Angerami - Tendências em Psicologia Hospitalar

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Tendências em

Psicologia Hospitalar A psicologia hospitalar é o campo de atuação que mais se desenvolve na psicologia. Entre as inúmeras possibilidades de desenvolvimento profis� sional, é nela que certamente se encontram as maiores perspectivas. Escrito com base em capítulos publicados em outras obras do autor, este livro trata das tendências atuais da psicologia hospitalar e seus significativos avanços em conjunto com outras áreas da saúde. O objetivo do livro, entre outros, é ampliar e enriquecer os debates em torno dessa fascinante área.

Aplicações Destina�se aos estudantes de Psicologia, Medicina, Enfermagem, Filosofia e Pedagogia, nas disciplinas psicologia hospitalar, psicologia da saúde, psicologia institucional, teorias e técnicas em psicoterapia e psicopedagogia. Obra indispensável àqueles que se interessam pelos avanços da psicologia em todos os seus desdobramentos.

ISBN 852210411-5

T@íbhoteta jf reullíana

THOIVISON

Visite nossos sites: thomsonlcarning.com.br www.thomsonlcarning.com

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Sobre o autor

Psicoterapeuta Existencial. Pro� fessor de pós�graduação em Psicologia da Saúde na PUC�SP. Professor do curso de Psicoterapia Fenomenológico�Existencial na PUC�MG. Coordenador do Centro de Psicoterapia Existencial e Pro� fessor de Psicologia da Saúde da UFRN. Autor com o maior número de livros publicados em Psicologia do Brasil e também livros adotados nas universidades de Portugal, do México e do Canadá.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (Câmara Brasileira do Livro, Angerami-Camon,

SP,

Valdemar Augusto,

(CIP)

Brasil)

1950-

Tendências em psicologia hospitalar I Valdemar Augusto Angerami-Camon. -

São

Paulo

:

Pioneira

Thomson Learning,

2004.

Bibliografia. ISBN:

85-221-411-5

1. Doentes em fase teirninal - Aspectos psicológicos 2. Doentes - Psicologia 3.

Hospitais - Aspectos psicológicos

4. Pacientes hospitalizados- Psicologia 5. Suicidio- Pre­ venção I.

Titulo.

04-2821

CDD-362.11019

Índices para catálogo sistemático:

1.

Hospitais

:

Psicologia 362.11019

2. Hospitais

:

Serviços psicológicos 362.11019

3.

Psicologia hospitalar 362.11019

4. Serviços hospitalares psicológicos 362.11019

VALDEMAR AUGUSTO ANGERAMI- (AMON

TENDÊNCIAS EM

Psicologia Hospitalar

THOMSON

*

Austrália

Brasil

Canadá

Cingapura

Espanha

Estados Unidos

México

Reino Unido

THOMSON

Gerente Editorial: 1\dil•,on Pereira

Produtora Editorial:

Editoração Eletrônica:

Ligia Cosmo Cantarelli

Macquete Produções Gráficas

Editor de

Copidesque:

Desenvolvimento:

Danae Stephan

Criação da Capa: Evandro Linhares Angerami

M.ucio Coelho Revisão: Supervisara de

Marcos Vianna Van Acker

Arte-final da Capa:

Produção Editorial:

e Regina Elisabete Barbosa

Ana Lima

I' o� I ricia La Rosa

I t li'YRIGHT ©

2004 de Pioneira

I hotnson Learning Ltda., uma dlvi•,;1o da Thomson Learning, hu. I homson Learning™ é

Todos os direitos reservados.

Dados Internacionais de

Nenhuma parte deste livro

Catalogação na Publicação

poderá ser reproduzida, sejam

(CIP)

quais forem os meios

(Câmara Brasileira do

""'" marca registrada aqui uti­

empregados, sem a permissão,

Livro, SP. Brasil)

lit.HI.t sob licença.

por escrito, da Editora.

Angerami- Camon, Valdemar

111tpl Psso no Brasil. l'l lllil'd in Brazil. I I i 4 06 OS 04 H11o1 lraipu, 114- 3" andar l'••tdizes- CEP 0123S-OOO .,,., l'aulo- SP

h•l: (11) 366S-9900 I o! X ( 11) 366S-9901 'ull

�othomsonlearning.com.br

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Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei n" 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Augusto, 1950Tendências em psicologia hospitalar /Valdemar Augusto Angerami - Camon. São Paulo : Pioneira Thomson Learning, 2004. Bibliografia. ISBN: 8S-221-411-S 1 . Doentes em fase terminal Aspectos psicológicos 2. Doentes- Psicologia 3. Hospitais- Aspectos psicológicos 4. Pacientes hospitalizados - Psicologia S. Suicídio - Prevenção I. Título. 04-2821

CDD-362.11019

lndices para catálogo sistemático: 1. Hospitais : Psicologia 362.11019 2. Hospitais : Serviços psicológicos 362.11019 3. Psicologia hospitalar 362.11019 4. Serviços hospitalares psicológicos 362.11019

APRESENTAÇÃO Foram reunidos nesta obra trabalhos publicados anteriormente em di­ versos livros de psicologia hospitalar. Também estão presentes os capí­ tulos que escrevemos para o livro Psicologia Hospitalar, de

1984,

esgo­

tado e fora de circulação.

