Magia Pagã aula 10 Dinvidades Afro

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Atualmente no Brasil são cultuados apenas 12 orixás. Já foram 16: quatro deles (Obá, Logunedé, Ewa e Irôco) há algum tempo só se manifestam em ocasiões bissextas, basicamente em festas e rituais específicos. Um número pequeno, diante dos mais de 200 existentes na África Ocidental, a célula manter dessas divindades. Reza a tradição que os deuses dos terreiros têm origem nos clãs africanos, divinizados há mais de 5 mil anos. A história que se conta é que eles foram inspirados em homens e mulheres capazes de intervir nas forças da natureza por meio de caça, plantio, uso de ervas na cura de doenças e fabricação de ferramentas. Os orixás têm características humanas, virtudes e defeitos: podem ser vaidosos, temperamentais, ciumentos, maternais. Os atributos, quase sempre, têm um paralelo com o meio ambiente. A equivalência entre os orixás e os santos da Igreja Católica surgiu no período colonial, com a chegada ao Brasil dos primeiros africanos de origem yorubá, povo que habitava a região atual de Nigéria, Benin e Togo. Adeptos do candomblé, eles eram proibidos de adorar suas divindades porque a religião oficial do País era o catolicismo. Para driblar a censura, os negros criaram a associação e seguiam assim praticando sua fé. Por isso, o sincretismo pode variar de acordo com a região do Brasil. Assim como o candomblé, a umbanda também cultua os orixás. Mas os umbandistas representam essas divindades com imagens diferentes.

Primeira parte Orixas boró ( homens)

Ogum

Ogum: a história do grande guerreiro dos Orixás Conhecido por suas conquistas e lutas, Ogum é um Orixá cultuado e muito respeitado pelas Religiões de origem Africana. Aqui no Brasil, ele faz parte dos cultos da Umbanda e Candomblé, sendo também representado por São Jorge na Igreja Católica. Por ser tão destemido e obstinado, esse Orixá nunca abandonou sua causa quando lutou por algum objetivo. Essas e outras características fazem de Ogum um grande guerreiro, que além de lutar sabe comandar. Quem é Ogum? Ogum é um Orixá representado por um grande guerreiro, que também era ferreiro. Destemido e obstinado, esse Orixá nunca abandonou suas lutas. Por essa e muitas outras características, ele se tornou o símbolo de conquistas e lutas. O Orixá também é visto como um comandante supremo, já que ele é capaz de lutar, vencer e proteger todos que a ele recorrem. Por isso, ele é o Orixá mais procurado quando as pessoas precisam enfrentar alguma batalha muito importante. Assim, ao recorrer a esse Orixá, a pessoa obtém toda força e energia necessária para lutar e enfrentar determinada situação. Isso porque ele sempre está disposto a lutar contra os desafios apontados por quem o procura. Mesmo tendo como principal estímulo para luta a fúria, o Orixá também mostra ser um irmão muito amoroso. Sendo o irmão mais velho dos Orixás Oxóssi e

Exú, Ogum é filho de Iemanjá e sua estima por seus irmãos é tão grande que o Orixá fez as armas de Exú e Oxóssi com as próprias mãos. Além de todo seu conhecimento sobre batalhas e a energia necessária para enfrentar desafios, o Orixá ensinou tudo que é preciso para manusear o metal. Assim, ele permitiu que a humanidade evoluísse a ponto de poder dominar o metal. História do Orixá Ogum Assim como os demais Orixás, Ogum possui diversas histórias interessantes. A primeira delas é sobre como o guerreiro se transformou em um Orixá. Tudo começou quando ele foi chamado para uma batalha que não tinha um prazo para acabar. Por isso, ele pediu para que seu filho cuidasse de seu trono durante sua ausência, instruindo a população a fazer silêncio e a jejuar. Após sete anos de batalha, ele retornou faminto e sedento. Mas ao pedir comida e bebida nas casas da cidade ninguém o atendeu. Enfurecido com tudo isso, o Orixá dizimou a cidade com sua espada. Sua fúria só cessou quando seu filho apareceu junto a Exú e questionou a atrocidade cometida por Ogum. Logo ele explicou que ninguém o recebeu com festa e presentes, pelo contrário, todos ignoraram sua sede e fome após sua luta. Foi então que seu filho lembrou sobre seu pedido de homenageá-lo com um dia de silêncio. Coincidentemente, aquele era o dia em que Ogum tinha partido, por isso, todos homenageavam o Orixá com o silêncio pedido. Tomado pelo remorso e vergonha, o Orixá cavou um buraco com sua própria espada e ele mesmo se enterrou de pé. Paixão por Oxum Cansado de sua vida como ferreiro, o Orixá fugiu certa vez para a floresta. Muitos Orixás fizeram de tudo para chamar sua atenção, mas Ogum se escondeu de tal forma que ninguém conseguiu atraí-lo, até que Oxum resolveu tentar com seus truques. Na floresta, Oxum avistou o guerreiro e começou a espalhar seus encantos por todo o local. Quando Ogum a viu foi paixão à primeira vista. Dessa maneira, Oxum começou a voltar para o vilarejo e quando Ogum percebeu, já estava na cidade novamente por têla seguido. Obá e Iansã se apaixonam por Xangô Obá e Iansã foram esposas do poderoso guerreiro Ogum, mas as duas se apaixonaram por Xangô. Dessa maneira, elas o abandonaram para viver com o outro Xangô. Por esse e outros motivos Ogum não se dá com Xangô. A quizila de quiabo

Quiabo é um legume que ele simplesmente não suporta. Mas isso tem um porquê. Tudo começou com sua derrota em uma batalha. Lutando contra Xangô, que é o Orixá que ele não suporta, ele acabou por escorregar em uma quizila de quiabo colocada estrategicamente.

Oxalá

Oxalá é um dos Orixás cultuados nas religiões de origem africana, como a Umbanda e o Candomblé. Presente em todos os momentos representados por paz e calma, Oxalá é considerado o Orixá que rege o silêncio, a paz no ambiente e a tranquilidade. Sendo assim, ele é responsável pela harmonia entre as pessoas, sossego e compreensão. Além da humanidade, a natureza de modo geral consegue sentir a virtude regida pelo Orixá. Contrário ao Exú, que é o Orixá que representa o início de todas as coisas, Oxalá representa o fim. Isso significa que ele é ligado à morte e a necessidade de equilíbrio em todo o Universo. Ele também é chamado de “Pai dos Orixás”, pois é esse Ser de Luz que define o fim de tudo que existe Quem é Oxalá? É o Orixá considerado o “Pai dos homens” por causa de suas características, sendo a principal delas a de que Oxalá é o fim de tudo. Como dito anteriormente, ele também representa aspectos de calmaria, paz, silêncio e tranquilidade, tanto entre a humanidade quanto na natureza. Ele assume duas formas: Oxalá Oxaguiã, um jovem guerreiro, e Oxalá Oxalufã que, por sua vez, é representado por um velho apoiado num bastão de prata (Opaxorô). Então se você estava se perguntando quem é Oxalá ou o que é Oxalá, agora sabe que se trata do mais poderoso dos Orixás, que são deuses africanos. A história do Orixá e poder de criação

Segundo as crenças africanas, Oxalá é considerado o Orixá mais velho. Olorum, que é seu pai, confiou ao Orixá o saco de criação, que é o poder de criar o mundo. Para realizar o ato de criação, o Orixá precisava seguir alguns procedimentos. No entanto, a história conta que ele não quis seguir todos os procedimentos, entre eles uma grande oferenda. Vendo tudo isso, Exú não ficou satisfeito com a falta de respeito do Orixá. Foi aí que ele fez Oxalá sentir muita sede a ponto de furar uma palmeira para beber o líquido. Sem saber, o Orixá acabou bebendo vinho de palma e adormeceu. Enquanto isso, seu maior rival e também irmão, Oduduá, roubou o poder de criação e contou tudo a Olorum. Depois disso, Olorum decidiu conceder a Oduduá a criação do mundo. O que significa Oxalá? Há vários conceitos empregados ao termo “Oxalá”. Esses conceitos diferem entre culturas, por exemplo, nos países africanos e nas religiões de origem africana, Oxalá é um Orixá. No Brasil, o termo foi popularizado por outra razão! Trazido da cultura Árabe, o termo se tornou popular como “se Deus quiser”. Oxala na bíblia Sabia que os deuses africanos são sincretizados no cristianismo? Dessa forma, é comum que as pessoas procurem por o que significa Oxalá na Bíblia ou ainda o que significa Oxalá no cristianismo. Na Bíblia, esse Orixá é sincretizado por Jesus Cristo, Isso porque ambos são vistos como filhos do Deus maior. As características deles também são semelhantes. Jesus Cristo é conhecido por seu amor ao próximo, paciência, cautela e orientação. Nessa questão, Jesus Cristo teve um papel muito importante para a história do cristianismo, da mesma forma que Oxalá é visto no Candomblé e na Umbanda. Oxalá na Umbanda Na Umbanda, Oxalá é representado como o filho do Deus Maior, também chamado de Pai dos Orixás e representante do fim de tudo. Não é difícil perceber quem é Oxalá na Umbanda quando temos como referência Jesus Cristo. Ambos são sinônimos de paz e tranquilidade. Quais são as características dos Filhos de Oxalá? Oxalá é dividido em duas personalidades distintas. Dessa forma, seus filhos também são divididos entre diferentes características. Veja a seguir como é dividido os filhos desse Orixá! Filhos de Oxalufã: assim como o pai, os filhos desse Orixá possuem aparência envelhecida. Isso porque ele é o símbolo da sabedoria. Os filhos presentes nesse grupo não guardam rancor, nem mesmo cultivam sentimentos ruins, pois sabem que todo

mal é causado apenas para si mesmo. Geralmente, pessoas calmas, tranquilas e amáveis

Xangô

Símbolo da virilidade e do que é justo, Xangô é um Orixá cultuado em religiões de origem africana que atua na justiça kármica. Ou seja, ele é responsável por proporcionar justiça como consequência, por isso o nome de justiça kármica. Conhecido por sua sensualidade e características que o destacam como um Orixá másculo e conquistador, Xangô tem diversos dons quando o assunto é conquista. Dessa maneira, foram poucas as mulheres que resistiram ao Orixá. Ele também é um dos Orixás que rege 2020 Quem é Xangô? Xangô é o Orixá da justiça e que tem como símbolo o fogo, raios e trovões. Dessa forma, possui personalidade forte, Xangô é agressivo, viril, justo e violento. Perceba que há uma mistura de elementos que fazem dessa Entidade de Luz um ser bastante temido. A justiça praticada por Xangô considera o karma, que é a reação de cada ação feita pelas pessoas. Então, em sua decisão justa, o Orixá considera todas as vidas que a pessoa já teve para finalmente submetê-la a justiça kármica. Muito conquistador, esse Orixá possui dons incríveis para a sedução. Não é à toa que poucas mulheres conseguiram resistir aos encantos de Xangô. Dessa forma, por

conta de toda essa vaidade, beleza, sensualidade e dons conquistadores, o Orixá foi disputado por três grandes e poderosas Orixás, sendo elas: Iansã, Oxum e Obá. Além das características já mencionadas, Xangô representa a misericórdia, lealdade, espírito guerreiro, justiça e a conquista. Como símbolo, o Orixá trás consigo os raios dos céus, o fogo e os trovões que demonstram toda a sua garra, coragem, dinamismo e vigor. Xangô é muito responsável, por isso não tem piedade ao controlar as forças que são de sua responsabilidade. Ou seja, não existe um ser se quer que consiga impedir a sua justiça, nem mesmo há quem consiga enganá-lo, considerando que ele pode ver a alma das pessoas. Quem tenta enganar o Orixá só consegue despertar ainda mais a ira de Xangô. Assim, como há pessoas que praticam o mal e saem impunas na justiça humana, elas não se livrarão da justiça kármica do Orixá. História de Xangô Xangô é um Orixá de várias histórias interessantes. A mais contada sobre o Orixá é sobre sua ascensão como Entidade Espiritual. De acordo com a história, Xangô incendiou seu reino e desafiou seu melhor general de luta em um de seus treinamentos de guerra, seguindo as regras e tradições de seu povo. Ao perder a luta, ele teve que se abdicar da própria vida, algo que também era visto como uma tradição de seu povo em vista do sofrimento que ele fez seu reino passar. Para cumprir com a tradição, Xangô foi enforcado e desapareceu dentro de um buraco na terra. Nesse mesmo lugar, apareceu uma corrente de ferro que marcou o fim das gerações humanas. Foi nesse momento que Xangô ascendeu como Orixá e se tornou filho divino de Iemanjá e Oxalá. Quem é Xango no Catolicismo? A sincretização desse Orixá no Catolicismo ocorre com a figura de São Jerônimo ou ainda com São João. Ambos os Santos representam o Orixá em diferentes qualidades e características. São Jerônimo foi um estudioso que nasceu na Iugoslávia, mas viveu na Roma estudando idiomas e escrituras sagradas. Esse Santo tem como característica seu grande valor intelectual, além do orgulho e do temperamento difícil. Por conta dessas duas últimas característica, ele fez penitência em um deserto. Quando retornou para a Itália São Jerônimo foi nomeado secretário do conhecido Santo Ambrósio. Porém, faleceu pouco tempo depois.

