mim. - Quando ele assentiu com a cabeça , ela lançou um suspiro . -Que pena, seria tão agradável estar aqui sem ele. Callum lhe lançou um olhar confuso . - O que foi? - Fala de um modo de fazer que as coisas significantes não pareçam ...importantes para nada . -Refere a nossos sobrenomes ?- ela perguntou com um encolhimento de ombros. -Os sobrenomes são tão importantes como os outros os consideram . Eu me recuso a perder um segundo mais de minha vida temendo as conseqüências de me associar com você. Acreditará que eu não me assusto facilmente. Ao lado dela, Callum sorriu , sabendo que sua declaração era verdade. -Tomemos seu exemplo. Meu tio tentou desesperadamente me fazer temer ao terrível Diabo MacGregor, eu apenas dediquei um pensamento. - Um pensamento?- ele lançou um sorriso encantador que perturbou seus sentidos. -Apenas um .- ela se esforçou por manter sua compostura e lhe ofereceu sorriso provocador . -Claro, que eu não te conhecia ainda. -E agora que já me conhece, considera-me merecedor de mais de um pensamento ? Ela se ruborizou , odiando-se por isso. -Penso em você de vez em quando, admito. Seu sorriso se suavizou em um sorriso tão íntimo e tão surpreendentemente sensual que a boca do Kate se secou . Ela lambeu seus lábios . Os olhos de Callum seguiram o caminho de sua língua. Sua expressão se obscureceu com desejo. Queria beijá-la e ela também o queria . Deus querido, Kate sabia que o aceitaria de boa vontade se ele só fizesse o pedido. Maldição ! Ela queria saborear sua boca, seu fôlego . Queria estar em seus braços novamente, sentir sua dureza contra seus seios, suas mãos hábeis segurando-a , explorando-a, acariciandoa enquanto lhe dizia . . . - Há muitas pessoas em Camlochlin? - ela perguntou, empurrando para fora de sua mente a tola idéia de que ele algum dia gostaria dela. - Há gente suficiente.-ele a observou guiar seu cavalo por uma ascensão abrupta , assegurandose que seu cavalo não patinasse . - Há mais de nós em Rannoch. Mas Kate não o ouviu. Do alto, seu olhar abrangeu um panorama cativante de um lugar que parecia fora deste mundo. Cordilheiras negras, cúpulas dentadas envoltas em névoa chapeada, um horizonte infinito como se tivesse sido pintado por um artista louco disposto a intimidar os visitantes . Ela poderia ter estado olhando a ilha sagrada do lugar do enterro de Arthur Pendragon, pois Skye parecia um lugar infinito, antigo e intacto. -É o céu - ela disse em uma respiração ofegante , não querendo mover-se dali, não querendo deixar esse lugar nunca mais. -Não , mas é o mais perto que eu chegarei a estar do céu . Ela virou para ele . - Não pode esquecer suas obsessões nem sequer aqui ? Ele sacudiu a cabeça e continuou para frente . - É aqui onde há a lembrança. Eles viajaram pelo resto do dia em silêncio, exceto pela voz de Angus enchendo o ar com canções das Highland e Brodie gemendo.

Quando passaram pela pequena aldeia de Torrin, a cordilheira negra—ou as Cuillins, como Jamie as chamava — pareceram mas próximas , uma força da natureza tão severa e inflexível como o chefe do clã MacGregor. Deram a volta ao redor do lago Slapin e seguiram o caminho que os levava diretamente à montanha . Kate duvidava que nenhuma imagem pudesse ser mais esplêndida de que a tinha visto no vale Arroch. Mas estava equivocada. Cada passo que avançavam era mais traiçoeiro que o anterior , mas só a paisagem valia a pena correr o risco . Seguindo Callum de perto, tomaram outra curva, em cujo extremo Kate se viu forçada a deter-se. Tinha certeza que eles tinham chegado ao fim do mundo ou ao começo dos tempos . O horizonte era uma obra de arte cinzelada à mão , escuras cúpulas rodeadas de névoa. Seu coração se comoveu com a solidão intensa dessa paisagem tão selvagem. Quem podia sobreviver aqui, e quem poderia sobreviver sem ele uma vez que o tinha visto ? Eles continuaram o caminho enquanto o aroma e o sabor de sal enchia suas fossas nasais e o som de ondas chocando mais abaixo soava como música na brisa úmida. Essa terra era tão tumultuosa como o mar e do mesmo modo perigosa, cheia de cúpulas e grutas cobertas de musgo e declives escorregadios que prometiam uma morte segura se dessem o passo errado. Finalmente os precipícios desapareceram , deixando o grupo sobre uma crista esverdeada . Justo debaixo deles se viam pântanos rodeados por novelos de lavanda . As ovelhas pastavam no vale iluminado pelo sol, e o gado convivia em meio de acolhedoras cabanas de teto de palha pulverizadas no toalha de mesa do pasto. Para o oeste do vale, um grande lago desenvolvia suaves espumas que chegavam a uma praia onde algumas crianças brincavam. -O Castelo de Camlochlin.- Callum freou seu cavalo mais perto de Kate e assinalou mas abaixo no vale. A fortaleza deve ter sido construída com as mesmas pedras da montanha que ficava detrás dela , pois a fortaleza se mesclava na paisagem tão perfeitamente que Kate duvidava que a tivesse notado se Callum não a tivesse apontado . Kate queria avançar e entrar nessa terra vasta e isolada que Callum chamava de seu lar. Os homens não se moveram e justo quando ela ia perguntar lhes por que não corriam para sua casa, o sol começou a descer. Os raios dourados foram capturados pela névoa sobre as montanhas. O céu estalou em chamas cor bronze e amarelo. Os reflexos dourados caía sobre o lago , convertendo o branco da espuma em uma cor rosada. -Quero ir lá, - Kate lançou um suspiro de desejo, logo virou-se para Callum. -Agora. Callum sustentou seu olhar nela e se assombrou com o modo em que ela erodia suas defesas. Nunca tinha pensado em trazer uma mulher ali para compartilhar sua vida. Ele não tinha tido nem tempo nem coração para esse tipo de fantasias . Mas se alguma vez lhe cruzasse a idéia de tomar uma esposa, ela seria uma mulher que amasse seu lar e suas terras tanto como ele o fazia . Uma mulher que pudesse ver mais à frente do véu inflexível da natureza e pudesse apreciar a beleza de uma terra que falou só com o coração. Uma mulher que pudesse ver algo bom nele debaixo da besta em que ele se converteu . Callum reprimiu as fantasias indesejáveis que Kate Campbell despertava nele, mas elas voltaram com toda a sua força quando lhe sorriu e logo esporeou seu cavalo a um ritmo de galope . Os homens a seguiram pelo abrupto declive, Callum observou Kate correr em direção a sua

casa como se fosse seu próprio lar . Com seus olhos fixos em seu castelo e seus calcanhares esporeando seu cavalo correu para unir-se ao grupo . Em segundos ele passou Kate e a seus homens como se eles tivessem feito uma pausa para admirar a paisagem. A celebração por seu retorno começou inclusive antes que Kate e os outros alcançassem o castelo, quando Angus tirou um odre com uísque e , em um gesto incomum de generosidade, distribuiu-a no grupo . Depois de um gole da potente bebida , Kate se estremeceu até os joelhos, logo fixou seus olhos no lorde de Camlochlin. Ele tinha freado um pouco antes de entrar e voltou seu cavalo para os outros, seu sorriso largo e belo , e seu cabelo comprido flutuando sobre seus ombros. Havia felicidade na vida de Callum, e essa felicidade estava ali. Kate se sentiu agradecida por isso. Ela queria ser parte dessa felicidade. Sim, Callum se sentia feliz de voltar para sua casa, mas foi a alegria nos olhos de Kate e a ternura de seu sorriso o que o agradou mais. Tinha vivido sua vida com um único propósito, vingar o que tinha acontecido a ele, a seu clã, e a sua irmã. Odiava aquilo no que ele se converteu —até que se viu através dos olhos de Kate. Callum repelia as lembranças que o assolavam, mas com apenas olhar para Kate ele os esquecia. A princípio tinha lutado contra esse efeito porque ela era uma Campbell. Logo ele tinha lutado porque ela nunca poderia ser sua . Maldição, deixá-la só naquela cama da estalagem quase o tinha enlouquecido . Mas eles estavam longe do mundo agora, longe da lei . De algum jeito ela tinha chegado a significar para ele algo mais que uma vingança, algo mais que um acasalamento rápido para extinguir a necessidade sexual . Seu coração ansiava a redenção que lhe oferecia . O corpo lhe doía de tanto desejar tê-la em seus braços. Examinou por cima de seu ombro o perfil de Camlochlin. Seu refúgio. Mas tantas coisas estavam faltando em sua vida que não tinha idéia de como as encontrar e ser um homem inteiro novamente, ou se isso era possível. Ele era um marginal, um assassino, um monstro. Mas Kate Campbell via algo mais. Ele sacudiu as rédeas. Quando a alcançou, inclinou-se sobre a montaria , enlaçou seu braço ao redor de sua cintura, e a levantou para colocá-la sobre seu colo. Não lhe deu nenhuma explicação quando olhou a profundidade de seus olhos interrogativos. Só acariciou o contorno suave de sua bochecha, logo deslizou sua mão sobre sua nuca e inclinou sua boca para a sua. Ela não resistiu . Callum sabia que ela não o faria. Seus lábios se separaram em um suspiro de doce rendição.Sua língua entrou profundamente e intimamente em sua boca, saboreando-a e deixando-a saboreá-lo em retorno. Afundando sua mão em seu cabelo, ele fez girar sua cabeça enquanto a trazia mais perto dele . A beijou com eficácia até que ela se relaxou em seus braços. Callum levantou sua cabeça e deslizou seu olhar por seu rosto glorioso enquanto lhe sorria . E nesse instante soube que não era só com seu coração que ele devia ter sido mais cuidadoso. Capítulo 19 Callum não pôde evitar sorrir quando entrou em Camlochlin com Kate apertada em seu braço. Ele deveria estar zangado com Angus por lhe haver dado esse veneno de Gillis, mas gostava do modo em que ela se apertava contra ele. Sabia que ela se agarrava para evitar cambalear-

se , pois o uísque era realmente potente. Mas sua posição funcionaria para aliviar algo da tensão que certamente ia surgir quando contasse aos habitantes de Camlochlin quem era ela . Observou os escudeiros e os vassalos apressando-se para ajudar a desmontar a seus homens . Em algum lugar próximo, os banhos já estavam sendo preparados para lavar semanas de sujeira e pó , Callum ouviu o Velho Keddy, o cozinheiro gritando a uma dúzia de galinhas gordas que seriam sacrificadas para a celebração do retorno do lorde . A esposa de Brodie, Netta, gorda pela gravidez , veio descendo lentamente uma escada larga e quase saltou nos braços de seu marido. Graham foi recebido com beijos pelas filhas gêmeas de Rabbie , o curtidor, Glenna e Lizabeth. Callum absorveu as imagens e os sons de seu lar como um homem sedento . Ele conhecia os rostos de cada homem, mulher, e criança que o saudavam. Aromas familiares de pescado defumado e cera de abelha perfumadas encheram seu nariz. Respirou fundo, deixando que esses aromas tranqüilizassem seu espírito inquieto. Sim, era o céu. Seu olhar foi para Kate. Não seria o céu para ela. Quando sua família soubesse que ela era uma Campbell, e nada mas que uma prisioneira para ele, eles a tratariam descortésmente . Alguns inclusive poderiam tentar lhe machucar. Com esse pensamento, seu coração se oprimiu com a necessidade de proteger e cuidar o que era dele. Mas ela não é sua, sua mente lhe recordou . -Quem é a moça, meu Lorde?- Alguém gritou . Melhor terminar com isto rápido! Callum pensou, inconscientemente empurrando Kate mais perto de seu corpo . -Esta é Katherine Campbell,- ele gritou de modo que todos pudessem ouvir. As pessoas deixaram de fazer o que estavam fazendo e giraram para ele, alguns já sussurravam. A expressão de Callum foi dura. -Ela não será machucada aqui, compreendido? O murmúrio logo se aquietou, mas haviam muitas perguntas. Callum sentiu que Kate se deslizava contra seu braço e se perguntou se ela estaria consciente de que todos os rostos a olhavam fixamente. -Capturou-a em sua casa, Lorde? - O que planeja fazer com ela? Merda! Ela sabia o que estava sendo dito, Callum se deu conta quando ela levantou a cabeça da curva de seu braço. -Ela parece retardada. É muda ? - Não ,- Callum respondeu brevemente enquanto delicadamente colocava sua mão sobre a boca de Kate. Ele sentiu a tensão de seus ombros e soube que ela estava por demonstrar a seu clã o pequeno demônio temerário que era. Nenhum Macgregor gostaria de ser insultado, especialmente por um Campbell. - Ela está um pouco bêbada. De repente ele retirou sua mão de sua boca como se tivesse sido queimado. -Cristo! , quase me arranca o dedo!- gritou a ela . -Ela o mordeu !- Alguém gritou . Uma dúzia de homens avançou pronta para proteger a seu lorde. O resto simplesmente ficou boquiaberto. -Quietos! - Brodie advertiu , parando-se frente aos homens antes que eles alcançassem Kate. - Não é primeira vez que ela o machuca , e estou pensando que tampouco será a última. - Sim .- os olhos de Kate perfuraram Callum. -E se ele me amordaça novamente ...— ela fez uma pausa para levantar seus dedos para seus lábios e arrotou — ... farei algo mais que

mordê-lo . -Ela é uma moça atrevida - uma habitante disse entre a multidão . - Vai tomar esta Campbell, Lorde? - Não , não o farei -Callum gritou por cima da súbita multidão de vozes insatisfeitas. -Claro que não o fará - Kate respondeu por sua vez .- Eu já estou comprometida com um homem adorável. - lançou a Callum um sorriso atrevido quando lhe franziu o cenho . - Um homem adorável ? - inclusive Angus tinha algo que perguntar . - Ele é um inglês - Callum explicou. - Eu o amo! Callum realmente não sorriu ao clã, pois seu olhar se turvou grandemente com o anúncio de Kate. - Bem, então eu estarei contente quando seu irmão vier buscá-la.- Callum não lhe deu oportunidade para responder mas sim chamou uma da moças penduradas no braço de Graham. -Glenna, leve-a a um quarto. Ele observou como Kate reticentemente deixava a entrada , olhando-o por cima de seu ombro para lhe lançar olhar feroz mais de uma vez . Maldição, ela estava absolutamente zangada . Callum sorriu . Brodie riu em voz baixa enquanto Angus fazia com que a multidão se dispersasse e logo se dirigiu à leiteria. Callum observou enquanto as pessoas voltavam para seus deveres . Não a viu entre os rostos, então virou em direção às portas para procurá-la no celeiro. -Irmão? Ele ouviu sua voz suave detrás dele e seu coração diminuiu a velocidade dos batimentos quando se virou. O corpo de Margaret MacGregor era miúdo, quase frágil comparado com a força muscular de seu irmão. Suas costas estava ligeiramente curvada. Seu cabelo negro despenteado e salpicados com palha. -Olá, linda .- Callum se curvou ligeiramente para sua irmã. Quando ele se endireitou um momento depois , seus olhos percorreram o alto de sua cabeça. - Vejo que esteve dormindo no celeiro outra vez. Ela não devolveu seu sorriso, mas Callum sabia que ela estava contente de vê-lo pelas lágrimas que brilhavam nas pontas de seus cílios largos e escuros . -Encontrou-o ? -Não - Callum lhe disse , sabendo a quem se referia ela . - Ele fugiu . Margaret sacudiu a cabeça e coçou seu pequeno nariz sujo . - Por que a trouxe aqui ? -Ela é sobrinha dele. Sua irmã olhou para as escadas , ponderando suas palavras. Depois de um segundo ela cravou seus enormes olhos azuis ele, sabendo a razão. -Então ele virá aqui . Callum assentiu com a cabeça e desviou o olhar . Pois ela veria quem era verdadeiramente ele . Margaret tinha visto no que se ele tinha convertido quando tinha entregue sua alma para tirála daquele inferno ! Ela odiava a idéia de que seu irmão matasse alguém , inclusive a um Campbell. - Isto terminará com ele, Maggie. Ela levantou uma mão para o rosto dele e a outra mão para secar as lágrimas que corriam por

suas próprias bochechas. -Não , isto terminará com você ,-ela disse, secando seu rosto. Callum tomou sua mão e a beijou . Ele não se deu o trabalho de lhe explicar o que queria dizer. Quando Argyll estivesse morto , ele deixaria de lutar contra os Campbells. Explicaria-lhe isso mais tarde. -Jaime novamente esteve recolhendo flores para você - ele disse, querendo melhorar seu humor . Enlaçou seu braço e a levou para o grande salão . -Quando o vi pelar última vez, ele estava indo para o seu quarto com um montão de narcisos. Esses que são seus favoritos, - ele a provocou e foi recompensado com um cenho franzido de sua irmã. -Sabe que os narcisos não são meus favoritos , Callum. Por que não lhe disse que minhas favoritas são as orquídeas? - Porque as orquídeas não cresce bem no norte. - É por isso que são minhas favoritas. São tão delicadas. - Como você,- Callum disse, sorrindo . Margaret curvou seus lábios pícaramente . -Que flores escolheria para o Katherine Campbell? Callum bufou. - Não escolheria flores para ela . - Mas deixou que ela te mordesse .- Maggie o olhou , logo o interrompeu quando ele abriu a boca para falar. - Ela gosta de você. Que flores escolheria para ela? -Tulipas - ele murmurou, ignorando o sorriso pícaro de sua irmã .- Venha, vamos comer algo . Ela sacudiu a cabeça. -Não tenho fome . Vá, irmão, e por favor dê uma palavra ou duas com Keddy sobre não cozinhar pato. - Ele já concordou em não cozinhar carneiro.- Callum recordou a ela. -Sei , mas isso incomoda a Matilda.- Ela sorriu quando finalmente lhe prometeu falar com o cozinheiro. Capítulo 20 Kate se sentou na beira da cama e observou em silêncio enquanto Glenna se movia apressadamente no quarto, sacudindo os almofadões e abrindo as janelinhas para arejar o quarto. O fato que a mulher das Highlands não pronunciasse uma palavra enquanto trabalhava era bastante incômodo. Mas era pior, que cada vez que Glenna a olhava, seus olhos ferviam de raiva. Kate sabia por que. Ela era uma convidada tão indesejável em Camlochlin quanto os ingleses o eram na Escócia. Maldição, estava cansada de que as pessoas a menosprezassem devido a seu sobrenome. Sua cabeça estava começando a pulsar dolorosamente. Não jurou nunca mas beber o uísque de Angus ? OH, não podia manter uma promessa. Kate recordou o modo em que Callum a tinha beijado antes de que chegassem ao castelo. Passou seus dedos por seus lábios. Tinha sido muito melhor que antes, se isso era possível. Sua boca tinha acariciado a sua, seu olhar tão suave , tão cheia de significados. Quase era como se ele . . .OH, deixa essas tolices , Kate. Está bêbada , tola! Golpeou sua palma sobre o colchão, e Glenna levantou a vista enquanto enchia uma fonte com água fria e lhe franziu o cenho.

Kate lhe ofereceu um sorriso arrependido. -Estava provando algo. Não quis assustá-la. - Os Campbells não me assustam - Glenna replicou. -Claro que não. Não quis dizer isso ... - Kate nunca tinha brigado com uma mulher e gostava da idéia de arranhar os olhos .- Você gosta de Graham, naõ é ? - ela trocou o tema , desejando levar a jovem solteira em direção a uma conversa mais agradável, já que finalmente estava falando com ela. -Ele é muito bonito e ... Glenna deixou cair a fonte no piso. Na verdade, ela deliberadamente quebrou a fonte contra a palha que cobria o piso . -Mantenha suas mãos longe dele. Ele nunca tocaria alguém como você . A boca do Kate caiu aberta, mas antes que pudesse formar uma resposta apropriada , outra pessoa falou atrás dela . -Glenna, vá procurar alguns trapos para limpar esta poça . Graham já está ocupado com Lizbeth, então não há necessidade de que se apresse. Kate girou para a voz doce enquanto Glenna saía do quarto. O que viu quase a fez retroceder. -Ela acredita que Graham está apaixonado por ela.- A mulher se virou para observar Glenna partir. Suspirou e sacudiu a cabeça com piedade. -E eles dizem que eu sou temperamental. Kate ainda estava recuperando-se da imagem da mulher ou era uma menina? Certamente era o suficientemente miúda para ser uma. Era surpreendentemente bela. Kate não estava certa se eram a sujeira que cruzava o seu rosto redondo o que fazia que seus olhos brilhasse como gelo azul claro, ou se era o tamanho impressionantes desses olhos o que os faziam tão belos. - Sou Margaret. Mas prefiro que me chamem de Maggie. Já sei quem é. O estômago de Kate se apertou com dor e logo com vergonha. Por Deus , essa era a irmã de Callum.Seu cabelo era uma massa de cachos de cabelo escuros e sua espinha dorsal deformada a fazia curvar como se fosse uma anciã. Seu avô tinha sido responsável por essa deformidade ? Kate mal podia conter o desgosto em seu coração . Infelizmente, Maggie se deu conta. Seus olhos brilhantes se estreitaram em Kate, e, com um cenho franzido tão feroz como o de seu irmão, Maggie virou-se para partir. -Meu irmão te aguarda no grande salão depois que tome um banho. Sobressaltada e entristecida pela aparência de Margaret, e temerosa de que a pobre moça tivesse interpretado mal seu assombro, Kate ficou de pé e correu atrásse dela. -Por favor, espere! Mas Maggie não fez uma pausa em seus passos mas sim continuou pelo corredor e entrou em outro quarto. Kate a seguiu e se deteve abruptamente na entrada. O quarto era enorme ! Havia uma pesada cama de madeira contra a parede sul suficientemente grande para dar capacidade a três pessoas, mas pela aparência ninguém dormia nessa cama . Havia narcisos adornando todas as mesa e as janelas. Nas paredes estavam pintadas com luxuriosas vinhas verdes e em um canto havia uma pequena tenda de couro com varas e véus. Maggie correu para a abertura da tenda e desapareceu dentro dela. Por um momento, Kate não soube o que fazer. O quarto, a tenda, a aparência de Maggie . . . tudo a subjugava . Mas tinha que desculpar-se por ter ferido Maggie . Foi até a tenda e se ajoelhou ao lado dela. -Por favor , saia - ela a persuadiu brandamente . -Não tinha intenção de lhe insultar. -Callum te aguarda no grande salão . Me deixe.

Kate retorceu suas mãos tentando encontrar um modo de fazê-la sair para poder falar com ela. -Eu . . . sinto como se já a conhecesse .- Ela se inclinou mais perto da entrada da tenda . Jamie me falou muito sobre você . O rosto de Maggie apareceu na entrada , Kate se surpreendeu . -O que ele te contou ? -Que você gosta dos narcisos amarelos. Maggie fez uma careta. -Pela Virgem María, eu não gosto dos narcisos. Eu gosto das orquídeas. - Ela se arrastou para fora da tenda e se sentou ao lado de Kate. -Disse-lhe que eu gostava dos narcisos porque ele sempre me traz tantos .... Kate súbitamente quis sorrir, mas primeiro precisava desculpar-se . -Fizemos uma viagem muita longa até aqui. Não quis te tratar mal. Maggie a estudou por um momento, e chegou a uma conclusão que suavizou sua expressão com um sorriso . Ela levantou seus dedos para limpar uma mancha de sujeira na testa de Kate Não lhe machucaram, não é ? Callum nunca deixaria que lhe machuquem . - Não me machucaram,-Kate lhe assegurou. Não podia evitar de pensar nos anos que Maggie tinha passado trancada em um calabouço, e o que lhe teria acontecido lá . Incrivelmente, havia uma ternura e uma inocência nos olhos de Maggie que os olhos de Callum não tinham. -Disse que já sabia quem era eu . Então sabe que sou uma Campbell?- Kate adicionou hesitantemente . Quando Maggie assentiu com a cabeça , Kate avançou . -E não me odeia? Maggie bateu levemente em sua bochecha, e se levantou . -Meu irmão tem suficiente ódio por nós dois. Quer vir ao celeiro comigo? A mudança de tema foi tão abrupto que Kate não lhe respondeu imediatamente. Logo , perguntou -Ao celeiro? - Sim , é um lugar muito tranqüilo. Kate sorriu e ficou de pé , aceitando a mão estendida de Maggie. Embora seu corpo estava curvado , Maggie MacGregor quase não teve dificuldade em correr escada abaixo , ainda segurando-a pela mão. O aroma delicioso dá comida que flutuava no ar fez doer o estômago do Kate. O pânico a invadiu de repente quando se deu conta que Maggie a estava levando ao grande salão . Maldição, Callum e todo seu clã provavelmente estariam lá e ela nem sequer tinha lavado o rosto. Não importou que todos eles a houvessem visto suja uma hora atrás. Certamente esperavam que ela se lavasse depois de ter viajado portanto tempo. OH, ela devia parecer uma camponesa ! Passou sua mão livre por seu cabelo e tirou alguns dos nós, mas não conseguiu nada. Parecia um espantalho. E também se deu conta que esta era a primeira vez em sua vida que estava preocupada com sua aparência. A idéia a alegrou e perturbou ao mesmo tempo. Era maravilhoso querer ter uma imagem agradável, e ainda mais maravilhoso ter a alguém a quem lhe parecer agradável. Desgraçadamente , o homem a quem ela queria agradar nem sequer a queria . Mas certamente ele não a tinha beijado como um homem que a desprezava ... a menos que ele só se houvesse sentido muito feliz por voltar para sua casa. Sua casa! . Deus Santo , o que pensaria seu tio se soubesse que estava na fortaleza MacGregor ? Ela percorreu com o olhar as tapeçarias grossas que proviam calor ao castelo. Os corredores compridos estavam iluminados com tochas. Os móveis eram simples, mas tremendamente grande. Tão grandes como um homem da estatura de Callum escolheria, embora a pobre Maggie provavelmente desapareceria em uma dessas cadeiras

esculpidas que adornavam os corredores. As duas mulheres deram a volta a uma esquina que conduzia ao enorme salão . O rosto de Kate empalideceu quando viu dúzias de damas, todas com o cabelo limpo e bem penteado e seus vestidos sem rugas sentadas à mesa junto com os homens de Callum. A luz que provinha da chaminé central não a ajudou , todos os olhos pareceram cravar-se curiosamente nela . Consciente dos olhares, Kate passou uma mão por seu vestido para alisá-lo e logo se perguntou se soltar a mão deMaggie e correr para as portas a fariam parecer ainda mais tola. Ela viu o objeto de sua aflição e se esqueceu do resto . Callum MacGregor era uma cabeça mais alta que os outros homens, exceto Angus. Seu cabelo comprido estava penteado sobre seus ombros, a sombra da barba tinha desaparecido e agora suas feições se viam claramente . Vestia uma túnica branca solta e aberta no pescoço . Ele estava parado com Graham e uma mulher de grandes seios e incríveis olhos verdes . Kate apertou a mão de Maggie, não desejando avançar um passo a mais. Quando ele deixou de olhar à mulher e levantou a vista , Kate soube que era muito tarde para fugir, embora já não estava tão segura de que isso era o que queria. Callum parecia contente de vê-la. Quer dizer, ele não estava franzindo o cenho . Seus olhos a percorreram como uma carícia terna. Mas Maggie estava diante dele , e Kate se perguntou se ele estaria olhando-a ou a sua irmã. -Olá , Callum! Callum levantou sua caneca e tomou seu conteúdo , logo devolveu a saudação a sua irmã. -Arrastou Kate fora de seu quarto antes que ela pudesse tomar um banho? O sorriso deKate desapareceu . Se Maggie não estivesse segurando sua mão muito firmemente que ela teria fugido do salão e de Camlochlin . -Ela não precisa tomar banho,-sua irmã o desafiou -Ela precisa de amigos, então vou apresentar lhe a Matilda e aos outros. Callum examinou Kate. -Talvez Kate gostaria de comer algo primeiro. Kate se sentiu indecisa entre sorrir como uma estúpida sonhadora , ou lhe jogar uma bandeja à cabeça porque não lhe importava que ela estivesse apaixonada por um inglês. -Mais tarde.- Maggie puxou sua mão, afastando-a de Callum. -Estou certa que ela não vai querer comer o jantar do Keddy depois que tenha conhecido Henry e os outros. Kate sentiu os olhos de Callum fixos nela, mas não se virou quando elas saíram por uma porta pequena no extremo do salão . Elas entraram na cozinha e Maggie lançou ao robusto cozinheiro um olhar feroz e ameaçador . Kate conseguiu arrebatar uma maçã da mesa pouco antes de ser arrastada para outra porta. Ela não chegou a ver o olhar feroz de Keddy. Uma brisa fresca e salgada açoitou o cabelo de Kate quando elas saíram . Mas salvo o rugido distante das ondas , o único som na quietude absoluta da névoa circundante era a própria respiração agitada dela. -É muito bonito este lugar - ela disse, olhando o crepúsculo que descia a seu redor . -Não deveríamos voltar para dentro ? É muito difícil de ver com esta névoa . Maggie a puxou pela mão. – Me siga . Alguns passos mais adiante, Maggie a colocou por outra porta perto do muro leste do castelo. A madeira rangeu e suas dobradiças chiaram . Kate a seguiu dentro do que ela presumiu ser o celeiro, se deixou guiar pelos gritos emitidos por diversos animais de granja . Finalmente

Maggie soltou sua mão e se esticou até tomar um lampião . Ela acendeu o pavio , e Kate lançou um ofego de surpresa . Era um celeiro, mas como nenhum que tivesse visto antes . Havia feno fresco espalhado pelo chão, bolsas de aveia e nozes penduradas de ganchos nas paredes. Não havia nenhuma jaula para alojar aos animais. Pelo contrário , eles vagavam livremente, mordiscando a aveia e pedaços de maçãs pulverizados ao longo do chão. Não haviam muitos animais ali. Um pato se mostrou muito feliz de ver as duas mulheres e lançava chiados que teriam servido para despertar os mortos. Um porco seguia o pato em uma perseguição feroz, grunhindo sonoramente . Um velho cavalo mastigava em um canto, e ele, também, levantou a vista quando Maggie e Kate entraram. Um gato cinza e branco saltou das vigas assustando Kate. - Esta, Bertrid é Kate, minha amiga - Maggie informou ao gato e se sentou no chão . -E então ? - ela olhou para Kate. -Não vai saudá-los ? - Muito prazer em conhecê-la , Bertrid,- Kate respondeu educadamente , sentindo-se tola. Ela sentiu um puxão em sua saia. - Venha. sente-se aqui. É menos ameaçador para eles. Eles não lhe conhecem ainda, Kate. Kate mordeu sua maçã e deu uma olhada a seu redor e viu as cordas feitas com as palhas de milho decorando o celeiro de viga a viga. Entrelaçadas nessas cordas havia frutas secas . Havia animais esculpidos na madeira, e narcisos secos aromatizavam o ar. Era realmente encantando. - Você fez tudo isto ? -Jamie fez isto para mim. Agora sente-se. Kate obedeceu e esperou a próxima apresentação. -Este é Henry.- Maggie se converteu em uma perfeita anfitriã e lhe apresentou ao porco resmungão. - Gosta que o acariciem atrás das orelhas. E esta é Matilda. . E aquele é Ahern. Era o melhor cavalo deCallum. Uma vez lhe pertenceu ao Conde de Argyll, mas Callum o levou quando partimos. Ahern é muito valente , mas agora está velho. Henry ,o porco, acomodou-se no colo de Kate como um cachorrinho bem educado, e para sua surpresa Kate se sentiu muito cômoda e tranqüila. . Realmente gostava desse lugar , e estava contente de estar longe de todos os olhos no grande salão . A porta de celeiro se abriu , e Matilda abriu suas asas e grasnou enquanto o vento voava o feno do chão em pequenos redemoinhos. - Nós estamos bem , Jamie- Maggie gritou sem se virar . Logo ela olhou para Kate de lampejo e lhe explicou em uma voz baixa, -Meu irmão sempre o manda para que me vigie como se eu fosse uma menina débil mental . Kate estava para virar-se para saudá-lo quando ela ouviu a voz gorssa de Callum atrás dela . -Seu irmão só se preocupa com sua segurança . Deveríamos açoitá-lo por isso?- seu tom era leve , e quando as alcançou dobrou suas pernas largas e se sentou no feno ao lado de Kate. -OH, já foi açoitado e não adiantou muito - sua irmã respondeu secamente . Kate lhe lançou um olhar incrédulo. Como eles podiam brincar sobre uma coisa assim quando Callum levava essas terríveis cicatrizes em suas costas ? Kate sentiu seu olhar nela e girou para assegurar-se que era assim . Seus olhos brilhavam como brasas. Quando ele falou, a cadência rouca de sua voz a estremeceu . -Você gosta dos amigos de minha irmã? - Acho que mais de Henry .- ela baixou seu olhar para o porco dormindo em seu colo.