Tendências em Psicologia Hospitalar resgata assim um pouco da tra­ jetória de publicações em psicologia hospitalar no momento em que dados divulgados recentemente mostram se tratar da área que mais cresce dentro da psicologia no Brasil. Dessa forma, esta obra é também um pouco da vanguarda dos avanços obtidos ao longo das últimas ,dé­ cadas na área hospitalar. Este livro marca também a comemoração dos

50 anos do início da psicologia hospitalar no Brasil, e os 20 anos de nossa primeira obra que também é a primeira publicação mundial em forma de livro de temática da psicologia hospitalar.

Uma vida dedicada ao ensino ... um sonho transpassado aos alunos, cinqüenta anos de amor, carinho e dedicação ..

.

Matilde Neder, a nossa eterna gratidão .. .

SuMÁRIO CAPÍTULO 1 Sobre a atuação do psicólogo no contexto hospitalar

1

CAPÍTULO 2 A atuação do psicólogo no contexto hospitalar junto a pacientes mastectomizadas

Saga do hospital

7

19

CAPÍTULO :) Elementos institucionais básicos para a implantação 21

do serviço de psicologia no hospital

CAPÍ'I'ULO 4 Suicídio infantil: o desespero humano na realidade hospitalar

47

Na terra como no hospital CAPÍTULO 5 O psicólogo no hospital

63

65

CAPÍTULO 6 Pacientes terminais: um breve esboço

81

Acordes de um réquiem 98 CAPÍTULO 7 Psicologia hospitalar: o pioneirismo e as pioneiras CAPÍ'I'ULO 8 Implantação do serviço de atendimento aos casos de urgência e suicídio na cidade de São Paulo

Estamos no

outono

170

CAPÍTULO 9 A ética diante dos casos de suicídio

17 3

143

101

S oBRE A ATUAÇÃO oo PSICÓLOGO NO CONTEXTO HOSPITALAR1

A atuação do psicólogo no contexto hospitalar, ao menos no Bra­ sil, é uma das temáticas mais polêmicas quando se evocam discus­ sões sobre o papel da psicologia na realidade institucional. A formação acadêmica do psicólogo é falha em relação aos sub­ sídios teóricos que poderiam embasá-lo na prática institucional. Es­ sa formação acadêmica, sedimentada em outros modelos de atuação, não provê o instrumental teórico necessário para a atuação nessa rea­ lidade. Torna-se então abismático o hiato que separa o esboço teóri1.

Este trabalho foi publicado anteriormente no livro Psicologia Hospitalar. A Atuação

do Psicólogo no Contexto Hospitalar. São Paulo: Traço Editora, 1984.

1

2

I TFNDf:NCIAS

EM

PSICOLOGIA HOSPITALAR

Je sua formação profissional e de sua atuação prática. �penas recente­ mente a prática institucional mereceu preocupação dos responsáveis pelos programas acadêmicos em psicologia. E, na maioria das vezes, essa prática institucional, apesar de ser uma alternativa dada ao psicólogo ante o estran­ gulamento do mercado profissional, ainda assim mostra-se precária em sua estruturação como vertente optativa. A partir disso, pode-se afirmar que os poucos psicólogos que ousaram atuar na realidade institucional, indepen­ dentemente de terem ou não recebido subsídios teóricos em sua formação acadêmica, fizeram-no adaptando modelos de atuação em consultório. Entretanto, as inúmeras tentativas do psicólogo no contexto institu­ cional não foram vãs; ao contrário, deram condições à formação dos elemen­ tos teóricos necessários para a sedimentação dessa prática. Prática essa que foi permeada por inúmeras contradições, que sofreu ataques inclusive den­ tro das lides da própria psicologia. E apesar de o psicólogo ainda estar ini­ ciando uma prática institucional nos parâmetros da eficácia e do respeito às condições institucionais que delimitam sua atuação nesse contexto, a busca de determinantes nessa prática o levou ao encontro de convergências bas­ tante significativas na estruturação teórica dessas atividades. O contexto hospitalar, por outro lado, além de trazer resquícios e con­ tradições de outras realidades institucionais, por si só apresenta caracterís­ ticas próprias que irão conferir à atuação do psicólogo nesse contexto um emaranhado de celeumas e controvérsias. E se a formação acadêmica não dá ao psicólogo condições de atuação no contexto institucional, diante da rea­ lidade hospitalar ele se apequena e vê sua condição agravada na medida em que a performance da atuação do profissional de psicologia nesse contexto possui um efeito catártico singular. É inegável o alívio que o psicólogo traz aos pacientes hospitalizados quando sua atuação é dirigida à minimização do sofrimento provocado pela hospitalização. E se em outros contextos ins­ titucionais - e não há nenhuma intenção em se negar essa verdade - o psicólogo tem atuação e participação muitas vezes decisivas, na realidade hospitalar sua atuação, apesar dos inúmeros hospitais que relutam em acei­ tá-lo, é determinante para o alívio significativo dos pacientes em seu pro­ cesso de sofrimento e dor. É até mesmo causador de mudanças importantes dessa realidade quando de sua inserção nesse contexto. Ou é possível negar a importância da intervenção psicológica nos momentos que antecedem co