São João, por outro lado, é o símbolo das fogueiras no mês de junho. Sua celebração que ocorre no dia 24 de junho também está relacionada ao solstício de verão que ocorre na Europa. Ambos os Santos possuem características que se assemelham à Xangô, mas claro que o sincretismo é apenas uma forma de relacionar essas Entidades, não se trata da figura concretizada desses Seres. Xango na Umbanda e no Candomblé Na Umbanda, Candomblé e outras religiões de origem africana, Xangô é um Orixá de grande importância, considerando sua responsabilidade como Entidade de Luz. Seu domínio da justiça kármica tem grande relevância nas ações da humanidade, sendo fundamental para o equilíbrio do Universo. Veja a seguir várias características desse Orixá e informações sobre o culto à Xangô! Filhos de Xangô Os filhos desse Orixá possuem como características a ação, transformação, impulsividade e o ímpeto. Além disso, eles também são conhecidos por sua ambição, por isso, são motivados pelo sucesso e fortuna. Parecidos com o próprio Orixá, seus filhos podem ser bastante inflexíveis, por isso, agem com autoritarismo e intratabilidade. Em oposição a essas características, os filhos de Xangô também podem ser bondosos, misericordiosos, justos, inteligentes e generosos. Já o físico dos filhos desse Orixá tem aspectos como a força, ganho de massa muscular ou gordura, beleza natural e a vaidade. Essas pessoas são, além de vaidosas, agitadas e com autoestima elevada. Culto ao Orixá Xangô é celebrado no dia 30 de setembro nas religiões afro-brasileiras. Seu dia da semana é quarta-feira, sendo esse o momento mais indicado para orações, oferendas e o culto ao Orixá. Nas celebrações e rituais feitos em nome do Orixá são utilizadas as cores marrom e vermelho. Além disso, são feitas oferendas e vários rituais que clamam por justiça ao Orixá misericordioso e justo. Para as oferendas, o Orixá gosta do Amalá que é uma comida típica oferecida a Xangô. Ela é feita através de vários ingredientes combinados como quiabos, azeite de dendê, cebola, entre outros. Outra peculiaridade dos cultos aos Orixás é a saudação. No caso desse Orixá, a saudação é a seguinte: Kaô Kabecilê. A expressão significa “Venham saudar o Rei”.

Oxossi

Oxóssi, também chamado de Oxossi, é uma Divindade representada pela imagem de um homem com arco e flecha. Conhecido como Orixá do conhecimento, essa Divindade também é o símbolo das florestas, sendo um de seus principais conceitos a utilização sábia dos recursos naturais. Chamado também de Orixá da mata, do alimento em fartura, dos animais e até mesmo da caça, Oxóssi tem como responsabilidade proporcionar refeições a todos que o procuram. Dessa forma, por viver na natureza, ele é visto como um guerreiro sábio que está em completa sintonia com o ecossistema, sendo responsável por todo equilíbrio na natureza. Quem é Oxóssi? Se a sua pergunta é “Quem é Oxossi?” podemos te responder com um grande orgulho, Oxóssi é o Orixá das florestas e do conhecimento! Ele pode ser chamado de guerreiro sábio, divindade presente nas religiões Candomblé e Umbanda, é defensor dos que lutam para conseguir o próprio sustento e de sua família. Essa Divindade tem como representação a figura d e um homem com arco e flecha na mão, que caracteriza um guardião das florestas. Ele também é visto nas religiões africanas como um Ser de equilíbrio, que busca na natureza tudo que precisa conforme a sua necessidade.

Por isso, esse Ser de Luz está ligado a todas as coisas consideradas naturais, inclusive as artes como a dança, artes plásticas e canto. Se espelhar nesse Orixá é o mesmo que viver o positivismo e obter o que é necessário de forma natural. Toda essa contemplação também faz com que Oxossi seja representado pela comodidade e preguiça, uma vez que é preciso relaxamento e paciência para amar todas as coisas naturais que possuímos. O que significa Oxóssi? Se você já ouviu em algum momento a expressão “quem manda na mata é Oxossi”, você já está por dentro do que significa Oxossi. Ele é considerado o guerreiro das florestas. Por isso, Oxossi significa, basicamente, a representatividade do sustento, ecossistema, natureza, conhecimento, sustentabilidade, equilíbrio, apreciação da arte, entre outros aspectos positivos. Quem é Oxóssi na Umbanda? Esse Ser de Luz é visto na Umbanda como um Orixá que representa o conhecimento natural. É visto na Umbanda e no Candomblé como uma Divindade de Luz que protege os animais, as florestas e preserva o ecossistema, oferecendo aos que procuram por esse Orixá apenas o que é necessário. Quem é Oxóssi na Igreja Católica? Se você está se perguntando quem é Oxossi no Catolicismo, saiba que esse Orixá representa São Sebastião, que é um Santo visto pela Igreja Católica como motivador da fé cristã entre os prisioneiros torturados na época do Império Romano. Ainda que fizesse parte do Exército Romano, que era comandado pelo Imperador Diocleciano, São Sebastião conseguiu levar ao menos sua bondade aos prisioneiros. Mas, infelizmente, devido a sua bondade, São Sebastião foi considerado traidor e foi condenado a morte. Após receber diversas flechadas, o Santo não morreu e, por fim, recebeu a condenação de morte por espancamento. Depois de morto, São Sebastião ainda foi descartado no esgoto. Foi Santa Luciana que o encontrou, limpou e o sepultou. A parte da história que diz que São Sebastião suportou a condenação de morte por flechadas sincretiza a imagem do Orixá Oxóssi, considerando que este possui como símbolo o arco e flecha. Embora na Bahia algumas pessoas considerem que São Jorge seja a representação desse Orixá, o mais aceito é que São Sebastião sincretiza Oxóssi. Oxóssi na Umbanda: Características Essa Divindade possui diversas características muito peculiares. Por ser o símbolo das florestas, natureza e das artes, esse Orixá é representado quase sempre por cores da

natureza, como o verde, o azul e o azul-turquesa. As cores, por sua vez, representam os rios, mata, floresta e natureza, símbolos desse Orixá. Filhos de Oxóssi Os filhos de Oxossi são geralmente pessoas agradáveis e bastante comunicativas. Além disso, quase sempre essas pessoas expressam estar de bom humor e são vistas como boas companhias. Os filhos desse Orixá gostam de sair à noite, assim como ocorre com os caçadores. A maior fraqueza dessas pessoas é ferir com a palavra quando estão em fúria. Mas eles são obstinados, guerreiros e não descansam enquanto não conseguem o que querem. Eles também não gostam de ser enganados ou traídos, pois isso os deixa furiosos. Os filhos de Oxóssi são pessoas zelosas e dedicadas no relacionamento. Além disso, eles têm como característica a determinação e foco no trabalho. Por isso, quase sempre são recompensados por seu esforço contínuo. Dia de Oxóssi O dia de Oxossi é celebrado no dia 20 de janeiro, sendo amplamente valorizado no Brasil. Ele é muito cultuado no país por causa dos poucos escravos que conseguiram sobreviver em navios negreiros e trazer essa cultura para o Brasil. Dessa maneira, ele também é chamado de Padroeiro dos Caboclos. Saudação ao Orixá Esse Orixá tem como saudação a expressão: Òké Aro!!! Arolé! A expressão significa: Salve ao Rei! Oferenda para Oxóssi Antes de qualquer coisa é importante destacar que as oferendas devem ser orientadas por uma pessoa responsável dentro da Umbanda ou Candomblé, ou seja, alguém que realmente conheça a fundo essa cultura. Isso porque cada um dos Orixás possui suas próprias peculiaridades e elas precisam ser guiadas por pessoas que conhecem essas informações. As oferendas para esse Orixá devem ser feitas principalmente com alimentos crus, sem origem animal.

Oxumarê

Oxumaré, ou ainda Oxumarê, é um Orixá cultuado em religiões africanas como a Umbanda e o Candomblé. Esse Ser de Luz tem como símbolo a cobra arco-íris, que representa características peculiares sobre esse Orixá como a agilidade, mobilidade e destreza. As histórias sobre o Orixá dizem que ele mora no céu e que usa o arco-íris para viajar até à Terra. Conhecido como o Orixá que abre caminhos para a felicidade, Oxumaré também é símbolo da abundância, fortuna, riqueza e prosperidade. Por isso, quem o procura recebe as instruções necessárias para abrir caminhos de felicidade, prosperidade e abundância. Quem é Oxumaré? Oxumaré é conhecido por suas diversas características. A quem diga que ele é o Orixá do arco-íris, enquanto outros apontam que seu símbolo verdadeiro é a cobra arco-íris. Além disso, esse Ser de Luz representa o caminho da felicidade, que para algumas pessoas é representado por abundância. No entanto, em se tratando de felicidade Oxumaré pode ajudar a quem precisa de várias formas, além da prosperidade. A figura de Oxumaré cultuada no Brasil é representada por um homem. Contudo, algumas pessoas relacionam esse Orixá a Oxum. Na verdade, isso trata-se de uma grande confusão, pois a conexão desse Orixá ocorre com Ewá, que é sua irmã. Juntos, os dois Seres de Luz representam a energia do arco-íris. Outro aspecto interessante sobre ambos é que eles têm como símbolo a serpente. Não é atoa que Oxumaré é confundido com o símbolo feminino e masculino, afinal, ele representa justamente essa junção entre ambos os gêneros. A união desses gêneros que possibilitou a existência da vida é uma das representatividades desse Orixá, assim

como a mortalidade e imortalidade, a água e a terra, e os demais elementos que apresentam duplicidade, oposição e ambiguidade de forma que se completam. Histórias sobre o Orixá Esse Orixá possui várias histórias interessantes. São tantas histórias que há duas versões de seu nascimento. O nascimento (1º versão) Oxalá e Nanã ainda sofrendo pelo abandono de Omulu, que é um de seus filhos, teve outro filho que passou a se chamar Oxumaré. Devido a uma praga lançada em Nanã, o filho nasceu com diversos problemas de formação, o que fez parecer uma serpente sem braços ou pernas. Dessa forma, ele se rastejava no chão como se fosse um réptil, mesmo sua forma sendo humana. Decepcionada com o filho, Nanã o abandonou. Diferente de Omulu, o Orixá não contou com a ajuda de ninguém. Sábio e muito ágil, ele aprendeu a sobreviver sozinho nadando, caçando e subindo em árvores, mesmo com sua anatomia dificultosa. Certo dia, o Orixá da profecia chamado de Orunmilá avistou Oxumaré e teve piedade do menino. Foi então que ele fez com que o menino se tornasse um dos mais belos Orixás, dando a ele a responsabilidade de trazer chuvas para o palácio de Xangô. O nascimento (2º versão) Quando Nanã engravidou de Oxumaré, o Orixá Orunmilá disse a Nanã que ela não teria que se preocupar com seu filho, pois ele seria um dos mais belos Orixás. Na verdade, ao dizer isso Orunmilá lançou um castigo em Nanã por ter abandonado Omulu. O castigo foi nunca conseguir viver perto de Oxumaré, já que ele era muito ativo e não tinha apego por ninguém. Oxumaré Sincretismo São Bartolomeu é o santo respectivo a Oxumaré. Isso acontece já que eles possuem características similares, incluindo o dia de comemoração de ambos que é 24 de agosto. Oxumaré na Umbanda Na Umbanda ele é um Orixá com todas as características mencionadas anteriormente. Esse Orixá é cultuado por busca pela felicidade, prosperidade, abundância, riqueza e fortuna. Filhos de Oxumaré Os filhos desse Orixá não têm medo de mudar, pelo contrário, eles estão sempre em busca de coisas novas, mudanças na carreira, novas amizades e moradias. A coragem de arriscar, principalmente, com coisas incertas é uma das características dos filhos