Callum observou as carícias que dava ao animal e imaginou como seria como ser tocado por ela com tanto cuidado. -Não conheceu Sarah ainda ?- ele perguntou , ficando de pé novamente. Cruzou o celeiro e se agachou nas sombras. Quando voltou para a luz novamente, trazia um cordeiro pequeno em seus braços. Kate o observou. Amava o modo em que ele caminhava , orgulhoso mas não arrogante, com a graça de um rei e a força de um líder. Ele se agachou diante de Maggie e lhe deu o cordeiro, e se sentou perto do Kate novamente. -É um belo bebê! - Kate disse e deslizou seus dedos debaixo do queixo de lã de Sarah. -Que olhos marrons tão grandes tem! Maggie parecia derreter-se, embalando ao cordeiro contra si . Ela encheu a cabeça de Sarah de beijos. -Sarah deve ficar aqui dentro por agora porque poderia ser pisoteada pelas ovelhas maiores - Maggie lhe disse , seus beijos eram incessantes. -Keddy queria fazer um guisado com ela. Kate ofegou. - Sim - Maggie concordou em seu horror . -Mas eu o mordi e lhe perguntei como se sentia . Kate deu um risinho afogado e se sentiu agradecida pela escassa iluminação de celeiro . Ela estava certa que Maggie falava muito a sério, e Kate não queria insultá-la rindo. - Nunca comerei nem pedacinho de carne - Maggie declarou fervorosamente. Callum murmurou algo, mas sua irmã pareceu não notá-lo enquanto se deitava no chão sobre o feno com Sarah sobre o seu estomago. Uma hora mais tarde, Kate e Maggie estavam deitadas no piso do celeiro. Callum lhes pediu que voltassem para castelo, mas ambas as moças se negaram . Deitadas de costas e olhando as vigas baixas do teto, elas conversavam sobre voz baixa enquanto Callum estava sentado contra uma parede, suas pernas largas estiradas diante dele e cruzadas nos tornozelos. Elas duas soltaram uma risadinha quando ele começou a roncar. -Callum te contou sobre nosso encarceramento ? A pergunta foi tão súbita e inesperada que Kate levou um momento para responder. Logo respondeu -Não , ele não falou disso. - Ele nunca fala .- Maggie olhou para seu irmão. - Eu não recordo muito do tempo antes de que fôssemos aprisionados. Eles puseram uma espada na garganta de meu papai e o mataram , e fizeram coisas más a minha mamãe antes de matá-la. Callum tentou lutar contra eles, mas ele era só um menino. OH, mas cresceu e ficou muito mas forte mais tarde .- Maggie fez uma pausa . Sua mente viajou ao passado por um momento, e ela piscou e começou a respirar novamente. - Ele fez tudo o que eles lhe exigia , mas batiam nele mesmo assim. Ainda deitada ao lado dela, Kate girou a cabeça para olhar o rosto a dormecido de Callum enquanto sua irmã falava. - Ele é tão temerário .- Maggie bocejou e suas pálpebras ficaram pesadas, mas ela continuou falando. -Cada vez que eles batiam nele, ele jurava matá-los . Eles zombaram de sua promessa, até que um manhã quando ele fingiu estar dormido. Um guarda se aproximou dele e meu irmão o matou com uma cabaçada . Callum sabia que eles nos matariam pelo que tinha feito . O celeiro estava tão silencioso que Kate podia ouvir o som dos batimentos de seu coração. Queria gritar a Maggie para que parasse de falar , mas não podia dizer nada. Dirigiu seus

olhos para o cavalheiro adormecido , ansiando subir em seu colo modo como Henry subiu ao seu . Queria beijar seu rosto e acalmar seu coração endurecido . Mas ele nunca a deixaria. Esse pensamento a fez gemer. -Eles vieram por mim primeiro. Mas Callum tinha conseguido livrar-se.- A voz de Maggie era só um sussurro, mas os olhos de Callum se abriram como se estivesse ouvindo suas palavras em sonhos. Ele se levantou de seu lugar contra a parede e se aproximou delas. - Venha, deve ir para à cama agora,- ele disse brandamente e levantou Maggie em seus braços. - Não é verdade que eles ficaram surpresos de vê-lo livre , Callum? Que ficaram surpresos quando matou a todos eles ?- Maggie disse, e logo fechou seus olhos. A expressão fechada de Callum pareceu tão dolorosa a Kate, que duvidou que alguma vez pudesse recuperar-se dessa imagem . Quando se meteu na cama nessa noite, os pensamentos dela estavam infestados com imagens que ela desejava esquecer. Mas primeiro, rezou pelas duas pessoas que tinham vivido essa horrível historia , para que eles pudessem esquecer também. Capítulo 21 O sol da manhã lhe queimava como o fôlego de um dragão , a luz entrava pelas janelas abertas do quarto de Kate. A luz dourada se refletiu em seu cabelo enquanto Maggie a penteava até que o couro cabeludo do Kate começou a lhe doer . A irmã de Callum tinha insistido em banhar a sua nova amiga depois de ter compartilhado o mingau de aveia . A pele suave de Kate ardia depois de ter sido esfregada pelas mãos fortes de Maggie, mas era maravilhoso finalmente cheirar a limpo depois de todos esses dias de sujeira . Ela queria escovar o cabelo de Maggie, mas a moça se recusou . Mas depois que Kate tivesse comentado que Jamie poderia ver-se tentado a lhe dar um beijo em sua bochecha se estivesse limpa, Maggie aceitou lavar o rosto. A pedido de Callum, uma criada, chamada Aileen tinha levado uma pilha de roupa ao quarto de Kate. Ela provou todos os objetos até que finalmente escolheu um com uma túnica de lã azul com corte baixo e cintas que se atavam debaixo de seus seios. Maggie a ajudou a colocar o xale e o prendeu com um broche redondo de bronze. -Kate?- Maggie perguntou agora, enrolando um dos cachos de Kate ao redor de seu dedo. Seu tio é muito hábil com a espada? Kate ouviu angústia em sua voz e soube o que Maggie realmente lhe estava perguntando . -Nunca o vi em uma batalha, mas ele se vangloria freqüentemente de suas habilidades. Quando Maggie lançou um gemido, Kate apressadamente continuou. -Considerando o que vi Callum com uma espada, não acredito que nenhum homem o possa superar . - Tem medo por seu tio , então ? Kate se moveu na cadeira. Não estava preocupada com seu tio . De fato, forçou-se a nem sequer pensar nele. Mas não podia dizer isso a Maggie sem que a moça pensasse que ela era tão fria e cruel como seu avô. -Não quero que Callum o mate,- ela finalmente disse. -Eu tampouco. Kate virou-se para ela surpreendida. -Não deseja ver os Campbells mortos depois de tudo o

que sofreram nas mãos deles ? Os olhos enormes de Maggie se encheram com lágrimas quando eles encontraram o olhar de Kate. -Quanto tempo meu irmão permanecerá vivo se os matar ? Cedo ou tarde eles virão atrás dele . Como o fizeram em Kildun. Kate sacudiu a cabeça lentamente e se virou. Seu coração pulsava freneticamente em seu peito . Sabia que Maggie tinha razão . Inclusive tinha tentado lhe dizer isso na estalagem. Essa guerra nunca terminaria se a matança continuasse, e Callum certamente morreria. -Devemos detê-lo . -Como? - Maggie perguntou . Uma dose de esperança tingiu sua voz . - Acha que ele te escutará ? Ele me disse que te daria tulipas de presente . - Tulipas? - Kate virou para ela novamente com um olhar de perplexidade . A moça tinha um modo muito peculiar de mudar de tema no meio de uma conversa. - Sim ele recolheria tulipas para você . Kate quase riu. - Seu irmão nunca recolheria flores. -Isso disse a princípio, mas depois disse tulipas.Acho que gosta de você. Então,falará com ele ? -Sim .- Kate sacudiu a cabeça, levantando-se da cadeira . Tulipas? Por que escolher essa flor em particular? Kate tocou a boca com seus dedos. E por que Maggie pensaria que Callum gostava dela ? Ele a tinha beijado e inclusive queria ir para à cama com ela. Mas era luxúria. Ele nunca poderia chegar a querer uma Campbell. -Kate? -Sim. - Por que está esperando? - Não acredito que seja um bom momento,- Kate sussurrou enquanto ela e Maggie se dirigiam escada abaixo . - Por que não? Está muito bonita... - Olhe isso .- Kate assinalou os rostos que a olhavam fixamente desde terras o piso inferior. Haviam só uma ou dois ao princípio mas logo mais habitantes de Camlochlin se juntaram aos pés da escada e Kate e Maggie enfrentavam uma pequena multidão de gente murmurando. Kate empalideceu notando que cada rosto tinha a mesma expressão de desprezo profundo por ela. -Onde está Callum?- Maggie exigiu com raiva . Um homem avançou entre o grupo . Vestia uma túnica de lã pesada debaixo de seu xale. Suas pernas estavam nuas, suas botas empoeiradas e muito usadas. -Por que está com uma miserável Campbell como se ela fosse sua amiga, Maggie? Mande-a de volta de onde veio. Maggie ficou diante de uma paralisada Kate e sacudiu seu dedo ao homem. -Iain, não fale desse modo. Ela é minha amiga, Campbell ou não ! E é amiga de Callum, também. - Nosso lorde jamais ajudaria a nosso inimigo - alguém gritou. - Sim , ele teve que seqüestrá-la para forçar seu tio a enfrentar seu destino. - Terá que expulsá-la a pontapés daqui! Kate deu em um passo atrás quando o grupo se fez maior. Muitos deles estavam gritando agora, exigindo que Kate deixasse Camlochlin e ignorando o pequeno punho que Maggie agitava no ar. Alguém deu um passo adiante e Kate retrocedeu um passo até que seus calcanhares se chocaram com a beira do degrau . Então um ouviu o grito de uma voz

ressonante, e todas as cabeça no corredor giraram para essa voz. Graham estava de pé na entrada que levava ao grande salão , os braços pendurando aos lados, preparados para extrair sua espada. A seu lado , Angus parecia mais ameaçador que nunca . Brodie estava ali também e tirou sua adaga . Jamie estava parado a seu lado, sua habitual expressão inocente se converteu em uma muito mais ameaçadora. -Que diabos acontece aqui ?- Graham exigiu . - Ouvi corretamente ? Esta bela moça não é bem-vinda em nossa casa? - A multidão se emudeceu por um momento, e logo alguém murmurou o nome Campbell e o resto começou a sacudir a cabeça . -Não nos importa qual é seu sobrenome - Jamie advertiu com um grunhido baixo. -As ordens de Callum foram para que ela não fosse machucada nem maltratada . Agora caminhem, cada um volte para suas tarefas . Maggie puxou Kate pela manga. –Jamie é tão valente !- Ela soltou um suspiro e se voltou para o grupo. -É uma loucura que MacGregor haja trazido uma Campbell aqui,- outra voz gritou e os outros concordaram até que suas vozes cresceram novamente. Brodie e Jamie se apressaram a ir ao lado de Kate enquanto Graham desenbanhava sua espada, e se preparava para lutar. Mas não teve que fazê-lo . Um silêncio total recaiu em Camlochlin depois que as portas atrás do grupo se fecharam com um golpe . Lentamente, as cabeças giraram em direção à entrada. O único som que podia ser ouvido foi um insulto murmurado de Brodie com a aparição do lorde. Callum fez uma pausa nas portas por só um segundo, observando a cena que se desenvolvia diante dele. Era claro pelas expressões nos rostos de Brodie e Jamie, e a espada desenbanhada de Graham, o que estava ocorrendo . Quando ele deu um passo , o grupo se moveu para trás como se fossem ameaçados por uma onda. Seus olhos penetrantes e letais foram para Kate. - Está bem? Ela sacudiu a cabeça , incapaz de fazer mais nada . Callum se moveu lentamente, com as mãos nos quadris. Deu a volta ao redor do grupo até que parou diante de Kate. Quando ele tomou sua mão entre a sua, seu cenho franzido aumentou o tremor dela . - Uma loucura — ele lançou um olhar letal a cada rosto até encontrar quem havia dito isso. —Minha vida foi uma loucura faz muito tempo , Alasdair. E embora seja mais propenso a matar Campbells, não me oponho completamente a matar MacGregors se for necessário .- Sua voz era rouca pela fúria reprimida, e se Kate não estivesse tão assustada teria suspirado com o som sensual dessa voz , - Mantive protegidos a todos vocês aqui. Mas lhes advirto que se alguém não a tratar corretamente , abandonará Camlochlin. De uma forma ou outra.- Ele girou para enfrentá-la . Deus eles deveriam ser inimigos, e depois de ter conhecido Maggie e ter escutado a história de sua vida no calabouço de seu avô, Kate entendia por que Callum nunca lhe daria seu coração. Mas aqui estava ele estava protegendo-a de seu próprio clã. Ele tinha feito isso porque ela era mais valiosa para ele viva, ou por outra razão completamente diferente ? O grupo se dispersou Brodie se afastou , cravando sua adaga em uma pêra à medida que se retirava . Angus e Graham deixaram o castelo para praticar com suas espadas . Maggie a puxou pela túnica e lhe sussurrou algo no ouvido lhe anunciando que ia dar um passeio. Seu irmão empurrou Jamie para que a acompanhasse , uma ordem que o jovem guerreiro estava mas que desejoso de obedecer.

- Está muito bonita esta manhã, - Kate ouviu que Jamie dizia a Maggie enquanto abria a porta para sair . Quando eles ficaram a sós , o olhar de Callum percorreu Kate dos pés à cabeça. –Você está muito bem , também.- Ele levantou seus dedos para os cachos brilhantes que caíam sobre seus ombros.-E seu cabelo brilha muito bem .- ele fez uma pausa para franzir o cenho e baixar seu olhar ao piso como se lutasse contra alguma emoção profunda. Kate se regozijou de ver que ele tinha perdido essa batalha e voltou seu olhar para seu cabelo . -Seu cabelo também se está muito bem . Kate fez uma breve reverência e se esforçou por esconder sua diversão por sua perda de compostura. -Obrigado, Callum. Kate estudou seu perfil enquanto caminhavam juntos para o grande salão . Ele era tão alto, tão largo comparado com ela. Quando ele voltou seus olhos para ela viu seu temor óbvio, e Kate se ruborizou . - Ainda estou zangada com você,- ela disse - Memso? - lhe lançou um olhar divertido . - Me parece que está de bom humor . Kate encolheu os ombros .-Isso é porque logo me reunirei com meu amado prometido. - Sim. - Callum sacudiu a cabeça . -Seu nome se não me engano é... Lorde Newton de Manchester, não é? Kate quase fez uma pausa em seus passos. Maldição ! Que nome lhe havia dito ? Era Newton, não era? -Seu nome não tem importância,- ela disse altaneramente,para não confessar que não podia lembrá-lo .-Há um assunto mais urgente que desejo discutir com você. -Tem meus ouvidos à disposição - ele disse, mantendo seu olhar para frente . -É sobre meu tio.- Lhe lançou um breve olhar de lampejo , esperando que ele franzisse a testa ou talvez que se afastasse zangado . Mas Callum não fez nada disso .-Estou preocupada com você. - Insulta-me. - Realmente isso não me importa. Meu insulto não te matará; mas sim o exército de Cromwell. A boca de Callum se curvou em um arrogante meio sorriso que a fez se derreter . -Se o exército de seu tio me encontrar e vier aqui, eles morrerão nas mãos dos MacGregors, dos MacLeods, e dos MacKinnons. Descidi matar Argyll, Kate. Nada nem ninguém me deterá. Nem sequer você. - E Maggie? Ela não quer que mate ninguém . Callum ficou calado por um momento, embora sacudisse a cabeça. Quando falou novamente, a dureza de sua voz lhe disse essa conversa estava terminando. -Minha irmã sabe quem sou . Que diabos queria dizer com isso ? -Pelo menos considerará... -Não . OH, era um homem obcecado.-Está tornando muito difícil querer você , MacGregor. - Me quer o bastante , Campbell. Ela ouviu o sorriso em sua voz e virou a cabeça para olhá-lo . Seus passos vacilaram com o calor de seu olhar. Sua máscara de frieza se foi , e por um momento viu a verdade nua de suas emoções. Sua expressão se obscureceu com desejo e Kate quis lançar-se em seus braços.

- É um pesadelo conviver com uma Campbell - ele disse, -mas estou disposto a sofrer isso. As sobrancelhas de Kate se arquearam e seus lábios se curvaram em desafio. Se ele insistisse em mostrar sua aparência de indiferença , enquanto que seus olhos lhe dizia que isso só era uma fachada, não iria lhe facilitar a vida . Com seu coração acelerado , ela o agarrou pela mão. Ela escondeu sua satisfação quando ele pareceu perder a compostura novamente, e ela se inclinou mais perto dele. -Embora seu sofrimento poderia ser muito grande, não te concederei nada piedade. Em vez de soltar sua mão , ele enlaçou seus dedos com os seus, aproximando-a mais intimamente. - É uma rival feroz, moça. Admito isso.- Lhe dedicou um sorriso sedutor. -Mas não serei vencido por uma Campbell. Maldição , ele não desistiria! -Sim , sua coxa tem uma cicatriz que serve de prova a sua afirmação - ela respondeu ironicamente. Callum lançou sua cabeça para trás e riu. Kate deixou de caminhar e lhe deu um puxão em sua mão. Agora ele tinha provocado seu orgulho. Se havia uma coisa em que ela era boa , era esgrimindo uma espada. - Por que ri , Callum? Não acha que eu luto bem ? - Sim, devo admitir que luta bem , para uma moça. Eu a vi lutar contra os McColls. - Para ser uma moça?- ela capturou sua mão e lhe dobrou o braço. - Eu poderia te vencer , Callum MacGregor. Havia diversão em seu rosto atraente . -Me deixe tirar este xale e me encontre lá fora . - OH, não, moça. Se te machucasse, nunca poderia me perdoar . Ele realmente era um machista dominante,. Mas sua gentileza com ela foi o que a fez moverse para ele. Sentia falta de sentir seus braços ao redor de seu corpo . Kate o amaldiçoou por não se sentir. Ela deu outro passo até que os dedos de seus pés se tocaram , logo inclinou sua cabeça para encontrar seu olhar . Sua boca estava fechada quando ele curvou sua cabeça para a sua, mas ela sentiu sua respiração morna contra seus lábios. - Tem medo de mim, MacGregor? - ela sussurrou contra seu queixo e cautelosamente colocou suas mãos em seu peito . Ela sentiu seu corpo respondendo quase imediatamente. Seus músculos se apertaram . Seu coração se acelerou . Kate se regozijou . Ela o afetava ! Era suficiente fazê-la querer beijá-lo novamente, embora na verdade, ela não tinha pensado em outra coisa desde a primeira vez que ele tinha posado sua boca sobre a sua. Callum levantou seus braços, preparados para envolvê-la . Sua respiração saiu em um gemido baixo. Kate retrocedeu , usando todo sua força de vontade para fazê-lo .Queria mais dele do que um beijo, e se tivesse que brigar para obtê-lo ,o faria. - No jardim , então . E te assegure que sua espada esteja preparada. Callum a observou desaparecer escada acima e apertou seus dentes pela agonia maravilhosa que lhe produzia o endurecendo em sua virilha . -OH, moça, minha espada está preparada. Esse não é o problema. Capítulo 22

Callum não era um homem de desperdiçar seu tempo e enquanto esperava que Kate o encontrasse no campo de treinamento , ficou praticando com Broodie. Era por isso que Brodie se encontrou sob a ponta da espada de seu lorde três vezes no espaço de dois minutos. Quando Callum finalmente viu Kate caminhando para ele, fez-lhe gestos a seu primo para que se afastasse , cravou sua espada no chão, e se apoiou no punho para admirá-la . Suas saias flutuavam ao redor de seus tornozelos. A camisa que usava debaixo da túnica revelava seus encantos femininos . Seu cabelo, ele notou com um sorriso , ainda estava solto, e voava detrás dela . -Está preparado para mim ?- ela gritou antes de alcançá-lo, logo saudou Brodie e Angus com a mão, antes de aceitar a espada mais leve de Brodie. - Sim. - Os olhos de Callum absorveram cada centímetro dela enquanto seus lábios se curvavam sensualmente . -Estou preparado para você. Quando ela o enfrentou, ele negou com a cabeça e retrocedeu . -Espera, moça, usará alguma proteção. Brodie, vá procurar... A espada de Kate brilhou com a luz do sol enquanto descia sobre a cabeça de Callum. Seus reflexos foram instantâneos, e, arrancando a espada cravada dou no chão , ele desviou o golpe , fez uma pausa , e lhe lançou um olhar feroz e sobressaltado. Kate lhe sorriu em resposta e lançou seu próximo ataque. -Preferiria que usasse alguma proteção , moça,- ele disse e dirigiu sua espada para seu estômago. Kate saltou para trás , evitando facilmente o golpe . -Dificulta-me os movimentos . E eu preferiria que você não fosse tão cuidadoso comigo.- Sacudindo sua espada emcima de sua cabeça para ganhar mais impulso, ela atacou pela esquerda e pela direita , e lhe tocou os quadris - Eu posso . . .- sua espada encontrou a sua causando uma chuva de faíscas. -. . . me defender . . .- ela atacou suas pernas.-. . . por mim mesma . -A moça está fazendo o traste se mexer !- Angus rugiu com uma risada, logo Brodie lhe lançou uma cotovelada. -Pretende me vencer,Kate?- Callum perguntou com um grunhido provocador que a estremeceu . Por Deus , tinha que enfocar seus pensamentos na luta e não no erótico sorriso no rosto de seu rival . Ele estava excitado e absolutamente divertido. Estava tão excitado fisicamente , que ela se perguntou como teria sido deitar-se ele naquela noite na estalagem. Ela atacou . Mas falhou em seu objetivo . O braço de Callum a enlaçou pela cintura. Ele a fez girar e pegou suas costas contra seu peito . Uma mão cruzava sobre seu estômago, segurando muito perto , enquanto a outra segurava a espada cuja ponta estava colocada sobre sua garganta. Não está concentrada , pequena Katie. Sua voz rouca soando em seu ouvido fez que seus mamilos cobrassem vida contra a pressão de sua camisa . Ela lutou contra o efeito excitante do corpo dele e o golpeou com o cabo de sua espada em suas costelas. Callum se curvou ligeiramente, apertando a costela . Kate aproveitou isso e saltou de seus braços. -Descidi derrotá-lo e que caia de costas , Diabo.- ela agarrou o punho com ambas as mãos e se preparou para seu próximo ataque . Ela rebateu o avanço dele com um golpe em sua coxa, que

Callum bloqueou muito facilmente. -E o que me fará quando me tiver de costas no chão , mulher?- sua voz se fez mas grossa com cada palavra, como lhe recordando que ele poderia tomá-la , dominá-la e possui-la. Seu sorriso luxurioso lhe disse que ele só queria fazer isso. Kate baixou a espada sobre ele com força . Callum saltou à direita, girou sobre seus calcanhares e lhe golpeou as nádegas com sua espada. Seu sorriso se alargou quando ela franziu o cenho . Ele se moveu para trás enquanto ela avançava lançando golpes freneticamente . – Aposto que algo a distraiu novamente, moça? Kate arqueou suas sobrancelhas , começando a entender a tática que ele estava empregando. O canalha recorreria a algo ! Era um diabo realmente. Bem, ela podia ser igualmente ardilosa . - Sim , Callum, a idéia de estar sentada sobre você me distraiu.- Ela sacudiu a espada emcima de sua cabeça, e quase o tocou . -Ou talvez — ela avançou — ... preferiria vê-lo de joelhos. Kate atacou. E o atingiu . Callum pôs seus dedos sobre o sangue que manchava a manga de sua camisa , logo mostrou um sorriso encantador . –Muito bom. -OH, Callum, me perdoe ! - ela baixou sua espada, terrivelmente arrependida de havê-lo ferido — novamente. Antes que ela tivesse tempo de afastar-se de seu rival , Callum estava sobre ela, agarrando a espada dentre suas mãos. -Nunca mostre clemência por seu inimigo, Katie.- sua voz grossa a envolveu como a névoa . Ele falou tão meigamente que seus ossos quase se derreteram . -Não tenho inimigo aqui, lorde MacGregor. Callum a alcançou em dois passados compridos, enlaçou seu braço ao redor de sua cintura, e a levantou . Ele pegou sua boca à sua, lhe dando um beijo exigente . Sua língua se afundou em sua boca, envolvendo-a em uma dança tão sedutora que se sentiu debilitar-se contra ele. Ele murmurou .- Desejo você. Angus e Brodie deixaram de lutar e olharam boquiabertos a seu lorde e à moça apertada em seus braços. Então Angus deu uma cotovelada a seu companheiro e os dois se afastaram para lhes dar privacidade . Eles se detiveram na metade caminho quando os gritos de Maggie perfuraram o ar quente. Callum foi o primeiro em alcançar o celeiro. O pânico o invadiu enquanto os gritos de sua irmã despertavam lembranças que ele rezava todos os dia para esquecer. Ele a viu agachada atrás de um fardo de feno ao lado do compartimento de Ahern . Ela cobria seu rosto com seus braços e não olhou para cima até quando seu irmão a chamou por seu nome. Não estava ferida, Callum soube isso por sua posição — por seu terror. Ela tinha visto sangue. Kate se apressou a entrar no celeiro , com Angus e os outros. Ouvindo-os entrar , Callum girou e levou um dedo para seus lábios para pedir silêncio, logo fez gestos a Angus para que revisasse o celeiro. Algo tinha ativado o terror de sua irmã. Onde diabos estava Jamie? Callum se moveu em direção a Maggie muito brandamente , suas botas não faziam nenhum som. Quando a alcançou, não a tocou mas sim se agachou diante dela. -Maggie, sou Callum,ele disse, sua voz carregada de carinho e de ternura. Se ela o ouviu , não lhe deu nenhum sinal mas sim se afundou mais profundamente nas sombras. Callum olhou para trás e viu o Angus levantando um Jamie inconsciente do celeiro. O campeão e defensor do Maggie devia haver caído das vigas. Uma gota de sangue cobria seu rosto, mas

Angus lhes assegurou com um com um gesto de sua cabeça que o rapazinho ainda estava respirando. - Tudo está bem agora, moça.- Callum voltou sua atenção a sua irmã. Ele sabia que ela mentalmente estava em outro lugar. E sabia em que lugar estava. -Callum?- sua voz delicada o tocou profundamente e quase lhe provocou um soluço . Callum levantou sua irmã apertando-a contra seu peito e caminhou diretamente para Kate. - Vamos colocá-la na cama - ele sussurrou, apertando Maggie mais perto de seu corpo . Ele fechou seus olhos e lhe beijou o topo da cabeça, e deixou o celeiro. Capítulo 23 Kate em silêncio se apoiou contra o marco da porta do quarto do Maggie. Enquanto observava Callum inclinar-se e colocar a sua irmã dentro de sua tendaa, o coração de Kate se partiu pelos dois. Sentia as lágrimas queimando em seus olhos, mas as controlou , por medo de que elas nunca deixassem de cair. Sua família tinha feito isto — seu próprio avô. Quando Callum ficou de pé , virou e desviou seu olhar da dor que havia nos olhos de Kate. Ele não queria piedade. Kate sabia disso, mas isso era tudo o que ela sentia nesse momento . . . além do conhecimento indubitável de que se apaixonou pelo Diabo MacGregor. -Ela está dormindo - Callum lhe disse e passou sua mão por seu cabelo. -Espero que durma toda a noite. - O que lhe aconteceu ?- Kate perguntou quando ele foi para a janela. -Por favor. Fale comigo sobre isto. O que a assustou tanto, Callum? Callum permaneceu mudo e Kate pensou que não lhe diria nada. Ou que não podia fazê-lo . Logo , com um gemido amortecido, ele finalmente falou. -Ela tem medo do sangue. Ela estava coberta... - Callum girou sua cabeça para olhar a tenda novamente e engoliu o nó de emoções que Kate temia que ele poderia manifestar . -Pensará que é horrível confiná-la em um lugar tão pequeno, mas isso a conforta.- Lentamente, ele enfrentou Kate, preparado para lhe contar a história que queria esquecer.- Liam Campbell mantinha a minha irmã trancada em uma jaula que estava pendurada a só alguns metros de mim .- Callum se forçou a continuar embora o horror na cara de Kate claramente dizia que devia parar. – No começo, pensei que ela enlouqueceria. Era só um bebê. Imagina o que deve ter sido estar trancada em uma jaula que só era um centímetro maior que seu corpo dobrado em dois .- Callum passou a palma de sua mão pelo couro da tenda de Maggie, sua voz era um sussurro amoroso. - Os homens de Argyll vinham para tirá-la da jaula e estirar seu corpo mas ela gritava com a agonia da dor que isso lhe provocava . - Seu olhar sombrio achou a de Kate novamente. - Tive que matá-los , Kate,ele disse, movendo-se em direção a ela. -Assassinei-os . Os matei com minha irmã pendurada em minhas costas . Não podia parar, ainda mais sabendo o que a estava forçando a presenciar. - Entendo -Kate lhe disse brandamente, apenas capaz de respirar. Ela suspeitava que ele estava pedindo sua absolvição. E ela a deu. Callum tomou sua mão e se sentou na cama, empurrando-a abaixo para que se sentasse a seu lado . -Não , moça, não entende . Sabe o que ela viu ? Foi muito feio, Kate. Tão feio que ela não pode esquecer.Às vezes . . - ele fez uma pausa . -Às vezes ela acorda de seus sonhos e recorda todos os detalhes.

