Instalador e Reparador de Redes de Computadores

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INSTALADOR E REPARADOR DE REDES DE COMPUTADORES

CURSO DE INSTALADOR E REPARADOR DE REDES DE COMPUTADORES

CARGA HORÁRIA 200 horas

ELABORAÇÃO Pedro Vuvu Álvaro

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR Biase Lauria Seabra Carolina Gomes Costa Damile de Jesus Ferreira Edgard Freitas de Siqueira Júnior Fernando José Miranda Astolfo Gisele Ribeiro de Oliveira Giovanni Luiz Correia Pipolo Gleison Richelle França da Silva Reis Holmes Rocha dos Santos Filho Ian Baraúna Mendes Jade Silva dos Santos Karina Barros Ribeiro Lucas Henrique Nunes Pugliese Marcos Renê Bezerra de Almeida Nilza Aparecida Tuler Sobral Pedro Vuvu Álvaro Ricardo Uriel Pedrosa Vilomar Simões Ramos Sobrinho Verônica Macedo Roseira de Sena Bitar

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA Superintendência da Educação Profissional e Tecnológica – SUPROT 5ª avenida, nº 550 – CAB - CEP 41745-004 –Salvador - BA

Governador do Estado da Bahia RUI COSTA DOS SANTOS

Vice-Governador do Estado da Bahia JOÃO FELIPE DE SOUZA LEÃO

Secretário de Estado da Educação JERÔNIMO RODRIGUES SOUZA

Subsecretário de Estado da Educação DANILO DE MELO SOUZA

Superintendente da Educação Profissional e Tecnológica EZEQUIEL WESTPHAL

2019

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................................. 7 1.

2.

3.

4.

ESTRUTURA DE REDES DE COMPUTADORES ...................................... 8 1.1.

DEFINIÇÃO ........................................................................................... 8

1.2.

HISTÓRIA DAS REDES DE COMPUTADORES ................................ 10

1.3.

TIPOS DE REDES .............................................................................. 11

1.4.

MODELO OSI E PROTOCOLO TCP/IP .............................................. 13

1.5.

ENDEREÇO IP .................................................................................... 16

TOPOLOGIAS DE REDE E COMUNICAÇÃO DE DADOS ...................... 18 2.1.

TOPOLOGIAS DE REDE .................................................................... 18

2.2.

COMUNICAÇÃO DE DADOS ............................................................. 21

COMPONENTES FÍSICOS DE REDE....................................................... 23 3.1.

MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO DE DADOS ............................. 26

3.2.

FERRAMENTAS PARA INSTALAÇÃO DE REDES ............................ 30

PROJETO E MONTAGEM DE UMA REDE .............................................. 33 4.1.

PREPARAÇÃO DE CABO UDP .......................................................... 34

4.2.

CONFIGURAR UMA REDE LOCAL .................................................... 41

4.3.

TESTANDO UMA REDE LOCAL ........................................................ 47

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 49

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema de uma rede de computadores .......................................... 8 Figura 2 - Rede Pessoal de Computadores ..................................................... 11 Figura 3 - Tipos de redes de computadores ..................................................... 12 Figura 4 - Camadas do Modelo OSI ................................................................. 13 Figura 5 - Camadas correspondentes entre o Modelo OSI e TCP/IP ............... 15 Figura 6 - Topologia em barramento ................................................................ 18 Figura 7 - Topologia Ponto a Ponto .................................................................. 18 Figura 8 - Topologia Ponto-a-Multiponto .......................................................... 19 Figura 9 - Topologia em Anel ........................................................................... 19 Figura 10 - Topologia Estrela ........................................................................... 20 Figura 11 - Topologia em Malha ....................................................................... 20 Figura 12 – Comunicação Unicast ................................................................... 21 Figura 13 – Comunicação Multicast ................................................................. 21 Figura 14 – Comunicação Broadcast ............................................................... 22 Figura 15 - Placa de rede ................................................................................. 23 Figura 16 - Hub ................................................................................................ 23 Figura 17 - Switch D-link .................................................................................. 24 Figura 18 - Roteador ........................................................................................ 24 Figura 19 - Placa de Rede Wireless ................................................................. 25 Figura 20 - Acess Point Linksys ....................................................................... 25 Figura 21 - Roteador Wireless.......................................................................... 26 Figura 22 - Cabo UTP ...................................................................................... 27 Figura 23 - Cabo UTP com conector Rj-45 ...................................................... 28 Figura 24 - Cabo coaxial .................................................................................. 28 Figura 25 - Conectores para cabos coaxiais .................................................... 29 Figura 26 - Cabo de fibra óptica ....................................................................... 29 Figura 27 - Conectores para cabos de fibra óptica........................................... 30 Figura 28 - Alicate de pico e corte .................................................................... 31 Figura 29 - Alicate de crimpagem ..................................................................... 31 Figura 30 - Alicate de impacto .......................................................................... 31 Figura 31 - Alicate Desencapador .................................................................... 32 Figura 32 - Testador de cabo ........................................................................... 32 Figura 33 - Organizador de Cabo ..................................................................... 32 Figura 34 - Materiais utilizados na preparação de um cabo de Par Trançado . 35 Figura 35 - Corte de Cabos .............................................................................. 35 Figura 36 - Cabo desencapado ........................................................................ 36 Figura 37 - Fios aplanados ............................................................................... 36 Figura 38 - Padrões para cabos de Par Trançado ........................................... 37 Figura 39 - Alinhamento dos fios do cabo ........................................................ 37 Figura 40 - Fios alinhados ................................................................................ 38 Figura 41 - Fios fixados no conector RJ-45 ...................................................... 39