desse Orixá. Na vida, eles sempre se sacrificam para ter mudanças, iniciar novos ciclos e estar sempre em transformação. São essas características que mantêm a felicidade e a motivação dos filhos de Oxumaré. Essas pessoas ainda são caracterizadas com a dificuldade em engordar, por isso, são na maioria magras. Agitadas o tempo inteiro, essas pessoas tem várias similaridade ás cobras, como a dificuldade em “ver” o verdadeiro valor agregado às coisas. Dessa forma, são muito apegados a bens materiais, deixando a riqueza, paixão e abundância falar mais alto em quase todos os momentos da vida. Eles também são vistos como guerreiros esforçados, por isso, não fogem de nenhuma luta quando o traçam um objetivo. Mesmo agitados, essas pessoas possuem grande paciência e sabem esperar pelas melhores oportunidades. Qualidades de Oxumaré Oxumaré possui várias qualidades, entre eles estão: Vodun Azaunodor, Dan, Vodun Frekuen, Vodun Dangbé e Vodun Bessen. Cada uma representa diferentes características, tais como: um príncipe branco que representa o passado, a cobra que fez parte da criação da humanidade, a serpente venenosa como símbolo do feminino, Orixá velho que governa o movimento dos Astros e um guerreiro ambicioso representado por uma espada. Culto a Oxumaré O culto a essa Divindade requer diversas peculiaridades, como o dia de Oxumare, por exemplo, oração específica ao Ser de Luz, cores e muito mais. O dia desse Orixá é 24 de agosto, porém, ele pode ser celebrado às terças-feira. Para realizar seu culto, é importante ter objetivos definidos para que a solicitação ao Orixá seja concretizada. Em relação às cores, o Orixá se apresenta com cores atribuídas ao arco-íris, principalmente com o verde e amarelo. Já a oração do Orixá e a saudação podem ser feitas da seguinte forma: Saudação a Oxumarê Arroboboi Oxumarê! (Salve o Senhor do Arco-Íris).

Exú

Exú é o Orixá responsável pela comunicação, disciplina, ordem, paciência e sexualidade. Entre todos os Orixás, Exú é um dos mais populares, isso porque há uma certa confusão com o seu nome e outras Entidades Espirituais. Também conhecido como o Orixá da proteção e o guia da felicidade, Exú é uma Entidade de grande importância para religiões africanas ou de origem africana, como as afro-brasileiras. Dessa forma, veja a seguir todos os detalhes sobre esse Orixá, considerando suas histórias, nomes, culto ao Orixá e muito mais. Você também encontrará neste artigo a diferença entre o Orixá Exú e outras Entidades que usam esse mesmo nome. O que é Exú? Eshu, Esu, Bará, Akésan, Ibarabo, Yangí, Ònan, Legbá e Exú são nomes dados ao Orixá da comunicação, ordem, paciência, sexualidade e disciplina. Cultuado em diversas religiões de origem africana, como a Umbanda e o Candomblé, esse Orixá é considerado um grande protetor e guia da felicidade. Esse Orixá é visto nestas religiões como o guardião das cidades, aldeias, casas e até mesmo do Axé. Outras características que destacam Eshu é seu domínio sobre a união, magia, sexo, fogo da transformação e poder. Algumas culturas transformaram esse Orixá em uma figura ruim associada a seres como o diabo. Mas se considerarmos as verdadeiras características desse Orixá com essas associações podemos observar que é totalmente contrário ao estereótipo de um Ser Sombrio.

Confusão sobre o nome Exú Por estar tão próximo da humanidade e por ser confundido com os Seres chamados de Exús que são, na verdade, espíritos que habitaram a Terra, começou a associação de que o Orixá seria uma Entidade próxima aos seres trevosos. Tudo isso não passa de preconceito, má interpretação e, claro, da maldade humana. Então se você ouvir alguém dizer que foi Eshu que causou algum problema, saiba que isso é uma grande mentira! As pessoas são responsáveis por seus próprios problemas, e não os Orixás. Histórias do Orixá Exú possui várias histórias interessantes, sendo que uma delas conta que o Orixá foi mensageiro de Oxalá durante a criação do mundo. Então, a lenda diz que o Orixá participou da criação do mundo sendo um mensageiro, que é chamado de Olorum ou Olodumare. Assim, em seu papel de mensageiro, Eshu teve que vir à Terra para avaliar se o mundo poderia ser habitado pelos seres humanos e Orixás criados por Deus. Quando chegou no planeta, o Orixá não quis mais voltar para o céu, e tornou-se o primeiro Orixá a conhecer a Terra e a permanecer nela. Por isso, Eshu foi o primeiro Orixá a ser cultuado e referenciado por nações que existiam nos primórdios da humanidade. Só depois que esse Orixá foi reconhecido pelas religiões africanas. Quem é Exu na Umbanda e Candomblé? O Orixá Exú tem características bastante peculiares! Primeiramente, ele é o único Orixá de esquerda. Isso significa que ele pode agir na Luz e na Sombra. Os demais Orixás agem apenas na Luz, por isso, são chamados de Orixás de direita. Por ter um contato maior com a humanidade, o Orixá é capaz de agir nesses dois lados. Esse também é um dos motivos para que exista tanto preconceito quanto ao Orixá. É importante compreender que esse Orixá é o mais próximo da humanidade, por isso, ele conhece os sentimentos humanos como ninguém. Sendo assim, se uma pessoa com má índole recorre ao Orixá, ele auxilia quem o solicitou. Mas quando o próprio Orixá é cobrado por ajudar essas pessoas sua ira desperta e quem agiu com más intenções também é punido. Ou seja, Eshu não julga ninguém quando é solicitado, mas ele não é o verdadeiro responsável pela má índole dos seres humanos. Guias Exús na Umbanda Há ainda outro diferencial muito característico sobre o termo Exú. No terreiro de Umbanda é comum ver os Exús darem passes ou praticarem trabalhos de Limpeza Espiritual. Na verdade, esses Seres de Luz que atuam apenas do lado direito são Guias

Exús. Não trata-se do Orixá, mas sim de Guias Espirituais que podem ter diferentes nomes. Veja a seguir os principais nomes de Guias que se denominam Exús! Exú Caveira Caveirinha Exú Mirim Tiriri Exu Marabô Capa Preta Exú Veludo Tranca Rua Exú Gato Preto Treme Terra Exú Calunga Arranca Toco Exú Lalu Mulambo Sincretismo do Orixá no Catolicismo Esse Orixá é sincretizado no Catolicismo como Santo Antônio, pois é celebrado no dia 13 de junho, o mesmo dia de celebração do Santo. Além disso, as intenções amorosas do Santo também se assemelham às características do Orixá, que é visto popularmente como o Senhor do Sexo. Culto ao Orixá O Orixá pode ser cultuado de várias formas, como já mencionamos. A oração é uma das formas mais presentes no dia a dia das pessoas, mas há outras maneiras de se comunicar com o Orixá que envolve celebrações, rituais, oferendas, saudações e muito mais. Como já mencionado, o Orixá é celebrado no dia 13 de junho. Seu dia da semana é segunda-feira, pois Eshu possibilita abrir caminhos e proporcionar crescimento logo no início da semana. Em suas celebrações são utilizados adornos, roupas e itens decorativos nas cores vermelho e preto.

Já as saudações mais utilizadas para o Orixá são Laroyê Exú, que significa Mensageiro, Exú!, e Exú e Mojubá, que significa Exú, a vós meu respeito! As oferendas realizadas ao Orixá quase sempre são com a intenção de abrir caminhos amorosos ou profissionais, fortalecer a fé e a força interior, proporcionar limpeza espiritual e auxiliar na saúde de quem realiza a oferenda ou em nome de alguém. Por ser muito próximo da humanidade, o Orixá aceita quase todos os tipos de alimentos em suas oferendas. Mas sua comida favorita é o Padê, que é uma mistura de ingredientes muito variados como farinha de mandioca, pinga, azeite de dendê, cebola, pimentas, entre outros itens.

Ibejis

Ibejis é uma Entidade bastante peculiar, pois se trata de gêmeos que representam a vida e o nascimento. Portanto, essa Entidade diferenciada traz alegria, felicidade e aquela vontade imensa de viver intensamente. O Orixá Ibejis é o símbolo da felicidade e enxergam o mundo com os olhos inocentes de uma criança. Dessa forma, esse Orixá representa a proteção das crianças, sendo uma Entidade de grande importância para as religiões de origem africana. Quem é Ibejis? Ibeji, Ibejis e Orixá Ibejis são os termos mais utilizados para se referir aos gêmeos que representam o nascimento e a vida. Esse é o único Orixá representado de forma dupla, ou seja, através de duas Entidades. Os gêmeos Ibejis representam todas as formas de nascimento, assim como a felicidade, alegria e o amor à vida. Dessa forma, esse Orixá também é a representação

da vontade de viver, alegria repentina, dos corações cheios de felicidade e de todas as coisas boas em decorrência desses sentimentos puros. O Orixá é o protetor das crianças e das coisas inocentes. Então, quando falamos em Ibejis, é comum associá-los a inocência com que as crianças veem a vida, pois eles possuem essas mesmas características. Na África Ibejis é uma figura muito importante devido à sua representatividade da vida. Para o povo africano, os filhos são sempre fontes de muita alegria, pois eles garantem que a história e a descendência das famílias perdure. Por isso, os gêmeos são o símbolo da continuidade da vida, da sobrevivência e do nascimento. Algo bastante peculiar sobre esse Orixá é que ele é capaz de desfazer coisas feitas por outros Orixás, como trabalhos. No entanto, o que é feito por Ibejis não pode ser desfeito de nenhuma forma por outro Orixá. Qual a diferença entre bejis e Erês? Na Umbanda e no Candomblé o Orixá é bastante confundido com Erês. Ambas as figuras representam características infantis e tratam-se de crianças. Mas os gêmeos são uma Divindade com histórias e missões que se diferem dos Erês. Basicamente, os Erês são Guias que trabalham no plano espiritual. Esses Guias são Seres Encantados que nunca habitaram à Terra como humanos, por isso, têm a inocência e pureza preservada. Esses Seres aparecem comumente nos terreiros trazendo alegria, felicidade e muita pureza para as celebrações. Mas são bem diferentes de Ibejis, que é um Orixá! Sendo assim, Ibejis é um Orixá e Erês são Seres Encantados que atuam como Guias. História do Orixá A história mais comentada sobre Ibejis diz que os gêmeos são um casal. Acredita-se que Taiwo tenha nascido primeiro que Kehinde, pois ele é o que tem mais responsabilidades. Por isso, Taiwo é visto como o irmão mais velho responsável por supervisionar o mundo. Nascimento dos gêmeos Filhos de Xangô e Iansã, os gêmeos foram abandonados em um rio após terem nascido. Iansã repudiou as crianças logo que nasceram e não teve dúvidas quanto a decisão de abandonar. Oxum passava perto do local do abandono quando ouviu o choro de crianças. Sem pensar duas vezes correu até os recém-nascidos e ficou encantada com o que viu: os gêmeos sorriram para Oxum. O coração da Orixá não suportou vê-los sofrendo ali sozinhos e resolveu adotá-los.