Foi então que Kate viu em seus olhos a coisa que mais o atormentava , o que o destruía . Não eram os anos de horror passados em um calabouço a não ser a culpa e o remorso pelo que sua irmã tinha presenciado .-Minha irmã preferiria voltar a viver em uma jaula antes de ter vivido esse dia no que terminou toda coberta de sangue . Seu tio tem razão de me chamar de Diabo. Kate caminhou ao longo da beira, deixando que a água espumosa lavasse seus pés . Mal sentiu a água gelando sua carne. Seus pensamentos estavam fixos na fortaleza diante dela, e não o homem que estava lá dentro . Callum MacGregor tinha sobrevivido ao inferno ! Tinha salvado a sua irmã desse inferno , mas aquilo no que ele se converteu nesse processo destroçava o coração de Kate. Suas lágrimas caíram sobre as ondas que rodavam debaixo de seus pés . Não podia chorar desse modo diante de Callum, pois seus ombros já carregavam suficiente peso ,então ela o tinha deixado na fortaleza e tinha vindo ali para chorar livremente até que o sol se afundou no horizonte . Callum tinha matado aos homens da guarda de seu avô em um massacre que se converteu em uma lenda, e ele acreditava que isso lhe havia prejudicar o afeto da única pessoa a que ele poderia amar. Sua irmã. Mas Maggie o amava . Deus querido, se Robert a tivesse salvado de uma existência tão cruel, Kate nunca o consideraria algo menos que o mais valente homem sobre a Terra . Maggie tinha muitas amarguras do passado com que conviver, mas Kate estava certa de que Callum não estava entre essas amarguras. Capítulo 24 Callum não estava no quarto de Maggie quando Kate voltou . Aileen estava sentada perto da cama, trabalhando em um bordado com a luz de uma só vela . Ela levantou a vista quando ouviu Kate entrar. -Devo chamar Callum quando ela acordar - a criada lhe disse , colocando o bordado em sua saia. -Talvez seria melhor se ela não a visse quando ...- sua voz se debilitou enquanto seus olhos se cravavam na tenda - É uma Campbell, além do mais. Kate endireitou seus ombros e cruzou o quarto, parando diante dela. -Não vou . Goste ou não, eu gosto de Maggie . Aileen a examinou com olhos estreitados , e Kate se preparou para receber o desprezo. - Maneja muito bem a espada -Aileen a elogiou .-Até Graham está impressionado com você . -Meu irmão me ensinou.-Kate começou a sorrir, e de repente seus olhos se abriram enormemente . -OH, céus, não limpei a ferida de Callum! - Sim,todos está conversando sobre como feriu o lorde.- Os olhos azuis de Aileen brilharam com a suave luz do fogo . -Ensinaria-me a lutar assim ? -É obvio, mas não era minha intenção machucá-lo, asseguro-lhe isso . Kate começou a procurar no quarto as coisas que precisaria para tartar de Callum. Encontrou uma bacia pequena com água e uma tira de tecido ao lado da cama de Maggie.- Aileen, por favor manda-o a que venha imediatamente . - Sim, milady .- Aileen juntou suas coisas, e ofereceu a Kate uma rápida cortesia, e se dirigiu à porta.

Quando Aileen abandonou o quarto, Kate foi agachar-se diante da tenda. Espiou lá dentro . Maggie estava profundamente adormecida, roncando de fato. Kate brandamente lhe tirou um pedaço de palha do cabelo dela e suspirou. – Que Deus a abençoe, minha querida. Kate esperou Callum, preocupando-se à medida que os minutos passavam . Por que o tinha mandado procurá-lo? Ela se perguntou , molhando o tecido na bacia. Callum provavelmente já teria limpado a ferida . Por que havia dito a Aileen que se apressasse ? Deus a ajudasse , ela o amava . Kate levou suas mãos a sua garganta. Esse amor mais provável a faria terminar morta ou marcada com ferro. Não, Robert nunca permitiria isso. Mas, que diabos seria de sua vida ? Callum não a amava . Ela voltaria para vale Orchy, ou Kildun. Uma vez que seu tio estivesse morto e nunca mais veria Callum novamente. Recordou seus beijos e passou as mãos molhadas por suas bochechas avermelhadas . Callum MacGregor era apaixonado em seu ódio— e em seus beijos. Seu olhar foi para a cama, e tremeu . Espremeu o tecido até que quase esteve seca novamente. -Meu Deus , ele me faz subir a febre. -Espero que esse ‘ele', refira-se a mim , moça. Kate se virou, quase derrubando a bacia com água. Callum estava de pé na entrada, bloqueando a luz que vinha do corredor. Ele fechou a porta atrás de si, esticando os nervos de Kate . – Mandou me chamar ?- ele perguntou quando ela não respondeu sua primeira pergunta . - Eu . . . me lembrei de sua ferida e queria limpá-la. Seus olhos recaíram em suas mãos trêmulas quando ela as inundou na água novamente . Callum cruzou o quarto. Kate o observou examinar a sua irmã. Quando ele se virou para enfrentá-la, sua expressão era vulnerável e dolorosamente terna, Kate viu a vitória nesta batalha. Ela o queria . Ela o teria . -Onde fico ? -Mais perto .-Kate deixou que seu coração falasse por ela. -Cuidado, mulher,-ele advertiu , sua voz rouca e profunda . – Me tenta a me atirar sobre essa cama e beijá-la até que se renda em meus braços. -Creio que... - ela disse, esquecendo-se da cautela - que se não me beijar, desmaiarei neste instante. Callum já se estava movendo em direção a ela, impotente para resistir semelhante pedido . Tomando seu rosto entre suas mãos, lhe fez levantar a cabeça . A olhou profundamente dentro de seus olhos, revelando os restos torturados de seu coração enquanto passava seu dedo polegar sobre a curva delicada de seu lábio inferior, abrindo seus lábios para recebê-lo . Ele cobriu sua boca com a sua, acariciando-a , respirando-a, consumindo-a, rendendo-a. Kate abriu sua boca para recebê-lo , apertando seu xale com ambas as mãos enquanto o beijo se aprofundava. Callum a abraçou , envolvendo-a com seu amparo , sua força, seu desejo. - Amo você - ela sussurrou quando ele se separou lentamente. -Não posso evitar, não me importa quais são nossos sobrenomes . Não me importa quem critica esse amor . Ele se afastou dela, e ela observou com dor como ele fechava seus olhos e se distanciava dela novamente. -É difícil.- ela lutou por manter sua voz clara. -Não é um homem fácil de amar , Callum. E Maggie também te ama . Como não pode se dar conta disso? Vamos amá-lo e provar que não é o diabo. Um gemido fez que Kate se desse volta e olhasse a tenda. Esstava aberta, Maggie tinha deixado seu refúgio seguro. Ela se deteve ao ver seu irmão. Kate empalideceu com o olhar

vazio nos olhos grandes deMaggie. Ela olhava fixamente para Callum mas não parecia reconhecê-lo , Kate soube então a horrível verdade de tudo isso. Maggie tinha medo de seu irmão .. -Eles estavam mortos,- ela disse com uma voz trêmula .-Todos eles estavam mortos. Callum não piscou . De fato, Kate estava perplexa de descobrir que seu olhar estava quase tão vazio como o de Maggie. -Sua cabeça. Sua cabeça caiu de seu corpo . -Kate?- O som da voz deCallum dizendo seu nome, sobressaltou Kate . -Deveria ir agora. -Não . -Callum.- A voz quebrada de Maggie era um soluço gutural. Ela se passou a mão por sua cara. O sangue me cobria ! -Sim, Maggie,eu sei, - seu irmão sussurrou . - Chega !- ela chorou . As lágrimas começaram a cair , e seu lábio inferior tremeu . - Estava em minhas mãos.- De repente ela correu para seu irmão e ele a elevou em seus braços. -Deve parar ! Chega , por favor, chega ! Callum a segurou, mas não falou, e Kate soube que lutava com sua própria culpa e que isso era o que o silenciava. - Pare , Callum! -Maggie gritou e ele fechou seus olhos, impotente de fazer algo mais. -OH, Deus querido.-Kate suspirou, vendo as imagens do que tinha acontecido esse dia. Callum levou a sua irmã pequena pendurada em seus ombros enquanto cortava as cabeças dos homens . Nove anos de tortura, de observar a sua irmã sofrer, de ouvi-la gritar, e sentir-se impotente para mudar isso. Ele tinha vivido um inferno e se converteu em um monstro banhado com o sangue de suas vítimas. -Por favor ...Chega .-Os gemidos de Maggie se debilitaram em um soluço amortecido. -Ou eles certamente vão matá-lo. -Sinto-o muito, Maggie, meu amor.- Callum gemeu contra seu cabelo. Ele não viu que Kate saía do quarto silenciosamente . Capítulo 25 Kate fechou a porta atrás dela e se sentou no piso . Graham e Jamie apareceram a seu lado um momento depois . - Venha - Graham a persuadiu brandamente enquanto Jamie olhava fixamente a porta , angustiado pelos sons que vinham de dentro , uma bandagem manchada com sangue envolvia sua cabeça. -Tudo ficará bem . Kate enterrou seu rosto em suas mãos e chorou brandamente . -Se meu avô não estivesse morto, juro que o mataria eu mesma . Graham se ajoelhou a seu lado e logo a ajudou a ficar de pé . - Precisa tomar uma caneca de vinho quente .- lhe disse enquanto a afastava da porta. – Venha Jamie, deixe Maggie com seu irmão. -Ficarei - Jamie respondeu , ainda olhando fixamente a porta . Graham levou Kate ao solar em vez do grande salão , já que muitos dos homens estariam se acomodando para passar lá a noite. A única bebida no solar era uísque, então Graham o

esquentou perto do fogo da chaminé e o serviu em uma caneca. O ar frio da noite gelava o quarto. Ele aproximou duas cadeiras à chaminé e lhe cobriu seus ombros com uma manta . Kate dobrou suas pernas debaixo da manta e sorveu o uísque . Quando ela tossiu , Graham riu e lhe advertiu que tomasse lentamente ou queimaria as tripas. -Queima de verdade ? - É outro dos inventos do velho Gillis,- lhe disse , acomodando-se na cadeira em frente dela. -Certamente agora sentirá calor . Ela tomou outro gole, mais lentamente desta vez , e contemplou as chamas. - Ajudará-me a esquecer o que meu avô fez a eles? Não culpo Callum se o matou . -Callum não o matou - Graham lhe assegurou .-Se o tivesse feito , talvez se houvesse sentido mais satisfeito. Kate sacudiu a cabeza e baixou a vista , muito envergonhada para olhá-lo diretamente. –Meu pai sabia disto? -Não sei . Kate bebeu mais do uísque e pensou em toda a situação . Uns momentos depois , ela falou novamente. -Callum pensa que ele é um monstro aos olhos de Maggie. Mas não tem medo , Graham. Ela teme por ele. Ela quer que ele deixe de lutar esta guerra. Graham tomou um gole de uísque, e fechou seus olhos . - Eu temo por ele, também- ele admitiu e se recostou em sua cadeira . - Callum está determinado a matar seu tio. Quando o fizer ,creio que todo o poder do reino cairá sobre ele. Argyll também sabe disso, e por isso provoca Callum, causando crueldades às mulheres MacGregor. Kate tremeu debaixo da manta . Ela sabia que seu tio era um depravado. - Ele nunca veio nos buscar quando éramos crianças, embora o prometia freqüentemente . Nos abandonou para sermos criados pelos servos e os soldados de meu pai . Quando me converti em uma senhorita , ele prestou mais atenção a mim do que a Robert. Descobri a razão este último inverno quando ele tentou me beijar. Graham se inclinou para frente em sua cadeira e deixou sua caneca no piso. Seu olhar estava fixo em Kate, sua voz baixa carregada com uma raiva controlada. -Robert sabe? -Nunca contaria a ele - Kate disse. -Espero que Duncan nunca nos encontre - ela adicionou . -Nós? Quando ela o olhou , Graham estava observando-a com uma mescla de preocupação e de admiração . -É uma coisa muito perigosa que se junte a nós , Kate.- A expressão de Graham se suavizou quando ela arrotou. - Sente-se melhor, não é? Ela assentiu com a cabeça e enfocou sua atenção nele. "Estou contente de ver que Jamie se recuperou. - Sim . Era um ferida pequena . Ele caiu por salvar o gato de Maggie das vigas. -Quem lhe ensinou a ser tão cavalheiro ?- Kate sorriu ao Graham e se envolveu mais profundamente na manta . Graham se serviu mais uísque , seu sorriso malicioso provava a Kate que não tinha sido ele quem tinha ensinado a seu irmão esses ideais nobres. -Jamie é muito jovem. - Ele está interessado em Maggie. -Então é um idiota, também.

Kate o observou enquanto ele sorria e suas covinhas se marcavam . Tinha muito afeto por Graham. Desde o momento em que se conheceram ele a tinha tratado amavelmente . Embora ele era ferozmente leal a Callum, nunca lhe tinha demonstrado desprezo por seu sobrenome . Ele era amável e tremendamente encantador. Com esse halo de cachos caindo descuidadamente sobre seus olhos verdes, e um sorriso pecador que podia derreter o coração da mulher mais estóica a vinte metros , não era estranho que quase todas as mulherers em Camlochlin procurassem sua atenção. -O amor não é tolo, Graham. Ele levantou a vista . - Fui criado na guerra. É a única coisa duradoura e constante nesta vida. O amor é passageiro. - Eu o vi rindo várias vezes com Aileen - Kate assinalou , -Quer me dizer que não sente nada por ela? - Sim , tenho um profundo afeto por Aileen porque é minha irmã. -OH, perdoe minha conclusão precipitada.- Kate se ruborizou intensamente . -Minhas irmãs Sineag, Murron, e Mary vivem em casas fora do castelo com seus maridos e seus filhos. Os olhos de Kate se aumentaram .-Quantas irmãs tem aqui ? -Aqui,só quatro. Mas tenho onze irmãs no total . -Que maravilhoso poder crescer em uma família tão grande. -Não .- ele riu. -Aprendi muito sobre as mulheres, mais do que preciso saber . O resto delas vivem em Edinburgh e em Moray. Uma delas tomou um Campbell como marido.- ele sacudiu a cabeça quando Kate levantou uma sobrancelha. -Esta guerra começou faz muito tempo , mas não era nossa guerra, os Grants sempre foram bons amigos dos MacGregors. Seu avô era um homem cruel,mas não todos os Campbells são como ele.Você, por exemplo,é muito encantadora. Graham não pôde evitar de sorrir com o rubor que tingiu as bochechas de Kate . –Pegueo muito afeto por Robert durante minha permanência em Kildun. Os olhos do Kate se nublaram ao ouvir o nome de seu irmão. Sentia como se tivessem passado séculos da última vez que o tinha visto . -Como está ele, Graham? Como chegou a conhecê-lo ? Graham tirou seus olhos de sua bebida e bebeu o resto de seu conteúdo antes de falar. -Fui enviado a Kildun para ajudar a seu tio e para ganhar sua confiança. - Por que? - Porque Callum não podia infiltrar-se em Kildun. Eu devia guiar os homens de Argyll a... Angus e Brodie o salvaram de ter que continuar a história ao abrir a porta do solar. - Aqui está , canalha. - Angus entrou primeiro. Quando Kate arrotou e os saudou , o highlander gigante lhe sorriu como um cachorrinho que acabava de ser acariciado detrás das orelhas. - Eu pensava que Graham estava passando a noite com uma bela moça. E tinha razão . -É a primeira vez em sua maldita vida que tem razão em algo.- Brodie riu e entrou . Ele se acomodou em uma cadeira e fechou os olhos. -Brodie, por que não está na cama com sua esposa?- Graham lhe perguntou, ignorando a série de insultos murmurados por Angus enquanto procurava um lugar onde sentar-se . -Porque não há espaço para mim naquela maldita cama . Se Netta não der a luz logo, vou abandoná-la . Angus respondeu com uma risada , mas Kate franziu o cenho. Queria castigá-los, e sabia

que devia fazê-lo . Mas não podia recordar por que devia castigá-los . De repente se lembrou de sua conversa com Graham, e se voltou para ele. -Robert mandou a todos vocês ao vale Orchy? - Não - Graham disse. -Na verdade, ele se opôs a que fôssemos. - Acha que ele ainda estará amarrado ao portão como o deixou ?- Brodie perguntou, abrindo um olho. -Amarrado... a um portão?- Lentamente, Kate virou-se para cravar seus olhos em Graham. Amarrou o meu irmão a um portão? -Brodie, é um maldito filho de puta - Angus lhe disse – Ele vai se lamentar.- ele procurava uma cadeira no solar. -Onde diabos estão todas as cadeiras ? -Angus, cuidado com a sua suja língua,- Brodie o acautelou severamente . - É verdade ou não ? - Kate exigiu , desenredando-se da manta. Ela teria saltado de sua cadeira mas se sentiu enjoada e apertou aos braços da cadeira em vez de afastar a manta . - Ele não era seu amigo? Graham estava por lhe responder quando a porta se abriu novamente e Callum encheu a soleira da entrada. Seus olhos brilhavam com algo perigoso, Graham instintivamente ficou de pé . O olhar de Callum percorreu a cada um deles e logo foi posar-se emo Kate. - Vai me ter que dizer aonde vai de agora em diante , Kate. -E você nunca mas me falará desse modo novamente, rufião insensível.- ela arrancou a manta de suas pernas e ficou de pé . Logo quase caiu . Graham a capturou pelo cotovelo . Ela não tirou seus olhos do Callum enquanto se endireitava . -Amarrou o meu irmão ao portão ? -Não , Graham o fez ,- Callum lhe disse . Kate abriu a boca para lhe dizer o que pensava dele mas lhe escapou um arroto . Em sua cadeira , Brodie inclinou sua cabeça , fechou os olhos e sorriu . -Quem te deu o uísque ?- Callum exigiu , suspeitando de Angus. -Graham - Kate lhe disse . "E embora ele é um homem muito doce, nunca vou perdoá-lo por ter amarrado o meu irmão em um portão. - Deveria ficar agradecida, moça,- Angus disse antes de beber o conteúdo de sua caneca .- Foi Graham quem disse a Callum que perdoasse a vida do rapaz. Callum lançou a Angus um olhar assassino, que Angus respondeu colocando-se detrás da cadeira de Brodie. Kate estudou Graham e logo deu um passo para ele. Graham retrocedeu , inseguro se ela queria abraçá-lo ou lhe arrancar os olhos. Ela cambaleou por um momento, logo girou sua cara agora esverdeada para Callum. -Sinto-me doente. Callum a observou desmaiar nos de Graham, eenviou a seu amigo um olhar feroz antes de arrebatá-la de seus braços e lançá-la em cima de seu ombro. -Mande a Aileen ao quarto de Maggie,- ele ordenou .-E se voltar a dar o uísque de Gillis a ela novamente, arrancarei seus dentes.- Callum estreitou seus olhos em seu amigo antes de sair. Quando ele saiu , golpeando a porta detrás dele , Brodie olhou para Angus e ambos os homens rugiram em risadas. - Nosso lorde está com ciúmes ! - Sim - Graham curvou sua boca em um sorriso enquanto olhava fixamente a porta . Finalmente.

Capítulo 26 Kate dormia profundamente coberta debaixo das peles mornas na cama de Callum enquanto ele observava até bem entrada a noite. A princípio ele tinha caminhado impacientemente diante da cama, indeciso entre a demanda de seu corpo que a desejava e a ordem de seu coração que lhe dizia que devia mandá-la embora . Cristo querido, ela o amava . Estava louca ou era idiota ? Não se dava conta que isso era uma sentença de morte para ela? Por Deus , era sua culpa. Ele sabia que ela não o odiava . Ele não tinha feito nada para deter seus sorrisos doces. Ele a tinha deixado pensar que ele era um herói de contos . A tinha beijado , sabendo que ... Deveria ter feito tudo para protegê-la, pois ele era o maior perigo para seu bemestar. E agora havia a trazido para sua cama! Deus, desejava-a ali. Não podia pensa lógicamente quando ela estava perto. E agora, em sua inocência, ela tinha se apaixonado por ele. Isso e matá-la seria o mesmo . Depois de caminhar incansavelmente durante a primeiro hora como um leão enjaulado , finalmente sentou-se em uma cadeira escondida nas sombras de um canto do quarto . As chamas da chaminé iluminavam o rosto de Kate e ele a observou durante outra hora. Já sabia de cor o contorno de seus traços, cada bela curva que formava seu rosto. Queria saber mais sobre ela . Mas o custo era muito grande. Ela tinha caído em seus braços, perfurada por uma flecha que estava designada para ele. Como seria nesse momento que ela criaria semelhante caos em seu coração? Ele estava tão seguro de suas próprias defesas que não se incomodou em defender-se dela . E justamente fazendo isso , tinha permitido sua entrada a seu inferno particular! Tinha-a arrastado até sua fortaleza e havia inscripto a palavra :morte” sobre sua testa. Callum apertou os dentes e os punhos. Lançou sua cabeça para trás , precisando amaldiçoar aos céus. Tinha arrastardo Maggie através dos portões do inferno para salvá-la do que ? Ele mesmo se converteu em um dos muitos demônios que perseguiam Maggie . E agora tinha feito o mesmo com Kate. Morte para os simpatizantes dos MacGregors. Esse era o lema do reino . Deus ... Não ! Ele sabia que não tinha nenhum direito de pedir nada a Deus. Entretanto pediu uma só coisa. -Por favor,- ele sussurrou.- Me fortaleça. Callum se levantou , determinado a fazer o que devia. Ela tinha sido forçada. Tomada contra sua vontade . Sim isso era tudo o que ela teria que dizer a eles. Mas ele não a tinha tomado . Ela permanecia pura. Só havia compaixão como sentimento . E a compaixão era muito fácil de destruir. Callum caminhou para o extremo da cama e se agachou, levando o rosto dela para perto do seu. Ela era sua redenção dos pecados que ele considerava muito graves para serem perdoados. Mas não podia aceitar seu amor sem pô-la em um perigo mortal. Seu ódio corria profundo, e não deixava espaço para o amor. E com isso salvaria sua vida. - Não a amarei , Kate Campbell . Nunca. - Callum, levantou-se , jurando a si mesmo que ela nunca saberia quanto essa mentira o torturava. Kate abriu suas pálpebras e as fechou novamente com os raios de sol vociferando como um trompetista de um arauto da janela. Levantando sua mão sobre sua cabeça, ela lançou um gemido que soou como se estivesse morrendo. E se sentia como se estivesse acontecendo

exatamente isso. Não podia se mover, pois até a mas simples respiração fazia doer a cabeça. Maldição velho Gillis e seu veneno. depois de alguns segundos de agonia , ela lentamente levantou suas pálpebras novamente. Por Deus, o que tinha acontecido com as janelas? Moveu-se tão cautelosamente como seu corpo o permitia para escapar ao ofuscante raio de luz. Seus pensamentos eram vagos e seu cérebro estava confuso, e, como uma cortina sendo corrida, percebeu que estava em um quarto pouco conhecido, uma cama estranha. Ainda muito dolorida para mover a cabeça, seus olhos procuraram velozmente para a esquerda e para a direita. O teto não lhe ofereceu nenhuma resposta, e com grande esforço se sentou , ainda segurando sua cabeça para mantêla em seu lugar. Estava no quarto de um homem, isso era claro para ela. Tudo no quarto era de madeira escura. Até as paredes estavam recobertas com pranchas grossas de madeira. Um enorme roupeiro intrincadamente esculpido, mais alto que Callum, estava entre duas grandes cadeiras que podiam acomodar pelo menos duas pessoas de uma vez . Haviam três mesas para acomodar tudo , desde canecas de uísque até um jogo de xadrez de madeira . Uma bacia de prata estava apoiada em outra mesa, junto com um pequeno castiçal . Nenhuma tapeçaria decorava as paredes; nenhum escudo ou estandarte ofereceu um pouco de cor e alegria. As janelas estavam nuas, e a ausência de cortinados em torno da cama disse a Kate que quem dormia ali não se importava em nada com sua privacidade . Ainda com sua ausência de cor e de tecidos para oferecer calor, o quarto era quente . Claro, havia uma enorme chaminé com um fogo rugente e Kate soube instintivamente o que a fazia sentir como se tivesse pertencido a esse quarto toda sua vida. O ambiente cheirava como Callum, a urze selvagem e névoa .Sim ela pensou, fechando seus olhos para inalar esse aroma. Era seu quarto , sua cama. Ainda estava sorridente quando Callum entrou no quarto. A imagem do Kate sentada em sua cama, seu cabelo cor ébano caindo ao redor de seus ombros e sobre braços, acelerou o coração dele. Experimentou um invasão súbita de algo tão forte que quase o dobrou em dois . Quando ela girou sua cabeça e lhe ofereceu um sorriso , ele quis cair de joelhos e lhe render a homenagem que ela merecia. Callum quase sorriu . Morte para os simpatizantes dos MacGregors.. Ele franziu o cenho muito ferozmente para apagar seu sorriso. Avançando , ele evitou seu olhar enquanto cruzava o quarto e parava na janela. - Está tudo bem ?- ela perguntou , sentindo por seu olhar frio e duro que não o estava. Sua voz era baixa e aflita , mas Callum não se virou para olhá-la . -Não - ele respondeu firmemente . Olhou pela janela à neblina distante .-Há um Campbell em meu castelo. A boca de Kate caiu aberta, e seu coração pulsou muito violentamente . Não o tinha ouvido corretamente . Não podia ser. -Mas eu esperava . . . Callum, você me beijou. Agora ele a olhou por cima de seu ombro. Seus olhos brilhavam como o cobalto frio contra a luz do sol. -Falta de sentido comum de minha parte, nada mais. Kate se sentou torpemente. Lágrimas encheram seus olhos e se grudaram em seus cílios quando piscou . Os olhos endurecidos de Callum se cravaram nela. -Está de saída Kate. Meus homens lhe escoltarão até a casa dos Stewarts amanhã . Uma vez que chegue , dirá a seu lorde que escapou das garras dos temíveis MacGregors. Lhe diga a verdade, que o Diabo te seqüestrou.

Lhe peça que mande procurar o seu irmão. Ele virá por você , não tenho dúvida. Se vir seu tio vivo, lhe diga que eu irei atrás dele. - Ppor que?- Foi tudo o que Kate pôde dizer. Sua garganta lhe doía com um nó que servia para sufocar um soluço . Ele se voltou para a janela e dobrou suas mãos em suas costas .-"Eu não preciso te dar uma razão. -Quero uma !- lhe gritou .A cabeça lhe estalava de dor pelos efeitos posteriores do uísque e seu coração queria saltar de seu peito e correr aos braços de Callum. -Muito bem , Kate. Estou cansado de você . Admito que sentia curiosidade de ter um Campbell em meu lar, não que não queria matá-la. Mas me dou conta agora que não posso... - Callum fez uma pausa e fechou seus olhos, logo apertou seus dentes . -Não posso tolerar sua presença . Deixe minha cama. Deixe meu castelo. Não a quero mais aqui . Callum pensou que ela choraria. Preparou-se para isso. Ela o amava, era óbvio pelo modo em que ela o olhava e lhe falava . Ela se iluminou quando ele tinha entrado no quarto, e ele acabava de apagar essa luz. Esperava que ela chorasse, como qualquer uma mulher o faria. Mas quando ela saiu da cama e o deixou sem uma palavra para conservar sua dignidade, ele apertou seus dentes para deter-se de gritar seu nome e lhe ordenar que voltasse para ele. Kate correu diretamente ao banheiro , onde vomitou o que restava em seu estômago. As palavras cruéis de Callum ecoavam impiadosamente em sua mente. Inumeráveis vezes ela tinha sido forçada a reviver sua crueldade. Ele tinha estado parado na janela como um guerreiro esculpido em pedra, com costas rígidas como uma flecha. Deus a ajudasse, mas ela entendia por que ele a odiava tanto. Não o culpava. Ela tinha odiado aos MacGregors, e tinha passado por essa tortura. Callum tinha direito a expulsá-la de Camlochlin. Havia-lhe dito desde o começo que a devolveria a seu irmão. Ela sabia que ele nunca poderia amá-la , mas tinha acreditado que ...Tinha esperado que... Não . Ela chorou . Tinha sido sua própria culpa por apaixonar-se por ele, por querer esse lar , e por querer ao que ela orgulhosamente declararia como sua família. Para Graham, que estava do outro lado da porta, Kate soou de qualquer modo menos orgulhosa . Seu coração se oprimiu com a crueldade de seu pranto, e pela primeira vez em todos os anos em que conhecia seu amigo mais querido, amaldiçoou à besta terrível que tinha feito isto a ela. Capítulo 27 Kate passou a manhã de sua expulsão de Camlochlin sozinha . Ela rechaçou a oferta de Graham para falar com Callum sobre a decisão de que ela partisse. Não respondeu quando Maggie bateu a sua porta, com a desculpa de lhe trazer algo para comer. Kate não queria comida. Queria ser outra pessoa. Queria ser uma MacGregor. Sua mulher, seu amor. Mas Callum não tinha amor para lhe dar . Ele só parecia ser feito de ódio e raiva. Mas havia algo mais nele, ela sabia . Havia humor , ternura, e paixão. Um homem cujos olhos emanavam orgulho quando falava de seu sobrenome . Um campeão e um defensor para sua irmã, e para ela. Deus, não queria partir e nunca jamais ver seu rosto novamente. Mas também tinha orgulho, e ela finalmente se sentou e secou os olhos. Ela não passaria seu último dia com este clã orgulhoso lamentando-se. Deixaria-lhes saber que nem todos os

