carta de intenções CEI SP PDF

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CARTA DE INTENÇÕES MINIGRUPO II A / 2019 PROFESSORAS THAIS PANINI PACHECO E MARIA APARECIDA PAIVA REYES Início de ano, tudo novo, novas professoras, novos colegas, nova sala, nova turma. Muitas são as perguntas que nos fazemos, imagine as crianças. Mês de fevereiro chegou cheio de atividades, a maioria sugerida pelas próprias crianças, para conhecermos as crianças e elas nos conhecerem também. Nas duas primeiras semanas, nos organizamos para termos mais tempo com cada criança e sua família, num período de acolhimento e adaptação importante para todos estreitarem as relações. Pudemos observar durante esse período, como a criança é, o que sente, como brinca, com o que brinca, como se expressa, como se relaciona, como se move, como se organiza, como cuida de si e dos outros. Agora que nos conhecemos melhor podemos pensar juntos o nosso ano.

Nós, professoras Thais e Cida, entendemos o quanto é importante observarmos sensivelmente o que as crianças estão fazendo e o modo como conhecem, reproduzem e transformam o mundo. Elas são sujeitos sociais e culturais que elaboram modos de pensar, sentir, saber, fazer e dizer próprios. Por isso, acreditamos que elas são protagonistas do seu desenvolvimento, cada uma no seu tempo, na sua trajetória, na sua percepção do mundo. Mas o que isso significa? Significa dar voz às crianças, ou “ouvir a voz das crianças”, manifestada frequentemente no silêncio, fora da expressão verbal (daquela criança que muitas vezes não fala) e que se fazem ouvir nas múltiplas linguagens com que as crianças se comunicam. No documento Indicadores da qualidade na educação infantil (Brasil, MEC/SEB, 2006), encontramos a Multiplicidade de experiências e linguagens em que se destacam 6 indicadores: 1- crianças construindo sua autonomia; 2-

crianças relacionando-se com o ambiente natural e social; 3- crianças tendo experiências agradáveis e saudáveis com o próprio corpo; 4- crianças expressando-se por meio de diferentes linguagens plásticas, simbólicas, musicais e corporais; 5- crianças tendo experiências agradáveis, variadas e estimulantes com a linguagem oral e escrita; 6- crianças reconhecendo suas identidades e valorizando as diferenças e a cooperação. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que define as aprendizagens fundamentais que os alunos da Educação Básica devem desenvolver ao longo da escolaridade, ao referir-se à Educação Infantil, aponta como objetivo "ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades das crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens". Esse documento e o Sistema de Ensino reconhecem e percebem a criança da Educação Infantil com todas as suas potencialidades e capacidades. Desencadeado pelas intenções acima, nosso objetivo será oferecer condições para que as crianças possam conviver democraticamente com as outras crianças e adultos, com eles interagir utilizando diferentes linguagens, ampliar o conhecimento e o respeito em relação à natureza, à cultura, às singularidades e às diferenças entre as pessoas. Nossas crianças do MGII A já dizem para nós o que querem, já estão construindo o caminho de exploração e experimentação com as professoras. Alguns saberes já estão sendo compartilhados e muitas aprendizagens estão sendo desenvolvidas. HORTA - O cuidado com a alimentação, incentivando as crianças a consumirem alimentos saudáveis e de qualidade é uma das nossas metas para esse ano. Percebemos que algumas crianças têm dificuldade na alimentação e com a horta pretendemos incentivar as crianças a consumirem alimentos que não sãos muito atrativos para elas. Já iniciamos com a culinária da farofa de bertalha (espinafre indiano) e foi um sucesso. A parceria com as merendeiras já acontece e estabelece uma relação de respeito e cooperação, entendendo também que todos na escola são educadores e que essas relações fortalecem as aprendizagens – “coisa verde” no prato é nutritiva e pode ser gostosa. As crianças já fizeram o plantio do feijão para cuidar do solo da horta e escolherão

aos próximos passos no plantio. Quem sabe encontramos parceria com alguma família. Iniciamos o compartilhamento de saberes sobre o minhocário, com o que as minhocas podem ou não comer e algumas dúvidas foram surgindo. Estamos ampliando nossas fontes de pesquisa: famílias, crianças, Google, funcionários da escola, etc. CAIXA DA NATUREZA – Construção coletiva de uma caixa de tesouros da natureza do nosso entorno (dentro da escola e do caminho de casa até a escola). A caixa montada pelas crianças e pelas famílias viajará para outro grupo de crianças do Brasil, como uma brincadeira de “amigo secreto” e receberemos pelos Correios uma caixa da natureza de outro grupo do Brasil, ainda desconhecido. Essa é uma iniciativa da Ana Carol Thomé que organiza a brincadeira com os grupos de crianças. Nossos tesouros já estão sendo coletados com muito carinho. EXPERIÊNCIAS DE CIÊNCIA, ARTE E MÚSICA - A arte e a ciência caminham juntas na infância. Desenhar, pintar, dançar, cantar, são para as crianças, assim como para os artistas, formas de descobrir, conhecer e interpretar o mundo. São exercícios de imaginação, intuição, fantasia e emoção que caminham juntos. Por meio das artes e da ciência manifestamos nossos sentidos e emoções e as crianças mostram-se aos outros em suas falas e naquilo que criam, podendo ter suas manifestações verdadeiramente compreendidas por todos. Conhecer outras culturas também amplia e valoriza as diferenças. De acordo com as leis federais nº 10.639 de 2003, (obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira) e nº 11.645 de 2008 (obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígena) pretendemos conhecer diferentes formas de ver o mundo, valorizando a identidade e reconhecendo as diferenças que nos constituem como seres humanos. EXPERIÊNCIAS DE ESCRITA, LEITURA E ORALIDADE - A linguagem oral e escrita está sempre presente nas nossas rodas de conversa, rodas de histórias, rodas de músicas, etc. As crianças que estão sempre rodeadas de livros desde o primeiro momento, que desfrutam da leitura de textos ilustrados, que conversam a respeito dos textos, que participam da escrita coletiva de