Desde então, os gêmeos passaram a ser filhos de Oxum e ganharam os nomes Taiwo e Kehinde. Essa história de vida dos gêmeos fez com que o Orixá se tornasse a representação do nascimento e da vida. Sincretismo de Ibejis O Orixá Ibejis é sincretizado como Cosme e Damião, devida a dualidade desses Santos que também está presente nos gêmeos Ibejis. Além disso, os Santos e o Orixá dedicaram suas vidas para curar e trazer alegria para as pessoas. O dom de guardar a vida observado nas duas Entidades também faz com que os gêmeos sejam sincretizados em Cosme e Damião. Ibejis na Umbanda e no Candomblé Na Umbanda, Candomblé e em outras religiões de origem africana, Ibejis é um Orixá de grandes responsabilidades e importância para a vida humana. Assim, as características do culto, oração e dos filhos de Ibejis veremos a seguir! Filhos de Ibejis Tudo que é infantil é associado à figura de Ibejis e isso não seria diferente com os filhos desse Orixá. Com características infantis, os filhos desse Orixá são muito alegres, jovens e às vezes inconsequentes. Eles são naturalmente muito brincalhões, agitados e nunca ficam esperando que as coisas aconteçam sozinhas. Sempre em movimento, essas pessoas também tem como característica a teimosia e o medo da solidão. No relacionamento, os filhos desse Orixá são muito dependentes podendo apresentar comportamento obsessivo e muito ciúmes do parceiro. Por outro lado, são pessoas alegres e contagiantes que animam qualquer ambiente. Os filhos de Ibejis não são ícones em maturidade, por isso, não espere muito de suas personalidades infantis. Para eles tudo é visto de forma mais simples, como é o olhar de uma criança. Eles não ficam em meio termo, para eles tudo é “8 ou 80”. Essas características fazem dos filhos desse Orixá bastante frágeis, pois podem se magoar facilmente. Em relação a seus sentimentos, essas pessoas costumam sentir tudo de forma mais intensa e acreditam que suas mágoas são maiores do que realmente são. Culto ao Orixá Ibejis é cultuado através de celebrações, oferendas, orações, saudações, entre outras formas de culto. Dessa forma, esse Orixá é celebrado no dia 27 de setembro, no mesmo dia que acontece a celebração de São Cosme e São Damião. Já o dia da semana que representa esse Orixá é o domingo.

Os gêmeos são representados nas celebrações por figuras infantis, coloridas e divertidas. Por isso, as cores que representam esse Orixá são: azul, rosa e verde. Então, é possível imaginar que todas bastante alegres e divertidas, como a própria personalidade de Ibejis. Por fim, a saudação feita para Ibejis é a seguinte: Bejiróó! Oni Beijada! O significado dessa saudação é: “Ele é dois!”.

Omolú

Primeiramente, é importante destacar que esse Orixá possui diversas características interessantes observadas nas religiões de origem africana, tais como o culto, as oferendas, as celebrações, oração e muito mais. Veja a seguir um resumo de como Omulu é visto nessas religiões através de seus filhos e culto ao Orixá! Filhos de Omulu As características mais marcantes dos filhos de Omulu é o aspecto depressivo, triste e a forma de vida negativa. Assim, essas pessoas geralmente possuem o semblante triste, gostam de reclamar de dores, saúde e de situações do dia a dia, e apresentam uma teimosia imensa. Mesmo sendo ranzinzas, essas pessoas também têm um lado carinhoso e doce. Mas não se engane, o otimismo de qualquer pessoa vai embora após uma conversa com um filho de Omulu. Essas pessoas também têm como características manchas na pele e quase sempre estão com alguma dor pelo corpo. Vingativos, ninguém desejaria fazer parte da lista de inimigos dos filhos desse Orixá. Então, entre tantas qualidades negativas, os filhos desse Orixá se destacam pela amizade, confiança, lealdade e o espírito trabalhador. Essas pessoas são extremamente dedicadas e trabalhadoras. Culto ao Orixá

Obaluyaê ou Omulu é cultuado através de celebrações e comemorações que ocorrem principalmente no dia 16 de agosto, que é o dia dedicado ao Orixá. O dia da semana que representa esse Orixá é a segunda-feira. Em todas as ocasiões de culto ao Orixá, são utilizadas roupas, adornos e decorações nas cores branco, vermelho e preto. Há ainda os cultos feitos através de oferendas, orações e saudações a Omulu. Dessa forma, no caso da saudação, é utilizado o termo “Atotô Obaluaê”, que significa “Silêncio para o grande Rei da Terra”.

Logunedé

Conhecido por sua beleza e jovialidade entre os Orixás, Logunedé é uma Entidade de Luz que representa a pesca e a caça como meio de sobrevivência. Filho dos Orixás Oxum e Oxóssi, Logunedé herdou traços muito importantes da personalidade de cada um, como graciosidade, felicidade, espírito caçador, entre outras características. Dessa forma, todo esse conjunto de características fazem desse Orixá muito belo, jovem e gracioso, sendo ainda a representatividade de expressões masculinas e femininas. Assim, esses elementos fazem com que a figura desse Orixá seja bastante jovem, se comparado a outras Entidades de Luz. Quem é Logunedé?

Chamado de Logunedé, Logunedê, Logun ede ou ainda Logun edé, esse Orixá é considerado um dos mais jovens e belos dentre essas Entidades de Luz. Ele representa a pesca e a caça praticada para sobrevivência, por isso, possui grande força interior para lutar. Filho dos Orixás Oxum e Oxóssi, que forma um dos mais belos casais de Orixás, Logun edé é um Orixá que possui diversas características interessantes, como a graciosidade. Então, ele é visto como uma pessoa meiga, mas que possui um espírito caçador muito forte. Essa mistura de elementos em sua personalidade é o que dá a característica de opostos, assim como feminino e masculino. Por isso, o Orixá também representa as expressões características de homens e mulheres., o que proporciona ao Orixá uma figura bastante jovem. A história diz que o Orixá adquiriu essas características devido à personalidade de seus pais. Então, podemo observar que sua vida é dividida em dois períodos: 6 meses com seu pai nas matas e outros 6 meses com sua mãe nos rios. Ambas as atividades desempenhadas ao longo dos dois períodos proporcionaram o equilíbrio de sua personalidade e outros elementos de Logunedé. Nas religiões de origem africana, esse Orixá é visto como um exímio caçador por ter como característica a sabedoria e a paciência. Dedicado ao que faz, esse Orixá ajuda a todos que precisam de força, sabedoria e paciência para alcançar um objetivo. Histórias de Logunedé Esse Orixá possui muitas histórias incríveis, veja a seguir um resumo das principais histórias de Logunedé! Nascimento do Orixá Oxóssi e Oxum decidiram se separar mesmo sabendo que teriam um filho. Mesmo amando um ao outro, os gostos, interesses e costumes de ambos fizeram com que eles se separassem. Antes do filho nascer, eles estabeleceram que a criança passaria 6 meses com cada um deles, assim, ambos poderiam ficar perto do filho e ensinar a caça e a pesca. Com isso, ele passou a ser chamado de príncipe da floresta e exímio caçador. Separação de Logunedé e sua mãe Ativo como toda criança, Logunedé brincava e se divertia com sua mãe que sempre lhe explicava para ficar longo das águas profundas dos rios, já que Obá habitava essas águas e seu ódio por Oxum poderia resultar em malefícios para o filho. Como Oxum já imaginava, Logunedé um dia desobedeceu à mãe e Obá aproveitou a oportunidade tentando afogar o filho de Oxum.

Com medo e sem saber o que fazer, pediu ajuda para Olorum que conseguiu salvar a criança. Mas o Orixá julgou que a área entre Oxum e Obá era de grande conflito, por isso, entregou Logunedé para Iansã que o criou junto a Ogum como se fosse filho deles. Logunedé no Catolicismo Esse Orixá é representado no Catolicismo por Santo Expedito, que possui diversas características semelhantes à Logunedé. A associação de ambas as Entidades ocorre principalmente porque em nenhum dos casos sabe-se como eles morreram. Tanto Santo Expedito quanto Logunedé tiveram uma morte misteriosa. Filhos de Logunedé Os filhos desse Orixá possuem uma característica bastante peculiar: a indecisão. Essas pessoas são extremamente indecisas, por isso, dificilmente conseguem se decidir sobre algo, até mesmo sobre a forma de agir ou sentir. Superficialmente, os filhos de Logunedé são carismáticos, sensuais, belos, elegantes e muito seguros. Por causa dessas características, os filhos de Logunedé podem ser pessoas arrogantes e soberbas, mas quando conscientes de seus defeitos, felizmente, se tornam mais agradáveis e com todas as possibilidades de alcançar o sucesso. Logun ede na Umbanda e Candomblé Logunede é cultuado apenas em religiões de origem africana, como a Umbanda e o Candomblé. Nestas religiões, a Entidade é chamada de Orixá, que representa de maneira diferente elementos da natureza, espíritos e energias misteriosas que auxiliam as pessoas na Terra. Assim como os demais Orixás, Logun edé é cultuado de acordo com suas características, tais como cores, cânticos, oferendas, celebrações, entre outras coisas. Veja a seguir um guia completo sobre o culto à Logunede! Culto à Logun ede Logunedé é celebrado no dia 19 de abril e é cultuado principalmente na quinta-feira, já que esse é seu dia da semana. As cores que representam esse Orixá são azul turquesa e amarelo ouro, por isso, as celebrações de Logunedé são realizadas com roupas, adornos e itens decorativos nessas cores. O culto ao Orixá ocorre de diferentes formas, podendo ser através das celebrações, da saudação a Logunedé, das orações e oferendas. Em todos os casos, é realizado a saudação à Logunedé que é a seguinte: Logun ô akofá! Para saudar Logun edé você também pode dizer Loci Loci Logun. Ambas as saudações se aplicam a: Brada, Principe Guerreiro.

Para fazer oferendas e outras formas de cultuar Logun edé, você deve procurar por orientações de especialistas no assunto, pois cada Orixá exige diferentes alimentos. Já a oração pode ser feita livremente, desde que sua intenção seja colocada à frente de cada pedido ou agradecimento ao Orixá.

Ossaim

Curandeiro, milagroso e pai das plantas sagradas, assim é conhecido Ossaim nas religiões de origem africana. Esse importante Orixá possui o dom de curar pessoas através do seu conhecimento sobre plantas milagrosas e sagradas. Ossaim é capaz de extrair curas para todos os males através de qualquer vegetação. Defensor da saúde, esse Orixá auxilia todos aqueles que querem uma vida mais saudável. São inúmeras as características desse Orixá que o destacam entre os demais, mas as principais são suas curas naturais. Quem é Ossaim? Chamado de Ossain, Ossaniyn, Ossanha e Ossaim, ele é um Orixá com grande conhecimento sobre plantas e remédios naturais capazes de curar todos os tipos de doenças. Dessa forma, ele é chamado de Orixá dos milagres justamente por auxiliar pessoas na cura de doenças através da sua sabedoria empírica sobre plantas e poderes curativos. Além de curandeiro, Ossaim é o Orixá defensor e protetor daqueles que buscam por uma vida mais saudável. O Orixá também auxilia àqueles que recorrem a ele pedindo ajuda para ter uma vida saudável.

Outra característica interessante sobre Ossaniyn é que ele é responsável pelo alcance de bens materiais, bem como o sucesso. Essa característica do Orixá é uma consequência do seu dom de feitiçaria. Dentre os demais Orixás, Ossaniyn é o único que conhece os poderes medicinais das plantas. Dessa forma, até os Odús o procura com a intenção de alcançar sucesso e viver com saúde. Sobre a personalidade de Ossaim, ele é um dos Orixás mais reservados e misteriosos que existem. Por isso, não há muitas informações sobre sua vida, nem mesmo informações sobre relacionamento com outros Orixás. Porém, alguns acreditam que ele já se relacionou com Yansã. Mas é unânime que Ossaim tem maior afinidade por Oxóssi. Ambos possuem gostos parecidos e parecem estar na mesma sintonia. História do Orixá A maioria das histórias sobre Ossaim contam sua relação com as plantas. Entre essas histórias, a mais conhecida é como ele descobriu o nome de todas as plantas. A história diz que Ossaim já conhecia algumas plantas e suas propriedades medicinais, pois era estudioso desde muito tempo. Um certo dia, ao passar por Àgbàsaláààrin ayé lòrun (que é uma rocha entre o céu e a Terra), Ossaim chamou a atenção de Orunmila por descer do céu com inúmeras folhas. Ao ver o Orixá carregado de folhas Orunmila perguntou para onde ele ia. No mesmo momento, Ossain respondeu que estava procurando por folhas para fazer remédios, pois havia alguns doentes na Terra precisando de tais propriedades medicinais. A grande dedicação do Orixá foi o que despertou empatia em Orunmila, que por sua vez descia naquele momento com todas as espécies de plantas. Foi então que ele convidou Ossain para a nomeação dessas espécies, pois assim ele teria conhecimento sobre o nome de todas as plantas. Quem é Ossaim no Catolicismo? A Umbanda e outras religiões de origem africana consideram que os Orixás são representantes de outras Divindades religiosas, como os Santos da Igreja Católica. Isso ocorre inclusive com Ossaim, que representa São Benedito no Catolicismo. Esse Santo que ficou conhecido por sua proteção aos escravos e afro descendentes, veio ao mundo em uma família de escravos e viveu dessa forma por 17 anos na Itália. Mesmo depois que se tornou um cozinheiro, São Benedito não perdeu sua humildade e dava um jeito de ajudar aqueles que mais precisavam. Por todas essas características, Ossaim é sincretizado no Catolicismo por São Benedito. Afinal, ambos ajudavam os mais pobres e necessitados com o que eles mais precisavam, ora comida e ora plantas medicinais.