Campbells tinham medo de enfrentar seu destino. Callum estava parado nas almenas uma hora mais tarde, sem lhe importar o ar frio que soprava desde o Sgurr Na Stri. Seus olhos estavam fixos mais abaixo na mulher no campo de treinamento com Jamie, preparando seu corpo enquanto deslizava uma flecha em seu arco. Ela apontou , sem lhe importar as mechas de cabelos que se grudavam em seu rosto, e deixou que a flecha voasse . Os lábios de Callum se curvaram em um sorriso de vitória . Ouviu os passos de Graham detrás dele muito antes de vê-lo . Não se virou, e não tirou seus olhos de Kate quando Graham limpou sua garganta para anunciar sua presença. Graham apoiou seus cotovelos no muro e seguiu a direção do olhar de Callum . -Brodie me disse que mudou de idéia respeito de ir caçar hoje de manhã. - Sim . Quando Callum não disse nada mais e continuou observando Kate, Graham exalou um suspiro leve. - Seus olhos são muito reveladores , irmão. Por que a manda embora quando não quer que se vá ? -Ela é uma Campbell.- Callum deslizou seu olhar para Graham por um momento antes de voltálos para Kate. -Ela não pertence a esse lugar. -Pode ser , mas não é a razão pela qual faz isso,- Graham argumentou . -Está apaixonado por ela, Callum? - Não . - Sim, é bom saber disso.- Graham lhe deu uma palmada leve nas costas enquanto deixava que seu olhar fosse para a mulher mais abaixo. -Porque ela é bastante bela e se eu fosse você , não poderia pensar em outra coisa que não fosse ela na cama de seu prometido. Callum se virou e se afastou bruscamente dele. Graham ouviu a furiosa caminhada de seu amigo detrás dele e sorriu . Callum queria à moça. Caso contrário , ele estaria tão ciumento como um escudeiro que acabava de descobrir a sua amante deitada com outro homem? . Graham decidiu usar esse ciúmes para convencer seu amigo do idiota que estava sendo. Espero que para o bem dela seu futuro marido não seja velho. Alguém tão enérgica como ela merece um homem que possa satisfazer seus apetites. - O que quer , Graham?- Callum apertou seus dentes . -Querer ?- Graham girou e lhe ofereceu um inocente encolhimento de ombros. -Quero que ela tenha muito prazer na vida . Eu gosto dessa moça . E quero e peço a Deus que esse bastardo não a maltrate. O olhar glacial de Callum foi suficiente para fazer Graham fechar sua boca. - Sei o que pensa , Graham. Mas eu não a amo, então pare com esse jogos comigo. Ela é uma Campbell, minha inimiga, e ela pertence a sua própria família. -Ela não é sua inimiga,Callum. Ela está apaixonada por você -a voz de Graham se fez mais séria agora. -Então a idiota é ela ! - a voz de Callum estalou em um rugido ensurdecedor. Ah, Graham pensou, entendendo finalmente. -Seu coração está determinado a protegê-la, mas pense. Ela está apaixonada por você. E não estará mais segura em nenhum outro lugar do que a seu lado. Callum sacudiu a cabeça, negando-se a ser movido de sua decisão . -Ela conhece a lei. E se

esquecerá de mim logo. Graham levantou suas mãos em um gesto de rendição. -Muito bem , então - ele se afastou do muro . -Não sei se ainda resta um pouco de coração . Mas me escute bem, Callum MacGregor... - Ante essas palavras, Callum piscou como se tivesse sido atingido por uma pedra . - Eu não formarei parte da idéia de entregá-la à mãos de seu tio. E espero que quando for devolvida ela tenha o suficiente sentido comum para manter em silêncio seus verdadeiros sentimentos. Por amor de Deus ! Olhe para ela ! - Ele deixou que seus olhos fossem a ela, obedecendo sua própria ordem. – Ela é pura e honesta como um bebê. Eles saberão o que há em seu coração no momento em que mencionem seu nome. -Então devo me assegurar que seu coração me odeie . Graham ouviu os passos de Callum e girou para ver seu amigo, mas Callum já tinha se afastado . Callum desceu as escadas velozmente, pulando de três a quatro degraus de uma vez. Deixando Graham pensando no que faria para fazer que Kate o odiasse. Quando ela entrou em seu campo visual , seus lábios se endureceram em uma linha apertada , e seus olhos se obscureceram como uma noite de inverno. Kate deu um passo atrás quando o viu, logo voltou sua atenção a Jamie e seus gestos com sua espada para continuar a prática. Mas um corpo como o do Callum avançando rapidamente em direção a ela era difícil de ignorar. Kate mordeu seu lábio e quase perdeu um dedo quando Jamie fez seu ataque. Callum arrebatou a espada de Jamie de sua mão e o empurrou longe, tudo em um só movimento fluido. Atacou Kate com uma promessa de morte em seu olhar . - Se prepare , Kate, ou haverá um Campbell a menos na Escócia. -Callum, eu ... - ela começou a lhe dizer que ela não queria praticar com ele. Estava assustada com sua ira. Mas ele atacou. A princípio Kate só podia olhá-lo fixamente , sobressaltada e descrente de que ele a atacasse com semelhante força. Logo ele levantou a espada em cima de sua cabeça, segurando o punho com ambas as mãos, e ela soube que ele ia matá-la se não se defendesse . Se forçou a deixar de pensar como uma mulher e começar a agir como um guerreiro. Ela desviou outro golpe feroz . Saltando para trás , preparou suas pernas para o próximo ataque . Completamente à defensiva , ela conseguiu bloquear mais três golpes. Segundos mais tarde ela estava ofegando para respirar, seu cabelo estava empapado de suor e seus músculos lhe ardiam e tremiam pela força utilizada. Nem sequer os McColls a tinham esgotado tão rapidamente. E logo tudo tinha terminado. Outro golpe que lhe fez tremer os dentes, e outro mais que derrubou sua espada ao chão . Callum avançou um passo e apoiou a ponta de sua espada escocesa em sua garganta.-Como se sente estando tão perto da morte, Kate? - Com o frio de metal contra sua garganta, ele se moveu mais perto e se inclinou para baixo até que seus narizes quase se tocavam . Quando ele falou, sua voz baixa era um grunhido . – Lembre-se dessee dia e o medo que te sufoca. Pode acreditar que está pronta para enfrentar a morte por razões nobres, mas quando chegar o momento, nada importará mais que sua própria vida.Lembre-se disso e não seja idiota . Kate fechou seus olhos, incapaz de respirar. Ele estava esmagando seu coração em sua mão como o tinha prometido . Por que não acabava de matá-la e terminava com essa agonia ? Ele

era tão cruel que a torturaria primeiro? Não ! Ela o tinha visto consolar a sua irmã. . Ele não era as coisas que tantas pessoas acreditavam dele . Ele era orgulhoso e possessivo, um rebelde desafiante que cuidava de seu clã e mantinha seu sobrenome vivo. Ele era um homem que se converteu em um monstro para proteger a quem amava. -O amor é a causa mais nobre de todas, Callum MacGregor- ela disse tão desafiantemente quanto ele pronunciava seu próprio sobrenome. -Não , é veneno para nós dois. Ele se afastou ,rogando a Deus para que ela pudesse odiá-lo . Se não pudesse fazê-lo , ele assassinaria a qualquer um que a castigasse por sentir esse amor - e mataria todos os outros , até morrer afogado no sangue deles. Capítulo 28 Kate o observou afastar-se . Cada músculo de seu corpo se convulsionava com a necessidade de segui-lo. Mas ela não se atreveu a mover-se. Ele tinha deixado seus sentimentos mais que claros. E ela não podia sofrer por esses sentimentos novamente. Abraçou seu próprio corpo para expulsar o frio de uma tormenta que se aproximava e seu olhar percorreu a paisagem selvagem e as cúpulas envoltas em névoa. Tinha considerado muito belo esse lugar quando tinha chegado . Mas agora Camlochlin lhe parecia severo e imensamente solitário . Era uma terra tão cheia de cicatrizes de guerra e tão imperdoável como o lorde MacGregor. Ela nunca o tocaria. Finalmente, Kate se rendeu. Queria voltar para sua casa. Queria estar com seu irmão. Examinou as colinas circundantes. Robert estaria perto ? Ou no outro extremo do mundo? Ia ser levada a Kildun, mas Robert não estaria lá. Ela sabia com seu coração que seu irmão a estava procurando . Ela tinha estado tão ocupada vivendo em seu " suposto novo lar" que não tinha pensado no que aconteceria se ele a encontrasse . Se Robert viesse, Callum certamente o mataria.Ele tinha prometido não machucar a seu irmão,mas o ódio do Callum para os Campbells era muito forte. Mal pôde evitar de matá-la. E com Robert não seria muito melhor se os encontrasse no caminho para a casa dos Stewarts . Seu senso de cavalheirismo lhe ditaria que devia luta por sua honra. Robert poderia ser capaz de matar a um dos homens de Callum, mas cairia muito rapidamente depois disso. Kate não queria que seu irmão ou algum dos homens de Callum morressem. Só havia uma maneira de acautelar isso. Robert Campbell apertou seus dentes quando cada golpe feroz que Kevin Menzie dava em Roderick Cameron ressonava nas paredes da fortaleza .Um golpe mais e Robert poria fim a isso. Ele lançou seu olhar a seu tio que estava de pé a alguns centímetros de distância . O homem estava sorrindo ! -O Diabo esteve aqui, - Kevin cuspiu , apertando o xale do lorde em seus punhos. - Dirá aonde foi , ou atearemos fogo em toda a aldeia . - Eu não o vi - Cameron disse pela quarta vez, o sangue emanava de sua boca e seu nariz. - Ele matou sete de meus parentes! - Kevin levantou seu punho para golpeá-lo novamente. O golpe foi detido a meio caminho pela mão de Robert . - Basta !- ele gritou .

Kevin se voltou ,preparado para golpeá-lo , mas o brilho assassino nos olhos de Robert o fez parar. Então ele sorriu . - O que fará? Voltará para o vale Orchy e fornicará com suas ovelhas. Não tem estômago para a violência, não é? O olhar furioso de Robert não vacilou. – Toque em mim e descobrirá. - Sobrinho.- A voz de seu tio se ouviu enquanto ele dava um passo . Robert não olhou para Duncan enquanto ele falava com o lorde dos Cameron. Que honra havia em amarrar a um velho em uma cadeira e golpeá-lo ? -Este homem nos dificulta encontrar a sua irmã. Por que quer protegê-lo ? Permita que Kevin termine com suas perguntas de modo que possamos salvar Katherine antes que o Diabo a mate, se já ele não o fez .... Robert captou um olhar sutil que Cameron lhe lançou por debaixo de sua pálpebra inchada . Kate não estava morta. -Desejo falar com o chefe do clã a sós . -Não - Duncan se recusou. Agora Robert virou-se para olhá-lo . - Sim, de outro modo cavalgarei até a Inglaterra e levarei este assunto a Cromwell, que é o que deveria ter feito desde o começo. Por um momento seus olhares se travaram em uma luta. O desafio nos olhos cinzas e frios de Duncan era inconfundível, mas Robert não seria movido de sua decisão . Finalmente, seu tio assentiu com a cabeça e fez gestos aos Menzies para que saíssem. No momento em que eles ficaram a sós , Robert se inclinou sobre o velho lorde e apertou seus ombros. -Viu minha irmã. Me conte , ela estava ferida? -Não . -Onde a levaram ?- Quando Cameron não respondeu, Robert o agitou. – Dá a sua lealdade a um homem que assassinou a sete Menzies. -Pergunte a seu tio por que o Diabo os matou- Cameron respondeu fracamente .-Melhor ainda , vá à cabana de Stuart MacGregor e descubra o que fizeram. Robert soltou o velho e passou suas mãos por seu cabelo. Maldição, não queria ver. Tinha esperado toda sua vida para servir ao reino, para lutar ao lado de seu tio. Mas isto não era lutar . Isto era uma coisa completamente diferente . -Vá à cabana, jovem Campbell e veja aquilo que fez sua irmã chorar. - Primeiro me dirá aonde a levou o Diabo , e logo verei que faço . Robert deixou a cama de Rhona MacGregor, e saiu da cabana , reuniu cada grama da força que tinha para não vomitar. Cravou seus olhos em seu tio que o olhava fixamente de seu cavalo. - Por que ela foi marcada com um ferro quente ? - Ela quebrou a lei , assim como o fez seu marido e seu filho . Todos os escoceses têm a autoridade para submeter aos MacGregors à lei do modo que lhes pareça apropriado . Já sabe disso. Sim, Robert sabia , mas ver essa proscrição na prática era muito diferente da teórica. A carne dos olhos de Rhona MacGregor estava infectada . Ela não viveria uma semana mais . E por que ? Por seu sobrenome? -Não sentirá compaixão por eles, não é , Robert?- seu tio lhe perguntou , seus olhos tão afiados quanto espadas .- O Diabo, e qualquer outro chefe do clã MacGregor, cortaria seus membros e os pulverizaria aos quatro ventos só para satisfazer sua sede de sangue. É o único

modo de mantê-los sob controle. Tem sido assim há muitos anos. Agora me diga aonde levaram Katherine. Estou morto de curiosidade . Robert caminhou com passos largos em direção a seu cavalo , cuspindo o sabor amargo de sua boca enquanto avançava . - Para o leste.- disse a seu tio . -O Diabo a levou para Badenoch. Capítulo 29 - Venha para dentro, Maggie. vai chover.- Callum se ajoelhou ao lado de sua irmã que estava deitada de costas no pasto frio não longe do castelo. Ela abriu seus olhos e lhe sorriu . Logo franziu o cenho,sem fazer nenhum movimento para obedecer sua ordem gentil. - Por que mandou Kate para longe ? Jamie diz que a odeia. Callum lançou um suspiro explosivo e levantou seus olhos às colinas para não encontrar o olhar acusador de sua irmã. Não queria discutir o tema Kate. Não quando o mero pensamento fazia doer os braços com a necessidade de abraçá-la . Estava fazendo o correto , disse a si mesmo . Finalmente falou .-Eu não a ódio- ele respondeu. -Mas não é seguro ficar aqui conosco...comigo. Quando ele a olhou novamente, ela capturou seu olhar . Suas sobrancelhas se curvaram interrogativamente. -É verdade, então , Callum? -O que é verdade? -Pensa que é tão perigoso como eu temo ? Sua pergunta era tão inesperada, que Callum simplesmente a olhou fixamente , inseguro de como responder. Ter afastado Kate nada tinha a ver com sua periculosidade. Ou não ? Ele era o Diabo MacGregor, e todo o inferno desceria sobre os Campbells se Kate fosse machucada. Sim, aquilo no que se converteu o assustava. Se alguém poderia entender isso, era sua irmã. -Kate disse a verdade, então - Maggie disse quando as lembranças que o visitaram obscureceram sua expressão. -Não é nenhum diabo, irmão. Só um idiota - ela o desafiou, embora sua voz era tão terna como sempre . -Tirou-me daquele lugar terrível. Devolveu-me minha vida. Callum nunca tinha esperado essa absolvição assim. Nunca tinha lamentado um só dia de sua vida, e não ia começar agora. -Mas os sonhos de terror que te causei . . . - É cerdade - ela concordou. -E cada vez que sai de Camlochlin para procurar sua vingança, e não sei se retornará, mé dá o mesmo terror. Isso só acabará com sua morte. Ele tomou sua mão - Sou um idiota .- ele sorriu , logo limpou sua garganta quando seus olhos lhe arderam . -Agora, devolverá Kate? -Ela não partiu ainda , Maggie. Mas não posso ... -Ela já partiu! - ela insistiu, retirando sua mão para poder bater em sua coxa. -Ela montou em Ahern e me pediu que dissesse aos guardas para que permitissem sua partida. Penso que Graham deveria ter ido com ela. Callum tentou sossegar os ferozes batimentos do coração em seu peito mas falhou e saltou para ficar de pé .-"Não ! Ela não pode ter partido. Não sozinha ! - Digo que o fez ,- Maggie disse firmemente enquanto se levantava. - Cristo! - ele passou seus dedos por seu cabelo como se quizesse arrancar todos os fios. Seus olhos procuraram em direção ao Elgol. -Quando se foi?- ele se voltou,se apoiou sobre um

joelho, e agarrou os ombros de sua irmã. -Maggie, pense . Faz quanto tempo que Kate partiu? -OH, faz muito tempo , Callum. Foi antes de que eu alimentasse a Matilda. Como ele não tinha idéia de quanto tempo era isso , gemeu soltando a sua irmã, logo correu para o estábulo, gritando por cima de seu ombro para que ela voltasse para castelo. Sentiu-se agradecido de que Maggie finalmente obedecesse sua ordem quando ele passou ao lado dela em seu cavalo. Callum amaldiçoou o vento que lançava seu cabelo sobre seu rosto enquanto cavalgava para o vale. Por que diabos Kate faria uma coisa tão tola? Ele se perguntou enquanto puxava bruscamente as rédeas, urgindo até mais a seu corcel . Ele tinha culpa. Tinha-a pressionado tanto que ela não podia esperar outro dia para afastar-se dele. Impulsionado pelo medo do que poderia lhe acontecer, Callum esporeou os flancos de seu cavalo , urgindo-o a voar. Foi em direção ao Elgol ao mesmo tempo que o céu se abria sobre ele. Seus olhos esquadrinharam os precipícios e os campos procurando-a . Ela não podia ter deixado o castelo há tanto tempo sem que ele o tivesse notado, disse a si mesmo , tentando permanecer tranqüilo — tentando conter suas emoções . Certamente ela não poderia ter ido muito longe com o velho Ahern . Rezando para que ela ainda não tivesse alcançado os precipícios traiçoeiros, Callum apertou os dentes para evitar gritar seu sobrenome , que de algum jeito se converteu em mais importante que seu próprio. Kate alcançou Elgol pouco antes de que os céus se obscurecessem e descaregassem sua ira sobre a terra. Ela estava segura que era ira, pois a chuva machucava sua carne, umedecendo seus ossos até que o frio lhe entorpeceu o movimento de seus membros. A cortina de água que caía obstaculizava sua vista e ela diminuiu a velocidade dos passos de Ahern, temendo que ele pudesse levá-la cegamente para os precipícios. Alguns metros mais adiante, uma figura obscura cruzou seu caminho. Ela puxou as rédeas do cavalo velho para freá-lo. Lhe arrepiou o pêlo. Um alarme de advertência soou em sua cabeça. Alguém estava observando-a . Ela se amaldiçoou por não ter uma espada, ou pela menos uma adaga para sua proteção durante a viagem. Ouviu os sons de pés chapinhando no barro e seu coração se acelerou com pânico. O homem se aproximou dela quase imediatamente. Seu punho a golpeou nas costelas, dobrando-a em dois . Ele puxou seu cabelo, empurrando-a para descer de Ahern . Ela estava muito atônita pelo súbito ataque e muito congelada para lutar com ele enquanto ela era arrastada para fora de caminho e era lançada contra uma parede de pedra. Kate se cambaleou para trás e caiu contra uma grande rocha de ponta afiada que lhe roçou a nuca . Uma onda aguda de dor lhe percorreu o ombro e ao longo de seu braço até as pontas de seus dedos. Kate ofegou para recuperar o fôlego enquanto se endireitava para enfrentar os dois homens de cabelo escuro esmagado contra seus rostos satisfeitos. Ela piscou várias vezes no meio da cortina de água , tentando ganhar algum controle em seus dedos trêmulos. Emcima dela, as céus eram de uma cor cinza profunda e rugiam trovões que ressonavam em seus ossos . -É um bela moça, Clyde. Tem certeza que ela é uma MacGregor? - O primeiro disse, percorrendo com seus olhos a extensão de seu corpo. Tão lascivo era seu olhar , que Kate quase desviou. Esses dois não a matariam imediatamente.

- Sim , ela vem do caminho de Camlochlin - Clyde desdenhou .-Não sei se meu estômago pode suportar fornicar com uma MacGregor. O medo de Kate se debilitou e apareceu a ira. Lançou a cada homem um olhar feroz que teria feito que Callum se sentisse orgulhoso, se ele estivesse ali para ver.- Toquem em mim e lhe arrancarei os olhos e os lançarei ao mar, imundos filhos da ... Clyde deu um passo e a esbofeteou . Ela caiu para trás novamente. - Vejo que vamos ter que te bater um pouco para que entenda o que é uma cortesia antes de vendê-la. - Quanto pensa que conseguiremos por ela? Ela é bonita - O outro contemplou o sangue emanando de seu lábio de parte inferior e lambeu seus próprios lábios. -Não muito, Ewan. Os barões não pagam muito pelas mulheres MacGregor, e até menos se ela for quase uma menina. -Talvez ela é um MacLeod. Não deveríamos nos assegurar primeiro? Kate escutou com horror. Falavam dela como se só fosse um rato de fossa. Isso era o que significava ser um MacGregor. Nenhuma honra, nenhuma dignidade. Nenhum lugar seguro na Escócia , nem sequer no próprio feudo de Callum. Sua vida não valia nada simplesmente porque eles acreditavam que seu sobrenome era MacGregor. - Dirá-me quem é seu lorde antes que fornique com você , moça.- Clyde agarrou um punhado de seu cabelo e a arrastou para a frente. Que difícil podia ser lhes dizer quem era seu tio ? Ou Simplesmente negar o sobrenome MacGregor ?Não lhe era difícil. Parecia impossível. Ela não era uma MacGregor, mas isso não lhe importava .Enfrentava uma briga onde estava envolta a nobreza. Acovardaria-se frente aos inimigos de Callum denunciando tudo aquilo pelo que ele tinha lutado tanto ? -Estarei sujando meu corpo por te tocar ?- Clyde exigiu . Fazer significaria muito mais que só esquecer da coragem de Callum e do sofrimento de Maggie . Seria como apagar toda a existência de um clã . Um clã que pertencia a Escócia. E Kate estava certa agora que cada vez que um MacGregor era morto ou lhe negava o direito de levar seu sobrenome, as colinas da Escócia gritavam por essa injustiça . Kate levantou seu olhar para seus captores e secou a boca. - São vocês quem suja o sobrenome MacGregor quando o pronunciam com seus lábios repugnantes. Clyde levantou sua mão para golpeá-la novamente, mas Kate esquivou, agachando-se , levantou uma pedra, e a lançou contra sua têmpora. Clyde se cambaleou e caiu para trás . Um olhar de surpresa cruzou seu rosto por ter sido ferido por essa moça miúda que agora estava pronta para lutar. Seu companheiro avançou para ela como um javali selvagem e lhe bateu na mandíbula com seu punho. Kate caiu ao chão , inconsciente até antes de alcançar seu destino. Um trovão gritou sua ira, fazendo tremer a terra até seus cumes. Mas foi o som que lhe seguiu que fez Clyde e Ewan se virarem . Era o som da morte. Ewan queria correr, mas o terror paralisou seus pés cravando-os ao chão . Cegamente, puxou a manga de Clyde. - Deus do céu, é ele.- A voz de Clyde tremeu com o reconhecimento de sua morte iminente. Muitos tinham ouvido falar do Diabo MacGregor, mas poucos o tinham visto em pessoa . Os contos sobre o lorde da névoa circulavam nas fogueiras. O Diabo tinha sido açoitado por anos mas nunca tinha sido apanhado . Se dizia que sua alma era a mais negra das almas que

tivessem habitado a terra. A besta saltou de seu cavalo . Por um momento não fez nada além de contemplar à mulher caída no chão enquanto a chuva lavava o sangue de seu rosto . O Diabo gemeu . Esse som cortou as últimas fibras de coragem de seus atacantes. Sua morte foi rápida. Ambas as cabeças caíram em terra com um golpe poderoso. Callum se afundou de joelhos ao lado de Kate. Fechou seus olhos e apalpou sua garganta para descobrir se ela estava viva. Suspirou com tanto alívio que seus ombros quase tocaram o seu peito . A levantou em seus braços e lhe beijou a testa . Ela tremeu, inconsciente em seus braços, e Callum amaldiçoou a chuva que a empapava. Ahern não estava à vista , mas ter o velho cavalo a seu lado , não teria feito nenhuma diferença. Kate estava se congelando, e Camlochlin estava a léguas de distância. A caverna foi fácil de achar. Haviam muitas cavadas nas paredes de rocha do precipício de Elgol. Callum preparou uma foqueira com madeira seca que achou no fundo da caverna e com algumas algas secas armou um improvisado colchão para colocar Kate. Despiu-a e logo ele mesmo se despiu e se sentou a seu lado . Seus dentes tremiam de frio , mas ela não despertou, fazendo que Callum rezasse para que os bastardos não a tivessem golpeado com um pouco mais duro que seus punhos. -Não , só é que acha muito agradável dormir comigo , não é Katie, meu amor ? - Ele sussurrou enquanto a contemplava . Agora que ela estava novamente segura em seus braços, ele soube que tinha sido uma loucura deixá-la ir. Ele passou uma de suas pernas sobre seu quadril e a cercou ao calor de seu corpo . A massageou para lhe tirar o frio e não se deteve até que sentiu a carne dela morna . Kate gemeu e aninhou-se mais perto dele. Callum fechou os olhos para deter a onda de emoção que sentia . -OH, moça, sabe converter a um homem em um pobre ser? Não deveria ficar comigo, e me enlouquece tanto que não posso pensar corretamente .Ele alisou os cachos molhados sobre sua testa, a observando até que soube que não poder olhá-la seria muito pior que estar acorrentado à parede de um calabouço. -Deus tenha clemência de Katie, mas eu a amo . Os olhos do Kate se abriram uma hora mais tarde. Sentiu-se envolta em uma manta de lã muito morna . Se aconchegou e voltou a dormir. Sonhou com o belo rosto de Callum muito perto do dela , dormindo a seu lado , seus braços fortes segurando- a como se sua sobrevivência dependesse dela. Em algum lugar profundo dentro dela, seu coração lhe disse que era assim . Capítulo 30 Kate abriu seus olhos. Por um momento ela pensou que ainda estava sonhando. Mas , Deus a ajudasse, esse rosto era real. A respiração morna que roçava sua bochecha era real. Ele tinha vindo , a tinha salvado . Kate tirou sua mão do peito de Callum e a levou a seu lábio inchado. Um momento depois, seu olhar se deslizou de volta para ele. Seu peito nu. Olhou mais abaixo e gritou . Ela estava nua! Ele estava nu! O instinto a fez afastar-se dele, mas seu braço se enlaçou ao redor de sua cintura mais firmemente . Kate ofegou. Callum

roncavam. Seus ossos se sentiam brandos contra seu corpo . O que era isso? Como a tinha encontrado ? Por que a tinha procurado ? Perguntaria-lhe tudo isso mais tarde; agora mesmo estava muito ocupada com a tarefa de tentar aquietar os batimentos seu coração , pois este se regozijava pulsando com tanta força que ela estava certa que ia acordar Callum . Quando ela olhou seu rosto novamente, seu olhar suave a fez estremecer-se da cabeça aos dedos dos pés. Ela sorriu e logo se ruborizou . Callum tinha certeza que seu pobre coração nunca se recuperaria. -Onde estão nossas roupas?- ela sussurrou, baixando modestamente seu olhar . -Secando . Estava congelada e tinha que te manter aquecida . Callum não a soltou e ela não queria que o fizesse .Nunca mais . -Por que atrás de mim ? Ele a trouxe maia perto em seu abraço de aço. - Não quero que vá embora, Katie. -Eles iam me vender.- ela fechou seus olhos e apertou sua bochecha contra seu peito .-E tudo o que podia pensar era em você. Deus o ajudasse , como poderia viver sem ela? - Não tema, moça. Eles não voltarão . Kate não ouviu a besta terrível em sua voz, só a culpa de um homem que sabia que matar era o único caminho para sobreviver embora desejava que não fosse assim . Ela olhou as chamas dentro de seus olhos, faíscas onde sua paixão pela vida, sua esperança , sua vingança, e sua redenção ardiam . Ele tinha matado a muitos homens .Se converteu em algo detestável, e sua própria causa tinha deixado de ser uma causa honrada diante de seus próprios olhos. Mas em nenhuma parte desse poderoso olhar havia ódio. Ela sorriu, de repente compreendendo por que ele a tinha afastado de sua casa . Ele se converteu em um monstro para salvar aquilo que amava . -Salvou-me novamente. Por Deus , ela sempre o olharia como se ele fosse um herói? Callum se perguntou . Até quando tinha tentado lhe mostrar seu coração negro, ela se tinha negado a vê-lo. -Kate.- ele quase não queria dizer isso. Maldição , tinha que admitir ante si mesmo que adorava ser um herói para ela. Mas ele não era um cavalheiro. Não era um herói. - Não sou mas que um bastardo desumano . Eu ... Ela sacudiu a cabeça. - É mais do que jamais poderia ter sonhado. O que fez foi porque foi forçado a proteger aqueles que ama, para salvar a seu clã da extinção. Às vezes não posso evitar de perguntar a Deus o que fiz para merecer conhecer um homem como você, lorde MacGregor. Ele levou as pontas de seus dedos para seus lábios e inclinou sua cabeça em direção à sua. -Está ferida -. O calor rouco de sua voz estremeceu os terminais de seus nervos. - Dói? - Sim - ela mal sussurrou. Callum beijou sua boca brandamente. - Ainda ?- Quando ela sacudiu a cabeça , ele depositou mais beijos suaves - E agora? -Acho que estou gravemente ferida , meu lorde.- Seus cílios largos tremeram contra sua bochecha. Ela separou seus lábios, esperando-o. Ele não a fez esperar, mas sim se inclinou sobre ela e a observou render-se debaixo de si . Sua respiração era irregular. Parecia que ele tinha intenção de dizer algo—algo que poderia arrancar seu coração de seu peito . Ele lambeu e saboreou seus lábios. A extensão de seu corpo desceu sobre ela. Ele separou seus lábios com as pontas de seus dedos e logo lambeu a

borda de sua boca. Ela se abriu facilmente à invasão de sua língua e gemeu . Ela sentiu sua carne rígida contra seu corpo não experiente, mas ele não a assustava . Ele era seu cavalheiro. Um selvagem por direito próprio, mas suas mãos se moviam sobre ela como chamas sedosas, tão meigamente que ela pensou que poderia enlouquecer. Quando essas mãos encontraram seus seios, um gemido cheio de necessidade escapou de sua garganta . Kate arqueou suas costas para encontrar sua boca faminta e a agonia maravilhosa de seus lábios acariciando seu peito enviou uma corrente de excitação a seu ventre e sua virilha . Quando ele interrompeu o beijo para olhá-la nos olhos, lhe sorriu . –Kate- ele sussurrou, e o desejo em seus olhos se converteu em algo mais demandante .-Se fizermos isto, será uma MacGregor e nada poderá mudar isso. Ela ouviu o temor por seu bem-estar em sua voz e acariciou sua mandíbula tensa. - Eu já sou uma MacGregor , e nada pode mudar isso. Nada.- Ela o desarmou sem ter que usar muita força, e o beijou até que ele sentiu essa verdade em seu coração. Massageou seus seios com delicadeza, sugando-os e mordiscando-os até que a teve ofegando debaixo dele. – É preciosa .- Callum fechou seus lábios ao redor de seu mamilo sensível, chupou e roçou sua língua até enrijecê-lo . Kate entrelaçou seus dedos em seu cabelo e o segurou contra seu peito . Queria que ele nunca parasse , mas a dor quente em sua virilha exigia ser satisfeita. Quando ele passou sua língua sobre seu estômago, Kate se levantou apoiando-se em seus cotovelos para ver o que ele ia fazer. Sua língua flutuou sob sua pele, revelando suas intenções. Ela quis afastar-se , mas a idéia de ter sua boca ali era muito excitante para negá-la . Só quando ela acreditou que poderia desmaiar e não o sentisse ali logo, ele a olhou e o fogo sexual ardendo em seus olhos foi suficiente para fazer com que as pernas de Kate se abrissem . Ele afundou seu rosto. Kate conteve a respiração. Seu beijo era como uma chama que se estendia por seu sangue. Callum tomou seu tempo acariciando-a e excitando-a completamente. Depois , tomando seus tornozelos, ele levantou suas pernas e a abriu mais amplamente , expondo-a completamente a sua boca faminta. Kate gemeu e lambeu seus lábios dominada pelo êxtase que dominava seu corpo. Sentiu que fechava punhos no cabelo dele enquanto Callum a fazia gozar . Em um pico de prazer , ela gritou seu nome e o observou colocar-se entre seus joelhos, Viu-o entrar lentamente , sensualmente. Ela suficientemente umedecida pela saliva e por sua própria paixão para que ele se deslizasse dentro dela, apesar de resistência de seu corpo. Suas coxas se dobraram antes que ele se enterrasse completamente nela . Ele ia tomá-la, e ela se sentia impotente para detê-lo . Kate levantou seus braços em cima de sua cabeça e ondulou seus quadris , perdendo o controle. A dor inicial não foi nada em comparação com a excitação que lhe causou a fricção de seu membro poderoso entrando e saindo dela . Lhe pediu que não se movesse, que não falasse. Callum fez amor tão lentamente, tão meigamente , que Kate sentiu como se o tempo se detivesse só para eles, para que ambos pudessem desfrutar plenamente esse momento. Ela deslizou as pontas de seus dedos ao longo de seus ombros cheios de cicatrizes, e os afundou na curva de sua espinha dorsal.