Figura 42 - Crimpando o cabo .......................................................................... 40 Figura 43 - Teste de Cabo................................................................................ 40 Figura 44 - Esquema de instalação de uma rede local.................................... 42 Figura 45 - Acesso ao painel de controle do Windows ..................................... 42 Figura 46 - Acesso a central de redes e compartilhamento ............................. 43 Figura 47 - Alterar configuração do adaptador ................................................. 43 Figura 49 - Seleção do protocolo TCP/IP ......................................................... 44 Figura 48 - Propriedades do adaptador de rede ............................................... 44 Figura 50- Seleção do modo de definição do endereço IP ............................... 45 Figura 51 - Configurar endereço IP e máscara de sub-rede ............................ 46 Figura 52 - Acesso ao prompt de comando...................................................... 47 Figura 53 - Prompt de comando ....................................................................... 48

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Nesta disciplina, você estudará os principais conceitos de redes de computadores. Terá uma ideia de como funciona uma rede de computadores. Além do mais, conhecerás os principais componentes de uma rede, os tipos de redes, as ferramentas indispensáveis para a instalação de uma rede e muito mais. O conteúdo desta disciplina foi dividido em quatro capítulos visando facilitar a compreensão dos assuntos que serão abordados ao longo do curso.

No primeiro capítulo, você aprenderá alguns conceitos básicos para melhor entendimento do funcionamento da rede de computadores, além disso, conhecerás um pouco da história da evolução das redes, os tipos de redes existentes, a forma como é feita o endereçamento e os padrões definidos para facilitar a comunicação de computadores dentro da rede.

No segundo capítulo, você conhecerá a forma como os computadores são interligados na rede, isto é, seguindo uma topologia de rede. Na sequência, terás contato com o modo de comunicação dentro da rede.

Os dois últimos capítulos são mais práticos, visto que conhecerás os principais componentes físicos da rede, os meios físicos de transmissão de dados, as ferramentas indispensáveis na instalação de uma rede. Na sequência, conhecerás as etapas básicas de elaboração de um projeto de rede. Além disso, aprenderás a preparar um cabo de rede, a configurar uma rede local e, por último, conhecerás alguns comandos de teste da rede.

1.

ESTRUTURA DE REDES DE COMPUTADORES

1.1.

DEFINIÇÃO

Uma rede de computadores é formada por componentes físicos (hardware) e lógicos (software) que permitem que dois ou mais computadores compartilhem informações e recursos entre si. Entre os componentes de hardware estão os computadores e seus periféricos, placas de interface, switches, roteadores, hub, cabos e demais dispositivos. Por outro lado, os componentes de software são constituídos por sistemas operacionais, protocolos de comunicação, aplicativos e utilitários de rede, drivers de placas de rede entre outros.

Todos esses componentes serão apresentados com mais detalhes nos próximos capítulos deste manual.

Figura 1 - Esquema de uma rede de computadores

Fonte: Google Imagens

8

No passado, era comum encontrar vários computadores em escritórios, escolas e lan houses, com apenas uma impressora conectada a um deles. No entanto, essa situação causava um atraso e problemas operacionais, uma vez que, para imprimir um documento, era necessário gravá-lo em um disquete ou CD e levá-lo para o computador com a impressora ou então desconectar o cabo da impressora de um PC e conectá-lo a outro.

Para contornar esse problema, foi desenvolvido um equipamento de compartilhamento

de

impressoras,

que

possibilitava

conectar

até

8

computadores e duas impressoras. Por meio deste equipamento era estabelecida, automaticamente, uma conexão entre o computador que quer imprimir e uma impressora, essa conexão se matinha até o fim da impressão. No entanto, ainda havia a necessidade de compartilhar outros recursos, por exemplo, scanner, leitor de CD-ROM, fax-modem e outros.

A solução para essas necessidades de compartilhamento de impressoras, scanners e os demais recursos denomina-se rede. Para isso, se fez necessário implantar uma interface de rede. Além disso, a rede permitiu a criação de um mundo virtual, onde as pessoas se comunicam, trocam informações e trabalham de forma cooperativa, independentemente da localização.

9

1.2.

HISTÓRIA DAS REDES DE COMPUTADORES

Antes de adentrar para o mundo das redes de computadores, que tal viajarmos e conhecermos um pouco da história da rede. Década de 1960 A história das redes de computadores começa na década de 60, onde a rede de telefonia dominava o mundo da comunicação; nela, a voz era transmitida através da comutação de circuitos a uma taxa constante entre a origem e o destino.

Nessa época, era quase inimaginável ter um PC em casa, pois os computadores que existiam eram grandes, caros e geravam muito calor, visto que eram constituídos por válvulas. Tais computadores eram conhecidos por mainframes.

Em 1969, surgiu a ARPANET, a precursora da internet, uma rede que tinha apenas quatro (4) computadores localizados em pólos universitários da costa leste americana.

Décadas de 1970 e 1980 Já em 1972, a rede ARPANET era composta por 30 computadores interligados entre si e abrangia diversas outras localidades ao redor dos EUA, como instalações militares e empresas; todos compartilhando recursos e trocando dados entre si. Nessa época, cada nó da rede era interligado, no mínimo, a dois (2) outros nós, o que garantia comunicação a todo tempo, porque se houvesse qualquer problema no meio físico de comunicação entre dois (2) pontos, haveria outro caminho que levaria ao mesmo ponto ou lugar.