Ossaim na Umbanda Ossain ou Ossaniyn na Umbanda é um Orixá de grande sabedoria, pois é o único que detém as informações sobre os poderes curativos das plantas. Além disso, o Orixá é capaz de realizar feitiços incríveis que possibilitam alcançar bens materiais e obter sucesso. Filhos de Ossaim Os filhos desse poderoso Orixá são muito reservados. Não gostam de julgar ninguém a primeira vista e entendem a necessidade de conhecer bem uma pessoa para compreendê-la melhor. Da mesma forma, filhos desse Orixá têm o costume de não confiar em alguém rapidamente. Curiosos, eles também são muito estudiosos e pesquisadores, por isso, estão sempre por de trás de descobertas e estudos aprofundados. Não são apressados e nem ansiosos, pelo contrário, levam uma vida calma e meticulosa. São melhores trabalhando sozinhos do que em grupo, já que a interação social dos filhos de Ossaim é muito limitada. Mas isso não significa que eles não demonstram amor ou carinho, nada disso. São pessoas amorosas, porém silenciosas e isoladas. Culto ao Orixá Ossaim é celebrado na Umbanda e no Candomblé no dia 5 de outubro. Já o dia da semana que representa esse importante Orixá é a quinta-feira. Assim, Nas celebrações desse Ser de Luz são utilizadas roupas, adornos e itens decorativos nas cores verde e branco. Assim como todos os Orixás, Ossaim também possui sua própria saudação que tem como finalidade agradecer aos Seres de Luz pelas conquistas. No caso desse Orixá, a saudação é feita da seguinte forma: Ewé Ó, que significa “Salve as folhas“. Outra forma de cultuar esse Orixá é através das oferendas. Aliás, antes de entrar em uma floresta é sempre aconselhável deixar uma oferenda para esse Orixá, assim como para Ogum e Oxóssi, são todos protetores dos conhecimentos das florestas. Para as oferendas à Ossaim, são utilizados diferentes materiais que devem ser orientados por pessoas que entendem do assunto, como espiritualistas e praticantes da Umbanda ou Candomblé.

Iroko

Iroko é um dos Orixás mais antigos, ele representa o tempo e rege a Ancestralidade. Ele foi a primeira árvore plantada na terra, por onde desceram todos os Orixás, por este motivo ele é o líder de todos os espíritos das árvores sagradas. Durante as reuniões dos Orixás, onde avaliam a humanidade e o desenvolver da Terra, Iroko está sempre presente, mas apenas observa e anota o que é concluído por eles, pois quem regerá o tempo de todos os acontecimentos será ele. Este Orixá, não costuma “baixar”nas giras, mas extremamente respeitado nos terreiros, este Orixá é quem direciona o início e o fim de todo ciclo. Seu poder e fama abrangem diversas culturas, na Babilônia e Mesopotâmia ele é o Leão Alado Enki, responsável pelos humanos deste o nascimento até o infinito espiritual, na cultura Maia ele é Viracocha e na Inca, Teotihacan, ambos responsáveis pelo início e fim de todas as coisas. Já na Grécia, ele surge como Chronos, o deus do espaço e tempo, e no Egito ele é o deus Anubis, aquele que guia a passagem sem fim do nascimento ao Vale da Morte. Iroko é o protetor da natureza, dos animais e da ancestralidade, aqui no Brasil sua presença encontra-se na árvore Gameleira Branca, ou Figueira Branca, como respeito e sinal de sua energia, é de costume amarrar um ojá – fazer um laço com um tecido branco – em seu tronco. Tanto no Candomblé, como na Umbanda, desrespeitar o nome de Iroko é o mesmo que blasfemar e difamar toda a sua ancestralidade, o seu sangue, as suas raízes e recusar a sua proteção divina. História de Iroko

No início de todos os tempos, os Orixás FunFun decidiram plantar um deles mesmo na Terra, Iroko, o Orixá da Árvore Sagrada. Sendo assim, os Orixás puderem descer com mais facilidade através da Árvore e começaram o trabalho de povoar a terra e dar toda a vida à ela. Um belo dia, dois homens começaram uma terrível discussão próximo a Iroko, a qual envolveu até mesmo os Orixás, todos eles começaram a brigar, estavam presentes Oxalá, Exú, Xangô, Ogum, enfim, todos eles. Os humanos não podiam ver a presença dos seres Divinos, no fervor da discussão, Exú soprou um pó, que ao toque do adarun transformou-se em raio, e este matou um dos homens que brigava e mais uma outra pessoa que assistia. Desta forma, o povo ficou aterrorizado e chegaram a conclusão que aquilo era “coisa feita”, magia negra. Revoltados com a blasfêmia da humanidade, os Orixás começaram a devastar toda a vida na Terra, então, vendo tamanha barbaridade, Oxalá foi aé Olorum, pedir sua intercessão. Vendo toda aquela tristeza acontecendo, Olorum resolveu ajudar e parar com aquela aniquilação de seu povo, em sua misericórdia, ele chamou por Iroko e soprou sobre ele seu Efuru (o poder da vida). No mesmo instante, Iroko criou fortes raízes na Ayê (terra) e começou a crescer e crescer e quase atingiu o Orum (céu). Com o descontrole do crescimento de Iroko, Olorum se viu obrigado a soprar o pó de Pemba, que fez surgir densas nuvens e encobriu a visão de Iroko, impedindo também seu crescimento, pois ninguém poderia olhar diretamente na face de Olorum. Após esse evento, Olorum pediu para chamar Oxalá, que havia envelhecido muitos anos de tanta tristeza em seu peito por ver seus filhos, suas criações, serem destruídas. Por amor e compaixão, ele pegou um galho do Iroko, o entregou a Oxalá e lhe disse: “Meu filho, com este opaxorô sagrado você controlará o destino da humanidade, ande sempre com ele, este poder confere somente a você a decisão de como viverão os homens e mais ninguém poderá destruir a sua criação”. Olorum abençoou Iroko por ter doado uma parte sua pelo bem da humanidade, e o prometeu que ele seria a maior Árvore Sagrada do mundo, e que nunca seria destruído, nem mesmo pelo Ibeji. Foi por causa também deste acontecido que Exú recebeu o título do Senhor das Encruzilhadas. Qualidade de Iroko Iroko Olúwére – representa a energia do Orixá que habita a árvore de Iroko. Dia de Iroko Seu dia da semana é a terça-feira. Cores de Iroko

Suas cores são: branco, cinza e verde. Características das Filhas e Filhos de Iroko Os filhos de Iroko são raros, e são pessoas apaixonadíssimas pela vida e por tudo que possuem, por isso se divertem ao máximo, sempre estão a procura de realizar os seus projetos e sonhos. Eles são muito amigos e não medem esforços para ajudar quando necessário, às vezes aparentam ser muito turrões pois lhe desagrada qualquer assunto que eles caracterizam como perda de tempo. Adoram ir para a cozinha e preparar receitas, possuem também paixão por bebida, enfim, são pessoas que desfrutarão ao máximo de sua existência. Mas, ao mesmo tempo que são excelentes companheiros e amigos, eles também podem ser os piores inimigos. Os filhos de Iroko não suportam a injustiça e perseguirão quem a cometeu até se sentirem vingados, torna-se muito difícil para eles perdoarem. O maior problema destas pessoas é a dificuldade de guardar um segredo. Sincretismo de Iroko Devido a sua ligação com a natureza, tanto com a mata e principalmente com os animais, Iroko tem seu sincretismo com São Francisco de Assis, ambos são considerados os Protetores dos Animais. Outra característica igual e fundamental entre os dois é a de respeitar o próximo e tratá-los como a si mesmo. Saudação a Iroko Irôko Issó! Eró! Irôko Kissilé! – Significado: Salve Grande Iroko! O Senhor de todas as Árvores! Iroko, tem a sua energia contida nas maiores e mais frondosas árvores da Terra, elas presenciam quietas todos os acontecimentos e evoluções da humanidade, absorvendo sabedoria e emanando amor, e é assim que a essência de Iroko está presente em todos os lugares, tempo e espaço.

Ayra

O Orixá Ayrá é uma entidade ímpar, controladora do vento. Ao contrário do que muitos acreditam, ele não é uma qualidade do Orixá Xangô. Como principal diferencial podemos observar o seu temperamento: enquanto Xangô é um Orixá punitivo, Ayrá é benevolente e sua missão é a de aplicar a vontade de paz de Oxalufã. Ele é um dos mais antigos Orixás, que começou a habitar a Terra logo que ela foi criada. Seu caminho está associado a Oxalá, onde os dois são os detentores da paz nos caminhos dos Orixás. Enquanto Oxalá é a paz, Ayrá a estabelece para todos. Os Orixás são energias únicas que estabelecem o equilíbrio natural de todas as coisas, portanto por meio de suas orientações podemos encontrar os melhores caminhos e os mais valiosos conselhos. Se você precisa de algum direcionamento em sua vida, seja qual for o assunto, eles podem te ajudar por meio da comunicação através dos búzios online. Para viver essa experiência e encontrar os mais surpreendentes resultados, fale com um consultor aqui. Sua associação a Xangô acontece pois ambos terem sido incorporados ao Panteão do Fogo, mas o seu verdadeiro culto é totalmente independente. Ayrá é de família do raio, mas também domina os ventos, onde ficou mais conhecido por ter seu símbolo principal como um redemoinho. Seu culto é mais antigo do que o de Xangô, onde foi estabelecido no Candomblé migrando do Savé para Oyó e posteriormente para o Ketu. Ele carrega consigo em uma das mãos uma chave, com a qual ele pode regular o clima e na outra uma lança que simboliza respeito.

De forma geral, não há culto voltado para este Orixá na Umbanda, o tornando assim mais característico do Candomblé. História de Ayrá

O principal mito de Airá está relacionado a Xangô e Oxalá. Quando Oxalá permaneceu preso por engano no território de seu filho Xangô, o caos reinou na Terra por 7 anos e o Orixá Pai ficou cabisbaixo e desanimado. Ao saber do acontecido, Xangô o libertou e realizou grandes festas para encher novamente o peito dele de alegrias. Mas de nada adiantou, pois as dores que Oxalá sentia em seu corpo e peito eram muito profundas para serem curadas com os eventos, e seu maior desejo no momento era retornar a Ifé e encontrar sua esposa Iemanjá. Como Xangô precisava reorganizar o reino após os anos de calamidade, ele não poderia acompanhar o pai debilitado, então solicitou a Ayrá que fizesse isso por ele. Esse retorno foi uma viagem muito cansativa e longa, e Oxalufã estava muito debilitado após o confinamento de 7 anos, então precisava andar vagarosamente. Em alguns momentos Ayrá o carregava em suas costas para ajudá-lo a chegar logo aonde tanto desejava. Assim, neste momento os dois se tornaram grandes companheiros e Ayrá aprendeu como estabelecer a paz que Oxalá tanto sonhava. A relação dos dois passou a ser como de pai e filho. Durante a caminhada, Oxalá tinha a necessidade de descansar durante as noites, pois além do corpo cansado ele sentia muito frio. Para aquecê-lo, Ayrá acendia uma fogueira e para diminuir a tristeza em seu coração, ele contava histórias felizes e engraçadas sobre os habitantes de Oyó. Devido a tamanha dedicação, Oxalá passou a favorecer Ayrá e permitiu que ele o acompanhasse por toda a existência. Algumas lendas contam ainda que Airá falou muito mal de Xangô durante a caminhada, procurando uma forma de causar discórdia entre o pai e o filho, outros mitos afirmam que Xangô não gosta de Airá por ele ter ciúmes da consideração que Oxalá tem por ele. Qualidades de Ayrá Ayrá Adjaosí

: Um guerreiro idoso vestido de branco. Está ligado a Oxalá e Iemanjá.