Seus músculos vaginais se apertaram ao redor de seu membro , e ela colocou sua palmas em cima de suas coxas tensas para sentir cada investida. O prazer cresceu até seu pináculo; seus músculos se convulsionaram debaixo dele. Ela observou , como se fosse em um sonho erótico, sua boca sensual curvar-se em um sorriso pecaminoso antes de que levantasse sua cabeça e se derramasse dentro dela. Mais tarde, ela jazia aconchegada no lugar que se converteu em mais familiar para ela que sua própria casa. Os braços de Callum sempre estariam ali segurando-a , protegendo-a. Ela estava certa disso, tão certa como qualquer moça apaixonada podia estar . Kate beijou seu peito , logo passou seus dedos sobre os músculos de seu abdômen. Callum capturou sua mão e a levou a seus lábios. Mas ele permaneceu mudo por tanto tempo que Kate levantou a cabeça para olhá-lo . -O que o preocupa ? Diga, por favor. Ao brilho da luz ambarina do fogo , seu olhar estava aberto e expor seu coração. - O que acontece, Callum? -O mundo ...- lhe disse ,-de repente parece perfeito.- Ela assentiu com a cabeça , mas um momento depois ele exalou um suspiro longo e profundo. - Mas não é 'perfeito , Kate. Talvez Ennis tem razão . Eu já não sei . -Ennis Stewart? -MacGregor. Ennis MacGregor. Ele mudou seu sobrenome. Kate se levantou assombrada . Callum teve que sorrir com essa beleza pronta para uma batalha . Ela era dele e se sentia mais feliz do que jamais podia recordar haver-se sentido . Estar ali com ela , podia fazê-lo esquecer do mundo. -Callum, você consideraria fazer uma coisa assim ? Ele tirou seu olhar de seus seios e lhe sorriu .-Não, até que aquele dia em que eu estava fechando sua ferida com a lâmina quente e me chamou de Callum MacGregor. - Eu nunca permitiria que você fizesse isso! - ela o acautelou. -Nunca permitiria que negasse o que ama. Ele acariciou sua bochecha com sua palma. -Embora isso significasse sua própria vida? Kate sufocou um soluço. Ela se tinha convertido em outra responsabilidade para ele. Deus querido, ela queria que ele descansasse. Ela queria lhe assegurar que se entregou a ele por própria eleição . - Eu daria minha vida por você. Callum fechou seus olhos, incapaz e pouco disposto a tolerar essa idéia. -Kate,- ele disse, olhando-a novamente. -Pensa que amar alguém faz que morrer por ele seja mais fácil? Ela assentiu .- Sim, acredito , Callum.- Quando ele sacudiu a cabeça e se afastou , ela tocou sua mandíbula, trazendo seu olhar de volta para ela. -Ou pensa que é o único merecedor para estar disposto a dar a vida por alguém que ama? O coração de Callum pulsou com ferocidade . Claro, ele entendia que qualquer verdadeiro MacGregor estaria disposto a morrer por seu sobrenome. Mas não deixaria que ela morresse por isso. Ele a queria , precisava dela em sua vida. Cada vez que ela o olhava, ele se esquecia das injustiças sofridas por ele e por seu clã . Como podia estar zangado com o mundo, quando o mundo lhe tinha dado Kate Campbell?

Mas ela podia lhe ser tirada. Esse pensamento cruel congelou sua alma e despertou à besta. Ela já o amava. Ela já se declarou uma MacGregor. Lhe tinha feito amor , e tinha derramado sua semente nela. Mas todas as esperanças não estavam perdida. Não , talvez se ele mantivesse seu coração calado , se a enfrentasse com uma escolha por sua vida, ela escolheria viver. - Não vou deixar que morra por mim , Kate. Bem, não era uma declaração de amor, mas ela gostou. Lhe deu um tapinha na mão e se levantou para juntar suas roupas. -Não pretendo morrer. Quando voltar para meu irmão, vou... Callum capturou seu pulso e a fez deitar sobre seu peito . -Não voltará para ele. - Não? - ela perguntou . - Não .É minha agora e ficará comigo. - Mas me preocupa se... - Katie? - Sim? - ela sorriu com o som de seu nome dito tão docemente por seus lábios. - Fala demais, moça.- ele devorou sua boca, afogando algo mais que ela queria dizer enquanto suas mãos se deslizaram por suas costas e ainda por cima de suas nádegas suaves. Capítulo 31 Eles cavalgaram de volta a Camlochlin com Kate comodamente acomodada entre as coxas de Callum. Não cavalgaram velozmente , mas sim ele manteve o cavalo ao ritmo de um trote lento, desfrutando de senti-la presa a seu coração. Tinha passado uma longa e tortuosa eternidade desde que ele tivesse tido a alguém tão perto desse lugar sagrado. Quando lhe havia dito que ele morreria apertando o coração de um Campbell entre suas mãos, não sabia] verdadeiramente que esse coração seria o dela. Não estava preparado, duvidava que alguma vez o estivesse a entregar a ela em troca . Sim, havia tentado fazê-la odiá-lo para lhe salvar a vida. Mas a vida de Kate significava mais para ele que seu lar , sua família e seu sobrenome. Ele não tinha dúvida de que ele desistiria de tudo por ela. Mas era sua própria alma o que ele tinha tentado proteger, também. Tinha perdido uma vez por ter amado. Perdê-la novamente o aterrorizava. E perder ao Kate o aterrorizava ainda mais. Com o passar do litoral pelo qual eles viajavam, espumosas ondas se chocavam contra os escarpados baixos, lançando gotas de água marinha a mais de vinte metros no ar. Kate observou isso, pensando quão parecido era Callum ao mar, turbulento,furioso e poderoso. Ela apertou sua mão contra seu estômago e se inclinou contra seu peito , desfrutando da maravilha desse dia. As chuvas tinham cessado e o sol brilhava como uma círculo de fogo no céu pálido, mas o frio permanecia no ar, fazendo que tudo cheirasse a limpo e a novo. Um novo dia. Callum a envolveu mais profundamente em seu abraço e acomodou seu rosto no oco de seu pescoço. Beijou-a ali . Ela o ouviu ele inalar profundamente. Kate suspirou brandamente. Seus olhos se deslizaram para o leste, onde o bosque começava a desaparecer dando lugar aos campos onde as ovelhas pastavam com indiferença nessa planície enorme. A onde quer que Kate olhasse via poder e beleza, uma terra tão bela que quase era doloroso para um mero mortal observá-la por muito tempo . As Highlands e as pessoas que a habitavam pertenciam um ao outro. Nunca essa idéia tinha sido tão clara para Kate. Duvidava que alguém

pudesse sobreviver sem o outro e se perguntou se essa terra indomável compelia a seus habitantes a lutar contra qualquer tentativa de submetê-los, ou se era a rebeldia e resistência dessas pessoas o que faziam essa terra tão selvagem e cativante. -Teremos filhos , Callum?- ela perguntou esperançosamente , de repente querendo que seus filhos crescessem nessa terra. -Sim. Se quiser muitos filhos. Ela virou para lhe dar um olhar altivo. - Acha que poderia permitir que te desse algumas filhas? O humor se acendeu seus olhos. -Permitiria-o só depois que me dê um filho. -Hum.- Kate se virou para esconder seu sorriso. -Poderíamos parar aqui mesmo e continuar com a tarefa de fazer um. -Não acredito - ela disse. -Nós nem sequer estamos casados. E agora que menciona isso, lembro ter ouvido Aileen e algumas outras mulheres conversando sobre o castelo, e elas diziam que se um homem desejava ter um filho varão , ele e sua esposa deviam esperar até a lua cheia. E acredito que faltam quinze dias para isso...- ela contou nos dedos, logo sacudiu a cabeça. - Sim. Duas semanas. Callum franziu o cenho . - Não serei rechaçado por duas semanas , Kate. -OH, mas assim será , Callum MacGregor.- ela imitou o acento marcado das Highland . -Está zombando do meu modo de falar,mulher?- ele perguntou,surpreso de que ela fizesse isso. Ela riu, com um som rico e encantador. - Acho seu modo de falar bastante encantador. Satisfeito, ele se permitiu um sorriso .- Há muito que aprender sobre os MacGregors. -Como o que ? -Como os homens, especialmente o lorde, não devem ser zombados -ele arrancou seu xale , soltando as rédeas, enlaçou um braço ao redor de sua cintura e levantou seu vestido em cima de seus quadris com o outro. -Queria tomá-la deste modo faz muito tempo ,- ele sussurrou roucamente em seu ouvido , logo a levantou o suficiente para empurrar seu membro profundamente dentro dela. Suas grandes mãos guiaram seus quadris para que se movessem sobre seu falo de aço, fazendoa sentir cada centímetro.. Quando Kate enlaçou seus braços ao redor de seu pescoço detrás dela , ele a levantou novamente e colocou seus dedos em seu sexo para acariciar o botão inchado até que Kate alcançou o êxtase . -Eu quero um varão .- ele sorriu em sua nuca . - O que diz você, Katie? - Gêmeos,- ela negociou e logo riu com ele. Callum ficou sério um momento depois quando lhe sussurrou como se sentia dentro dela. Dizer que ele era suave no sexo dessa vez seria uma mentira da parte de Kate. Seus seios lhe doíam , seu pescoço estava encantadoramente marcado por seus dentes , e suas nádegas certamente mostrariam as marcas de sua paixão antes do final do dia. Mais tarde nesse dia, quando seus quatro homens os encontraram acidentalmente pouco antes que eles alcançassem a costa do vale de Camlochlin , o cabelo de Kate parecia como se tivesse ficado preso em uma violenta tormenta das Highlands , suas bochechas estavam avermelhadas, e seu vestido rasgado. Brodie sorriu amplamente . Angus arrotou e sacudiu sua cabeça como se sua aprovação fosse tudo o que se necessitava para terminar de unir esse casal. Graham se deteve e contemplou

Callum e à mulher envergonhada em seus braços com um olhar de avaliação . Jamie era o único no grupo que coçou a cabeça, perplexo pela imagem . - Por que estão fora do castelo? - Callum olhou a cada um deles , adicionando um cenho franzido bem merecido para Brodie por sua pícara piscada de olho. -Maggie nos disse que saiu do castelo como se tivesse fogo no rabo - Graham lhe disse , ainda inseguro de seu instinto estava equivocado. Ele tinha se deitado com muitas moças e sabia reconhecer quando elas tinham sido satisfeitas sexualmente .-Que diabos te aconteceu , Kate?- lhe perguntou enquanto ela imperceptivelmente acomodava o último de seus cachos em seu lugar. Suas bochechas se ruborizaram quase imediatamente, e Graham teria sorrido se a imagem de seu rosto golpeado não lhe tivesse gelado o sangue . -Graham, se tiver uma pergunta a fazer, fará a mim. - Callum apontou seu olhar feroz ao bonito guerreiro. -Muito bem .- Graham voltou sua atenção a Callum. -Que diabos lhe aconteceu no rosto ? Como se tinha esquecido disso? -Ela foi atacada no caminho.- Quando eles exigiram toda a história , ele lhes disse . -Matei aqueles filhos da puta . -Callum.- A seriedade de Jamie surpreendeu Callum e o lorde curvou sua sobrancelha e esperou que Jamie continuasse. -Não pode ser tão descuidado para deixar que ela saia de sua vista novamente. Acho que eu deveria vigiá-la da próxima vez que se zangue com ela. Kate quase chorou . Ela teria saltado do cavalo de Callum e abraçado ao jovem guerreiro, a quem não moveu nem um cabelo quando Callum levou seu cavalo mais perto do deles. -Então agora é o campeão dela , Jamie? E Maggie? A determinação que Jamie possuía um momento desapareceu de seus ombros que se afundaram em derrota. Era muito tarde — ele tinha começado isso, e agora sabia que devia terminá-lo. Jamie engoliu em seco ,e limpou sua garganta. -Sabe que eu nunca deixaria que nada mal acontecesse a Maggie. Mas Kate precisa que . . . Ela precisa de . . Callum esperou pacientemente enquanto o jovem guerreiro lutava por recuperar sua valentia . -Ela precisa de...alguém...para ... protegê-la - ele finalmente murmurou . Callum sacudiu a cabeça e pensou , tentando dissimular sua diversão .-Muito bem , Jamie. É seu dever cuidar de minha irmã e de Kate quando eu seja incapaz de fazê-lo . Mas... — ele se inclinou para frente , afirmado seu olhar penetrante em cada um deles, e como em um milagre , começou a sorrir — ... haverá só Lorde Galahan para esta dama em Camlochlin. E esse serei eu. Jamie o olhou perplexo . - Quem? Mas Callum não respondeu. Ele sacudiu suas rédeas e deixou a seus homens na costa, cada um luzindo uma expressão boquiaberta de surpresa em seus rostos, todos menos Graham, quem arrebatou o odre de uísque de Angus . Ele segurou no alto .-Pelos cavalheiros, e as damas que os amam,- ele brindou e tomou um gole generoso de uísque. -É Lorde Galahad. -Hmmm?- Callum voltou seu olhar à cabeça de Kate. - É Lorde Galahad, não Galahan,- ela o corrigiu , logo inclinou sua cabeça e lançou um sorriso malicioso . -Mas o será, MacGregor.

Detrás deles, os homens de Callum ouviram um som que nunca tinham ouvido antes. E esse som pareceu encheram o vale com seus ecos. -Ouviram isso?- Brodie diminuiu a velocidade seu cavalo, esperou um momento, e golpeou com seu punho o ombro de Angus . -O que há nesse uísque ? Estou ficando louco. Angus lançou um murro que quase lhe quebrou o nariz de seu primo. - Da próxima vez que insulte a meu uísque ,arrancarei seus dentes. -Não está louco , Brodie. -Jamie olhou fixamente para frente, seus olhos azuis se abriram enormemente . - Eu o ouvi , também. Angus colocou um dedo em seu ouvido e o limpou . -Maldição , também o ouvi. Jamie girou para Graham. - O que quer dizer isso ? -Quer dizer que seu lorde se está rindo, idiotas .- Graham esporeou os flancos e pôs a correr o seu cavalo atrás de Callum e Kate, gritando por cima de seu ombro. - Jamais ouviram um homem rir antes? Jamie observou o seu irmão partir, logo girou para os outros e encolheu os ombros . -Só antes que ele se preparasse para matar alguém. Angus lhe lançou o odre com uísque . -Tome , beba tudo, moço. As coisas por aqui estão por mudar, eu apostaria . Vai precisar de todo a coragem que possa reunir. Brodie riu. -Primeiro ele vai precisar de coragem para ... - Brodie quase engoliu a língua pela força da palmada que Angus lhe deu na nuca . - Cuidado com a sua língua,-o guerreiro gigante advertiu .E Jamie partiu velozmente atrás de seu lorde, deixando a ambos os amigos lançando-se murros. Capítulo 32 Callum estava sentado no grande salão com Graham e acabava de colocar uma rodela de pão em sua boca quando Brodie arrastou uma cadeira em frente dele e se sentou . Callum levantou a vista brevemente, logo começou a engolir a comida. Um minuto passou , Callum levantou seu olhar novamente, bebeu sua bebida, e apoiou a caneca com um golpe na mesa . - Por que diabos me olham ? Brodie não piscou . Apoiou seus cotovelos na mesa,se moveu ligeiramente para frente, e contemplou Callum mais atentamente. Graham riu em voz baixa e empurrou sua cadeira longe de seu amigo, não desejava estar no caminho quando Callum começou a bater no pobre idiota. E pelo que parecia , Brodie já tinha apanhado neste dia. A contusão ao redor de seu olho inchado já se estava ficando uma sombra púrpura. Fora Angus certamente, Graham decidiu com outro sorriso. -Está sofrendo de alguma enfermidade que não saibamos ?- Brodie lhe perguntou bastante sério e voltou a estudá-lo. Callum girou para Graham, procurando um pouco de interpretação . Quando esta não veio, ele voltou seu olhar a Brodie. -Pareço doente ? - Sim .- Brodie sacudiu a cabeça .-Parece.- Seus olhos continuaram com o exame . Você está um pouco avermelhado , e o modo em que estava uivando lá fora nos fez pensar que deve estar doente . . . ou ficando louco. Graham se moveu mais longe da cadeira de Callum . Mas a reação que ele esperava nunca

veio. Callum não lançou sua cadeira para trás nem pegou Brodie pelo pescoço. Ele simplesmente ficou sentado, um sorriso se curvou em sua boca. -Brodie, onde está sua esposa? Seu primo procurou com o olhar pelo grande salão , logo encolheu os ombros . -Ela está por aqui , em algum lugar. - Deveria estar com ela. - Deveria? Callum assentiu - Sim , deveria . - Por que? - A ama, não é ? - Há? E daí? - Brodie lhe perguntou confuso. Antes que Callum pudesse lhe responder, ou, Deus não o permita , rir novamente, Angus se sentou pesadamente na cadeira mais próxima a Brodie. -Acredito que quebrei o dedo em sua cara. Jamie apareceu e tomou seu lugar à direita de Callum. - Falando de caras.- ele pegou um pão da mesa . - O que aconteceu depois que salvou Kate de seus atacantes? Callum lhe franziu o cenho e voltou a comer, ignorando os olhos curiosos do rapaz. - Ele recitou uma prece de agradecimento e se apressou a trazê-la de volta aqui, aonde não teria tempo para estar a sós com ela. - Brodie sacudiu a cabeça falando com Jamie. -Que diabos acha que aconteceu depois disso, cachorrinho inocente ? O mais jovem dos guerreiros de Callum finalmente compreendeu e se ruborizou violentamente – Ela é sua , então ? Callum tomou o resto de sua cerveja e os olhou . – Sim. O sorriso de Brodie desapareceu de repente e ele soltou a carne em sua bandeja. -É por isso que me perguntou se amava Netta. Cristo, Callum, não ama à moça ,não é ? -Devo chamar o padre Pai Lachlan, então ?- Jamie ansiosamente perguntou . -Não se incomode - Callum disse enquanto se levantava . -O sacramento não seria reconhecido pela igreja. E eu não precido de um sacerdote para aprovar nossa união. Ela é minha, e eu a protegerei da lei .- Passou seu olhar por cada um deles. -Alguém tem algo a dizer de minha decisão? - seus homens sacudiram suas cabeças negando . -Bem , então irei para à cama. -Cama?- Jamie perguntou sobressaltado . -Mas ainda há luz do dia . Angus lançou sua cabeça para trás e soltou uma gargalhada , mas Callum apenas o ouviu enquanto ia rumo às escadas . Quando ele tinha certeza de estar fora da vista de seus homens, subiu os degraus de três em três de uma vez. Kate estava em seu quarto, e tinha estado ansioso por ir lá desde que ela o tinha deixado para tomar um banho. Não precisava de um , ele decidiu . Ela já cheirava bem. Deteve-se nas escada , levantado seu braço, e cheirou a axila . Não tão mal , ele pensou. Pelo menos cheirava como um homem. Maldição, era isso o que amor fazia a um homem? Uma pessoa continuamente sorridente, babando como um bobo, preocupado por seu próprio aroma ? Quando alcançou o segundo andar seu cenho franzido se transformou em uma expressão de choque. Seus homens já tinham notado a mudança nele. Brodie pensava que ele parecia doente. Com esse pensamento amargurando seu humor , Callum passou sua mão por sua mandíbula, procurando alguma sinal de suavidade. Amaldiçoou entre dentes e cravou seu olhar duro na

porta de seu quarto. Kate provavelmente estava ali colocando lírios e rosas em delicados vasos. Chutou um balde vazio fora de seu caminho. Agora que ela era dela, ficaria em seus aposentos . Maldição, ele teria que acostumar-se a ter uma mulher a seu redor . Se deteve e empalideceu com o terrível pensamento que lhe sobreveio . Talvez ela estivesse lustrando suas espadas manchadas de sangue. Por Deus ! Acelerou seus passos e quase correu o resto do caminho. A porta de seus aposentos estava ligeiramente entreaberta quando ele chegou. Estava por entrar e deter algo que Kate estivesse fazendo quando ouviu sua voz . -Humm, não se sente maravilhoso ? Seu gemido de deleite lhe congelou o sangue. Com o coração pulsando ferozmente , ele apoiou sua palmas em um e outro lado do marco da porta e se moveu mais perto da abertura. -Sente-se como uma seda. É tão liso. Mal posso esperar até que cresça. Callum apertou os dentes , pensando no mais lento e mas doloroso modo de matar o bastardo que estivesse ali com sua mulher. Com minhas próprias mãos , ele decidiu . - Os esforços não servem para nada. Seu estômago se oprimiu quando ouviu sua irmã ali . -Não parece estar funcionando. Ele nem sequer tentou me beijar ainda. Kate soltou uma risinho. -Isso é porque ele tem medo de seu irmão. E faz bem que tenha ,Callum pensou , entrando no quarto. Ele procurou alguém para lhe arrancar a cabeça . Sua irmã lhe ofereceu um sorriso de onde estava sentada enquanto Kate meticulosamente penteava seu cabelo. - O que está... acontecendo aqui ? - ele perguntou mansamente . Kate lhe ofereceu um sorriso amável .- Sua irmã aceitou me deixar lhe pentear o cabelo. É muito bonito, não acha ? O olhar do Callum foi para Maggie. - Sim . Mas isso soou para seus ouvidos como um chiado . Merda! Teria franzido o cenho se pudesse deter esse maldito sorriso que insistia em curvar-se seus lábios. -Callum - sua irmã perguntou . - Sente-se mal? Seu cenho franzido voltou com toda a força . Callum quase suspirou com alívio, temendo que este gesto o tivesse abandonado completamente. Maggie riu e ele se comoveu de novo. Sua irmã estava sentada com o cabelo penteado? Ela estava limpa! Ela estava usando um vestido imaculado ! E em um segundo , antes que Callum pudesse evitar , seus olhos se umedeceram . Piscou várias vezes para limpar seus olhos. - Está muito bonita, moça.- Ele deslizou dois dedos debaixo do queixo de Maggie e levantou seu rosto para o seu . -Quem acreditaria ? -OH, Basta .- Maggie o afastou . -Sabia que eu era bonita desde o começo. Ele riu, e seu olhar involuntariamente foi para Kate. Seus olhos se encontraram . Por um momento Callum perdeu todo pensamento . Lhe deu um sorriso íntimo que acelerou o pulso de Kate. De repente havia uma mão sacudindo-se diante de seus olhos. Callum tirou seu olhar de Kate e baixou a vista a sua irmã. Lhe sorriu .-Agradeço por havê-la trazido de volta. Callum beijou a cabeça limpa de sua irmã e logo a seguiu para a porta . Observando-o , Kate não estava certa se tinha sido a mera imagem dele o que tinha feito que

sua respiração falhasse . Ela procurou em sua mente mas não podia recordar de nenhum homem na guarda de seu pai ou de seu tio que fosse tão bonito quanto Callum. -Não tomou banho ainda.- O timbre rouco de sua voz esquentou o sangue de Kate . Ele avançou, tirando o cinto de sua cintura. -Estive atendendo a Maggie e não tive oportunidade.- ela não soube que ela estava contendo a respiração até Callum a alcançou e ela suspirou. As mãos que matavam com grande habilidade se fecharam ao redor das suas. Seus dedos poderosos a roçaram brandamente . Em algum lugar de sua mente, Kate se deu conta que deveria sentir-se, ao menos, apreensiva a respeito do poder físico . Ela tinha sido uma virgem que nem sequer tinha sido beijada até algumas semanas atrás. Deveria estar assustada, pudica, recatada, ansiosa . Mas não podia fingir. Não quando estava tão perto do homem com quem esperava passar toda a sua vida. Callum inclinou sua cabeça para ela e Kate levantou a vista . O que tentavam lhe dizer esses olhos cativantes ? Ou era simplesmente a escuridão de seus cílios o que faziam que seus olhos parecessem ter um reflexo como a luz do fogo ? Callum levou suas duas mãos para seus lábios e as beijou , lhe enviando correntes de calor ao longo de seu corpo. Sem uma palavra, ele desabotoou as cintas de sua túnica . Sua respiração contra sua bochecha a excitava; fazendo que seu corpo ansiasse seu contato . Ele colocou seus dedos através dos cachos. Ela arqueou suas costas , expondo sua garganta a sua boca faminta. Mal era consciente de suas saias e sua camisa escorregando-se de seu corpo, só enfocada no impacto que esse homem causava a seus sentidos . - Já disse , Callum MacGregor, que bem se sente quando me tem em seus braços ? - Não me havia dito - lhe sussurrou e a levou para a cama. Depositando-a sobre as mantas de pele, ele deu um passo atrás e simplesmente desfrutou contemplando sua beleza. E tirou seus objetos , e a última pedra que compunha a parede construída ao redor de seu coração. Kate estendeu seus braços para o homem glorioso diante dela. Fez-lhe um gesto para que ele viesse para ela, sentindo um poder que nunca tinha pensado possuir . Embora o peso de Callum a cobriu dos dedos dos pés até a cabeça , ela o saboreou, usando seus lábios, sua língua, e seus dentes ao longo de seu corpo. Estava fascinada ao descobrir que podia controlar cada gemido profundo que esse guerreiro emitia. O poder mudou de dono quando ele capturou suas mãos e as segurou emcima de sua cabeça. Sua rendição foi rápida. Seu ataque perito e formado de beijos ternos depositados em seu pescoço, entre seus seioss, e logo em seu ventre. Sua língua, mais mortal que qualquer espada forjada, localizou o caminho pagão que conduzia mas abaixo de seu estômago. Seu coração se deteve só por um segundo quando ela se deu conta do destino que sua língua procurava. Callum saboreou o néctar de paixão que lhe oferecia . Suas costas se curvou , e intensas ondas de prazer dominaram seu corpo fazendo-a tremer até os dedos dos pés. Callum colocou seus quadris contra os seus e o contato de seu membro rígido na abertura de seu sexo estremeceu Kate. Ele a penetrou em um só movimento , levando-a a beira da loucura, logo se acomodou dentro ela tão profundamente como ela podia recebê-lo. Um prazer absolutamente erótico correu pelo sangue de Kate como uma corrente incontrolável. Callum apertou seus quadris contra os seus, retirou-se lentamente, logo novamente se afundou dentro dela. Kate arqueou suas costas , tentando que ele tomasse

seus mamilos tensos com sua boca faminta. Deslizando sua mão debaixo dela, seus dedos fortes procuraram entre suas nádegas, o centro de prazer feminino .Seu olhar se fixou nela , observando a beleza de seu clímax, e a imagem da rendição de Kate . Tentou continuar observando-a e que esse momento durasse para sempre, mas o climax dela a fez contrair o envoltório de músculos ao redor de seu membro,enlouquecendo-o . Finalmente Callum fechou seus olhos, levantou sua cabeça, e lançou sua semente quente profundamente dentro dela. Movendo seu corpo, Callum a abraçou contra ele , beijou a umidade acumulada em sua testa enquanto ela ofegava seu prazer. Mais tarde lhe deu um banho, e foi a experiência mas sensual da vida de Kate. Ele desfrutou massageando cada maravilhoso centímetro de seu corpo com suas mãos ensaboadas e seu olhar faminto . Capítulo 33 Dois dias mais tarde , Brodie, Angus, e Jamie estavam fora da porta do quarto de seu lorde. Brodie se inclinou contra a parede oposta, cruzados seus tornozelos, e coçando a cara com a ponta de sua adaga. Jamie caminhava impacientemente no corredor . -Graham disse que terei que lhe informar imediatamente. Angus levou sua atenção à porta e lançou a Jamie um olhar agudo . -Então faça. Bata na porta rapaz. Jamie fez uma pausa em sua caminhada impaciente e levantou a vista . –Farei -.Ele retomou sua caminhada sem bater. -Callum precisa saber que MacLeod está vindo . Angus encolheu os ombros robustos. -Mas MacLeod não está nos portões. Qual é a pressa em dizer a Callum? Só conseguirá que lhe chute o rabo. -Graham disse que terá que lhe informar . Finalmente, Jamie levantou sua mão para bater , mas um gemido baixo e sensual atravessou a porta. Seu punho se deteve no ar. -Eu não bateria ainda - Brodie disse com uma gargalhada . -Merda! Isto poderia levar todo o dia ,- Jamie murmurou, olhando para a porta. - Pena que Brodie não seja o lorde,- Angus zombou -Não teríamos que esperar mais que dois minutos para que termine a tarefa. -E em menos de outro minuto eu te bateria - Brodie devolveu a brincadeira . - Vou bater -Jamie disse, ignorando a ambos. -Ele vai querer saber sobre MacLeod. Angus sorriu e dobrou seus braços sobre seu peito musculoso.-Tem muito que aprender, cachorrinho . O homem não quer ser interrompido enquanto está gozando com uma mulher. Já vai descobrir isso . -Eu não ..- eles ouviram a porta abrir-se, mas já era muito tarde para Jamie. -... tenho medo dele. Callum estava de pé ali , nu e com seu xale enrolado ao redor de sua cintura, seu rosto se obscureceu com intenção assassina. Não sabia a quem franzir o cenho , então franziu o cenho a todos eles. Angus olhou o corredor comprido , perguntando-se quão rapidamente poderia chegar aos degraus e salvar seu traseiro . Jamie retrocedeu quando Callum deu um passo adiante .