O desenvolvimento dos computadores de pequeno porte, no final da década 70 e início da década de 80, possibilitou que qualquer pessoa com condições e recursos suficientes tivesse em casa seu próprio computador, geralmente programadores. Foi assim que surgiu a necessidade de 10

compartilhar códigos, informações, programas e outros recursos dentro de uma rede. Foi assim que surgiram as redes locais (LANs). Aproveitamos para apresentar os principais tipos de redes de computadores.

1.3.

TIPOS DE REDES

As redes de computadores podem ser classificadas quanto a sua dimensão geográfica em: PAN, LAN, MAN e WAN. Figura 2 - Rede Pessoal de Computadores

PAN – Personal Area Network: Rede de Área Pessoal que permite a conexão de vários dispositivos em uma pequena área geográfica.

Fonte: Google Imagens

LAN – Local Area Network: rede de área local que conecta vários computadores em uma pequena área geográfica para troca de arquivos, mensagens e compartilhamento de recursos, como impressora e internet. MAN – Metropolitan Area Network: Redes de Áreas Metropolitanas, basicamente é a versão alargada da LAN. Permite a conexão de vários computadores ou interligam redes locais em uma área geográfica que compreende, no máximo, uma cidade.

11

WAN – Wide Area Networks: Redes de Áreas Amplas interligam redes de

computadores

localizados

em

áreas

geográficas

distantes

que

corresponde um país ou mesmo um continente.

A Figura 3 apresenta o resumo das redes LAN, MAN e WAN. Figura 3 - Tipos de redes de computadores

Fonte: Google Imagens

Com o desenvolvimento de computadores de pequeno porte, bem como a necessidade de troca de informações e compartilhamento de recursos entre esses computadores, houve a necessidade de definir um padrão de comunicação de sistemas, assim como, a criação de protocolos de rede, para prover a comunicação entre os computadores. Tal padrão é, até hoje, conhecido como modelo OSI e o protocolo é TCP/IP. A seguir, serão detalhados cada um deles.

12

1.4.

MODELO OSI E PROTOCOLO TCP/IP

Nos anos 70, havia poucos fabricantes de computadores. O mercado era, praticamente, dominado pela IBM com seus mainframes, bem como seus sistemas proprietários. Mas o que isso quer dizer? Quer dizer que dispositivos de rede da IBM somente conectavam equipamentos IBM. Para que o equipamento de outro fabricante pudesse se conectar à rede IBM era preciso simular um equipamento IBM.

Com o passar dos anos, surgiram mais fabricantes, mas cada um com equipamentos e tecnologia proprietária, e só comunicavam entre si, o que não permitia interoperabilidade entre equipamentos de diferentes fabricantes.

Em 1984,

foi

lançado

pela

ISO

(International

Organization

for

Standardization - Organização internacional de padronização) o modelo de referência OSI (Open System Interconnect), para prover comunicação entre sistemas.

No entanto, o que forçou os fabricantes a adotarem esse modelo foi à decisão tomada pelo governo americano de que todas as compras dos equipamentos de informática deveriam obedecer ao modelo OSI. Figura 4 - Camadas do Modelo OSI

Para a rede de computadores, o modelo OSI definiu sete (7) camadas e cada uma é responsável por executar um conjunto de serviços. De forma padronizada, cada camada se comunica apenas com a próxima camada inferior ou superior, o que possibilita

a

independência

na

execução de serviços em cada camada. A Figura 4 ilustra as camadas do modelo ISO. Fonte: Autor

13

Camada Física: define as características do meio físico de transmissão da rede, conectores, interfaces, codificação ou modulação de sinais.

Camada de dados: assegura a transferência confiável dos dados entre dispositivos fisicamente interligados. Camada de rede: é nesta camada que é definida a interligação entre dispositivos de rede. Além disso, é responsável pelo encaminhamento de pacotes da rede de um dispositivo de origem para o de destino. Camada de transporte: oferece serviços de transporte, desde o computador de origem até o computador de destino. Ela forma uma conexão lógica entre dois pontos da rede: o computador emissor e o computador receptor. Através do protocolo TCP (Transmission Control Protocol), é possível garantir um canal de comunicação confiável. Além disso, gerencia o fluxo e detecta erros nos dados. Camada de Sessão: camada é responsável pelo controle da conexão entre sistemas e sincronização das sessões entre aplicações.

Camada de Apresentação: camada que assegura a compatibilidade entre camadas de aplicação de sistemas e sintaxes de dados diferentes.

Camada de Aplicação: camada que fornece serviços às aplicações do usuário.

No entanto, antes da definição do modelo OSI, já existia o modelo TCP/IP. Tal modelo foi desenvolvido na década de 1970 e adotado como padrão de protocolo de comunicação para ARPANET em 1983.

Tal qual o modelo OSI, a arquitetura do protocolo TCP/IP é também dividida em camadas, só que é constituída por apenas quatro camadas. A

14

Figura 5 mostra uma correspondência de camadas entre o modelo OSI da ISO e o protocolo TCP/IP. Figura 5 - Camadas correspondentes entre o Modelo OSI e TCP/IP

Fonte: Autor

Camada de Acesso à Rede: reúne as funções da camada física e da camada de dados do modelo OSI. Esta camada lida com a parte física da rede (computadores, switches, roteadores, pontos de acesso e etc.), também determina o controle de acesso à rede. Além disso, faz o encapsulamento dos pacotes IP (Internet Protocol) em datagramas e mapeamento de endereços IP para endereços físicos de hardware. Camada Rede: também chamada de camada de internet. É a camada onde se situa o protocolo IP. Esta camada é responsável pelo tráfego dos pacotes, no entanto, o encaminhamento é feito com base no endereço de destino. Além disso, tal camada realiza a fragmentação e a refragmentação de pacotes.