Ayrá Igbonan: Pai do Fogo que canta e dança sobre as brasas. Está acompanhado de Iansã. Ayrá Intilè: Está todo vestido de branco e carrega Lufon em suas costas. Ayrá Modé: Anda sempre vestido de branco e é o companheiro de Oxaguiã. Oferenda para Ayrá IMPORTANTE: toda oferenda deve ser orientada por alguém responsável do Candomblé ou Umbanda, cada Orixá possui suas peculiaridades que devem ser respeitadas e guiadas por quem os conhecem após anos de prática na religião. As comidas oferecidas a Ayrá não podem ser temperadas com sal, nem com dendê ou pimenta. Usa-se somente como tempero a banha de Ori Africana (esse Orixá tem essa

postura, pois ele está sempre com Oxalá e para poder acompanhá-lo em todo momento, ele evita as coisas que Oxalufã não gosta). Muitos devotos afirmam que este Orixá também aprecia o quiabo como ebó, assim como Xangô. Cores de Ayrá Ayrá veste-se de branco, e não usa coroa, e sim um eketé branco. Dia de Ayrá É de tradição acender uma fogueira para Ayrá aqui no Brasil no dia 29 de junho, para assim comemorar e mostrar respeito pela sua companhia a Oxalá em uma viagem. Durante este evento há uma grande festividade em torno da fogueira com muita dança em honra aos Orixás do fogo. Características das Filhas e Filhos de Ayrá Apesar de não encontrarmos muitos filhos de Ayrá em nosso país, sabemos que suas características são muito marcantes: eles são pessoas muito sábias que conseguem se organizar e se preparar para situações futuras, como se pudessem antever algo que irá acontecer. Com o seu jeitinho carinhoso e bondoso, essas pessoas conseguem agir facilmente de forma discreta em qualquer tipo de caminho que desejar, quando menos se espera, elas estarão já um passo à frente do acontecimento. Elas costumam usar esse dom para a bondade, se tornando assim filhos solidários e bondosos, dispostos a guiar as pessoas por bons caminhos e com boas orientações, todas frutos de sua inteligência única e ampla visão da vida.

Segunda parte Yabas ( mulheres) Oxum

A Orixá Oxum é conhecida como a Deusa do amor, fecundidade, natureza e equilíbrio das emoções. Ela também representa as águas e é chamada de mãe gentil entre os povos novos e antigos. Isso porque é Oxum que intercede em diferentes situações. Comumente, Oxum é chamada de Orixá do amor. Por essa razão, ela é procurada principalmente em situações amorosas, como problemas em relacionamentos e muito mais. Todos os casais que buscam paz, tranquilidade e estabilidade no relacionamento podem recorrer à Oxum, pois sua benção proporcionará o equilíbrio das energias na relação. Quem é Oxum? Oxum é a Orixá do amor, das águas, da natureza, da fecundidade e do equilíbrio das emoções. Ela representa os povos antigos e novos, sendo uma mãe gentil capaz de renovar e interceder por todos em diferentes situações. Conhecida como Deusa do amor ou Orixá do amor, Oxum é procurada principalmente por aqueles que precisam de uma ajuda no relacionamento ou união amorosa. Sendo

assim, quando há conflitos em relações amorosas, término de relacionamento ou impasse no relacionamento, Oxum é a Orixá mais procurada. Ela também é chamada de Osúm, Oxun, Osún e Oxum, que é o nome mais popular no Brasil. Entre suas diversas características estão a sensibilidade, paixão que motiva e dá essência à vida, delicadeza feminina, paz, equilíbrio emocional e tranquilidade. Por todas essas características, a Orixá representa as águas calmas como as lagoas. Essa calma, tranquilidade, naturalidade, paz e equilíbrio presente nas ações da Orixá é o que proporciona leveza e boas energias para os corações apaixonados. Uma curiosidade sobre essa Orixá é que durante as incorporações feitas em terreiros, é comum que ocorra choros entres os filhos da Orixá, pois esses são muito sensíveis como Oxum. História da Orixá Há várias histórias interessantes sobre a Orixá. A história mais lembrada de Oxum é sobre quando ela se tornou regente do Oráculo. Filha de Oxalá, Oxum sempre foi muito curiosa e ficava intrigada com a maneira sábia com que seu pai lidava com a vida. Oxalá sempre consultada Ifá quando tinha questionamentos ou ainda Exú, já que ele tinha o dom de ver através dos búzios. Oxum vendo tudo aquilo também quis aprender a ver o futuro, mas seu pai explicou que Ifá tinha o dom necessário para ler e interpretar os búzios corretamente, assim como Exú. Foi então que a Orixá resolveu pedir para o próprio Exú ensinar a ler os búzios. Claro que o Orixá negou-se. Triste com a recusa, a Orixá foi até a floresta e encontrou as feiticeiras Yámi Oroxangá que estavam disposta a ensinar o dom da interpretação dos búzios para a Orixá. No entanto, as feiticeiras queriam mesmo era pregar uma peça em Exú. No fim das contas, Oxum foi instruída a fazer uma magia junto a uma oferenda para as Yámi. Ao chegar perto de Exú com aos mãos cheias de pó, Oxum pediu para que o Orixá advinhasse o que tinha nas mãos e assoprou o pó em seu rosto. O Orixá ficou temporariamente cego e precisou de ajuda para se guiar. Oxum contou a seu pai o que tinha feito e Ifá ficou admirado pela coragem e destreza da Orixá. Foi então que ele decidiu presenteá-la com a “mão de jogo”, tornando-a regente do Oráculo, assim como Exú. Quando questionada sobre o porquê de tudo aquilo, a Orixá disse ao pai que fez por amor a ele! Quem é Oxum na igreja católica?

A Orixá Oxum é sincretizada na igreja católica pela Nossa Senhora de Aparecida, Santa considerada padroeira do Brasil. Encontrada em um rio no estado de São Paulo, Nossa Senhora de Aparecida possui várias características semelhantes à Orixá, tais como: ternura, meiguice, doçura, beleza e equilíbrio. Então, ambas possuem forte ligação com a água doce, sendo que a Santa foi encontrada em um rio e a Orixá representa águas calmas como os rios, lagos e quedas d´águas. Além disso, tanto a Orixá quanto a Nossa Senhora de Aparecida carregam em si a visão do equilíbrio e do amor universal. Oxum na Umbanda e no Candomblé Nas religiões de origem africana, como a Umbanda e o Candomblé, Oxum é o nome dado à Orixá que representa o amor, equilíbrio das emoções, fecundidade e as águas calmas. Então, além dessas características, há inúmeros aspectos relacionados a rituais, oferendas e ao culto à Orixá. Filhos de Oxum Os filhos de Oxum se importam muito com a opinião das pessoas, por isso, estão sempre em busca de agradar a todos. Essa característica faz dos filhos da Orixá pessoas com grande capacidade diplomática em lidar com divergências políticas, mesmo que vá contra suas opiniões. Obstinação e foco também definem os filhos de Oxum, que não medem esforços para alcançar seus ideais e objetivos. Além disso, essas pessoas são calmas, doces, carinhosas, dedicadas e muito honestas. Já no amor, essas pessoas gostam de estabilidade, equilíbrio e tranquilidade. Não são arrebatadas por paixões e sentimentos desequilibrados. Pelo contrário, são pessoas calmas que preferem relações equilibradas. Mas elas não se deixam ser enganadas. Quando traídas, essas pessoas se afastam e nunca esquecem o que aconteceu. São incapazes de perdoar traições, mesmo que não exista mais mágoas. Culto à Orixá Oxum é celebrada no dia 8 de dezembro, sendo que seu dia da semana é os sábados. Em suas celebrações é comemorado a fecundidade, fertilidade e a prosperidade, por isso, nas cerimônias a Orixá é chamada de “Senhora do Ouro” e “Senhora do Amor“. A cor que representa a Orixá em seu culto é o amarelo, que é atribuído a riqueza em diversos aspectos que Oxum possui. Já a saudação à Orixá é feita da seguinte forma: Ora Yê Yê Ô. O significado de sua saudação é “Olha por nós mãezinha“.

Ewá

Ewá é uma Orixá que apresenta grande sensibilidade ao sexto sentido, também chamada de Yewá, ela é considerada a Orixá da vidência. Por ser filha de Oxalufã e Nanã, ela é irmã de Ossaim, Omulú-Obaluaiê e Oxumaré. Os cinco compõem a família sagrada de Yewá. A história de Ewá Orixá A Orixá Ewá é reconhecida por sua pureza, sensibilidade e dom da vidência. Contudo, essas não são suas únicas características. A sua aparência bastante exótica chama a atenção de todos, pois ela também é símbolo da sensualidade e da beleza. Embora a Orixa Ewa seja lembrada por sua beleza, ela se manteve casta. Por isso, ela também é protetora de todas as coisas consideradas puras e virgens, incluindo humanos, rios e florestas. Mas isso não significa que a Orixá é ingênua, na verdade, ela é bastante astuta, por isso, ninguém deve despertar sua ira. A Orixá é facilmente confundida com Oxumaré, seu irmão. Sendo assim, ela é comumente cultuada com esse outro Ser de Luz, já que ambos simbolizam a energia proporcionada pelo arco-íris. Assim como Oxumaré, ela também possui como símbolo a serpente. A Orixá Yewá é cultuada na Umbanda e no Candomblé, sendo mais comum no Candomblé. A força principal dessa Orixá está presente na Nigéria, sendo que nesse país há até mesmo um rio chamado Yewá. Há muitas histórias sobre Yewá, a mais famosa delas é que a Orixá já enganou a morte diversas vezes, por isso, ela não teme à morte. Essa história com o fato dela ser

regente de nevoeiros e neblina, faz com que algumas pessoas acreditem que a Orixá habita cemitérios, já que esses locais são recobertos por paz e afastam Xangô e Ifá. A Orixá também é vista como uma mulher guerreira que possui grande sabedoria. Tradicionalmente, ela costuma subir apenas na cabeça das mulheres, sendo assim, ela se manifesta apenas em filhos de santos do sexo feminino. Entre os símbolos que destacam essa Orixá estão: o arpão, o Ofá, a lira e a cobra. Yewá e a morte Há uma lenda de Ewá conta que a Orixá estava lavando roupas na beira do rio e notou um homem correndo desesperado. No mesmo momento, ela jogou as roupas de sua gamela gigante (igba) e escondeu o homem dentro. Ikú (a morte) apareceu em seguida e perguntou para Ewá se ela viu um homem correndo, foi então que ela respondeu calmamente que o sujeito havia descido pelo rio. Assim, Ikú foi atrás da pista falsa da Orixá e o homem pôde sair do igba. Quando saiu do esconderijo, o homem disse que se chamava Ifá e desde então se apaixonou por Ewá. Depois desse ocorrido, Ifá teria levado a Orixá para para se casar com ela, mas ela não quis, pois queria se manter pura. Dizem que a Yewá aprendeu o dom da vidência com Ifá. Ewá e Oxumaré Há várias lendas sobre Ewa e Oxumare, sendo que uma delas conta que Oxumaré ajudou a irmã a se livrar do matrimônio. A lenda diz que sua mãe Nanã ansiava que a filha casasse, porém, a Orixá queria se concentrar em proteger a pureza. Foi então que Oxumaré levou Yewá no final do arco-íris, onde juntos viveram por muito tempo. Por causa dessa história, Ewá e Oxumaré são considerados a energia do arco-íris. A Orixá também passou a ser chamada de Ewá Fagemy, que é o mesmo que “Senhora do arco-íris“. Ewá na Umbanda Como já mencionado, a Orixá é cultuada na Umbanda, mas é tradicional do Candomblé. Ewá sincretiza Santa Luzia, que é cultuada no catolicismo. Isso porque o dom da Orixá é justamente a vidência, enquanto Santa Luzia era a padroeira das pessoas com problemas de visão. Ambas também escolheram não seguir matrimônio e são capazes de enxergar os diferentes caminhos para a alma. Ewá Orixá Candomblé Na realidade, Ewá é mais tradicional no Candomblé do que na Umbanda. Na Nigéria, existe um rio com o seu nome onde vem sua força. Orixá Ewá qualidades

As qualidades da Orixá são descritas da seguinte forma: Ewá Fagemy – Senhora dos arco-íris (ligada a Oxalá e Oxun). Qualidade Ewá Bamio – Dona das pedras preciosas (ligada a Ossayn). Ewá Salamim – Senhora das matas e guerreira (ligada a Odé e Yemanjá). Ewá Gebeuyin – Torna-se uma serpente azulada nas tempestades (ligada a Oya, Omulu e Oxum). Qualidade Ewá Awo – Senhora dos jogos de Búzios (ligada a Ossayn, Oya e Oxossi). Ewá Gyran – Senhora dos raios solares (ligada a Oxum, Omulu e Oxossi). Características do culto a Yewá O culto a Ewá é realizado no dia 13 de dezembro. A simbologia desse culto é marcada pela presenta da cor rosa, coral e vermelho, por elementos como lagoas, céu rosado, astros, florestas, rios e estrelas e por símbolos como cobra, arpão e ofá. Celebrado na terça-feira, o culto a esse Espírito de Luz enaltece aspectos da criatividade, beleza e vidência. Para realização do culto é preciso saudar Yewá com sua Saudação: Ri Ro Ewá.