-Que diabos estão fazendo os três em minha porta? Brodie se endireitou e olhou a seu redor como uma pessoa distraída que caminhava pelo corredor e se encontrava perdido . Jamie limpou sua garganta. -Graham nos mandou trazer as notícias. -Que notícias?- Quando Jamie lhe contou, Callum não se sentiu satisfeito. -E mandou todos para me dizer isso ?- O sorriso leve no rosto de Brodie lhe deu a resposta . Ele e Angus tinham vindo para ver como Jamie era desafiado por perturbar a seu lorde. A ameaça refletida nos olhos de Callum fez congelar o sangue de Jaime . -Pensou que a visita de MacLeod era o suficientemente importante para me incomodar ? - Sim e peço desculpas.- Jamie curvou sua cabeça. -Angus e Brodie me disseram que não deveria fazê-lo. - Quando ele sentiu uma palmada forte em suas costas, ele levantou a vista . Callum sacudiu a cabeça . - Fez bem . É corajoso, rapaz. E é por isso que seu que irmão enviou a você , e não a nenhum outro homem. Brodie sabia que devia manter a boca fechada. Além disso, sua espada manchada de sangue falava muito bem sobre a coragem que mostrava nas batalhas. - O que quis dizer com isso ?- Angus se arrepiou . - Eu estava preparado para derrubar essa maldita porta para te dar as notícias. -Então deve estar muito decepcionado de que eu a tenha aberto, Angus.- Callum lhe lançou um sorriso malicioso . -Me encontre fora depois de que tome o café da manhã e me prove que ainda pode levantar uma espada. -Nós já terminamos de jantar , Callum - Brodie lhe informou sem esconder seu sorriso. -Um olhar rápido pela janela lhe haveria mostrado isso. -Basta, Brodie,- Callum ordenou. Callum caminhou pelo corredor e desapareceu no banheiro . Brodie falou . -Melhor ir praticar, primo.-ele sorriu e se foi pelo corredor com Jamie, deixando Angus bebendo do odre de uísque. Quando Callum deixou o banho , encontrou a outro de seus homens esperando-o . Graham estava apoiado contra a parede oposta com seus braços dobrados sobre seu peito .. - É bom saber que ainda está vivo,- Graham disse com um sorriso casual. - É bom saber que sentem saudades . - De você , não. De Kate . Callum sacudiu a cabeça e logo teve que sorrir enquanto voltava para seus aposentos . Que gente miseravelmente desumana ele liderava . -Jamie te deu as notícias sobre MacLeod?- Graham surgiu a seu lado . - Sim. Quando virá ? - Estará chegando amanhã . Mas há outro assunto de mais urgência para discutir. Um grupo de Campbells foi visto em Glengarry . Os passos de Callum se detiveram . - Faz quanto tempo ? - Dois dias. - Quantos homens ? -Quarenta, talvez cinqüenta cavalheiros. - Mande William e uma dúzia de seus melhores guerreiros para explorador a costa, e quero Rob com outros vinte homens em Gleneg para o anoitecer. Quero saber onde estão os Campbells. Quero saber cada um de seus movimentos.- Quando ele alcançou a porta de seu

quarto , Graham parou . – Venha - Callum o convidou a entrar . -Há outra coisa que desejo discutir com você. Graham entrou no quarto, baixando seu olhar quando Kate, ainda deitada na cama, nua como o dia em que tinha nascido, subiu a manta de pele até seu queixo. Ela olhou ferozmente para Callum, mas só lhe piscou . Sacudindo sua cabeça ao bruto desconsiderado , Kate amaldiçoou entre dentes e se afundou mais profundamente debaixo das mantas . Ela espiou Graham enquanto Callum se vestia . Graham parecia especialmente bonito esse dia , ela pensou, admirando- o da cama. Gostava particularmente do modo em que ele tinha colocado seu chapéu para trás e seu cabelo aparecia em sua nuca. Graham a viu observando-o e lhe lançou um sorriso que ela estava certa de que tinha derretido muitos corações. -Já terminaram os dois ?- Callum arrancou o xale de sua cintura, jogando-o no piso , e logo agarrou uma túnica limpa. Graham e Kate olharam para Callum ao mesmo tempo. Graham limpou sua garganta. -Callum, Graham é bonito , mas certamente suas nádegas não são tão bem formadas como as suas.- Kate agitou seus cílios largos, olhando para Callum com ingenuidade . Ele agarrou seu xale novamente e o lançou à cama. -Kate, não acredito que seja adequado falar desse modo diante de Graham, especialmente se será minha esposa. Ela mostrou sua cabeça debaixo da manta. - Sua esposa? - Sim .- ele virou para Graham. – Chame o padre Lachlan. A última vez que eu o vi, ele estava em Moray. -Tem minha bênção.- Graham sentia muito prazer em ouvir essa notícia e sorriu para Kate novamente. - Vamos precisar dessa bênção - Callum murmurou. -E pare de olhá-la. - Um momento, por favor -Kate disse da cama - Não lembro de ter sido pedida em casamento. - Pedir ? - Callum logo levantou a vista. - Sim. Pedida em casamento - Kate obstinadamente repetiu. Era difícil desafiá-lo nesse assunto, especialmente porque não queria saltar da cama e lançar-se em seus braços. Mas diabos , o homem era muito arrogante para seu próprio bem. -Não me informou com quem me vou casar. -Estava disposta a se casar com Lorde Mortimer de Newbury. Mortimer de Newbury! Kate mordeu o lábio com a menção do nome de seu prometido imaginário. E o que importava ? Callum sabia todo o tempo ? O fato que ele recordasse o nome com semelhante clareza inquietou seu coração por alguma estranha razão. -E então ? -E então ,o que? - Kate o olhou com olhos sonhadores. Callum olhou em direção ao céu , logo depois de volta para ela. Sua mandíbula se esticou , e a seu lado , Graham tentou esconder seu sorriso. -Será minha esposa, Kate? Graham escapou do quarto quando Kate sorriu , assentindo com a cabeça, e Callum quase saltou para a cama.

Callum não encontrou Angus fora essa noite, e o guerreiro se sentiu bastante surpreso de ouvir a risada de seu lorde enchendo o grande salão . -Nunca teria acreditado se não o visse com meus próprios olhos.- Angus mostrou sua cabeça da sua posição de espião detrás da cortina grossa que separava o salão. Arrebatou o odre de uísque da boca de Brodie, derramando uma boa quantidade no xale de seu primo e amaldiçoando no processo. Brodie rodeou o corpo volumoso de Angus e espiou da cortina enquanto seu primo tomava um gole , cobria a boca , e arrotava. Ele lhe ofereceu um olhar que lhe dizia que era a pessoa mais estúpida de toda a Escócia e que merecia estar morto por isso. –Por que diabos cobre a boca ? Ele não pode ouvir seu arroto com todas essas risadas, é um bêbado idiota. Angus se enrijeceu. -Estava tentando evitar o mau hálito que sai de sua boca. Brodie bufou. -A única coisa delicada em você, Angus, é o balanço da espada . O punho enorme de Angus encontrou seu rosto. -O que quer dizer com delicado, hein? Brodie, seu filho da puta! Seu primo lançou todo seu peso contra o corpo de Angus. Eles começaram a brigar detrás da cortina e terminaram caindo ao chão. Todos no salão giraram seus pescoços para ver a confusão e logo voltaram para suas conversa. Só Kate ficou de pé . -Bom Deus ! Eles vão se matar ! Callum, faça algo!- Ele a olhou como se outra cabeça lhe acabasse de crescer no ombro. –Simplesmente vai ficar sentado ai ?- ela perguntou . -Sim - ele sacudiu a cabeça . Quando ela dobrou seus braços sobre seu peito e lhe franziu o cenho, ele riu.- O que quer que faça , moça? Eles brigam todo o tempo . Não é, Graham? - Sim, é assim - Felizmente seu amigo concordou. Kate não podia acreditar no que ouvia . Os tinha visto lançando-se murros enquanto eles cavalgavam para Skye, mas esta era uma briga mais grave ! -Bem, se você não for fazer nada a respeito, eu o farei. - Ela recolheu suas saias e voltuu-se para os dois homens rolando na palha do piso . -Parem! - ela lhes gritou . Quando isso falhou, ela se inclinou e bateu na nuca de Brodie.Detrás dela, um ofego coletivo dos habitantes de Camlochlin ecoou na sala enquanto Callum, Graham, e Jamie saltavam em cima das mesas para chegar antes que ela recebesse a resposta de Brodie . -É uma moça muito valente por atrever-se a pôr a mão em cima de Brodie!- Alguém sussurrou , surpreso. - Sim, ouvi que ela apunhalou a nosso próprio lorde na perna quando se conheceram pela primeira vez ,- disse outro. - Escutei que o lorde vai tomá-la como esposa. - Uma escolha apropriada para um MacGregor, eu apostaria. Antes que Callum a alcançasse , Kate tinha colocado Brodie de pé . -Já é suficiente! - ela enfatizou cada palavra assinalando-os com um dedo severo. -E você, Angus, se levante imediatamente para que possa falar te olhando na cara. O gigante MacGregor se levantou do piso e girou em direção a Callum. O olhar severo de seu lorde lhe dizia que fizesse o que ela tinha ordenado. Quando Kate teve a ambos os homens de pé frente a ela, disse . -Esta briga contínua cessará.

Ouviram-me ? - ela agitou ambas as mãos para exigir obediência . -Se tanto gostam de lutar , talvez um pouco mais de treinamento lhes faria muito bem. Os olhos Angus foram para o Callum. -Se os ver batend- um no outro novamente, terão que esgrimir suas espadas contra mim. Todas as mandíbulas no grande salão caíram perplexas.-Contra você ?- Angus apenas a olhou . - Eu não treino com mulheres - Brodie murmurou, e quase gritou quando ela o puxou pela orelha quase arrancando- a de sua cabeça. -Bem , mas treinará comigo, Brodie MacGregor. Não é , Callum? -Não - Callum lhe informou severamente . A cabeça de Kate virou com tanta força que seu cabelo caiu sobre seu rosto. Ela contemplou Callum com um olhar que ele nunca tinha visto nela antes, e um olhar que não quereria lhe ver quando estivesse esgrimindo uma arma. - Sim - ele se corrigiu. Ela assentiu fríamente e logo voltou sua atenção aos recentemente domados primos .- Vocês dois ouviram isso? O lorde lhes ordenou que lutem comigo a próxima vez que sintam vontade de se agredirem.- ela lhes disse , bateu suas mãos e eles giraram sobre seus calcanhares . As pessoas atrás dela voltaram para suas conversas , mas cada rosto tinha um sorriso de respeito.O coração de Kate se sobressaltou. Se ela soubesse que enfrentar esses guerreiros ferozes ganharia o favor das pessoas , o teria feito muito antes . Capítulo 34 Kate ser inclinou na janela para ter uma olhada de seu convidado antes de encontrá-lo. Era a primeira vez em sua vida que recebia alguém importante em sua casa. Era a primeira vez que recebia a alguém exceto a seu tio. Seu coração bateu rapidamente e suas bochechas se avermelharam com preocupação. E se MacLeod não gostasse dela porque era uma Campbell? Consideraria-a uma Lowlander ? Ela tinha descoberto que quase todos os habitantes do castelo consideravam que os Campbells eram Lowlanders.E nenhum Lowlander era considerado de maior valor que uma cuspida . Keddy, o cozinheiro,tinha chegado a dizer que os Lowlanders eram tão ruins quanto os ingleses. E Rabbie , o curtidor os chamava de filhos da puta . Kate suspirou com temor e bateu levemente em sua bochecha . Olhou para baixo à dúzia de homens cujos cavalos se dirigiam aos portões. Mordeu o lábio enquanto contemplava ao cavalheiro principal, sem poder determinar se ele era um urso ou um homem. Ele vestia uma capa de pele grossa de pele marrom, que combinava com a cor de seu cabelo comprido. Mas não era um homem completamente brutal. Pois quando viu Graham, seu sorriso foi como um raio de luz perfurando sua escuridão. Entretanto Kate engoliu em seco quando ele desmontou e abraçou Graham com seus braços grossos como troncos . Não sabia se o homem era gentil ou um selvagem, mas Donald MacLeod era enorme. Callum surgiu detrás dela e deslizou seus braços ao redor de sua cintura. -O que a preocupa , moça? - Que ele deseje me ver morta.- ela retorceu suas mãos . -Viu o tamanho daquele homem , Callum? Porque ele é maior que você! Eu diria que parece um ... Callum se inclinou para baixo e afogou o resto de suas palavras com um beijo lento e sensual.

Seu corpo se relaxou em seus braços. -Ele não deseja vê-la morta,- lhe assegurou .-Donald MacLeod é um dos lordes mais justos que eu conheço . Ele deu refúgio a Maggie e a mim quando escapamos do calabouço de seu avô . Ele nos alimentou e nos vestiu, e permitiu que eu construisse Camlochlin em suas terras. - Callum a soltou e se moveu para a janela .-Sabe os risco que ele correu por mim , Katie? Ele convenceu a seu clã de conviver com os MacGregors, e nenhum deles disse uma palavra quando nós vivemos aqui. Seus homens são assim como os de MacKinnons os que patrulham as costas desta ilha, ajudando a nos manter seguros. - Ele a agarrou novamente e beijou sua testa. -Não lhe tema. Ele e seus filhos são bons homens. Kate sacudiu a cabeça , mantendo o resto de sua preocupação calada, e seguiu Callum para fora do quarto. Quando alcançaram a parte inferior das escadas aquele homem bestial levantou seu olhar escuro e se inclinou para Maggie, e disse . -Quando vai ensinar a sua irmã a falar como uma verdadeira Highlander? Kate decidiu que poderia imitar o modo de falar dos MacLeods e ele não se daria conta que era uma Lowlander . Era claro que homem estava obviamente perturbado pelo sotaque Lowlander de Maggie . Os olhos do bruto se estreitaram ligeiramente quando Callum riu com sua pergunta . E logo Callum MacGregor foi envolto em um abraço peludo que o fez parecer com um menino de doze anos . – Lembra-se de Alasdair, Rory, e Padraig?. - MacLeod girou para seus filhos, e os três gigantes de pé detrás de seu pai rodearam Callum . O resto dos homens que acompanhavam MacLeod foram saudados com palmadas nas costas. Quando seus olhos se encontraram com os de Donald MacLeod , Kate endireitou seus ombros e se forçou a sorrir. -Não acredito que nos conheçamos. -Minha prometida .- Callum aparecia ao lado do homem. -Katherine Cam.. -Kate,- ela o interrompeu antes que dissesse seu nome completo. Não havia nenhuma razão para fazer que o chefe do clã a odiasse tão cedo . Seus dedos saíram delicadamente fora do xale e MacLeod os levou a seus lábios . – Muito prazer em conhecê-la .- ele beijou sua mão,e inclinou sua cabeça para Callum. - Me causa pena que não tenha mandado me avisar sobre o seu compromisso. - Foi tudo muito súbito- Callum lhe disse e lhe bateu nas costas . - Venham, tenho aberto um de meus melhores barris de uísque para sua visita. Eles partiram para o grande salão , onde as jarras eram inundadas no barril de uísque e as conversas começaram. Algumas carnes frias e pães recém cozidos foram colocados nas mesas, mas o verdadeiro banquete viria mais tarde, depois que os MacLeods tivessem tempo de refrescar-se. No momento, os homens estavam contentes esquentando seus estômagos com bom uísque e seus pés colocados perto do fogo. Kate escutou as risadas cordiais do chefe do clã MacLeod quando se sentou ao lado de Callum, Maggie plantou Henry , o porco, em seu colo. Kate decidiu que MacLeod não podia ser tão mau apesar de tudo, pelo menos tudo ia bem enquanto ela não abrisse a boca. Agora que pensava nisso, até agora ele não tinha mencionado os Lowlanders quando falava de invadir. Ela começou a suspeitar que ter vivido até agora sob o governo brutal da Inglaterra lhe tinha devotado aos MacLeods pouca oportunidade de invadir e lutar.

-Kate. Tirada de seu devaneio mental , Kate piscou - Me diga - Donald MacLeod disse, apoiando-se no respaldo de sua cadeira . - Tem irmãs em idade de casar? Estou procurando uma esposa para meu filho, Padraig. Kate mordeu o lábio . Estava por acontecer. Tinha esperado poder passar toda a manhã sem falar, mas tinha que lhe responder agora. Seus olhos procuraram os de Callum, mas o filho de Donald, Alasdair, estava-o levando longe da mesa, detrás dos barris de uísque . Kate recordou que já tinha enfrentado homens muito mais atemorizantes que este e limpou sua garganta antes de falar. -Não , meu lorde. Só tenho um irmão. Ele arqueou uma sobrancelha especulativamente , e sorveu sua bebida. -Entendo. Poderia perguntar, onde Callum te achou , moça? Kate se lembrou de respirar. Deus a ajudasse quando esse homem descobrisse que ela era uma Campbell. Inalou uma respiração profunda. - Ele me salvou de um clã vizinho que estava invadindo minhas terras. -Onde ? -No vale Orchy, meu lorde. -OH! Que diabos estava fazendo Callum em Orchy? Não estaria brigando com os Campbells novamente? Antes que Kate respondesse , Callum voltou para a mesa. -Kate, Maggie pediu que vá ao quarto de Netta. -É obvio.- Kate se levantou de sua cadeira, agradecida de poder sair . -Irei imediatamente. O olhar de Callum se atrasou nela enquanto Kate corria escada acima . -A ama - Donald anunciou . Quando Callum girou para ele e assentiu com a cabeça , Donald levou sua caneca a seus lábios para beber. - Já era tempo ,rapaz. Talvez agora encontrará um pouco de paz e deixará de tentar matar a cada maldito Campbell que cruze em seu caminho. -Talvez - Callum admitiu, tomando a cadeira de Kate, em frente de Donald. - Já que ela é uma Campbell, e não quero matá-la. Donald MacLeod cuspiu o uísque depois do anúncio.. -O que!? - ele gritou, secando a boca. OH, os Santos me protejam. Me diga que ouvi mal . Ela é uma ... O que? -Uma Campbell." Donald agitou suas mãos aos céus. Quando pensou que se havia recomposto para continuar, ele voltou seu sobressaltado olhar para Callum. -Jesus e María, uma Campbell. Apaixonou-se por uma Campbell. - Sim, é a sobrinha do Duque de Argyll. Isso terminou de pasmar MacLeod. Callum esperou pacientemente enquanto seu amigo emitia alguns sons ininteligíveis. Quando ele julgou que era seguro continuar, fez gestos a Lizabeth para que lhe trouxesse mais uísque para o lorde. -Planejava retê-la aqui pedindo um resgate e fazer que Argyll viesse aqui. -Que é exatamente o que ele está fazendo.-MacLeod tomou sua cabeça em suas mãos e suspirou. - Sim. - Callum concordou. -Esperava que ele viesse por ela. Mas não esperava que ela ganhasse meu coração do modo que o fez .- Callum tomou seu uísque , logo estudou a cabeça curvada de Donald. -Não a deixarei ir. Eu queria este final com Argyll, mas seu irmão será

o guardião dela de acordo com a lei inglesa quando seu tio estiver morto. Ele poderá brigar contra mim, mas eu não a deixarei ir. Levantando seus olhos para o rapaz que tinha chegado a amar como a um filho, Donald suspirou e sacudiu a cabeça . -Não terá que fazer isso. Sei que afirmei que nunca me meteria em sua guerra com os Campbells , mas os MacLeods ficarão a seu lado se algum exército vier contra você. -Não , Donald. Me ocuparei eu mesmo disto . Prometi não machucar o irmão de Kate , e se tudo sair bem , não terei que fazê-lo . Só me diga onde está Argyll. É a ele a quem quero . - Não sabemos . Ele chegou em Glengarry e foi para o leste. Callum ainda estava considerando essa informação quando Jamie entrou repentinamente no grande salão , seu rosto imberbe estava ruborizado com excitação . -Há um novo MacGregor em Camlochlin!- ele gritou . Ele foi para uma mesa, tomou uma caneca de uísque da mão de Alasdair MacLeod, bebeu todo seu conteúdo, logo desmaiou a seus pés por um momento. Ele piscou e encontrou Callum parado diante dele . Sentindo um arroto subindo de seu estômago , Jamie lutou por contê-lo, não querendo arrotar contra o peito de seu lorde. Tinha empalidecido grandemente durante o processo, desvaneceu-se novamente, e logo sorriu a Callum. -Brodie teve um filho. -Um filho!- Callum girou e gritou a todos no salão .-Deus abençoe o menino.-O salão estalou em brinde com bons desejos, e mais barris foram abertos. - E Netta?- Callum lhe perguntou . -Ela está bem. Aileen e Murron estão com ela. É Brodie quem precisará ser cuidado. Juro que vi lágrimas em seus olhos. Callum procurou entre a gente do salão e levantou sua caneca para Donald MacLeod. -Outro MacGregor! -ele gritou .-Se tudo sair como quero , haverão muitos mais por vir. O chefe do clã dos MacLeod riu enquanto Callum voltava sua atenção a Jamie. – Peça a Kate que traga para o bebê,assim poderemos vê-lo . Jamie piscou para enfocar melhor a imagem de Callum. -Kate não está com Netta. Callum o olhou fixamente . – Sim,está lá . Maggie mandou procurá-la. Jamie sacudiu a cabeça. -Maggie não está lá, nenhuma das duas . Ela queria ir ao celeiro,mas eu lhe disse que me esperasse . Callum correu fora do salão e saiu do castelo antes que alguém tivesse tempo de segui-lo .Por favor, Deus, faça com que elas estejam no celeiro, ele pediu . Maldição, Maggie sabia que não devia deixar o castelo sem Jamie. -Kate!- sua voz estalou em um rugido que ecoou nas paredes de pedra . Não esperou uma resposta mas sim foi correndo para o celeiro. Quando chegou lá, ouviu o som das risada das mulheres. Ele agradeceu a Deus silenciosamente antes de entrar. Kate estava sentada com suas pernas dobradas no feno, Maggie estava a seu lado . Ambas as mulheres levantaram o olhar , e quando o viram , Kate levou sua mão à boca, temendo o pior . -O que está errado?- ela perguntou . - O que aconteceu ? Callum se inclinou contra a parede , seguro de que suas pernas não o sustentariam . -Que diabos estão fazendo aqui ? -Embora ele gritasse, sua voz estava carregada com emoção. -Devem me avisar quando saem do castelo.- Kate ficou de pé enquanto ele girava para sua irmã. -Maggie ! Quantas vezes devo te dizer que ... - sua voz se debilitou em um gemido quando Kate o tocou com as pontas de seus dedos em sua mandíbula.

Ela queria chorar, não porque ele tivesse gritado , mas sim porque ele estava tão assustado por elas. Por ela. -Me perdoe , Callum -ela disse, apenas capaz de resistir o desejo para lançar-se em seus braços. Callum a apertou contra ele, esmagando-a em um abraço até que ela não pôde respirar. Nenhum deles tinha ouvido Donald entrar no celeiro, nem seu chamado suave para que Maggie o seguisse para fora. -Callum, não posso respirar -Kate ofegou em seu peito . Ele afrouxou seu afeto só um pouco e inclinou sua cabeça para ela até que seu olhar esteve ao mesmo nível que o seu. Não queria lhe dizer . Não queria que ela se preocupasse com algo que nenhum dos dois podia deter. Mas ela tinha que saber agora. inha que saber quão perigoso era afastar-se de sua vista .-Kate, seu tio foi visto perto de Glengarry alguns dias atrás . Ela empalideceu . -E meu irmão? -Não sei se ele acompanha seu tio. Não sabemos onde está ele . Temo que.. Kate cobriu sua boca com os dedos. –Ssh..-ela sussurrou. – Nós salvaremos Robert, e tudo ficará bem.- ela apertou seus lábios contra os dele, silenciando qualquer outra coisa que ele pensasse dizer. Capítulo 35 Duncan Campbell chutou o corpo a seus pés . Por Deus! os MacGregors não falavam nem sob tortura. Não importava, ele encontraria o resto deles. Estava perto. Tinha que ser assim. Estava certo de que já os teria achado a essa altura se não tivesse ocorrido o confronto com os MacKinnons dois dias atrás. Golpeou a luva de couro contra sua coxa, e uma pequena nuvem de pó se elevou até seu nariz . Os malditos MacKinnons lhe haviam matado mais de vinte de seus homens antes de que pudessem ser interrogados e logo fossem eliminados . Apertando seus olhos contra a luz do sol da tarde , ele examinou os vales nebulosos até que achou Robert sobre uma pequena cúpula com o resto de seus homens. Os lábios de Duncan se arquearam em um sorriso desafiante quando seu sobrinho franziu o cenho diante do corpo atirado no chão. -Era só um MacGregor, sobrinho. Lembre-se que eles seqüestraram a sua querida irmã e muito provavelmente a mataram. Robert levantou sua mão para deter as palavras deDuncan . -Chega, por favor. Não desejo pensar nesse tipo de coisa. -Deve pensar - Duncan insistiu, movendo-se para ele. – Precisará de toda sua fortaleza para matar a esse assassino .-ele contemplou Robert com um olhar estreito. -Ou está se acorvadando ? -Não ,- Robert apertou os dentes, mas seu olhar voltou para homem morto a alguns metros de distância . Na verdade, ele poderia estar acovardando-se ,além do mais . Se sentia doente pela crueldade de seu tio, desanimado pela facilidade com que Duncan matava a qualquer um que se recusasse a cooperar. -Tive muito tempo para pensar nisto. Bebi e ri com Graham Grant muitas noites. Não acredito que ele vá machucar Kate.-Robert continuou apesar da risada de seu tio. -Não acredito que ele sirva a um homem que mataria a uma mulher.

Os olhos de Duncan brilharam com malícia, perfurando a névoa . -OH, se refere ao homem inteligente que se infiltrou em minha própria fortaleza para descobrir onde vivia nossa querida Katherine . -Eles estavam procurando você,- Robert lhe recordou .-Eles não mataram nenhuma das mulheres em Kildun. Duncan vestiu as luvas e agarrou seu cavalo. -Não me importa . O caçado se converteu em caçador.- Quando ele subiu em sua montaria, levantou sua cabeça e olhou para o oeste, em direção às gigantes montanhas negras à distância . -Acho que fomos enganados por Cameron quando te disse que procurássemos pelo leste. A única coisa que encontramos até agora são animais selvagens. E não me refiro aos MacGregors.-Observou o cadáver ensangüentado no chão . –Incomoda que ele não seja o traidor Grant, não é ?- Duncan deslizou seu olhar para Robert, desafiando-o a não concordar .-Quando os encontrarmos, deixarei Grant para que o mate.- Duncan chutou os flancos de seu cavalo e desapareceu na densa névoa . As ovelhas pastavam mansamente no vale. Em algum lugar próximo, As crianças riam. Deitada sobre um tapete violáceo de urzes, Kate girou seu rosto para sorrir a Maggie, que estava estendida a seu lado . Os pensamentos dos últimos dias trouxeram um suspiro satisfeito a seus lábios . Os MacLeods tinham deixado Camlochlin, mas não sem antes que o chefe do clã desse de presente maravilhosas histórias sobre fadas, romances e heróis .O Padre Lachlan ainda não tinha chegado , mas a Kate não importava . Callum lhe havia dito que nas Highlands um homem só precisava reivindicar a uma mulher como própria e ela era considerada sua esposa. E ele definitivamente a tinha reivindicado como sua esposa . Angus e Brodie não brigaram por duas semanas . Brodie estava muito ocupado carregando a seu filho recémnascido e luzia um sorriso orgulhoso e já não estava interessado em brigar ou beber . Kate passou seus dedos sobre seus próprio estômago, desejando que o bebê de Callum crescesse ali . Era muito cedo para saber . Ela soltou um suspiro , pensando na freqüência com que faziam amor. Inclusive sabendo que seu tio estava muito perto e tendo uma causa para preocupar-se ela não impedia que Callum a levasse para a cama em cada oportunidade possível . Kate tinha estado convencendo Maggie de que um certo jovem guerreiro estava verdadeiramente interessado nela. Ela suspeitava que Maggie já sabia disso . Era claro para qualquer um com um par de olhos que o coração de Jamie estava desesperadamente perdido por Maggie MacGregor. O coração de Maggie não tinha sentimentos muito distintos , embora ela era tão dura a respeito de assuntos de amor como era seu irmão. Mas só precisava de um sorriso muito apreciativo de seu admirador, dirigida a seu rosto limpo e a seu cabelo penteado , para criar um pequeno demônio . E Maggie era um demônio . Kate não tinha idéia de que Maggie possuía um caráter que podia rivalizar com o de Callum . Apesar do dia adorável, o humor de Maggie era tão ácido quanto o leite do dia anterior . E tudo era culpa do Jamie .- De acordo com a pequena MacGregor, seu pretendente tinha achado um novo companheiro. Um grande e peludo, bêbado chamado Angus. -Não fique barva -Kate disse brandamente e bateu levemente a mão de sua querida amiga. Estou certa que Jamie prefere estar com você. Maggie inclinou sua cabeça e lançou a Kate um olhar agudo .-Então por que está aqui comigo

em vez dele? Eu fiz tudo para ganhar seu favor, Kate. Mas ele ainda não se declarou . Ele prefere passar seus dias com um homem que arrota mais freqüentemente do que pestaneja ! Kate escondeu seu sorriso detrás de seus dedos. -Disse-lhe esta manhã que preferiria que Graham me vigiasse hoje . E ele teve o descaramento de zangar-se! Mas minha decisão parece certa. Graham sorri mas freqüentemente , enquanto Jamie sempre parece amargurado.- Maggie fez uma pausa por um momento e olhou com seus olhos azuis o céu. -Talvez está amargurado por ter que me seguir por todo este maldito castelo. Ela estava definitivamente apaixonada, Kate decidiu enquanto Maggie continuava fazendo uma lista dos desaforos de Jamie . - Sim, tem razão, querida - Kate disse sombríamente . -Tem que economizar essa amargura contínua . Jamie certamente não é o que qualquer moça, salvo possivelmente Glenna , quereria em um homem. Mais de uma vez a vi olhando para Jamie com afeto. Desejando-o.. -Glenna?- Maggie se levantou e a puxou pela manga. -Mas eu a vi pendurada no braço de Graham. Kate encolheu os ombros e fechou seus olhos, esquentando-se com o sol morno. -Talvez Glenna ficaria contente com um ou outro irmão. Ou com ambos. Agora que Jamie está livre para . . - ela elevou seus ombros para tampar seus ouvidos quando Maggie gritou, e ela disse uma prece silenciosa de perdão e um pedido especial de proteção para a pobre Glenna enquanto Maggie se levantava e partia para o castelo. Com um suspiro satisfeito, Kate ficou de pé e sacudiu algumas flores grudadas em suas saias. No caminho ao castelo, ela saudou as mulheres que penduravam a roupa lavada para secar fora de suas cabanas. Eles a saudaram e Kate esperou que isso significasse que começavam a aceitá-la como uma delas. Deus Santo, ela amava Camlochlin. E amava os MacGregors, e amava a seu poderoso lorde tanto que quase a fazia chorar. Ela rezava para que Callum algum dia pudesse correspondê-la em seu amor . Deus querido, ela daria qualquer coisa só para ouvilo dizer essas palavras. Com os olhos úmidos , ela passou pelo muro oeste onde Callum normalmente praticava com seus homens e o buscou . Ele não estava lá. Ela girou sobre seus calcanhares para ir procurar dentro do castelo e caiu diretamente em seu abraço. - Me procurando ? -sua voz era profunda e erótica contra seu ouvido , sua respiração morna lhe roçando a nuca. Sim, ela o amava. -Kate?- ele deslizou seus braços ao redor de sua cintura e se inclinou para examinar seus olhos. - Tem algum problema ? Ela negou com a cabeça. -Só estava ponderando algumas coisas. Nada para preocupar-se .-Ela piscou para fazer desaparecer as lágrimas não desejadas e ficou nas pontas dos pés para beijá-lo na boca. Ela não pôde evitar de observar seus cílios abundantes fechados em cima de seus olhos. Seus lábios se moldaram aos seus , firmes , possessivos , enquanto seus dedos a aferraram pelas costas e atraíram seu corpo mais perto. Kate queria viver e morrer em seus braços. O amava e seu coração parecia a ponto de explodir. -Agora me diga o que a preocupa , Katie - ele a persuadiu com uma voz baixa quando ela se separou de seu beijo.