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cirúrgica? E o que dizer diante do alívio provocado JWia in­ psicológica quando tudo parece turvo diante do diagnóstico dt:• al­ guma doença incurável? E se a instituição hospitalar freqüentemente se mobiliza b u scando ca­ minhos que possam levá-la ao encontro de sua humanização, então certa­ mente o psicólogo terá papel decisivo nessa estruturação. A vida que agon i ­ za nos hospitais certamente tem na atuação do psicólogo o bálsamo capaz de cicatrizar-lhe as chagas, e até mesmo de revitalizá-la. E se a psicologia ca­ minha em direção aos reais anseios da comunidade, seguramente é no cem­ texto hospitalar que as determinantes dessa atuação se fazem concretas. O psicólogo, no contexto hospitalar, depara de forma aviltante com a negação de um dos direitos básicos à maioria da população: a saúde. A saú­ de, em princípio um direito de todos, passou a ser um privilégio de poucos em detrimento de muitos. A precariedade da saúde da população é, sem dú­ vida alguma, grave; irá provocar posicionamentos contraditórios e, na qua­ se totalidade das vezes, irá exigir do psicólogo uma revisão de seus valores acadêmicos, pessoais e até mesmo sociopolíticos. O contexto hospitalar dista de forma significativa daquela idealização feita nas lides acadêmicas quando a prática nessa realidade é desejada. As­ siste-se, nesse contexto, à condição desumana a que a população, já bastan­ te cansada de sofrer todas as formas possíveis de injustiças sociais, tem de se submeter em busca de um tratamento médico adequado. Ocorrem as mais lamentáveis situações a que um ser humano pode submeter-se. E o que é mais grave, tudo passa a ser considerado normal. Os doentes são obrigados a aceitar como normal todas as formas de agressão com as quais se deparam em busca da saúde. Passa a ser normal ficar seis horas numa fila de espera em busca do atendimento médico, e muitas vezes após vários retornos à instituição hos­ pitalar derivados de encaminhamentos fei,tos pelos especialistas, com exa­ mes realizados especulativamente. Também passa a ser normal o fato de ser atendido um número imenso de pacientes num período absurdamen­ te curto. E os profissionais que atuam na área da saúde assistem desolados e conformados a esse estado de coisas. Tornam-se praticamente utópicas outras formas de atendimento que não as que impiedosamente são impos­ tas à população. lima remoção n:rvenção

4 I TEND�NCIAS EM PSICOLOGIA HOSPITALAR

O psicólogo está inserido nesse contexto da saúde de folma tão emaranha­ da quanto outros profissionais da área, e muitas vezes sem uma real consciên­ cia dessa realidade. E as contradições, inúmeras, se sucedem em todos os níveis no contexto hospitalar., Se por um lado os hospitais apresentam essas enormes filas de pacientes que, padecendo nos corredores, minguam por algum tipo precário de atendimento, por outro apresentam a alta especialização resultan­ te do enorme progresso do conhecimento na área das ciências humanas. Os profissionais da saúde são altamente especializados. Estão sempre muito bem informados das técnicas existentes e as utilizam com grande habilidade. Não são raros os profissionais com especialização nos centros mais desenvolvidos da Europa e dos Estados Unidos . É possível, por exem­ plo, a utilização do método Sahling de análise do metabolismo do feto, bem como o acompanhamento eletrônico do eletrocardiograma fetal. Os avanços na área da obstetrícia permitem ainda a previsão do sexo do feto, bem como de uma possível má formação congênita. No entanto, em ter­ mos de realidade, temos, segundo relatórios sobre estudos realizados em várias regiões brasileiras, dados alarmantes informando que 95% dos par­ tos são realizados em casa e sem o menor acompanhamento pré-natal. E o número de pessoas que recebe algum tipo de assistência é quase nulo. Es­ se contexto contraditório e incongruente recebe o psicólogo, que tem so­ bre si outras co'ntradições que o envolvem diretamente desde as lides de sua formação acadêmica. Uma árdua caminhada apresenta-se ao psicólogo na realidade hospita­ lar, e conseguir trilhá-la irá exigir desse profissional um esforço que chega às raias do sofrimento estóico. Tendo como agravante, na atualidade, as di­ fíceis condições financeiras enfrentadas pelos hospitais. E o psicólogo percebe no contexto hospitalar que os ensinamentos e lei­ turas teóricas de sua prática acadêmica não serão, por maiores que sejam as horas de estudo e reflexão sobre a temática, suficientes para embasar sua atuação. D�scobre que terá de aprender com os pacientes por sua dor, an­ gústia e realidade. O paciente, de modo peculiar, ensina ao psicólogo sobre a do�nça e sobre como lidar com a própria dor diante do sofrimento. O hos­ pital recebe o psicólogo e permite que em seus cantos a psicologia descubra a dimensão real da dor humana. E assim é: a psicologia no contexto hospi­ talar tem uma de suas performances mais humanas e verdadeiras.