Oyá

Conhecida por seu poder na natureza, Iansã, Oyá ou ainda Yansã, é a Orixá que representa os fenômenos climáticos.

Com a força dos ventos, Oyá sempre está presente quando água e ventania se precipitam no céu. Ela também é sinônimo de garra, força feminina e independência. Iansã é o símbolo da mulher guerreira, com características que a destacam para batalhas. Por isso, é comum ouvir histórias de batalhas sobre essa Orixá, já que ela acompanha os mais fortes nas guerras. Ou seja, ela não nasceu para ser “do lar“. Essa Orixá quebra todos os padrões de mulher frágil e mostra o quanto as mulheres podem ser independentes e guerreiras Quem é Iansã? Iansã significa “mãe do entardecer” e é o nome dado por Xangô à Orixá que representa os fenômenos climáticos. Ela tem a força dos ventos, a garra de grandes guerreiros e é o símbolo da independência feminina. Oyá não nasceu para cuidar da casa, por isso, ela sempre esteve presente nas grandes batalhas ao lado de outros guerreiros. Por todas essas características, a Orixá representa a força feminina e a garra das mulheres. Não é à toa que Iansã é representada pela figura de uma grande guerreira. Ela é o estereótipo ideal de uma mulher que muda e se arrisca sem medo, além de enfrentar seus problemas e que, de fato, não tem receio de lutar em suas batalhas diárias. Oyá está sempre pronta para ajudar aqueles que a recorrem com bom coração. Quem recorre a essa Orixá recebe em troca muita coragem e garra para lidar com os obstáculos da vida e alcançar diversos objetivos. Também é importante lembrar que Iansã apaixona-se frequentemente. Sempre que se vê perdida em um novo amor, ela se entrega completamente, sendo uma companheira fiel em todos seus relacionamentos. Ela inclusive foi apaixonada por Xangô, o Orixá que é considerado a verdadeira paixão de Oyá. História da Orixá Iansã possui várias histórias curiosas e interessantes, mas a que mais se destaca é quando ela conheceu Xangô. Veja a seguir um resumo dessa história tão incrível! Iansã e Xangô A história diz que a Orixá ajudava Ogum a forjar metais e outros objetos utilizados como ferramentas de trabalho. Algumas vezes, a Orixá também forjava armas para guerrear junto a Ogum, e assim viviam os dois apaixonados pela manipulação de armas e combate. Juntos, Oyá e Ogum tinham até mesmo adotado Logunedé, que era um filho perdido de Oxum.

Até que um dia Xangô apareceu para visitar Ogum, que é seu irmão. No momento em que encomendava novas armas, Iansã avistou Xangô e foi amor à primeira vista. Ela abandonou Ogum e Logunedé e passou a ser uma das esposas de Xangô. Depois desse ocorrido, a Orixá também passou a coordenar lutas ao lado de Xangô. Ela se tornou a responsável por limpar o mundo utilizando sua força do vento. Outro marco peculiar sobre essa união é que Oyá se tornou encarregada pelo vento que anuncia a chegada de Xangô, junto aos trovões e raios. Lembra que Iansã se apaixonava frequentemente? Pois é, Xangô não foi seu único amor. Ela também viveu com Exu, Oxaguian, Obaluayê, Oxóssi. Iansã no Catolicismo – Santa Bárbara A Orixá é representada no Catolicismo por Santa Bárbara. No Catolicismo, Santa Bárbara é conhecida pelo enorme ciúmes que seu pai Dióscoro tinha. Com a intenção de resguardar a filha de todos os pretendentes que apareciam, Dióscoro trancou Santa Bárbara em uma torre. Na torre em que ela estava trancada, havia duas janelas. Foi então que Santa Bárbara pediu para construírem uma terceira janela e assim representar a Santíssima Trindade. Durante a cerimônia de batismo de Santa Bárbara, ela conseguiu fugir de seu pai, mas foi capturada posteriormente por um pastor que a levou ao tribunal sem nenhuma vestimenta. Foi quando o milagre aconteceu: sob a pele nua apareceu milagrosamente um manto suntuoso. Mesmo após o milagre, o pai de Santa Bárbara a matou e teve como castigo uma morte imediata causada por um raio logo após o assassinato de sua filha. A morte do pai através do raio é o que sincretiza Santa Bárbara em Iansã, já que a Orixá é o símbolo dos fenômenos climáticos. Iansã na Umbanda e Candomblé A Orixá é cultuada na Umbanda e no Candomblé e possui várias características em relação a seu culto. Veja a seguir algumas informações interessantes sobre ela dentro dessas duas religiões! Filhos de Iansã Aqueles que são considerados filhos desta Orixá apresentam personalidade guerreira, comportamento livre, gostam de viajar e amam a natureza. Além disso, são extrovertidos, adoram se divertir e estar em contato com outras pessoas. Mas, também podem ser autoritários, audaciosos e muito poderosos em algumas circunstâncias. Dessa forma, geralmente, não sabem lidar com afrontas, com rivais e podem apresentar comportamento vingativo quando contrariados ou em situações de ciúmes.

Culto à Orixá Iansã é celebrada no dia 4 de dezembro, sendo que seu dia da semana é quarta-feira. Em suas celebrações, é utilizado elementos nas cores vermelho e amarelo. Há ainda as oferendas à Orixá, que podem ser feitas em suas comidas preferidas: acarajé e abará. A saudação mais conhecida da Orixá é Eparrey Iansã, que é o mesmo que “olá” com grande admiração. A expressão também pode aparecer em alguns casos como “Eparrêi”.

Yemanjá

Conhecida por muitos como a Rainha do Mar, Iemanjá é uma Orixá cultuada em religiões com ligação africana, como a Umbanda e o Candomblé. Nestas religiões, a Orixá representa uma Entidade de Luz que é considerada a mãe de muitos Orixás. Por isso, sua representação é fortemente associada à fecundidade. Também chamada de Orixá da Geração, Iemanjá é responsável pelos mistérios da geração, o que significa que ela é símbolo da reprodução e fertilidade. Essa e outras características fazem dessa Orixá, uma das mais procuradas por praticantes de religiões com descendência africana. Quem é Iemanjá? Rainha do Mar e Orixá da Geração são as denominações mais comuns para Iemanjá. Além disso, seu nome é escrito de duas formas diferentes: Yemanjá e Iemanjá. Há ainda outras denominações dadas no Brasil para se referir a essa Orixá, sendo algumas delas: Janaína, Ísis, Inaé, Princesa de Aiocá, Mucanã, Maria, Princesa do Mar e Sereia do Mar.

Iemanjá também é fortemente confundida com outra Orixá chamada Oxum. Por isso, você poderá encontrar por aí ambos os termos para se referir à Iemanjá, mas saiba que não está correto. Oxum é, na verdade, uma Orixá que representa a água doce, enquanto Yemanjá simboliza o mar. Aliás, Oxum é um dos muitos filhos da Orixá Iemanjá. Em diversas religiões africanas ou com descendência africana, Yemanjá é cultuada como a Orixá da Geração. Ela detém os mistérios da geração, por isso, é considerada o símbolo da fecundidade. Na família dos Orixás, Iemanjá é mãe da maioria deles. Seu nome significa “mãe dos filhos-peixe“ que também está relacionado a fertilidade. História da Orixá A história mais contada sobre Iemanjá denota como ela se tornou a Rainha do Mar. Filha de Olokum, que é um Orixá soberano dos mares, Iemanjá roubou quando criança uma poção do pai que permite fugir de qualquer perigo. Muito tempo depois, a Orixá se casou com o Orixá Oduduá e teve no total dez filhos. Por ter tido tantos filhos, seus seios ficaram enormes e fartos devido ao número de vezes que os amamentou. Essa característica a deixava envergonhada, o que fez com que Yemanjá partisse deixando seu marido para conseguir sua própria felicidade. Foi quando conheceu Okerê e se apaixonou. Infelizmente, a história de amor desse casal durou pouco. Após beber demais, Okerê ofendeu Iemanjá insultando seus seios, o que a deixou decepcionada e a fez fugir novamente. Perseguida por Okerê, a Orixá teve que beber a poção roubada de seu pai para fugir do perigo. Foi quando, Iemanjá, se transformou em um rio que ia ao encontro do mar. Mas para que a Orixá não fugisse Okerê se transformou em uma montanha para prendê-la. Então Xangô, que é filho de Yemanjá, abriu passagem entre os vales de Okerê para que a mãe pudesse fugir. A partir desse acontecimento, a Orixá foi chamada de Rainha do Mar. Sincretismo de Yemanjá Todos os Orixás cultuados nas religiões afro-brasileiras são representados por Santos na igreja católica. Essa associação é chamada de sincretismo e existe há muito tempo, desde que os negros eram escravizados no Brasil. Dessa forma, a representação mais comum de Iemanjá entre os santos é a de Nossa Senhora dos Navegantes. Considerando que a Orixá representa as águas, principalmente o mar, sua associação com a Nossa Senhora dos Navegantes é muito forte. No entanto, algumas pessoas sincretizam essa Orixá com Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e até mesmo a Virgem Maria. Iemanjá na Umbanda

Na Umbanda, Candomblé e em outras religiões de origem africana, Yemanjá é uma Orixá de grande importância, considerando que ela representa aspectos relevantes para a vida humana como a fertilidade. Mãe de quase todos os outros Orixás, ela é cultuada por essas religiões e por pessoas que simpatizam com a Orixá. Filhos de Iemanjá Iemanjá é a Orixá com maior número de filhos e é vista como uma mãe jovem, já que iniciou na maternidade bem cedo. Os filhos de Iemanjá adoram luxo e até exageram em algumas situações por causa desse gosto peculiar. Porém, levam uma vida bastante equilibrada, já que gostam de planejar muito bem o futuro. Em vários aspectos de suas vidas, os filhos dessa Orixá possuem domínio emocional e equilíbrio espiritual. Sábios e sinceros por natureza, os filhos de Yemanjá também têm como característica a proteção de outras pessoas e a caridade. Todos eles carregam em si um grande instinto materno, que é a marca registrada da Orixá do mistério da geração. Culto à Orixá A celebração de Iemanjá acontece no dia 2 de fevereiro no Brasil, sendo um grande marco com oferendas, rituais e homenagens à Orixá. Nesta ocasião, os praticantes de religiões afro-brasileiras se vestem de branco e fazem oferendas para a Orixá com muitas flores no mar. Isso acontece principalmente na Bahia e no Rio de Janeiro. Já em São Paulo, as comemorações ocorrem no dia 8 de dezembro, sendo que essa data também marca o festejo de Nossa Senhora da Conceição. Em todos os casos, o dia da semana que representa Yemanjá é o sábado. Em relação às cores, as celebrações são decoradas em tons de azul claro, branco e prata, assim como adornos, vestimentas e outros itens que recebem essas cores. As três cores simbolizam os mistérios do mar, assim como os aspectos da vaidade de Yemanjá. Saudação a Iemanjá Há duas saudações muito comuns para Iemanjá, sendo elas: Odaciaba e Odoyá. A primeira significa Rainha das Águas Sagradas e faz uma invocação da força poderosa das águas. Já a segunda saudação é o mesmo que “sou filho de Iemanjá”.