Como poderia começar a lhe contar a profundidade do que sentia por ele ? Isso só o afastaria dela . Lhe confessar seus sentimentos era muito perigoso. Callum gostava dela. Isso era claro, mas como poderia ele entregar seu coração à neta de Liam Campbell? Entretanto , quando ele a olhava . . . Ela estendeu sua mão e passou seus dedos emcima de sua testa . -Seus olhos me dizem coisas que não entendo.- as palavras escaparam de seus lábios antes de que pudesse detê-las. - Sim?-O olhar de Callum se suavizou com alguma emoção profunda que fez que o coração de Kate soasse em seus ouvidos . -É tão difícil entender que você significa para mim mais que qualquer outra coisa ? - Tem medo.- ela sacudiu a cabeça , entendendo-o . -De muitas coisas, mas isso nunca me impediu de fazê-las. - Porque é valente e forte. Mas isto é diferente, Callum.- ela o olhou e amaldiçoou seus trêmulos lábios. -Isto não tem nada a ver com sua força física ou com seu orgulho. - Com o que tem a ver, então ?-" ele tocou um cacho caído sobre sua têmpora, seus lábios trêmulos não escapavam a sua atenção. - Com seu coração. - Ah, isso. - Sim.- Kate passou sua manga por seu nariz, e então se livrou de seu abraço e retrocedeu . Me perdoe . É tolice minha... -Eu te amo , Kate. Seus lábios se separaram , mas só um pequeno ofego saiu deles. Ele sorriu , e finalmente seus olhos revelaram completamente o que tinha estado ali desde o começo. - E te amarei até o dia de minha morte , e possivelmente muito depois disso. Ela saltou em seus braços,segura de que se ele fosse um homem menor o teria atirado ao chão. Angus e Jamie observaram de um parapeito sobre os muros do castelo. Com muita mais experiência da que Jamie tinha , Angus esperou até que Callum levasse a sua esposa para dentro do castelo antes de dar um arroto . - Acho que ela era a única em todo este castelo que não sabia que ele a amava . As mulheres são cabeças duras . Não esqueça isso,rapaz. - Angus ofereceu mais uísque para Jamie . - Sim, cabeça dura - Jamie cambaleou e quase caiu pela borda do muro. Angus o agarrou rapidamente pela gola de seu xale antes que o jovem saísse voando . -Merda! Não pode suportar o uísque. - Me solte , rato de esgoto .- Jamie se soltou e quase caiu novamente. Seu humor estava muito mais ácido que o de Maggie. Mas Angus não se havia sentido tão feliz desde o dia que ele tinha quebrado pela primeira vez o nariz de Brodie. Tinha pensado que toda a esperança tinha sido perdida quando Kate tinha exigido que ele e Brodie parassem de se agredir . Seu coração se entristecia cada vez que via seu primo beijando meigamente a cabeça de seu novo bebê. Mas agora , oh, agora, uma nova faísca de esperança e alegria brilhava nos olhos de Angus . -Acabou de me insultar , Jamie Grant? - ele perguntou cuidadosamente. Não queria ferir o rapazinho por engano. - É verdade. Angus decidiu ignorar os grandes e confusos olhos azuis olhando-o, pois estava desesperado

por uma briga. Assentiu com sua cabeça e lançou um murro nos intestinos de Jamie com um suspiro satisfeito que rivalizava com qualquer arroto que ele pudesse produzir. Em resposta, Jamie prontamente derrubou o conteúdo de seu estômago sobre as botas do Angus . Capítulo 36 Duncan Campell cuspiu o pó de sua boca. Esperava entre os densos arbustos até estar seguro que a patrulha dos MacLeod partisse antes de arrastasse sobre seu estômago em direção a seus homens. Lançando a seu tio um olhar de desprezo,Robert se deu conta do quão parecido a uma serpente o Conde de Argyll era. Nos últimos três dias, eles não tinham feito outra coisa além de se esconder nos arbusto e agora a imagem dos xales manchados de sangue decompunha o estômago de Robert. Ele tinha conhecido o Diabo MacGregor e em seus olhos havia visto profundo desprezo . Callum MacGregor matava Campbells como se nada importasse, mas Duncan não era muito melhor. Briga entre clãs eram uma coisa. Cortar cabeças dos homens já mortos era outra coisa completamente distinta . E Duncan Campbell tinha feito isso a um montão de homens . Quando seu tio o alcançou, ele olhou primeiro aos arbustos densos que separavam ele e a seus homens dos escarpados rochosos de Elgol,e olhou para Robert. -Agora entende por que negociei os cavalos? Eles nunca teriam chegado até aqui emcima . Viajaremos pelos escarpados a pé,- ele sussurrou. -Se nos encontrármos com alguém , diremolhe que somos MacLeods. Se eles tentarem nos deter , mataremos a todos. Temendo que seu tio finalmente tivesse enlouquecido- ou talvez percebesse isso nesse momento — Robert esteve tentado a rir. Mas teria sido um som triste. Sentia-se muito mal pelo pobre bêbado que tinham matado a noite anterior depois de admitir que o clã dos MacGregors vivia do outro lado da ilha de Skye e de guiá-los pelo caminho correto. Só dezesseis homens de seu próprio grupo tinham sobrevivido , e Robert sabia que não eram suficientes para tomar a fortaleza MacGregor , se chegassem a encontrá-la . -Tio, me ouça - ele tentou explicar pela centésima vez essa manhã. -Não acredito que seu plano vá ter êxito . Não podemos simplesmente nos misturar e nos fazer passar pelos MacLeods . Acha que os MacGregor não conhecem os rostos dessas pessoas? Eu só quero a minha irmã. Se devo matar ao lorde para resgatá-la , o farei. Mas não pretendo assassinar a Margaret MacGregor, só porque ela é o ponto fraco do Diabo . Não há nenhuma honra nisso. - Honra?- Duncan zombou. - A quem importa a honra? Eu sofri a maior humilhação por parte desse maldito bastardo. Callum MacGregor é um marginal . Ele desafia todos os decretos que venham da Inglaterra. -Então capture-o e castigue-o conforme à lei . Por que está tão ansioso por matar ou ferir todos exceto ao homem que buscas ? E por que não o buscou antes que ele seqüestrasse a minha irmã? - Chega de perguntas,- Duncan replicou .- Se levante.- ele se levantou e arrastou a seu sobrinho pelo braço. O resto de seus homens os seguiram . - Tem medo dele, então ?- Robert exigiu , vendo a evidência no rosto de Duncan . - Eu devo

fazer o que não pode fazer ? Rindo, Duncan começou a subir os primeiros dos muitos escarpados .-Quando chegar o momento dessa tarefa, temo que seu coração te falhará , sobrinho. Mas depois que ele arrancar o coração de seu peito , eu provarei minha coragem matando a irmã dele. Provar sua coragem? Robert queria lhe perguntar , mas o caminho era muito traiçoeiro. Precisava de toda a sua concentração para atravessar o escarpado. Como se confirmando sua decisão de permanecer calado e concentrado , uma pedra se afrouxou debaixo de Duncan e ele caiu , embora não muito longe, pois eles só acabavam de começar a subir . Mas a pedra se deslizou pelo rochoso escarpado e desapareceu na furiosa corrente mais abaixo. Robert não fez nenhum movimento para ajudar a seu tio, fríamente imaginando-se que era a cabeça de Duncan em vez da pedra o que golpeava o leito do rio . Uma pouco mais tarde, e um pouco mais acima , Alasdair Drummond seguiu a trajetória da pedra e se afundou na sua morte no rio . Finalmente, Duncan deteve a tropa e ordenou a Kevin Menzie voltar para o Sleat e procurar um bote. -Não podemos voltar por este caminho.- ele examinou a água mais abaixo. - Arranje um barco e volta aqui para nos encontrar. Uma vez que estejamos todos juntos outra vez , voltaremos para a ilha principal no lago Scavaig. Vamos , se apresse . Os dedos do Robert estavam brancos quando se agarrou a uma beira estreira de rochas a mais de cem metros da furiosa corrente . Ele decidiu que não gostava desse lugar desolado . Duncan continuou adiante , acabava de perder dois homens mais e não admitia sua derrota ante os elementos da natureza . -Tio- Robert disse enquanto apertavam suas costas apertadas contra um muro de pedra e esperavam que passasse a tormenta. -Graham me contou que MacGregor e sua irmã foram encarcerados quando eram meninos. Isso é verdade ? - Sim. O estômago de Robert se comprimiu . Ele fechou seus olhos e inclinou sua cabeça . O que mais do que Graham lhe havia dito era verdade ? -Por que lhe fizeram isso ? -Houve muitas razões - Duncan disse. -Principalmente porque eles eram MacGregors, inimigos do reino. Os MacGregors tentaram por séculos convencer a qualquer um que quizesse escutálos que nosso clã os tinha enganado. Na verdade eles procuravam desculpas para sua selvageria contra nossa família. O pai do Diabo era um conhecido rebelde que tinha começado as batalhas contra os Campbells. -Mas eles eram crianças -Robert disse, sentindo-se enjoado. -Não importa. Liam Campbell fez o que devia fazer. Eu não o questionei. -Meu pai o questionou ? A expressão de Duncan se obscureceu enquanto desviava a vista para uma paisagem que era tão severa como a lembrança do rosto de seu pai. -Ele tinha recebido sua própria propriedade no vale Orchy e tinha optado por não perseguir os MacGregor . Quando descobriu o encarceramento das crianças MacGregor, apresentou sua objeção . Ele não se parecia em nada a meu pai. Mas meu pai o perdoou .- Duncan tirou a chuva que entrava em seus olhos. - Até quando Colin mais tarde considerou os motivos do Diabo para matar tantos Campbells, meu pai o perdoou . Havia uma emoção debaixo da aparência de indiferença de seu tio , Robert virou-se para olhá-

lo enquanto ele falava. -Acho que seu avô se alegrou quando os MacGregors causaram o caos em Kildun. Porque isso forçou a que seu filho favorito, Collin , voltasse para casa . -Então meu pai não estava em Kildun quando o Diabo escapou ,- Robert disse brandamente, pois esses fatos nunca lhe tinham sido informados claramente até agora.-Quando foi que Callum MacGregor o atacou com sua espada, então ? Você disse que tinha sido o Diabo quem tinha matado o meu pai, lembra ? Por que o Diabo fez isso , se como diz , meu pai não o condenava completamente por suas ações ? Duncan deslizou seu olhar para Robert . Se via um pouco de desconforto em sua expressão mas isso só durou um momento antes que seu comportamento frio retornasse. -Sobrinho, se insistir em saber a vergonhosa verdade, então aqui a tem . Seu pai era um simpatizante da causa dos MacGegrors . Mas o idiota recebeu a recompensa de um idiota. -Não - Robert lhe discutiu . -ão é ser idiota demonstrar clemência pelos outros. Amish e John me ensinaram que ... A voz de Duncan foi baixa para que os outros não pudessem ouvir as palavras para seu sobrinho . -Espero que eles não lhe tenham feito um herdeiro débil . E espero que a sua irmã não lhe ocorra converter-se em uma simpatizante da causa Macgregor. -E se isso ocorreu? -Então ela sofrerá a mesma justiça que todos os outros . Essa é lei da Inglaterra. Por um aterrrador instante Robert pensou que ele seria o seguinte em morrer quando ficou de pé, enfurecido, perplexo e completamente fora de si .-Qual será a mão que a fará sofrer, tio ? Duncan encolheu seus ombros . -Vamos desejar que ela esteja lutando contra os MacGregors neste mesmo momento . - Digo-lhe isso agora, tio , se chegar a machucar Kate,eu ficarei com os MacGregors e me ocuparei de vê-lo morto! .- Robert passou os dedos por seu cabelo enquanto pensava na verdade sombria que acabava de descobrir . -Meu pai era um simpatizante dos MacGregors . Ele nunca tinha falado mal dos MacGregors. Nunca tinha falado deles.- Freneticamente olhou para Duncan. - Me diga quem matou os meus pais. Robert teria preferido que Duncan gritasse , que explodisse em fúria indignada pelo que seu sobrinho estava sugerindo . Mas tudo o que ele recebeu foi um sorriso glacial. - O que ganharia sabendo disso agora, Robert?- Duncan olhou ás nuvens pesadas . -A chuva parou .- Ele girou para os outros . -Vamos continuar. Robert não se moveu. Estava certo que se o fizesse, seu tio o lançaria pelo precipício. Descrença e desilusão o empurravam a beira da razão. Sem dúvida Amish ou John lhe teriam contado se tinha sido Duncan quem tinha matado a seu pai . Talvez eles não soubessem , Robert considerou .Além do mais, a ferida fatal tinha sido infligida em suas costas . Não , Não ! Não podia ser o próprio irmão de seu pai. Robert se apoiou em uma rocha , lutando por manter o conteúdo de seu estômago onde pertencia . Dominado por uma fúria ele nunca havia sentido antes, Robert saltou sobre seu tio e o agarrou pelo ombro. -Por que fez isso ?- ele exigiu. Duncan virou-se para enfrentá-lo . Ambos os homens se cambalearam na borda perigosa . Duncan se agarrou aos braços do Robert para afirmar-se . -Merda ! -O conde lutou furiosamente. -Juro que o matarei se me fizer perder o equilíbrio

novamente. A voz de Robert rugiu como um trovão distante. - E eu juro que te lançarei ao rio se não me der uma resposta. Duncan observou por cima de seu ombro e deu aos outros, a ordem de continuar avançando . Embora estava certo que eles não podiam ouvir, ele se inclinou sobre o ombro de Robert e lhe falou em uma voz baixa . -Muito bem , direi. - Quando Robert sentiu o fio da espada de seu tio apertado contra suas costelas, esticou sua mandíbula. -Com um punhado de seus homensseu tio sussurrou- seu pai partiu para achar o selvagem que tinha massacrado às pessoas de Kildum. Ele não planejava fazer justiça, a não ser levá-lo a um lugar seguro . Eu o segui . Era de noite quando o encontrei . Ele e seus homens estavam dormindo. - Duncan se retirou ligeiramente e olhou diretamente nos olhos de Robert , seu próprio olhar pouco arrependido. Na verdade, odiei ter que matá-lo, mas não há lugar para o remorso em uma guerra.Meu pai acreditou que o Diabo tinha matado a seu filho favorito ,-Duncan continuou, ignorando a ira assassina nos olhos de seu sobrinho. - Eu não podia lhe dizer a verdade, pois embora ele odiasse aos simpatizantes, ele nunca teria entendido minha decisão . -Amish e John sabiam ?- Robert mal podia manter sua fúria sob controle. -Não , mas eles eram simpatizantes dos MacGregor , também.- Duncan suspirou quando Robert fechou seus olhos ao dar-se conta no que se converteram os dois homens que tinham ajudado a criá-lo e a sua irmã. -Eles sobreviveram a seu propósito, Robert. Você já deixou o vale Orchy, e Katherine deveria viver comigo. Não tem nem idéia de como me preocupei com vocês todos estes anos. A sinceridade em sua voz era quase uma coisa extraordinária de ouvir. Se Robert não tivesse medo de gritar até que os escarpados a seu redor se desintegrassem, teria aberto a boca para rir. -Você se preocupou porque poderíamos nos converter em simpatizantes dos MacGregors ,Robert assinalou firmemente . -Não , eu os visitava freqüentemente para ter certesa de que isso nunca acontecesse . -É verdade, eu odiei aos MacGregors toda, minha vida- Robert disse. -Se eu não tivesse ido a Kildun, minha irmã ainda estaria segura no vale Orchy. - Logo — Duncan colocou sua mão no ombro deRobert —ela estará segura uma vez mais em Inverary. Juro .- Quando Robert não disse nada, ele girou e continuou o caminho com o passar da borda . Robert seguiu detrás dele em silêncio, suas feições definidas com a firme determinação de achar a sua irmã e talvez, com a ajuda de MacGregor, fazer justiça com o verdadeiro Diabo da história. Capítulo 37 Alguns dias mais tarde e com três homens a menos , o Conde dr Argyll se agachou em uma colina e estirou seu pescoço para olhar um castelo que era tão negro e impenetrável como a barreira de montanhas que aparecia detrás da construção . -Essa não pode ser a fortaleza MacGregor - ele disse um momento depois quando seu assombro

se converteu em negação. -O velho bêbado deve ter nos haver mandado pelo caminho errado e inesperadamente encontramos um castelo dos MacLeod. Essa fortaleza tinha que pertencer aos MacLeods, Duncan disse a si mesmo repetidas vezes enquanto observava assombrado . Se recusava a acreditar que um bandido rebelde possuía essa propriedade tão magnífica. Era menor que Kildun, mas extremamente grande para um MacGregor. -Eles podem ver por todas as direções- Robert disse, apontando aos Highlanders patrulhando as almenas. Ele virou-se para seu tio. - O que sugere que façamos agora? -Esperaremos aqui até o anoitecer, logo daremos a volta ao lago, seguindo essas colinas onde há mais sombras, e nos infiltraremos dentro do castelo. Robert bufou,-Está louco. Seremos abatidos antes que alcancemos as portas da frente. E embora nos infiltremos ... -Achará o MacGregor e o matará enquanto que o resto de nós procurará por Katherine. Se quer vê-la viva novamente, fará o que digo. O escasso número de homens esperava sobre a colina a que a noite caísse , mas a escuridão nunca veio. Pelo contrário , uma névoa pesada desceu das montanhas, lhes gelando os ossos . Duncan insistiu em que eles esperassem até que a névoa cobrisse todo o vale. Isso era tão bom como a escuridão. muito melhor. Robert estava completamente determinado a seguir seu tio dentro do castelo. Mas não planejava matar Callum MacGregor. Ele rezava para que Katherine estivesse viva e sã . Graham tinha sido honesto com ele, e ele tinha defendido muito a seu amigo. Robert não acreditava que um homem como Graham pudesse ser leal a uma besta insensível. Ele não acreditava que eles fossem prejudicar a sua irmã. Encontraria MacGregor e pediria para falar com ele. Não , ele decidiu um momento depois , o lorde o mataria no momento que descobrisse que Duncan estava dentro do castelo. Robert tinha que achar um modo de conseguir entrar sem Duncan e seus homens . Eles eram Menzies, a quem provavelmente não importaria nada o crime de Duncan contra seu próprio irmão. Mas lhes importaria saber que o atual conde de Argyll tinha matado ao antigo conde, ou seja , seu próprio pai? Robert virou-se para seu tio. Em uma voz alta para que os outros ouvissem , disse:-Colin era filho o favorito de seu pai. Duncan encontrou seu olhar . - O que? -Disse antes que o filho favorito de seu pai tinha voltado para o Kildun, não é ? Duncan não vacilou, mas seus olhos se cravaram em seu sobrinho. -Sim, Liam o favorecia . -Disse que seu pai lhe perdoaria qualquer coisa, inclusive ser um simpatizante dos MacGregor. Você odiava Colin por ser o favorito de seu pai .- Ele olhou por cima do ombro de Duncan para os Menzies e se sentiu satisfeito de ver que eles escutavam atentamente. -Me conte , tio, seu pai suspeitava de sua deslealdade quando seu filho favorito foi morto depois que MacGregor escapou ? É por isso que matou o seu pai ? Em um segundo , Duncan agarrou uma pedra grande e golpeou a têmpora de Robert . Quando seu sobrinho caiu ao chão , Duncan tirou o cabelo que caía sobre sua própria testa pela força usada em seu golpe , extraiu sua adaga, e olhou aos homens boquiabertos . Ele caminhou no meio da névoa com um só propósito, destruir o Diabo e recuperar o que tinha sido tirado.

Capítulo 38 Kate abriu os olhos e logo os fechou novamente com a luz brilhante que entrava no quarto pela janela. Realmente teria que falar com Callum sobre a necessidade de cortinas e cortinados — muito grossos. Ao pensar nele, ela sorriu e rodou na cama, pretendendo lhe dar as boas-vindas a um novo dia com alguns beijos estrategicamente colocados . Ela gritou quando viu Maggie sentada em seu lugar, suas pernas dobradas e um pente na mão . -Pensei que nunca despertaria . -Maggie, o que está fazendo aqui tão cedo ? Onde está seu irmão? - Ele está em algum lugar por aí -Maggie apressadamente lhe advertiu . Não havia tempo para responder perguntas tolas nesse momento . -Está planejando dormir todo o dia ? Meu cabelo e eu estamos esperando . Kate não pôde evitar o sorriso que Maggie sempre trazia em seus lábios . -Estou acordada agora .-Ela se arrastou fora da cama e tentou passar seus dedos por seu próprio cabelo. Ela puxou alguns nós . -Meu cabelo também me está esperando... -Apresse-se, Kate. Ele estará aqui logo. - Maggie se levantou da cama e empurrou Kate para o tamborete onde normalmente penteava Maggie. -Quem ?- Kate tentou esconder um sorriso pícaro , mas este se curvou em sua boca. - Quem ? Jamie, é obvio . Quem mais? Honestamente, Kate, às vezes penso que você e Callum são mais apropriados um para o outro do que qualquer um se dá conta. Kate lhe deu um olhar surpreendido e riu . - Pobre Jamie não terá nenhuma oportunidade contra você. Maggie lhe lançou um olhar interrogativo, embora seus lábios se curvaram em um sorriso malicioso. -Pelo menos não depois de hoje, isso espero . - O que acontecerá hoje?- Kate lhe perguntou . - O que vai fazer? - Vou dizer o que penso sobre ele antes que ambos sejamos muito velhos para que isso importe - Maggie disse, pondo o pente na mão de Kate. -E preferiria fazer isso. Penteia-me, por favor? Kate sacudiu a cabeça , tomando o pente. Que valente era essa mulher pequena.Kate até começava a perguntar-se quando Jamie finalmente começaria a cortejá-la . O pobre rapaz tinha medo de Callum, mas Kate estavacerta que Callum se sentiria tão feliz como ela com essa união. -Acho que um adorável laço azul em seu cabelo destacará a beleza de seus olhos- Kate disse brandamente ,ferecendo a Maggie sentar-se no tamborete para começar. Kate e Maggie desceram as escadas, espiando para a esquerda e a direita com a esperança de localizar Jamie e passar diante dele. Não lhe levaria nenhum tempo para segui-la . Maggie planejava guiá-lo diretamente ao celeiro, onde finalmente lhe revelaria seu coração. Ela estava tão decepcionada quando não o acharam, que ela murmurou um insulto que teria feito avermelhar a Brodie . Estavam por sair do castelo quando cruzaram com Callum. -Estava voltando para a cama - ele disse, tomando Kate em seus braços. - Aonde foi ?

-Ao celeiro - Maggie replicou. -Me dêem um momento e irei com vocês. - Não !- Ambas as mulheres exclamaram ao mesmo tempo, com o que ganharam um feroz cenho franzido . - Mande Jamie, Callum.- Kate lhe pediu com uma piscada de olho que fez que seu cenho se franzisse mais. -Por favor - ela implorou com um beijo leve sobre seu queixo. - Voltarei para você logo - ela sussurrou junto a sua mandíbula. -Muito bem - ele concedeu, perguntando-se quando se converteu em um cachorrinho tão obediente . -Esperem aqui e eu o acharei. - Ele plantou um beijo na boca de Kate e lhe sussurrou - Se apresse em voltar para a cama. Callum encontrou Angus em sua busca e lhe perguntou pelo paradeiro de Jamie. -Provavelmente ele está fora recolhendo narcisos para sua irmã. Ele esteve evitando minha companhia, e eu começo a me sentir desprezado por isso. - Procure no prado, e se o encontrar, mande-o aqui.- Callum continuou seu caminho escada acima sem virar. - E seja rápido, Angus. Os finos raios de sol atravessavam as frestas de algumas madeiras soltas das paredes do celeiro , criando uma tela de luz e pó no ar . Henry chiou encantado quando Kate e Maggie entraram e caminhou lentamente em direção a elas com suas pernas curtas e rechonchas . Matilda grasnou mas estava muito ocupada mordiscando alguns insetos que tinham caído das vigas . -Bertrid, pare de perseguir esse pequeno camundongo .- Maggie levantou seu gato e aninhou o felino debaixo de seu queixo. - Acha que Jamie virá ? - Claro que virá - Kate lhe assegurou . -Mas creio que deveríamos ter permanecido no castelo. Callum vai estar zangado conosco .- Quando Maggie encolheu os ombros, lembrnado a Kate que o castelo estava a poucos metros de distância , Kate suspirou e agarrou uma grande bolsa com grãos e começou a encher cada tigela dos animais. Ahern empurrou seu braço com seu focinho, persuadindo a de alimentá-lo primeiro. - Quando Jamie chegar, deixarei-os a sós . Quando a porta do celeiro se abriu novamente alguns segundos mais tarde, Henry chiou e saiu correndo. Matilda abriu suas asas e os insetos foram esquecidos e grasnou de modo selvagem, indo em direção à porta como se alguém provocasse uma batalha ao pato. Lançando uma piscada de olho a Maggie, Kate girou para saudar o loiro guerreiro . A porta do celeiro lentamente foi fechado, mas ninguém estava de pé na entrada. -Jamie?- Kate gritou . Ela forçou sua vista para ver cantos escuros. Seu olhar encontrou Maggie apertando Bertrid firmemente contra seu peito . -O vento, talvez - ela disse e começou a ir para a porta para fechá-la bem . Ela só deu alguns passos quando a moça gritou seu nome. Kate se virou e cambaleou para trás . Seu tio estava de pé detrás da irmã de Callum, segurando-a com uma mão e sua outra mão tinha uma adaga pontuda no estômago dela -Silêncio , Katherine - ele disse brandament . Seu olhar se estreitou nela através dos raios luz .- Adaptou-se bastante bem aqui, conforme vejo . Um terror agudo paralisou os músculos de Kate. Ela quase vomitou com a força da tentativa de afogar um grito. Sua pele se arrepiou apenas em olhá-lo . Ele estava imundo. Manchas escuras de sangue seco em suas mãos e em seu xale. Deus querido, de quem era esse sangue ?

- Não parece contente de me ver, sobrinha. - ele moveu sua espada para cima em direção à garganta de Maggie. Reunindo cada grama de controle que possuía, Kate inalou profundamente e sacudiu sua cabeça belicosamente. - Por que levou tanto tempo para me achar, tio ? Estava começando a pensar que nunca chegaria. Isso pareceu sossegá-lo, mas só por um momento antes que ele a atacasse novamente. -Parece estar incrivelmente bem, Katherine. Entende-se com os selvagens, não é? -Oh, por favor.- ela suspirou como se ele estivesse muito zangado para entender. - O que pretendia que eu fizesse? Sobreviver como você fez .- Seu sorriso depreciativo lhe disse que lhe estava recordando a batalha de seu pai com os McColls. -Agora,quer conversar comigo, ou me levar para casa? Maggie sacudiu a cabeça e começou a chorar. Bertrid se deslizou de seus braços e fugiu para as sombras. -Não vá , Kate.- Seu pedido estava tão carregado de dor, que Kate quase correu para ela. Conteve-se, refreou seu medo e a culpa. Quanto antes convencesse a seu tio de levála para a sua casa,mais seguros todos estariam. Preocuparia-se de voltar ali mais tarde. Duncan puxou Maggie pelo pescoço e Kate deu um passo . -Tio.- ela tentou tirar sua atenção de sua amiga mais querida. -Onde está MacGregor?- ele de repente exigiu . Kate encolheu os ombros e estava por lhe dizer que não sabia , quando a porta do celeiro se abriu novamente. Jamie estava na entrada, seus braços apertavam um grande ramo de narcisos amarelos. Seu sorriso desapareceu quase imediatamente quando viu o Conde de Argyll. Ele agarrou sua espada, jogando as flores ao redor de seus pés. Antes que ele tivesse tempo de desenbanhar sua arma, Duncan lhe lançou sua adaga . Kate gritou, mas Maggie só o olhou perplexa , dominada pelo horror quando seu amado recebeu a punhalada em seu estômago e caía ao chão . Duncan imediatamente se moveu, chutando a porta para fechá-la e tomando sua arma . Sem pausa, ele atravessou o celeiro e agarrou Maggie pelo cabelo. Kate se lançou sobre ele, disposta a lutar até a morte. Ele moveu sua adaga e lhe cortou a palma da mão . O sangue saltou salpicando o rosto do Maggie. Seus olhos azuis, já espreitados pelas imagens do horror vivido no passado , ficaram em branco e ela abriu a boca para começar a gritar. Duncan a silenciou com um golpe na cabeça, usando o cabo de sua adaga. Kate ficou mortal quieta quando ele colocou a ponta sobre o pescoço de Maggie. -Não ! Tio, Não ! -Kate deu um passo , alcançando-o com sua mão ensangüentada . -Imploro. Lhe imploro isso. Não ! -Implora pela vida de um MacGregor? - ele a acusou, puxando a cabeça de Maggie mai para trás. - Sim. Eu farei qualquer coisa que me peça. -Muito bem. Estamos partindo. Se os guardas lhe falarem, dará-lhes um sorriso adorável e os convencerá de que não está em perigo. Está muito claro que estas pessoas são seus amigos. Faça-os acreditarem em você , Katherine, ou cortarei sua garganta. -Farei isso - Kate prometeu. - Mas solte-a agora.- Quando o conde riu, ela continuou

rapidamente. -Se não a deixar ir, não me moverei deste lugar. Está preparado para morrer, tio ? É só uma questão de tempo antes que os homens de Callum venham aqui. Não tem nenhuma oportunidade contra eles, asseguro-lhe isso .- Seus músculos se enrijegeram quando ele colocou sua espada mais perto da carne de Maggie . – Vá em frente - ela o desafiou, reprimindo seu desejo de gritar, e lançar-se a seus pés para lhe rogar pela vida de Maggie. - E corte minha garganta também. Mas deve saber que você morrerá este dia, também. Ela quase se cambaleou de alívio quando ele soltou Maggie , lançando-a a um lado. Quando Kate se moveu para ir para ela, seu tio a capturou pela parte de atrás de seu pescoço e a arrastou para a porta . -Me traia - lhe advertiu contra seu ouvido enquanto cobria seu rosto com o xale - E juro que escaparei e voltarei para Kildun — para matar o seu irmão. Capítulo 39 Robert gemeu e lutou para abrir seus olhos. Sentiu uma onda de fogo em sua cabeça. Levantou sua mão para sua testa e sentiu algo que parecia sangue morno , pegajoso sobre seus olhos. Esperou alguns segundos e levantou as pálpebras lentamente. Um céu noturno o saudou. Ele piscou quando a lembrança da noite anterior voltou para ele. Seu tio o tinha golpeado com alguma coisa. Com um gemido afogado e um insulto murmurado, levantou-se sobre seus cotovelos. Procurou a seu redor, até sabendo que Duncan não estava ali com ele. O louco muito provavelmente estava morto. Robert esperava isso. Arrastou-se para ficar de joelhos, muito fraco para ficar de pé e começou a arrastar-se colina abaixo para o castelo. Tinha que achar Kate. Se MacGregor o encontrasse primeiro, que assim fosse . Ele se preocuparia disso quando o tempo chegasse. Arrastou-se em ima do corpo morto de um dos Menzie. -Oh, Deus.- Robert gemeu . Seu olhar foi para a esquerda, onde encontrou aos outros, tão mortos quanto o primeiro. Robert não tinha dúvidas de quem os tinha matado . Levou sua atenção à fortaleza mais adiante. Onde estava seu tio?Já estava lá dentro?Tudo estava muito quieto. Se os MacGregors tinham descoberto Duncan e o teriam matado , toda a propriedade estaria ativa com a comoção. O Conde de Argyll ainda estava vivo, espreitando em algum lugar, esperando uma oportunidade matar. Ficando de pé , Robert lutou contra o enjôo e a dor em sua cabeça, e começou a correr. Quando só restava alguns metros de distância do castelo, os portões pesados começaram a abrir. Se deteve , seu coração golpeando contra suas costelas. Alguém saía , uma cabeleira de cachos dourados brilharam como um halo com a luz do sol . Graham Grant! Graham observou a seu redor e se deteve quando viu Robert. - Cristo! Robert levantou sua mãos para ele. -Não , Graham, espere. -Guardas ! - Grant gritou, tirando sua espada da bainha ao mesmo tempo. Robert gritou seu nome. -Meu tio está aqui em algum lugar aqui. . - ele procurou na paisagem vasta. - Se aproxime ! - Graham ordenou . Robert deu um passo e cambaleou .Esfregou a cabeça para orientar-see , mas só sentiu que