I

-

BIBLIOGRAFIA ANGERAMI, V. A. Existencialismo e Psicoterapia. São Paulo: Traço EditoN, 19�4. . A Psicologia no Hospital. São Paulo: Pioneira Thomaon Learning, 2003. ------

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO HOSPITALAR JUNTO A PACIENTES MASTECTOMIZADAS1.2

I NTRODUÇÃO O câncer é uma das temáticas que mais evidenciam celeumas quan­ do de seu questionamento. As atitudes adotadas em relação ao pa­ ciente portador de câncer revestem-se de polêmicas que fazem com que profissionais envolvidos muitas vezes sequer encontrem pontos de convergência. O câncer e sua mitificação envolvem a própria rea­ lidade da instituição hospitalar, a ponto de torná-la vulnerável dian1. Este trabalho foi publicado anteriormente no livro Psicologia Hospitalar. A Atuação

do Psicólogo no Contexto Hospitalar. São Paulo: Traço Editora, 1984 .

2. Este trabalho teve a participação de Marli Rosani Meleti em sua elaboração e co-au­

toria, a quem agradeço pelo empenho, carinho e dedicação.

7

8

I TEND�NCIAS EM PSICOLOGIA HOSPITALAR

de sua ação. o termo câncer foi associado à doença por sua semelhança com o caranguejo (no Brasil, quando se pronuncia a palavra "câncer" não se associa de imediato à figura do crustáceo, tal qual ocorre na Europa, onde l'Ssa definição teve lugar). Assim, o câncer aprisiona sua vítima tal qual o crustáceo que lhe em­ presta o nome, até a morte. Embora o progresso da medicina seja notório na ;irea de oncologia, havendo inclusive casos nos quais é possível uma atuação bastante eficaz quando de seu descobrimento precoce, ainda assim, é.difiçil não se ver no câncer uma enfermidade imediatamente associada ao espectro da morte. E assim como ocorreu com outras doenças que igualmente estirpavam e ceifavam muitas vidas humanas, o câncer certamente ganhará outra denomi­ nação quando for totalmente dominado pela medicina. Um exemplo é a lepra, que tão logo passou a ser dominada pela medicina, teve sua designação muda­ da para hanseníase, em homenagem a Armauer Gehard Hanse, médico norue­ guês que descobriu o bacilo específico que provocava a doença. O atendimento psicológico do paciente portador de câncer traz em si to­ das essas contradições, além de abalar a onipotência médica diante da morte. Esse trabalho apresenta a implantação do Setor de Psicologia no Servi­ ço de Oncologia Ginecológica da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência, suas implicações e contradições. Também são mostrados al­ guns atendimentos e a performance da psicologia no contexto hospitalar. tl'

Descrição das atividades O trabalho foi implantado há cerca de quatro anos, e inicialmente era de­ senvolvido a partir da atuação de alunos ultimoanistas do curso de Psicolo­ gia da Clínica Psicológica Objetivo. Desde sua implantação até o presente momento, o trabalho sofreu mudanças significativas em sua estruturação. Inicialmente, os alunos depararam com uma equipe médica que, ape­ sar de prestar total apoio à atividade dos psicólogos, tinha atitudes bastan­ te dúbias em relação aos pacientes. Uma das mais acintosas era a que fazia com que uma paciente sofresse mastectomia e tomasse consciência da remo­ ção cirúrgica do seio apenas e tão-somente quando terminada a cirurgia. Essa atitude tinha respaldo no corpo clínico, que a justificava afirmando que

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