Nanã

Mãe, avó ou Nanã é a figura de uma Orixá que é considerada a memória do povo. As histórias sobre essa Orixá dizem que ela vivenciou a concepção do Universo, assim como a criação da humanidade e de todas as coisas que existem. Por isso, Nanã é o símbolo da memória de tudo que já foi criado. Ela também é chamada de Rainha da Lama, pois teve origem como todos os seres humanos. Por toda a sua vivência e experiência de vida, Nanã é uma das mais respeitadas Orixás, sendo assim, também muito temida. Isso porque ela também é encarregada de cuidar do portal que separa a vida e a morte. Quem é Nanã na Umbanda? Nana é uma Orixá muito poderosa, respeitada e temida. Ela é responsável por cuidar do portal que separa a vida e a morte, por isso, ela é chamada por alguns de Orixá da morte. Nanã é um dos Orixás mais velhos que existem, pois, ela vivenciou toda a criação do Universo, inclusive dos seres humanos. Toda essa experiência faz dessa Orixá, também chamada de mãe ou avó, um Ser de grande respeito e conhecimento. Mas entre suas principais funções está a limpeza da mente dos espíritos que desencarnaram. Após morrer, os espíritos recebem o Trabalho Espiritual de Nanã para que se livrem de todo sofrimento que passaram em sua vida. Dessa forma, o espírito pode reencarnar novamente sem que os traços de outras vidas sejam percebidos. A Umbanda acredita, ainda, que quando perdemos a memória ao envelhecermos é por causa desse trabalho exercido pela Orixá. A Orixá esteve presente quando a água foi separada da terra e se transformou no barro que deu origem a vida. Foi ela quem viu Oxalá soprar a vida em cada um dos

seres humanos criados. Ao ver tudo isso, a Orixá pediu para que todos retornem ao barro após a morte. Nanã teve vários filhos, sendo eles: Iroko, Osanyin, Obaluaiê, Oxumaré, Omolu e Ewá. Como ela é a Orixá mais antiga, os demais Orixás a consideram como mãe. Em relação ao nome da Orixá, é comum encontrar variações como Nanã Buruku, Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Nanamburucum, Anamburucu e Nanã Buru. Histórias de Nanã Por ser uma Orixá tão antiga, ela possui diversas histórias curiosas. No entanto, há duas que se destacam bastante e são elas que contaremos a seguir! O feitiço de Oxalá Rainha poderosa e com domínio da morte, Nanã era bastante invejada por sua sabedoria. Oxalá era um dos que queria obter esse conhecimento, por isso, casou-se com a Orixá. Como não havia amor nesta relação, Oxalá lançou um feitiço para que a Orixá engravidasse. A gravidez aconteceu, porém, Omulu, filho desse feitiço, nasceu com problemas de pele. Como Nanã era muito vaidosa, acabou abandonando seu filho até que Iemanjá o encontrou e se tornou mãe de Omolu. Quando Oxalá descobriu o abandono de Omolu, ele resolveu castigar a Orixá. Por isso, a condenou a ter outros filhos com anomalias. Com isso, a Orixá teve que deixar o território divino. Oxalá e o culto dos Eguns A história diz que Nanã invocava Eguns para punir e assustar criminosos. Dessa forma, sabendo desse incrível poder, Oxalá resolveu enfeitiçar a Orixá com uma poção do amor. Após casar-se com ela, Oxalá descobriu vários segredos da Orixá, incluindo como entrar no misterioso Jardim dos Mortos. Ao assistir o ritual feito pela Orixá, Oxalá se vestiu de Nanã e ordenou que todos os Eguns tinham que obedecer a Oxalá. Desde então, é Oxalá quem lidera os Eguns e é por isso que o Culto dos Egungun é feito atualmente por homens. Sincretismo da Orixá Símbolo da criação da natureza feminina, Nanã sincretiza a Santa Ana no Catolicismo. Ambas são celebradas no dia 26 de julho e trazem consigo essa memória da criação do mundo. Para quem não sabe, Santa Ana ou Sant’Ana foi a avó de Jesus Cristo. Filhos de Nanã Os filhos dessa Orixá se destacam por serem calmos e gentis. Aliás, toda essa calma pode até mesmo irritar algumas pessoas que não compreendem essa capacidade de

ser paciente. Geralmente, essas pessoas possuem facilidade em lidar com crianças, tratando elas como uma avó cuida de seus netos. Essas pessoas vivem a vida com bastante paciência, sem se preocupar com o tempo. As filhas e filhos dessa Orixá apresentam um grande apego com o passado, por isso, eles não tendem a planejar o próprio futuro. Outra característica interessante sobre essas pessoas, é que elas aparentam ter grande experiência de vida. Culto à Nanã As celebrações dessa Orixá ocorrem no dia 26 de julho, sendo que o dia da semana que representa Nanã é a terça-feira. Em suas celebrações, todos usam as cores branco, lilás e anil como uma representação da Orixá, além disso, é claro, de todos os adornos e vestimentas características da mãe dos Orixás. Para celebrar essa Orixá, pode se realizar a Oração de Nanã, oferendas, saudações e muito mais. A saudação dessa Orixá é feita da seguinte forma: Saluba Nanã. Já as oferendas a essa Orixá possuem uma grande peculiaridade. Segundo a história, diz que a Orixá discordou com a decisão tomada pela maioria dos outros Orixás sobre Ogum ser o principal dos Orixás, já que o mesmo manipulava o ferro e ensinou a humanidade a evoluir de tal forma. No entanto, para provar que essa ideia era banal a Orixá torceu o pescoço dos animais que seriam usados para as oferendas a Ogum. Dessa forma, iniciou-se o conceito de que as oferendas a essa Orixá não podem ser cortadas com metal. As comidas preferidas dessa Orixá são: Sarapatel e Pirão com batata roxa.

Obá

Conhecida como a Orixá guerreira, Obá possui uma grande força. É também chamada de Rainha do Rio Níger, que o principal rio que passa pela África Ocidental, sendo o terceiro mais longo em todo continente africano. Dona de uma grande força, essa Orixá é representada sempre com o escudo e espada na mão, expressando sua capacidade de defender tudo aquilo que acredita a qualquer momento. Dessa forma, quando é chamada, a Orixá sempre aparece para ajudar. Qualquer pessoa pode orar para ela, mas quem mais recorre à Orixá são as mulheres que precisam de força e proteção. Isso porque a Orixá também é considerada a mãe que acolhe e compreende as dores do coração. Quem é Obá? Filha dos Orixás Oxalá e Iemanjá, Obá é uma Entidade de Luz com grande poder sobre as águas doces revoltas. Guerreira, forte e protetora, a Orixá está sempre em busca do equilíbrio e na luta para defender o que é justo. Por isso, ela é também o símbolo da luta pela justiça, já que ela procura pelo equilíbrio e defende os injustiçados. Além dessas características, a Orixá é conhecida por ser a rainha do Rio Níger e por sua força espiritual capaz de defender e lutar por aqueles que a ela recorrem. O parentesco de Obá diz muito sobre a Orixá, não é à toa que ela está sempre presente nas águas doces revoltas como pororocas, quedas d’água e outros tipos de quebras fortes de água doce. Dessa forma, sempre que passar por locais deste tipo saiba que a Orixá está ali. Outra característica interessante da Orixá é que ela controla enchentes e o barro, assim como Nanã. A força física e as batalhas vividas por Obá fizeram da Orixá a representação do poder feminino. Sendo assim, ela é considerada o poder feminino em todos os tipos de lutas, oferecendo ajuda, orientações e caminhos para mulheres que precisam de força. Histórias da Orixá As duas principais histórias da Orixá são: A derrota da Orixá Obá já levou a melhor em diversas batalhas com outros Orixás, derrotando Exu, Oxalá, Iansã, Oxumaré, Oxossi, Orunmilá e Omolú. No entanto, perdeu para Ogum, que foi muito mais esperto que Obá durante o combate. Ogum consultou Ifá pouco antes da luta e recebeu orientação para preparar uma pasta com milho e quiabo. Ifá disse a Ogum que ele deveria colocar esse conteúdo em um canto da arena e isso faria com que ele se tornasse vitorioso.

Seguindo o que Ifá orientou, a luta começou e Ogum teve a oportunidade de trazer Obá para a massa feita com quiabo e milho. Dessa forma, não é difícil imaginar o que aconteceu, a Orixá caiu e foi derrotada. Então, naquele momento, a Orixá se viu apaixonada por Ogum e acabou se casando com ele. Paixão por Xangô Casada com Ogum, Obá ainda não tinha descoberto seu amor verdadeiro. Foi quando encontrou Xangô que sentiu um amor descontrolado e não teve dúvidas de que seria a primeira esposa de Xangô. Ao lado do Orixá da justiça, Obá se tornou ciumenta e muito possessiva. Casado com três esposas, Obá tinha muito ciúmes de Xangô, principalmente do seu relacionamento com Oxum. Foi quando ela perguntou para a Orixá porque Xangô gostava tanto dela, se era Obá que lutava e corria riscos ao lado de Xangô. Oxum aproveitou a situação para dizer que fazia um feitiço para prender o marido. O feitiço, segundo Oxum, necessitava de uma oferenda vista como prova de amor. Então, ela disse para Obá que ela deveria cortar a própria orelha para prender Xangô. Esperançosa, Obá não pensou duas vezes e cortou a própria orelha. Ela serviu a orelha junto ao Amalá para Xangô, que ficou extremamente furioso ao notar o que tinha acontecido. Claro que o feitiço era apenas uma invenção de Oxum, e Obá foi inocente em não perceber que a Orixá tinha as duas orelhas intactas. Quem é obá na igreja católica? Obá é sincretizada na igreja católica pela Santa Joana D’Arc, considerada também uma grande guerreira. Dessa forma, a força com que ambas as mulheres lutam, defendem e ganham suas batalhas é o que as tornam muito parecidas. Obá na Umbanda e Candomblé Na Umbanda e no Candomblé Obá representa uma Orixá com características muito distintas. Ela é retratada como uma mulher cheia de vida, energia e força. Entre os Orixás, Obá é bastante temida e quase sempre domina a roda. Isso porque ela é capaz de derrotar qualquer um, desde que a luta seja honesta. As principais características de Obá são sua garra e fibra, aspectos desejados por muitas mulheres. Dessa maneira, a Orixá não tem medo algum de arriscar, seguir em frente e mostrar o quanto é poderosa. Diferente de outras Orixás, Obá não possui grande beleza física, já que suas habilidades em batalha a deixam menos feminina. No entanto, sua beleza real está na forma como combate as injustiças e age como uma verdadeira guerreira.

Ela foge completamente do estereótipo de esposa que fica em casa, nem mesmo gosta de dengos ou mimos. Então, para ela, o melhor da vida está nas batalhas e disputas, onde sempre lutou ao lado de Xangô ajudando-o a alcançar diversas vitórias. Culto à Orixá As celebrações à Obá ocorrem no dia 30 de maio, que é a data dedicada ao culto e comemoração da Orixá. Além disso, a Entidade de Luz é celebrada na quarta-feira, sendo esse seu dia da semana. Assim, para as celebrações, os devotos usam roupas com cores branco e vermelho, além de adornos e vários elementos que enfeitam as festividades de Obá. Já no caso dos que procuram por essa Orixá, é possível recorrer a ela através de diversos artifícios, como por exemplo, em suas celebrações, em Consultas Espirituais, saudando-a e em orações. Assim, a saudação feita a essa Orixá é a seguinte: “Obá Siré!“, que quer dizer “Rainha Poderosa!“.
Magia Pagã aula 10 Dinvidades Afro

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