Camada de Transporte: oferece serviços de transporte, desde o computador de origem até o computador de destino. Ela forma uma conexão lógica entre dois pontos da rede, o computador emissor e o computador receptor. Através do protocolo TCP, é possível garantir um canal de comunicação confiável. Além disso, gerencia o fluxo e detecta erros nos dados. 15

Outro protocolo que se destaca nesta camada é o UDP (User Datagram Protocol). Camada de aplicação – nesta camada encontram-se os serviços que dão suporte a processos de aplicação. Dentre os diversos protocolos de aplicação, destacam-se o Telnet (Terminal emulation – Emulação de terminal), HTTP (Hypertext Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Hipertexto), DNS (Domain Name System – Sistema de Nomes de Domínio), FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Ficheiros), entre outros.

1.5.

ENDEREÇO IP

O endereçamento IP é uma estrutura de identificação de um host ** na rede. É um endereço lógico, usado nas redes baseadas no protocolo TCP/IP.

**Host faz referência a qualquer parte física de um dispositivo que pode ser endereçada. Exemplo: computador, roteador, switch e etc.

Um host dentro de uma rede é identificado por um endereço único, chamado de endereço IP.

Um endereço IP na versão 4 (IPV4) possui 32 bits, composto de 4 campos de 8 bits. Cada campo é denominado de octeto, separado por ponto e pode representar um número decimal de 0 a 255. Por exemplo, 192.168.1.32 é um endereço IP.

16

O IPV6 veio para substituir a versão 4, porque o IPV4 não suporta mais a quantidade de dispositivos endereçáveis existentes no mundo. O IPV4 sustenta 4,29 bilhões de IPs no mundo, enquanto que o IPV6 suportará algo como 340.282.366.920.938.000.000.000.000.000.000.000.000 endereços.

Um endereço IP é formado por duas partes: 

O endereço da rede chamado de Net Id: o Net Id identifica uma determinada rede ou sub-rede e todos os hosts desta rede deverão ter o mesmo Net Id;



O endereço do host chamado de Host Id: o Host Id identifica uma estação, servidor ou roteador dentro de uma rede, o endereço para cada host deve ser único dentro da rede.

O endereçamento IP possui cinco classes, sendo que somente três (3) classes estão disponíveis para uso comercial.

Tabela 1 - Classes de endereçamento IP Classe

Endereço IP

Máscara

A

1.0.0.0 até 127.255.255.255

255.0.0.0

B

128.0.0.0 até 191.255.255.255

255.255.0.0

C

192.0.0.0 até 223.255.255.255

255.255.255.0

17

2.

TOPOLOGIAS DE REDE E COMUNICAÇÃO DE DADOS

2.1.

TOPOLOGIAS DE REDE

A topologia refere-se ao modo como uma rede de computadores está conectada, por exemplo, computadores, cabos, switches, roteadores, dentre outros. As principais topologias de rede existentes são: Barramento, Ponto-aponto e Ponto-a-multiponto, Anel, Estrela e Malha.

Topologia em Barramento (Bus) A topologia em barramento é a organização básica de uma rede. Neste padrão, todos os computadores estão interligados a uma mesma linha de transmissão através de cabo, geralmente, coaxial. Figura 6 - Topologia em barramento

Fonte: Google Imagens

Topologia Ponto-a-ponto Redes ponto-a-ponto trata-se de uma topologia onde um ponto da rede é conectado diretamente a outro ponto da rede. Figura 7 - Topologia Ponto a Ponto

Fonte: Autor

18

Topologia Ponto-a-multiponto Nesta

topologia

de

rede,

todos

os

computadores

(conectados)

compartilham o mesmo canal de comunicação. Uma mensagem enviada por um computador é recebida por todos os demais ligados na rede, mas é lida apenas pelo computador identificado pelo mesmo endereço IP informado na mensagem. A rede sem fio é o exemplo típico desse tipo de topologia. Figura 8 - Topologia Ponto-a-Multiponto

Fonte: Google Imagens Figura 9 - Topologia em Anel

Topologia em Anel Na topologia em anel, os computadores são conectados em série, os sinais circulam na rede em um único sentido e cada computador serve como repetidor, retransmitindo os sinais para o próximo dispositivo de rede, até que seja encontrado o destinatário.

Fonte: Google Imagens

19

Topologia Estrela Os computadores são conectados a um dispositivo centralizador, como um switch ou hub. As mensagens emitidas por um computador são enviadas ao centralizador e deste são transmitidas aos outros computadores da Rede. Figura 10 - Topologia Estrela

A inserção e retirada de um computador da rede é realizada facilmente, pois basta remover o cabo de rede em uma das portas do hub ou switch.

Fonte: Google Imagens

Topologia em Malha ou Mesh Esse padrão de topologia contém uma ou múltiplas conexões ao mesmo ponto. A topologia em malha pode ser classificada em Malha Totalmente Conectada ou Malha Parcialmente Conectada, isso depende do nível de conectividade que há entre os pontos da rede. Figura 11 - Topologia em Malha

Também permite aplicar os conceitos de redundância e tolerância

a

falhas.

Se

a

ligação entre dois pontos for interrompida, sempre haverá outro caminho para o tráfego de dados entre esses pontos.

20 Fonte: Google Imagens

2.2.