textos diversos, que recebem estímulos quanto tentam ler ou escrever por sua própria conta, que participam com alegria de jogos de linguagem, desenvolvem muito mais capacidades linguísticas do que outras que não têm esses estímulos. É nesse contexto que estamos encantando as crianças com a nossa língua, permitindo a elas novos olhares sobre o mundo. EXPERIÊNCIAS COM O CORPO – “Corpos que dançam podem vivenciar possibilidades de criação, de autoria, de protagonismo”, Isabel Marques. As crianças que têm oportunidade de expandir seus corpos, de correr, de pular, são bem diferentes daquelas que só ficam sentadinhas fazendo lição na mesinha. Os espaços da escola precisam ser vivenciados por esses corpos. As experiências por nós promovidas estarão relacionadas com os sentidos, com a ocupação do espaço, com a relação com o outro; em espaços pequenos e grandes, abertos e fechados, em cima e embaixo, de forma rápida ou devagar, em forma de objetos, como ventilador ou bola e assim por diante. Estaremos dessa forma permitindo escolhas, olhares, atitudes e educando corpos lúdicos, críticos, conscientes e transformadores. EXPERIÊNCIAS DE DESENHAR – As crianças não são artistas, mas agem como artistas, tentando explicar o mundo utilizando diversos meios. O desenho é um deles. Porém é preciso cautela e disponibilidade para a escuta, sem interpretações e julgamentos. A criança quando desenha segue o movimento do seu pensamento, das experiências que se tem e dos sentimentos que constroem e desconstroem ao longo da vida. O que ela desenha é o que ela está pensando ou sentindo. Dessa maneira, o desenho pode acontecer em qualquer lugar, não necessitando somente de papel e lápis. Pedra, mãos, gravetos, folhas podem servir como instrumento para o desenho, no vidro, no espelho, na mesa, na parede, na terra, em vários lugares diferentes.

Raio X de folhas”. Uirá, 3 anos.

EXPERIÊNCIAS DE BRINCAR/JOGOS – Planejar espaços e materiais adequados para a criança construir, em parceria com a professora, suas jornadas de aprendizagem é a ideia do jogo e do brincar como desafio, como uma forma de investigação. A partir de diferentes materiais e objetos não estruturados, bem como da combinação de diferentes materiais e em quantidades e qualidades suficientes, as crianças têm a oportunidade de criar significados pessoais e coletivos. Essas experiências as convidam a descobrir as coisas por si só, elaborando hipóteses, criando e cooperando umas com as outras. AVALIAÇÃO – Pretendemos uma avaliação das crianças que: 1- sirva melhor as crianças e as famílias; 2- seja democrática e participativa; 3- envolva ativamente as crianças; 4- busque a participação das famílias; 5- seja documentada, ou seja, fundamentada nos registros da aprendizagem de cada criança e do grupo. BIBLIOGRAFIA FOCHI, Paulo. O brincar heurístico na creche. 1 ed. Porto Alegre: Paulo Fochi Estudos Pedagógicos, 2018. FORMOSINHO,

Júlia

Oliveira;

PASCAL,

Christine.

Documentação

Pedagógica e avaliação na educação infantil: um caminho para a transformação. Porto Alegre: Penso, 2019. GOBBI, Marcia Aparecida; PINAZZA, Mônica Appezzato (Orgs.). Infância e suas linguagens. 1 ed. São Paulo: Cortez, 2014. MARTINS FILHO, Altino José; PRADO, Patrícia Dias. Das pesquisas com crianças à complexidade da infância. Campinas, SP: Autores Associados, 2011. Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Básica Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2018. Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Básica Indicadores da Qualidade na Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2009.

PIORSKI, Gandhy. Brinquedos do chão: a natureza, o imaginário e o brincar. 1 ed. São Paulo: Peirópolis, 2016. SÃO PAULO, (Município). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica.

Currículo

SME/COPED, 2019.

da

Cidade:

Educação

Infantil.

São

Paulo:
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