tudo girava mais rápido. MacGregor estava sendo alertado. Logo o chefe do clã sairia do castelo e o mataria. -Graham . . .maldição , me ouça. Meu tio está aqui e ele quer matar a Margaret... Graham começou a correr ao mesmo tempo que Robert caía com seu rosto para o chão . Sem fazer uma pausa na porta de celeiro, Graham a chutou quase fazendo-a saltar de suas dobradiças e se preparou para um ataque. -Maggie!- ele gritou sobre os chiados dos animais do celeiro. Seus olhos encontraram um corpo atirado no feno. -Não - Graham gritou sufocadamente e se apressou em avançar . Quando ele alcançou a seu irmão, soltou sua espada e caiu de joelhos .-Jamie! Callum! - ele gritou em direção à porta por ajuda. Os homens começaram a correr para o celeiro, bloqueando a luz do sol da entrada. Callum os guiava com sua espada desenbanhada. Diminuiu a velocidade de seus passos quando viu Graham inclinado sobre Jamie, mas nãose deteve. O pânico o invadiu e suas pernas se trasnformaram em manteiga. Empurrou os fardos pesados de feno para um lado. Procurando . . . Brodie a achou primeiro. Quando Callum os alcançou , agachou-se diante do corpo trêmulo de sua irmã. Estirou sua mão e tocou seu ombro e ela o olhou com olhos enormes e assombrados. Mas ela não gritou . Callum se controlou para evitar enlouquecer quando viu as gotas secas de sangue no rosto de Maggie. Ela estava muito longe para que fosse o sangue de Jamie . -Maggie, onde está Kate? Com o som de sua voz, Maggie de repente se agarrou a ele. –Ele... Ele matou Jamie. -Não - Brodie a acalmou. -Jamie está vivo. Foi ferido mas não é uma ferida fatal- ele disse . Mas perdeu muito sangue . Graham e Angus já o levaram com suas irmãs. Elas saberão o que fazer. Callum fechou seus olhos. Quando os abriu novamente, ele se levantou e rugiu dando ordens, fazendo sua irmã se encolhesse .Queria que seus homens revisassem o castelo, os estábulos, e cada cabana no vale. Queria outros homens com seus cavalos selados e preparados para cobrir cada centímetro de suas terras em todas as direções. Queria achar Kate.Agora mesmo ! Quando foi para a porta , Angus voltava do castelo com Graham seguindo-o, traziam Robert Campbell agarrando-o pela gola de sua túnica . -Talvez ele possa nos dizer onde encontrá-la - o Highlander corpulento sugeriu . Callum deu um passo e levantou sua espada. Não havia nenhuma clemência em seu olhar , só ira crua e descontrolada. Robert fechou seus olhos . Callum girou sua espada volumosa sobre sua cabeça, preparando o golpe mais letal que podia dar. Angus soltou seu prisioneiro e saltou para trás para evitar ser cortado em dois junto com Robert. -Não !- Graham saltou e lançou seu peso contra o corpo de Callum. Ambos os homens caíram ao chão. Callum conseguiu ficar de pé , sua fúria completamente descontrolada .Capturou os punhos do xale de Graham e o levantou até que seus olhos estivessem ao mesmo nível . Logo , como se Graham só pesasse como uma pluma , Callum o lançou contra o mais próximo . Com determinação , despojado de tudo, salvo de seu único propósito, Callum alcançou Robert e o arrastou. Mas Graham apareceu novamente e corajosamente interpôs seu corpo entre seu amigo e o inimigo . –Imploro que não o mate .- Suas mãos tremeram quando as colocou sobre os ombros de seu amigo. - Callum, olhe a sua irmã, por favor. Não a faça ser testemunha disto

novamente, eu imploro . Callum engoliu em seco e um gemido leve escapou. Não queria olhar para Maggie. -Brodie, tire-a daqui. Proteja-a com sua vida. -Callum.- Graham ainda não se afastara .-Não pode matar este homem. Ele é o irmão de Kate. Jurou não tocá-lo . Me ouça,a encontraremos, juro. Ele teve a oportunidade de me emboscar lá fora , mas ele me advertiu sobre Argyll . Lentamente, Callum levantou seu olhar para Graham. Esperou até que sua irmã estivesse segura fora de celeiro para falar. -Se ela morrer , ele morre com ela. Graham assentiu com a cabeça , finalmente respirando novamente, e bateu nos ombros de Callum . -Só me deixe falar com ele, sim ? Virando-se para enfrentar o seu prisioneiro depois que Callum assentiu , primeiro Graham foi invadido pela piedade com o terror que viu nos olhos de Robert . Ele entendia isso, pois o havia sentido alguns segundos antes. - Se tranqüilize . Ele é um homem de palavra e não te matará . -Onde está minha irmã? - ele perguntou , ignorando a dor aguda em sua cabeça e o medo que lhe secava a boca . -Esperávamos que você pudesse nos dizer - Graham disse. -Onde está seu tio ? - Não sei - Robert lhe disse , enterrando seus dedos em seu cabelo e logo fazendo uma careta com o inchaço enorme em sua cabeça. - Ele me golpeou ontem à noite. Despertei e ele tinha sumido. Vínhamos aqui para procurar a minha irmã, mas ele disse que ia matar...- Robert fez uma pausa quando ele olhou para Callum . -... à irmã do MacGregor. Callum avançou novamente e Robert deu um passo atrás . -Quando encontrar a Argyll, matarei-o e seus gritos serão ouvidos em toda a Inglaterra. -Não vou detê-lo - Robert lhe prometeu . -Foi ele quem matou o meu pai e o meu avô. Devemos nos mover rapidamente. Acredito que ele ainda não está muito longe aqui. Seus homens estão perdendo tempo procurando no castelo. Com um movimento veloz , Callum tomou o xale deRobert com ambas as mãos e o arrastou mais perto. -Então , onde deveríamos estar procurando? Sua irmã tinha estado presa aqui com essa besta, Robert pensou, incapaz de evitar o olhar do Diabo . -Deixe Kate fora desta guerra - ele conseguiu dizer. Graham fechou os olhos, rezando para que Callum lhe desse ao rapaz mais tempo. Sabia que Robert temia o que teria acontecido a Kate nas mãos do bandido MacGregor.-Robert - ele apressadamente disse. -Ela não foi maltratada aqui. Camlochlin é seu lar agora — por sua própria escolha. Robert sacudiu a cabeça com descrença . Teria rido se não estivesse tão assustado. - Sim, ela o ama, juro - Graham assegurou sobressaltando-o até mais . - E olhe para ele . Já o viu antes — em Kildun — se lembra ? Olhe-o agora e acredite que é seu amor o que o está enlouquecendo de preocupação. Robert o olhou , mas não se sentiu aliviado com o que viu . Pelo contrário, seus olhos se obscureceram com algo pior que o horror. -Meu Deus, o que lhe fez ?- Quando o olhar feroz de MacGregor o atravessou, ele não vacilou. - Ele a matará. Do modo que matou a nosso pai por ser um simpatizante dos MacGregor. -Não - Callum lançou um gemido afogado . Ele tinha causado isso. A vida de Kate seria segada

por seu amor por ele e ele tinha permitido que ela o amasse de qualquer modo - Não !-Dessa vez a palavra desceu como um martelo. Callum soltou Robert e se dirigiu aos portões mas antes virou-se .-É a pessoa que ensinou a Kate sobre heróis. Me diga onde procurar seu tio e me ajude a salvá-la, Robert Campbell, se restar um pouco de honra em você . Robert sacudiu a cabeça . Não tinha outra opção além de confiar nesse homem. - Ele tem um barco esperando-o para viajar para à ilha principal. Está . . . Callum já tinha ido . Robert girou a cabeça para olhar Graham, e eles correram , também.

Capítulo 40 Kate agarrou seu ventre com uma mão e o corrimão do navio com a outra . Sentia como se tivesse estado na água por horas. As ondas chocavam debaixo dela, balançando-a e enjoandoa até que a sua pele se tornou verde pálida. Se sentia como se estivesse morrendo lentamente, mas ela usou esse tempo tentando pensar no que ela ia fazer a respeito do homem observandoa . Duncan Campbell parecia bastante satisfeito consigo mesmo , sorrindo quando ela encontrou seu olhar . - Por que Robert não veio com você?- lhe perguntou endireitando-se. -Ordenei-lhe que ficasse em Kildun. Eu sabia que perderia muitos homens vindo aqui, e tinha razão. Muitos morreram tentando te salvar, Katherine. Ela pensou em Jamie, e imediatamente lágrimas nublaram sua vista. -Quantos MacGregors assassinou ?- ela perguntou, doente pela imagem desse homem que era sangue de seu sangue . A expressão de Duncan se fez tão sombria, que Kate pensou que ele ia arrastá-la a seu lado . Ela esperou, temerariamente. Não tinha mais armas além de seus pés , e os usaria . -Sua preocupação por eles é muito alarmante, sobrinha - ele disse, ficando onde ele estava. -Acha muitas coisas alarmantes , tio - ela fríamente replicou. - Mas eu não sou uma covarde. Duncan queria esbofetear sua bochecha, mas esperaria até que ela estivesse em sua cama. Sentia-se muito jubiloso e orgulhoso para fazer algo além de sorrir . Usando sua astúcia tinha superado o Diabo ! Tinha entrado diretamente na propriedade de MacGregor e lhe tirado sua sobrinha debaixo do nariz do rebelde. Maldição, ele era muito inteligente . . . e muito corajoso ! Até seu pai teria que admitir isso, e tinha saído vivo da situação . Sim , colocou-se na cova do leão com a coragem de mil homens e tinha saído são e salvo e com seu orgulho intacto . Quase riu ao pensae em quão fácil tinha sido . Colin nunca poderia fazer uma coisa assim . A maioria dos simpatizantes tinham medo dos MacGregors. Era por isso que eles ajudavam aos proscritos. Liam Campbell menosprezava aos simpatizantes, salvo um . Duncan deixou que seus olhos percorressem as curvas de Kate. Ele não seria tão piedoso.. Robert Campbell se sentiu tão aliviado de poder estar sentado sobre um cavalo que de vez em quando quase se esquecia que estava cavalgando com uma das tropas de marginais mais agressivos que já tinham habitado a Escócia. Mas recordá-lo era bastante simples . Tudo o que ele tinha que fazer era lançar um olhar à esquerda ou à direita, para frente ou detrás dele. Os MacGregors estavam por todos lados, e de acordo com Graham, os MacGregors de Rannoch se encontrariam com eles uma vez que eles deixassem Skye e entrassem nas

Highlands centrais . Que eles fizessem o trajeto a cavalo e não de navio porque simplesmente não havia nenhum navio suficientemente grande em Camlochlin para agüentar o peso dos cavalos, e eles necessitariam dos animais quando alcançassem a ilha principal. Robert não pensava que perderiam muito tempo , pois eles virtualmente voavam sobre a paisagem . Aoprincípio, a idéia de ser um Campbell em meio de centenas de inimigos lhe congelou os ossos . Mas viajar com eles eram muito diferente que quando tinha lutado contra eles em Kildun. Eram um grupo heterogêneo, mas certamente e definitivamente duros como o granito , eles possuíam uma selvageria que atraía Robert . Eles tinham sofrido anos de perseguição. Mas em vez de fazer-se mais débeis, tinham desenvolvido uma força física magnífica e uma beligerância incomparável. Quem , realmente, poderia detê-los ? -Como está , Robert?- A aparição súbita de Graham Grant a seu lado quase o fez saltar fora de seu cavalo. Só o orgulho mantinha o corpo exausto de Robert acomodado na montaria.Sua surpresa era porque Graham estivesse preocupado por seu bem-estar. -Estou bem. Obrigado por perguntar. Então Graham fez outra coisa que Robert não esperava . Lhe sorriu , esporeou os flancos e fez seu cavalo correr para frente. Tiveram que parar e refrescar seus cavalos perto de uma cascata. A decisão de deter-se não foi de Callum, embora ele sabia que os animais nunca chegariam de noite à velocidade a que cavalgavam se não descansassem. Callum também sabia que Argyll alcançaria Kildun antes dele, então ordenou a seus homens se apressarem. Seu olhar foi para uma rocha grande onde Robert Campbell estava sentado sozinho. Graham se uniu ao irmão de Kate um momento depois , fazendo Callum franzir o cenho. Graham tinha rogado pela vida do rapaz em Kildun, e agora tinha chegado a declarar que Robert Campbell era seu amigo. Quase o tinha matado esse dia por proteger Robert . Callum se perguntou se Graham abrigava carinho pelo sobrinho de Argyll. A curiosidade venceu e ele caminhou para onde os dois homens estavam sentados juntos agora. -Robert estava me contando como a pequena tropa de Argyll chegou a Camlochlin.- Graham levantou a vista brevemente quando Callum os alcançou . - E como foi isso ?- Callum perguntou e se sentou ao lado de Robert, que empalideceu visivelmente com o tamanho do corpo do lorde MacGregor tão perto dele . Callum tomou a maçã que Graham lhe lançou , extraiu sua adaga de sua bota, e começou a cortá-la . -Nós ...- Os olhos de Robert fixaram-se na adaga. - Subimos pelos escarpados desde Elgol até Camlochlin. -A pé? - Callum perguntou , sinceramente surpreso. - É assombroso que não tenha morrido.Ele cortou uma fatia de maçã e a deu a Robert. -Perdemos muitos homens.- Robert aceitou a oferta e mordeu . -É um longo caminho - Callum disse, então – Tem certeza que foi ele quem matou o seu avô ? Eu me perguntava quem tinha sido responsável . - Sim , ele me disse isso .- Robert admitiu e se silenciou novamente. -Tinha razão a respeito de sua irmã - Graham disse, sentindo o desconforto do jovem Campbell e desejando aliviá-la . -Ela é muito corajosa . Robert lhe sorriu .- Sim, eu havia dito que ela era temerária - ele levantou a vista quando Callum ficou de pé .

- Já perdemos muito tempo - o lorde disse . -Voltem a seus cavalos.- Ele se afastou sem outra palavra. Quando alcançou os outros, gritou-lhes para que movessem seus traseiros ,e saltou em sua montaria com uma graça assombrosa para um homem de seu tamanho. Graham se levantou para segui-lo , mas a voz de Robert o deteve . -Considerei-o meu amigo. O primeiro amigo que tive, para dizer verdade . Me levou para fora aquela noite... - Robert ficou de pé e cravou seu olhar nele - Foi muito fácil me trair ? O que se poderia dizer? Não importava se Graham gostava do rapaz. Seus sobrenomes os faziam inimigos, tinham-nos feito fazer coisas que não teriam feito sob outras circunstâncias. Finalmente, Graham sacudiu a cabeça e girou para pegar seu cavalo. -Não , foi muito difícil, realmente. A tropa cruzou o estreito um pouco depois do crepúsculo e continuou sem deter-se novamente. Robert estava esgotado , mas estava agradecido de que eles continuassem. E mais agradecido até de que o Diabo MacGregor fosse ajudá-lo a salvar a sua irmã. Capítulo 41 Eles alcançaram Invernary deixando um caminho de rumores que sussurravam que um exército dos MacGregors estava indo para o sul , guiados por um cavalheiro Campbell ! Os rumores chegaram aos ouvidos de Duncan Campbell, por isso ele não perdeu tempo em reunir seus aliados durante sua viagem a sua casa. Callum e seus homens se encontraram enfrentando a um exército dos Menzies, Drummonds, e Robertsons quando finalmente chegaram a Kildun. Na verdade, os homens pareciam menos que confiados quando viram a feroz turba de Highlanders avançando em direção a eles. Mas o exército de Campbell tinha mais homens que o dos MacGregors , em uma relação de dois contra um , mas de acordo com o modo de pensar de Callum , era o que lhes dava a coragem para extrair suas espadas. Callum estava preparado para batalhar — mas que isso, estava desejoso. Desenbanhou sua espada e a segurou, pronta para abrir caminho através da parede de soldados e para recuperar a mulher que amava. Robert passou velozmente ao lado dele e se deteve diante do exército de Duncan .-Baixem suas armas!- ele gritou com toda a autoridade de um rei. - Me escutem ! Sou Robert Campbell, neto de Liam Campbell, sobrinho do Conde de Argyll. Estes homens vieram aqui a meu pedido para salvar minha irmã das garras de um louco, Duncan Campbell. - É uma traição ir contra o conde- um dos homens acusou. - Sim - gritou outro. - Cavalga com os MacGregors . Está traindo a seu próprio clã ! - Não ! - Robert respondeu .-É meu tio quem traiu o clã por ter matado o seu . . . Um homem rompeu a fila e investiu contra os MacGregors e Robert. Sua espada desenbanhada para brigar . Levantando sua espada, Callum cravou seus calcanhares nos flancos de seu cavalo e avançou contra o atacante . Por um momento, Robert simplesmente ficou sentado sobre seu corcel com um olhar de descrença e horror em seu rosto. Realmente, pareceu que só um segundo passou para que a espada escocesa do chefe do clã MacGregor cortasse a cabeça de seu inimigo, que se caiu diante dos olhos dos soldado. A espada ensangüentada se levantou novamente, e antes que o primeiro corpo caísse de seu cavalo, outra cabeça era cortada de seus ombros. O sangue

salpicava o rosto do Diabo lhe dando crença a seu título . Um terceiro homem só teve tempo de lançar um ofego enquanto via a vingança no fogo dos olhos de seu executor. A espada gigante do Angus quebrava ossos como se fossem de vidro . A espada impiedosa de Brodie até deixou cavalos mortos. Imbecis! Foi todo o tempo que Robert teve para contemplar aos homens de seu tio antes que dez deles estivessem sobre ele. Mal teve tempo para desenbanhar sua espada quando recebeu um golpe que quase lhe arranca o braço. Maldição, não tinha treinado toda sua vida para morrer depois de só duas batalhas, e certamente não durante uma que nem sequer precisava ser lutada ! Avançando ele cravou sua espada no estômago de outro atacante, tirou a espada enterrada e alcançou o próximo homem que se aproximou . Seus golpes estavam bem praticados e quase eram elegantes comparados com as habilidade brutal dos MacGregors. Mas igualmente eficientes. Até que um soldado baixou sua espada com muita força e de repente atingiu o braço de Robert . Vendo em desvantagem o seu oponente, o soldado baixou sua espada sobre a cabeça de Robert. Mas o golpe fatal foi bloqueado no ar . Faíscas caíram sobre Robert quando viu Graham terminar rapidamente com seu atacante. Em minutos, a maior parte de homens do Conde de Argyll eram abatidos , com a mesma selvagem eficácia que Robert tinha presenciado a primeira vez que tinha visto os MacGregors lutando em Kildun. O resto escapou correndo. Seu tio tinha tido razão em uma coisa. Os MacGregors deviam ser temidos. Com ninguém bloqueando a entrada de Kildun, Robert reuniu sua coragem e levou seu cavalo para ficar diante de Callum. -Pode vir comigo e procurar a minha irmã. Muitos morreram hoje. Pediria que conservasse com vida de meu tio.- Callum sacudiu a cabeça. -Estou firmemente decidido a ....-Robert continuou - ... apresentar as acusações na corte de Edinburgh. Ele será enforcado por matar ao antigo conde.Peço que considere. Não há nenhuma honra na vingança. Quando Callum não fez nenhum movimento para lhe responder , Robert começou a ir para o castelo. Fez uma pausa só para tomar uma respiração quando ouviu a conversa detrás dele. -Ele é um moço valente . O que acha?- Era a voz de Graham, respondida um momento depois por Callum. -Acho que é o segundo Campbell que conheci em minha vida que não quero matar. -Bem feito, Robert!- outra voz disse congelando-o. Robert se deteve completamente. Deu a volta seu cavalo e agarrou o cabo de sua espada quando seu tio saiu por detrás do muro oeste. Com sua espada apontada na garganta, Duncan Campbell segurava Kate diante dele como um escudo para repelir os MacGregor que desmontavam a alguns metros de distância . -Sobrinho, me perdoe por não aplaudir a você e a seus companheiros por execução rápida de meus homens, mas como pode ver, minhas mãos estavam ocupadas.- Duncan colocou a ponta afiada de sua espada debaixo do queixo de Kate. -Quero que saiba que me culpo mesmo por isso em que você e sua irmã se converteram .Deveria saber que Amish e John lhes ensinariam as idéias de seu pai, e deveria tê-los matado antes . Ouvindo isto, Kate lutou para livrar-se , mas ele a segurava firmemente . -Solte-a, tio - Robert exigiu -e haverá uma oportunidade de que não morra hoje. A escolha é sua.

Callum viu um traço de pânico nos olhos de Argyll enquanto seus olhos observavam os mortos a seu redor.. -Ninguém aqui o machucará.- Callum não se moveu enquanto falava . - Deixe-a ir e trataremos disto como homens. - Ah, MacGregor.- Duncan o olhou e se virou, arrastando Kate com ele. -Quer dizer como selvagens, não é ? Callum lhe ofereceu um sorriso letal. -Se preferir assim .- Ele procurou o olhar de Kate. Ela parecia não estar machucada . -Vamos -ele falou com calma. - Foi suficientemente valente para me enfrentar uma vez, tempos atrás. Não haverá se transformado em um covarde desde aquele dia, não é, Argyll ? - Covarde?- Duncan cuspiu , enfureceu . - Pendurarei sua cabeça em meu solar esta mesma noite. E se não o fizer , você estará morto antes que termine a noite . Verá, mandei dizer a nosso Lorde protetor a localização de sua propriedade. Também lhe informei que seqüestrou a minha sobrinha, e que matou os homens que enviei para buscá-la, e que estava a caminho para me matar .- O sorriso de Duncan era uma de vitória. -Se eu morrer , ele saberá que foi por sua mão. A lei cairá sobre você e sua gente por muitos mais anos - ele girou seus olhos cinzas e frios para Robert. -Não sou um homem sem opções. Ele é . -Não !- Kate gritou . Ela tentou arranhar o braço de seu tio, mas lhe cravou sua espada mais profundamente em sua pele. Não lhe importou. -Callum! Não o mate!- ela capturou seu olhar . - Não é como ele diz . Duncan a empurrou para trás puxando seu cabelo e virou-se para Callum. -Não será perdoado por minha clemência, se é que sobreviva a isto. - Isso não é surpresa — Robert cuspiu sua revolta para seu tio —que seu pai te considerasse tão inútil . É pior que um covarde.- ele endireitou seus ombros e virou-se para Callum. - Eu lhe ofereço outra opção. Se ele morrer por sua mão ou pela lei , eu serei o próximo conde. Deixe-o para a lei e você e seu clã terão minha clemência. -É por isso que nós enforcamos os simpatizantes - Duncan zombou . Callum o olhou com a fúria que tinha esperado nove anos para lhe lançar. -Argyll, deveria ter esperado que eu matasse a seu pai. Você sabia que eu voltaria por ele. Tomou a vingança que era minha, e fazendo isso herdou seus crimes como eu o fiz de meu pai. - Ele segurou o cabo com ambas as mãos e moveu a espada em direção a Duncan. – Pare de urinar em suas calças e venha me matar, Campbell. -Não ! Callum, por favor!- Kate gritou e foi lançada para um lado quando seu tio extraiu sua espada para a batalha. Robert saltou de seu cavalo e correu para ela. Os dois observaram Callum revolear sua espada larga com uma simples torção de seu pulso. -Vamos. Duncan obedeceu saltando e preparando sua espada para o ataque . Callum evitou o golpe com facilidade e devolveu um golpe que deixou os braços de Duncan tremendo. Callum baixou seus braços para um golpe mais selvagem que quase pôs o conde de joelhos . Cada vez que Duncan atacava, Callum o bloqueava e devolvia duas vezes seus golpes . Era claro para todos os que observavam que o poderoso lorde podia matar Duncan Campbell a qualquer momento . Callum escolheu humilhá-lo primeiro. Quando Argyll finalmente caiu de joelhos , Callum esperou , desafiando-o a levantar-se. Com um golpe final, arrancou a espada das mãos do Duncan e lhe quebrou o nariz com o punho.

Argyll caiu para trás , seus olhos vítreos e salpicados de sangue. Não muito tempo atrás , Callum não teria sido satisfeito com nada menos que a morte para esse inimigo. Mas outro golpe feroz à mandíbula de Duncan seria uma doce vitória para esse dia. Seria suficiente, Callum sabia . E ele não seria novamente um monstro. Quando Duncan perdeu a consciência, Callum girou a cabeça para olhar Kate apertada nos braços de seu irmão. De repente, cem homens e seus cavalos desapareceram de seu campo visual e só a moça mais bela e mais amada de toda Escócia, existia. - Venha aqui, Katie. Ela não se moveu mas sim o contemplou , seus olhos escuros e furiosos. - Assustou-me maldito MacGregor. Ele ansiava tê-la em seus braços . –Me perdoe, - ele sinceramente se arrependeu.. -Tudo está terminado. A vingança dos MacGregor se acaba comigo . Kate lhe sorriu logo correu para seus braços. Ele a capturou e a beijou . Quando terminou de beijá-la, passou as pontas de seus dedos emcima de seu sorriso. Escapou do calabouço de Liam , mas tinha permanecido prisioneiro de seu próprio ódio e sua culpa. O amor de Kate libertaria seu coração para amar novamente, para sentir novamente. Angus ajudou a que Robert levasse o conde inconsciente dentro do castelo. Quando eles passaram, Callum os deteve, tirou as munhequeiras de couro de seus pulsos, e as dobrou debaixo do cinto de Duncan . Ele estava vivo, e tinha que agradecer ao Katherine Campbell por isso. Epílogo Kate estava nas almenas negras do Castelo de Camlochlin e olhava à paisagem envolta em névoa, suspensa para sempre no tempo. Levantou seus braços emcima de sua cabeça e fechou seus olhos para tomar o tonificante ar do inverno. Tinha sido só alguns meses atrás que ela não sabia quem era Callum MacGregor ? Agora sabia que não poderia viver nem um só dia sem ele. Muito tinha acontecido desde que Callum tinha ido a Kildun. Um conselho de nobres escolhidos por Oliver Cromwell tinha realizado um julgamento de seu tio e o tinha julgado culpado de assassinar a sangue frio ao Nono Conde de Argyll. Ele não foi acusado por matar ao pai de Kate ou por alguns de seus crimes contra os MacGregors, mas igualmente foi enforcado. Depois disso Robert se converteu no décimo primeiro Conde de Argyll e chefe do clã Campbell. Ele tinha mantido sua promessa e tinha perdoado Callum por seus crímes contra os Campbells. Tinha enviado a sua irmã uma mensagem abençoando seu casamento com o chefe do clã MacGregor, junto com um convite para ela e seu marido para visitar Kildun na primavera. Callum rasgou o convite , murmurando que nem louco poria um pé na "fossa dos Campbells." Embora queria desesperadamente ver seu irmão, Kate não discutiu, somente sacudiu a cabeça e o deixou sozinho no solar. Não foi muito depois de que ele a encontrou, colocou um pergaminho em suas mãos, e lhe pediu que escrevesse a seu irmão e que graciosamente aceitasse o convite . Kate sorriu nas almenas , recordando como ela tinha levantado a vista enquanto escrevia para encontrar seu marido observando-a , sacudindo sua cabeça , e murmurando algo sobre como se abrandou.

Ela se perguntou se sua idéia de abrandar-se incluía cortinas para as janelas e encher seus aposentos com ramos selvagens de urze . Ou talvez ele pensava que ser brando , era não golpear com sua espada a cabeça de Brodie. Ele tinha estado o suficientemente zangado para fazê-lo depois que Kate tinha interferido na prática de esgrima dos homens e a espada de Brodie quase lhe tinha arrancado a cabeça. Claro que não era culpa de Brodie. Ela tinha estado perseguindo Matilda, que tinha escapado do celeiro, e se Kate não capturasse o pato, ele seria servido no jantar dessa noite . Ela tinha salvado as vidas de Brodie e de Matilda, com nada mas que um sorriso e um gentil beijo na boca de seu marido — que tinha parecido derretido até a medula . Se isso era abrandar-se , então sim, talvez ele realmente estava se abrandando . Inclusive depois que ele tinha descoberto que ela não só tinha aceito o convite de Robert mas também o tinha convidado a vir a Camlochlin para celebrar o casamento de Jamie e Maggie, seu marido simplesmente lhe franziu o cenho e moveu seus lábios pronunciando algumas palavras que Kate estava certa teriam sido bastante desagradáveis se as tivesse ouvido . Ela amava o modo em que seus olhos se iluminavam quando entrava no quarto, e o som de sua risada profunda e musical se converteu em uma ocorrência comum em Camlochlin em lugar de uma raridade . Callum MacGregor tinha muito do que rir e ela era a razão disso. Kate esperava fazê-lo muito mais feliz quando lhe dissesse queseu filho crescia em seu ventre . Talvez amanhã, depois da cerimônia . Ele estaria de bom humor , pois como ela suspeitava , Callum se havia sentido muito contente quando Jamie finalmente pediu a mão de Maggie. Kate colocou suas mãos sobre seu estômago e acariciou a suave redondez .Surpreendeu-se suspirado com alegria quando duas mãos poderosamente grandes a abraçaram por trás e cobriram seus dedos. - O que está fazendo aqui , amor? -Pensando em quão maravilhoso é - ela murmurou , roçando-o com sua bochecha quando Callum enterrou seu rosto na curva de seu pescoço . Ela puxou suas mãos de seu estômago e as levou a seus lábios para lhes dar um beijo. -Quantas vezes devo te dizer , esposa, que sou um bastardo sem coração ?- Ela sentiu seu sorriso contra sua nuca e soltou uma risinho em resposta. Ele envolveu seus braços ao redor de seu peito e observou o vale. - Simplesmente é cega a meus defeitos. -Ainda tenho que descobri-los, marido. Ele a girou em seus braços e a apertou contra seu corpo..-Por quanto tempo serei abençoado ao examinar seus belos olhos e ver um herói refletido neles? - Ppara sempre - ela ofegou, seus lábios se curvaram em um sorriso que ele queria beijar. -Então quero viver para sempre, Katie. Talvez esse era o momento perfeito que ela tinha esperado . Kate separou seus lábios para lhe dizer , mas ele moveu sua boca em cima da sua, devorando-a com suavidade, e todos seus pensamentos fugiram . Callum queria levá-la para à cama e lhe fazer amor como se não houvesse um manhã . Quase fez isto quando um dos guardas da torre gritou alertando que um grupo pequeno de cavalheiros estavam aproximando-se . Callum estreitou seus olhos, olhando em direção às colinas, logo os dirigiu ao céu. -É Robert !- Kate quase gritou e saltou de seus braços. Callum se forçou a sorrir quando lhe

deu seu sorriso mais bonito. Mas no momento que ela desviou o olhar , ele murmurou um insulto entre dentes . Campbells em seu castelo! Tinha que estar louco, realmente louco. Callum franziu o cenho quando sua esposa começou a falar incessantemente sobre quão maravilhoso ia ser ter a seu querido irmão aqui em Camlochlin. - E ele ficará encantado de ver Graham novamente . Eles se tornaram tão bons amigos. - Sim, será maravilhoso -Callum chocou. - Tenho certeza de que você chegará a amar a meu irmão tanto quanto eu depois de alguns meses. - Alguns meses? - Sim - lhe ofereceu seu sorriso mais suave. - Convidei-o a ficar todo o inverno. - Não , Kate.- ele franziu o cenho ferozmente . -Não vou .. Ela ficou nas pontas dos pés e lhe sussurrou algo no ouvido . -Você... O que? - ele a olhou fixamente , seu rosto era uma máscara de muitas emoções, mas a raiva não estava entre elas. - Grávida - Kate repetiu brandamente ,e levantou seus dedos para os olhos de seu marido, pensando que isso que via não podia ser real. Como uma simples mulher podia fazer que um homem forte e orgulhoso chorasse ? Callum piscou e a elevou em um abraço . Kate pensou em lhe dizer que mal podia respirar mas decidiu não fazê-lo . Como uma vez lhe tinha prometido , ele sustentava seu coração em sua mão , mas não o machucava . Ela sabia desde o momento em que ele a tinha salvado dos McColls que nunca o faria. Pois ele era verdadeiramente um cavalheiro com a armadura mais radiante. É obvio que Callum MacGregor teria discordado. Porque na realidade era ela quem o tinha salvado.

FIM
Paula Quinn - O Lorde da Névoa

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