COMUNICAÇÃO DE DADOS

A comunicação de uma rede comutada é feita, basicamente, de três formas: unicast, multicast e broadcast. Unicast: Comunicação em que um quadro é enviado de um computador e endereçado a um destino específico. Na transmissão Unicast, há apenas um remetente e um receptor. A transmissão Unicast é a principal transmissão feita em redes locais e na internet. Figura 12 – Comunicação Unicast

Fonte: Google Imagens

Multicast: Comunicação em que um quadro é enviado para um grupo específico de dispositivos ou clientes. Os clientes da transmissão Multicast têm que ser membros de um grupo Multicast lógico para receber as informações. Uma reunião de negócios colaborativa feita por videoconferência, pode se caracterizar como transmissão Multicast. Figura 13 – Comunicação Multicast

Fonte: Google Imagens

21

Broadcast: Comunicação em que um quadro é enviado de um dispositivo para todos os outros dispositivos dentro da rede. Nesse sentido, há apenas um remetente e vários receptores. O propósito desse tipo de transmissão é poupar tempo, pois não é necessário enviar um quadro de cada vez para cada dispositivo da rede. Figura 14 – Comunicação Broadcast

Fonte: Google Imagens

22

3.

COMPONENTES FÍSICOS DE REDE

Para instalação de uma rede de computadores é preciso um conjunto específico de equipamentos. A seguir, serão apresentados os principais equipamentos utilizados por uma infraestrutura de redes de computadores, tanto cabeada quanto sem fio. Placas de redes Figura 15 - Placa de rede

Uma placa de rede é um dispositivo

de

hardware

responsável pela comunicação entre

computadores

numa

rede, além do mais, controla o envio e recebimento de dados através da rede.

Fonte: Google Imagens

Hubs Hub é um dispositivo que interliga diversos computadores em uma rede local. O hub recebe dados provenientes de um computador e os transmite para os demais computadores conectados numa rede. Figura 16 - Hub

Enquanto é transmitida uma

informação,

nenhum

outro computador consegue enviar

mais

informações,

pois a transmissão de uma nova informação só ocorre após

a

conclusão

da

transmissão anterior. Fonte: Google Imagens

23

Switch O Switch é um dispositivo de rede que executa uma função equivalente ao hub, à diferença consiste apenas no modo de envio de informações, pois no switch as informações são enviadas de forma eficiente. As informações transmitidas pelo host de origem são enviadas somente ao host de destino, e não para os demais como é feito pelo hub. Figura 17 - Switch D-link

Fonte: Google Imagens

Roteadores O roteador é um dispositivo responsável pela interconexão de distintas redes de computadores e possibilita a troca de informações entre os computadores conectados nestas redes. Os roteadores são configurados para analisar as informações antes do seu encaminhamento, bem como definir a melhor rota para o envio das informações. Figura 18 - Roteador

Fonte: Google Imagens

A seguir, serão apresentados os equipamentos utilizados numa rede sem fio. 24

Placa de Rede Wireless A placa de rede wireless é um dispositivo físico (hardware) responsável por captar sinais enviados por um roteador sem fio, permitindo conexão aos computadores. Figura 19 - Placa de Rede Wireless

Fonte: Google Imagens

Access Point O Access Point (AP) também conhecido como ponto de acesso, é um dispositivo que serve para repetir um sinal, ou seja, estende a cobertura de uma rede. Geralmente é conectado ao roteador ou switch através de um cabo UTP. Figura 20 - Acess Point Linksys

Fonte: Google Imagens

25

Roteador Wireless O roteador wireless tem a mesma finalidade do roteador em redes cabeadas, a diferença consiste na maneira de transmissão de dados, pois os roteadores wireless o fazem via onda. Geralmente, os roteadores wireless são usados para prover acesso à internet sem a necessidade de cabos. Figura 21 - Roteador Wireless

Fonte: Google Imagens

3.1.

MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO DE DADOS Os meios físicos de transmissão são vias pelas quais são transportadas

as informações de um computador para outro dentro de uma rede. Os meios físicos mais utilizados são: cabo par trançado, coaxial e fibra óptica. A seguir, serão descritos cada um dos meios, assim como os principais conectores usados na instalação desses cabos.

26

Cabo UTP (Unshielded Twisted Pair - Par trançado não blindado) É o tipo de cabo mais usado, atualmente, em redes baseada em fios como, por exemplo, para ligar os computadores ao hub ou switch. Este tipo de cabo é constituído por quatro (4) pares de fios. Sendo que, os dois (2) fios que formam cada par são trançados em si. A figura 22 mostra um cabo UTP já desencapada e com os respectivos quatro (4) pares de fios. Figura 22 - Cabo UTP

Fonte: Google Imagens

Par Laranja: um fio laranja traçado com um fio branco, ou então branco com listras laranja. Par azul: um fio azul escuro trançado com um fio azul claro, ou então branco com listras azuis. Par verde: um fio verde escuro trançado com um fio verde claro, ou então branco com listras verdes. Par marrom: um fio marrom escuro trançado com um fio verde claro, ou então branco com listras marrons. Na instalação de uma rede local com esse tipo de cabo, usamos conectores do tipo RJ-45 nas duas extremidades, facilmente encontrados nas lojas especializadas e a um preço acessível.

27

Observe que as extremidades dos fios não estão desencapadas, ou seja, na montagem de um cabo de rede não se desencapa a extremidade dos fios, porque o conector RJ-45 tem contatos cortantes que penetram na cobertura plástica e alcança o condutor interno, permitindo, desta forma, o contato elétrico. A instalação do cabo UTP é simples, basta conectar uma extremidade do cabo (com conector RJ-45 já fixado) no computador e outra no hub ou switch. A Figura 23 mostra um conector RJ-45 na extremidade de um cabo UTP. Figura 23 - Cabo UTP com conector Rj-45

Fonte: Google Imagens

Cabo Coaxial Tipo de cabo condutor usado para transmitir dados da internet e sinais televisivos. Este tipo de cabo é composto por um fio de cobre condutor, revestido por um material isolante e rodeado de uma blindagem. Atualmente, o cabo coaxial é comumente utilizado em serviços de televisão. Existem dois tipos de cabo Figura 24 - Cabo coaxial

coaxial no mercado, o 10Base2 e o 10Base5. O primeiro pode enviar sinal a

até

185

metros

sem

grande

atenuação. O segundo, por sua vez, com

uma

camada

de

proteção

adicional, é capaz de enviar sinal de dados a até 500 metros.

Fonte: Google Imagens

28

Na montagem do cabo coaxial, os principais conectores utilizados são o BNC e RCA dentre outros. Figura 25 - Conectores para cabos coaxiais

Fonte: Google Imagens

Fibra óptica São conhecidos por sua alta capacidade de enviar e receber informações. Este tipo de cabo possui um núcleo formado por fibras de sílica ou vidro. Utilizando um sinal de luz, eles conseguem manter um pacote de dados trafegando em alta velocidade por longas distâncias, sem a necessidade de repetidores ou ampliadores de sinal. As redes de fibra óptica se destacam por serem imunes a interferências eletromagnéticas e pela baixa necessidade de receberem manutenção. Em redes internas, o padrão mais utilizado é o multimodo. Já em WANs ou redes de telecomunicação de longa distância, os cabos monomodos são mais comuns. Abaixo, são mostrados os dois tipos de cabos de fibra óptica. Figura 26 - Cabo de fibra óptica

Fonte: Google Imagens

29

Existem vários tipos de conectores para fibra óptica. Os conectores são muito importantes, pois as fibras devem ficar alinhadas perfeitamente para que o sinal luminoso seja transmitido sem grandes perdas. Neste sentido, os conectores comumente utilizados são os LC, SC, ST MTRJ, MU e E2000 Connector. A figura x mostra os seis (6) conectores. Figura 27 - Conectores para cabos de fibra óptica

Fonte: Google Imagens

3.2.

FERRAMENTAS PARA INSTALAÇÃO DE REDES Existem ferramentas utilizadas para a instalação, reparo e testes em

redes de computadores. A seguir, serão apresentadas algumas ferramentas indispensáveis na instalação das Redes de Computadores. Dentre elas estão os crimpadores, alicates, testadores de cabos, desencapadores, alicate de impacto, capas de plástico, organizador de caos entre outros. É fundamental que o profissional que for instalar uma rede tenha conhecimento do que são e para que serve cada ferramenta. Todas

essas

ferramentas

podem

ser

encontradas

em

lojas

especializadas em acessórios para redes e com preços accessíveis.

30

Alicate de pico e corte: usado para corte de cabos. As figuras abaixo mostram os tipos mais encontrados no mercado. Figura 28 - Alicate de pico e corte

Fonte: Google Imagens

Alicate de crimpagem: usado

Figura 29 - Alicate de crimpagem

para prender cabos nos conectores do tipo RJ-11 ou RJ-45. A Figura 29 apresenta um modelo de alicate de crimpagem. Figura 30 - Alicate de impacto

Fonte: Google Imagens

Alicate de impacto: também conhecido como punch down: serve para fixar cabos nos conectores RJ-45 femeas e na patch panels. Fonte: Google Imagens 31

Figura 31 - Alicate Desencapador

Alicate

Desencapador:

remove a capa que protege os cabos de rede.

Fonte: Google Imagens Figura 32 - Testador de cabo

Testador de cabo: serve para testar

se todos os fios de cabo

estão fixados e com contato no conector de rede.

Fonte: Google Imagens

Figura 33 - Organizador de Cabo

Organizadores de Cabos: como o próprio nome sugere, organiza os cabos em grupos em rack, bancadas, mesas, etc.

Fonte: Google Imagens

32

4.

PROJETO E MONTAGEM DE UMA REDE

As redes de computadores estão presentes em todos os segmentos atualmente. Seu surgimento melhorou substancialmente a comunicação e o acesso a informações em escolas, empresas e pessoas em geral. Hoje é inimaginável que uma empresa viva com situações anteriormente apresentadas, como ter vários computadores e apenas uma impressora conectada a um deles, o que causaria um atraso e problemas operacionais. Mas, graças ao aparecimento das redes, tais problemas foram superados, e consequentemente, tornou a vida fácil e ágil nos escritórios, casas, lan houses e escolas. Até aqui falamos apenas de redes já cridas ou prontas, mas se eu quiser montar uma pequena rede, o que terei que fazer? Para responder essa questão, te ensinaremos, primeiramente, a projetar uma rede, a fim de proporcionar aos computadores compartilhamento

de

dados, recursos

(impressoras, scanner, fax-modem e etc) e conexão à internet. Para criar uma rede de computadores confiável é importante que: 1. Necessidade de montar a rede: Saber a real necessidade de montar uma rede. 2. Infraestrutura Física: Conhecer bem o ambiente onde se pretender instalar a rede. Para isso, podemos usar uma planta baixa que nos ajudará a ter uma visão geral de todo o espaço. Com ela, será possível calcular as dimensões do espaço e, por conseguinte, saber o local exato para instalar cada equipamento, e avaliar a quantidade do material que será utilizado. 3. Quantas Pessoas utilizarão a rede: Isso é fundamental para definir a capacidade da rede que será instalada. Note que, ao fazer tal levantamento, é preciso considerar que mais pessoas surgirão, então, instale uma rede que atenda à quantidade atual de pessoas e mais as futuras. 4. Insumos: As duas informações anteriores são importantes para calcular a quantidade de insumos como, por exemplo, quantos 33

metros de cabo de rede serão necessários utilizar, hubs, switches ou roteadores, em que lugares abriremos os buracos, se utilizaremos canaletas e onde instalaremos os pontos de rede. 5. O que será compartilhado: É preciso definir os arquivos e equipamentos que serão compartilhados. 6. Diagrama de rede: É importante criar um diagrama de rede para ter uma representação visual de uma rede. Isso nos ajudar a ver, com clareza, os equipamentos ou componentes que formam a rede e como eles irão interagir. Há, na internet, diversos softwares que podem auxiliá-lo a criar um diagrama de rede. 7. Estrutura Elétrica: O projeto de rede de computadores, deve também prestar atenção à parte elétrica, pois se ligarmos o computador, switch, hub e roteador em uma tensão diferente da indicada, a probabilidade de danificar alguns componentes importantes é muito grande. Para evitar isso, é necessário verificar sempre a tensão elétrica antes de ligar os equipamentos. Após a execução dessas etapas de planejamento, o próximo passo diz respeito à instalação física dos componentes da rede e, em seguida, realizar a configuração, isto com auxílio de alguns componentes de software. Primeiramente, iremos preparar os cabos que serão utilizados na instalação de uma rede.

4.1.

PREPARAÇÃO DE CABO UDP A atividade de preparação dos cabos é conhecida como crimpagem, e

para tal, utilizam algumas daquelas ferramentas e componentes anteriormente apresentadas, como: 

Alicate de crimpagem



Conectores RJ-45(tenha mais de um)



Cabos de rede do tipo UTP (tamanho suficiente para sua necessidade)

34

Figura 34 - Materiais utilizados na preparação de um cabo de Par Trançado

Fonte: Google Imagens

. Passo 1: Cortar o cabo no comprimento desejado Lembre-se que não se pode emendar um cabo de rede. O corte do cabo pode ser feito com a lâmina do alicate de crimpagem. Figura 35 - Corte de Cabos

Fonte: Google Imagens

35

Passo 2: Desencape o cabo O desencape pode ser realizado com a lâmina do alicate de crimpagem. Para isso, gire o alicate de modo que a capa que envolve o cabo seja cortada. Não use muita força, pois se fizer isso, você poderá cortar um dos fios internos do cabo. Caso isso ocorra, reinicie o processo. Figura 36 - Cabo desencapado

Fonte: Google Imagens

Passo 3: Separe os fios trançados Aplane os fios para que fiquem retos. Não use muita força, pois se fizer isso, você poderá cortar um dos fios internos do cabo. Caso isso ocorra, reinicie o processo a partir do passo 2. Figura 37 - Fios aplanados

Fonte: Google Imagens

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Passo 4: Posicione os fios na sequência certa Existem dois padrões de sequência para as pontas, a EIA/TIA 568ª e EIA/TIA 569B. Ambos funcionam perfeitamente. Lembre-se que, ambas as extremidades devem ser iguais. Figura 38 - Padrões para cabos de Par Trançado

Fonte: Google Imagens

Passo 5: Posicione os fios do cabo na ordem correta conforme o padrão escolhido Com a lâmina do alicate, corte as pontas dos fios, de modo que todas fiquem alinhadas. Figura 39 - Alinhamento dos fios do cabo

Fonte: Google Imagens

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Passo 6: Após o corte das pontas dos fios, mantenha-os na posição correta e segure-os firmemente, de modo que não saiam da ordem. Figura 40 - Fios alinhados

Fonte: Google Imagens

Passo 7: Fixe as pontas dos fios nos conectores Pegue o conector RJ-45 com a trava virada para baixo e as pontas metálicas viradas para sua direção. Empurre os fios, de modo que a ponta dos mesmos chegue até o final do conector, e quando for crimpá-los, as placas douradas do conector encostem-se a todos os fios.

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Figura 41 - Fios fixados no conector RJ-45

Fonte: Google Imagens

Verificar se os fios continuam na ordem certa. Caso um deles saia da posição, remova-o e repita o processo.

A capa do cabo deve ficar dentro do conector. Se isso não acontecer, diminua o tamanho dos fios internos até que isso ocorra. Passo 8: Fazer a crimpagem Insira o conector conforme mostrado na imagem abaixo e pressione o alicate com força para que as travas metálicas se encostem aos fios coloridos. Após isso, analise o conector e verifique se todas as travas estão abaixadas. Caso alguma não esteja devidamente abaixada, repita o processo.

39

Figura 42 - Crimpando o cabo

Fonte: Google Imagens

Passo 8: Repita o procedimento com a outra ponta do cabo Passo 9: Teste o cabo Com auxílio de um aparelho de teste de cabos de redes, verifique se os fios internos do cabo não estão partidos e se estão em contato com o conector, assim como, se a sequência do padrão escolhido corresponde. Figura 43 - Teste de Cabo

Fonte: Google Imagens

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O próximo passo ou etapa consiste em configurar a rede física que foi montada. O próximo tópico trata da etapa de configuração de uma rede.

4.2.

CONFIGURAR UMA REDE LOCAL Os passos abaixo servem para te ajudar a configurar uma rede. O

sistema operacional Windows permite a conexão de vários computadores em uma rede. Materiais necessários: 

Computador com Windows 7 ou superior



Placa de rede ethernet instalada.

Antes de darmos início ao processo de configuração da rede, certifique-se de que tudo está preparado: 

Caso os computadores não estejam com as placas de redes configuradas, recomenda-se fazer a devida configuração;



Há cabos disponíveis para cada computador;



Desconecte a internet. Caso possua um modem DSL ou cabo, desconecte-os;



Desativar o firewall. Caso não seja desativado, poderá interferir na configuração da rede. Após a conclusão da configuração, lembrese de ativa-lo.

Passo 1: Conectar o hardware de rede e os cabos para configurar uma rede local: 

Configure o hub ou outro dispositivo de rede e ligue à alimentação. (Siga as instruções fornecidas pelo fabricante)



Conecte os computadores ao dispositivo de rede. Conecte uma extremidade do cabo com o conector RJ-45 no computador e outra extremidade no dispositivo de rede (hub, switch ou roteador). Repita esse passo em outros computadores;



Conecte os cabos de alimentação dos computadores e ligue-os.

41

Figura 44 - Esquema de instalação de uma rede local

Fonte: Google Imagens

Passo 2: Acessar Painel de Controle do Windows

Figura 45 - Acesso ao painel de controle do Windows

1. Clique em Iniciar 2. Painel de Controle

Fonte: Google Imagens

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3. Em Painel de Controle, clique em “Central de Redes e Compartilhamento”. Figura 46 - Acesso a central de redes e compartilhamento

Fonte: Autor

4. Selecione “Alterar configurações do adaptador”

Figura 47 - Alterar configuração do adaptador

Fonte: Autor

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5. Selecione o adaptador de rede, clique no botão direito do mouse e selecione em propriedade. Figura 48 - Propriedades do adaptador de rede

Fonte: Google Imagens

6.

Selecione o protocolo TCP/IP versão 4 e clique em “OK” Figura 49 - Seleção do protocolo TCP/IP

Fonte: Autor

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7.

Marque a opção indicada na Figura 50, de modo que possa definir o endereço IP e a máscara da sub-rede. Figura 50- Seleção do modo de definição do endereço IP

Fonte: Autor

8.

Defina o endereço IP e a máscara da sub-rede, assim como o DNS, conforme a Figura 51e, em seguida, clique em “OK”

45

Figura 51 - Configurar endereço IP e máscara de sub-rede

Fonte: Google Imagens

Repita os passos nos demais computadores que serão inseridos na rede e mude o valor do último octeto do IP

Pronto! A nossa rede está configurada. O próximo passo consiste em se certificar se a configuração realizada está a funcionar como esperado. Neste sentido, o próximo tópico mostra como fazer isso.

46

4.3.

TESTANDO UMA REDE LOCAL Passo 1: Acessar o prompt de comando do Windows. Figura 52 - Acesso ao prompt de comando

1. Clique em Iniciar 2. Pesquise por CMD ou prompt de comando 3. Clique em CMD ou prompt de comando

Fonte: Autor

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Passo 2: Digitar os comandos Para testar a rede que acabamos de configurar, usaremos dois (2) comandos apenas, mas existem outros comandos (basta dar um Google). Portanto, os comandos utilizados serão o IPCONFIG e o PING. Figura 53 - Prompt de comando

Fonte: Autor

O primeiro teste realizado consiste em obter os detalhes sobre a nossa rede, isto é, o endereço IP, a máscara de sub-rede e outros. Para tal, executamos o comando IPCONFIG (1). Em (2) são mostrados os endereços definidos na configuração anterior. No segundo teste realizado, executamos o comando PING (3), conforme observado, informamos o endereço IP da nossa rede e o resultado é mostrado em (4), onde é possível ver que a nossa rede está a funcionar corretamente, visto que da requisição feita não retornou nenhum erro, ou seja, não houve perda de pacotes.

48

REFERÊNCIAS

ALENCAR, Márcio Aurélio dos Santos. Fundamentos de redes de computadores. 2016. ALMEIDA, Marcus Garcia de; ROSA, Pricila Cristina. Internet, intranet e redes corporativas. Rio de Janeiro: Brasport, 2000. CAMPOS, Ibere M. Redes Windows - Teoria e Pratica Curso Completo. Brasport, 2003. COMER, Douglas E. Redes de Computadores e Internet-6. Bookman Editora, 2016. CARVALHO, João Antonio. Internet - TCP/IP - Protocolo de Comunicação da

Internet.

Disponível

em:

. Acessado em 25/03/2019. FOROUZAN,

Behrouz

A.

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de

computadores. AMGH Editora, 2009. KUROSE, James F.; ROSS, Keith W. Redes de Computadores e a Internet. Uma nova, 2006. LACERDA, Ivan Max F. Cabeamento estruturado-Projeto. Implantação e Certificação, 2002. MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado. Desvendando cada passo: do projeto à instalação, v. 3, 2015. PINHEIRO, José. Guia completo de cabeamento de redes. Elsevier Brasil, 2015. SOARES, Luiz F.; LEMOS, Guido; COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores: Das LANs, MANs e WANs às Redes ATM.Campus

49

TANENBAUM, Andrew S. Redes de computadores: PLT. Rio de Janeiro: Campus, 2007. VASCONCELOS, Laércio; VASCONCELOS, Marcelo. Ligando Micros em Redes. 1.ed. Rio de Janeiro: Laércio Vasconcelos, 2008. 244 p.

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Instalador e Reparador de Redes de Computadores

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